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Gabarito – Caderno do Aluno Língua Portuguesa 8a série/9o ano – Volume 2

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1

DA DISCUSSÃO COLETIVA À CARTA: CONSTRUINDO A


ARGUMENTAÇÃO

Páginas 3-4
2. De insegurança.
3. Alternativa c.
4. A insegurança na adolescência.

Páginas 4-7
5.
a) “[...] fomenta o desenvolvimento da virilidade e da feminilidade e ajuda a
conhecer as pessoas do outro sexo. Rapazes e moças aprendem a conviver e
adquirem qualidades complementares.”
b) “[...] a amizade grupal se transforme em amizade íntima, flerte ou namoro
prematuro. [...] a amizade íntima com uma pessoa do outro sexo é, na maioria dos
casos, uma ´passarela´ que conduz ao amor, para o qual não estão preparados.”
6. Alternativa c.
7. Pode-se dizer que o título “Atitudes que os pais devem adotar no tema das relações
entre moças e rapazes adolescentes” também serve como referência ao tema principal
tratado nesse texto. Há uma preocupação do autor em orientar os pais para a
educação dos filhos no que tange às relações entre pessoas do sexo feminino e
masculino. Para ele, o entendimento da vida está relacionado à religiosidade. O autor
espera que o leitor (no caso, os pais) leve em conta aspectos não meramente
biológicos ao tratar da educação social dos filhos.

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Páginas 7-9
8. O início de um amor platônico no adolescente.
9. Alternativa c.
10.

Informações Texto 1 Texto 2 Texto 3


gerais
Título Insegurança Atitudes que os pais E foi então que
devem adotar no aconteceu
tema das relações
entre moças e
rapazes adolescentes
Autor Contardo Calligaris Gerardo Castilho Jorge Miguel
Marinho
Publicação A adolescência. São Amizade e amor Lis no peito: um
Paulo: Publifolha, entre adolescentes. livro que pede
2000. p. 24-25. In: Educar para a perdão. São Paulo:
amizade. São Paulo: Biruta, 2005. p. 49-
Quadrante, 1999. p. -51.
200-204.
Tema Adolescência Os pais e o amor na O amor na
adolescência adolescência

11.
a) Os Textos 1 e 2, mais técnicos, apresentam duas diferentes questões da
adolescência e o ponto de vista dos autores sobre elas.
No primeiro caso, o psicanalista Contardo Calligaris discorre sobre o tema da
insegurança no adolescente. Explica causas e consequências da insegurança
adolescente de acordo com seu campo de conhecimento, a psicanálise, focando o
discurso na questão do desejo adolescente por aceitação social.
No segundo, o autor discorre sobre a responsabilidade dos pais na educação sexual
dos filhos adolescentes, e é possível perceber sua visão religiosa sobre ela.

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b) Resposta pessoal. É muito importante que o encaminhamento dessa resposta


considere as visões díspares entre os autores dos Textos 1 e 2. O caráter de análise
psicológica do Texto 1 e o caráter de ensinamento religioso, encontrado no Texto 2,
devem ser avaliados criticamente pelos alunos a fim de que eles não se sintam
obrigados a considerar as posições dos autores como verdades absolutas e
inquestionáveis. As questões levantadas por esses autores (e por todos que forem
lidos no ambiente escolar) devem ser vistas como modos possíveis de responder às
demandas humanas, e não os únicos. Dessa maneira, podem-se respeitar as diferentes
concepções dos alunos e de suas famílias.
Daí a importância de analisar adequadamente os textos com os estudantes,
comparando e observando os diferentes valores que agregam, levando-os a sentir que
há possibilidade de escolher, entre as várias perspectivas filosóficas, morais e
religiosas sobre as relações humanas, as que mais se aproximam deles. Você, neste
momento, deve evitar tomar posições pessoais e conduzir a discussão de modo que
todos se sintam respeitados.
c)
Texto 1: Argumentos provenientes da análise psicológica: a insegurança se torna
assim o traço próprio da adolescência, porque o adolescente vive a falta do olhar
apaixonado que ele recebia quando criança e a falta de palavras que o admitam como
par da sociedade dos adultos. “Ao contrário, a maturação, que para ele é evidente,
invasiva e destrutiva do que fazia sua graça de criança, é recusada, suspensa, negada.
Talvez haja maturação, lhe dizem, mas ainda não é maturidade. Por consequência”,
de acordo com essa concepção psicológica, “ele não é mais nada, nem criança
amada, nem adulto reconhecido.”
Texto 2: Argumentos provenientes da visão moral e pedagógica do autor: os pais
devem evitar preconceitos e atitudes de defesa prévia que dificultem o
relacionamento normal entre moças e rapazes adolescentes, porque relacionamento
nos grupos mistos fomenta o desenvolvimento da virilidade e da feminilidade e ajuda
a conhecer as pessoas do outro sexo. Rapazes e moças aprendem a conviver e
adquirem qualidades complementares. Se algum filho se vincula a uma pessoa do
outro sexo, é preciso evitar, na opinião do autor, a proibição taxativa de que saiam
juntos, porque a experiência diz que, quando se dramatiza ou se proíbe esse tipo de
relação, a atração entre os dois adolescentes cresce como um incêndio avivado pelo
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vento. No contrário, quando não há oposição frontal, o flerte ou o namoro prematuro


