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VESTIBULAR 2008

PROVAS DE LÍNGUA PORTUGUESA,


DE LÍNGUA INGLESA E DE REDAÇÃO

CADERNO DE QUESTÕES

INSTRUÇÕES

1. Preencher com seu nome e número de carteira os espaços indicados nesta capa e na página 8
deste caderno.
2. Assinar a Folha Definitiva de Respostas e a capa do seu caderno de respostas, com
caneta de tinta azul ou preta, nos espaços indicados.
3. Esta prova contém 16 questões objetivas, com apenas uma alternativa correta em cada
questão, 12 questões discursivas e uma proposta de redação.
4. Anotar na tabela ao lado as respostas das questões objetivas.
5. Depois de assinaladas todas as respostas das questões objetivas, transcrevê-las para a
Folha Definitiva de Respostas.
6. O desenvolvimento e as respostas das questões discursivas e a redação devem ser feitos
nos espaços indicados no caderno de respostas.
7. A duração total da prova é de 4 horas. O candidato somente poderá entregar a prova e
sair do prédio depois de transcorridas 2 horas, contadas a partir do início da prova.
8. Ao sair, o candidato levará apenas a tira da capa deste caderno. O restante do caderno
será entregue ao candidato ao final das provas de Química, Matemática e História.
9. Transcorridas 4 horas de prova, o fiscal recolherá este caderno, a Folha Definitiva de
Respostas e o caderno de respostas.

LinguaPort-LinguaIngl-Redacao.in1 1 12/11/2007 18:00:32


1.ª PARTE: QUESTÕES OBJETIVAS

LÍNGUA PORTUGUESA

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder às questões


de números 01 a 05.

Sob a ótica do senso comum, conhecimento tem a ver com


familiaridade. O conhecido, diz a linguagem comum, é o fami-
liar. Se você está acostumado com alguma coisa, se você lida
e se relaciona habitualmente com ela, então você pode dizer
que a conhece. O desconhecido, por oposição, é o estranho.
O grau de conhecimento, nessa perspectiva, é função do grau
de familiaridade: quanto mais familiar, mais conhecido. Daí a
fórmula: “eu sei = estou familiarizado com isso como algo cer-
to”. Mas se o objeto revela alguma anormalidade, se ele ganha
um aspecto distinto ou se comporta de modo diferente daquele
a que estou habituado, perco a segurança que tinha e percebo
que não o conhecia tão bem quanto imaginava. Urge domá-lo,
reapaziguar a imaginação. Ao reajustar minha expectativa e ao
familiarizar-me com o novo aspecto ou o novo comportamento,
recupero a sensação de conhecê-lo.
Sob a ótica da abordagem científica, contudo, a familiaridade
é não só falha como critério de conhecimento como ela é inimiga
do esforço de conhecer. A sensação subjetiva de conhecimento
associada à familiaridade é ilusória e inibidora da curiosidade
interrogante de onde brota o saber. O familiar não tem o dom de
se tornar conhecido só porque estamos habituados a ele. Aquilo a
que estamos acostumados, ao contrário, revela-se com freqüência
o mais difícil de conhecer verdadeiramente.
(Eduardo Giannetti, Auto-engano, p. 72.)

01. Segundo o autor do texto,

(A) quanto mais familiar o que estudamos, mais fácil é co-


nhecê-lo.

(B) a imaginação é importante para entender o que conhece-


mos.

(C) aquilo que é habitual leva ao verdadeiro conhecimento.

(D) em ciência, deve-se desconfiar daquilo que é familiar.

(E) não há reciprocidade entre conhecimento e a sensação


de paz.

02. Segundo Giannetti, o senso comum

(A) deve ser levado em conta em situações familiares.

(B) é o inverso daquilo que é familiar e não-científico.

(C) define que algo é certo, em termos de ciência.

(D) é prejudicial à ótica da abordagem científica.

(E) tem a função de domar e inverter a realidade.


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LinguaPort-LinguaIngl-Redacao.in2 2 12/11/2007 18:00:34


03. Assinale a alternativa em que há palavras que apresentam o 06. A alternativa que sintetiza mais adequadamente o conteúdo
mesmo processo de derivação das palavras destacadas no trecho do texto de Cecília Meireles é:
a seguir: . . . conhecimento tem a ver com familiaridade.
(A) Quase sempre, água mole em pedra dura tanto bate até
(A) É fatal ficarmos tristes diante daquilo que é efêmero. que fura.
(B) Uma bela face humana vai um dia ficar velha e menos (B) Os olhos somente vêem aquilo para que nossa mente está
bela. preparada.
(C) Mas a transitoriedade lhe empresta renovado encanta- (C) Ceda à tentação; pode ser que ela não se apresente no-
mento. vamente.
(D) Uma flor que dura apenas uma noite não parece menos
(D) Aquilo que os nossos olhos não vêem o nosso coração
bela.
não sente.
(E) Uma bela obra de arte não tem limitação de tempo ou
espaço. (E) Quem é inteligente não se aborrece em nenhuma circuns-
tância.
04. Assinale a alternativa em que há uso do sentido não-literal
das palavras.
07. Assinale a alternativa em que o emprego do verbo dar se
(A) Ao reajustar minha expectativa. . .
aproxima mais da maneira como é empregado no trecho:
(B) A sensação subjetiva de conhecimento. . . Houve um tempo em que minha janela dava para um canal.
(C) Aquilo a que estamos acostumados. . . (A) Às vezes, minha imaginação dava com ela a sorrir ao
(D) O grau de conhecimento, nessa perspectiva. . . meu lado.
(E) Urge domá-lo, reapaziguar a imaginação. (B) Faz um ano que seu amigo não dá sinal de vida.
05. Assinale a alternativa que mantém o sentido e a construção (C) Deu na televisão que vai chover amanhã à tarde.
sintática do trecho: se ele ganha um aspecto distinto, perco (D) No final da corrida, Felipe Massa deu tudo o que pôde.
a segurança que tinha.
(E) É preciso dar andamento àquele seu projeto.
(A) Embora ele ganhe um aspecto distinto, perco a segurança
que tinha.
(B) Mas ele ganha um aspecto distinto, aí perco a segurança 08. Assinale a alternativa em que o trecho — Eu não era mais
que tinha. criança, porém minha alma ficava completamente feliz. — está
parafraseado por meio de uma subordinação.
(C) Ele ganha, contudo, um aspecto distinto, e perco a segu-
rança que tinha. (A) Eu não era mais criança, mas minha alma ficava com-
(D) À medida que ele ganha um aspecto distinto, perco a pletamente feliz.
segurança que tinha. (B) Eu não era mais criança, todavia minha alma ficava
(E) Uma vez que ele ganhe um aspecto distinto, perco a completamente feliz.
segurança que tinha. (C) Embora eu não fosse mais criança, minha alma ficava
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder às questões completamente feliz.
de números 06 a 10. (D) Eu não era mais criança; minha alma ficava, entretanto,
Houve um tempo em que a minha janela se abria para um completamente feliz.
chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. (E) Eu não era mais criança; minha alma, contudo, ficava
Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias completamente feliz.
límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o
pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão
maravilhosa, e sentia-me completamente feliz. 09. Na expressão um grande ovo de louça azul, o adjetivo azul tanto
Houve um tempo em que minha janela dava para um canal. No pode estar modificando louça quanto ovo de louça. Nesse caso,
canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam não há prejuízo para o entendimento do texto. Nem sempre,
aquelas flores? quem as comprava? em que jarra, em que sala, diante contudo, isso acontece. Assinale a alternativa em que o sentido
de quem brilhariam, na sua breve existência? e que mãos as tinham se modifica conforme o adjetivo afete palavras diferentes.
criado? e que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era (A) Procuram-se vendedores de motos recondicionadas.
mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz. [. . .]
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão (B) Vendem-se meias para crianças brancas.
diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem (C) Apoiamos as medidas da comissão nova.
diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso
aprender a olhar, para poder vê-las assim. (D) Vivemos uma época de mudanças bruscas.

(Cecília Meireles, A arte de ser feliz. Em Escolha seu sonho, p. 24.) (E) Fundou-se uma ONG de intenções nobres.
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LinguaPort-LinguaIngl-Redacao.in3 3 12/11/2007 18:00:34


10. Assinale a alternativa em que as palavras estão acentuadas 12. Charles Hillman tinha um questionamento sobre uma possível
graficamente pelas mesmas regras por que estão acentuadas, relação entre:
respectivamente, em: chalé, céu, existência. (A) as mulheres atletas e o time de corrida.
(A) atrás, jóia, próprio. (B) a prática de exercícios físicos e a otimização do desem-
penho do cérebro.
(B) três, pólo, evidência.
(C) o uso do cérebro e o desenvolvimento do câncer de
(C) Jaú, caráter, máscara. mama.
(D) pré-requisitos, ruína, vários. (D) a prática de exercícios físicos e o desenvolvimento de
músculos nas mulheres.
(E) fé, mídia, competência.
(E) as habilidades físicas e o aumento do cérebro.

13. A pesquisa apresentada no texto foi desenvolvida por


LÍNGUA INGLESA
(A) Hillman e 259 cidadãos de Illinois.
O texto seguinte foi publicado na seção Health for Life da revista (B) colegas de Hillman e 259 cidadãos de Illinois.
Newsweek. Leia-o e responda as questões de números 11 a 16. (C) Hillman e outros colegas.
Stronger, Faster, Smater (D) participantes do time de hockey de Illinois e mulheres
do time de corrida.
Exercise does more than build muscles and help (E) colegas de Hillman e participantes do time de hockey de
prevent heart disease. New science shows that it Illinois.
also boosts brainpower – and may offer hope
in the battle against Alzheimer´s. 14. Os referentes their e the ones destacados no texto se referem
respectivamente a:
BY MARY CARMICHAEL (A) mulheres e crianças.

