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Lana Holder desabafa


04 de março de 2005

A Igreja Evangélica foi sacudida por um escândalo envolvendo a missionária pernambucana Lana Holder, 29 anos.
Ligada ao ministério da World Revival Church - Igreja do Avivamento Mundial, nos Estados Unidos, Presidida pelo Pr.
Ouriel de Jesus, a igreja freqüentada por brasileiros que vivem na região, Lana teve um caso homossexual com a
dirigente do louvor daquela comunidade.

Logo, o tititi e a boataria correram soltos. Dizia-se que ela fora presa e deportada, após ser surpreendida pelo marido com
a parceira dentro de um carro.
A coisa teria chegado ao ponto de ela ter levado uma surra do marido....

O episódio só tomou tal proporção devido à ausência de informações e, claro, à popularidade de Lana no segmento
pentecostal. Pregadora itinerante, ela ficou famosa ao percorrer igrejas, no Brasil e no exterior, contando seu
testemunho de conversão que inclui, justamente, a libertação de uma vida promíscua, marcada pelo uso de drogas e pelo
homossexualismo.

Confira a entrevista concedida ao repórter Marcelo Dutra da revista Eclésia feita por telefone de sua casa em Boston:

ECLÉSIA - A senhora realmente deixou de ser homossexual quando aceitou a Cristo?


LANA - Eu fui curada por Jesus e não tenho dúvidas quanto a isso. Fico triste quando vejo gente por aí dizendo: “A Lana
caiu porque não era liberta de verdade”. Isso é coisa de quem não conhece a Bíblia. As Escrituras narram que vários
personagens que viviam segundo os desígnios do Senhor caíram - isso é do homem. Vemos gente que saiu do adultério
voltar a adulterar; alcoólatras libertos que um dia caem e tomam a beber. A pessoa que tem um passado negro como o
meu está sempre sujeita e suscetível a uma queda.

Na época de sua conversão, a senhora submeteu-se a alguma terapia espiritual para suprimir suas inclinações
homossexuais?
Não me submeti a nenhum trabalho específico voltado para essa área. Eu me converti na Assembléia de Deus e lá
eles não têm esse tipo de atendimento.

Na sua opinião, como a Igreja brasileira trata a homossexualidade?


Esse é um problema que não é tratado de frente nas igrejas. Tanto que quase ninguém conta para seu pastor quando
tem uma inclinação homossexual. Acho realmente que é um problema não tratar disso com mais seriedade.

A senhora teve algum outro caso homossexual depois de sua conversão?


Não, de forma alguma. Tive, quando nova convertida, problemas, desejos, provações, mas não caí em tentação. Nessa
época, eu não tinha ministério.

A Igreja é mais radical quando o pecado atinge a área sexual?


Sem dúvida. Os pecados da área sexual são tratados pelas igrejas de maneira muito mais severa. Um irmão ou pastor
que rouba o dinheiro da tesouraria e que administra a verba ao seu bel-prazer, ou aquele que difama os outros, por
exemplo, é visto como um “pecador normal” - às vezes, nem são observados. Não é o que acontece com quem comete
erros sexuais. Há uma fixação da Igreja por essa área.

Por que?
É simples - a Igreja, principalmente a brasileira, está mais doente que o mundo. Sabe por quê? Porque ela conhece a
verdade mas age como se não a conhecesse. A Igreja conhece a graça de Deus, mas a despreza. Só para você ter uma
idéia: quando eu caí em pecado, estava nos Estados Unidos. Voltei para o Brasil na tentativa de me afastar da outra
mulher e de restaurar meu ministério. Mas vários pastores da América ligaram para o Brasil para relatar o que
acontecera. Quando você está bem, é respeitado. Mas quando se está à beira do precipício, algumas pessoas que
estão dentro da Casa de Deus não socorrem. Empurram.

Ao longo de seu ministério, a senhora tomou conhecimento de homossexuais, homens ou mulheres, que vivem dentro
das igrejas sem resolver esta situação?
Só não posso te falar que em todas as igrejas encontrei pessoas assim porque não quero mentir. Mas sem medo de errar,
em 90% das igrejas existem pessoas com problemas relacionados ao homossexualismo. Sempre que eu dava meu
testemunho, as pessoas me procuravam para contar seu drama e pedir conselhos. Elas se abriam comigo — mas não
faziam o mesmo com seus pastores, pois tinham muito medo. Eles diziam que não confiavam em ninguém. Então, eu
falava para eles tomarem como exemplo o milagre que Deus fez na minha vida e que abandonassem o pecado.

O que de fato aconteceu com a senhora neste caso?


Eu me apaixonei por uma mulher, fui tentada e caí em pecado. Houve um envolvimento sentimental muito forte que,
infelizmente, mexeu com meu passado de homossexualismo. Mas fico triste quando alguém diz que eu nunca mudei de
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fato e que enganava as igrejas. Isso é mentira. Jesus realmente me libertou de uma gaiola até há alguns meses, mas
eu fui presa lá de novo.