costumam desaparecer em pouco tempo, como uma fogueira que se apaga por si.
d) Resposta pessoal. É importante incentivar os estudantes a elaborar justificativas
e argumentos para defender sua resposta, sem que usem o momento para desrespeitar
as convicções dos colegas.
e) Porque, de acordo com sua visão de psicanalista, o adolescente não se reconhece
mais em seu corpo: mede novas formas, tem espinhas no rosto, pelos, seios, e recebe
do adulto um olhar de desconfiança, e não de reconhecimento. Não sabe quem é, não
tem lugar definido na sociedade e não reconhece a si mesmo no olhar do outro.
f) Porque, de acordo com sua visão moral e educacional, os pais recebem de Deus
a missão de educar seus filhos e de controlar as relações dos adolescentes, rapazes e
moças, por meio de uma educação sexual progressiva e correta no âmbito familiar.
Na visão desse autor, como os pais recebem essa missão educativa, não podem
transferi-la para especialistas, usando a desculpa de que não estão preparados para
lidar com a sexualidade dos filhos. Ele afirma que, se os pais não se sentirem
preparados, devem procurar aprender a educar os filhos com especialistas, e não
transferir para esses especialistas sua responsabilidade.
g) Porque ele propõe regras, do ponto de vista moral e religioso que adota, para que
os pais assumam, com êxito, a educação sexual dos filhos adolescentes. Nesse
sentido, o livro assemelha-se a outros do gênero autoajuda.
h) Resposta pessoal. Como esta é uma resposta que envolve valores éticos, morais
e religiosos, é preciso estabelecer um clima de respeito ao propor a discussão. É
importante que os estudantes reflitam sobre o modo como são tratados pelos pais e os
valores e opiniões que estes possuem sobre a adolescência, sem desrespeitar as
convicções dos colegas.
i) Não, porque os dois textos não são narrativas literárias de caráter ficcional.
j) Não. O Texto 3 é literário, tem caráter ficcional e compromisso com a mimese.
k) No último texto, literário, a intenção não é que os estudantes percebam o tema
adolescência sendo tratado pelo adulto com o objetivo de discuti-lo. Mas que
percebam que as personagens centrais são adolescentes retratados pelo autor
(também um adulto), dentro do universo de uma história fictícia, escrita para a
fruição, não para explicações técnicas.
l) Marco César, Clarice e Clarice Lispector.
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m) Resposta pessoal. Seria interessante que você contasse para os estudantes alguns
detalhes desse livro: como são as personagens, o que elas vivem, como se
aproximam da vivência de qualquer adolescente real etc.

Oralidade

Página 9

Aproveite esta roda de conversa para avaliar se os estudantes compreenderam os


textos lidos, estabelecendo relações entre eles. No caso dos Textos 1 e 2, é preciso que
eles identifiquem a temática e posicionem-se em relação às opiniões manifestadas pelos
autores. No caso do Texto 3, é importante que eles observem as personagens
apresentadas, falem sobre suas impressões da história, demonstrem ou não identificação
com essas personagens. É preciso estimulá-los, também, a querer ler o texto na íntegra,
a fim de descobrirem o que ocorreu com as personagens adolescentes. Importante: você
deve levar em consideração, nesta conversa, as experiências pessoais dos alunos; elas
servirão como argumentos para a defesa de seus pontos de vista.

Atividade em grupo

Páginas 9-10

Observe o que eles priorizaram nas fichas. Houve a preocupação de deixar claro para
o leitor qual era o tema do texto lido, de onde ele fora retirado, quem era seu autor?
Dividiram o texto em parágrafos e foram apontando o que perceberam em cada um
deles? Manifestaram sua concordância ou refutação em relação às ideias contidas no
texto? De que forma eles registraram isso na ficha?

Página 10

O objetivo desta atividade é incentivar os estudantes a ter contato com livros e


autores de literatura. Por isso é importante que você os estimule a fazer a pesquisa e a
refletir sobre o que têm lido (ou não) na escola e fora dela. Sugerimos também que você

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possa ler para eles a história integral do livro Lis no peito, considerando a prática
pedagógica “Leitura em voz alta feita pelo professor”. Nesse caso, você poderia fazer a
leitura em capítulos (um por aula), criando neles a expectativa e a curiosidade para
saber como essa história de amor acaba.

Produção escrita

Páginas 10-11

É preciso garantir que os estudantes sigam as orientações dadas no item 2. A revisão


das cartas pode ser realizada em grupos, mas você pode fazer uma atividade coletiva
antes, apresentando-lhes um modelo de revisão.

Estudo da língua

Páginas 11-12
1. Nossa sugestão é que você use essa primeira etapa como um tipo de avaliação a fim
de diagnosticar os conhecimentos e as dificuldades que os alunos encontram sobre o
tema em questão.
2.
(x) A vírgula é usada para isolar termos considerados sintaticamente como
acessórios.
( ) A vírgula deve ser usada para separar o verbo de seus termos
complementares.
( ) A vírgula, assim como alguns outros sinais de pontuação, serve para garantir
pausas de respiração.
(x) A vírgula não deve ser usada para separar o sujeito do verbo.
(x) A vírgula tem a função de separar termos que exercem a mesma função sintática,
quando não vêm unidos pelas conjunções e, ou e nem.
(x) A vírgula isola o aposto ou qualquer outro elemento que exerça uma função
explicativa.
(x) A vírgula isola o vocativo.
(x) A vírgula isola os elementos repetidos (palavras ou expressões que apareçam
repetidas na sentença).

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(x) A vírgula isola advérbios ou expressões adverbiais no início das sentenças.


(x) A vírgula separa, na datação de um escrito, o nome do lugar.
(x) A vírgula indica a supressão de uma palavra (ou conjunto de palavras).

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
ESCRITA DE PARÁGRAFOS ARGUMENTATIVOS

Atividade em grupo

Página 12
1 a 5. O objetivo desta atividade é que os estudantes possam reconhecer parágrafos
argumentativos, aprendendo a organizá-los. Para tanto, escolha um artigo de opinião
retirado de revista, jornal ou da internet. Desmembre os parágrafos do texto e
entregue-os aos estudantes em forma de filipetas. O objetivo é que, em grupos, eles
remontem o texto, considerando:
• a apresentação do tema e do ponto de vista do autor;
• a ordenação de ideias e argumentos que defendam esse ponto de vista;
• a conclusão a que o autor chega, ao final de sua discussão.