The stereotype of the “dumb jock” has never sounded right (B) habilidades físicas e crianças.
to Charles Hillman. A jock himself, he plays hockey four times a (C) testes padronizados e mulheres.
week, but when he isn’t body-checking his opponents on the ice, (D) alunos de 3as. e 5as. séries e crianças.
he’s giving his mind a comparable workout in his neuroscience and
(E) corpos e cérebros.
kinesiology lab at the University of Illinois. Nearly every semester
in his classroom, he says, students on the women’s cross-country 15. A idéia expressa pelo marcador textual even when, em itálico
team set the curve on his exams. So recently he started wondering no texto, é a de que:
if there was a vital and overlooked link between brawn and brains
– if long hours at the gym could somehow build up not just muscles, (A) embora não se considerem os fatores socioeconômicos,
but minds. With colleagues, he rounded up 259 Illinois third and os resultados são confiáveis.
fifth graders, measured their body mass index and put them through (B) mesmo quando considerados os fatores socioeconônicos,
classic PE routines: the “sit-and-reach”, a brisk run and timed push- os resultados são confiáveis.
ups and sit-ups. Then he checked their physical abilities against (C) se considerássemos os fatores socioeconômicos, os re-
their math and reading scores on a statewide standardized test. Sure sultados seriam confiáveis.
enough, on the whole, the kids with the fittest bodies were the ones
(D) porque consideramos os fatores socioeconônicos, os
with the fittest brains, even when factors such as socioeconomic
resultados são confiáveis.
status were taken into account. Sports, Hillman concluded, might
indeed be boosting the students’ intellect – and also, as long as he (E) somente considerando os fatores socioeconônicos, os
didn’t “take the puck to the head”, his own (…) resultados são confiáveis.
(Newsweek, April 9, 2007.)
16. Os resultados da pesquisa indicam que
(A) não há uma relação significativa entre a prática de ativi-
11. Charles Hillman é: dade física e o desempenho do cérebro.
(A) professor e pesquisador da Universidade de Illinois. (B) fazer parte do time de hockey é fundamental para alunos
de 3as. e 5as. séries.
(B) médico neurocirurgião na Universidade de Illinois.
(C) as mulheres têm melhor desempenho nas provas de
(C) estudante da Universidade de Illinois. neurociência do que os homens.
(D) atleta da Universidade de Illinois. (D) estudantes com índice de massa corporal alto não devem
ser submetidos a exercícios físicos.
(E) técnico do laboratório de neurociência da Universidade
(E) há uma forte relação entre a prática de atividade física e
de Illinois.
o desempenho do cérebro.
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LinguaPort-LinguaIngl-Redacao.in4 4 12/11/2007 18:00:34


2.ª PARTE: QUESTÕES DISCURSIVAS 19. Diz Alfredo Bosi a respeito de Guimarães Rosa: Grande
Sertão: Veredas e as novelas de Corpo de Baile incluem e
LÍNGUA PORTUGUESA revitalizam recursos da expressão poética: células rítmicas,
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão de aliterações, onomatopéias, rimas internas, ousadias mórficas,
número 17. elipses, cortes e deslocamentos de sintaxe, vocabulário insóli-
to, arcaico ou de todo neológico, associações raras, metáforas,
Tinham eles (os holandeses) saído na ilha de Itaparica, fron-
teira à Bahia, e aqui, levados de furor herético, deram muitos anáforas, metonímias, fusão de estilos, coralidade.
golpes numa cruz que à porta de uma ermida estava arvorada. (Alfredo Bosi, História Concisa da Literatura Brasileira, p. 430.)
Tornando poucos dias depois, os nossos, como era costume, os
esperaram, e, encontrando com eles ao saltar em terra, a cruz, que a) De qual dos recursos enumerados Guimarães Rosa faz
antes estendia os braços de leste a oeste, se foi torcendo do meio uso no trecho Eu disse isso. E o canoeiro me contradisse?
para cima, ficando o pé imóvel, até que os braços se puseram de Explique.
norte a sul, abertos para os que pelejavam. b) Com qual desses recursos pode ser associada a frase Até
(Padre Vieira, Cartas do Brasil, p. 91.) fosse crime, fabricar dessas, de madeira burra!?
17. O trecho apresentado faz parte de uma carta que o Padre
Vieira escreveu para seu superior em Lisboa, quando estava
20. Levando-se em conta as associações raras, mencionadas por
no Brasil, durante a primeira invasão holandesa ocorrida na
Bosi,
Bahia em 1624.
a) Como Vieira caracteriza os holandeses? a) explique o significado da expressão alto rio, logo no
início do texto.
b) Qual a visão de mundo de Vieira, naquele contexto his-
tórico, em relação à providência divina na luta entre o b) Qual a base analógica para a criação dessa expressão?
invasor e as pessoas da terra? Responda utilizando algum
exemplo do texto.
21. Levando-se em conta a norma padrão do português do Brasil,
18. Vieira escreveu também um famoso sermão, em 1640, exor-
tando os portugueses a lutar contra os holandeses, diante da a) como você caracteriza a variação lingüística que aparece
iminente chegada à Bahia de uma esquadra invasora. Aqui em Me deu uma tontura?
vai um pequeno trecho desse sermão: Não hei de pedir
pedindo, senão protestando e argumentando; pois esta é b) Como você redigiria essa frase de acordo com a norma
a licença e liberdade que tem quem não pede favor, senão padrão?
justiça. Se a causa fora só nossa, e eu viera a rogar só por
nosso remédio, pedira favor e misericórdia. Mas como a
causa, Senhor, é mais vossa que nossa, e como venho a INSTRUÇÃO: Leia os dois textos a seguir para responder às
requerer por parte de vossa honra e glória, e pelo crédito questões de números 22 a 24.
de vosso nome – Propter nomem tuum – razão é que peça
só razão, justo é que peça só justiça. (Fundação Biblioteca
Texto 1
Nacional.)
O material do poeta é a vida, e só a vida, com tudo o que
a) Como ficou conhecido esse sermão? ela tem de sórdido e sublime. Seu instrumento é a palavra. Sua
b) A quem se dirige Vieira nesse trecho do sermão? Justi- função é a de ser expressão verbal rítmica ao mundo informe de
fique com algum exemplo do texto apresentado. sensações, sentimentos e pressentimentos dos outros com relação
a tudo o que existe ou é passível de existência no mundo mágico
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder às questões da imaginação. Seu único dever é fazê-lo da maneira mais bela,
de números 19 a 21. simples e comunicativa possível, do contrário ele não será nunca
Eu tinha o medo imediato. E tanta claridade do dia. O arrojo do um bom poeta, mas um mero lucubrador* de versos.
rio e só aquele estrape*, e o risco extenso d’água, de parte a parte. (Vinícius de Moraes, Para Viver um Grande Amor, p. 101-102.)
Alto rio, fechei os olhos. Mas eu tinha até ali agarrado uma espe-
* aquele que compõe com esforço à custa de muita meditação.
rança. Tinha ouvido dizer que, quando canoa vira, fica boiando, e é
bastante a gente se apoiar nela, encostar um dedo que seja, para se
ter tenência, a constância de não afundar, e aí ir seguindo, até sobre
se sair no seco. Eu disse isso. E o canoeiro me contradisse: — “Esta
é das que afundam inteiras. É canoa de peroba. Canoa de peroba e de
pau-d’óleo não sobrenadam...” Me deu uma tontura. O ódio que eu
quis: ah, tantas canoas no porto, boas canoas boiantes, de faveira ou
tamboril, de imburana, vinhático ou cedro, e a gente tinha escolhido
aquela... Até fosse crime, fabricar dessas, de madeira burra!
(Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas, p. 88-89.)

* instrumento de tortura
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LinguaPort-LinguaIngl-Redacao.in5 5 12/11/2007 18:00:34


