You are on page 1of 69

Unidade II

Conversores CC-CC

• Em certas aplicações, algumas vezes é necessário


transformar uma tensão cc em outra com magnitude
diferente, seja em trens ou metrôs onde uma tensão de
cerca de 4000V do sistema de distribuição é transformada
em 300V na alimentação de um motor cc, ou um inversor,
ou então, a partir de 12V alimentar um equipamento de
120V.
• Em sistemas de corrente alternada esta operação de baixar
ou elevar a tensão é facilmente feita com um
transformador. Em sistemas em cc a situação é bem
diferente, e requer o uso de um conversor chaveado.

1
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC

cc
V = = V0
cc

• Estruturas estáticas feitas de chaves ativas e idealmente


sem perdas que convertem uma tensão contínua em uma
outra com certa magnitude.
• O dispositivo semicondutor opera a uma freqüência alta,
quando comparado com variações na tensão de entrada.
• É possível o uso de filtros passa-baixa para retirar
componentes indesejáveis na tensão devido ao
chaveamento.
2
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC

• Os conversores cc-cc são usados em fontes para


computadores, TV, vídeos, aplicam-se também em tração
e carros elétricos.
• Permitem freios regenerativos com economia de energia
em sistemas com freqüentes partidas e paradas.
• Têm ampla aplicação como reguladores de tensão
contínua, carregadores de bateria.
• Aplicados também em sistemas para aproveitamento de
energias renováveis.

3
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Princípio de Operação
i i v (t)
0
S
+ V

V V0 R ton toff
t1 T t
-
t1 + t 2 = T
• O valor médio da tensão de saída é dado por:
t1
1 t1
V0 = ∫ v0 dt = V = t1 fV = kV
T 0 T
0 < k <1 ⇒ 0 < V0 < V

4
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC

v0(t) toff
V
V
0 k=0,9
ton
S t1 T t
+
v (t)
0
V V0 R V
V k=0,75
- 0 ton toff
t1 T t
v (t)
V0 = kV 0
V

t V k=0,5
k= 1
0 ton toff
T t1 T t
v (t)
0
V

toff k=0,25
V ton
0
t1 T t

5
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Princípio de Operação
i i
S 0
+ V
V V0 R V k=0,5
0 ton toff
t1 T t
-

• A tensão de saída é uma amostra chaveada da tensão de


entrada.
• A tensão e a corrente de saída apresentam uma grande
quantidade de ripple.
• A alta freqüência de chaveamento causa interferência
conduzida e irradiada.
• Esta estrutura tem pouca aplicação devido a grande
quantidade de harmônicos na tensão de saída. 6
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Princípio de Operação
i i 0
S V
+ V k=0,5
0 ton toff
V V0 R t1 T t
-

t t
11 1 1 v02 V2
P0 = ∫ v0i0dt = ∫ dt = k
t1
1 t1
V0 = ∫ v0dt = V = t1 fV = kV T0 T0 R R
T0 T

•A potência da saída varia


V kV V
I0 = 0 = =k proporcionalmente ao quadrado do ciclo de
R R R trabalho k.
•Controlando-se o valor de k controla-se a
potência fornecida à carga

7
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Resistência vista pela fonte.
i i i médio

S
+ +
V V0 R V Ri

- -

V V R
Ri = = = 120
I medio kV / R k
100

80
• A operação da chave faz com

Ri (%)
que a tensão de entrada veja o 60

conversor como uma resistência 40

variável, e inversamente 20

proporcional a k. 0

0 20 40 60 80 100

Cilco de trabalho, k (%)

8
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC

I=15A I 0 =20A
cc
V=200V = = V0 =150V
cc

Impossível
15A 20A
S
200V R 150V

Mais elementos são necessários


9
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
O Conversor Genérico
I=15A Io=20A
Elemento
Série
I=5A

V =200V Elemento V0 =150V


Paralelo

• Idealmente o conversor apresenta tensão e corrente sem ripple


• Há uma queda de tensão no elemento série
• A diferença entre as correntes de entrada e de saída é
proporcionada pelo elemento paralelo.
• Os elementos são sem perdas - A potência absorvida pelo
elemento série é fornecida pelo elemento paralelo.

10
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC

Iin I0
? Ish
V ? V0

• Quais dispositivos podem estar sob tensão


média ou corrente média não nula sem dissipar
or armazenar energia?

