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ÍNDICE

Definição de Obstetrícia e Ginecologia ................................................................ 1


SISTEMA REPRODUTOR FEMININO ........................................................... 1
Órgãos Genitais Femininos Externos ...................................................................... 1
Órgãos Genitais Femininos Internos ....................................................................... 3
Órgão Correlacionado – Mama ............................................................................... 4
FECUNDAÇÃO ..................................................................................................... 4
Gravidez Múltipla .................................................................................................... 4
MENSTRUAÇÃO ..................................................................................................5
AEM (Auto Exame de Mama) ................................................................................. 6
PLANEJAMENTO FAMILIAR .......................................................................... 7
Métodos Anticoncepcionais .................................................................................... 7
Gravidez – Modificações no Organismo, Sinais e Sintomas .................................. 14
PRÉ – NATAL ...................................................................................................... 17
Orientações a Gestação ........................................................................................... 18
Data Provável do Parto, Segundo Naegele ............................................................. 20
NOÇÕES PSICOPROFILÁTICAS PARA O PARTO “SEM DOR” ............. 21
PARTO DE EMERGÊNCIA ............................................................................... 22
PARTO ................................................................................................................... 23
Períodos Clínicos do Parto ...................................................................................... 24
Assistência de Enfermagem na Dilatação (Pré – Parto) .......................................... 25
Assistência de Enfermagem na Expulsão (Centro Obstétrico) ............................... 25
Assistência de Enfermagem na Dequitação (Centro Obstétrico) ........................... 26
Assistência de Enfermagem à Puérpera ................................................................. 26
NEONATOLOGIA .............................................................................................. 27
Assistência de Enfermagem ao RN na Sala de Parto ............................................ 27
Assistência de Enfermagem ao RN no Berçário Normal ...................................... 28
Assistência de Enfermagem no Alojamento Conjunto (A.C.) .............................. 28
Características Normais do Recém Nascido .......................................................... 30
Icterícia .................................................................................................................. 31
SISTEMA DE NOTAS DE APGAR .................................................................. 32
COMPLICAÇÃO MAIS COMUM NO 3º TRIMESTRE DE GESTAÇÃO . 33
Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (D.H.E.G.) ..................................... 33
COMPLICAÇÕES MAIS COMUNS NO 1º TRIMESTRE de GESTAÇÃO.. 34
Infecção do Trato Urinário ...................................................................................... 35
Abortamento ............................................................................................................ 36
Gravidez Ectópica ................................................................................................... 38
COMPLICAÇÕES MAIS COMUNS NO 2º TRIMESTRE DE GESTAÇÃO 39
Deslocamento Prematuro da Placenta (D.P.P.) ...................................................... 39
Placenta Prévia (P.P.)............................................................................................... 40
Rotura Uterina ........................................................................................................ 42
Incompetência Cervical .......................................................................................... 43
PATOLOGIAS GINECOLÓGICAS .................................................................. 44
Mioma ..................................................................................................................... 44
Salpingite ................................................................................................................. 45
Cisto de Ovário ....................................................................................................... 46
Carcinoma de Ovário .............................................................................................. 47
Bibliografia ............................................................................................................. 50
DEFINIÇÃO DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA

Obstetrícia é a ciência que se ocupa da gravidez e do parto.


Ginecologia é a ciência que se ocupa da prevenção, tratamento e reabilitação das
doenças do sistema reprodutor feminino e órgão correlacionado.

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

ÓRGÃOS GENITAIS FEMININOS


EXTERNOS (VULVA)
A vulva compreende a região que vai da base do períneo até a região pubiana. É
delimitado pelos grandes lábios. Eles se abrem na hora do parto.
A vulva é composta pelos seguintes órgãos:

Monte de Vênus Após a menarca, que é a primeira menstruação, este órgão é


recoberto de pêlos. Possui glândulas sebáceas. Daí surgirem
acnes nesta região.

Grandes Lábios É o órgão que delimita a vulva. No parto eles se abrem para
facilitar a passagem do feto, placenta e anexos.

Pequenos Lábios Como nos grandes lábios, eles se abrem para a passagem do
feto, placenta e anexos.

Clitóris É um órgão bastante inervado e vascularizado. Responsável


pelo prazer sexual da mulher, sendo bastante sensível.

Vestíbulo:
Meato Uretral É a porção terminal do sistema urinário. Para ser localizado
deve-se partir do Intróito Vaginal para o clitóris; o primeiro
orifício é o meato uretral.

Intróito Vaginal Nas mulheres virgens, ele é recoberto por uma membrana
denominada hímen. Esta membrana deve ser perfurada para a
passagem do fluxo menstrual.

Ductos de Skene Estes órgãos são responsáveis pela lubrificação da vulva,


mormente no ato sexual.

Glândulas de Bartholin São responsáveis pela lubrificação da vagina no ato sexual.


Podem infeccionar, ocorrendo Bartholinite. Nesse caso, o
tratamento é realizado através de antimicrobiano, compressas
com água morna e antiinflamatório. Eventualmente pode ser
necessário uma drenagem ou até mesmo uma retirada cirúrgica
é denominada Bartholinectomia.

ÓRGÃOS GENITAIS FEMININOS INTERNOS

Vagina É um órgão constituído de tecido muscular colabado, sua função é dar


passagem para o fluxo menstrual, para o feto e também é o órgão de copulação. Por ser
colabado, para ser examinado, é necessário um aparelho denominado especulo. Este órgão
mede aproximadamente de 7 a 9 cm.

Útero Este órgão mede aproximadamente 7 cm. Ele é constituído pelos seguintes
tecidos a saber: perimétrio, miométrio e endométrio. O seu formato é semelhante a uma
pêra invertida. Nele ocorre a nidação.
Nidação É o implante do ovo ou zigoto na parte anterior ou posaterior, mas na parte
superior do útero (fisiológica).

Trompas de Falópio ou Tubas Uterinas São órgãos responsáveis pela comunicação


entre o ovário e o útero, mede aproximadamente de 7 a 14cm. Possui um orifício do
tamanho de um alfinete. Possuem cílios.

Ovários Mede aproximadamente 4cm. Assemelha-se a uma amêndoa. Suas


funções são: amadurecer, armazenar e expulsar o óvulo. Eles produzem a progesterona e
estrógeno.

Fecundação É o encontro e a penetração do espermatozóide no óvulo. Esse


encontro ocorre no 1/3 distal das trompas de Falópio, via de regra.

ÓRGÃO CORRELACIONADO – MAMA

ILUSTRAÇÃO
Mamas: Este órgão é constituído de tecido adiposo e conjuntivo, assemelha-se
internamente, a cachos de uvas. Sua função é secretar alimentos para o recém-nascido.
Elas são bastante inervadas e vascularizadas, daí os mamilos ficarem eréteis na
gravidez, menstruação e excitação sexual (principalmente).
FIGURA

FECUNDAÇÃO
GRAVIDEZ MÚLTIPLA
1. Gêmeos univitelinos (verdadeiros ou homozigóticos)
É a penetração de um espermatozóide num óvulo, posteriormente ocorre a divisão.
Surgindo dois embriões idênticos, sendo, necessariamente, do mesmo sexo.
FIGURA

2. Gêmeos Fraternos o dizigóticos


Dois espermatozóides fecundam dois óvulos distintos. Os embriões não são tão
semelhantes como os gêmeos univitelinos. E não são necessariamente do mesmo
sexo.
FIGURA

MENSTRUAÇÃO
É a perda sangüínea vaginal periódica cíclica. Dura aproximadamente de 2 a 6 dias.
Perde cerca de 60 a 180ml.
É a eliminação pela vagina de secreções uterinas, descamação do endométrio e
sangue. Dura aproximadamente de 2 a 6 dias.
Ocorrências:
• Náuseas
• Vômitos
• Anorexia
• Irritabilidade
• Espinhas
• Acnes
• Lentidão Mental
• Sonolência
• Debilidade
• Baixa do Sistema Imunológico
• Cólicas

CICLO MENSTRUAL + - 14 DIAS + - 14 =28 DIAS


Fase estrogênica O Fase progestênica*
Hipófise V Hipófise
FSH U LH
Ovário L Ovário
Estrógeno A Progesterona
Folículo de Graaf Ç Corpo lúteo ou corpo
à amarelo
O
*MENSTRUAÇÃO (na vertical)

A.E.M. (AUTO EXAME DAS MAMAS)


Escopo: detectar precocemente o C.A. de mama
Realização: Ele deve ser realizado entre o 5º e o 8º dia do ciclo menstrual. Se a
mulher estiver na menopausa deverá fazer o A.E.M. todo dia 1º de cada mês.