Texto 2 LÍNGUA INGLESA
Não faças versos sobre acontecimentos.
Não há criação nem morte perante a poesia. Leia o texto seguinte e responda às perguntas de números 25 a
Diante dela, a vida é um sol estático, 28, em português.
não aquece nem ilumina.
As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais
Hyper kids? Check their diet
[não contam.
Parents have long observed that some kids go bonkers after
Nem me reveles teus sentimentos,
eating foods with a lot of artificial ingredients or neon-bright
que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem. colors. Medical researchers – not to mention the food industry –
O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia. have been skeptical; there was no proof of this effect, at least
Não recomponhas nothing like a double-blind, controlled study.
tua sepultada e merencória infância. As so often happens, however, the parents turned out to be
Não osciles entre o espelho e a a step ahead of the pros. A carefully designed study published in
memória em dissipação. the British journal the Lancet shows that a variety of common
Que se dissipou, não era poesia. food dyes and the preservative sodium benzoate – an ingredient in
Que se partiu, cristal não era. many soft drinks, fruit juices and salad dressings – do cause some
kids to become measurably more hyperactive and distractible. The
Penetra surdamente no reino das palavras. findings prompted Britain’s Food Standards Agency to issue an
Lá estão os poemas que esperam ser escritos. immediate advisory to parents to limit their children’s intake of
Estão paralisados, mas não há desespero, additives if they notice an effect on behavior. In the U.S., there
há calma e frescura na superfície intata. hasn’t been a similar response, but doctors say it makes sense for
parents to be on the alert.
Chega mais perto e contempla as palavras.
The study, led by Jim Stevenson, a professor of psychology
Cada uma
at England’s University of Southampton, involved about 300
tem mil faces secretas sob a face neutra
children in two age groups: 3-year-olds and 8- and 9-year-olds.
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
Over three one-week periods, the children were randomly assigned
pobre ou terrível, que lhe deres:
to consume one of three fruit drinks daily: one contained the
Trouxeste a chave?
amount of dye and sodium benzoate typically found in a British
(Carlos Drummond de Andrade, Procura da poesia.) child’s diet, a second had a lower concentration of additives, and
a third was additive-free. The children spent a week drinking each
of the three mixtures, which looked and tasted alike. During each
22. Comparando o texto em prosa de Vinícius ao trecho do poema
seven-day period, teachers, parents and graduate students (who
de Drummond:
did not know which drink the kids were getting) used standardized
a) Ambos apresentam o mesmo conceito de poesia? Por behavior-evaluation tools to size up such qualities as restlessness,
quê?
lack of concentration, fidgeting and talking or interrupting too
b) Justifique sua resposta, transcrevendo um trecho de cada much.
um dos textos. Stevenson found that children in both age groups were
significantly more hyperactive when drinking the beverage with
23. Leia novamente o poema de Drummond e responda: higher levels of additives. Three-year-olds had a bigger response
a) Que modo verbal caracteriza e domina a construção desse than the older kids did to the drink with the lower dose of additives,
poema? Por quê? which had about the same amount of food coloring as in two 2-
b) Qual é o significado da pergunta Trouxeste a chave?, no oz. (57 g) bags of candy. But even within each age group, some
último verso do trecho apresentado? children responded strongly and others not at all.
Stevenson’s team is looking at how genetic differences may
24. Voltando ao texto em prosa de Vinícius de Moraes e pondo foco explain the range of sensitivity. One of his colleagues believes
no trecho Seu único dever é fazê-lo da maneira mais bela, that the additives may trigger a release of histamines in sensitive
kids. In general, the effects of the chemicals are not so great as to
a) a que se refere no texto o pronome seu?
cause full-blown attention-deficit/hyperactivity disorder (ADHD).
b) A que se refere no texto o pronome lo? Still, the paper warns that “these adverse effects could affect the
child’s ability to benefit from the experience of school.”
(Time, September 13, 2007.)

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LinguaPort-LinguaIngl-Redacao.in6 6 12/11/2007 18:00:34


25. a) Qual o assunto do texto? REDAÇÃO
b) Quais os resultados do estudo publicado pela revista
britânica The Lancet? INSTRUÇÃO: Leia os textos a seguir.

Texto 1

26. a) O que fez a agência britânica que controla os alimentos


a partir dos resultados?
b) Qual a conseqüência que os resultados tiveram nos Es-
tados Unidos?

27. a) Qual a composição do grupo pesquisado por Jim


Stevenson?
b) Como foi o procedimento do estudo?

28. a) De acordo com o 3.º parágrafo, o que os resultados re-


velam?
b) O que o grupo de Stevenson está investigando a partir
dos resultados? Lili remodelou os olhos. Shuang tem uma testa nova. Qian
estreitou o nariz. Na China, as cirurgias plásticas viraram uma
febre entre mulheres que buscam melhores empregos e maridos
ricos. Agora, elas até comemoram suas novas aparências no pri-
meiro concurso de “Miss Cirurgia Plástica” do país. Marie Claire
foi ver a coroação de perto.
Wang Yuan, 18 anos, sorri radiante no palco. Sua mãe está na
platéia e não disfarça o orgulho que sente pela filha. Não é para
menos. A mãe de Yuan é cirurgiã plástica e, 11 meses atrás, usou seu
bisturi para refazer o rosto da filha. Foram quatro operações para
remodelar os olhos, o nariz, as maçãs do rosto e o queixo. “Implorei
à minha mãe para fazer isso em mim. Não entendia por que eu tinha
de ser uma mulher comum, se podia ser linda”, diz Yuan.
“Entrei no concurso para provar que a cirurgia não modifica
quem você é, só corrige as imperfeições”, afirma. As “imperfei-
ções” incluem as feições clássicas chinesas, como nariz pequeno,
rosto largo e olhos estreitos. Como a maioria das jovens, Yuan
admira a aparência das mulheres do Ocidente.
(Marie Claire, nov. 2005.)

7 UFSC/1º Cad/LP/LI/Red

LinguaPort-LinguaIngl-Redacao.in7 7 12/11/2007 18:00:35


Texto 2 Texto 4

A onda atingiu a televisão japonesa, onde há dois anos o


programa Beauty Colosseum é sucesso de audiência. Num cenário
kitsch, com cores gritantes e colunas gregas de papelão, mulheres
desesperadas contam suas histórias ao casal de apresentadores.
São chamados um estilista, um cabeleireiro, uma maquiadora e um O sociólogo Shinji Kamikawa, 48, crítico de TV no Japão, diz
cirurgião plástico. Um mês depois, elas voltam ao programa para que “o oriente parece perdido em muitos aspectos”. “A influência
mostrar como uma boa cirurgia estética torna qualquer um feliz. O não é só de quem vai ao exterior e volta, mas está em todos os
cirurgião que participa do programa se tornou uma estrela e dirige lugares, principalmente na televisão. Parece que estamos desenvol-
uma rede de 14 clínicas. “Antigamente, intervenções estéticas vendo um complexo de inferioridade, de que aquilo que é falado
eram o tipo de coisa que só artistas ou prostitutas de luxo faziam. em inglês é melhor, os costumes estrangeiros são melhores”.
Hoje, a plástica é mais popular e menos dramática”, diz. Ele reclama do fato de os desenhos animados japoneses não
Na China, para crescer até 10 centímetros, a população se apresentarem personagens com olhos puxados. “Só pode prejudi-
submete a uma cirurgia dolorosa e arriscada. A perna é quebrada car o processo de identificação de nossas crianças, que começam
em várias partes e estendida com o auxílio de pinos no processo a invejar os traços ocidentais.”
de calcificação. Popular também é a cirurgia na língua, que facilita
(Folha de S.Paulo, 26.05.2002.)
a pronúncia do inglês.
(Época, 21.05.2007.)

Texto 3 INSTRUÇÃO: Escreva um texto dissertativo sobre o tema:

GLOBALIZAÇÃO: A INFLUÊNCIA DO OCIDENTE NO PADRÃO


DE BELEZA MUNDIAL – CAUSAS E CONSEQÜÊNCIAS.

Branquear-se é a obsessão de milhões de africanas que,


diariamente, untam a pele com produtos abrasivos para tornar-se
um pouco menos negras, para ascender na hierarquia social e
alcançar seu objetivo final: tornar-se mais desejáveis, agradar
mais e aumentar sua própria auto-estima.
Nessa corrida em direção ao triunfo social, elas perdem me-
lanina e contraem doenças de pele que vão desde queimaduras,
estrias e acne até alergias e mesmo câncer de pele. É um fenômeno
presente em parte da África, sendo descrito por alguns estudiosos
como o “trauma pós-colonial”.
A prática não é nova — começou no final dos anos 60 —, mas
os números não param de crescer, e, nos últimos anos, alcança-
ram níveis preocupantes, segundo a Associação Internacional de
Informação sobre a Despigmentação Artificial (Aiida), presente
no Senegal, na França e em Mali.
Hoje, diz a entidade, 67% das mulheres senegalesas despig-
mentam sua pele. Em Togo, 58% o fazem, e, em Mali, 25%.
(Folha de S.Paulo, 03.04.2004.)
UFSC/1º Cad/LP/LI/Red 8

LinguaPort-LinguaIngl-Redacao.in8 8 12/11/2007 18:00:35


VESTIBULAR 2007

PROVAS DE LÍNGUA PORTUGUESA,


DE LÍNGUA INGLESA E DE REDAÇÃO

CADERNO DE QUESTÕES

INSTRUÇÕES

1. Conferir seu nome e número de inscrição nesta capa e na última página deste caderno.
2. Assinar a Folha Definitiva de Respostas e a capa do seu caderno de respostas, com
caneta de tinta azul ou preta, nos espaços indicados.
3. Esta prova contém 16 questões objetivas, com apenas uma alternativa correta em
cada questão, 12 questões discursivas e uma proposta de redação.
4. Anotar na tabela ao lado as respostas das questões objetivas.
5. Depois de assinaladas todas as respostas das questões objetivas, transcrevê-las para a
Folha Definitiva de Respostas.
6. O desenvolvimento e as respostas das questões discursivas e a redação devem ser
feitos nos espaços indicados no caderno de respostas.
7. A duração total da prova é de 4 horas. O candidato poderá entregar a prova e sair do
prédio somente a partir de 2 horas do início da prova.
8. Ao sair, o candidato levará apenas a capa deste caderno. O restante do caderno lhe será
entregue ao final das provas de Química, Matemática e História.
9. Transcorridas 4 horas de prova, o fiscal recolherá este caderno, a Folha Definitiva de
Respostas e o caderno de respostas.
UFSC/1º Cad/LP/LI/Red 2
1.ª PARTE: QUESTÕES OBJETIVAS