Chaves

11
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
O Conversor Genérico
I=15A Io=20A
+ -
+ S1 I=5A +
-
V =200V +
S
2
V0 =150V
- - - -

• Chaves são os únicos elementos que podem estar


submetidos a uma tensão média diferente de zero ou
conduzir uma corrente média não nula sem dissipar
energia.
• Logo, os elementos série e paralelo devem ser chaves.

12
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Unidades de Filtro
I=15A Io=20A
+ -

+ S +
1 I=5A
- L
V =200V C +
S
V =150V
2 0
- - - -

• Um filtro capacitivo (C) ideal elimina o ripple na tensão.


• Um filtro indutivo (L) ideal elimina o ripple na corrente.

13
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Topologia Generalizada

Iin I0
+ Ish +
S1 L
V C S2 V0
- -

• O fluxo de energia pode ser em ambas as direções


dependendo da estratégia de controle das chaves.
• S1 e S2 operam de maneira complementar.
• O arranjo S1, S2 e L (ligadas a um ponto comum) forma
uma célula canônica.

14
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Tipos Básicos de Conversores cc-cc

• Conversor abaixador ou conversor buck;


• Conversor elevador ou conversor boost;
• Conversor abaixador-elevador ou conversor buck-boost;
• Conversor cc operando em quatro quadrantes (H-Bridge);
• Conversor Cúk.

15
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Abaixador ou Conversor Buck
is iL

S L + t
11 t
V D
V0 Carga V0 = ∫ v0dt = 1 V = t1 fV = kV
-
T0 T

• V0= kV , 0<k<1
• S é uma chave que opera em alta frequência (MOSFET,
IGBT).
• D é comumente chamado de diodo de roda livre
• T é o período de chaveamento
• f é a frequência de chaveamento
• k=t1/T é o ciclo de trabalho
16
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Abaixador - Princípio de Funcionamento
is iL
I max
+ -
L +
S
V0 V-V0
V D A+
-
0 A- V0
t1 t2
Chave S conduzindo
A indutância L absorve Após t1 (quando a corrente atinge
energia (volts-segundos) Imax), a chave abre. O valor de
durante o tempo t1 em que a Imax é:
chave está ligada. A corrente t1
I max = (V − V0 )
através da indutância cresce L
a uma taxa constante dada A energia armazenada na
por : indutância em t= t1 é
( V − V0 )t 1 2
i= W = LImax
2
L
17
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Abaixador - Princípio de Funcionamento
is iL I max

S - + +
L V-V0
V0 A+
V D
- 0 A- V0
t1 t2
Chave S não conduzindo
A corrente eventualmente cai a
Quando a chave abre, e a tensão
zero num tempo t2 quando a
na indutância cai para o valor
indutância transferiu toda sua
constante V0, pela condução do
energia para carga, e novo
diodo de roda livre.
processo pode ser iniciado.
A corrente cai numa taxa constante
dada por: A+ = A −
V0 t ( V − V 0 ) t1 = V 0 t 2
i = imax − ( V − V 0 ) t1
L t2 =
V0
18
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Buck - Operação em Alta Freqüência
vD
+ -
L +
S V
V0
V D Son Soff
-
t on T
t
Tensão de saída
iL
Chave em condução I max
Imin
s
S - + +
L T t
V0 is Corrente na indutância
V D
-

S on

Diodo em condução T Corrente da fonte t

19
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Buck - Operação em Alta Freqüência
i0
is i0 • A chave operando em alta freqüência,
L + L + a corrente na indutância varia entre
V D V0 V0 Imax para Imin, com valor médio:
I0 = (Imax + Imin) / 2
- -

Chave S ligada Chave S desligada


v
0
V
• Enquanto a corrente de carga é
S on S off t contínua variando em torno de um
t
1 t2 valor médio, a corrente da fonte é
i
0 Tensão de saída composta pulsos. O valor médio dos
I max
pulsos de entrada é:
I min t
I0

t1
Ismed = I0
T Corrente de saída
is
T
S t
on
T Corrente na chave
20
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Abaixador – Função de transferência
• Partindo-se da lei da conservação de energia, a energia que entra no
conversor é a mesma que sai, então:

VIsmed = V0I0 Vo/V


1
I0 V
=
Ismed V0
1 k
t1 V t1
0 = k =
1 t1
V0 = ∫ v0 dt = V = t1 fV = kV ⇒ V T
T 0 T I 1
0
=
I k
smed

•O conversor pode ser considerado como um transformador de corrente


contínua onde o ciclo de trabalho k é equivalente à relação de transformação
em corrente alternada.
21
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor CC-CC Abaixador - Buck
is iL
• Ripple na Corrente de Saída:
S L + ∆I
VL = L = V − V0
V0 C t1
V D Io V − V0
- ∆I = t1
L
vD kTV (1 − k ) kV (1 − k )
V ∆I = =
L Lf

iL kT T t • A presença do filtro L garante um


i
max
im in
menor ripple na corrente de saída.
iS t • O ripple varia em proporção inversa
i
max ao valor de L e f.
i m in
t • Para se ter um L pequeno, aumenta-
iC
im a x- i
o
se o valor da freqüência f.
i m in- i t
o
io
I0

t
22
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Buck – Ripple na corrente da indutância
iL
I max (1 − k )kV
I Lmed ∆I =
I min Lf

T t
Ripple na corrente da indutância

• Quanto maior o valor da indutância menor o ripple


na corrente de saída.
• Para um determinado valor de ripple ∆I, quanto
maior o valor de f menor o valor requerido para L.

23
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Buck – Ripple na tensão de saída
is iL V(t)
VD
L ic+ i0 V0
S
V0 Son Soff
V D C R t1 T
Tensão de saída t
-
iL
Vk (1 − k ) I max
∆VC = I Lav ∆I
8 LCf 2
Imin
•A presença do capacitor C0 garante T Corrente na indutância t
um menor ripple na tensão de saída.
i(t)
•O ripple varia em proporção inversa
ao valor de C0 e f. I0
I Cmax
•Para se ter um C0 pequeno,
I Cmin t
aumenta-se o valor da frequência f. T
Correntes na carga e capacitor
24
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor CC-CC Abaixador - Buck

• Conclusões:
– Variações na corrente de carga são limitadas pelo
indutor
– A condução de corrente da fonte e descontínua
– A tensão de saída conserva a polaridade da tensão
de entrada
– Deve ser protegido contra curto circuito no diodo de
roda livre.
– Quanto maior a frequência de chaveamento e a
indutância na saída, menor o ripple na corrente de
carga.

25
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor CC-CC Abaixador - Buck

• Conclusões:
– É desejável operação em alta freqüência para
valores reduzidos de indutância e capacitância.
– Transfere energia de uma fonte de maior tensão para
outra de menor tensão.
– Apresenta característica de fonte de tensão na
entrada e fonte de corrente na saída.

is i0
i
S L +

V V0 =====> V I
D
- Buck

26
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Buck - Simulação
is iL IRF540

200u
L + V1 = 0
V2 = 15
V0 carga TD = 0 1p 5Ω
V D C 24V TF = 100n
TR = 100n
V1 MUR460
- PW = 25u
PER = 50u

0
•Frequência de chaveamento = 20kHz
•L=200µΗ
•R=5Ω 0A

•V=24V -8.0A
Corrente na bateria
•C=1pF (muito pequeno)
4.0A

2.0A

0A
Corrente na indutância
20
10
0
100us 120us 140us 160us 180us 200us 220us 240us 260us 280us 300us

Corrente na carga*3 Tensão na carga

27
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Buck - Simulação
is iL IRF540

+ 200u
L V1 = 0
V2 = 15
V0 carga 5Ω
V D C 24V TD = 0
TF = 100n V1 MUR460 500u
TR = 100n
- PW = 25u
PER = 50u

•Switching Frequency = 20kHz


0A
•L=200µH -2.5A

•R=5Ω -5.0A
-7.5A

•V=24V Corrente na bateria


•C=500µF 4.0A

2.0A

0A
Corrente na indutância
20

0
16.00ms 16.05ms 16.10ms 16.15ms 16.0ms 16.25ms 16.30ms 16.35ms 16.40ms 16.45ms

Corrente na carga*3 Tensão na carga

28
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Buck – importância da indutância

Como este arranjo tem


característica abaixadora?