É importante que, nesta atividade, os estudantes reconheçam nos parágrafos isolados


algumas expressões argumentativas, estudadas na Situação de Aprendizagem 1. Essas
expressões podem auxiliá-los na organização e na ordenação do texto que estão
montando.

Páginas 13-14
1. Sim, porque expõe um problema social (a fome) e faz uma explanação sobre as
razões para a existência desse problema, argumentando que ela é resultado da
ausência de cidadania.
2. As relações entre fome e cidadania.
3. Para o autor, a fome no Brasil é o efeito direto da ausência de cidadania que, por sua
vez, significa a consciência dos direitos democráticos e é responsável pela
construção de valores e práticas democráticas.
4. O autor diz que um cidadão não pode dormir com “milhares de crianças trabalhando
em condições de escravidão, trabalhadores sobrevivendo com suas famílias num
quadro de miséria e de fome, a exploração da mulher, a discriminação do negro, uma
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elite rica esbanjando indiferença num mundo de festas e desperdícios escandalosos,


de banqueiros metendo a mão no dinheiro do depositante, da polícia batendo em
preto e pobre”. No entanto, é possível inferir que, se há falta de cidadania, brasileiros
dormem e não lutam para extinguir a miserabilidade de milhões de brasileiros. Nesse
sentido, a fome e todos os outros problemas apontados pelo autor só existem porque
não existe a cidadania.
5. Resposta pessoal. Espera-se, no entanto, que os estudantes considerem os argumentos
apresentados pelo autor legítimos e coerentes com a realidade social brasileira. É
preciso que eles desenvolvam, pela leitura de textos como esse, um senso crítico
sobre as razões que levam tantos brasileiros a viver na linha da pobreza.
6. Espera-se que o estudante diga que sim, uma vez que existem no Brasil milhões de
pessoas vivendo na linha da pobreza e da exclusão.

Página 14

Esta atividade tem o objetivo de ampliar o repertório dos estudantes sobre o autor e
os temas por ele tratados. Se preferir, você mesmo pode apresentar coletivamente alguns
sites que podem ser interessantes para a pesquisa dos alunos.

Oralidade

Páginas 14-15

No Caderno do Professor, a sugestão para que se prepare o ciclo de palestras é feita


na Situação de Aprendizagem 1. No Caderno do Aluno, transformamos, no início da
Situação de Aprendizagem 2, a sugestão em uma atividade que tem como objetivo criar
condições para que os alunos desenvolvam capacidades de, oralmente, expor ideias,
defender pontos de vista e construir argumentação. Para tanto, é muito importante que a
elaboração dessas palestras seja acompanhada diretamente por você, auxiliando-os na
escolha de novos textos para serem lidos sobre os temas e na organização da
apresentação oral (o que vão expor, para quem, de que forma, quem vai tomar a frente
nessa exposição etc.).

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Página 15

É importante que você crie em sua aula um espaço de conversa e troca de ideias e
opiniões sobre temas que sejam do interesse dos alunos, estimulando-os a querer saber
mais e a pesquisar sobre tais assuntos.

Produção escrita

Página 15

Esta atividade está totalmente atrelada à pesquisa em grupo que os estudantes


fizeram anteriormente. Portanto, não há como redigir os parágrafos sem terem lido e
discutido os temas listados porque, caso contrário, correriam o risco de produzirem
textos vazios e repletos de clichês. O objetivo é que eles possam usar o repertório
adquirido para se posicionarem e emitirem opiniões bem fundamentadas.

Estudo da língua

Página 16

Espera-se que os estudantes, nas respostas aos itens (a) a (i), consigam fazer uso das
conjunções estudadas no bimestre anterior, organizando-as adequadamente no período.
Esta atividade será útil para o estudo das orações subordinadas adverbiais.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3

TEXTOS DE OPINIÃO E SEU CONTEXTO COMUNICACIONAL

Atividade 1: Filme

Páginas 16-17
1.
O ano em que meus pais saíram de férias
Direção: Cao Hamburger, Brasil, 2006, 104 min, 10 anos.

O filme conta a história de Mauro, um menino de 12 anos que, em 1970, é levado


pelos pais à casa do avô paterno, com quem ficará enquanto os pais fogem para não
ser presos. A época é de ditadura militar no Brasil e na América Latina.

2 e 3. Aqui é fundamental que você avalie a compreensão que os estudantes tiveram do


filme: o que consideraram importante registrar na sinopse; de que modo o texto
escrito anuncia o tema central do filme ou aponta para algum encaminhamento do
que é possível esperar dele. As sinopses escolhidas devem ser fruto de reflexão e
consenso por parte dos estudantes, que, após sua leitura e discussão sobre os textos e
o filme, terão condições de avaliar os textos que se apresentam mais fiéis à obra.
4.
a) Mauro e Shlomo.
b) Porque a história almeja representar o período de transição de um garoto que,
aos poucos, deixa de ser criança para iniciar o momento de preparação para a
adolescência. Aquela fase intermediária, conflituosa, na qual aquilo que foi não é
mais.
c) Esta resposta deve ser elaborada pelos estudantes que, identificados ou não com
a personagem Mauro, de 12 anos, podem descrevê-lo de acordo com seu próprio
olhar.