LÍNGUA PORTUGUESA 03. Assinale a alternativa em que o autor faz uso de sentido não-
literal.
(A) “( . . .) todo cuidado é pouco (. . .)”
INSTRUÇÃO: Texto para as questões de números 01 a 05.
(B) “os juros prospectivos são infinitos.”
O valor do futuro depende do que se pode esperar dele. Por- (C) “O desafio é fazer o melhor (. . .)”
tanto: se você acredita de fato em alguma forma de existência
post mortem determinada pelo que fizermos em vida, então todo (D) “(. . .) a morte é o fim definitivo de tudo (. . .)”
cuidado é pouco: os juros prospectivos são infinitos. O desafio é (E) “Se você duvida de qualquer conclusão (. . .)”
fazer o melhor de que se é capaz na vida mortal sem pôr em risco
as incomensuráveis graças do porvir. Se você acredita, ao con-
trário, que a morte é o fim definitivo de tudo, então o valor do
intervalo finito de duração indefinida da vida tal como a conhe- 04. A alternativa em que todas as palavras grifadas são responsá-
cemos aumenta. Ela é tudo o que nos resta, e o único desafio é veis pela coesão do texto é:
fazer dela o melhor de que somos capazes. E, finalmente, se
você duvida de qualquer conclusão humana sobre o após-a-mor- (A) esperar dele, graças do porvir, ela é tudo o que nos resta.
te e sua relação com a vida terrena, então você contesta o dogma- (B) esperar dele, que se é capaz, se você acredita.
tismo das crenças estabelecidas, não abdica da busca de um sen-
tido transcendente para o mistério de existir e mantém uma (C) o desafio é, graças do porvir, que a morte é o fim.
janelinha aberta e bem arejada para o além. O desafio é fazer o
(D) o valor do futuro, forma de existência, todo cuidado é
melhor de que se é capaz da vida que conhecemos, mas sem des-
pouco.
cartar nenhuma hipótese, nem sequer a de que ela possa ser, de
fato, tudo o que nos é dado para sempre. (E) as incomensuráveis graças, ao contrário, valor do inter-
(Eduardo Giannetti, O valor do amanhã, p. 123.) valo.

01. Nesse texto, o autor


05. A regência do verbo abdicar, que aparece no trecho — não
(A) oferece duas alternativas de raciocínio para o após-a- abdica da busca de um sentido transcendente para o mistério
morte. de existir —, pode ser substituída, de modo compatível com a
norma padrão e com o sentido do texto, pelo que está em:
(B) defende, de qualquer maneira, o investimento na vida
física. (A) não abdica na busca de um sentido transcendente para o
mistério de existir.
(C) defende as religiões orientais que propõem a sobrevida
do espírito. (B) não se abdica a busca de um sentido transcendente para
o mistério de existir.
(D) fala sobre investimentos financeiros a longo prazo.
(C) não se abdica pela busca de um sentido transcendente
(E) defende a idéia de correr riscos agora, sem a esperança para o mistério de existir.
no porvir.
(D) não abdica para a busca de um sentido transcendente
para o mistério de existir.
02. O trecho — e mantém uma janelinha aberta e bem arejada
para o além — pode ser substituído, sem prejuízo para o (E) não abdica a busca de um sentido transcendente para o
sentido do texto, por: mistério de existir.

(A) e mantém, cada vez, uma janelinha aberta e bem arejada


para o além.
(B) e mantém, tal como, uma janelinha aberta e bem arejada
para o além.
(C) e mantém, também, uma janelinha aberta e bem arejada
para o além.
(D) e mantém, salvo se, uma janelinha aberta e bem arejada
para o além.
(E) e mantém, às vezes, uma janelinha aberta e bem arejada
para o além.

3 UFSC/1º Cad/LP/LI/Red
INSTRUÇÃO: Texto para as questões de números 06 a 10. 08. O imperativo utilizado por Monsenhor Caldas, ao dar as or-
dens ao preto velho, emprega
Monsenhor Caldas interrompeu a narração do desconhecido:
(A) uma forma indireta.
— Dá licença? é só um instante.
Levantou-se, foi ao interior da casa, chamou o preto velho (B) a terceira pessoa do singular.
que o servia, e disse-lhe em voz baixa:
(C) a primeira pessoa do plural.
— João, vai ali à estação de urbanos, fala da minha parte ao
comandante, e pede-lhe que venha cá com um ou dois homens, (D) a segunda pessoa do singular.
para livrar-me de um sujeito doido. Anda, vai depressa.
(E) a segunda pessoa do plural.
E, voltando à sala:
— Pronto, disse ele; podemos continuar.
— Como ia dizendo a Vossa Reverendíssima, morri no 09. A frase desceu um enxame de almas, no último parágrafo,
dia vinte de março de 1860, às cinco horas e quarenta e três minu- tem o sujeito posposto. Assinale a alternativa em que o su-
tos da manhã. Tinha então sessenta e oito anos de idade. Minha jeito também aparece posposto.
alma voou pelo espaço, até perder a terra de vista, deixando mui- (A) De um atentado, um soldado consegue salvar seu com-
to abaixo a lua, as estrelas e o Sol; penetrou finalmente num es- panheiro.
paço em que não havia mais nada, e era clareado tão-somente por
uma luz difusa. Continuei a subir, e comecei a ver um pontinho (B) Segunda-feira faltou, de novo, um pouco de tinta de im-
mais luminoso ao longe, muito longe. O ponto cresceu, fez-se pressão.
sol. Fui por ali dentro, sem arder, porque as almas são incombus- (C) No salão de Paris, há um Audi com motor de 4,2 litros.
tíveis. A sua pegou fogo alguma vez?
— Não, senhor. (D) Ler biografia de homens célebres é bastante útil.
— São incombustíveis. Fui subindo, subindo; na distân- (E) O mercado financeiro recebeu bem a inclusão das ações
cia de quarenta mil léguas, ouvi uma deliciosa música, e logo que do Bradesco.
cheguei a cinco mil léguas, desceu um enxame de almas, que me
levaram num palanquim feito de éter e plumas.
(Machado de Assis, A segunda vida. Obras Completas, vol. II, p. 440-441.)
10. Assinale a alternativa em que o uso do acento grave da crase
acontece, respectivamente, pelos mesmos motivos específi-
cos presentes nas frases: E, voltando à sala; Morri no dia
vinte de março de 1860, às cinco horas (. . .)
06. Pode-se afirmar, a respeito desse conto de Machado de As-
sis, que (A) Não saio à noite.; Em 1968, fui à Brasília de JK.

(A) reflete o cotidiano carioca na primeira metade do século (B) Estava à toa ontem.; Foi à casa do desembargador.
XIX.
(C) Saiu à francesa.; Você deu a notícia à Maria?
(B) utiliza uma temática bastante rara em toda a sua obra.
(D) Vamos à luta!; Vi o avião à distância de 150 m.
(C) utiliza uma temática comum a autores como Hoffmann
(E) Trouxe dinamismo à história.; Vive à custa do pai.
e Edgar Allan Poe.
(D) tem relação com os temas medievais do romance histó-
rico português.
LÍNGUA INGLESA
(E) trata de um assunto semelhante ao do romance O ateneu.

INSTRUÇÃO: Leia o texto seguinte e assinale a alternativa cor-


07. A temática desse conto também é encontrada reta das questões de números 11 a 16.
(A) nos capítulos iniciais de Memórias póstumas de Brás
Cubas. One of the common questions asked by anyone who has a
concern about the effect films may have on young people is: “What
(B) em alguns dos capítulos do romance Ressurreição.
kind of meaning can young people possibly be deriving about
(C) no capítulo Olhos de ressaca do romance Dom Casmurro. humanity, the world, and the universe as they are portrayed in
this form of entertainment?” But a more revealing question is:
(D) no romance Dom Casmurro, na caracterização de José
Dias. “What kind of meaning do young people search for about
humanity, the world and the universe when they go to the cinema?”
(E) na caracterização de Escobar, no romance Dom Casmurro. Rather than the full acceleration, care-free hedonist carnival that
some paint of adolescence, this is a time when the search for
meaning may reach its most serious heights.
Most young people go to the cinema these days for the same
reason: to be immersed in a particular world for a short while.
While this may be their aim, there are three quests that occur
within. In the mind of each young person there in that darkened
hall, one or a mixture of any three of these quests may be occurring:
UFSC/1º Cad/LP/LI/Red 4
1) The Confirmative Quest – firstly young people may go to 13. No primeiro tipo de busca mencionado pelo texto,
the cinema to see a film that confirms something of their current (A) o jovem espera que o filme a que assiste possa lhe ensi-
perception of reality. This is an important quest within a film for nar a ter uma percepção coerente da realidade.
young people who by the very nature of adolescence are concerned
about who they are, and who they appear to be to others. They (B) o cinema se apresenta como alternativa da percepção de
uma realidade que o jovem se preocupa em reconhecer
may seek confirmation of values or beliefs, or ways of thinking
como sua.
about the world, or even their own outward appearance.
2) The Escapist Quest – this may be connected with a negative (C) a própria natureza da adolescência confirma como coe-
rente aquilo a que o jovem assiste num filme.
confirmation of present reality, or exist on its own. “I like a movie
if it enables me to forget who I am for a while and be in another (D) o jovem espera encontrar no filme algo que confirme o
place,” may some young people say. For some, the guns and high que ele entende como a realidade que está vivendo.
fashion/black leather exterior of an adventure film like The Matrix (E) o jovem que se preocupa com seus valores deixa de re-
may fulfill this quest. Movies we typically label “Feel Good” conhecer no filme parte de sua realidade.
may also exist here, for instance, romantic comedies like Notting
Hill. Or young people may wish to escape to a world that is more
14. O segundo tipo de busca mencionado pelo texto
exciting, more stimulating than their own.
3) The Aspirative Quest – the third quest that films may fulfill (A) permite que o jovem constate que sua realidade tem exis-
tência própria e se reflete em mais de um tipo de filme.
for a youthful audience is a close relative of the escapist function.
That is, that young people may enjoy films because they allow the (B) ajuda o jovem a ter certeza de que sua presente realidade
viewer to aspire to a new reality. While escapism is a short term é negativa e precisa ser esquecida permanentemente.
goal, those who “aspire” would wish to escape in a more long term (C) possibilita ao jovem esquecer que sua presente realidade
sense, or to “stay escaped”, as some young people say. In one sense é tão negativa quanto os mundos imaginários dos filmes.
there may be a danger in this function. If the reality that one aspires
(D) ou se relaciona com uma confirmação da realidade vivida
to is a “Guns and Explosions” or “More Romantic time” model,
pelo jovem ou tem uma existência independente.
then excessive submersion in the genre may not be healthy.
(Jonathan Sargent. www.digitalorthodoxy.com. Adaptado.) (E) encontra-se, de maneira típica, em filmes românticos
como Matrix e Um lugar chamado Notting Hill.
11. De acordo com o primeiro parágrafo, podemos concluir que
(A) quem se preocupa com a humanidade, o mundo e o uni- 15. A busca mencionada pelo último parágrafo do texto
verso questiona de duas maneiras o cinema como forma (A) permite aos jovens que encontrem em certos filmes uma
de entretenimento para os jovens. realidade mais próxima da sua.
(B) a preocupação do autor está mais voltada para os tipos de (B) está muito próxima à mencionada no parágrafo anterior,
significado buscados pelos jovens quando vão ao cinema. embora seja mais longa em termos de tempo.
(C) os jovens podem transferir diferentes significados do (C) é encontrada em filmes que mostram a aspiração por uma
mundo, da humanidade e do universo ao filme a que realidade diferente.
assistem.
(D) define aspiração e escapismo como coisas iguais em ter-
(D) os jovens, quando vão ao cinema, questiona de duas ma- mos de tempo.
neiras diferentes os significados que lhe são apresentados.
(E) refere-se a um período de tempo mais breve que o da
(E) ao assistir a um filme, os jovem vêem-se confrontados busca citada anteriormente.
com dois tipos de significado para a humanidade, o mun-
do e o universo.
16. No último parágrafo do texto, a palavra one aparece com dois
12. De acordo com o texto, sentidos