Chave L
V
L
Diodo

29
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Buck – importância da indutância
s A L Bi V1=2V2 t on=toff
is L V(t)
i (t) , i
VAB + L nte V1 =24V
rr e
V1 V2 Co V2 =12V
- V1-V2

VAB(t) t
i (t)
L -V2 t on t off
iL
V1 -V2
W1 V1=4/3V2 t on=3toff
V(t)
t i (t) i
L
nte, V1 =24V
r e
W2 Co
r
V2 =18V
t on t off V1-V2
t
-V2
V1 − V2 − V2
iL = t iL = t
L -V2
L t on t off
W1 = − W2
30
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Técnicas de Modulação
• k=t1/T é o ciclo de trabalho
• O ciclo de trabalho, k varia entre 0 a 1 variando-se t1, T (ou f).
Consequentemente a tensão de saída V0 pode variar de 0 a V.
• O controle de k é obtido por técnicas de modulação
• Modulação da Largura do Pulso (PWM)
vD
O período de chaveamento T(f) V V
0
permanece constante e a largura do K <0,5
t1 T t
pulso t1 (intervalo em que a chave
V
permanece conduzindo) varia para K =0,5
0

se obter o valor de k desejado, ou t


V
seja, tem-se t1 como variável de 0
K >0,5
controle.
t
31
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Técnica de Modulação PWM
v0(t) toff
V
V
0 k=0,9
i
s
i0 ton
t1 T t
L +
S v (t)
0
V D C0 V0 V
- V k=0,75
0 ton toff
t1 T t
v (t)
V0 = kV 0
V

t V k=0,5
k= 1
0 ton toff
T t1 T t
v (t)
0
V

toff k=0,25
V ton
0
t1 T t

32
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Técnicas de Modulação
• Modulação da Frequência do Pulso (PFM)
• Neste método, t1 é mantido constante e a freqüência com
que é aplicado varia de acordo com o valor desejado de k.
Neste caso a freqüência de chaveamento é a variável de
controle. vD
V V0
K<0,5
A técnica PWM é mais T1 t
utilizada pelo fato de operar V0
K=0,5
com freqüência constante, o
que facilita o projeto de T2
V
t
0
filtros. K>0,5

T3 t
33
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Célula Canônica

Como obter outra topologia?

L Diodo
Chave L
V VL
L
Diodo
Chave

34
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor CC-CC Elevador - Boost
i L D i0
L

+
V S V Load
0
-

• Quando a chave S conduz, a corrente aumenta armazenando energia na


indutância.
• Quando a chave S é aberta, D é diretamente polarizado, e a energia
armazenada na indutância é transferida para carga.
• A tensão de saída será a soma da tensão de alimentação com o valor de
tensão na indutância.
• Para S em condução: • Para S aberta:

∆I Como Vo é maior que V tem-se


VL = V = L ∆I uma tensão negativa aplicada
t1 VL = V − V0 = L sobre o indutor provocando um
V t2
∆I = t1 decrescimento em sua corrente.
L
35
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Boost – Princípio de operção
i L D I0 iL
L
Imax
+ Imin Io
V S V0 iS t

- i2
i1

Chave S em condução iC t
Imax
- I
o
iL L D I0 io t
- + iR
+
Io
V S
V0
vC t
- V max Vo
V min
Chave S bloqueada t
kT T
Formas de onda

36
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Boost – Função de transferência
∆I
Son=====> VL = V = L
t1
iL

L
V
V ∆I = t1
L

Soff=====> ∆I ∆I( ton ) = − ∆I( toff )


VL = V − V0 = L
t2
i i0
L V0 1 T
= =
L + V 1 − k t off
V − V0
V C V0 ∆I = − t2
L
-
0 < k < 1 ⇒ V < V0 < ∞

37
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Boost – Função de transferência
i L D I0
L
+ Vo/V
V0 carga
V S C
-

Conversor boost
2

1
V0 1 T
= = 0.5 1 k
V 1 − k t off

0 < k <1 ⇒ V < V0 < ∞

38
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Boost – ripple na corrente da indutância

i L D I0
L
+

V0 carga
V S C
-

Conversor boost

i
L
kV Imax
∆I = Imin Io
fL t

39
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Boost – ripple na tensão de saída

i L D I0
L
+

V0 carga
V S C
-

Conversor boost

v (t)
C
I0k Vmax
∆Vc = Vmin
Vo
fC
kT t
T

40
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Boost - ripple
i L D i0
• Ripple nos filtros L