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d) Mauro está em uma fase de transição entre a infância e a adolescência no


momento em que o Brasil vive a ditadura militar (1970, auge do regime militar sob o
governo do general Emílio Garrastazu Médici), que aparece em segundo plano no
filme à medida que as experiências do garoto são colocadas como foco central da
história. No entanto, essas experiências só acontecem em consequência do momento
político do país, uma vez que ele se vê obrigado (sem saber) a viver com uma pessoa
desconhecida porque os pais estão fugindo da represália do governo militar aos que
se opõem a ele.
e) A morte de seu avô.
f) Ficar sob a proteção de um amigo e vizinho do avô, uma vez que não havia
parentes próximos que pudessem cuidar dele.
g) Não. Shlomo e Mauro são meros desconhecidos um do outro e precisam se
adaptar a um universo estranho a eles. Mauro é literalmente obrigado a conviver com
pessoas e realidades diferentes da sua.
h) Lentamente e de modo conflitante. A aceitação da nova realidade é difícil tanto
para o adulto quanto para a criança, que, aos poucos, aprendem a conviver um com o
outro e a estabelecer uma relação afetiva. O homem passa a adquirir importância
significativa na vida do garoto.
i) Sim, porque ele vai construindo novas relações e tem a oportunidade de
ressignificar, apesar da pouca idade, seus valores. Essas amizades permitem que
Mauro vença toda aquela inconstância própria da vida de qualquer criança, aqui
potencializada pelas situações que foi obrigado a enfrentar.
j) Embora consiga restituir o cenário da época e construir um clima de tensão
muito melhor que muitas produções que abordam o tema, a intenção do filme não é
narrar os acontecimentos referentes ao período histórico, cujos resquícios ainda se
encontram presentes. Tanto a ditadura quanto a conquista do tricampeonato
funcionam apenas como pano de fundo para o filme; um contexto histórico que cria
relações com aquilo que de fato se deseja mostrar.

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Atividade 2: Cartas do leitor

Páginas 17-19
1. Sugestão para a elaboração do quadro:

Referências de Carta 1 Carta 2 Carta 3 Carta 4


publicação/
temas/pontos
de vista

Identificação
do remetente,
da revista e da
seção na qual a
carta foi
publicada.

Tema da carta.

Opinião do
autor da carta
sobre o tema.

Argumentos
utilizados pelo
autor para
defender sua
opinião.

Quais das
cartas
apresentam
conteúdo que
leva o leitor
a um
posicionamento
e à construção
de
argumentos?

Algumas
dessas cartas
parecem mais
“recadinhos”,
porque não
têm a
pretensão de
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discutir
determinado
tema,
apresentando
argumentos na
defesa de um
ponto de vista?

Sua impressão
sobre o tema.

2. É muito importante que, nessa apresentação, você avalie o conhecimento que os


estudantes possuem sobre o gênero carta do leitor e sua função social e
comunicativa: eles identificam no texto essa função? Reconhecem a importância da
carta do leitor para a manifestação de uma opinião? Eles identificam argumentos
para a defesa de opiniões? Etc.
3. Alternativas (a); (b); (d); (e); e (f).

Localizando argumentos

Páginas 19-20
1 a 4. O objetivo desta atividade é favorecer o desenvolvimento de alguns
conhecimentos dos estudantes importantes para a elaboração de textos
argumentativos. Chamamos argumentação todo tipo de atividade que tem por
objetivo construir argumentos para a comprovação ou contestação de algo. Ou seja,
para defender um ponto de vista sobre determinado assunto, tema, ideia, ou para
contestar os argumentos contrários ao ponto de vista que defendemos. Desenvolver
habilidades argumentativas, portanto, pressupõe um exercício constante de raciocínio
daquele que é chamado a posicionar-se e a produzir argumentos. Para tanto,
selecionamos cinco exemplos de tipos de argumento, considerados bastante comuns
tanto nas discussões orais quanto escritas. Retome com os estudantes alguns textos
lidos ou produzidos que contenham exemplos para cada um dos tipos. Se necessário,
é possível encontrar sites que oferecem exemplos, apresentam e explicam como esses
argumentos são organizados nos textos.

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Atividade em grupo

Páginas 20-21
1 a 5. Esta atividade é bastante complexa, porque exigirá dos estudantes a realização de
várias ações: escolher temas sobre os quais vão discutir (apresentamos algumas
sugestões, mas você pode selecionar outros de mais interesse para a turma);
pesquisar sobre esses temas; ler artigos de opinião sobre eles (nesse caso, é
importante que os alunos atentem para as características do gênero e o tipo de
portador ao qual ele está vinculado: jornais impressos, internet, revistas); identificar
as questões polêmicas e os argumentos dos artigos lidos e posicionarem-se em
relação a eles (se concordam ou não com o autor). Tudo isso para preparar e planejar
a escrita da carta do leitor. Nessa primeira etapa, os objetivos são: fazer com que
entrem em contato com o gênero artigo de opinião, com temas polêmicos e pontos de
vista diversos, sobre os quais devem discorrer, defendendo ou refutando as ideias dos
autores lidos. Além disso, é preciso que eles reconheçam a necessidade da leitura e
da pesquisa para a elaboração de textos consistentes.

O que você aprendeu com a pesquisa?

Página 21
Resposta pessoal. Esta atividade autoavaliativa deve ser encaminhada de modo a
proporcionar aos estudantes um contato mais profundo sobre como fazer pesquisas
para saber mais sobre temas que lhes são relevantes. Nesse caso, espera-se que eles
avaliem as informações encontradas e apresentem soluções para os eventuais
problemas. Também é importante valorizar a opinião sobre o que eles, durante a
pesquisa, consideram mais estimulante.