Técnica:
• A mulher deverá ficar de pé em frente ao espelho. Nesta posição deverá verificar
se existe assimetria, secreções, descamação da pele das mamas;
• Permanecendo de pé deve colocar as duas mãos na parte posterior da cabeça.
Deverá observar as mesmas anormalidades do item anterior;
• Permanecendo de pé, diante do espelho, deverá colocar as mãos no quadril e
flexionar levemente os ombros para frente e observar as mesmas anormalidades
do 1º item;
• Continuando de pé deverá levantar o braço esquerdo e com as pontas dos dedos
indicador e médio da mão direita, deverá apalpar da periferia para o mamilo
esquerdo detectando possíveis nódulos. Com os dedos indicador e médio da mão
direita, apertar levemente o mamilo esquerdo detectando possíveis secreções;
• Repetir a técnica do item anterior para examinar a mama direita;
• Após examinar a mama direita, a mulher deverá deitar em uma superfície rígida
e colocar sob o ombro esquerdo uma toalha dobrada e repetir a técnica descrita
no tem anterior;
• A mulher deverá utilizar a técnica descrita no item anterior para examinar a
mama direita.
Observação: Caso ocorra assimetria, secreções,descamação da pele ou nódulos, a
mulher deverá procurar urgentemente um ginecologista.
PLANEJAMENTO FAMILIAR
Não significa não ter filhos, mas tê-los no momento oportuno em que as condições
sociais, econômicas, familiares e culturais forem favoráveis.
Para se fazer o planejamento familiar podemos lançar mão de métodos
anticoncepcionais.

Métodos Anticoncepcionais:
- Naturais: Tabelinha (evitar relações do 10º ao 18º dia do ciclo menstrual)
Temperatura Basal (controle de temperatura)
Muco Cervical
- Hormonais: Pílula (1951)
Injeção
Implante
Anel Vaginal
- Cirúrgico: Ligadura das Trompas de Falópio
Vasectomia
- Tradicional: Coito Interrompido (não pode ser considerado método)
- Barreiras Químicas: Preservativo
DIU
Espermicida
Diafragma

Tabelinha:
DIA
1º ao 10º 10º ao 14º 14º ao 18º 18º ao 28º
pode ter relação margem de margem de pode ter
sexual segurança segurança relação sexual

Tabelinha:
Este método consiste na abstenção sexual do 10º ao 18º dia do ciclo menstrual.
Considera-se o 1º dia do ciclo menstrual, o 1º dia da menstruação. Sabendo-se que a
ovulação, no ciclo de 28 dias, ocorre no 14º dia (dia fértil), mas por questões de segurança,
deve-se evitar ter relações sexuais 4 dias antes e 4 dias depois. (Índice de fracasso: 47%).

Temperatura Basal:
Dia Temperatura
26/07 36,6ºC
27/07 36,6ºC
28/07 36,5ºC
29/07 36,3ºC
30/07 36,7ºC
09/08 35,8ºC
10/08 37,0ºC Abstenção Sexual
24/08 37,0ºC
Temperatura Basal:
Este método consiste em a mulher verificar diariamente a partir do 1º dia do ciclo
menstrual, pela manhã, antes de levantar da cama sua temperatura corporal. Ela deverá
fazer as respectivas anotações e quando a temperatura baixar repentinamente e subir
também de forma repentina, é sinal que ela está ovulando. Portanto, nestes dois dias ela não
deverá ter relações sexuais. Convém lembrar que a temperatura corporal após a ovulação se
manterá elevada até o final do ciclo menstrual.
Este método não é muito seguro, pois durante o ciclo menstrual a mulher poderá ter
um processo infeccioso comprometendo inapelavelmente este método.

Muco Cervical:
A mulher deve diariamente, a partir do 1º dia do ciclocmenstrual, pela manhã, antes
de levantar da cama fazer toques vaginais. Quando a secreção vaginal estiver espessa,
densa semelhante a uma clara de ovo, é sinal que a mulher está ovulando. Portanto, deve
evitar ter relações sexuais nas próximas 48 horas.

Pílulas:
Este método é anovulatório, ou seja, ela evita o desprendimento do óvulo do ovário.
Para ser seguro a usuária deverá tomar diariamente o comprimido, preferencialmente à
noite antes de dormir, sempre na mesma hora. Eventualmente, se ela esquecer de tomar o
comprimido do dia anterior, deverá tomar na manhã seguinte, e tomar o comprimido do dia,
à noite, sempre na mesma hora. As pílulas vem numa cartela com 21 comprimidoS. O 1º
deverá ser ingerido no 1º dia do ciclo menstrual. Após o 21º comprimido, a usuária deverá
fazer uma pausa de uma semana, reiniciando uma nova cartela após este lapso de tempo.
Este método é uma combinação de estrógeno e progesterona.(Eficácia de 99%,
quando usado corretamente).
Contra-indicações:
• Obesidade
• Cardiopatia
• Hipertensão
• Diabetes
• Neoplasia
• Complicações vasculares
• Dores de cabeça
• Nervosismo

Injeção:
A exemplo da pílula, é uma combinação de estrógeno e progesterona. Porém em
quantidade superior. Ela pode ser administrada mensalmente, bimensalmente ou
trimestralmente. Por ter uma quantidade maior de hormônios, os efeitos colaterais
são os mesmos da pílula, porém exarcebados.
FIGURA

Ligadura das Trompas de Falópio:


É um método cirúrgico, onde é feita a secção das Trompas de Falópio e sutura das
mesmas. Outrora, este método era irreversível, mas com o avanço tecnológico já é
possível reverter essa cirurgia. Na prática, considera-se este método irreversível, por
ocasião da orientação do casal. A mulher previamente é submetida a entrevista com
uma equipe multiprofissional: médicos, psicólogos, assistente social e enfermeiro.
Caso os pareceres forem favoráveis, ela e o companheiro irão assinar uma
autorização para a cirurgia em um formulário próprio.
FIGURA

Vasectomia:
Consiste na secção dos canais deferentes. É uma cirurgia mais simples que a
ligadura, pois pode ser realizada até em ambulatório. Outrora era irreversível, mas
com o avanço da microcirurgia em alguns casos, já é possível a reversão.

