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Estou eu telefonando para mais uma oficina, pronto a ouvir pela enésima vez
que o Civic sedã não dá problema, quando o mecânico dispara seu protesto
(finalmente!): "O carro tem um defeito grave. Não quebra". Não agüentava mais
ouvir a mesma coisa. O comentário foi repetido em coro pelos mecânicos,
lojistas independentes, concessionários e donos consultados para esta
reportagem. Um caso raro, raro mesmo. c

¦inda desconfiado, folheei nossa coleção de QU¦ O OD¦ para descobrir


como se portou nosso Civic 2000 de Longa Duração. O modelo desmontado
em março de 2001, após 55699 quilômetros, era um LX automático, justamente
o mais procurado no mercado de usados. Na matéria, mais falta de novidades.
Quanto ao câmbio, o laudo técnico era enfático: "É robusto e a presenta alta
expectativa de longevidade". O motor? "Estava perfeito. O comando de
válvulas, por exemplo, parecia novo. ¦ carbonização foi mínima, bem abaixo do
esperado para um motor com essa quilometragem." ¦ conclusão? "No geral, o
bom desempenho do Civic não surpreendeu, já estava escrito - no diário de
bordo, livreto da redação que registra as ocorrências com o veículo. O diário do
Civic tem pouquíssimas observações, fato invejável para outros modelos."

udo confirmava os relatos de quem trabalha no di a-a-dia com esse sedã,


importado pela Honda desde 1992 (como quinta geração) e produzido no Brasil
a partir de 1997 (já na sexta remodelação). Na linha 2001, ganhou a sétima
mudança, com o desenho atual e o motor 1.7 16V.

Na hora de escolher o seu - sem preconceito -, prefira os brasileiros. Não que o


importado não seja bom, mas o nacional tem a suspensão mais adequada ao
nosso piso - além de ser mais procurado pelos compradores. ão três versões,
todas com pacotes fechados, sem opcionais. O LX traz motor 1 .6 16V de 106
cavalos, duplo airbag, ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, pára -
choques pintados e rádio toca -fitas. No EX, o motor é um 1.6 V EC de 127
cavalos, mais piloto automático, freios ¦B e rodas de liga leve. Para as duas
versões, há câmbio manual e automático. O LX-B nada mais é que um LX sem
ar-condicionado. Versão, aliás, quase lendária: raríssima de se achar e os
poucos remanescentes já receberam o equipamento após deixar a fábrica -
porque vender Civic sem ar é uma missão quase impossível.

Como você já deve ter descoberto, garantia de manutenção é a maior moeda


de barganha na compra do Civic. Portanto os carimbos de revisão no manual
do proprietário são fundamentais. e o vendedor disser que perdeu o livreto ou
foi roubado, peça para ele comprar outro numa concessionária e conseguir os
carimbos nas oficinas em que foram feitas as revisões. e ele não topar,
desista da compra. Civic sem manual é mico.

Diferente de que se possa imaginar, a revisão não é das mais caras. Numa
oficina Honda a média de preço de revisão é de 170 reais para os 30000
quilômetros e 610 reais para os 40000 quilômetros*. Mais em conta que as do
Vectra, respectivamente 535 e 620 reais. ¦ limitação é a rede autorizada:
apenas 55 concessionárias, contra 502 da Ch evrolet.

Não pense, no entanto, que a robustez mecânica é a única virtude do carro.


Num comparativo na edição de janeiro de 1998, o Civic ganhou - com 16
pontos - do Vectra e do empra - ambos com 10. eu 1.6 mais moderno bateu
o 2.0 dos concorrentes fazendo 12,39 segundos no 0 a 100 km/h, melhor que
os 12,92 e 13,26 segundos dos modelos Chevrolet e Fiat, respectivamente. No
consumo também levantou a taça: 12,35 km/l de média, contra 10,85 km/l do
Vectra, o medalha de prata nessa prova. O Civic levou ainda o prêmio em
acabamento, segurança, conforto/ergonomia e pacote de equipamentos. O de
manutenção, não precisa nem dizer...

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