(A) no escuro do cinema, três atitudes existenciais possíveis (A) coincidentes.


são apresentadas à mente do jovem.
(B) antitéticos.
(B) a sala escura do cinema cria no jovem a sensação de
(C) paradoxais.
estar em mundo diferente daquele em que vive.
(D) complementares.
(C) no escuro do cinema, um ou mais tipos de busca podem
ocorrer na mente do jovem que assiste ao filme. (E) inequívocos.
(D) a maioria dos jovens, no escuro do cinema, procura iden-
tificar um dos três caminhos que leva à auto-definição.
(E) no escuro do cinema, o jovem busca algo que confirme
a adolescência como um período de carnaval despreo-
cupado.

5 UFSC/1º Cad/LP/LI/Red
2.ª PARTE: QUESTÕES DISCURSIVAS

LÍNGUA PORTUGUESA Texto 3

“Sapo não pula por boniteza, mas porém por percisão.”


INSTRUÇÃO: Leia os três textos a seguir, para responder às ques- (Guimarães Rosa, Epígrafe do conto A hora e vez de Augusto Matraga.
tões de números 17 e 18. Sagarana, p. 279.)

Texto 1 17. Relacione os dois primeiros textos entre si. Ambos utilizam a
frase “Navegar é preciso, viver não é preciso”, que é tradução
Navegar é Preciso da frase latina “Navigare necesse; vivere non est necesse”.
Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: a) Explique a diferença do uso dessa frase nesses dois textos.
“Navegar é preciso; viver não é preciso”.
b) Em que sentido Guimarães Rosa emprega o substantivo
Quero para mim o espírito [d]esta frase, percisão (= precisão) no texto 3? Construa uma frase
transformada a forma para a casar como eu sou: com o substantivo precisão, dando a ele um sentido di-
ferente do que aparece na frase de Guimarães Rosa.
Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande, 18. Saint-Exupéry, um famoso escritor francês, é autor do seguinte
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo aforismo:
e a (minha alma) a lenha desse fogo. Se você quer construir um navio, não peça às pessoas que
consigam madeira, não lhes dê tarefas e trabalho. Fale antes
Só quero torná-la de toda a humanidade;
a elas, longamente, sobre a grandeza e a imensidão do mar.
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso. a) A que frase do texto de Rubem Alves você ligaria esse
aforismo? Explique por quê.
Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
b) Diz Rubem Alves em seu texto: A vida não se faz com
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
ciência. Faz-se com sapiência. Explique a diferença en-
para a evolução da humanidade.
tre ciência e sapiência nesse contexto.
É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.
(Fernando Pessoa, Navegar é preciso. www.secrel.com.br/jpoesia/
fpesso05.html) 19. Uma outra frase famosa de Fernando Pessoa (Tudo vale a
pena se a alma não é pequena) encontra-se no trecho a se-
guir, retirado do poema Mar Português, pertencente ao livro
Texto 2 Mensagem:

Eu penso por meio de metáforas. Minhas idéias nascem da Valeu a pena? Tudo vale a pena
poesia. Descobri que o que penso sobre a educação está resumido Se a alma não é pequena.
num verso célebre de Fernando Pessoa: “Navegar é preciso. Vi- Quem quer passar além do Bojador
ver não é preciso”.
Tem que passar além da dor.
Navegação é ciência, conhecimento rigoroso. Para navegar,
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
barcos são necessários. Barcos se fazem com ciência, física, nú-
Mas nele é que espelhou o céu.
meros, técnica. A navegação, ela mesma, faz-se com ciência:
mapas, bússolas, coordenadas, meteorologia. Para a ciência da (Fernando Pessoa, Obra poética, p. 82.)
navegação é necessária a inteligência instrumental, que decifra o
segredo dos meios. Barcos, remos, velas e bússolas são meios. a) De que trata essa obra de Fernando Pessoa?
Já o viver não é coisa precisa. Nunca se sabe ao certo. A vida b) Explique o sentido de pequena, no segundo verso.
não se faz com ciência. Faz-se com sapiência. É possível ter a
ciência da construção de barcos e, ao mesmo tempo, o terror de
navegar. A ciência da navegação não nos dá o fascínio dos mares
e os sonhos de portos onde chegar. Conheço um erudito que tudo
sabe sobre filosofia, sem que a filosofia tenha jamais tocado a
sua pele. A arte de viver não se faz com a inteligência instrumen-
tal. Ela se faz com a inteligência amorosa.
(Rubem Alves, Por uma educação romântica, p. 112-113.)

UFSC/1º Cad/LP/LI/Red 6
INSTRUÇÃO: Texto para as questões de números 20 e 21. INSTRUÇÃO: Leia os textos a seguir para responder às questões
de números 22 e 23.
O sertanejo falando
Suave Mari Magno
A fala a nível do sertanejo engana:
as palavras dele vêm, como rebuçadas
Lembra-me que, em certo dia,
(palavras confeito, pílula), na glace
de uma entonação lisa, de adocicada. Na rua, ao sol de verão,
Envenenado morria
Enquanto que sob ela, dura e endurece Um pobre cão.
o caroço de pedra, a amêndoa pétrea,
dessa árvore pedrenta (o sertanejo) Arfava, espumava e ria,
incapaz de não se expressar em pedra. De um riso espúrio e bufão,
Ventre e pernas sacudia
Daí porque o sertanejo fala pouco:
Na convulsão.
as palavras de pedra ulceram a boca
e no idioma pedra se fala doloroso; Nenhum, nenhum curioso
o natural desse idioma fala à força. Passava, sem se deter,
Daí também porque ele fala devagar:
Silencioso,
tem de pegar as palavras com cuidado,
confeitá-las na língua, rebuçá-las; Junto ao cão que ia morrer,
pois toma tempo todo esse trabalho. Como se lhe desse gozo
(João Cabral de Melo Neto, A educação pela pedra. Ver padecer.
Nova Fronteira, 1996, p. 16.) (Machado de Assis, Obra Completa, vol. III, p. 161.)

Seqüência
20. Esse poema consta na primeira parte de A educação pela
pedra, considerada pelo autor sua obra máxima. Depois de Eu era pequena. A cozinheira Lizarda
uma leitura atenta, responda. tinha nos levado ao mercado, minha irmã, eu.
Passava um homem com um abacate na mão
a) Qual o contraste entre a busca da palavra e o resultado e eu inconsciente:
de sua execução na boca do sertanejo? “Ome, me dá esse abacate...”
O homem me entregou a fruta madura.
b) A que se refere, no texto, a palavra ela, no primeiro verso
da segunda estrofe? Justifique sua resposta. Minha irmã, de pronto: “vou contar pra mãe que ocê
pediu abacate na rua.”
Eu voltava trocando as pernas bambas.
Meus medos, crescidos, enormes...
21. Em 27 de outubro de 1973, em entrevista ao jornal carioca A denúncia confirmada, o auto, a comprovação do delito.
O Globo, João Cabral disse: O impulso materno...conseqüência obscura da
escravidão passada,
Eu tentei criar uma outra linguagem, não completamente o ranço dos castigos corporais.
nova, como os concretistas fizeram, mas uma linguagem que Eu, aos gritos, esperneando.
se afastasse um pouco da linguagem usual. Ora, desde o O abacate esmagado, pisado, me sujando toda.
momento em que você se afasta da norma você se faz esta Durante muitos anos minha repugnância por esta fruta
palavra antipática que é “hermético”. Quer dizer, você se
trazendo a recordação permanente do castigo cruel.
faz hermético numa leitura superficial. Agora, se o leitor ler
Sentia, sem definir, a recreação dos que ficaram de fora,
e reler, estudar esse texto, ele verá que a coisa não é tão
hermética assim. Apenas está escrito com um pequeno desvio assistentes, acusadores.
da linguagem usual. Nada mais aprazível no tempo, do que presenciar a
criança indefesa
a) Destaque, na terceira estrofe, desvios da linguagem usual espernear numa coça de chineladas.
vinculados ao emprego das classes de palavra. “é pra seu bem,” diziam, “doutra vez não pedi fruita na rua.”
(Cora Coralina, Vintém de cobre, p. 131-132.)
b) No último verso da terceira estrofe, também é possível
observar um artifício do poeta, que provoca uma releitura.
Explique esse artifício.
22. Depois de comparar os dois textos:
a) explicite o que há de comum entre eles.
b) no segundo texto, cite pelo menos três formas de lingua-
gem que refletem a oralidade do Português do Brasil.

