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ABSTRACT
Milk is unquestionably a food with high nutritional value, consumed in all parts of the world,
either in liquid form or its wide variety of derived products. However, its high nutritional
value makes it very perishable, thus requiring technological processes to increase its
conservation for consumption as whole milk or in other forms. Condensed milk, conventional
and dietetic forms, is a product obtained by heating and adding a sweetener. Its acceptance
can be improved by also adding regional fruit pulps. Due to the increase in the numbers of
diabetics in Brazil and also concern for ones personal appearance, substitution of
conventional sweeteners with dietetic ones is growing every day. To guarantee the
microbiological standards and the quality of food products, an APPCC System has been used
internationally. The objective of this study is to evaluate the ingredients, the product itself,
processing conditions and stages, with indications of the stages where potential problems
may occur and also preventative or corrective measures that may be taken to avoid or
eliminate contamination. Microbiological analysis of the raw material, of the material during
processing and of the final product followed the methodologies described in the Compendium
of Methods for the Microbiological Examination of Foods in accordance with the processing
diagram. For the processing diagram for dietetic condensed milk mixed with bacuri fruit, to
Critical Points of Control were identified. Detailed analyses of the biological, chemical and
physical dangers during processing were elaborated with preventative measures. This search
to identify, evaluate and control these dangers considerably reduces the risks of illness caused
by food.
Contagem de Bolores e leveduras – Foi utilizada a técnica de pour plate, onde volumes de
0,1 mL e/ou 1 mL correspondente a cada diluição serão inoculados em placas de Petri estéreis
com posterior adição do meio de cultura fundido, o ágar dextrose batata, resfriado e
acidificado até pH 3,5. Após incubação a 24°C /5 dias será efetuada a contagem das unidades
formadoras de colônias.
Contagem de Coliformes totais e fecais - A determinação foi feita pela Técnica de Tubos
Múltiplos - NMP, na qual quantidades decrescentes da amostra (diluições decimais
consecutivas), são inoculadas em um meio de cultura adequado em uma série de 3 tubos, os
quais fornecem resultados positivos ou negativos. A combinação desses resultados é usada na
determinação do NMP.
O exame se processa através de 3 etapas.
1 - Teste presuntivo : semeadura de volumes determinados da amostra, em tubos contendo
caldo lauril sulfato triptose, que são incubados a 35oC/ 24-48 horas. A formação de gás a
partir da fermentação da lactose é prova presuntiva para a presença de bactérias do grupo
coliformes.
2 - Teste confirmativo: transferência das culturas de todos os tubos positivos, para tubos
contendo caldo lactosado verde brilhante bile, que serão incubados a 35oC/ 24-48 horas. A
produção de gás, é prova confirmativa positiva.
3 - Teste de diferenciação para coliformes fecais: transferência das culturas de todos os
tubos positivos do caldo lauril, para tubos contendo meio E.C., que serão incubados durante
24 horas a 44,5o C em banho maria com agitação. O resultado será positivo, quando houver
produção de gás, depois segue confirmação em placas de ágar EMB.
3. RESULTADOS:
LEITE PC
PASTEURIZAÇÃO
(65º C/30 min.) PCC
CORREÇÃO DA PC
ACIDEZ (13ºD)
SACAROSE (16%)
FRUTOSE (11%) ADIÇÃO DO ADOÇANTE
SUCLALOSE (0,2%) PC
ADIÇÃO DE
GLUCOSE (2%) **
ADIÇÃO DO DOCE DE BACURI
(30%) PC
RESFRIAMENTO
PC
DETERMINAÇÃO DO PONTO
PC
ARMAZENAMENTO
PC
Para a identificação dos Pontos críticos (PC) e pontos críticos de controle (PCC) do
fluxograma do doce de Leite Dietético adicionado de doce de Bacuri, usou-se a árvore
Decisória extraída e adaptada da portaria 46 de 10/02/1998 do MAA como mostra a Figura 2.
Todas as etapas sofreram o questionamento existente na árvore para a identificação
dos PC’s e PCC’s.
