Professional Documents
Culture Documents
humana
Estas medidas visam proteger o solo, prevenindo-o dos efeitos danosos da erosão aumentando a
disponibilidade de água, de nutrientes e da atividade biológica do solo, criando condições
adequadas ao desenvolvimento das plantas.
Planejamento Conservacionista
O Agrônomo e outros Profissionais das ciências agrárias e ambientais, devem ser consultados para
elaboração do planejamento de conservação do solo e da água.
Princípios Básicos
Uma cobertura vegetal adequada assume importância fundamental para a diminuição do impacto
das gotas de chuva. Há redução da velocidade das águas que escorrem sobre o terreno,
possibilitando maior infiltração de água no solo e, diminuição do carreamento das suas partículas.
Práticas Vegetativas
Florestamento e reflorestamento
Plantas de cobertura
Cobertura morta
Rotação de culturas
Formação e manejo de pastagem
Cultura em faixa
Faixa de bordadura
Quebra vento e bosque sombreador
Cordão vegetativo permanente
Manejo do mato e alternância de capinas
Práticas Edáficas
Cultivo de acordo com a capacidade de uso da terra
Controle do fogo
Adubação: verde, química, orgânica
Calagem
Práticas Mecânicas
Preparo do solo e plantio em nível
Distribuição adequada dos caminhos
Sulcos e camalhões em pastagens
Enleiramento em contorno
Terraceamento
Subsolagem
Irrigação e drenagem
A escolha dos métodos / práticas de prevenção à erosão é feita em função dos aspectos ambientais
e sócio-econômicos de cada propriedade e região. Cada prática, aplicada isoladamente, previne
apenas de maneira parcial o problema. Para uma prevenção adequada da erosão, faz-se
necessária a adoção simultânea de um conjunto de práticas.
Cultivo de acordo com a capacidade de uso - as terras devem ser utilizadas em função da sua
aptidão agrícola, que pressupõe a disposição adequada de florestas / reservas, cultivos perenes,
cultivos anuais, pastagens, etc, racionalizando, assim, o aproveitamento do potencial das áreas e
sua conservação.
Reflorestamento - áreas muito susceptíveis à erosão e de baixa capacidade de produção devem ser
mantidas recobertas com vegetação permanente. Isto permite seu uso econômico, de forma
sustentável, e proporciona sua conservação. Este cuidado deve ser adotado em locais estratégicos,
que podem estar em nascentes de rios, topos de morros e/ou margem dos cursos d’água.
Plantas de cobertura - objetivam manter o solo coberto no período chuvoso, diminuindo os riscos de
erosão e melhorando as condições físicas, químicas e biológicas do solo.
Pastagem - o manejo racional das pastagens pode representar uma grande proteção contra os
efeitos da erosão. O pasto mal conduzido, pelo contrário, torna-se uma das maiores causas de
degradação de terras agrícolas.
Correção e adubação do solo - como parte de uma agricultura racional, estas práticas proporcionam
melhoramento do sistema solo, no sentido de se dispor de uma plantação mais produtiva e protetora
das áreas agrícolas.
A conservação do solo e da água melhora o rendimento das culturas e garante um ambiente mais
saudável e produtivo, para a atual e as futuras gerações.
(*) 1. Terreno desmatado. 2. Terreno cultivado morro abaixo. 3. Assoreamento de rios e açudes. 4. Erosão com voçoroca invade terras
cultivadas. 5.Êxodo rural. 6. Lavouras cultivadas sem proteção. 7.Pastagem exposta à erosão. 8. Inundações
(*) 1. Terreno com exploração florestal. 2. Terreno cultivado em curva de nível e outras práticas conservacionistas. 3. Rios e açudes livres de
assoreamento. 4. Culturas com práticas conservacionistas. 5. Desenvolvimento de comunidades agrícolas. 6. Áreas de pastagens protegidas
contra a erosão. 7. Áreas de pastagens protegidas. 8. Inundações controladas e áreas agrícolas reaproveitadas
Conservação do solo
Análise do solo
Consiste em preparar o solo para plantio e plantar de acordo com o nível do terreno. A
erosão reduz significativamente o potencial de produção. A água que escorre leva
consigo o potencial produtivo do solo. Evita-se o problema reduzindo-se a velocidade
de escoamento com a utilização de barreiras, curvas de nível, terraços e outros artifícios
adequados, baseados em levantamentos topográficos da área e projeto feito por técnico
competente.
Rotação de culturas
Cada tipo de cultura agrícola tem sua necessidade, e muitas vezes o que falta para uma é
o que sobra da outra. Assim um manejo adequado das culturas resulta em menor
necessidade de adubos e defensivos. Como regra geral, não se deve repetir o gênero da
planta em safras consecutivas.
