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Nome: Weslley Felicio Caitano Turma: 2º A

Prof. Anderson Azevedo

Se a honra e a dignidade são bens insuscetíveis de avaliação econômica


por qual razão o ordenamento jurídico (art. 5 §10 CF e art. 186 do CC) prevê
indenização por danos morais? Qual o fundamento disto?

R: A honra e a dignidade são bens que não podem sofrer de modo algum
avaliação econômica, mas tendo em vista que quando se é violado merece no
mínimo ser minimizado a perca ou o sofrimento com indenização por danos
morais não para reparar totalmente o dano causado mais sim para minimizar as
o dano a causado. A Constituição de 1988 é um marco importante da
concepção repersonalizante do direito, inclusive por reconhecer expressamente
a tutela jurídica dos direitos de personalidade e dos danos morais, pois ambos
os institutos voltam-se a tutelar objetos que são exclusivamente interiores à
personalidade, sem condicioná-los à expressão econômica. A indenização
compensatória que resulta da configuração dos danos morais não deve levar ao
entendimento de ser a violação dos direitos da personalidade o objeto exclusivo
da tutela jurídica, pois esta dá-se, primacialmente, no exercício cotidiano desses
direitos. Quando se fala em caracterização do dano moral discute-se os
pressupostos necessários para sua ressarcibilidade.Nessa discussão, duas
correntes encontram-se presentes; a dos que defendem a necessidade de se
comprovar a dor; e a dos que entendem a necessidade de se comprovar o nexo
causal entre o ato praticado pelo agente e o dano que por sua vez se presume.
A primeira corrente defende que não se pode restringir apenas à narrativa dos
fatos, deve o autor demonstrar a extensão da lesão sofrida, até porque, será o
parâmetro para fixação da indenização na hipótese de condenação. Alguns mais
extremistas chegam inclusive, a suscitar na possibilidade de se realizar uma
prova pericial psicológica.
A Professora Maria Helena Diniz complementa essa questão, se posicionando da seguinte
forma: "O dano moral, no sentido jurídico não é a dor, a angústia, ou qualquer outro sentimento
negativo experimentado por uma pessoa, mas sim uma lesão que legitima a vítima e os
interessados reclamarem uma indenização pecuniária, no sentido de atenuar, em parte, as
conseqüências da lesão jurídica por eles sofridos" (obra citada, p. 82).
No que diz respeito à natureza das lesões passíveis de indenização, hoje não
mais subsistem dúvidas quanto à plena reparabilidade de toda e qualquer
espécie de dano havido, seja de natureza patrimonial ou moral, sobretudo
porque a cada dia adquire-se maior consciência de que se incrementa a
vulnerabilidade do ser humano ante as incessantes transformações da
civilização de massa, transformações estas de efeitos ainda pouco assimilados.
A respeito da caracterização do dano, parece claro que a segunda corrente
mencionada encontra-se bem mais próxima do acerto, pois com efeito, em se
tratando de direitos oriundos da personalidade humana, impera a hominis,
restando apenas a necessidade da prova do fato, sendo que a dor apenas deve
guardar nexo com a causa, o que por sinal já vem sendo reconhecido pelos
Tribunais Superiores.

Bibliografia:
http://jus.uol.com.br/revista/texto/4445/danos-morais-e-direitos-da-personalidade/
http://jus.uol.com.br/revista/texto/2821/dano-moral-e-indenizacao

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