You are on page 1of 23

1

Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e Letras de


Rondônia - FARO

CURSO DE DIREITO – FARO

TURMA - D-88

PESQUISA E ESTUDO DIRIGIDO DE DIREITO DO


TRABALHO II

ACADÊ MICA: EDINALVA OLIVEIRA DOS SANTOS


PROFESSOR: VALTAIR

“O homem livre é senhor de sua vontade, porém escravo de


sua consciência” (Aristóteles).”

“O único dom que o homem possui de fato é a vida,


por isso ele tem o dever de preservá-la. ( Edinalva)”

ANO 2010
2

Apresentaçã o

Este trabalho é resultado de estudos e pesquisas


inerentes a SAÚ DE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR,
conforme aulas em sala de aula conta de 03 partes:

I- PARTE
INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE

II- PARTE
DIREITO SINDICAL

III-PARTE (questioná rio)

ESTUDO DIRIGIDO FOI ELABORADO E RESPONDIDO


UM QUESTIONÁ RIO COM 30 QUESTÕ ES SOBRE OS
PRINCIPAIS TEMAS ESTUDADOS.
3

INTRODUÇÃO

A Constituição Federal assegura aos trabalhadores urbanos e rurais, dentre


outros, o adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou
perigosas, na forma da lei (art. 7º, XXIII).

INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE - IMPOSSIBILIDADE DE


ACUMULAÇÃO DOS ADICIONAIS

A legislação trabalhista protege, por meio de normas, todo trabalhador que


executa suas funções em atividades insalubres ou periculosas, de forma a
amenizar o impacto destas atividades na saúde do trabalhador.

Como o próprio nome diz insalubre é algo não salubre, doentio, que pode
causar doenças ao trabalhador por conta de sua atividade laboral.
A insalubridade é definida pela legislação em função do tempo de exposição ao
agente nocivo, levando em conta ainda o tipo de atividade desenvolvida pelo
empregado no curso de sua jornada de trabalho, observado os limites de
tolerância, as taxas de metabolismo e respectivos tempos de exposição.
A insalubridade e a periculosidade têm como base legal a Consolidação das
Leis do Trabalho ( CLT ), em seu Título II, cap. V seção XIII., e a lei 6.514 de
22/12/1977, que alterou a CLT, no tocante a Segurança e Medicina do
Trabalho. Ambas foram regulamentadas pela Portaria 3.214, por meio de
Normas Regulamentadoras.

São consideradas atividades ou operações insalubres as que se


desenvolvem acima dos limites de tolerância previstos nos anexos à NR-15.

O art. 189 e 193 da CLT assim definem estas atividades:

 Consideram-se atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua


natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados
a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em
razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição
aos seus efeitos;
4

 Consideram-se atividades ou operações perigosas, na forma da


regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por
sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente
com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado.

É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais


interessadas, requererem ao Ministério do Trabalho a realização de
perícia em estabelecimento ou setor específico, com o objetivo de
caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou
perigosas.
 
Nas perícias requeridas às Delegacias Regionais do Trabalho, uma vez
comprovada a insalubridade, o perito do Ministério do Trabalho indicará o
adicional devido, podendo ser, conforme art. 192 da CLT , de 10%, 20% ou
de 40%.
 
Caso, por meio de perícia, se constate que a atividade exercida seja,
concomitantemente, insalubre e perigosa, será facultado aos empregados que
estão sujeitos à estas condições, optar pelo adicional que lhe for mais
favorável, não podendo perceber, cumulativamente, ambos os adicionais.
 
Portanto, se em determinada atividade o perito indicar que há insalubridade em
grau médio (20%) e periculosidade (30%), o empregado não terá direito a
perceber, cumulativamente, contudo a legislação trabalhista faculta ao
empregado o direito de optar pelo mais favorável, ou seja, o de periculosidade.
 
Esta opção, embora pareça ser óbvia quanto ao mais favorável (analisando os
percentuais), não espelha a verdade quando analisamos a base de cálculo
para a apuração do referido adicional.
 
É o caso, por exemplo, de se dizer que o empregado que exerça a  atividade
em que há, simultaneamente, a insalubridade em grau máximo (40%) e a
periculosidade, opte pelo adicional de insalubridade, por ter um percentual
maior.
 
Considerando que a base de cálculo do adicional de insalubridade (frente a
toda controvérsia gerada pela súmula vinculante nº 4 do STF) ainda é o salário
mínimo e que a base de cálculo do adicional de periculosidade é o salário do
empregado, a condição mais favorável poderá ser o de periculosidade, caso o
salário do trabalhador seja consideravelmente superior ao salário mínimo.

Entendendo os adicionais

2. Adicional de insalubridade
5

RESUMO

A legislação trabalhista – CLT – ordena que serão consideradas atividades ou


operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de
trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos
limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente
e do tempo de exposição aos seus efeitos."

Como jácitado acima Incumbe à Norma Regulamentadora - NR -15 - regular


as atividades e operações insalubres. Os limites estabelecidos regulam
principalmente.

A atividade em condições insalubres proporciona ao obreiro o adicional de


insalubridade, que incide sobre o salário base do empregado ou previsão mais
benéfica em Convenção Coletiva de Trabalho.

O percentual equivale a:

a) 40% para insalubridade de grau máximo;

b) 20% para insalubridade de grau médio

c) e 10% para insalubridade de grau mínimo.

2 - O ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

Introdução

Diferentemente do Adicional de insalubridade, que afeta a saúde do trabalhador,


o Adicional de Periculosidade, tem o objetivo de "compensar" o empregado que
desenvolve sua atividade em risco eminente de sua vida. Deve-se considerar
que um trabalhador desenvolve uma atividade perigosa quando esta causa risco
a sua vida ou a sua incolumidade física.

A CLT, todavia, traz em seu bojo, uma definição mais completa do que vem a
ser uma atividade perigosa.