SIM *
NÃO
NÃO
NÃO SIM
NÃO
Não é PCC
É um PCC (Ponto
Crítico de Controle)
Leite
Utilizou-se leite bubalino in natura, adquirido da fazenda do produtor Cláudio
Tocantins, no município de Benevides-PA e leite bovino pasteurizado da marca KAMY,
adquirido em estabelecimentos comerciais da cidade de Belém-PA, os quais foram analisados
como mostra as Tabelas 1, 2 e 3. Segundo CASTRO (1985), o leite deve ser de boa qualidade
com acidez no máximo de 19ºD (graus Dornic), que deverá ser reduzida para 13ºD, utilizando
como neutralizante o bicarbonato de sódio.
Neutralização do leite
Utilizou-se bicarbonato de sódio, produzido pelo grupo Química Industrial LTDA
para a corrigir a acidez do leite até atingir 13ºD. Segundo CASTRO (1985), a neutralização
da acidez do leite deverá ser feita de modo a deixá-lo com acidez final igual a 13ºD
(CASTRO, 1985).
Pasteurização (PCC)
A pasteurização foi realizada numa temperatura de 65ºC por 30 minutos, nesta etapa
foram coletadas amostras de leite bovino e bubalino para ser realizadas as análises
microbiológicas como mostra as Tabelas 1, 2 e 3. A pasteurização é considerada um PCC
devido se aplicar medidas de controle para manter um perigo significativo sob controle, com
objetivo de eliminar, prevenir ou reduzir os riscos à saúde do consumidor. Segundo
CASTRO (1985), após a adição do leite e do bicarbonato de sódio no tacho aberto, inicia-se o
aquecimento, sendo que a válvula do purgador deverá ficar aberta para eliminar a água
acumulada no interior da camisa de aquecimento. Quando toda água for eliminada, fecha-se a
válvula e deixa-se que inicie a concentração.
Adição do açúcar
Utilizou-se sacarose, frutose e suclarose nas seguintes proporções respectivamente
16%, 11% e 0,2% tanto para o leite bovino e bubalino. Segundo CASTRO (1985), a
quantidade a ser usada para o doce de leite com adição deve ser de 20 a 25% em relação à
quantidade de leite que está sendo utilizada. A adição do açúcar deverá ser feita após a
fervura do leite ou quando ele começar a mudar de sua cor branca leitosa para uma cor branca
cremosa. Isto se observa quando o leite já perdeu em torno de 25% de sua água. Ao se fazer à
adição do açúcar, deve-se ter o cuidado para que este não grude na parede do tacho, pois
ocorrerá a caramelização, podendo vir a escurecer o doce.
Adição de glucose
A glucose foi utilizada adicionada apenas no processamento com adição de sacarose
na proporção de 2%. Segundo CASTRO (1985), este açúcar pode ser usado com a finalidade
de produzir um doce com melhor acabamento e maior durabilidade. Assim como a sacarose,
a glicose deve ser de ótima qualidade, sem fermentações ou acidez. A quantidade mais
indicada para uso no doce de leite é de 2%, substituindo, portanto, uma parte da sacarose.
Uma porcentagem maior resulta num produto muito escuro.
Resfriamento
O doce foi resfriado a uma temperatura de 75ºC aproximadamente no próprio
recipiente de aço inoxidável e logo em seguida foram feitas as análises como mostra as
Tabelas 1, 2 e 3. De acordo com CASTRO (1985), após a mistura ter sido concentrada,
atingindo o ponto do doce, faz-se o resfriamento do mesmo para uma temperatura de 70-75ºC
no próprio tacho. Deixa-se o homogeneizador ligado (5 a 10 minutos), fecha-se a entrada de
vapor e, em seguida, abre-se a válvula do purgador e o registro de entrada de água fria,
deixando-se que a água circule até a temperatura baixar para 70-75ºC, quando então o
homogeneizador é desligado.