[editar] Adubação verde
Entende-se por plantio direto o ato de revolver o mínimo possível o solo durante o
plantio, isso é, abrir apenas um sulco para a incorporação do adubo e da semente,
dispensando os processos convencionais de aração e gradagem e mantendo os restos da
cultura anterior sobre o solo. Utilizam-se plantadeiras especiais com discos de corte
para não se enroscarem com a vegetação. O plantio direto promove o mínimo desgaste
do solo e de sua atividade microbiana. Uma das principais vantagens desse processo é
que ele diminui significativamente a compactação das camadas mais profundas do solo
em virtude da redução do uso de máquinas pesadas e da presença de cobertura do solo
sobre o terreno. Por conservar melhor a umidade e manter a temperatura mais baixa
ajuda a atividade microbiana do solo, o que se provou benéfico às culturas,
principalmente em regiões de clima mais tropical. Sua principal desvantagem é um
aumento inicial no uso de herbicidas para controle de plantas invasoras. Por isso um
competente acompanhamento por agrônomo ou técnico especializado é fundamental ao
processo. As vantagens do plantio direto vão se acumulando safra após safra, num
processo cumulativo virtuoso.
MANEJO DO SOLO
Conscientização
O SPD pode ser a melhor opção para diminuir a maioria dos problemas antes
apontados, pois, o uso contínuo das tecnologias que compõem o SPD proporcionam
efeitos significativos na conservação e na melhoria do solo, da água, no
aproveitamento dos recursos e insumos como os fertilizantes, na redução dos
custos de produção, na estabilidade de produção e nas condições de vida do
produtor rural e da sociedade.
Para que esses benefícios aconteçam, tanto os agricultores, como a assistência
técnica, devem estar predispostos a mudanças, conscientes de que o sistema é
importante para alcançar êxito e sustentabilidade na atividade agrícola.
Planejamento
Cobertura do solo
A pequena produção de palha pela soja, principal cultura dos Cerrados, aliada à
rápida decomposição dos seus resíduos, pode tornar-se grande à viabilização do
SPD, especialmente quando essa leguminosa é cultivada como monocultura. Para
contornar essa dificuldade, a soja deve compor sistemas de rotação de culturas
adequadamente planejados. Com isso haverá permanente cobertura e suficiente
reposição de palhada sobre a superfície do solo, viabilizando o SPD.
O solo
A) Conteúdo de água
B) Matéria orgânica
B) Controle do tráfego
Entretanto, adverte-se que este sistema não deve ser empregado. Por
exemplo, em solos com 400 g.kg-1 ou mais de arguas 2:1, o conteúdo de água e de
nutrientes pode ficar na faixa disponível para as plantas, mesmo sob tráfego
intenso do maquinário agrícola, devido aos planos de fratura dos solos. Daí o
sistema não ser recomendado para essa condução. Dumas et al. (1973)
encontraram um desenvolvimento radicular bastante limitado para o algodoeiro, de
0 a 20 cm, em linhas onde houve tráfego sobre um solo areno-siltoso, mas
realçaram a vantagem do sistema em relação ao convencional, devido ao aumento
na mobilidade do veículo e na eficiência de tração, a despeito da dificuldade de
penetração das raízes nas faixas compactadas.
Cultivos
A) Subsolagem
B) Plantas descompactadoras
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Uma observação importante feita por Gerald et al. (1972) que deve sempre
nortear o comportamento do agricultor é de que o acompanhamento ou a avaliação
periódica da resistência mecânica do terreno - de modo análogo ao feito na análise
de solo para fins de fertilidade - é uma maneira excelente de se determinar, para
cada local, as necessidades de cultivo profundo e avaliar os efeitos do manejo,
como cultivo mínimo ou seqüência de culturas, sobre as condições físicas do solo.
Procedendo desta maneira, o agricultor estará conhecendo cada vez mais os efeitos
causados no solo pelo sistema de produção adotado e, acima de tudo, estará
coletando subsídios importantes para conservação de seu maior patrimônio, que é
o solo.
EROSÃO
Erosão é a destruição do solo e das rochas e seu transporte, em geral feito pela água da
chuva, pelo vento ou, ainda, pela ação do gelo, quando este atua expandindo o material
no qual se infiltra a água congelada. A erosão destrói as estruturas (areias, argilas,
óxidos e húmus) que compõem o solo. Estas são transportados para as partes mais
baixas dos relevos e em geral vão assorear cursos d'água.