2.1– Conceito

Consolidação das Leis do Trabalho

Art. 193 - São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da


regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua
natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com
inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. Acrescente-se a
6

esta definição os empregados em contato com energia elétrica que têm direito
ao recebimento do Adicional de Periculosidade por força da lei 7.369/85, e
ainda, recentemente, os empregados em contato com substancias radioativas
e radiação ionizante, por força da portaria 518/2003 expedida pelo Ministério do
Trabalho.

Na realidade, um trabalhador somente terá direito ao recebimento do Adicional.


de periculosidade se preenchidas algumas condições preestabelecidas pelo
Ministério do Trabalho.

Assim, a atividade deverá, obrigatoriamente, expor o trabalhador:


a) Ao contato permanente com determinada atividade perigosa;
b) Que além de perigosa, esta atividade cause risco acentuado ao trabalhador
a ponto de, em caso de acidente, lhe tirar a vida ou mutilá-lo;
c) E ainda, que esta atividade esteja definida em Lei, ou como no caso da
radiação ou substancias ionizantes, definida em portaria expedida pelo Ministério
do Trababalho .Ou seja, resumidamente, pode-se considerar que uma atividade
é perigosa,dando direito ao recebimento ao Adicional de Periculosidade, se esta,
por sua natureza ou de trabalho, implicar ao trabalhador o contato
permanente com inflamáveis, explosivos, substâncias radioativas, ou radiação
ionizante, ou energia elétrica, em condição de risco acentuado.

2.2– Legislação

O Adicional de Periculosidade, também é um direito constitucional, previsto,


Atualmente, no artigo 7º, inciso XXIII de nossa Constituição Federal.

Constituição Federal

Artigo 7º....
XXIII - Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou
perigosas, na forma da lei;

Na CLT, o Adicional de Periculosidade também encontra previsão legal,


sobretudo em seu capítulo V (Da segurança e medicina do Trabalho), que na
seção XIII, trata das atividades insalubres ou perigosas, artigos 193 e seguintes.

Consolidação das Leis do Trabalho

Art. 193 - São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da


regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua
natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com
inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado.
§ 1º - O trabalho em condições de Periculosidade assegura ao empregado um
Adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos
resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.
§ 2º - O empregado poderá optar pelo Adicional de insalubridade que
7

porventura lhe seja devido.

Ainda, quanto à legislação infraconstitucional cumpre citar algumas Leis que


estabelecem o direito ao Adicional de Periculosidade:
A Lei 2.573/55 instituiu o direito ao recebimento do Adicional de Periculosidade
aos empregados que estão em contato com a substancias inflamáveis.
Posteriormente, a Lei 5880/73, também instituiu o direito ao recebimento do
Adicional de Periculosidade aos empregados que estão em contato com as
substancias explosivas.

No ano de 1977, a Lei 6.514 deu nova redação ao artigo 193 da CLT, alterando
os ditames contidos no artigo 193 da CLT e estabelecendo no bojo da CLT que
os trabalhadores em contato com explosivos e inflamáveis tem direito ao
recebimento ao Adicional de Periculosidade. A Lei 7.369/85, por sua vez,
estendeu o direito ao recebimento do Adicional de Periculosidade aos
trabalhadores do setor de energia elétrica. Esta Lei foi regulamentada pelo
decreto 93.412/86. Também existem normas regulamentares (as NR) que tratam
desta questão, como a NR-16 da portaria 3214/78.

2,.3.1 - A questão das substancias radioativas e radiação ionizante

A portaria 3.393/87 estabelecia que o trabalho em contato com substâncias


radioativas e radiação ionizante dava direito ao trabalhador ao recebimento ao
adicional de periculosidade.
Todavia, no ano de 2002, a portaria 496/2002 revogou a portaria 3.393/87, sob
os argumentos de que esta matéria somente poderia ser regulamentada através deLei,
vez que não inserida dente os ditames do artigo 193 da CLT.Contudo, este
entendimento não prevaleceu. É que a portaria 496/2002 revogou a portaria 3.393/87,
sob os argumentos de que esta matéria somente poderia ser regulamentada através de
Lei, vez que não inserida dente os ditames do artigo 193 da CLT. Inclusive,
recentemente, o Tribunal Superior do Trabalho ao analisar esta questão, garantiu o
pagamento do Adicional de Periculosidade à estes trabalhadores. Em sua decisão,
verificou-se que a fundamentação está calcada na portaria 518/2003, que no
entendimento do Tribunal Superior do Trabalho não havia sido revogada pelo decreto
496/2002.
Decisão esta, que deu origem a Orientação Jurisprudencial 345 da SDI-1 do
Tribunal Superior do Trabalho.

O.J. 345. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. RADIAÇÃO IONIZANTE OU


SUBSTÂNCIA RADIOATIVA. DEVIDO. DJ 22.06.05
A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância radioativa enseja a
percepção do Adicional de Periculosidade, pois a regulamentação ministerial (Portarias
do Ministério do Trabalho nºs 3.393, de 17.12.1987, e 518, de 07.04.2003), ao reputar
perigosa a atividade, reveste-se de plena eficácia, porquanto expedida por força de
delegação legislativa contida no art. 200, "caput", e inciso VI, da CLT. No período de
12.12.2002 a 06.04.2003, enquanto vigeu a Portaria nº 49 do Ministério do Trabalho, o
empregado faz jus ao Adicional de insalubridade.

2..4 - Da caracterização
8

Tal como acontece como o Adicional de insalubridade, a caracterização da


Periculosidade deverá ser feita por intermédio de perícia técnica, elaborada por médico
ou engenheiro do trabalho, que através de um laudo técnico irá declarar se aquela
categoria ou mesmo, aquele determinado empregado que pleiteia este direito, se
enquadra nos requisitos definidos pela Lei para a caracterização da atividade perigosa e
por consequência, se tem direito ao recebimento do respectivo adicional.

2. 5 - A remuneração

O percentual do Adicional foi definido pela CLT, no parágrafo único do artigo


193:

Consolidação das Leis do Trabalho Artigo 193 ...

