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Exmo Sr.

Representante da Câmara Municipal de São Vicente


(infelizmente não tivemos nenhum representante da CMSV)
Digníssima Assembleia
Digníssimos parceiros do Clube de Golfe de São Vicente
Minhas Senhoras e meus Senhores

Sentimos verdadeiramente honrados por ter merecido a confiança desta magna


assembleia ao sermos eleito Presidente da Direcção deste clube centenário,
que ao longo da sua história tem preservado valores dos mais nobres no seio da
sociedade Mindelense para além de manter uma boa tradição do saber ser e
estar, do Fairplay das normas de etiqueta e de conduta que caracterizam os
Clubes de Golfe do Mundo inteiro. É nesse sentido que os Clubes de Golfe têm
transmitido a sensação de serem clubes de elites mas fundamentalmente
caracterizados pelos valores acima referidos. Assim a honestidade, a dignidade,
a disciplina, o fairplay e a nobreza da prática desportiva, deverão nortear o
futuro do nosso clube, visando preservar uma herança de excelência, para as
gerações vindouras.

Um agradecimento muito especial é dirigido para os corpos gerentes cessantes


na certeza que fizeram tudo ao seu alcance para que a tradição do golfe seja
mantida com alguma qualidade nesta maravilhosa cidade do Mindelo.

A Direcção cessante esteve perante enormes constrangimentos querem sejam a


nível de infra-estruturas, quer sejam financeiras, organizacionais e outras os
quais certamente são transferidos para a nova direcção que ora assume esta
responsabilidade. O Clube de golfe de São Vicente não dispõe de uma sala de
reuniões, não tem um arquivo organizado, não tem uma mesa de trabalhos,
nem computador, nem telefone, nem fax nem Internet mas milagrosamente
tem sobrevivido e funcionado relativamente bem, cumprindo rigorosamente os
calendários desportivos e algumas actividades sociais, animando este Clube
sem o qual provavelmente estaríamos condenados ao abandono e ao desleixo.

Neste contexto consideramos relevante e oportuno chamarmos a atenção desta


assembleia, que a maior parte dos sócios deste Clube não praticam nem o golfe
nem o ténis nem o cricket mas reconhecem a nobreza destas modalidades
continuando assim apostados no futuro do Clube de Golfe de São Vicente. No
entanto como maioria que são a sua indiferença aos destinos do clube poderão
ser nefastos senão desastrosos para o projecto de inserção do Clube de Golfe
na dinâmica de desenvolvimento desta maravilhosa Ilha de São Vicente. É assim
que a dedicação desta direcção e o envolvimento e participação activa dos
nossos sócios tornam-se indispensáveis na prossecução dos objectivos propostos
relativamente à estratégia de desenvolvimento do nosso Clube de acordo com o
programa eleitoral a seu tempo apresentado.

Saudamos esta direcção e restantes corpos gerentes ora eleitos para ao mesmo
tempo alertarmos para a enorme responsabilidade que solidariamente

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acabamos de assumir. Com confiança, com o apoio dos nossos sócios e parceiros
pensamos ser relativamente fácil dirigirmos os destinos do clube ultrapassando
os constrangimentos citados. Sem o apoio e confiança necessárias pensamos
que estaremos condenados a gerir a crise do Clube de Golfe e nestas condições
a maior parte de nós sai a perder. Temos no entanto que assumir que o Clube
de Golfe de São Vicente é um Clube de natureza social. Isto significa que os
seus corpos gerentes não auferem qualquer tipo de remuneração, assumindo
pelo contrário as suas quotas mensais para além de fazerem das suas casas e
locais de trabalho verdadeiros escritórios a serviço do Clube sem o qual seriam
impensáveis quaisquer actividades se se considerar o mínimo de qualidade que
pretendemos garantir às nossas acções.

É neste contexto que eu gostaria de aplaudir a direcção cessante. Ninguém


pode ou deve esperar que os corpos gerentes de clubes sociais como o nosso,
possam comprometer as suas relações privadas quer sejam elas profissionais
familiares ou outras em detrimento do Clube de Golfe.

Em todas as sociedades estando elas organizadas ou não existem benefíciários.