Produção escrita

Páginas 21-22
1 a 3. Eles devem escrever uma carta do leitor, destacando as ideias que tiveram após a
leitura dos textos. É muito importante que eles saibam organizá-las, selecionando
argumentos coerentes com sua opinião sobre o tema e os artigos lidos. Também é
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fundamental que eles compreendam a importância da revisão dos textos. Essa etapa
deve ser acompanhada de perto por você, que, ao avaliar as dificuldades mais
comuns reveladas pelos grupos, pode optar por fazer uma revisão coletiva a fim de
que, posteriormente, eles possam identificar, nos próprios textos, os mesmos
problemas apontados por você durante essa revisão.
Ao final, a apresentação dos grupos será fundamental para ampliar o conhecimento
da classe sobre vários temas diferentes e polêmicos, abrindo espaço para discussão e
troca de ideias.

Oralidade

Página 22

1 a 5. Se em sua escola a biblioteca estiver funcionando, seria interessante desenvolver


esta atividade nesse espaço. Você poderia solicitar aos estudantes que fizessem a lista
dos livros lidos por eles antes de levá-los à biblioteca. Em seguida, dependendo do tipo
de dificuldade apresentada (não leem nada fora do ambiente escolar; não se lembram
dos livros que leram; não se interessam por leitura etc.), você poderia conduzi-los à
biblioteca e mostrar-lhes revistas, jornais, o próprio livro didático, para que
observassem as indicações de livros contidas nesses portadores. Também poderia pedir
que eles folheassem os livros que estivessem disponíveis na biblioteca. Por fim, poderia
pedir-lhes que fizessem pesquisas na internet com o propósito de conhecerem alguns
outros títulos de livros literários.

Eles devem então fazer a lista dos livros que gostariam de ler, com os dados
indicados na tarefa do Caderno. Converse com eles sobre a possibilidade de acesso a
alguns desses títulos (na própria biblioteca da escola, em bibliotecas do bairro etc.) e
estimule-os a fazer a leitura daqueles títulos que possam ser emprestados.

Esta atividade é muito importante para desenvolver com os alunos alguns critérios de
seleção de livros literários para a leitura de fruição.

Estudo da língua

Página 23
1. Se preferir, faça este comentário coletivamente.
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2.

Orações Função sintática: Função sintática:


conjunção pronome relativo
“Ou seja, me vejo bonito ou “Constata facilmente que
Texto de Contardo
Calligaris desejável se tenho razões perdeu aquela graça infantil
para acreditar que os outros que, em nossa cultura,
gostam de mim ou me parece garantir o amor
desejam.” incondicional dos adultos,
“porque gostaria muito de sua proteção e solicitude
descobrir o que os outros imediatas.”
veem nele.” “Essa segurança perdida
deveria ser compensada por
novo olhar dos mesmos
adultos, que reconhecesse a
imagem púbere como sendo
a figura de outro adulto, seu
par iminente.”
“a segurança do amor que
era garantido à criança.”

“Tudo isto não significa que “As diversas fases que


Texto de Gerardo
Castilho a missão dos pais se reduza descrevemos cumprem uma
a permitir” função necessária no
“Os próprios filhos esperam desenvolvimento da
que sejam eles quem lhes amizade e na preparação do
expliquem o mistério da futuro amor.”
vida.” “Acabamos de ver os riscos
“É extremamente que existem nesse tipo de
necessário que os pais não convivência.”
cedam à moda atual que “É extremamente
pretende eximi-los dessa necessário que os pais não
responsabilidade com o cedam à moda atual que
pretexto de que não estão pretende eximi-los dessa

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preparados.” responsabilidade com o


pretexto de que não estão
preparados.”

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4

PRODUZINDO UM ARTIGO DE OPINIÃO

Oralidade

Página 24

As respostas para as questões de 1 a 4 devem ser definidas de acordo com os textos


escolhidos para a roda. Nossa sugestão para essa nova rodada de leitura literária é que
você organize com os alunos uma pesquisa sobre narrativas da literatura (brasileira ou
não) que tratem dos temas preconceito ou racismo. Seria interessante também que você
lesse para eles alguns contos e poemas sobre esse tema para que pudessem perceber as
diferenças da linguagem (em relação aos textos argumentativos) e de enfoque (não se
espera que um texto literário tenha o objetivo de defender um ponto de vista, mesmo
que a visão das personagens ou do autor encaminhe para a tomada de posição sobre a
questão do preconceito).

Atividade em grupo

Página 24
1. A atividade tem como função orientar a discussão sobre racismo no Brasil. O
objetivo principal é fazer uma avaliação diagnóstica sobre o conhecimento e opiniões
que os estudantes possuem sobre esse tema; observar se os alunos pensam e o que
pensam sobre esse assunto, a fim de chamar sua atenção para o problema do racismo.
2.

O Brasil é um país racista?

S im Não
Resposta a ser definida após a discussão em Resposta a ser definida após a discussão em
classe sobre os textos lidos e sobre a classe sobre os textos lidos e sobre a
experiência pessoal dos estudantes. É preciso experiência pessoal dos estudantes. É preciso
que, nesta etapa, eles consigam antecipar o que, nesta etapa, eles consigam antecipar o
tipo de argumento que pode estar presente tipo de argumento que pode estar presente
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nos artigos de opinião que lerão nos artigos de opinião que lerão
posteriormente. posteriormente.

3. Oriente os estudantes para que façam uma apresentação objetiva e adequada à


proposta de atividade.
4. Respostas a serem definidas após a discussão em classe sobre os textos lidos e sobre
a experiência pessoal dos estudantes.