7 UFSC/1º Cad/LP/LI/Red
23. No poema de Cora Coralina, há uma frase sem verbo: Du- electrician and scientific instrument maker Robert W. Paul and
rante muitos anos minha repugnância por esta fruta. his partner Brit Acres in 1896. The British often regard them as
the parents of moving pictures.
a) Qual o sentido dessa frase?
But the Frenchman Louis Lumiere is sometimes credited
b) “Reconstrua” essa frase, colocando um verbo. as inventor of the motion picture one year after Diskison created
his device in America. Although he was preceded by others,
Lumiere’s portable, suitcase-sized cinematographe served as a
24. Contemple a charge: camera, film processing unit, and projector all in one. His
invention, at first, was seen as a “devilish thing”, since people
believed the images it projected could acquire life and harm the
audience.
(www.en.wikipedia.org, Adaptado.)

25. Segundo o texto,


a) quem inventou o cinema?
b) em que ano?

26. O texto menciona duas invenções de Thomas A. Edison.


a) Como os espectadores viam seus “filmes”?
(Correio Popular, 10.10.2006.) b) O que mostravam eles?

Trata-se de uma charge publicada por um jornal brasileiro


por ocasião da eleição do sul-coreano Ban Ki-Moon, como 27. Com relação a Thomas A. Edison,
presidente da ONU, e da realização de um teste nuclear a
a) em que parte do mundo ele não patenteou suas invenções?
mando do ditador norte-coreano Kim Jong-il.
b) por quê?
a) Como a diferença de emprego sintático do verbo vencer
modifica o sentido das duas frases?
b) “Reconstrua” as duas frases, de maneira que os senti- 28. Quanto ao cinematógrafo de Lumiere,
dos sugeridos pelas imagens fiquem, também, explíci-
a) como ele foi visto a princípio?
tos no texto escrito.
b) por quê?

LÍNGUA INGLESA REDAÇÃO

INSTRUÇÃO: Leia o texto seguinte e responda às questões de INSTRUÇÃO: Leia os textos a seguir
números 25 a 28, em português.
Texto 1
In 1894, W. K. Laurie Dickson, a researcher at Thomas A.
Edison Laboratories, is credited with the invention of a practicable
form of celluloid strip containing a sequence of images, the basis
of a method of photographing and projecting moving images.
Americans often mention him as the inventor of the cinema.
Thomas Edison introduced to the public two pioneering inventions
based on this innovation: the Kinetograph, the first practical
moving picture camera, and the Kinetoscope (the word “kinos”
is Greek for “image”, and was later turned into “cine”). The latter
was a cabinet in which a continuous loop of Dickson’s celluloid
film (powdered by an electric motor) was projected by a lamp
and lens onto a glass. The spectator viewed the image individually
through an eye piece. Kinetoscope parlors were supplied with Quem nunca foi zoado ou zoou alguém na escola? Risadi-
fifty-foot film snippets shot by Dickson, in Edison’s “Black Maria” nhas, empurrões, fofocas, apelidos como “bola”, “rolha de poço”,
studio. These sequences recorded everyday life events (such as “quatro-olhos”. Todo mundo já testemunhou uma dessas “brin-
Fred Ott’s Sneeze, 1894) as well as entertainment acts. cadeirinhas” ou foi vítima delas. Mas esse comportamento, con-
Kinetescope parlors soon spread successfully to Europe. siderado normal por muitos pais, alunos e até professores, está
Edison, however, never cared to patent these instruments on the longe de ser inocente. Ele é tão comum entre crianças e adoles-
other side of the Atlantic, since they relied so heavily on previous centes que recebe até um nome especial: bullying. Trata-se de
experiments and innovations from Britain and Europe. This left um termo em inglês utilizado para designar a prática de atos agres-
the field open for imitations, such as the camera devised by British sivos entre estudantes. Traduzido ao pé da letra, seria algo como

UFSC/1º Cad/LP/LI/Red 8
intimidação. Trocando em miúdos: quem sofre com o bullying é • Antes de ir ao colégio, sua muito e tem dores de barriga ou
aquele aluno perseguido, humilhado, intimidado. de cabeça
E isso não deve ser encarado como brincadeira de criança. • Ele manifesta o desejo de mudar algo em sua aparência
Especialistas revelam que esse fenômeno, que acontece no mun- Cyberbullying. Esse é o nome dado ao tipo de agressão prati-
do todo, pode provocar nas vítimas desde diminuição na auto- cado por meio de artefatos tecnológicos, como blogs na internet e
estima até o suicídio. “Bullying diz respeito a atitudes agressivas, mensagens no celular. Uma pesquisa realizada nos Estados Uni-
intencionais e repetidas praticadas por um ou mais alunos contra dos chegou a um número impressionante sobre o assunto: 20%
outro. Portanto, não se trata de brincadeiras ou desentendimen- dos estudantes americanos de ensino fundamental são vítimas do
tos eventuais. Os estudantes que são alvos de bullying sofrem cyberbullying. Outra pesquisa, essa realizada na Inglaterra, quan-
esse tipo de agressão sistematicamente”, explica o médico Ara- tificou o número de meninas que são alvo de agressões via celu-
mis Lopes Neto, coordenador do primeiro estudo feito no Brasil lar. Isso ocorre com 25% das inglesas.
a respeito desse assunto. Segundo Aramis, “para os alvos de (Veja, 08.02.2006.)
bullying, as conseqüências podem ser depressão, angústia, baixa
auto-estima, estresse, absentismo ou evasão escolar, atitudes de Texto 4
autoflagelação e suicídio, enquanto os autores dessa prática po-
dem adotar comportamentos de risco, atitudes delinqüentes ou
criminosas e acabar tornando-se adultos violentos”.
(www.educacional.com.br. Adaptado.)

Texto 2

Há poucos anos, as malvadezas típicas do universo infantil


vieram à tona e revelaram o assédio recorrente cometido por um
grupo de crianças à outra. A ação recebeu nome e sentença:
“bullying”, ato de perseguir e agredir moralmente a vítima. Com
o aumento da competitividade entre trabalhadores e da pressão
Crianças e adolescentes vítimas de bullying podem carregar do empregador por mais resultados em menos tempo, o termo foi
o trauma pela vida toda. De acordo com especialistas, se o pro- trasladado para o ambiente de trabalho, dando nova roupagem a
blema não for bem resolvido antes de se chegar à idade adulta, um tipo crescente de assédio moral: o “mobbing”, palavra deri-
seqüelas como dificuldades de tomar a iniciativa ou de se expres- vada de “mob” (do inglês, “máfia”).
sar podem atrapalhar os relacionamentos pessoais e até profissio- “Mobbing é o assédio coletivo contra uma pessoa”, define
nais. [...] José Carlos Ferreira, diretor-adjunto do escritório da OIT (Orga-
Em casos extremos, o bullying pode levar à morte. Há víti- nização Internacional do Trabalho) no Brasil. (. . .)
mas que se suicidam e outras que matam os colegas. Foi o que O mais conhecido tipo de assédio moral é o terror psicológi-
aconteceu na escola Columbine, nos Estados Unidos, quando em co feito pelo chefe sobre o subordinado. Segundo Margarida Bar-
1999 dois colegas mataram 13 pessoas no colégio e se suicida- reto, uma das maiores especialistas do país no tema, esse tipo
ram. Os adolescentes eram constantemente alvo de piadas de representa 90% dos casos. Mas o provocado pelo grupo ou por
suas turmas. um colega sobre o profissional também preocupa: soma 8,5%
No Brasil, dois casos chamaram a atenção. Em fevereiro de dos casos.
2004, em Remanso (BA), o jovem D., 17, matou duas pessoas e (Folha de S.Paulo, 02.07.2006. Adaptado.)
feriu três. Ele sofria humilhações na escola. O garoto revelou
que matou F., 13, porque, além de sempre ridicularizá-lo, no dia
do crime, ele teria jogado um balde de lama nele. Em janeiro de INSTRUÇÕES: Com base nos textos apresentados e, eventual-
2003, Edmar Freitas, 18, entrou no colégio onde tinha estudado, mente, em experiências pessoais, escreva um texto dissertativo
em Taiúva (interior de SP), e feriu oito pessoas com tiros. Em em prosa, obedecendo à norma padrão do português do Brasil,
seguida, se matou. Obeso, era vítima de apelidos humilhantes. que deverá ter como tema:
(Folha de S.Paulo, 04.06.2006.)
DO BULLYING AO MOBBING: COMO TRATAR
COMPORTAMENTOS AGRESSIVOS ENTRE COLEGAS?
Texto 3
A especialista Cleo Fante, autora do livro Fenômeno Bullying,
formulou um manual que reúne os sinais observados com maior
freqüência nas vítimas desse tipo de prática. Eis alguns:
• O estudante prefere ficar trancado no quarto a sair com os
amigos
• Ele raramente é convidado para uma festa da escola
• Seu desempenho escolar apresenta piora
• Pede ao pais que o troquem de escola sem uma razão con-
vincente