§ 1º - O trabalho em condições de Periculosidade assegura ao empregado um


Adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. Como se pode notar, o
percentual do Adicional de Periculosidade é de 30% calculados tendo como base o
salário contratual do empregado. Entende-se como salário contratual, o salário base do
empregado; ou seja, o salário, deduzidas as gratificações, prêmios ou participação nos
lucros Todavia, há uma exceção a esta regra. Trata-se dos empregados do setor de
energia elétrica, que terão o percentual do Adicional de Periculosidade, calculados
sobre a integralidade das parcelas de natureza salarial. Este entendimento justifica-se
na medida em que a Lei 7369/85 que instituiu este direito a estes trabalhadores não
fixou estes parâmetros. Este entendimento, inclusive, encontra-se, atualmente,
consolidado na súmula 191 do Tribunal Superior do Trabalho;

Nº 191 ADICIONAL. PERICULOSIDADE. INCIDÊNCIA - Nova redação - Res.


121/2003, DJ 21.11.2003

O Adicional de Periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre


este acrescido de outros adicionais. Em relação aos eletricitários, o cálculo do Adicional
de Periculosidade deverá ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza
salarial.
2.6 - Acordo e convenções coletivas de trabalho
É permitida a redução do percentual do Adicional de Periculosidade pago ao
trabalhador, desde que proporcional ao tempo de exposição ao agente nocivo e esteja
estabelecido em Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho. Embora ainda haja grande
controvérsia na doutrina, esta questão encontra-se sedimentada na súmula 364 do
Tribunal Superior do trabalho.

Nº 364 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL,


PERMANENTE E INTERMITENTE.
(conversão das Orientações Jurisprudenciais nºS 5, 258 e 280 da SBDI-1) - Res.
129/2005 - DJ 20.04.2005.

I - Faz jus ao Adicional de Periculosidade o empregado exposto permanentemente ou


que, de forma intermitente, se sujeita as condições de risco. Indevido, apenas, quando o
contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual,
9

dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-O Js nº 05 - Inserida em 14.03.1994 e nº


280 - DJ 11.08.2003)

II - A fixação do Adicional de Periculosidade, em percentual inferior ao legal e


proporcional ao tempo de exposição ao risco, deve ser respeitada, desde que pactuada
em acordos ou convenções coletivos. (ex-OJ nº 258 - Inserida em27.09.2002) Todavia,
há diversos doutrinadores que se posicional de forma contrária a referida súmula, pelo
que pensamos que a questão ainda irá demorar em restar devidamente solucionada.

2.7 - Outras disposições

Estabeleceu expressamente a CLT que os adicionais de Periculosidade e insalubridade


não podem ser recebidos conjuntamente, devendo o empregado,conforme preconiza o
parágrafo 2º do artigo 193, optar por um deles. Preleciona também a CLT, que tanto o
Adicional de insalubridade, quanto o de Periculosidade não se incorporam ao salário,
vez que cessando a causa que lhes assegura o direito, cessará também o respectivo
direito.

2..8 – RESUMO - PERICULOSIDADE EM CINCO PARTES

1 - Risco de vida eminente.


2 - Contato permanente com explosivos (art. 193, CLT), inflamáveis (art. 193,
CLT), energia elétrica (lei 7.369/85), radiação ionizante ou substancias
radioativas (portaria nº 3.393/87).
3 - Percentual de 30% sobre o salário base do empregado, deduzidos os
acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros das
empresas, ressalvada a exceção para os empregados em contato com energia
elétrica.
4 - Não poderá ser pago cumulativamente com o Adicional de insalubridade,
havendo direito a percepção dos dois adicionais, o empregado deverá optar por
um deles.
5- Não se incorpora ao salário, cessando a causa que o justifique, cessará o
direito ao respectivo adicional.

II PARTE DIREITO SINDICAL

SINDICATO - Sindicato é a associação de membros de uma profissão ou de


empregadores, destinada a defender seus interesses econômicos e laborais
comuns, e assegurar a representação e a defesa dos associados
administrativamente e em Juízo. Podem ser de empregados e de
empregadores.

Caracteriza a categoria profissional, a similitude de condições de vida


oriunda da profissão ou trabalho em comum, em situação de emprego na
10

mesma atividade econômica ou em atividades econômicas similares ou


conexas (art. 511, §2º da CLT).

Caracteriza a categoria econômica, a solidariedade de interesses econômicos


dos que empreendem atividades idênticas, similares ou conexas (art. 511, §1º
da CLT).

Categoria profissional diferenciada é a formada por empregados que exerçam


profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial
(lei) ou em consequência de condições de vida singulares (art. 511, §3º da
CLT).

Assegura-se a livre constituição de Sindicatos, na CF/88, em seu art. 8º, que


dispõe que: "é livre a associação profissional ou sindical". Além disso, o inciso I
do mesmo art. garante que a lei "não poderá exigir autorização do Estado para
fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedados ao
Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical".

São prerrogativas dos Sindicatos: as de representação; de celebrar CCT; de


colaboração técnica com o Estado; designação de representantes; e imposição
de contribuições.

A natureza jurídica dos sindicatos perante o direito brasileiro, é de pessoas


jurídicas de direito privado.

O art. 8º, II da CF/88 limita o número de organizações sindicais que podem ser
criadas por categoria, na mesma base territorial, de tamanho mínimo igual ao
de um Município, a somente um sindicato por categoria.

Não é obrigatória a filiação dos trabalhadores ao sindicato da categoria, nos


termos do inc. V do art. 8º da CF/88.

Os servidores públicos civis têm direito à livre associação sindical, nos termos
do art. 37, VI da CF/88 mas, aos militares, são proibidas tanto a sindicalização
quanto a greve, nos termos do art. 42, §5º da CF/88.

No tocante às ampliações constitucionais introduzidas pela CF de 1988, quanto


às prerrogativas sindicais, tem-se a introdução da representação sindical de
toda a categoria profissional. Tornou ainda, obrigatória a presença dos
sindicatos nas negociações coletivas.

OS DEVERES DOS SINDICATOS ESTÃO ESTABELECIDOS NO ART. 514


DA CLT. A liberdade sindical consiste no direito que têm as associações
11

profissionais ou sindicais de se organizarem e serem mantidas conforme seu


próprio regulamento, sem a ingerência estatal.