Em solos cobertos por floresta a erosão é muito pequena e quase inexistente, mas é um
processo natural sempre presente e importante para a formação dos relevos. O problema
ocorre quando o homem destrói as florestas, para uso agrícola e deixa o solo exposto,
porque a erosão torna-se severa, e pode levar a desertificação.
A superfície da Terra como a conhecemos é formada tanto por processos geológicos que
formam as rochas, como por processos naturais da degradação e também de erosão.
Uma vez que a rocha é quebrada por causa da degradação, os pequenos pedaços podem
ser movidos pela água, gelo, vento, ou gravidade. Tudo o que acontece para fazer com
que as rochas sejam transportadas chama-se erosão.
A superfície do solo, não castigado, é naturalmente coberta por uma camada de terra
rica em nutrientes inorgânicos e materiais orgânicos que permitem o crescimento da
vegetação; se essa camada é retirada, esses materiais desaparecem e o solo perde a
propriedade de fazer crescer vegetação e pode-se dizer que, no caso, o terreno ficou
árido ou que houve uma desertificação.
As águas da chuva quando arrastam o solo, quer ele seja rico em nutrientes e materiais
orgânicos, quer ele seja árido, provocam o enchimento dos leitos dos rios e lagos com
esses materiais e esse fenômeno de enchimento chama-se assoreamento.
Análise do efeito das águas que fazem a erosão superficial de terrenos: A erosão
depende fundamentalmente da chuva, da infiltração da água, da topografia (declive mais
acentuado ou não), do tipo de solo e da quantidade de vegetação existente. A chuva é,
sem dúvida, a principal causa para que ocorra a erosão e é evidente que quanto maior a
sua quantidade e frequência, mais irá influenciar o fenômeno. Se o terreno tem pouco
declive, a água da chuva irá "correr" menos e erodir menos.
A erosão será diminuída também com as raízes darão sustentação mecânica ao solo;
além disso, as raízes mortas propiciarão existirem canais para dentro do solo onde a
água pode penetrar e com isso, sobrará menos água para correr na superfície.
Outro fator importante é que, se as chuvas são frequentes e o terreno já está saturado de
água, a tendência é que o solo nada mais absorva e com isso, toda a água da chuva que
cair, correrá pela superfície.
Muitas ações devidas ao homem apressam o processo de erosão, como por exemplo:
] Tipos de erosão
EROSÃO GRAVIDADE
Erosão pluvial
A erosão pluvial é provocada pela retirada de material da parte superficial do solo pelas
águas da chuva. Esta ação é acelerada quando a água encontra o solo desprotegido de
vegetação. A primeira ação da chuva se dá através do impacto das gotas d'água sobre o
solo. Este é capaz de provocar a desagregação dos torrões e agregados do solo, lançando
o material mais fino para cima e para longe, fenômeno conhecido como salpicamento. A
força do impacto também força o material mais fino para abaixo da superfície, o que
provoca a obstrução da porosidade (selagem) do solo, aumentando o fluxo superficial e
a erosão.
As principais formas de erosão pluvial são: a) erosão laminar: quando a água corre
uniformemente pela superfície como um todo, transportando as partículas sem formar
canais definidos. Apesar de ser uma forma mais amena de erosão, é responsável por
grande prejuízo às terras agrícolas e por fornecer grande quantidade de sedimento que
vai assorear rios, lagos e represas
Erosão eólica
Ocorre quando o vento transporta partículas diminutas que se chocam contra rochas e se
dividem em mais partículas que se chocam contra outras rochas. Podem ser vistas nos
desertos na forma de dunas e de montanhas retangulares ou também em zonas
relativamente secas.
Erosão marinha
A erosão marinha é um longo processo de atrito da água do mar com as rochas que
acabam cedendo transformando-se em grãos, esse trabalho constante atua sobre o litoral
transformando os relevos em planície e deve-se praticamente à ação de dois fatores
presentes na termodinâmica : calor e frio, responsáveis pelo surgimento das ondas,
correntes e marés .
Tanto ocorre nas costas rochosas bem como nas praias arenosas. Nas primeiras a acção
erosiva do mar forma as falésias, nas segundas ocorre o recuo da praia, onde o
sedimento removido pelas ondas é transportado lateralmente pelas correntes de deriva
litoral.
Nas praias arenosas a erosão constitui um grave problema para as populações costeiras.
Os danos causados podem ir desde a destruição das habitações e infra-estruturas
humanas, até a graves problemas ambientais. Para retardar ou solucionar o problema,
podem ser tomadas diversas medidas de protecção, sendo as principais as construções
pesadas de defesa costeira (enrocamentos e esporões) e a realimentação de praias.