9 UFSC/1º Cad/LP/LI/Red
10
R e s p o s t a s

01

Número da carteira
02

VESTIBULAR 2006
03

04
PROVAS DE LÍNGUA PORTUGUESA,
DE LÍNGUA INGLESA E DE REDAÇÃO 05

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CADERNO DE QUESTÕES 07

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INSTRUÇÕES
09
1. Preencher com seu nome e número da carteira os espaços indicados nesta página e
na página 6 deste caderno. 10
2. Assinar a Folha Definitiva de Respostas e a capa do seu caderno de respostas, com
caneta de tinta azul ou preta, nos espaços indicados. 11
3. Esta prova contém 16 questões objetivas, com apenas uma alternativa correta em
cada questão, 12 questões discursivas e uma proposta de redação. 12

4. Anotar na tabela ao lado as respostas das questões objetivas.


13
5. Depois de assinaladas todas as respostas das questões objetivas, transcrevê-las para
Nome do candidato

a Folha Definitiva de Respostas.


14
6. O desenvolvimento e as respostas das questões discursivas e a redação devem ser
feitos nos espaços indicados no caderno de respostas. 15
7. A duração total da prova é de 4 horas. O candidato somente poderá entregar a prova
e sair do prédio a partir de 2 horas do início da prova. 16
8. Ao sair, o candidato levará apenas a capa deste caderno. O restante do caderno lhe
será entregue ao final das provas de Química, Matemática e História.
9. Transcorridas 4 horas de prova, o fiscal recolherá este caderno, a Folha Definitiva
de Respostas e o caderno de respostas.
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1.ª PARTE: QUESTÕES OBJETIVAS

LÍNGUA PORTUGUESA 03. O trecho — a CGM é onipresente, não deixa passar nada,
nem discrimina ninguém. — pode ser reescrito, sem altera-
ção de sentido, como:
INSTRUÇÃO: As questões de números 01 a 05 referem-se ao
texto seguinte. (A) a CGM é sempre presente, não deixa passar nada, nem
inocenta ninguém.
Na minha opinião, existe no Brasil, em permanente funcio-
namento, não fechando nem para o almoço, uma Central Geral (B) a CGM é ubíqua, não deixa passar nada, nem absolve
de Maracutaia. Não é possível que não exista. E, com toda a ninguém.
certeza, é uma das organizações mais perfeitas já constituídas,
(C) a CGM é virtual, não deixa passar nada, nem exclui nin-
uma contribuição inestimável do nosso país ao patrimônio da
guém.
raça humana. Nada de novo é implantado sem que surja no mes-
mo instante, às vezes sem intervalo visível, imediatamente mes- (D) a CGM é quase presente, não deixa passar nada, nem
mo, um esquema bem montado para fraudar o que lá seja que distingue ninguém.
tenha sido criado. [...] Exemplo mais recente ocorreu em São
Paulo, mas podia ser em qualquer outra cidade do país, porque a (E) a CGM está presente em todo lugar, não deixa passar
CGM é onipresente, não deixa passar nada, nem discrimina nin- nada, nem segrega ninguém.
guém. Segundo me contam aqui, a prefeitura de São Paulo agora
fornece caixão e enterro gratuitos para os doadores de órgãos,
certamente os mais pobres. Basta que a família do morto prove
que ele doou pelo menos um órgão, para receber o benefício. 04. Assinale a alternativa em que a substituição das palavras gri-
Mas claro, é isso mesmo, você adivinhou, ser brasileiro é mera- fadas mantém o mesmo sentido original do trecho: Exemplo
mente uma questão de prática. Surgiram indivíduos ou organiza- mais recente ocorreu em São Paulo, mas podia ser em qual-
ções que, mediante uma módica contraprestação pecuniária, for- quer outra cidade do país, porque a CGM é onipresente.
necem documentação falsa, “provando” que o defunto doou ór- (A) Exemplo mais recente ocorreu em São Paulo, no entan-
gãos, para que o caixão e o enterro sejam pagos com dinheiro to podia ser em qualquer outra cidade do país, uma vez
público. que a CGM é onipresente.
(João Ubaldo Ribeiro. O Estado de S.Paulo, 18.09.2005.)
(B) Exemplo mais recente ocorreu em São Paulo, pois podia
ser em qualquer outra cidade do país, já que a CGM é
onipresente.
01. A frase de João Ubaldo — E, com toda a certeza, é uma das
organizações mais perfeitas já constituídas, uma contribui- (C) Exemplo mais recente ocorreu em São Paulo, podia, pois,
ção inestimável do nosso país ao patrimônio da raça huma- ser em qualquer outra cidade do país, visto que a CGM é
na — reveste-se de um aspecto onipresente.
(A) discriminatório. (D) Exemplo mais recente ocorreu em São Paulo, apesar
(B) gentil. disso podia ser em qualquer outra cidade do país, assim
que a CGM é onipresente.
(C) medíocre.
(E) Exemplo mais recente ocorreu em São Paulo, já que
(D) irônico. podia ser em qualquer outra cidade do país, à medida
(E) ufanista. que a CGM é onipresente.

02. No trecho — uma contribuição inestimável do nosso país ao


patrimônio da raça humana. —, contribuição tem como re- 05. Em — para receber o benefício —, a palavra benefício tem
ferência como referência

(A) o Brasil, em geral. (A) uma módica contraprestação pecuniária.

(B) fechamento para o almoço. (B) a não-discriminação.

(C) Central Geral de Maracutaia. (C) caixão e enterro.

(D) a opinião do autor. (D) a doação de órgãos.

(E) a Prefeitura de São Paulo. (E) a CGM.

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INSTRUÇÃO: As questões de números 06 a 10 referem-se ao 07. A frase — Quer o senhor vender-mos? — poderia ser rees-
texto seguinte. crita, segundo uma perspectiva contemporânea e coloquial,
da seguinte maneira:
Suponha o leitor que possuía duzentos escravos no dia 12 de
maio e que os perdeu com a lei de 13 de maio. Chegava eu ao seu (A) O senhor quer me vender esses libertos?
estabelecimento e perguntava-lhe: (B) O senhor quer-me os vender?
— Os seus libertos ficaram todos?
(C) O senhor quer me vender-lhes?
— Metade só; ficaram cem. Os outros cem dispersaram-se;
consta-me que andam por Santo Antônio de Pádua. (D) O senhor mos quer vender os libertos?
— Quer o senhor vender-mos? (E) Quer o senhor me os vender?
Espanto do leitor; eu, explicando:
— Vender-mos todos, tanto os que ficaram, como os que fu- 08. No processo argumentativo, o trecho — mas a escritura de
giram. venda terá a data de 29 de abril — tem a função de:
O leitor assombrado: (A) criar uma falsa analogia.
— Mas, senhor, que interesse pode ter o senhor...
(B) desfazer uma incompatibilidade.
— Não lhe importe isso. Vende-mos?
— Libertos não se vendem. (C) estabelecer uma negociação justa.
— É verdade, mas a escritura de venda terá a data de 29 de (D) valorizar a perda de uma das partes.
abril; nesse caso, não foi o senhor que perdeu os escravos, fui eu. (E) abrir caminho a uma renegociação.
Os preços marcados na escritura serão os da tabela da lei de 1885;
mas eu realmente não dou mais de dez mil-réis por cada um.
Calcula o leitor: 09. A frase — Nenhum, pela minha parte, ficam trabalhando de
graça. — pode ser reescrita, sem mudança de sentido, da
— Duzentas cabeças a dez mil-réis são dous contos. Dous
seguinte maneira:
contos por sujeitos que não valem nada, porque já estão livres, é
um bom negócio. (A) nenhum, com a minha parte, fica trabalhando de graça.
Depois refletindo: (B) nenhum pagamento da minha parte, ficam trabalhando
— Mas, perdão, o senhor leva-os consigo? de graça.
— Não, senhor: ficam trabalhando para o senhor; eu só levo (C) nenhum, pela minha parte fica trabalhando de graça.
a escritura.
(D) nenhum deles, pela minha parte, fica trabalhando de graça.
— Que salário pede por eles?
— Nenhum, pela minha parte, ficam trabalhando de graça. (E) nenhum pagamento, pela minha parte, ficam trabalhan-
O senhor pagar-lhes-á o que já paga. do de graça.
Naturalmente, o leitor, à força de não entender, aceitava o
negócio. Eu ia a outro, depois a outro, depois a outro, até arran- 10. Os pronomes seu em — chegava eu ao seu estabelecimento
jar quinhentos libertos, que é até onde podiam ir os cinco contos — (no início do texto) e outro em —Eu ia a outro, depois a
emprestados; recolhia-me a casa e ficava esperando. outro, depois a outro — (no final do texto) têm como refe-
Esperando o quê? Esperando a indenização, com todos os rência, respectivamente:
diabos! Quinhentos libertos, a trezentos mil-réis, termo médio, (A) libertos, libertos.
eram cento e cinqüenta contos; lucro certo: cento e quarenta e
(B) o leitor, ex-donos de escravos.
cinco.
(Machado de Assis, Crônica escrita em 26.06.1888. Obra Completa.) (C) local de comércio, libertos.
(D) o leitor, títulos de posse.
06. A relação que se pode estabelecer entre este texto e o primei-
ro, de João Ubaldo, é: (E) local de comércio, valores.