+
• Ripple na indutância de entrada:
V C V0
kV S
V
∆I = t1 ∆I = -
L fL
• O ripple na corrente de entrada varia em proporção inversa ao valor de
L e f.
• Para se ter um L pequeno, aumenta-se o valor da freqüência f.
• Ripple de tensão na capacitância de saída:
I0 k
∆Vc =
fC
• A presença do capacitor C garante um menor ripple na tensão de saída.
• O ripple varia em proporção inversa ao valor de C0 e f.
• Para se ter um C pequeno, aumenta-se o valor da freqüência f.
41
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor CC-CC Elevador - Boost
• Conclusões:
– O conversor Boost pode elevar uma tensão sem auxílio de um
transformador
– Apresenta condução contínua na corrente da fonte
– Altos picos de corrente na chave durante t1
– A tensão de saída apresenta difícil regulação para k>0,5.
– A polaridade da tensão de saída é a mesma da tensão de
entrada.
– É robusto contra curto-circuito na chave ou na carga.

42
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor CC-CC Elevador - Boost
• Conclusões:
– Transfere energia de uma fonte de menor tensão para
outra de maior tensão.
– Apresenta característica de fonte de corrente na
entrada e fonte de tensão na saída.

i L D I0
L i
+

V S C V0 carga =====> I V
- Boost

43
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Boost – importância da indutância
iL A L B V(t)
i (t) V1=V2
VAB + L
V1 s V2 V1=V2
- Corrente, i=0
t
para V1=V2, então VAB=0, IL=0.
VAB(t) Nenhuma energia é armazenada em L
i (t)
L
iL V2=2V1 t on=toff
V1 V(t) i
W1 i (t) , V1<=12V
L nte
rr e V2 =24V
t C o
V =V1
AB
W2
t
t on t off -VAB
ton t V1
off
-Vx -V2
− Vx
V
iL = AB t iL = t
L L
V2 =V1+ VAB
W1 = − W2 Energia armazenada na indutância
44
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Buck – importância da indutância
iL A L B V2=17V1 t =16t
V(t) on off
VAB +
i (t)
L nte
,i V1 =12V
V1 s V2 r r e
- Co V2 =204V
V =V1
AB

V2=4V1 t =3t t
V(t) on off
i (t)
L ,i
e V1 =12V ton toff
r r ent
Co V2 =48V
V =V1
AB

ton t
off

-VAB

-V2 V1 -VAB
V2 =V1+ VAB V1
-V2
V2 =V1+ VAB 45
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Boost - Simulação
i L D I0
L 2m MUR460

+
V1 = 0
V0 Load V2 = 15
20Ω
V C 24V TD =0 V2 IRF540 100µ
S TF = 100n
TR = 100n
- PW = 25u
PER = 50u

•Frequência de chaveamento = 20kHz


•L=2mH
•R=20Ω
•V=24V 50
Tensão de Saída
•C=100µF

Tensão de entrada
25

Correnta na indutância

0
60ms 61ms 62ms 63ms 64ms 65ms 66ms 67ms 68ms 69ms 70ms

46
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Célula Canônica
Como obter mais uma topologia?

Chave L Diodo Chave Diodo


L
V VL
L V
Diodo L L
Chave

47
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor CC-CC Abaixador / Elevador
D
ou Buck / Boost
S i0

V0 carga
V L

i +
L

• Son =====> Energia é armazenada na indutância.


• Soff =====> A energia da indutância é transferida para carga.
• A polaridade da tensão de saída é invertida em relação à da tensão de
alimentação.
• Não há uma conexão direta entre a entrada e a saída do conversor -
Conversor indireto.
• Quando a chave S conduz, a corrente aumenta no indutor, e a energia
é armazenada nele.

48
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor CC-CC Abaixador / Elevador ou Buck / Boost
D i0 iL
Imax
S + - Imin Io

V V0 is t
L Imax
- iL + Imin

iD t
Chave S fechada
-i min t
D i0 -i max

iC
- - Imax- Io
S
V L
V0 -I o t
vc
+ iL +
-Vmin
t
-Vmax
-Vc
Chave S aberta

Formas de onda

49
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor CC-CC Abaixador / Elevador ou Buck / Boost
Função de Transferência

di
VL = L
dt
∆I
Vo/V
Son=====> V=L
t1

∆I
Soff=====> V0 = − L 3
t2 1

0.5 0.75 1 k
V0 k t on
=− =−
V 1− k t off

0 < k <1 ⇒ 0 < V0 < ∞


50
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor CC-CC Abaixador / Elevador ou Buck / Boost
S D I0
-