Páginas 25-28
1. Resposta pessoal. Espera-se, no entanto, que os estudantes não façam apologia do
racismo, uma vez que o objetivo da atividade é justamente denunciar a visão racista e
preconceituosa de muitas pessoas em relação a credo, raça etc.
2. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes considerem as discussões realizadas
antes da leitura dos textos para responder a esta questão.
3. Eles o apresentam com base em um questionamento feito pelo jornal Folha de S.
Paulo: “O Brasil é um país racista?”. Mas cada qual escolhe momentos diferentes
para explicitar seu ponto de vista sobre o tema. No Texto 1, a resposta é dada logo no
início: “Eu respondo sim, somos um país racista, se por racismo entendermos a
disseminação no nosso cotidiano de práticas de discriminação e de atitudes
preconceituosas que atingem prioritariamente os pardos, os mestiços e os pretos”. No
Texto 2, a resposta só é dada ao final, depois que a autora já fez a defesa de seu
ponto de vista: “Não somos racistas, mas, sim, fazedores de preconceitos.
Alimentamos intolerâncias. [...] Estranhamos o ‘outro’ diferente na cor, na religião,
na condição econômica. Olhamos com desconfiança quem não é ‘como nós’”.
4. Os argumentos apresentados pelos dois autores parecem coerentes com a tese que
querem defender. O que vai definir se um dos textos parece mais convincente ou não
é o repertório prévio do estudante, suas experiências pessoais com o tema e a
discussão que vocês fizeram na classe.
5. Resposta pessoal. Espera-se que as leituras contribuam para o desenvolvimento de
uma visão crítica sobre o tema.

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Gabarito – Caderno do Aluno Língua Portuguesa 8a série/9o ano – Volume 2

6. Resposta pessoal. Espera-se que o estudante reconheça a importância da leitura para


ampliar seu repertório sobre o tema.
7. Resposta pessoal. Espera-se que o estudante reconheça a importância do quadro para
ampliar seu repertório sobre o tema.

Atividade em grupo

Páginas 28-30
Modelo de quadro-síntese:

Características do Texto 1 Texto 2


gênero
O racismo no Brasil O racismo no Brasil
O autor trata de um
tema polêmico. Qual?
O Brasil é um país racista? O Brasil é um país racista?
Há uma questão
polêmica definida.
Qual?
“Eu respondo sim, somos “Não somos racistas, mas,
O autor expõe sua
opinião sobre o tema de um país racista, se por sim, fazedores de
forma explícita. Em que racismo entendermos a preconceitos. Alimentamos
trecho? Transcreva-o.
disseminação no nosso intolerâncias. [...]
cotidiano de práticas de Estranhamos o ‘outro’
discriminação e de atitudes diferente na cor, na religião,
preconceituosas que na condição econômica.
atingem prioritariamente os Olhamos com desconfiança
pardos, os mestiços e os quem não é ‘como nós’”.
pretos.”
“Eu respondo sim, somos “Não somos racistas”
Há marcas linguísticas
que indicam a presença um país racista” “Olhamos com desconfiança
do autor no texto. Dê “Não creio, entretanto, que quem não é ‘como nós’”.
dois exemplos.
nosso racismo seja [...]” “´”Nós´, como os ´outros´,
“[...] eu diria” temos, hoje, mais coisas em
“Espero que se dê algo bem comum do que diferenças.”
diferente”
“Em 1998, Pierre Bourdieu “Nina Rodrigues e Sílvio
O autor apresenta
diversos tipos de e Loïc Wacquant se Romero buscaram mapear as

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Gabarito – Caderno do Aluno Língua Portuguesa 8a série/9o ano – Volume 2

recursos persuasivos perguntavam, em famoso contribuições da ‘raça negra’


complementares, tais libelo contra o imperialismo à nossa formação.”
como: argumento de
autoridade, argumento cultural norte-americano: (Argumento de autoridade)
de provas concretas, ´Quando será publicado um
argumento com base em livro intitulado O Brasil
consenso. Indique,
transcrevendo no espaço racista, segundo o modelo
ao lado, o uso de um da obra com o título
desses recursos.
cientificamente
inqualificável, La France
raciste, de um sociólogo
mais atento às expectativas
do campo jornalístico do
que às complexidades da
realidade?´”
(Argumento de autoridade)
Jornal Folha de S. Paulo, 18 Jornal Folha de S. Paulo, 18
Em que meio de
comunicação os dois nov. 2006. Caderno nov. 2006. Caderno
artigos foram Tendências/Debates. Tendências/Debates.
publicados?
Em 1a pessoa do singular e Predominantemente em 3a
O autor escreve em
primeira ou terceira do plural. Exemplo: pessoa. Exemplo: “No Brasil,
pessoa? Anote um 1) “Não creio [...] que tais concepções chegaram
trecho que confirme sua
resposta. nosso racismo seja pior [...]” tarde.” “No século XIX,
2) “Não classificamos por despontou uma disciplina
raça, mas por cor.” [...]”
Em 1a pessoa do plural.
Exemplo: “Não somos
racistas [...].” “Nisso, não
diferimos de congêneres de
outros países.”

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Gabarito – Caderno do Aluno Língua Portuguesa 8a série/9o ano – Volume 2

Página 30

Os estudantes encontrarão, na internet, várias definições para o termo


intertextualidade.

É essencial que os estudantes dialoguem com essas definições, observando como o


fenômeno ocorre nos textos (orais e escritos) que produzem.

Página 30
1.
a) Aqui é preciso dar ênfase à noção de intertextualidade.
b) Resposta pessoal.
c) Resposta pessoal. É importante que você contextualize a letra da música e o
compositor, a fim de que os estudantes possam compreender a intertextualidade
existente.
d) Para a autora, “o debate sobre ‘raças’ ficou para trás, substituído pelo das
culturas, como conjunto de comportamentos e valores comuns. Houve um duplo
movimento: a afirmação da importância do fator cultural como fonte de diferença e
conflito e a desconstrução da noção de cultura como algo coerente, inalterado pelo
tempo”. Ou seja, esse debate já foi ultrapassado, porque o tempo não para e, com ele,
surgem novas formas de pensar a questão, forçando novas construções: noção de
cultura, por exemplo, não pode ser vista como algo coerente e inalterada pelo tempo.
e) Sim, conhecendo a letra de Cazuza, o leitor poderá estabelecer a relação entre os
textos com mais profundidade ou perceber como esse diálogo contribui para o
sentido do que lê.
2. É importante que você coloque a música para que os estudantes a escutem, mas dê
tempo para que eles possam falar de suas impressões e compreender os versos antes
de discutirem a intertextualidade. Em seguida, você pode retomar os dados
apresentados no item “d” a fim de que percebam qual a relação que o autor
estabelece entre um texto e a letra da música.