Coito Interrompido:
Este método é tradicional porque já era utilizado na Antigüidade, consiste em ter
relação sexual e , antes do homem ejacular, retira-se o pênis. A segurança deste
método depende do controle emocional do parceiro sexual.
Deve-se ressaltar que este método depende do controle emocional do parceiro, pois
na hora do prazer sexual, a relação tem que ser abruptamente interrompida. Este
método não é aprovado pela igreja católica.
FIGURA

Preservativo:
É uma barreira mecânica, que consiste em proteger o pênis com um invólucro de
borracha, desta maneira evita-se o contato direto do pênis com a vagina. Com isso,
previne-se as principais DST, e uma gravidez indesejada. A técnica correta consiste
em colocar o preservativo com o pênis ereto, deixando aproximadamente 1cm de
espaço no bico do preservativo. Deve-se, também, retirar o ar deste reservatório. O
usuário deverá preferir os preservativos com o selo INMETRO, pois estes são de
melhor qualidade. Ao retirar o pênis da vagina, ele deverá estar ainda erétil.
Segurando pelas bordas do preservativo.

Preservativo Feminino:
Consiste num dispositivo que possui dois anéis de silicone. Um anel possui um
fundo cego, que deve ser colocado, com técnica, no colo do útero e o outro deve
recobrir a vulva. Protege o casal contra a maioria das DST (Doenças Sexualmente
Transmissíveis).
FIGURA DIU

DIU (Dispositivo Intra-Uterino):


Consiste em inserir um dispositivo, preferencialmente de Cu (cobre) no colo do
útero. Este dispositivo elimina alguns espermatozóides e impede a nidação. A
usuária deverá estar menstruada para inserir o DIU. Ele dura aproximadamente 3
anos. A usuária deverá consultar o ginecologista cada 6 meses. O DIU aumenta o
fluxo menstrual. Este método, em alguns casos é abortivo. Pode ser colocado logo
após o parto.
Espermicida:
É um método químico em que elimina grande parte dos espermatozóides. Porém
não mata todos. É apresentado em forma de cremes, geléias, em tabletes e aerosóis.
No caso de cremes ou geléias, eles devem ser inseridos na vagina duas horas antes
do ato sexual.
FIGURA

Diafragma:
Consiste em inserir um dispositivo de silicone com um aro de metal no colo do
útero. A usuária, previamente, deverá tirar a medida do colo do útero. Isso é feito
pelo enfermeiro ou pelo ginecologista. Portanto, ela irá utilizar o diafragma
específico para o tamanho do seu colo do útero. A usuária deverá retirar o diafragma
após 6 horas do ato sexual. Jamais deverá ficar com o diafragma por mais de 24
horas. Pois isso propicia o crescimento de colônias de bactérias. A usuária deverá
fazer nova medição do colo do útero após: parto, cirurgias ginecológicas ou após
ganhar ou perder 10kg. Pode ser reutilizado.

FIGURA GRAVIDEZ PÁG. 14

Modificações no organismo: sinais e sintomas


Presuntivos: Sistema Digestório
Sistema Urinário
Sistema Nervoso
Sistema Circulatório
Aparelho Sensitivo

Probabilidade: Amenorréia
Aumento das Mamas
Aumento da Tireóide
Aumento do Abdome
Diagnóstico - sangue/urina

Certeza: Rebote (movimentos fetais)


Auscuta dos BCF – Batimento Cardíaco Fetal
Visualização dos Contornos Fetais

Sistema Digestório:
• Náuseas (ocorre devido ao aumento da progesterona)
• Vômitos
• Constipação

Sistema Urinário:
• Polaciúria (devido a compressão do útero sobre a bexiga) – aumento da
freqüência urinária
Sistema Nervoso:
• Alteração do humor
• Astenia (fraqueza e sonolência)

Sistema Circulatório – cárdio-vascular


• Varizes
• Hemorróidas
• Edema nos MMII
• Hipertensão

Caso a paciente apresentar hipertensão, colocá-la em DLE (Decúbito Lateral


Esquerdo), pois isso diminuirá a compressão do útero sobre a veia cava inferior.
Conforme desenho a seguir:
FIGURA CORAÇÃO

Aparelho Sensitivo:
• Aversão a certos odores. Por exemplo: a alimentos, ao odor do marido, etc.
• Amenorréia: é a cessação da menstruação.
• Abdome: ocorre o aumento do abdome e o surgimento de estrias.
• Mamas: há o aumento das mamas. Ocorre, também, o surgimento de uma
segunda auréola. Surgem os tubérculos de Montgomery. Estes tubérculos são
protuberâncias que ocorrem nos mamilos.
• Tireóide: esta glândula tem seu tamanho aumentado.
• Diagnóstico: ele pode ser realizado através de exame de urina ou de sangue.
• O exame de urina é o Pregnostricon. Este exame visa detectar o HCG (hormônio
da gonadotrofina coriônica). Este hormônio é detectado a partir do 15º dia da
gestação até os dois meses e meio de gravidez.
• O exame de sangue é denominado BHCC. Este exame confere uma maior
segurança, pois pesquisa a gonadotrofina coriônica no sangue.
• Sinais e sintomas de certeza: são aqueles que emanam do próprio feto.
• Rebote: são movimentos realizados pelo feto no interior do útero (cambalhotas).
Ele surge a partir do terceiro mês de gestação.
• Auscuta dos BCF: ela pode ser realizada através do estetoscópio de pinard ou
através do sonar. Em trabalho de parto, os BCF devem ficar entre 120 e 160
freqüências por minuto.
• Visualização dos contornos fetais: utilizamos o RX ou a USG (ultrassonografia).
O RX deve ser evitado nos três primeiros meses de gestação, pois suas radiações
podem provocar má formação congênita. Já a USG pode ser realizada em
qualquer fase gestacional.

PRÉ-NATAL:
Referência: É o período que antecede o parto. Consiste em visitas mensais ao
serviço de saúde. A partir do 7º mês, as visitas deverão ser quinzenais, ou com
maior freqüência se a gravidez for de alto risco. Neste caso, a gestante poderá ser
até internada.
Riscos:
• Gestante menor de 18 anos;
• Gestante maior de 40 anos;
• Mulheres com antecedência de aborto;
• Incompatibilidade de RH;
• Gestantes com patologias, por exemplo: hipertensão, moléstias cárdio-
vasculares, diabetes, distúrbios renais, etc.
• Gravidez múltipla.
No Pré-Natal o médico obstetra irá examinar os antecedentes patológicos e
obstétricos da gestante. Irá orientar quanto a alimentação. Pesquisará exames
laboratoriais: urina I: cultura de urina, pregnosticon, BHCG, hemograma, tipagem:
VDRL; USG, entre outros. Fará toques vaginais. O médico obstetra ou enfermeiro
dará orientações à gestante. Verificará a sua pressão arterial e peso. Fará também a
auscuta dos BCF e verificará a altura uterina.

ORIENTAÇÃO À GESTANTE
Higiene:
O banho deverá ser morno. Deve-se lavar com maior freqüência o couro cabeludo,
pois as glândulas sudoríparas tem o seu trabalho aumentado.

Vestuário:
As roupas deverão ser largas e o sapato deverá ser baixo e confortável.

Cuidados com as mamas:


Orientar a gestante para não lavar o mamilo com água e sabão para não ocorrer o
ressecamento desse órgão, evitando assim uma possível fissura ou até mesmo
mastite. Se, eventualmente, ocorrer fissura, deve-se usar pomadas a base de
vitamina A, o próprio colostro ou óleo de amêndoa. Quando ela estiver
amamentando, deverá previamente retirar a pomada ou o óleo de amêndoa com
algodão embebido em água morna.
Orientar a gestante para a amamentação explicando-lhe as vantagens.
Vantagens:
• O leite materno oferece imunização ao RN, pois ocorre a passagem de
anticorpos maternos para o RN. O RN só produzirá os seus anticorpos a partir
do 6º mês de vida;
• Favorece a troca de afeto;
• Já vem na temperatura ideal;
• Orientar a gestante que o leite materno (colostro), é ralo e quase incolor, mas já
possui anticorpos e não é fraco;
• O leite materno não provoca cólica no RN ao contrário do leite de vaca;
• Favorece a involução uterina, ou seja, faz com que o útero volte mais
rapidamente ao seu tamanho normal;
• É mais econômico.
Exercício e repouso:
A gestante deve praticar exercícios, mormente caminhadas e natação prevenindo-se
assim, as varizes.
Repouso:
A gestante deve também repousar, pois com isso terá mais energia e ficará mais
calma.