No Brasil, no Arpoador este fenômeno tem sido responsável pela variação cíclica da
largura da faixa de areia da praia.
Erosão química
Erosão fluvial é o desgaste do leito e das margens dos rios pelas suas águas. Este
processo pode levar a alterações no curso do rio. O relevo resultante da sedimentação
das rochas no processo de erosão é denominado Colúvio. A erosão das rochas pode
gerar ravinas, voçorocas e deslizamentos de terra, no qual estes sedimentos são
escoados para as partes mais baixas, formando colúvios e depósitos de encosta.[1]
Introdução
Causas naturais
Formas de evitar
CAUSAS FÍSICAS
CAUSAS MECÂNICAS
São as causas que originam pela ação das máquinas e implementos agrícolas,
comprimindo o solo ou mobilizando-o excessivamente. Entre elas se destacam:
· Compactação do solo
· Mobilização do solo
Adubação mineral
Adubação verde
Alternância de capina
Calagem
Ceifa do mato
Prática usada em fruticultura em que capinas são substituídas por ceifa, permanecendo o
sistema radicular que aumenta a resistência à desagregação do solo.
Cobertura morta
É o uso de resíduos vegetais ou outros na cobertura do solo, com o objetivo de evitar o
impacto das gotas da chuva.
Cobertura vegetal
É o uso de plantas vivas na cobertura do solo, com o objetivo de evitar o impacto das
gotas da chuva.
Controle de pastoreio
Consiste em retirar o gado de uma pastagem quando as plantas ainda recobrem toda
área.
Corte em talhadia
É o corte de madeira com regeneração, por brotação das cepas das árvores.
Cultivo mínimo
Enleiramento em nível
Escarificação
Manejo sustentado
Plantio direto
É a prática que utiliza uma faixa de cultura permanente de largura específica e nivelada,
entre faixas de rotação.
É a prática utilizada numa gleba onde culturas temporárias são dispostas em faixas
niveladas e alternadas.
Plantio de enriquecimento
Plantio em nível
Ressemeio
Sulcos em nível
Uso do esterco
Agricultura conservacionista
A manutenção permanente do solo com plantas vivas e/ou com restos culturais tem
como benefícios: dissipação da energia erosiva das gotas de chuva; redução de
perdas de solo e de água por erosão; preservação da umidade no solo; redução da
amplitude de variação da temperatura do solo; redução da incidência de plantas
daninhas; promoção do equilíbrio da flora e da fauna do solo; favorecimento ao
manejo integrado de pragas, patógenos e plantas daninhas; estabilização da taxa
de reciclagem de nutrientes; e promoção da biota do solo.
Diversificação de espécies
Processo colher-semear
Práticas mecânicas
Embora, sob Sistema Plantio Direto, a cobertura de solo exerça função primordial
na dissipação da energia erosiva da chuva, há limites críticos de comprimento de
declive em que essa eficiência é superada e, consequentemente, o processo de
erosão hídrica estabelecido. Assim, mantendo-se constantes todos os fatores
responsáveis pelo desencadeamento da erosão hídrica e incrementando-se apenas
o comprimento do declive, tanto a quantidade quanto a velocidade da enxurrada
produzida por determinada chuva irão aumentar e, em decorrência, elevar o risco
de erosão hídrica.
Semeadura em contorno
No Brasil, durante muitos anos o espaçamento entre terraços foi determinado por
métodos empíricos, isto é, tabelas e equações desenvolvidas para as condições de
solo e clima dos Estados Unidos da América, como a tradicional fórmula de Bentley.
Indiscutivelmente, esse método de cálculo, ao mesmo tempo em que faculta a
determinação de espaçamentos adequados entre terraços, gera também
espaçamentos subestimados ou superestimados, com repercussões negativas,
respectivamente, na eficiência e na economicidade da obra projetada.
Essa prática mecânica é constituída por sulcos, locados e construídos em nível, com
7,5 a 9,5 cm de largura e 40,0 cm de profundidade, preenchidos com resíduos
vegetais. Esse sulco é preenchido manualmente com palha, preferencialmente, de
cereais de inverno, e o afastamento horizontal entre os sulcos tem sido de,
aproximadamente, 10 m, em função da razão entre as taxas de infiltração de água
no solo e no sulco. As dimensões dessa prática mecânica são decorrentes das
características dos equipamentos atualmente disponíveis para a construção dos
sulcos, quais sejam, valetadoras rotativas. Em razão da reduzida largura do sulco,
o vertical mulching, praticamente, não interfere nas operações motomecanizadas
requeridas para a condução da lavoura.