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Gabarito – Caderno do Aluno Língua Portuguesa 8a série/9o ano – Volume 2

Produção escrita

Página 31
1 a 7. O objetivo desta atividade é oferecer aos estudantes a oportunidade de escrever
artigos de opinião que versem sobre temas atuais e polêmicos. Ao escreverem, eles
devem levar em consideração as características desse gênero, bem como seguir os
passos da escrita estudados no primeiro bimestre.
8. Sobre a criação do blog, é importante orientá-los para a função social desse portador
e como ele seria produtivo, visto que o trabalho de escrita dos alunos poderia ser
contemplado por um leque maior de pessoas, expandindo o espaço da sala de aula.
Caso não seja possível utilizar essa ferramenta virtual, eles podem organizar um
mural para ser visitado por todos os alunos da escola, avisando os colegas das outras
classes sempre que postarem novos textos.
Se você desejar, pode oferecer as orientações a seguir sobre criação de blogs.
Para saber mais sobre o blog
1. Para a criação do blog, vocês podem solicitar ajuda de um professor ou responsável
pelo laboratório de informática que conheça os mecanismos. Também podem seguir
os passos que o próprio provedor da internet recomenda (geralmente na primeira
página do provedor há um ícone blog ou fotoblog, no qual todas as explicações
necessárias são encontradas).
2. Esse blog deve ser utilizado por vocês, em grupo ou individualmente, sempre que
produzirem um novo texto ou desejarem compartilhar com seus colegas e leitores
informações, opiniões, ideias.
3. Organizem coletivamente um quadro no qual possam informar as novas publicações
dos blogs, estimulando os colegas a visitar o espaço e a ler os textos. Esse quadro
(observem modelo a seguir) pode ficar fixado na própria sala de aula ou no mural da
escola, a fim de que outros leitores em potencial prestigiem os textos nele
publicados.

Quadro de publicações da semana

Tema:

Título:

Autores:
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Gabarito – Caderno do Aluno Língua Portuguesa 8a série/9o ano – Volume 2

Página 32

É fundamental que você propicie, em suas aulas, momentos de avaliação coletiva e


individual a fim de que seus alunos possam refletir sobre o significado e o sentido da
aprendizagem em suas vidas.

Página 32
1. (F) Em termos de estrutura, os dois textos lidos na seção Leitura e análise de texto
se assemelham, uma vez que são organizados por um mesmo princípio: contam
histórias sobre pessoas que já sofreram preconceito racial.
2. (V) O gênero artigo de opinião é escrito com a função de discutir um tema,
geralmente polêmico e controverso, presente em determinado contexto social,
argumentando e convencendo o leitor de uma ideia, influenciando-o, transformando
os seus valores.
3. (V) Em geral, a questão que dá origem aos artigos de opinião jornalísticos é polêmica
e obriga os autores a tomar uma posição e defendê-la. Quando a questão não é objeto
de discussão, os textos podem ser opinativos, mas não artigos escritos para jornais.
4. (V) Pode-se dizer que a intenção comunicativa do artigo de opinião é persuadir,
convencer ou tentar convencer o leitor de que o ponto de vista do autor sobre a
questão polêmica é correto, mediante a apresentação de justificativas relacionadas a
um raciocínio coerente e consciente.
5. (F) O artigo de opinião é um gênero característico do jornalismo opinativo, publicado
em livros teóricos sobre o tema debatido.
6. (V) O artigo de opinião pode ser impresso ou publicado em mídias como a internet.
7. (V) O artigo de opinião, por caracterizar-se como discurso argumentativo,
geralmente apresenta, em sua estrutura, uma questão polêmica diante da qual o autor
toma uma posição e defende-a por meio de argumentos que levam a uma conclusão.

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Gabarito – Caderno do Aluno Língua Portuguesa 8a série/9o ano – Volume 2

8. (V) O autor do artigo de opinião, por meio da construção argumentativa, assume uma
posição diante de uma questão polêmica relacionada a um tema proposto para
discussão, refutando possíveis opiniões divergentes.
9. (V) Quase sempre, o artigo de opinião é escrito em terceira pessoa, mas há vários
artigos de opinião que são escritos em primeira pessoa.
10. (V) Nos artigos de opinião, em geral, os verbos são conjugados no Presente do
Indicativo ou do Subjuntivo na apresentação da questão, dos argumentos e contra-
-argumentos. Mas, também, são usados verbos no Pretérito quando se quer dar uma
explicação ou apresentar dados.

Estudo da língua

Página 33
1.
• Metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual,
com base em uma relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido
figurado. É uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido
(Nós procurávamos a chave do problema).
• Comparação: ocorre quando há aproximação de dois termos entre os quais existe
alguma relação de semelhança (Mariana é tão alegre quanto Rosa) ou quando se
atribuem as qualidades de um ser a outro (Meu coração cinzento pesa como
chumbo).
• Antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem
pelo sentido (Te amo tanto que te odeio).
• Metonímia: consiste em uma transposição de significado, ou seja, uma palavra que,
usualmente, significa uma coisa e passa a ser usada com outro significado. A
metonímia explora sempre alguma relação lógica entre os termos (Ela suou a camisa
para comprar o carro).