Atividade sexual:
A gestante poderá ter relações sexuais. Para isso deverá procurar posições
confortáveis. Por exemplo: o parceiro em decúbito dorsal e a gestante por cima ou
ambos e decúbito lateral esquerdo.
A relação sexual deverá ser evitada se a gestante não quiser ou se houver
sangramento vaginal.
De uma maneira geral a atividade sexual é benéfica, pois a gestante se sente amada
e o feto percebe que o relacionamento é amoroso.

Fumo:
Ele deve ser evitado, pois a nicotina e o alcatrão provocam vasoconstrição
placentária, diminuindo a quantidade de nutrientes e de oxigênio para o feto. Isso
poderá tornar o feto PIG (Pequeno para a idade gestacional).

Álccol:
Ele deve ser evitado pelos mesmos motivos do fumo, ou seja, provoca
vasoconstrição placentária.

Nutrição:
A alimentação deve ser rica em: proteínas, carboidratos, vitaminas e sais minerais.

Viagens:
As viagens devem ser curtas em razão da polaciúria. As viagens longas são contra-
indicadas. Do mesmo modo as viagens após o 7º mês não são recomendadas.
Inclusive as companhias aéreas se recusam a embarcar gestantes com mais de 7
meses de gestação, pois ela poderá entrar em trabalho de parto em vôo.

Drogas:
Os medicamentos, de maneira geral, devem ser evitados no primeiro trimestre da
gestação, pois podem provocar má formação congênita. Os medicamentos, neste
período, só podem ser ingeridos com orientação do médico obstetra.

Sistema Circulatório:
• Edema dos MMII: a gestante deverá deitar em DLE
• Varizes: a gestante deverá deambular e usar meias elásticas próprias para varizes
• Hipertensão: ieta hipossódica e DLE
• Hemorróidas: dieta rica em fibras

Sistema Urinário:
• Polaciúria: a gestante quando for viajar deverá fazer uma restrição hídrica

Sistema Nervoso – Humor:


• Deve ser explicado a gestante e familiares que são normais as alterações de
humor. Trata-se apenas de uma fase, portanto, deve haver compreensão de
todos.

Sistema Ósseo-Muscular:
• Para se prevenir a lombargia, deve-se utilizar sapatos baixos e uma cinta própria.
• Para as cãibras são indicados alimentos ricos em cálcio: leite, queijo, ovos;
potássio: laranja e banana. Por exemplo: quando as câimbras ocorrem deve-se
fazer massagens. Elas devem ser da panturrilha para a coxa.

DATA PROVÁVEL DO PARTO, SEGUNDO NAEGELE:


Técnica:
• Torna-se como paradigma a data da última menstruação;
• Se a última menstruação ocorreu nos meses de janeiro, fevereiro ou março
acrescenta-se 9 meses e conserva-se o ano;
• Se a gestante for primípara, acrescenta-se ao dia da menstruação 10 dias;
• Se a última menstruação ocorreu nos demais meses, diminui-se 3 meses e
acrescenta-se 1 ano;
• Se a gestante não for primípara, acrescenta-se 7 dias ao dia da menstruação.

O 11/02/96 (menstruação)
+10/+09/96
21/11/96

Primípara 01/07/96 (menstruação)


+10/-3/+1
11/04/97

Secundípara 02/01/96 (menstruação)


+07/+9/96
09/10/96

NOÇÕES PSICOPROFILÁTICAS PARA O PARTO “SEM DOR”:

Tríade: medo – tensão – dor

Causas:
1. Sugestionamento: por questões culturais, a mulher, desde criança é induzida
por seus familiares e amigas que o parto é algo extremamente doloroso.
Psicologicamente, a mulher fica traumatizada.
2. Ignorância: em regra, a gestante não tem noções de anatomia e fisiologia do
seu sistema reprodutor. Deve-se orientá-la para o intervalo de uma contração
e outra, respirar profundamente. E na hora da contração fazer força embaixo,
como se fosse evacuar.
3. Falta de preparo psicológico: normalmente, a gestante não é
psicologicamente para o parto, inclusive, alguns obstetras sugestionam a
gestante, ao mencionarem que na hora do parto ocorrem dores, quando o
correto seria mencionar que ocorrem contrações.
No pré-natal e no centro obstétrico a gestante deveria contar com o apoio
psicológico do marido/companheiro.

PARTO DE EMERGÊNCIA:
• Quando as contrações surgirem, osocorrista deverá pedir a alguém que vá
chamar um médico;
• Quando as contrações, num lapso de 10 minutos, ocorrerem 3 freqüências de
aproximadamente 40 segundos cada é sinal que o feto está prestes a nascer;
• Pedir a parturiente para urinar e evacuar;
• Posicionar a parturiente em posição ginecológica e diminuir a luz ambiente;
• Quando surgir a cabeça do RN, providenciar um pano limpo e com uma das
mãos tapar o ânus da parturiente. Com a outra mão, de posse de um pano limpo,
amparar o RN (Não puxar o RN pela cabeça);
• Em seguida o RN descreverá um leve giro e livrará os ombros, membros
superiores, tórax e abdome e MMII. Se ao invés de surgir a cabeça, surgir
qualquer outra parte do corpo, não fazer nada, pois trata-se de uma urgência
obstétrica, deverá aguardar o médico;
• Em seguida, pegar o RN pelos membros inferiores para que haja a eliminação de
secreções gástricas e pulmonares;
• Nesta posição o RN deverá chorar;
• Se porventura o RN não chorar, o socorrista deverá dar leves palmadas nas
costas ou nas nádegas do RN. Se mesmo assim o RN não chorar, o socorrista
deverá iniciar respiração boca a boca, da seguinte maneira:
• Colocar o RN em decúbito dorsal numa superfície rígida;
• Fazer a hiperextensão da cabeça com uma das mãos e com a bochecha tapar as
narinas do RN, soprando levemente na boca do RN;
• Após o RN respirar, o socorrista deverá colocar em decúbito lateral,
providenciar um pano limpo e medir 4 dedos do cordão umbilical no sentido
RN- mãe e fazer um nó. Em seguida, medir mais 4 dedos em direção RN –mãe e
fazer outro nó;
• Providenciar um objeto cortante, por exemplo: faca, tesoura, canivete, etc e
fazer uma flambagem. Em seguida, fazer uma secção entre os dois nós;
• Após, aproximadamente, quinze minutos a mãe irá expulsar a placenta e anexos.
Portanto, o cordão umbilical não deverá ser puxado;
• Em seguida, colocar o RN em decúbito lateral direito sobre o abdome da mãe;
• Em seguida, a mãe, o RN e a placenta deverão ser encaminhados ao hospital
para serem examinados pelo médico.

PARTO
Definição: É o processo que leva a expulsão do feto, placenta e anexos (bolsa
amniótica, membranas e cordão umbilical).

Tipos:
Normal: É o parto fisiológico. Não há a administração de anestesias, apenas é
utilizada a anestesia local, por ocasião da episiotomia, se necessário, para aumentar
o canal de parto.
Indicações: - Quando o parto precisa ser rápido;
- Quando o feto é GIG;
- Gravidez múltipla (parto gemelar).
Observação: Após a passagem do feto ,da placenta e anexos é feita a episiorrafia,
que é a sutura da episiotomia. Os pontos da episiorrafia são absorvíveis, portanto
não há a necessidade de retirá-los.
Tipos: - Lateral: não é recomendada, pois podem lesionar as glândulas de Bartholin;
- Medial: não é recomendada, pois pode provocar uma fístula retal;
- Média lateral: esta é mais indicada, pois não lesiona as glândulas de
Bartholin nem prvoca fístula retal.

