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slide 7 Desde os primórdios quando ainda não existia a linguagem escrita

o homem já realizava atos que podem ser considerados como leitura e que
surgiram da necessidade de comunicação, por exemplo: os grunhidos, os
gestos, pinturas na parede, tudo isso funcionava como um código que,
promovendo a interação entre as pessoas, também é um tipo de leitura.

A leitura seria a ponte para o processo educacional eficiente, que


proporciona a formação integral do indivíduo. Todavia, os próprios
educadores constatam sua impotência diante do que denominam a
crise “crise da leitura”. Mas que “crise” é essa? Para a maioria deles,
ela significa a ausência de leitura de texto escrito, principalmente
livros, já que a leitura num sentido abrangente está mais ou menos
está mais fora de cogitação. Esses textos condensados na verdade
resultam de manuais de ignorância; mais inibem do que incentivam o
gosto ler [...]. (p. 25-26)

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A responsabilidade do professor não é ensinar as crianças a ler,


mas a de tornar a aprendizagem da leitura possível. [...] nós
adquirimos essas habilidades somente através da prática da
leitura. Na maior parte do tempo não temos sequer consciência
de quais são essas habilidades e quando e como as adquirimos.
E certamente elas não são questões explicadas para a maioria
dos professores ou pais, ou mesmo para aquelas crianças que
estão aprendendo a ler, as quais são, na verdade, as que mais se
beneficiaram em aprender que a leitura é conquistada com a
experiência e não com o ensino.

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A interpretação de texto é um leque, mesmo antes de se começar a lê-lo:


inicia-se com previsões e hipóteses que o leitor faz sobre o que vai ler, pois
traça as suas expectativas nas representações gráficas, do título, gênero do
autor até o fim do texto, etc.
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Os habitus são, portanto, esquemas interiorizados individuais, no


sentido de uma combinação específica de várias experiências sociais,
mas é verdade que existem classes de habitus ou habitus de classe
(ligados aos grupos de pertença). São esquemas interiorizados
individuais e inconscientes, que respeitam uma herança cultural
coletiva e comum.

Prazer- esse significado percebe-se na leitura através do lúdico, bem


como tais atividades: contação e dramatização de histórias, jogos,
brincadeiras e desenhos, todas voltadas para a dessacralização do livro,
valorizando ao máximo a leitura simples e espontânea, contrariando as
ações realizadas na maioria dos espaços escolares, onde o livro é
apresentado ao aluno como um recurso didático rotineiro, sagrado,
destituído de encantamento e, portanto, sem nenhum atrativo.
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Aprender a ler exige do leitor competências, postura crítica e disciplina


intelectual por parte do mesmo. Então, para desenvolver e adquirir esse requisito é
necessário prática. Afinal ler é comunicar-se igualmente com o restante da humanidade.
Dentro dessa compreensão Freire (2002, p. 47) afirma:
Se é praticando que se aprende a nadar.
Se é praticando que se aprende a trabalhar,
É praticando também que se aprende a ler e a escrever.
Praticar sempre para aprender e aprender para praticar melhor.
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Para Silva (2009, p. 61), esse discurso muitas vezes proferido pelos professores
de português e literatura, servem para se isentar da culpa de estar contribuindo para essa
situação caótica que se encontra a educação brasileira:
[...] São eles os bodes expiatórios, apresentando-se como preguiçosos,
não inteligentes, sem iniciativa, que não gostam de ler etc. Esse tipo
de desvio do problema talvez justifique os altos índices de repetência
e evasão escolar no âmbito das escolas públicas deste País, mostrando
que os alunos são – eles próprios, sem saber os porquês – os grandes
culpados pelas frustrações e pelo fracasso dos professores.

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