V L
V0 carga

iL +

• Ripple nos elementos de filtro


• Ripple de corrente na indutância:

kV
∆I =
fL
• Ripple de tensão na capacitância:
I0k
∆Vc =
fC
51
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor CC-CC Abaixador / Elevador ou Buck / Boost
Ripple na corrente da indutância
S D I0
-

V V0 carga
L
iL +

I0
iL
kV
∆IL = Imax
Imin
fL Io

52
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor CC-CC Abaixador / Elevador ou Buck / Boost
Ripple na tensão do capacitor

S D I0
-

V V0 carga
L
iL +

vc
I0k
∆Vc = -Vmin
-Vmax t
fC -Vc

53
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor CC-CC Abaixador / Elevador ou Buck / Boost
• Conclusões:
– A tensão de saída pode, teoricamente variar entre (0 e
∝), dependendo do valor de k.
– A polaridade da tensão de saída é invertida em relação
à da entrada.
– Em caso de falha na chave a corrente de curto é
limitada pela indutância.
– A corrente de entrada é descontínua, logo, altos picos
de corrente circulam pela chave.

54
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor CC-CC Abaixador / Elevador ou Buck / Boost
• Conclusões:
– A tensão de saída será buck ou boost dependendo do
ciclo de trabalho. O conversor será abaixador para k <
0,5 e ser elevador para k > 0,5.
– Apresenta característica de fonte de tensão na entrada
e na saída.
S D I0
- i

V L
V0 carga =====>
V V
iL + Buck/Boost

55
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Buck-Boost – importância da indutância
s V(t) V2=-V1 t on=toff
i (t)
L i
- , V1<=12V
te
V1 V iL V2 e n V2 =-12V
rr
+ Co
V1

V(t) t
i (t) V2
L ton t
off
iL
V1
W1 V2=3V1 t on=3toff
V(t)
t i (t) i
L
nte, V1 =12V
r e
W2 Co
r
V1 V2 =24V
t on t off
t
V2 t on
− V2 toff
V
iL = 1 t iL = t
L L

W1 = − W2 -V2
56
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Buck-Boost – importância da indutância
V2=-16.99V1 t on
=16toff
s
V(t)
i (t)
L ,i
e
-
r r ent
V1 V iL V2 Co
+ V1

ton toff
V2=-1/3V1 t =1/3t off
V(t) on
i
e,

i (t)
L
nt
re
r
Co

V1

-V2 t
t on toff

-V2
57
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Buck-Boost – importância da indutância

s iL(t)

IL=I0-
-
V1 V iL V2 I0=(V1/L).t on
+

(V2/L
V1
<V
V1

) .t
2
=V
2
).t IL=I
L 0-(
1/ V2/L
(V ) .t
Quanto maior for k, maior a taxa IL= V1>V
2

de mudança de IL durante toff.


Quanto maior for k, maior a taxa t t off
on
de mudança de IL durante toff, t t off
on
maior será V2. t
on t off
t t off
on
t t off
on
58
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Buck-Boost - Simulação
S D I0
IRF540 MUR460
-

V L
V0 R V1 = 0
V2 = 15
TD = 0 V3 100u 20
+ 24 TF = 100n 2m
iL TR = 100n
PW = 35u
PER = 50u

•Frequência de chaveamento = 20kHz


•L=2mH 26.2V
•R=20Ω
V
•V=24V 0V
•C=100µF
•k=0,7 V0 > V

-40.0V
V0
-60.6V
25.0ms 25.5ms 26.0ms 26.5ms 27.0ms 27.5ms 28.0ms

Cilco de trabalho=0,7
59
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Buck-Boost - Simulação
S D I0
IRF540 MUR460
-

V L
V0 R V1 = 0
V2 = 15
TD = 0 V3 100u 20
+ 24 TF = 100n 2m
iL TR = 100n
PW = 15u
PER = 50u

•Frequência de chaveamento = 20kHz


•L=2mH 40V
•R=20Ω
20V
•V=24V
•C=100µF
•k=0,4 V0 < V
0V

-20V
25.0ms 25.5ms 26.0ms 26.5ms 27.0ms 27.5ms 28.0ms

Resultado de simulação para k=0,4


60
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade VI
Conversores CC-CC
Característica dos Conversores
is i0 i

S L +
V D V0 carga
=====> V I
-
Buck

iL L D i0 i

+
V0 carga =====> I V
V S C
- Boost

S D
i0 i
-

V L V0 carga
=====> V V
iL + Buck/Boost

61
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Cúk
L1 C1 L 2
is -
+

V S D
C
2 V0
+

I0

62
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversor Cúk
L1 C1 L 2
is -
+ +
-

V S D
C
2 V0
+
+

I0

Chave S em condução:
•A indutância L1 carrega e capacitor C1 polariza inversamente D
•O capacitor C1 descarrega sua energia através de C2, carga e L2.
Logo, C2 e L2 carregam.