No entanto se estivermos bem organizados os benefícios são para todos e na
situação de desorganização os benefícios vão para uma minoria. Pretendemos
dar esta garantia aos nossos estimados sócios, ou seja termos uma sociedade
desportiva e culturalmente organizada. Para que assim seja a cumplicidade e
compromisso dos sócios com esta direcção baseados em valores éticos que
caracterizam uma sociedade estruturada e organizada é fundamental.

Cada sócio contribui com uma quota mensal de 200$00 o qual representa uma
média de 7$00 por dia na esperança de termos acesso à água potável, à
electricidade, instalações limpas e cuidadas, um campo disponível para jogar,
pagar os salários do guarda e pela manutenção do campo, entre outras
despesas fixas e variáveis.

Embora com esta dura realidade o clube vem sobrevivendo graças ao facto de
contribuições maiores de alguns sócios, colaboração de algumas empresas com
sensibilidade para a prática desportiva e para os quais gostaríamos de a seu
tempo dar o merecido destaque. Seria injusto da nossa parte não destacar o
Ministério da Cultura e Desportos com o qual pretendemos estabelecer uma
relação estreita particularmente na divulgação do Golfe a nível nacional e a
Câmara Municipal de São Vicente na promoção e incentivo das nossas
actividades desportivas a nível local.

Uma série de promessas foram feitas na nossa plataforma eleitoral. A coerência


das dessas promessas é relacionada com a dinâmica da direcção e dos restantes
corpos gerentes, assim como dos seus sócios e parceiros. A Câmara Municipal de
São Vicente tem que ser vista como a nossa parceira privilegiada não só no
campo desportivo mas igualmente na promoção do turismo e do investimento
externo.

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Pensamos estar perante uma oportunidade histórica de termos um clube de
golfe de elevado padrão, inserido nesta maravilhosa zona de expansão natural
da cidade do Mindelo sob a gestão da actual Câmara Municipal de São Vicente.
A oportunidade de termos para breve um aeroporto internacional, as políticas
do governo para o sector turístico, os projectos de investimento externo na
implementação do turismo de Golfe nesta Ilha, constituem de per si incentivos
quer sejam para os investidores externos mas também para os empreendedores
nacionais.
Gostaria de realçar o facto do projecto do campo de Golfe da Baía das Gatas
ter a assinatura do Ernie Els, na qualidade de expoente máximo na arquitectura
dos campos de Golfe do Mundo na actualidade, o qual certamente irá
incentivar ainda mais os investimentos neste sector.

Aproveito a oportunidade para parabenizar o Presidente do Conselho de


Administração da Baia Investimentos o Dr. José Almada Dias que é igualmente o
Vice Presidente do Clube de Golfe de São Vicente pela audácia de ser um jovem
dinâmico e empreendedor que acredita no futuro do turismo de Golfe e que nos
garante ter uma Golf Resort na Baia das Gatas para breve aqui na Ilha de São
Vicente. A cerimónia de assinatura do contrato com o Ernie Els Design ocorrida
na Irlanda no passado dia 24 de Maio de 2006 contou com a presença da
imprensa internacional que ao divulgar o certame certamente trará sinergias e
benéficos para o Clube de Golfe de São Vicente.

É neste sentido que entendemos que devemos pensar alto, estabelecer


parcerias que conduzem ao desenvolvimento, sob pena de sermos
irremediavelmente ultrapassados pelo tempo. O Clube de Golfe de São Vicente
como instituição centenária deve agir por antecipação.

Para terminar vos garanto que muita coisa ficou por dizer. No entanto é
importante que fique claro que esta direcção executiva só o é de facto quando
mandatado por esta nobre assembleia ao abrigo dos nossos estatutos. Sendo
assim qualquer decisão sobre o futuro do Clube de Golfe deve reflectir a
vontade expressa dos seus sócios na certeza de que os nossos direitos e regalias
sejam sempre garantidas e preservadas. A nossa sociedade reflecte
irremediavelmente o somatório das nossas vontades.

Obrigado pela atenção

O Presidente

João Lizardo
Mindelo 08 de Junho de 2006

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