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DIREITO EMPRESARIAL I

PROF. REGIANE FERRATO


DIREITO COMERCIAL E EMPRESARIAL

Direito Comercial
 Código Comercial : Lei n. 556 de 25.06.1850
 Arts. 1 a 456 revogados pelo Código Civil
 Arts. 457 a 796 em vigência: Comércio Marítimo
 Arts. 797 a 913 revogados pelo Decreto 7661/1945, no entanto, a
matéria hoje é regulada pela Lei n. 11.101 de 09.02.2005

Direito Empresarial
 Código Civil: Lei n. 10.406 de 10.01.2002
 Livro II – Do Direito da Empresa
 Arts. 966 a 1.195
FONTES DO DIREITO DE EMPRESA

 Código Civil de 2002.


 conjunto de diversas leis de natureza comercial, tais
como as que tratam dos títulos de crédito, garantias,
cheques, propriedade industrial, sociedades
anônimas, mercado de capitais, registro e livros,
duplicatas, recuperação e falência etc.
 usos e costumes comerciais.
 jurisprudência, doutrina, analogia, eqüidade e os
princípios gerais de Direito.
 tratados e convenções internacionais.
DIREITO COMERCIAL

É o conjunto de princípios, de regras e de


instituições que regula os atos de comércio e
das pessoas que exercem profissionalmente
esses atos.

Regula o comércio privado de produção e


distribuição de bens e serviços, praticado
pelo comerciante ou empresário.
EMPRESA

É a atividade econômica organizada para a


produção de bens, a prestação de serviços ou
a intermediação de negócios, direcionada
para o mercado, visando lucro;

Portanto é a atividade e não a pessoa que a


explora.
EMPRESÁRIO

 O comerciante passou a ser chamado de


empresário pelo Código Civil de 2002, não
importando se exerce atos de comércio ou se
produz bens ou presta serviços;

 É a pessoa que toma iniciativa de organizar


uma atividade econômica de produção ou
circulação de bens ou serviços.
ART. 966 CC

É a pessoa física ou jurídica que exerce


profissionalmente atividade econômica organizada,
para a produção ou circulação de bens ou serviços
voltada para o mercado, tendo por objetivo o lucro.

Empresário NÃO é o sócio da sociedade


empresarial, mas a própria sociedade;
O sócio não está sujeito às normas que definem os
direitos e deveres do empresário, mas sim a
ordenamento jurídico próprio para a condição de sócio.
CONDIÇÕES PARA SER EMPRESÁRIO

Art. 5º CC. Maior de 18 anos no gozo de seus direitos


civis;

Art. 4º, I CC. Maior de 16 e menor de 18 anos, desde


que emancipado e não legalmente impedido. Tal ato
deve ser registrado na Junta Comercial.
REQUISITOS PARA SER EMPRESÁRIO

01. PROFISSIONAL. O empresário deve exercer sua


atividade de forma habitual, não esporádica;

02. ATIVIDADE. O empresário exerce uma


atividade, que é a própria empresa;

03. ECONOMICA. A busca do lucro na exploração da


empresa;
04. ORGANIZADA. Os fatores que devem estar
presentes na empresa são: a mão-de-obra, os
insumos e a tecnologia;

05. PRODUÇÃO. A fabricação de mercadorias ou a


prestação de serviços;

06. CIRCULAÇÃO. A intermediação de


mercadorias ou de serviços.
NÃO EMPRESÁRIO

Parágrafo Único do Art. 966 - Exceção: atividades


imobiliárias e profissões de natureza científica, literária ou
artística.

Alcança o Profissional Liberal: advogado, dentista,


médico, engenheiro, contador, etc;
Só se submete ao regime geral da atividade econômica
se inserir a sua atividade específica numa organização
empresarial, ou seja, se for um “elemento de empresa”
Além dos citados no Parágrafo Único do art. 966 CC:

01. Militares da ativa das três Forças Armadas e das


Polícias Militares;

02. Funcionários públicos civis (União, Estados, DF


e Municípios);

03. Magistrados;
04. Médicos, para o exercício simultâneo da medicina e
farmácia, drogaria ou laboratório;

05. Estrangeiros não residentes no país;

06. Cônsules, salvo os não-remunerados;

07. Corretores e leiloeiros;

08. Falidos, enquanto não reabilitados.


A proibição se limita ao exercício
individual do comércio, não se
estendendo à participação em
sociedade como acionista, quotista ou
comanditário.
TRATAMENTOS ESPECÍFICOS