63
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade iI
Conversores CC-CC
Conversor Cúk
L1 C1 L 2
is -
+ +
-

V S D
C
2 V0
+
+

I0

Chave S em bloqueio:
•O capacitor C1 é carregado pela fonte e pela energia
armazenada em L1 através de D (L1 descarrega).
•L2 descarrega, transferindo energia para carga através de D.

64
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade iI
Conversores CC-CC
Conversor Cúk
L1 C1 L 2
is -
+

V S D
C
2 V0
+

I0
•A chave S e o diodo D operam complementarmente.
•C1 é o meio de transferência de energia da fonte para a carga.

V0 k ton
=− =−
V 1− k toff
Is k ton
=− =−
I0 1− k toff
65
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Característica dos Conversores
is i0 i

S L +
V0 Carga
V D =====> V I
-
Buck
iL L D i0 i

+
Carga =====> I V
V S C V0
- Boost
S D i0
i
-
Carga
V L V0 =====> V V
iL + Buck/Boost
is L1 L2
- I
V C
Carga =====> I
S D V0
+ Cúk
i0 66
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversores cc-cc de Dois Quadrantes
A combinação de operação das chaves
(diodos e transistores) determina se o is S1
D1
conversor será abaixador ou elevador. io
V R
O conversor será abaixador quando S1 D
S
2 L
2
conduz durante t1, transferindo energia da E
fonte para a carga. Quando S1 abre, a Chopper de dois quadrantes
corrente de carga, que é indutiva,
is S1 is S1
circulará por D2. Em ambas as situações a io io
V V
tensão e a corrente na carga são positivas. R R
D2 L D2 L
E E
O conversor elevador é composto pela
operação de S2 e por D1 durante o tempo em Operação no primeiro quadrante
que S2 permanece aberta. Neste modo,
is is
quando S2 está conduzindo e é comandada D1 io D1 io
a bloquear, a corrente da carga é transferida V R V R
S2 L S2 L
para o diodo D1, havendo regeneração de E E
energia.
Operação no segundo quadrante

67
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversores cc-cc de Quatro Quadrantes

Há várias possibilidades de
operação. S1 D1 D3 S3
1- S1 e S4 estão ligadas, tensão + A B
positiva é aplicada à carga V
aumentando a corrente de carga R L E
- S S
no sentido positivo. 2 D2 D 4
4
2- Se S1 ou S4 é desligada, D2 ou
D3 conduz, fazendo com que a
corrente decresça na mesma
direção positiva. É importante ressaltar que o
3- S1 e S4 estão ligadas e funcionamento da estrutura
conduzindo, e são comandadas a está relacionado com o tipo de
bloquear, a corrente indutiva carga entre A e B e a
regenerará para fonte através de
D 1 e D 4. estratégia de comando das
chaves.
68
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br
Unidade II
Conversores CC-CC
Conversores cc-cc de Quatro Quadrantes

Regenerando carga ativa


S1 e S4 estando conduzindo e são S3
S1 D1 D3
comandados a bloquear. A corrente de carga
+ A B
é transferida para D2 e D3 , havendo V
regeneração da energia armazenada na R L E
indutância. Deve-se observar que, mesmo - S S
2 D2 D 4
4
havendo sinal de base ativo, as chaves S2 ou
S3 não podem conduzir enquanto a corrente
estiver circulando por D2 e D3. Tornando-se
nula a corrente por D2 e D3 ,a energia O conversor de 4-Q permite o
armazenada em E é dissipada em R, fluxo de energia entre carga e
circulando por S2 e D4. Comandando-se S2 a fonte em qualquer direção pelo
abrir, a energia de E é regenerada para fonte controle de k e escolha das
através de D1 e D4. chaves. É um conversor
extremamente versátil.
69
www.dee.ufc.br/~fantunes fantunes@dee.ufc.br

You might also like