As contribuições sindicais podem ser legais, regulada pelo art. 578 e ss. da
CLT e que é independentemente da autorização de que trata o art. 545 da CLT;
assistencial, por ACT ou CCT; associativa, regulada pelo art. 548, "b" da CLT,
por mensalidade; ou confederativa, nos termos do art. 8º, IV da CF/88.
Enquadramento sindical é a filiação compulsória de empregados a determinado
sindicato.

No Brasil ainda há limites à liberdade sindical, pois persiste a obrigatoriedade


de contribuição sindical para todas as categorias profissionais, sejam ou não os
trabalhadores filiados ao sindicato. Ainda existe a obrigatoriedade de sindicato
único de determinada categoria, com base regional.

Existe estabilidade no emprego para o dirigente sindical, nos termos do


art. 8º, VIII da CF/88(1).

A justiça competente para as ações de cumprimento dos acordos e


convenções coletivas de trabalho, nos termos da lei nº 8.984/95, é a Justiça do
Trabalho. A lei que disciplina a substituição processual pelo Sindicato, é a lei nº
8.73/90.

"O sindicato cumpre funções que, embora variando de amplitude coincida em


linhas básicas no diferentes sistemas jurídicos" (2).

Primeira, a função negocial, caracterizando-se pelo poder conferido aos


sindicatos para ajustar CCT, nas quais serão fixadas regras a serem aplicáveis
nos contratos individuais de trabalho dos empregados pertencentes à esfera de
representação do sindicato pactuante. No Brasil, a CF, no seu art. 7º, XXVI,
reconhece as CCT e a CLT, no art. 611 e 616, as define e obriga a negociação,
respectivamente.

Segunda, a função assistencial, que é atribuição conferida pela lei ou pelos


estatutos aos sindicatos para prestar serviços aos seus representados,
contribuindo para o desenvolvimento integral do ser humano. A CLT determina
ao sindicato diversas atividades assistenciais, como a educação (art. 514,
parág. único, "b"); saúde (art. 592); colocação (art. 513, parág. único); lazer
(art. 592); fundação de cooperativas (art. 514, parág. único, "a") e serviços
jurídicos (arts. 477, § 1º, 500, 513 e 514, "b" e Lei nº 5.584/70, art. 18).

Terceira função de arrecadação, mediante a qual o sindicato impõe


contribuições, a aprovada pela assembleia e fixada por lei, nos termos do art.
8º, IV da CF/88, mensalidades sindicais e descontos assistenciais, aquelas
12

fixadas nos estatutos e estes em convenções coletivas ou sentenças


normativas.

Quarta função de colaboração com o Estado, no estudo e solução dos


problemas que se relacionam com a categoria (art. 513, "d") e no
desenvolvimento da solidariedade social (art. 514, "a"). Essa função se mantém
e não é incompatível com a autonomia sindical assegurada pela CF/88, no seu
art. 8º, I.

Quinta, a função de representação, perante as autoridades administrativas e


judiciais, dos interesses coletivos da categoria ou individuais dos seus
integrantes, o que leva a atuação do sindicato como parte nos processos
judiciais em dissídios coletivos destinados a resolver os conflitos jurídicos ou de
interesses, e nos dissídios individuais de pessoas que fazem parte da
categoria, exercendo a substituição processual, caso em que agirá em nome
próprio na defesa do direito alheio, ou a representação processual, caso em
que agirá em nome do representante e na defesa do interesse deste.

Organização Internacional Sindical

O documento mais importante é a Convenção nº 87/48, que é considerado o


primeiro tratado internacional eu consagra, com o princípio da liberdade
sindical, uma das liberdades fundamentais do homem.

Proclama autonomia sindical, dispondo que "os trabalhadores e os


empregadores, sem nenhuma distinção e sem autorização prévia, têm o direito
de constituir as organizações que julgarem convenientes, assim como o de se
filiar a essas organizações, como a única condição de observar os estatutos
das mesmas". Prevê também o direito dos sindicatos de elaborar seus próprios
estatutos e regulamentos administrativos, a eleição livre de seus
representantes e a auto-organização da gestão, das atividades e do programa
de ação. As Convenções sobre direito sindical sã o regulamentares, ou seja,
consideradas autoaplicá veis, uma vez que se referem a direitos humanos.

São temas a que se referem às normas da Organização Internacional de


Trabalho (OIT):

O primeiro princípio é o do direito de organizaçã o de entidades sindicais,


significando o direito de sindicalizaçã o no sentido institucional, norma bá sica
defendida com muito empenho, desdobrando-se em diversos aspectos. É um
direito assegurado a todos os trabalhadores e empregadores (Convençã o nº
87/48), sem nenhuma distinçã o, compreendendo nã o apenas o direito de criar
uma organizaçã o mas, também, o de a ela se filiar ou dela se desfilIar. É o princípio
13

da liberdade sindical, no sentido coletivo e, também, individual, em todos os níveis


e setores, sem discriminaçã o em razã o de sexo, cor, raça, credo, nacionalidade, etc.

Corolá rio do princípio é a incompatibilidade da unidade sindical com a Convençã o


nº 87/48, assim considerada a proibiçã o, por lei, da existência de mais de um
sindicato representativo da mesma categoria na mesma base territorial.
Pluralidade é o direito de fundaçã o, na mesma base territorial, de tantos sindicatos
quanto os grupos pretenderem. Unicidade é a vedaçã o legal de mais um sindicato
da mesma categoria na mesma base territorial. Unidade é a uniã o espontâ nea dos
grupos e sindicatos, nã o por força de lei, mas por opçã o pró pria, valendo-se da
liberdade sindical.

Em consonâ ncia com o princípio da liberdade sindical, está o direito dos


interessados de constituírem organizaçõ es sem autorizaçã o prévia do Estado
(Convençã o nº 87/48), que também fundamenta as ideias acima expostas e as
diretrizes estabelecidas pela OIT sobre estrutura sindical. Envolve problemas de
aquisiçã o de personalidade jurídica sindical, que nã o subordina-se a ato concessivo
do Estado.