Envase
O produto foi envasado a uma temperatura de 75ºC aproximadamente, em potes de
vidro esterilizados, com capacidade de 100ml, fechados manualmente. Segundo CASTRO
(1985), logo após o resfriamento do doce, deve-se realizar o enchimento da lata ou do pote de
vidro o mais rápido possível, fazendo-se um fechamento bem adequado para que não haja
contaminação. As latas ou potes de vidro devem ser virados para que haja esterilização da
tampa pela própria temperatura do doce.
Armazenamento
O armazenamento foi feito sob refrigeração. De acordo com CASTRO (1985), o
armazenamento deve ser feito em lugar limpo e arejado com temperatura de 20-30ºC. Os
lotes para armazenamento devem ser sempre datados para que a empresa tenha um controle
do seu estoque, remetendo para a comercialização dos produtos com datas mais antigas. A
vida-de-prateleira de um doce de boa qualidade deve ser de 3 meses em média.
Tabela 4 - Resumo do plano APPCC do doce de leite dietético adicionado de doce de bacuri
O que ?
Supervisão,
Antibiótico
programa de
Acidez e
Assistência coletas de
Toxina temperatura
técnica ao Acidez Rejeitar amostras para
estafilocócica Como ?
produtor; máxima de 18o (antibiótico) Planilha de análises,
Microrganismo Kits para
controle da D ou aproveitar recepção de inspeção na
Leite ‘in s patogênicos, antibióticos, alizarol
PC (B, F, Q) mamite; boas Temperatura ≤ condicionalm matéria prima e produção
natura’ Antibióticos, o e termômetros
práticas da 7 C ente planilhas de primária,
Pesticidas, Quando ?
produção do Antibiótico: (temperatura controle auditoria,
Fragmentos Na recepção, por
leite, filtração do ausência e acidez) calibração de
sólidos produtor
leite instrumentos,
Quem ?
controle de
Funcionário
reagentes
habilitado
BPF* de
manipuladores;
Higienização O que ?
Excesso de dos utensílios Acidez do leite
bicarbonato de usados na adição Como?
13ºD
sódio, do bicarbonato, Utilizando
Adoção de
bicarbonato de Dosagem exata quantidade adequada Reajuste da
Correção da utensílios Planilha de
PC (B, Q) sódio vencido de bicarbonato de bicarbonato para quantidade de
acidez higienizados controle
Recontaminaçã de sódio atingir 13o D bicarbonato
para adição do
o do leite com proporcional à Quando ?
bicarbonato
microorganism quantidade do Após pasteurização
os patogênicos leite; verificação Quem ?
do prazo de Pessoa habilitada
validade do
mesmo
Utilização de O que ?
doces O tempo para adição
Presença de aprovados em do doce
Como ? Rejeitar os
microorganism testes Fazer uso de
Adição do Cronometrando que não
os patogênicos, microbiológicos Doce de boa Planilha de
doce de PC (B, F) Presença de qualidade e no
Quando ? atingirem o Supervisão
e produzidos 30 min. antes do controle
Bacuri ponto
corpos sólidos sob BPF; momento certo tempo total de desejado
no doce utilizar concentração
utensílios Quem ?
higienizados Manipulador
O que ?
Temperatura
BPF higiene
Como ?
pessoal,
Multiplicação Uso de termômetro
limpeza e Resfriamento
de Quando ? Aferição do
Resfriamento PC (B) sanitização; no tacho a 75o
microorganism Após atingir o ponto termômetro
controle da C
os desejado
temperatura
Quem ?
(75º C)
Manipulador
- Os resultados obtidos para os produtos finais estão dentro dos padrões do Ministério da
Agricultura (BRASIL, 1990) para doce de leite pastoso.
- A identificação dos Pontos Críticos (PC’s) e dos Pontos Críticos de Controle (PCC’s)
contribuíram para identificação de alguns perigos durante o processamento do doce de
leite dietético, os quais foram controlados, com isso reduzindo consideravelmente os
riscos de doenças de origem alimentar, obtendo-se um doce de leite de ótima qualidade.