Fórceps: Consiste na introdução de dois instrumentos semelhantes a duas conchas


grandes no canal de parto. Desta maneira, prende-se a cabeça do feto, puxando-o
para fora. Este tipo de parto requer grande perícia do obstetra, pois podetraumatizar
o RN.

Operatório ou Cesária: Consiste em retirar o feto através de uma cirurgia. A


incisão é abdominal indo até o útero. Para isso, utiliza-se a anestesia ráqui ou
peridural. A puérpera só poderá levantar a cabeça após 12 horas do parto. Trata-se
de uma cirurgia, portanto adota-se as mesmas técnicas pré-operatórias, trans-
operatórias e pós-operatórias de uma cirurgia que foi utilizada a ráqui anestesia. A
mulher não deve fazer mais de três (3) cesárias.

PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO:


1. Dilatação: neste período, ocorre as contrações e vai até abertura total do colo do
útero. Pode durar até 12 horas. Mormente nas primíparas.
2. Expulsão: o útero expele o feto, pode durar até 30 minutos.
3. Dequitação: ocorre a expulsão da placenta e anexos, por isso que não se pode
puxar o cordão umbilical. Este período dura aproximadamente 15 minutos.
4. Puerpério: ele vai do final da dequitação até a volta do organismo ao seu estado
normal. Dura aproximadamente 6 semanas, ou seje, 45 dias. Neste lapso de
tempo a puérpera não poderá ter relações sexuais.
DESENHO

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA DILATAÇÃO (PRÉ-PARTO)


• Apoio psicológico;
• Fazer a admissão da parturiente. Entregar a roupa e os objetos de valor aos
familiares. Explicar a rotina do hospital;
• Verificar os sinais vitais;
• Fazer a tricotomia;
• Realizar enteroclisma;
• Esvaziar a bexiga;
• Colher tipagem e VDRL (exame de sangue para diagnosticar sífilis)
• Levar a parturiente para tomar banho de aspersão com ajuda;
• Administrar a medicação prescrita. Normalmente em venóclise;
• Verificar altura uterina;
• Verificar os BCF;
• Auxiliar o médico obstetra a fazer os toques vaginais;
• Transportar a parturiente até o centro obstétrico numa maca.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA EXPULSÃO (CENTRO


OBSTÉTRICO)
• Puncionar uma veia calibrosa e colocar a parturiente em venóclise;
• Colocar a parturiente em posição ginecológica na mesa de parto. Antes, deve-se
ter o cuidado de proteger as perneiras com campo ou lençol;
• Dar apoio psicológico;
• Orientar a parturiente para fazer força embaixo, como se fosse evacuar, na hora
da contração e nos intervalos inspirar e expirar profundamente;
• Auxiliar o médico obstetra a fazer a epsiotomia. Para isso, o profissional deverá
providenciar a tesoura, a xilocaína com vasoconstritor, seringa e agulha, fios
para sutura, antisséptico, gazes e pinça;
• Mostrar o RN à mãe, inclusive o sexo;
• Colher as impressões digitais da mãe;
• Colocar uma pulseira na mãe.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA DEQUITAÇÃO (CENTRO


OBSTÉTRICO)
• Informar a parturiente sobre o que está ocorrendo;
• Continuar dando apoio psicológico;
• Após a expulsão da placenta e anexos, auxiliar o médico obstetra a fazer a
epssiorrafia. Para isso, o profissional de enfermagem deverá providenciar a
agulha, os fios de sutura; a tesoura e porta agulha;
• Administrar uma ampola de methergin IM (ocitócito sintético);
• Em seguida, fazer uma rápida higienização. Para isso, usa-se água oxigenada ou
povidine;
• Finalmente, encaminhar para a enfermaria ou quarto, numa maca.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PUÉRPERA


• Verificar os sinais vitais, mormente PA e temperatura;
• Verificar o nível de consciência, pois ela pode desenvolver uma psicose
puerperal;
• Verificar as mamas. Se elas possuem fissuras ou mastite, verificar também se
elas estão túrgidas ou flácidas. O ideal é que elas estejam flácidas;
• Verificar a altura uterina, medir na sínfise pubiana até a cicatriz umbilical;
• Verificar os lóquios.
Lóquios: são sangramentos vaginais, oriundos da ferida placentária.

Tipos:
• Rubros – avermelhados, vermelho vivo;
• Fuscas – achocolatados;
• Flavas – amarelados;

• Alba – esbranquiçados, semelhante a secreção normal da vagina.


• Administrar a medicação prescrita;
• Se for parto operatório manter a puérpera por 12 horas em decúbito horizontal;
• Orientar a puérpera para se higienizar. Inicialmente, banho de aspersão com
auxílio.

Tipos de puerpério:
Imediato: elevai do fim da dequitação até as 12 primeiras horas após o parto.
Mediato: vai das 12 primeiras horas até o 10º dia.
Tardio: vai do 10º dia até a volta do organismo ao seu estado normal.
Aproximadamente 6 semanas +ou- 45 dias.

NEONATOLOGIA:
É a ciência que trata do recém-nascido.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RN NA SALA DE PARTO


• Aspirar o RN para eliminar as secreções pulmonares;
• Alguns centros obstétricos possuem como rotina realizar lavagem gástrica;
• Ajudar o médico neonatologista a cortar o cordão umbilical. Para isso,
providenciar campo e lâmina de bisturi;
• Pesar o RN;
• Identificar o RN. Para isso, utiliza-se duas pulseiras contendo o nome da mãe,
data, peso, sexo, FO e se couber a hora e assinatura;
• Realizar o credê.

CREDÊ
Definição: consiste em instilar uma gota de nitrato de prata a 1% ou argirol em cada
olho do RN. Seu objetivo é prevenir a conjuntivite gonocócica que podde levar a
cegueira. É um procedimento internacional orientado pela OMS.

Cuidado com o material:


O frasco deve ser trocado a cada 24 horas. Ele deve ser de cor escura, pois a solução
é fotossensível. Também deve ser rotulado com a assinatura de quem o trocou com
a respectiva data.
* RN deve permanecer em berço aquecido;
Colher tipagem e VDRL.
ASSITÊNCIA DE NEFERMAGEM AO RN NO BERÇÁRIO
• Fazer a admissão do RN;
• Verificar se o RN possui pulseira de identificação;
• Fazer uma rápida higienização retirando o excesso do vervix caseoso;
• Medir o perímetro cefálico;
• Pesar o RN;
• Medir o perímetro torácico;
• Administrar vitamina K IM no músculo vasto lateral da coxa (vitamina K – anti-
hemorrágica)
• Medir a estatura do RN, utiliza-se o ANTROPÔMETRO;
• Colocar o RN no berço aquecido por 6 horas;
• Após as três primeiras horas administrar água com glicose (+ou- 5ml) à 5%;
• Verificar temperatura axilar;
• Após as 6 horas encaminhar o RN para o alojamento conjunto.

ALOJAMENTO CONJUNTO (A.C.)


Aspecto legal:
Ele está previsto no estatuto da criança e do adolescente. Portanto, é um direito da
puérpera.

Definição: é o puerpério da mãe junto com o RN.

Tipos:
- Obrigatório: a puérpera não tem direito de escolha;
- Opcional: a puérpera tem o direito de escolher se quer ter o RN junto de si;
- Diurno: a puérpera tem o RN consigo durante o dia e a noite o RN é levado para o
berçário.