O segundo princípio defendido pela OIT é o de liberdade de administraçã o sindical,


e que tem mais de uma dimensã o, a saber, a elaboraçã o dos estatutos, a livre
escolha dos representantes, a liberdade de definiçã o do programa de açã o, o
direito de nã o-dissoluçã o das entidades ou suspensã o delas pela via administrativa
do Estado, e o direito de proteçã o eficaz dos representantes.

O terceiro princípio, é o da necessidade coletiva. Tem amplitude que se estende a


todos os ramos da atividade econô mica e ao setor pú blico; é consubstanciado na
noçã o de autonomia coletiva, o que pressupõ e a nã o intervençã o estatal.

Outras normas internacionais: Declaraçã o dos Direitos do Homem (1948), que


assegura a toda pessoa direito de fundar sindicatos e de se sindicalizar para a
defesa dos seus interesses; o Pacto Internacional de Direitos Econô micos, Sociais e
Culturais (1966); da Assembleia Geral das Naçõ es Unidas e que entrou em vigor
em 1976, contendo disposiçõ es sobre liberdade sindical; o Convênio Europeu
sobre Direitos Humanos (1950), também consagrando a liberdade de associaçã o; e
a Carta Social Europeia, que trata dos direitos sindicais.

--------------------------------------------------------------------------------

NOTAS

Art. 8º, VIII da CF/88. É vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do


registro da candidatura a cargo de direçã o ou representaçã o sindical e, se eleito,
14

ainda que suplente, até um ano apó s o final do mandato, salvo se cometer falta
grave nos termos da lei.

III PARTE
QUESTIONÁ RIO - ESTUDO DIRIGIDO BASEADO NAS
AULAS EM SALA DE AULA .

QUESTIONÁRIO E RESPOSTAS SOBRE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO

1. Que é acidente de trabalho?


acidente de trabalho é aquele que acontece no exercício do trabalho a serviço da empresa,
provocando lesã o corporal ou perturbaçã o funcional podendo causar morte, perda ou
reduçã o
permanente ou temporá ria, da capacidade para o trabalho.

Também é considerado acidente de trabalho,

o aquele que acontece quando você está prestando serviços por ordem da
empresa fora do local de trabalho
o aquele que acontece quando você estiver em viagem a serviço da empresa
o aquele que ocorre no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho para
casa.
o doenças profissionais (as doenças provocadas pelo tipo de trabalho. Ex.
problemas de coluna)
o doença do trabalho (as doenças causadas pelas condiçõ es do trabalho. Ex.
dermatoses causadas por cal e cimento)

2 A quem recorrer em caso de ter dúvidas sobre como proceder


em caso de acidentes de trabalho ou problemas relacionados?

Pode recorrer ao Ministerio doTrabalho e ou a Delegacia Regional do Trabalho. O Site da


DRT possui lista completa com os nomes dos delegados do trabalho, bem como os
endereços das DTRs Regionais

3. Como fazer o cálculo do Custo do Acidente de Trabalho?


O calculo em si nã o é dificil mas muito trabalhoso. Para cada caso há diferentes variaveis
envolvidas em em muitos casos podem chegar a dezenas de variá veis,muitas vezes de
difiícil identificaçã o. Em linhas gerais pode-se dizer que o custo do acidente é o somató rio
dos custos diretos e indiretos envolvidos.
15

C = CD + CI

Dusto Direto:
É o custo mensal do seguro de acidentes do trabalho. Nã o tem relaçã o com o acidente em
si. A contribuiçã o é calculada a partir do enquadramento da empresa em três níveis de
risco de acidentes do trabalho essa porcentagem é calculada em relaçã o à folha de salá rio
de contribuiçã o e é recolhida juntamente com as demais contribuiçõ es arrecadadas pelo
INSS.

o 1% para a empresas de riscos de acidente considerado leve;


o 2% para a empresa de risco médio,
o 3% para a empresa de risco grave.

3.1 Custo Indireto:

Nã o envolvem perda imediata de dinheiro. Relacionam-se com o ambiente que envolvem o


acidentado e com as consequências do acidente. Entre os custos indiretos podemos citar:

1.Salá rio que deve ser pago ao acidentado no dia do acidente


    e nos primeiros 15 dias de afastamento, sem que ele produza.

2.Multa contratual pelo nã o cumprimento de prazos

3.Perda de bô nus na renovaçã o do seguro patrimonial

4.Salá rio pagos aos colegas do acidentado

5.Despesas decorrentes da substituiçã o ou manutençã o de peça danificada

6.Prejuízos decorrentes de danos causados ao produto no processo;

7.Gastos de contrataçã o e treinamento de um substituto

8.Pagamento de horas-extras para cobrir o prejuízo causado à produçã o

9.Gastos de energia elétrica e demais facilidades das instalaçõ es (horas-extras)

10.Pagamento das horas de trabalho despendidas por supervisores e outras pessoas e ou


empresas:
  - Na investigaçã o das causas do acidente
  -Na assistência médica para os socorros de urgência
  -No transporte do acidentado
  -Em providências necessá rias para regularizar o local do acidente
  -Em assistência jurídica
  -Em propaganda para recuperar a imagem da empresa
16

Em caso de acidente com morte ou invalidez permanete ainda devemos considerar o custo
da indenizaçã o que deve ser pago mensalmente até que o empregado atinja a idade de 65
anos.

Pesquisa feita pela Fundacentro revelou a necessidade de modificar os conceitos


tradicionais de custos de acidentes e propô s uma nova sistemá tica para a sua elaboraçã o,
com enfoque prá tico, denominada Custo Efetivo dos Acidentes, como descreito a seguir:

Ce = C - i

Ce= Custo efetivo do acidente


C= Custo do acidente
i= Indenizaçõ es e ressarcimento recebidos por meio de seguro ou de terceiros (valor
líquido)

C = C1 + C2 + C3

C1= Custo correspondente ao tempo de afastamento (até os 15 primeiros dias) em


conseq.ência de acidente com lesã o;

C2= Custo referente aos reparos e reposiçõ es de má quinas, equipamentos e materiais


danificados (acidentes com danos a propriedade);

C3= Custo complementares relativos as lesõ es (assistência médica e primeiro socorros) e


os danos a propriedade (outros custos operacionais, como os resultantes de paralisaçõ es,
manutençõ es e lucros interrompidos).