2. O objetivo desta tarefa é que você possa avaliar as dúvidas mais frequentes
apresentadas por seus alunos sobre as figuras de linguagem estudadas no item
anterior. Por isso, sua correção coletiva, a explicação e o esclarecimento dessas
dúvidas são essenciais para ampliar o repertório dos estudantes, que devem ser

26
Gabarito – Caderno do Aluno Língua Portuguesa 8a série/9o ano – Volume 2

capazes, em outro momento, de identificar essas figuras e sua função em diferentes


textos.
3.
a) Nesse período, cada uma das orações é sintaticamente independente, ou seja,
elas ordenam ou caminham juntas, sem relação de subordinação.
b) A definir, de acordo com os períodos analisados na classe, mas espera-se que os
alunos respondam algo semelhante a “as conjunções coordenadas em período
composto por coordenação unem duas orações que têm, cada uma, sentido
completo”.
c) O uso da conjunção coordenada. As orações sindéticas são organizadas por
conjunções adversativas, conclusivas, alternativas, explicativas e aditivas, enquanto
as assindéticas não são unidas por conjunção, são apenas justapostas.
d) Resposta do grupo. Espera-se, no entanto, que os estudantes utilizem seus
conhecimentos prévios sobre as orações coordenadas sindéticas e assindéticas para a
elaboração das sentenças.

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Gabarito – Caderno do Aluno Língua Portuguesa 8a série/9o ano – Volume 2

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5

RECAPITULANDO OS CONTEÚDOS

Páginas 34-35
1. O estudante deve relatar uma experiência pessoal na qual tenha feito uso do
testemunho de outra pessoa em seu favor. O importante nesta questão é que ele
identifique o recurso do argumento de autoridade como forma de convencer o
interlocutor de que aquilo que disse é verdadeiro.
2. Não. A foto de uma professora e de sua aluna de determinada escola paulistana
cumpre, nesta campanha, a função de testemunhar, de comprovar o que se diz.
3. Alternativa a.

Oralidade

Página 36
1, 2, 3 e 4. Embora todas as orientações para a condução desta atividade tenham sido
explicitadas nos Cadernos do Aluno e do Professor, você pode optar por desenvolvê-
-la utilizando artigos de opinião selecionados por você e distribuídos aos grupos.
Nesse caso, terá maior controle sobre os temas e andamentos dos quadros
organizativos.
5. Resposta subordinada ao contexto da atividade. É importante, no entanto, que os
estudantes observem a coerência da montagem, os eventuais problemas encontrados
nela e os argumentos utilizados pelos colegas para defender a organização textual
apresentada.
6. Nesta etapa da atividade, verifique se os temas escolhidos pelos alunos e as questões
levantadas por eles são de fato polêmicos; ou seja, apresentam margem para a
emissão de opiniões divergentes, sendo defendidos com argumentos que os
estudantes retiraram dos próprios textos lidos ou, isso também é importante, se os
trouxeram de outras referências que já tenham sobre o tema.

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Gabarito – Caderno do Aluno Língua Portuguesa 8a série/9o ano – Volume 2

Estudo da língua

Páginas 36-38
1. Alternativa b.
2. Alternativa c.
3.
• Exemplo 1 – Estudei uma vela inteira.
• Exemplo 2 – Só vou trabalhar três novelos.

Nos dois casos, o autor utiliza outras formas que não o relógio para falar de medidas
de passagem de tempo.

Produção escrita

Atividade 1

Página 38

Esta atividade, composta de duas etapas, deve ser acompanhada por você. Nos itens
de 1 a 3, os estudantes devem retomar os parágrafos escritos, promovendo a ligação
entre eles usando conectivos adequados. Nesse caso, você pode utilizar essa produção
como instrumento avaliativo, observando a capacidade dos estudantes de realizar a
tarefa individualmente. Assim, saberá o tipo de dificuldade que eles ainda encontram
com o uso dos conectivos ou com a construção de textos argumentativos.

Atividade 2

Páginas 38-39

Na segunda etapa, composta pelos itens 1 e 2, os alunos terão de escrever outro texto
com base em determinada situação-problema já posta na tarefa. Nesse caso, é
importante que você converse com eles sobre como o gênero carta pode assumir essa
função de denúncia: apresenta um problema ocorrido com o autor da carta (ou com
alguém que ele conheça); expõe os eventuais prejuízos que teve com o problema;
explica quais foram as providências tomadas por ele ou pelo responsável pelo problema,

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Gabarito – Caderno do Aluno Língua Portuguesa 8a série/9o ano – Volume 2

justificando por que essas providências não foram suficientes e, em seguida, pede uma
orientação sobre o que fazer diante do exposto.

Páginas 39-40
1. Alternativa c.
2. Alternativa e.
3. Alternativa a.

Página 40
1. É preciso garantir que os estudantes tenham clareza de que o tema do Texto 1 está
relacionado aos problemas das enchentes e descaso dos órgãos públicos, que
investem em obras políticas, e dos cidadãos, que jogam lixo nos rios. A pesquisa será
bastante vasta uma vez que esse tema é matéria tanto de jornais (impressos e virtuais)
quanto de programas televisivos e revistas.
2. Resposta subordinada ao contexto da atividade. No entanto, espera-se que os
estudantes avaliem criticamente o problema das enchentes, identificando a
responsabilidade dos órgãos públicos, que não investem em ações profiláticas, e dos
cidadãos, que jogam lixo nos rios, nas ruas etc.
3. Oriente os alunos para que, em suas pesquisas, selecionem os relatos de pessoas reais
que vivenciaram as consequências de uma enchente. Eles podem, até mesmo,
registrar depoimentos de pessoas conhecidas por eles e deles próprios, caso tenham
passado por problema semelhante.

30

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