Objetivo do AC
• Troca de afeto entre mãe e RN;
• Planejamento familiar, orientar a puérpera a cuidar do RN, incentivar o
aleitamento materno;

Contra-indicação:
• Quando a puérpera rejeita o RN;
• Quando a puérpera for toxicômana;
• Quando a puérpera possui uma patologia grave;
• Quando o RN possuir uma patologia grave;
• Quando o RN for prematuro;
• Quando o RN for PIG;
• Quando a puérpera for portadora de doença mental.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO AC
• Verificar os sinais vitais, mormente PA e temperatura;
• Verificar o nível de consciência;
• Observar a higienização da puérpera, banho com auxílio;
• Verificar as mamas. Identificando possíveis fissuras ou mastite, se elas estão
túrgidas ou flácidas (ideal). Se elas estiverem túrgidas orientar a puérpera para
fazer ordenha manual debaixo do chuveiro com água morna;
• Verificar a altura uterina;
• Verificar a incisão cirúrgica ou epsiorrafia;
• Verificar os lóquios;
• Verificar a aceitação da dieta;
• Verificar as eliminações;
• Incentivar aleitamento materno;
• Orientar quanto ao planejamento familiar;
• Orientar para retornar ao hospital após 7 dias para retirada dos pontos, caso o
parto tenha sido operatório:
• Colher o PKU (exame do pezinho);
• Orientar a puérpera para retornar ao hospital dentro de 45 dias para saber o
resultado do PKU;
• Verificar a temperatura do RN (temperatura axilar);
• Pesar o RN diariamente;
• Dar o banho de imersão no RN;
• Fazer curativo no coto umbilical da seguinte forma: providenciar um cotonete e
molhar numa solução de álcool a 70% e passar em volta do coto umbilical. Com
a outra ponta do cotonete deve-se secar o coto;
• Trocar a fralda do RN e vestí-lo.

CARACTERÍSTICAS NORMAIS DO RN
Estatura: menina - 48 a 50cm
menino - 50 a 52cm
Cabeça: maior do que o tronco
Face: pequena, bem menor do que o crânio
Crânio: bem maior que a face
Fontanela: é o local no crânio de junção de três ossos
Tipos:
Anterior ou bregmática: é a junção dos ossos parietais e frontal. Assemelha-se em
sua forma a um losango, fecha entre 9 e 18 meses.
Posterior: é a junção dos ossos parietais e occipital. Em sua forma, assemelha-se a
um triângulo, fecha entre a 3ª e 4ª semana.

Observação: A fontanela deprimida pode significar desidratação. Entretanto,se ela


estiver abaulada pode significar que o RN está com problemas neurológicos.

Massa: 2.950 a 3.500kg


Tórax: tem sua forma abaulada, é menor do que a cabeça
Fezes: escuras, esverdeadas, pegajosa. Elas são denominadas mecônio
Milias: são gorduras cristalizadas na testa, nariz e bochechas do RN do tamanho de
uma cabeça de alfinete.

ICTERÍCIA
Definição: é o excesso de bilirrubina na pele dando uma coloração amarelada. Se
não tratada pode atingir os músculos, os rins e até o cérebro.

Causas:
- hemólise (destruição das hemácias)
- imaturidade do fígado

Tipos:
- icterícia fisiológica: após às 24/48 horas
- icterícia patológica: antes das 24/48 horas

Tratamento:
Fototerapia: ela transforma a bilirrubina indireta em direta, pois o nosso organismo
só consegue eliminar a bilirrubina direta (BD).

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA ICTERÍCIA (FOTOTERAPIA)


• A luz deve ficar a uma altura de 50cm;
• Proteger o berço com tecido de cor clara;
• Evitar a correnteza de ar;
• Colocar uma venda nos olhos do RN para evitar cegueira;
• Colocar o RN despido no berço.Se for do sexo masculino proteger a genitália
com uma fralda;
• Ao amamentar o RN ter o cuidado de protegê-lo num cobertor;
• Intensificar a higienização do RN, pois o RN em fototerapia tem uma tendência
para diarréia;
• Hidratar bem o RN através do aleitamento e de água com glicose;
• Mudança rigorosa de decúbito;
• Não passar substâncias oleosas na pele do RN, pois a luz não consegue penetrar
na pele.

SISTEMA DE NOTAS DO APGAR


Critérios:
1. FC (freqüência cardíaca) – ela deve ficar entre 120 a 160 fpm
2. Esforço respiratório – ele é verificado através do choro. Entretanto, pode-se
medir devendo ficar entre 26 a 30
3. Irritabilidade e reflexo – verifica-se através do comportamento do RN. Por
exemplo, ao ser aspirado vira o rosto e com as mãos tenta retirar a sonda.
4. Tônus muscular – pode ser verificado, por exemplo pela tendência que o RN
tem de permanecer em posição fetal.
5. Coloração – deve ser rósea (ideal).

Classificação:
0 – 3,9 intensamente deprimido
4 – 6,9 deprimido
7 – 10 vigoroso

Observação: Cada item analisado vale 2 pontos perfazendo um total de 10 pontos. O


RN ao nascer é avaliado, após 5 minutos reavaliado conforme exemplo abaixo:
Apgar = 7 / 8 Apgar = 9 / 8
COMPLICAÇÃO MAIS COMUM NO 3º TRIMESTRE DE GESTAÇÃO
DHGE (Doença Hipertensiva Específica da Gravidez ou Toxemia Gravídica).

Definição: é uma complicação do 3º trimestre da gestação ou puerpério imediato


cujo índice de mortalidade chega à 15%.

Causa: idiopática, ou seja, desconhecida.

Fatores predisponentes:
• Gestantes jovens;
• Multiparidade;
• Diabetes;
• Doenças cárdio-vasculares;
• Hipertensão;
• Doenças renais;
• Distúrbios emocionais.

Classificação:
• Pré-eclâmpsia – forma mais leve da doença. Apressão arterial sistólica varia de
140 à 160mmHg;
• Eclâmpsia – forma mais grave da doença cuja pressão arterial sistólica é
superior a 160mmHg.

Quadro Clínico:
• Tríade – edema, hipertensão, proteinúria;
• No caso de eclampsia – convulsões, coma, edema pulmonar;
• Albuminúria: albumina na urina;
• Piúria: pus na urina;
• Edemas;
• Cefaléia frontal, vertigem, náuseas e vômitos;
• Comprometimento neurológico;
• Dor epigástrica.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA TOXEMIA GRAVÍDICA


• Verificar sinais vitais, mormente P;
• Verificar peso diário;
• Dieta hipossódica, hipoproteica e hipocalórica;
• Puncionar uma veia calibrosa para venóclise;
• Preparo psicológico;
• Colher a urina para exame de proteinúria;
• Colocar a paciente DLE;
• Restrição hídrica;
• Administrar a medicação prescrita: hipotensores (capoten, aldomet); diuréticos
( flurosemida – lasix, higroton, aldactone); vasodilatadores periféricos
(nifedipina – adalat, dilaflux);
• No caso de eclampsia: colocar a gestante ou puérpera em leito com grade;
• Se necessário, restringí-la no leito com técnica;
• Colocar a chupeta de Guedel;
• Verificar nível de consciência;
• Administrar medicamentos anticonvulsivantes: Fenobarbital (Gardenal,
Diazepam, Diempax), tranqüilizantes (Diazepam, Valium).

COMPLICAÇÕES MAIS COMUNS NO 1º TRIMESTRE DE GESTAÇÃO


ITU (Infecção do Trato Urinário)
É uma das complicações mais comuns do 1º trimestre de gestação. É uma das causas
do RN nascer prematuro.