4. Que são as Normas Regulamentadoras e quem as faz?

As Normas Regulamentadoras, também ditas NR, sã o normas que regulamentam, fornecem


parâmetros e instruçõ es sobre Saú de e Segurança do Trabalho. Sã o em nú mero de 34, a saber
29 Normas Regulamentadoras e 5 Normas Regulamentadoras Rurais. As NRs sã o elaboradas
por uma comissã o tripartite composta por represntantes do governo, dos empregadores e
dos empregados.

5.0 Que é trabalho noturno? Trabalho noturno dá direito a adicional de


insalubridade?
Trabalho noturno é aquele prestado das 22h de um dia à s 5h do dia seguinte para o trabalho
urbano (CLT, art. 73, § 2.0). Para o trabalho rural, é aquele prestado das 20h de um dia à s 4h
do dia seguinte, na pecuá ria, e das 21h de um dia à s 4h do dia seguinte, na pecuá ria, e das 21h
de um dia à s 5h do dia seguinte, na agricultura (Lei 5889/73, art. 7.0 e Decreto 73626/74, art.
11, pará grafo ú nico).
O adicional de insalubridade nã o é inerente ao trabalho noturno. O trabalhador somente terá
direito ao adicional de insalubridade se a insalubridade for caracterizada no seu ambiente de
trabalho, quer exerça trabalho noturno ou nã o.
17

5.0 Que é trabalho insalubre? Que direitos tem quem trabalha em condições
insalubres?

Trabalho insalubre é aquele prestado em condiçõ es que expõ em o trabalhador a


agentes nocivos à saú de, acima dos limites de tolerâ ncia fixados em razã o da natureza
e da intensidade do agente e do tempo de exposiçã o aos seus efeitos (CLT, art. 189 e
NR 15).

O exercício de trabalho em condiçõ es de insalubridade, assegura ao trabalhador a


percepçã o de adicional, incidente sobre o salá rio mínimo da regiã o, equivalente a

a. 40%, para insalubridade de grau má ximo;


b. 20%, para insalubridade de grau médio;
c. 10%, para insalubridade de grau mínimo

6.0 Quais as atividades perigosas na forma da lei?

De acordo com a CLT e a NR-16 denminam-se atividades perigosas aquelas que, por
sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com
inflamá vel ou explosivos em condiçõ es de risco acentuado. A NR-16 ainda versa que
sã o consideradas atividades e operaçõ es perigosas as constantes nos anexos numeros
1 e 2 da NR-16. Estes anexos da NR-16 referem-se a atividades com explosivos e
inflamá veis. A periculosidade para trabalhos com radiaçã o foi definida
posteriromente por portaria.

7.Quais as condições básicas para percepção da periculosidade?


o trabalho em que o empregado fica exposto à pelo menos um desses agentes: radiaçã o,
inflamá veis, explosivos ou eletricidade. O exercício de trabalho em condiçõ es de
periculosidade assegura ao trabalhador a percepçã o de adicional de 30% (trinta por
cento), incidente sobre o salá rio, sem os acréscimos resultantes de gratificaçõ es, prêmios
ou participaçã o nos lucros da empresa. (NR-16, subitem 16.2)

8.0 Como saber se tenho direito ao adicional de insalubridade?


As Normas Regulamentadoras, em especial a NR 15, regulamentam e definem parametros
sobre pagamento ou nã o desse adicional. Essa resposta nã o é uma resposta rá pida e
imediata, pois cada caso deve ser analizado como um caso especial. Para se ter certeza
quanto ao pagamento ou nã o do adicional de insalubridade, o melhor a fazer é um laudo
técnico do local de trabalho. Este deverá ser feita por profissional habilitado.

9.Quanto tempo tem o trabalhador para entrar com pedido de indenização por
acidente ou doença de trabalho?
O tempo limite é de 5 anos a partir da data que foi caracterizado o acidente ou a doença
ocupacional. Apó s 5 anos há prescriçã o do prazo.
18

10.Há no Brasil alguma instituição que trata da Segurança do Trabalho?


Sim, no Brasil há muitas instituiçõ es e organizaçõ es que tratam de Segurança do Trabalho
Podemos citar entre as pú blicas a Fundacentro e o MTE - Ministério do Trabalho e
Emprego.
Entre as agremiaçõ es privadas a Revista Cipa, Revista Proteçã o a SOBES - Sociedade
Brasileira de Engenharia de Segurança do Trabalho, as associaçõ es regionais de
Engenheiros de Segurança do Trabalho e as associaçõ es regionais de Técnicos de de
Segurança do Trabalho - FENATEST. Tambem as centrais sindicais, CUT, CGT e Força
Sindical possuem setores que tratam sobre Saú de e Segurança do Trabalho com
seriedadeVolta

11.Se eu trabalhar em uma empresa brasileira em outro país, a que lei estou sujeito
em caso de acidente de trabalho?
Você está sujeito a lei do país em que está registrado na previdência social. Se você estiver
trabalhando no estrangeiro e tiver a carteira assinada no Brasil, está sujeito as leis
brasileiras. Vale também o acordo ou protocolo de trabalho entre os dois países, caso
exista.

12.Quais as leis que regem a Segurança do Trabalho?


A Segurança do Trabalho é regida por normas e leis. No Brasil, a Legislaçã o de
Segurança do Trabalho compõ e-se de Normas Regulamentadoras, leis complementares,
como portarias e decretos, as convençõ es Internacionais da Organizaçã o Internacional do
Trabalho, ratificadas pelo Brasil e normas de algumas instituiçõ es, como o Corpo de
Bombeiros.

13Que é penosidade ou atividade penosa?


Segundo o projeto de lei nº 2168/89 é atividade penosa aquela que demanda esforço
físico estafante ou superior ao normal, exije atençã o contínua e permanente ou resulte em
desgaste ou stress.
Segundo o projeto de lei nº 1808/89/89 é atividade penosa aquela que em razã o de sua
natureza ou intensidade com que é exercida, exige do empregado esforço fatigante, capaz
de diminuir-lhe significativamente a resistência física ou a produçã o intelectual.
É uma luta antiga a regulamentaçã o do adicional de periculosidade, para trabalhos
penosos.
Quando esta P & R foi editada, em 21/12/2001, a penosidade ainda nã o estava
regulamentada pela legislaçã o brasileira.