Se voltou ao Brasil para restaurar sua vida, por que, então, está vivendo agora nos EUA? Porque eu preciso juntar
dinheiro suficiente para quitar uma divida que ultrapassa os R$ 100 mil. Trabalhando no Brasil, eu jamais conseguiria
pagar tudo isso.

E como a senhora está se mantendo? Aqui nos EUA, já trabalhei como pintora de paredes. Agora, no inverno tenho
trabalhado como entregadora de pizzas. Uso meu carro para isso. Trabalho 11 horas por dia, seis dias por semana e
chego em casa por volta das 22h, todo dia. Eu divido um apartamento com meu filho e duas brasileiras que não são
evangélicas. O aluguel aqui é muito caro.

Qual a origem de tamanho prejuízo?


Muitas pessoas que haviam comprado meu material para vender nas igrejas sustaram os cheques, assim que o
escândalo estourou.

Quais foram os pastores que lhe deram calote?


Não gostaria de citar nomes. São pastores de grandes igrejas e de igrejas da periferia, também.

Mas o que aconteceu com todos os recursos arrecadados pela venda de suas fitas e vídeos durante tanto tempo?
Meu ex-marido cuidava disso para mim. Ele administrava toda essa questão de dinheiro. Eu mesmo nem sei ao certo
quanto arrecadava com a venda dos produtos. Só sei que agora devo e muito.

Se o trabalho que fazia era ministerial, por que cobrar ofertas? Não seria mais legítimo viver unicamente pela fé, como
se diz?
Eu não cobrava ofertas até o fim do meu segundo ano de ministério. No início, eu acreditava que as igrejas tinham essa
visão, mas depois percebi que não era bem assim. Havia ocasiões em que os pastores não me ofereciam nada além de
tapinhas nas costas. E eu tinha que sustentar minha família. Mas nunca perguntava à igreja o quanto ela podia me dar.
Mais tarde, o ministério tomou-se uma máquina de dinheiro e esse foi um dos motivos que fizeram com que eu
perdesse o alvo.

Então, a senhora virou uma pregadora profissional?


As cobranças e exigências eram enormes. Eu tinha que pregar todo dia, já que estava preocupada em pagar dívidas e
investimentos. O alvo espiritual era outro, mas eu não consegui segurar a situação — quando me dava conta, tinha que
cumprir essa agenda, não só pelo dever de ministério, mas por causa de contas a pagar, funcionários etc. Depois que
eu caí em pecado, justamente quando estava no auge do meu ministério, vários pastores disseram que eu seria muito
burra se assumisse meu erro diante de todos. Houve quem me aconselhasse a negar tudo e continuar pregando. Mas
como eu poderia mentir? O período mais difícil que passei em toda a minha vida foram os meses em que pregava algo de
púlpito que eu não estava vivendo pessoalmente.

Em algum momento de seu ministério, a senhora sentiu-se usada pelos pastores?


Não vou usar esse termo “usada”. Acho que o que acontece no Brasil, e isso não se vê no resto do mundo, é que 90%
dos pastores que conheci não têm consciência plena do que é ministério missionário. Mas a maioria acredita que, se
você é missionário, tem que passar necessidade, tem que viver na prova. Não existe uma visão contemporânea do
ministério missionário. De cada dez igrejas em que eu pregava, em apenas uma eu era abençoada com uma oferta de
amor. Embora meu sustento e o de minha família viesse dessa ajuda das igrejas, eu jamais estipulei um valor para
pregar neste ou naquele lugar. Muita gente diz que o dinheiro e a fama me subiram à cabeça. E tem outra coisa - sempre
que eu era convidada para ir a alguma igreja, pedia que a congregação pagasse também a passagem do meu marido,
para que ele me acompanhasse sempre. Como esposa, eu não queria ficar longe dele muito tempo. E muitas vezes
pagava do meu próprio bolso, tirava da minha oferta para poder levá-lo.

Seu casamento foi influenciado por pressões da igreja, como uma forma de provar que não era mais lésbica?
Não, de forma alguma. Eu me casei porque quis.

E por que seu casamento naufragou?


Nós não conseguimos resolver as coisas de uma maneira melhor por causa dos vários compromissos que eu tinha com
o ministério. Meu casamento foi abaixo também por causa disso. Meu ritmo de vida era alucinante, chegava a pregar
três vezes ao dia em locais diferentes. Havia também as viagens. Isso proporcionou que a gente se afastasse. Nós
passamos por graves crises em nosso casamento, principalmente na área sexual. Chegamos a ficar quase um ano
sem manter relações sexuais. Dá para acreditar? Eu cheguei a cobrar do meu marido um compromisso sexual comigo.
Dizia para ele que, devido ao meu passado, eu tinha que ser plenamente saciada por um homem nesta área. Mas
nada mudava. Ele só me dizia que eu não podia deixar de pensar no ministério. Nosso casamento não tinha mais jeito.

Vocês já estão divorciados?