Fatores predisponentes:
• Aumento da progesterona;
• Pressão que o útero exerce sobre os ureteres provocando estase da urina.

Quadro Clínico:
• Hipertemia;
• Polaciúria;
• Disúria;
• Lombalgia;
• Náuseas e vômitos.

Tratamento:
• Antipirético: Tylenol;
• Antiespasmódico: Buscopan, Baralgin;
• Antimicrobiano: Keflex.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PACIENTES COM ITU


• Verificar sinais vitais, mormente temperatura;
• Colher urina tipo I e urocultura. Para isso, deve-se colher a primeira urina da
manhã, desprezando o primeiro jato. Previamente deverá ser feito uma
antissepsia na genitália. Deve-se utilizar frasco estéril;
• Só administrar os antimicrobianos após a colheita da urina, pois caso contrário,
esses remédios poderiam mascarar o resultado do exame;
• Colocar a gestante em DLE;
• Após o tratamento realizar nova urocultura;
• Hidratar o paciente.

HIPEREMESE GRAVÍDICA
Definição: são náuseas e vômitos exacerbados que podem ocorrer durante o
primeiro trimestre da gestação.

Incidência: 1/300

Causas:
• Aumento da gonadotrofina coriônica;
• Aumento da progesterona;
• Fatores psicológicos (principalmente);
• Rejeição da gravidez;
• Rejeição do marido;
• Rejeição a copulação;
• Medo do parto.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA HIPEREMESE GRAVÍDICA


• Apoio psicológico;
• Orientar a gestante para, pela manhã, 15 minutos antes de levantar da cama,
ingerir biscoitos de água e sal secos;
• Evitar falar sobre alimentos próximo da gestante;
• Evitar preparar alimentos próximos da gestante.
No caso de internação, além dos itens supra mencionados devemos:
- Verificar sinais vitais, mormente PA;
- Puncionar uma veia calibrosa para venóclise;
- Administrar a medicação prescrita, mormente os antieméticos: Plasil, Eucil,
Dramin, etc;
- Realizar balanço hídrico.

ABORTAMENTO
Definição: É a expulsão do embrião ou do feto antes da 22ª semana de gravidez.
Após a 22ª semana, trata-se de parto prematuro.

Aspecto legal:
O nosso ordenamento jurídico, no seu artigo 124 e seguintes do código penal, proíbe
que a gestante e/ou terceiros interrompam a gravidez.
A lei autoriza o abortamento para salvar a vida da gestante ou para interromper uma
gestação fruto de um estupro.
Há no Congresso Nacional um projeto de lei que destipifica o aborto. Entretanto, é
um projeto polêmico que está ainda em fase de discussão.

Aspecto ético:
A resolução 160/93 do COFEN, que aprovou o código de ética profissional, estatui
que o profissional de enfermagem não deve participar de aborto. Entretanto,
autoriza o profissional de enfermagem a participar de aborto, nos casos permitidos
por lei. Ou seja, para salvar a vida da gestante ou para interromper uma gestação
resultante de estupro. Mesmo o aborto legal, o código de ética respeita as
convicções culturais, religiosas, filosóficas e pessoais do profissional de
enfermagem. Portanto, o código de ética autoriza o profissional a se recusar de
participar de um aborto por questões pessoais, mesmo sendo um aborto legal.

Classificação:
Quanto a evolução clínica:
• Evitável: ocorre quando o feto ou embrião está vivo e o colo do útero não está
totalmente dilatado.
• Inevitável: ocorre quando o feto ou embrião está morto e o colo do útero está
dilatado.

Quanto a etiologia:
• Espontâneo – é aquele que não há o concurso da gestante e/ou de terceiros
• Terapêutico – é aquele que visa salvar a vida da gestante
• Provocado – é aquele que conta com o concurso da gestante e/ou terceiros. Hoje,
no Brasil, é crime.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Aborto evitável:
• Verificar sangramento vaginal: identificando sangue, coágulos e membranas;
• Repouso absoluto;
• Preparo psicológico;
• Verificar sinais vitais, mormente PA;
• Administrar a medicação prescrita: antiespasmódicos e analgésicos.

Aborto inevitável:
• Apoio psicológico;
• Verificar sangramento vaginal: identificando sangue, coágulos e membranas;
• Tipagem sanguínea;
• Puncionar veia calibrosa para venóclise;
• Verificar sinais vitais, mormente PA;
• Preparar a gestante para a curetagem:
- Pré-anestésico;
- Tricotomia;
- Enteroclisma;
- Esvaziar a bexiga.

GRAVIDEZ ECTÓPICA
Definição: é aquela cuja a nidação ocorreu fora do útero.
Causas:
• Má formação tubária (estreitamento);
• Abortamentos;
• Curetagens.
Classificação:
• Tubária: é aquela em que a nidação ocorre nas trompas da Falópio. Em se
tratando de gravidez ectópica é a mais comum, ocorre em 95% dos casos.
• Ovariana: é aquela cuja nidação ocorre no ovário.
• Abdominal: é aquela cuja nidação ocorre na cavidade abdominal.

Quadro clínico:
• Dor abdominal intensa;
• Náuseas e vômitos;
• Sangramentos;
• Choque.

Diagnóstico: USG

Tratamento: Salpingectomia (retirada da tuba uterina), Laparotomia (abertura da


cavidade abdominal) ou Ooforectomia (retirada do ovário).

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
• Preparo psicológico;
• Verificar sinais vitais, mormente PA;
• Colocar a gestante em venóclise;
• Administrar a medicação prescrita. Por exemplo: antiespasmódico e analgésicos;
• Preparar a gestante para ultrassonografia, no mínimo 06 copos de água;
• Preparar a gestante para a laparotomia ou salpingectomia;
• Jejum;
• Tricotomia;
• Pré-anestésico;
• Enteroclisma;
• Esvaziar a bexiga.

COMPLICAÇÕES MAIS COMUNS NO SEGUNDO TRIMESTRE DA


GESTAÇÃO:
DPP (Descolamento Prematuro da Placenta)
Definição: é o deslocamento da placenta antes da expulsão do feto causando
hemorragias.

Causas:
• Indução muito rápida do parto;
• DHEG;
• Traumatismos.

Quadro Clínico:
• Dor abdominal intensa;
• Pré-anestésico;
• Enteroclisma;
• Esvaziar a bexiga.

COMPLICAÇÕES MAIS COMUNS NO SEGUNDO TRIMESTRE DA


GESTAÇÃO:
DPP (Deslocamento Prematuro de Placenta)
Definição: é o deslocamento da placenta antes da expulsão do feto causando
hemorragias.

Causas:
• Indução muito rápida do parto;
• DHEG;
• Traumatismos.

Quadro Clínico:
• Dor abdominal intensa;
• Sangramento;
• Sinais de choque (hipotensão, sudorese, palidez, taquisfigmia)

Tratamento: cesária.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA DPP


• Verificar sinais vitais;
• Verificar sinais de choque (hipotensão, sudorese, palidez, taquisfigmia);
• Apoio psicológico;
• Tipagem sangüínea;
• Preparar a parturiente para cesária;
• Tricotomia;
• Jejum;
• Enteroclisma.
No pós-operatório manter a puérpera em decúbito horizontal por 12 horas.

P.P. (Placenta Prévia)


Definição: esta complicação é caracterização pela inserção baixa da placenta.

Quadro Clínico:
• Hemorragia (sangue vermelho vivo), via de regra, indolor.

Fatores predisponentes:
• Multiparidade;
• Gravidez múltipla;
• Cicatriz uterina;
• Má formação uterina.