14.Que é a NR Zero?
Muitos chamam de NR Zero à portaria 393, de 09 de abril de 1996. Esta portaria define
que a metodologia de regulamentaçã o na á rea de segurança e saú de no trabalho,
atribuiçã o da Secretaria de Segurança e Saú de no Trabalho tem como princípio bá sico a
adoçã o do sistema tripartite paritá rio - Governo, Trabalhadores e Empregadorew

15.Em que caso se aplica o adicional de periculosidade?


O adicional de periculosidade se aplica aos seguintes casos:
Radiaçã o, explosivos, inflamá veis e eletricidade
O valor do adicional de periculosidade é de 30% do salá rio do empregado.
19

16.O adicional de insalubridade pode ser retirado da folha de pagamento do


empregado se for eliminada a insalubridade?
Sim, desde que seja comprovada que o empregado nã o trabalha mais naquela situaçã o
que causa risco de saú de ao trabalhador, ou seja eliminada a insalubridade o
adicional de insalubridade deixara de ser pago. O trabalhador que esta há tempo na
funçã o nã o tem direito a continuar recebendo o adicional de insalubridade.
Neste caso nã o há direito adquirido.

17.Quem é habilitado para exercer a função de Engenheiro de Segurança do


Trabalho e de Técnico de Segurança do Trabalho ?

As duas profissõ es estã o regulamentadas. Vejamos o que versa a lei.


Decreto nº 92.530 de 09/04/1986

O PRESIDENTE DA REPÚ BLICA, no uso da atribuiçã o que lhe confere o artigo 61, item III,
da Constituiçã o, e tendo em vista o disposto no artigo 4º da Lei nº 7.410, de 27 de
novembro de 1985.

DECRETA

Art. 1º - O exercício da especialização de Engenheiro de Segurança do Trabalho é


permitido, exclusivamente:

I - ao Engenheiro ou Arquiteto, portador de certificado de conclusã o de curso de


especializaçã o em Engenharia de Segurança do Trabalho, em nível de pó s-graduaçã o;

II - ao portador de certificado de curso de especializaçã o em Engenharia de Segurança do


Trabalho, realizado em cará ter prioritá rio, pelo Ministério do Trabalho;

III - ao possuidor de registro de Engenheiro de Segurança do Trabalho, expedido pelo


Ministério do Trabalho dentro de 180 dias da extinçã o do curso referido no item anterior.

Art 2º - O exercício da profissão de Técnico de Segurança do Trabalho é permitido,


exclusivamente:
I - ao portador de certificado de conclusã o de curso de Técnico de Segurança do Trabalho
ministrado no País em estabelecimento de ensino de 2º grau;
II - ao portador de certificado de conclusã o de curso de Supervisor de Segurança do
Trabalho, realizado em cará ter prioritá rio pelo Ministério do Trabalho;
III - ao possuidor de registro de Supervisor de Segurança do Trabalho, expedido pelo
Ministério do Trabalho até 180 dias da extinçã o do curso referido no item anterior.

A RESOLUÇÃ O Nº 359 do CONFEA, DE 31 JULHO de 1991, corrobora o decreto nº 92.530


de 09/04/1986, no tocante aos Engenheiros de Segurança do Trabalho

Como fica a situação em caso de acidentes de trabalho de um cidadão sentenciado


que presta serviços a comunidade?
Quando se usa mã o de obra sentenciada, preso nã o trabalha de graça, este possui alguns
direitos, entre estes podemos destacar:
20

1 - Nã o esta sujeita a CLT, Art. 28, paragrafo 2º da Lei 7210/11/84


2 - O Trabalho do preso será remunerado mediante prévia tabela, nã o podendo ser
inferior a 3/4 do salá rio mínimo, Art. 29 da mesma Lei.
3 - O produto da remuneraçã o pelo trabalho deverá atender a indenizaçõ es dos danos
causados pelo crime que cometeu, assistência a família, pequenas despesas pessoais,
ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutençã o do condenado e
formaçã o de uma caderneta de poupança do pecú lio, que será devolvida ao condenado
quando posto em liberdade, Art. 29 da mesma Lei.
4 - Somente nã o será remunerado quando este prestar serviços a comunidade. Entã o, a
responsabilidade a acidentes está assegurada pela contribuiçã o ao INSS, onde este
contribui da mesma forma e possui os mesmos direitos de um trabalhador comum.
Quando se tratar de trabalhos a comunidade o tratamento decorrido de ferimentos
causados pelo trabalho, serã o tratados no Regime penitenciá rio com apoio do SUS.

18.Se alguém presta serviço de segurança patrimonial em obras de construção civil


com cães-de-guarda. Um dos cães-de-guarda veio a se acidentar, morrendo. Que
direitos tem?
Animais nã o sã o cobertos pela legislaçã o trabalhista brasileira nem pelas NRs. Neste caso
cabe ao dono do animal uma indenizaçã o por perda de patrimô nio. Visando prevenir-se
de possíveis acidentes deste tipo, deve-se elaborar clausulas que preveem esta situaçã o
no contrato de prestaçã o de serviços. Esse tipo de acidente nã o é acidente de trabalho.

19.Qual a lei que obriga a empresa fornecer aos empregados EPIs?

1. CLT (Consolidação das Leis do Trabalho)

Art. 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento


de proteçã o individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservaçã o e
funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral nã o ofereçam completa proteçã o
contra os riscos de acidentes e danos à saú de dos empregados.