Ainda não, pois estamos sem dinheiro. Mas vamos usar um serviço social americano para resolver essa questão o mais
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rápido possível. Meu sonho neste momento, mais do que voltar a ter algum ministério, é ter uma família. Peço a Deus
um marido. Um homem que realmente me faça feliz e me dê pelo menos mais dois ou três filhos.

Após a divulgação do escândalo, alguns dos setores que antes a solicitavam têm apoiado a senhora?
Não, ninguém me procurou. A única pessoa que realmente tenta me apoiar - aliás, eu me emociono pela maneira
como faz isso — é meu pastor [Manoel Antonio Ribeiro, da Assembléia de Deus do Monte, no Rio de Janeiro]. E olha que
nós sequer nos falamos depois de tudo que me aconteceu. Eu tento poupá-lo do constrangimento. Mas aquele é um
servo de Deus, um homem de bem. Para não ser injusta, a pastora Zilmar, esposa do pastor Jabes de Alencar [líder da
Assembléia de Deus do Bom Retiro, igreja paulistana], foi me visitar em São Paulo, assim que soube que eu tinha caído
em pecado. Ela veio em nome da igreja e ofereceu ajuda para o que eu estivesse precisando. Levaram até uma cesta
básica para mim.

O que mudou no tratamento recebido pela senhora nas igrejas, antes e depois de sua queda?
Eu sempre tive a graça de Deus na minha vida. Onde eu chegava, independente de local, era recebida com carinho. Isso
é interessante, porque por mais que existam pessoas que saíram do homossexualismo, poucas têm coragem de dizer
por causa do preconceito, do medo de ser apontada, criticada. Mas eu me expus e meu passado nunca pesou para mim
quando entrava na casa dos pastores, por exemplo. Sempre fui tratada com respeito e até hoje muitos crentes me
perguntam como estou, se estou em dificuldades, quando por acaso esbarro com algum deles pela rua. Eu acreditava
que receberia apoio espiritual dos grandes pastores, dos grandes homens de Deus que sempre estavam perto de mim,
mas foi o povo, os irmãos das igrejas que me apoiaram e têm demonstrado amor por mim.

A senhora saiu do Brasil dizendo que recebeu um chamado missionário. Quanto a Igreja de Boston lhe pagava?
Nós nunca falamos numa verba fixa. O convite aconteceu, mas acabou não se concretizando por causa da minha queda.
Ou seja, eu nunca fui missionária daquele ministério. No início de 2003, eu recebi a proposta de uma igreja americana
para ir morai nos EUA, já que eu estava viajando sempre para lá. Eu disse isso ao pastor Ouriel de Jesus, que
imediatamente me fez uma proposta para ficar como missionária de sua igreja. Eu iria ficar pregando nas dezenas de
igrejas dele no mundo inteiro e venderia meus produtos, mas não ganharia uma oferta fixa. Mas logo depois tudo
aconteceu e achei que a proximidade com a mulher com quem tive o caso seria muito pior para mim.

Qual foi a postura do pastor Ouriel diante do escândalo?


No dia em que eu sentei com o pastor Ouriel para confessar o meu pecado, ele falou que, diante do ocorrido, não
poderia cumprir o que havia sido combinado. Ele disse que iria nos ajudar até que superássemos o problema. Até me
aconselhou a voltar para o Brasil e a me submeter à disciplina de meu pastor. Quanto à outra pessoa envolvida, o próprio
Ouriel a disciplinou.

E quanto à outra mulher - a senhora nunca mais a viu?


Não temos mais contato algum. Ela é proibida pela igreja de falar comigo, mesmo que nos víssemos na rua. Não é
possível qualquer tipo de aproximação. Além disso, o marido dela não superou a crise e mantém uma mágoa muito
grande de mim.

Quais são seus planos, agora?


Gosto das igrejas daqui. Embora eu passe um momento de cobrança, as pessoas me perguntam quando vou voltar.
Dizem que sentem saudades de me ver diante do púlpito, pregando... Conversei com vários pastores aqui que dizem
o mesmo. Mas eu não posso voltar só para matar a saudade das pessoas. Eu não deixei de ser crente, mas não posso
pregar o que não vivo. Portanto, não sei quando e nem mesmo se voltarei a pregar.

Como a senhora define a sua situação espiritual?


Eu me lembro de que, quando aceitei a Cristo, não conseguia mais deixar de falar de Deus. Até hoje o Senhor me dá
mensagens. Você acredita? Mas é verdade. Não consigo viver sem pregar. Eu gosto, está no meu sangue. Sei que
nasci para pregar. Mas eu não sei o que o Senhor vai fazer comigo ou como vai me usar no futuro. Hoje, não sei se vou
ou não voltar ao ministério — só posso dizer que estou em processo de restauração e creio que Deus tem algo maravilhoso
preparado para mim. Sei que estou em pecado, mas sei também que Jesus me ama e estou trabalhando minha
restauração. Não quero ir para o inferno!

Fonte: Revista Éclesia edição 97

Texto cedido por: http://filhoderei.edj.com.br/

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