EMPRESÁRIO RURAL

MICROEMPRESÁRIO
 EMPRESÁRIO DE PEQUENO PORTE
EMPRESÁRIO RURAL

Art. 971 e 984 CC;

A atividade econômica rural é a explorada


normalmente for a da cidade, por razões de diversas
ordens (materiais, culturais, econômicas ou
jurídicas);
Exemplos

plantação de vegetais destinadas a alimentos,


 fonte energética ou matéria-prima (agricultura,
reflorestamento),
a criação de animais para abate,
reprodução,
competição ou lazer (pecuária, suinocultura,
granja, equinocultura) e
o extrativismo vegetal (corte de árvores), animal
(caça e pesca) e mineral (mineradoras, garimpo).
As atividades econômicas rurais no Brasil são
exploradas por dois tipos diferentes de
organizações econômicas:
 Agroindústria. Emprega-se tecnologia avançada e
mão-de-obra assalariada (permanente e temporária),
há, ainda, a especialização de culturas em grandes
áreas de cultivo;
 Agricultura Familiar. Trabalham o dono da terra e
seus parentes, um ou outro empregado, e são
relativamente mais diversificadas as culturas e
menores as áreas de cultivo.
Em vista das características da agricultura brasileira
a legislação dispensou o Empresário Rural de
requerer sua inscrição no registro das empresas,
mas pode fazê-lo.
É facultativo;

Se optar por se registrar na Junta Comercial, será


considerado empresário e submeter-se-á ao regime
correspondente, direito empresarial (agronegócio);
Se optar por NÃO se registrar, não se considera
empresário e seu regime será o do direito civil
(agricultura familiar).

 Sea atividade for exercida em sociedade, os seus atos


constitutivos devem ser levados ao Registro Civil de
Pessoas Jurídicas.
MICROEMPRESÁRIO E EMPRESA DE
PEQUENO PORTE

Possui constitucionalmente tratamento jurídico


diferenciado, com o objetivo de estimulhar-lhe o
crescimento com a simplificação, redução ou
eliminação de obrigações administrativas, tributárias,
previdenciárias e creditícias;
Título VI – Da Tributação e do Orçamento

Capítulo I – Do Sistema Tributário Nacional


Art. 146. Cabe à lei complementar:
III. estabelecer normas gerais em matéria de
legislação tributária, especialmente sobre:
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido
para as microempresas e para as empresas de
pequeno porte, inclusive regimes especiais ou
simplificados no caso do imposto previsto no art. 155,
II das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e
13, e da contribuição a que se refere o art. 239.
ART. 146 CF

Parágrafo único. A lei complementar de que trata o


inciso III, d, também poderá instituir um regime
único de arrecadação dos impostos e contribuições
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, observado que:
I – será opcional para o contribuinte;
II – poderão ser estabelecidas condições de
enquadramento diferenciadas por Estado;
III – o recolhimento será unificado e centralizado e
a distribuição da parcela de recursos pertencentes
aos respectivos entes federados será imediata,
vedada qualquer retenção ou condicionamento.

IV – a arrecadação, a fiscalização e a cobrança


poderão ser compartilhadas pelos entes federados,
adotado cadastro nacional único de contribuintes.”
CF

Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e


os Municípios dispensarão às microempresas e às
empresas de pequeno porte, assim definidas em lei,
tratamento jurídico diferenciado, visando a
incentivá-las pela simplificação de suas obrigações
administrativas, tributárias, previdenciárias e
creditícias, ou pela eliminação ou redução destas
por meio de lei.
CONCEITOS

Os contornos do conceito de “pequeno empresário”


não se encontram no direito positivo brasileiro.

Por isso, na falta utiliza-se a expressão de referência


geral definidos no Estatuto da ME e EPP, Lei n.
9.841 de 05 de outubro de 1999 .
DECRETO 5.028/2004

MICROEMPRESA – é a pessoa jurídica (sociedade


empresária ou simples) ou firma individual
(empresário) que tiver receita bruta anual igual ou
inferior a R$ 244.000,00 (duzentos e quarenta e
quatro mil reais);
EMPRESA DE PEQUENO PORTE - é a pessoa jurídica
(sociedade empresária ou simples) ou firma individual
(empresário) que tiver receita bruta anual superior a
R$ 244.000,00 (duzentos e quarenta e quatro mil
reais) e igual ou inferior a R$ 1.200.000,00 (um
milhão e duzentos mil reais);
O período da Receita Anual Bruta deve ser o ano
calendário tributário (janeiro/dezembro).

Art. 970 CC. Dispensou do registro na Junta


Comercial.

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