2. NR-6 (Norma Regulamentadora 6)

6.2. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao


risco e em perfeito estado de conservaçã o e funcionamento, nas seguintes circunstâ ncias:

a) sempre que as medidas de proteçã o coletiva forem tecnicamente inviá veis ou nã o


oferecerem completa proteçã o contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças
profissionais e do trabalho; (106.001-5 / I2)
b) enquanto as medidas de proteçã o coletiva estiverem sendo implantadas;
(106.002-3 / I2)
c) para atender a situaçõ es de emergência. (106.003-1 / I2

21-.0 O que acontece se o trabalhador se recusar a usar EPIs?


o papel do profissional de segurança é de orientar o trabalhador e se possível evitar puní-
lo. O trabalhador deve ser orientado a usar EPIs, se for intransigente deve ser advertido.
Caso se recuse continuamente a usar EPIs pode ser demitido por justa causa. Cabe
21

lembrar também que o EPI deve estar em boas condiçõ es de uso, possuir o certificado de
aprovaçã o do Ministério do Trabalho e ser adequada a situaçã o para o qual é destinado.

22.O que acontece se a empresa onde trabalho não fornecer EPIs?


A empresa pode ser denunciada no Ministério do Trabalho ou no SUS e vir a sofrer multa
aplicada por estas instituiçõ es. A empresa deve fornecer gratuitamente os EPIs aos
empregados

23. O uso de EPI elimina a insalubridade?


O artigo 191 da CLT diz o seguinte:
Art. 191 - A eliminaçã o ou a neutralizaçã o da insalubridade ocorrerá :

I - com a adoçã o de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos


limites de tolerâ ncia;
Il - com a utilizaçã o de equipamentos de proteçã o individual ao trabalhador, que
diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerâ ncia.

Portanto o EPI pode eliminar a insalubridade, desde que atenda ao descrito no Art
191 da CLT, como transcrito acima.

24 O que é insalubridade e periculosidade segundo a CLT ?

A insalubridade, segundo a CLT, contempla os riscos físicos, químicos e bioló gicos


existentes no ambiente de trabalho, capazes de causarem doenças crô nicas devido ao
tempo de exposiçã o. LER e outros distú rbios de origem ergonô mica NÃ O sã o agentes
insalubres, segundo a lei, apesar de também possuírem natureza crô nica.

A periculosidade, por sua vez, é um risco imediato de vida. A legislaçã o contempla as


atividades associadas a explosivos e inflamá veis (CLT, art.193, e NR16 do MTE), a
atividade dos eletricitá rios (Lei 7.369/85 e seu Decreto 93.412/86) e as atividades em
proximidade de radiaçã o ionizante (Portaria MTE 518/03).

AS atividades perigosas nã o necessariamente sã o contempladas pela periculosidade,


como popularmente se acredita. É sim perigoso trabalhar em á rea com risco de animais
peçonhentos, mas isto nã o dá direito ao adicional de periculosidade.

Sobre os adicionais, a diferença básica é o cálculo do tempo de exposição. Para a


periculosidade, basta que o acesso à á rea de risco nã o seja eventual para dar direito ao
adicional integral (30% do salá rio-base)

Já a insalubridade poderá sofrer cálculos de correçã o do limite de tolerâ ncia em funçã o do


tempo de exposiçã o , os percentuais sã o de 10%, 20% e 40% sobre o Salá rio Mínimo da
regiã o, conforme o grau de Insalubridade seja considerado mínimo, médio ou má ximo,
respectivamente;
22

25- O QUE VOCÊ ENTENDE POR SINDICATO ?

Sindicato é a associação de membros de uma profissão ou de empregadores,


destinada a defender seus interesses econômicos e laborais comuns, e assegurar a
representação e a defesa dos associados administrativamente e em Juízo. Podem
ser de empregados e de empregadores.

26– O TRABALHADOR É OBRIGADO A SE FILIAR NO SINDICATO DE SUA PROFISSÃO ?

R Nã o é obrigató ria a filiaçã o dos trabalhadores ao sindicato da categoria, nos termos do


inc. V do art. 8º da CF/88.

27 TODO SERVIDOR PUBLICO TEM O DIREITO DE TER A LIVRE ASSOCIACÇAO


SINDICAL ? Os servidores pú blicos civis têm direito à livre associaçã o sindical, nos
termos do art. 37, VI da CF/88 mas, aos militares, sã o proibidas tanto a sindicalizaçã o
quanto a greve, nos termos do art. 42, §5º da CF/88.

29 - O SINDICATO PRECISA DE AUTORIZAÇÃO DO PODER PUBLICO PARA SUA


CONSTITUICAO E FUNDAÇÃO?

Assegura-se a livre constituiçã o de Sindicatos, na CF/88, em seu art. 8º, que dispõ e que: "é
livre a associaçã o profissional ou sindical". Além disso, o inciso I do mesmo art. garante
que a lei "nã o poderá exigir autorizaçã o do Estado para fundaçã o de sindicato, ressalvado
o registro no ó rgã o competente, vedados ao Poder Pú blico a interferência e a intervençã o
na organizaçã o sindical".

30 Para o direito brasileiro qual a natureza jurídica dos sindicatos ?

A natureza jurídica dos sindicatos perante o direito brasileiro, é de pessoas jurídicas de


direito privado.

Bibliografias e consultas.

BRASIL , Constituiçã o federal da Republica 1988, 8ª ed, Sã o Paulo 2009 - editora


Saraiva
23

_______ Consolidaçã o das Leis do Trabalho ( CLT ), Sã o Paulo ,2010- Editora Saraiva

MANUAL DE PERÍCIAS - Site de perícias e consultoria técnica do


Brasil
© Copyright 1997-2002-2009 -

AF, Cesarino Jr e CARDONE, A. Marly. Direito Social. São Paulo: Editora LTR, 2a.
ed.
CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. São Paulo:
Editora Saraiva, 2003.

FILHO, E. de Moraes, e MORAES, Antonio Carlos Flores. Introdução ao Direito do


Trabalho. São Paulo: Editora LTR.

NASCIMENTO, A. M. Iniciação ao Direito do Trabalho. São Paulo: Editora LTR,


2003.
RODRÍGUEZ, Américo Plá. Princípios de Direito do Trabalho. São Paulo: Editora LTr/
Edusp, 1993.
ZAINAGHI, Domingos Sávio. Curso de Legislação Social. São Paulo: Editora Atlas, 2003.

You might also like