Classificação:
• Lateral – a placenta não obstrui o colo do útero;
• Centro lateral – a placenta obstrui parcialmente o colo do útero;
• Centro total – a placenta obstrui completamente o colo do útero. É a forma mais
grave da doença.

Figura pág 41

Tratamento: repouso absoluto ou cesária.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
• Preparo psicológico;
• Verificar sinais vitais (PA e P);
• Colher tipagem sangüínea;
• Observar sangramento: se ocorre a presença de coágulos, membranas, etc;
• Repouso absoluto;
• Preparar a parturiente para cesária:
- Jejum;
- Tricotomia;
- Enteroclisma;
- Esvaziar bexiga.
* E no pós-operatório manter a puérpera em decúbito horizontal por 12 horas.

Rotura Uterina
Definição: é a ruptura da parede uterina durante a gestação ou trabalho de parto.
Trata-se de uma urgência obstétrica.

Causas:
• Cicatrizes uterinas;
• Traumatismos.

Tratamento: histerectomia e hemotransfusão.

Quadro Clínico:
• Dor abdominal intensa;
• Hemorragia;
• Choque.

ASSITÊNCIA DE ENFERMAGEM
• Preparo psicológico;
• Tipagem sangüínea;
• Puncionar veia calibrosa;
• Observar sangramentos;
• Verificar sinais vitais;
• Observar sinais de choque. Por exemplo: hipotensão, palidez; sudorese,
taquisfigmia;
• Preparar a parturiente para a histerectomia:
- Jejum;
- Tricotomia;
- Enteroclisma;
- Esvaziar a bexiga.

Incompetência Cervical
Definição: é um defeito do colo do útero caracterizado pela incapacidade de segurar
a gestação.

Causas: defeito anatômico do colo do útero.

Quadro Clínico: perda sangüínea vaginal.

Tratamento: cerclagem – sutura realizada no colo do útero para segurar a gestação.


Ela pode ser realizada com anestesia local, raqui ou geral.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
• Apoio psicológico;
• Repouso absoluto no leito;
• Tipagem sangüínea;
• Puncionar veia calibrosa;
• Esvaziar a bexiga;
• Jejum;
• Enteroclisma;
• Não realizar duchas vaginais;
• Abstenção sexual por 15 dias;
• Retornar ao ambulatório obstétrico no prazo de 15 dias.
Observação:
Os pontos da cerclagem deverão ser retirados nas seguintes hipóteses:
- Amadurecimento do feto;
- Trabalho de parto;
- Infecção local.

PATOLOGIAS GINECOLÓGICAS
Bartholinite: já descrita.

Mioma
Definição: é também denominada fibromioma. É um tumor benigno que se localiza
no miométrio crescendo em forma de nódulos.
Incidência:
• Maior na raça negra;
• Maior em idade entre 35 a 45 anos;
• Menor na menopausa ou involução.

Quadro Clínico:
• Mioma pequeno e assimétrico;
• Maior – hipermenorréia;
• Ou diminuição do fluxo (oligomenorréia);
• Anemia;
• Dor no baixo ventre;
• Febrícula;
• Infertilidade;
• Aumento do abdome.

Diagnóstico:
• Quadro clínico;
• Ultrassom.

Tratamento:
• Mioma pequeno não requer tratamento;
• Cirúrgico – miomectomia ou histerectomia.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
• Apoio psicológico;
• Colher tipagem sangüínea;
• Verificar sinais vitais mormente PA, T, P;
• Observar sangramentos;
• Puncionar veia calibrosa para venóclise;
• Colher hemograma;
• Tricotomia;
• Jejum;
• Enteroclisma;
• Esvaziar a bexiga.

Salpingite
Definição: é a infecção das trompas de Falópio. Pode ocorrer em uma trompa, em
ambas ou espraiar para órgãos anexos. Por exemplo: ovários e cavidade abdominal.
É uma das causas de infertilidade feminina.

Quadro Clínico:
• Hipertemia;
• Tumefação;
• Dor abdominal.
Tratamento:
Clínico: - Antimicrobianos;
- Antipiréticos;
- Analgésicos;
- Compressa com água morna no local.
Cirúrgico: Salpingectomia.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
• Verificar sinais vitais mormente PA, T , P;
• Apoio psicológico;
• Aplicação de bolsa com água morna no local;
• Administrar a medicação prescrita no horário, antipiréticos, antimicrobianos,
analgésicos.

Cisto de Ovário
Definição: é um tumor contendo material líquido, semi-líquido ou pastoso.
Normalmente o tumor é benigno, mas pode ocorrer malignidade. Pode ocorrer em
um ou em ambos os ovários.

Quadro Clínico:
• Aumento do abdome;
• Hipermenorréia ou oligomenorréia;
• Infertilidade feminina.

Tratamento:
• Clínico – administração de hormônios. Por exemplo: clomifeno e analgésicos.
• Cirúrgicos – ressecção cuneiforme.

Diagnóstico:
• Quadro clínico;
• Ultrassonografia.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
• Apoio psicológico;
• Administrar a medicação prescrita. Por exemplo: analgésicos e hormônios.

No caso de tratamento cirúrgico:


• Jejum;
• Enteroclisma;
• Puncionar veia calibrosa para venóclise;
• Esvaziar a bexiga;
• Se for utilizada a raquianestesia, decúbito horizontal por 12 horas no pós-
operatório.
Carcinoma de mama
Definição: tumor maligno localizado na mama. Pode se espraiar para os pulmões,
ossos, fígado e cérebro (metástase).

Prevenção:
• A.E.M.;
• Educação para a saúde;
• Visitas semestrais ou anuais ao ginecologista.
Incidência:
• Maior – após os 35 anos de idade;
• Em Porto Alegre – 1º lugar em CA de mamas;
• Em São Paulo – 2º lugar;
• 3º lugar – Fortaleza.

Quadro Clínico:
• Assimetria das mamas;
• Secreção;
• Descamação
• Inversão do mamilo;
• Nódulos.

Diagnóstico:
• Exame clinico;
• Biópsia;
• Mamografia;
• Ultrassom.

Tratamento:
- Cirúrgico:
• mastectomia parcial ou total;
• quadrantectomia;
• mastectomia radical (retirada da mama); vasos e sobretudo os glânglios;
• tumorectomia.
- Quimioterapia;
- Radioterapia;
- Hormonoterapia;
- Uso de raio laser.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
- Apoio psicológico;
- Solicitar a presença de uma mulher que já tenha se submetido a esta cirurgia,
estando ajustada;
- Administrar analgésico;
- Tricotomia;
- Manter o braço que foi feita a cirurgia nas primeiras horas sobre o tórax;
- Já no 3º P.O. estimular a movimentação do braço de maneira paulatina;
- Não verificar PA no braço em que foi feita cirurgia;
- Não administrar medicação IM, SC, EV e ID no membro afetado;
- Orientar quanto a perda de sensibilidade no membro afetado;
- Orientar para não pegar peso com o membro afetado;
- Não manipular substância quente com aquele membro;
- Usar dedal ao costurar;
- Orientar a P. para periodicamente consultar o ginecologista e o oncologista;
- Verificar sinais de infecção;
- Orientá-la quanto a prótese mais indicada.

Referências Bibliográficas:

- Carvalho,G.M. de; Enfermagem em Obstetrícia, São Paulo, EPU, 1990.


- Macey, R. I.; Fisiologia Humana, São Paulo, Ed. Edgard Blucker, 1991.
- Brunner/Suddarth, Enfermagem Médico-Cirúrgica, RJ, Ed. Guanabara
Koogan,1993.
- Carvalho, G.M.; Enfermagem em Ginecologia, São Paulo, EPU, 1996.
- Pinotti, J. A.; Apostila Saúde da Mulher, São Paulo, 1996.

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