(A) nos dois, os seres humanos são tratados com reverência.


LÍNGUA INGLESA
(B) os dois textos falam de compras a prazo.
INSTRUÇÃO: Leia o texto seguinte e assinale a alternativa cor-
(C) no primeiro texto, temos um editorial e, no segundo, uma reta das questões de números 11 a 16.
crônica.
According to When Teens Have Sex, a report released by the
(D) ambos tratam de falcatruas e, em ambos, o leitor é evo- Annie E. Casey Foundation, roughly 40 percent of American girls
cado pelo narrador. in their teen years become pregnant before age 20. Moreover, the
one million pregnancies that occur each year among women ages
(E) os dois textos referem ações de astúcia, sem que haja
15 to 19 result in 500,000 teen births – a serious economic and
dolo.
social challenge for the United States.
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‘This country has the highest teen birth rate among developed 13. Ainda segundo William O’Hare, nos Estados Unidos,
nations,’ said the Foundation Coordinator William O’Hare. ‘The (A) o número de filhos de adolescentes deverá decrescer nos
next closest, the United Kingdom, has a teen birth rate that is próximos anos.
only about half that of America. The problem of teen births is
evident in every State. In fact, every U.S. State has a birth rate (B) as adolescentes americanas serão responsáveis pelo
that is higher than that of the United Kingdom.’ “boom” populacional que o país conhecerá nos próxi-
mos anos.
The report notes that despite recent downward trends, the
teen birth rate in 1996 is still higher than it was a decade earlier, (C) o número absoluto de bebês de mães adolescentes deve
and that demographic trends suggest that the number of births to permanecer constante nos próximos anos.
teens is likely to increase by as much as 14 percent by the year (D) mesmo que a taxa de natalidade entre adolescentes per-
2005. maneça estável, é provável que aumente o número de
‘As the children of the “little baby boom” swell the ranks of bebês de mães adolescentes nos próximos anos.
American teenagers over the next few years, the absolute number (E) o número de adolescentes, independentemente da insta-
of babies born to teenagers is likely to increase even if the birth bilidade da taxa de natalidade entre eles, provavelmente
rate remains constant’, said O’Hare. And this implies more decrescerá nos próximos anos.
government attention to this section of the American population
in social terms.
14. Nos Estados Unidos, as mães solteiras adolescentes
The report states that more than 75 percent of all unmarried
teen mothers went on welfare within five years of the birth of (A) representam um total de 75% das mulheres americanas
their first child before getting back to some kind of job. In addition, que não se casaram.
the report notes that in 1996, the poverty rate for children born to (B) são excluídas do mercado de trabalho cinco anos depois
teens was 42 percent, twice the overall rate for children. de terem o primeiro filho.
‘We cannot afford to take the issue of teen pregnancy lightly. (C) têm o segundo filho cinco anos depois do primeiro, gra-
Children born to teenage parents are more likely to be of low ças à assistência pública que recebem.
birth rate, to suffer with inadequate health care, to leave high
school without graduating and more likely to be poor, thus (D) limitam-se, em sua maioria, a ter apenas um filho a cada
perpetuating a cycle of unrealized potential’, added Annie E. cinco anos.
Casey, the Foundation Program Director. (E) ficam dependendo, em sua maioria, da assistência pública
(The Annie E. Casey Foundation Bulletin, 2005, Adaptado.) durante cinco anos após o nascimento do primeiro filho.

15. Segundo Annie E. Casey,


11. Segundo William O’Hare,
(A) a questão da gravidez de adolescentes também apresen-
(A) os Estados Unidos possuem uma taxa de natalidade en- ta um lado menos sério.
tre adolescentes comparável à do Reino Unido.
(B) os filhos de adolescentes têm, entre outras, maior ten-
(B) 500.000 adolescentes americanas ficam grávidas a cada dência de não completar o ensino médio.
ano.
(C) 42 por cento dos filhos de adolescentes apresentarão alta
(C) em todos os Estados americanos, a taxa de natalidade taxa de fertilidade.
entre adolescentes fica pouco abaixo daquela do Reino
Unido. (D) os adolescentes pobres, devido à precária assistência
médica pública, têm filhos que perpetuarão o ciclo de
(D) a taxa de natalidade entre adolescentes, nos Estados pobreza americano.
Unidos, cresce entre 15 e 19% ao ano.
(E) os filhos de adolescentes, mesmo desenvolvendo suas
(E) a taxa de natalidade entre adolescentes no Reino Unido potencialidades, não completarão seus estudos secundá-
é cerca de metade da americana. rios.

12. Nos Estados Unidos, a taxa de natalidade entre adolescentes 16. Nas duas ocorrências do último parágrafo do texto, a palavra
(A) apresenta uma tendência recente de diminuição. likely pode ser substituída por
(B) foi mais elevada na década de 1980 que na década de (A) lately.
1990. (B) ultimate.
(C) cresceu em 14% entre 1980 e 1996. (C) probable.
(D) atingiu seu pico nas décadas de 1980 e 1990. (D) certainly.
(E) decresceu na última década, tendo seu pico em 1996. (E) appropriate.
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R e s p o s t a s

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Número da carteira
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VESTIBULAR 2005
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PROVAS DE LÍNGUA PORTUGUESA,
DE LÍNGUA INGLESA E DE REDAÇÃO 05

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CADERNO DE QUESTÕES 07

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INSTRUÇÕES
09
1. Preencher com seu nome e número da carteira os espaços indicados nesta página e
na página 6 deste caderno. 10
2. Assinar a Folha Definitiva de Respostas e a capa do seu caderno de respostas, com
caneta de tinta azul ou preta, nos espaços indicados. 11
3. Esta prova contém 16 questões objetivas, com apenas uma alternativa correta em
cada questão, 12 questões discursivas e uma proposta de redação. 12

4. Anotar na tabela ao lado as respostas das questões objetivas.


13
5. Depois de assinaladas todas as respostas das questões objetivas, transcrevê-las para
Nome do candidato

a Folha Definitiva de Respostas.


14
6. O desenvolvimento e as respostas das questões discursivas e a redação devem ser
feitos nos espaços indicados no caderno de respostas. 15
7. A duração total da prova é de 4 horas. O candidato somente poderá entregar a prova
e sair do prédio a partir de 2 horas do início da prova. 16
8. Ao sair, o candidato levará apenas a capa deste caderno. O restante do caderno lhe
será entregue ao final das provas de Química, Matemática e História.
9. Transcorridas 4 horas de prova, o fiscal recolherá este caderno, a Folha Definitiva
de Respostas e o caderno de respostas.
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1.ª PARTE: QUESTÕES OBJETIVAS

LÍNGUA PORTUGUESA 03. Assinale a frase que apresenta a mesma construção sintá-
tica de: assinaram-se tratados com a aprovação dos go-
INSTRUÇÃO: o texto seguinte refere-se às questões de nú- vernos do Brasil e de Portugal.
meros 01 a 05.
A Unidade Ortográfica (A) Na Declaração do Milênio, divulgaram-se metas de
preservação dos recursos hídricos.
Velhíssima questão a da unidade ortográfica do português
usado no Brasil e em Portugal. Que a prosódia seja diferente, (B) O lance foi acidental: chocaram-se dois jogadores
é natural. Num país imenso como o nosso, há diversas formas numa disputa normal de bola.
de pronunciar as palavras, e o próprio vocabulário admite ex-
pressões regionais — o mesmo acontecendo com todas as lín- (C) Os agentes russos conseguiram infiltrar-se no cora-
guas do mundo. ção político da Alemanha Ocidental.
O diabo é a grafia, sobre a qual os portugueses não abrem
(D) Alguns chefes da Gestapo arrependeram-se de seus
mão de escrever “director”, por exemplo. Não é o mesmo caso
crimes, depois da derrota nazista.
de “facto” e “fato”, que têm significações diferentes e, com
boa vontade, podemos compreender a insistência dos portu- (E) Na feira do Masp, aos domingos, vendia-se muito
gueses em se referir à roupa e ao acontecimento. até 1998.
Arnaldo Niskier, quando presidente da Academia Brasi-
leira de Letras, conseguiu acordo com a Academia de Ciências
de Lisboa, assinaram-se tratados com a aprovação dos gover-
nos do Brasil e de Portugal. O acordo previa o consenso de 04. Sobre as palavras director, facto e fato, pode-se dizer que:
todos os países lusófonos. Na época, somente os dois princi-
pais interessados estavam em condições de obter um projeto (A) director poderia ser escrito de modo diferente e as
comum — mais tarde, Cabo Verde também toparia. outras duas têm o mesmo sentido.
Numa das últimas sessões da ABL, Sérgio Paulo Rouanet,
Alberto da Costa e Silva e Evanildo Bechara trouxeram o pro- (B) director deve permanecer com c, diferentemente de
blema ao plenário — um dos temas recorrentes da instituição facto, que poderia perder essa letra.
é a feitura definitiva do vocabulário a ser adotado por todos os
(C) facto e fato significam coisas diferentes e director
países de expressão portuguesa. (...)
poderia ser escrito sem c.
Cristão-novo nesta questão, acredito que não será para os
meus dias a solução para a nossa unidade ortográfica. (D) as três palavras apresentam diferenças de prosódia e
(Carlos Heitor Cony. Folha de S.Paulo, 10.08.2004.) não de grafia.

01. Segundo o texto, pode-se concluir que (E) apenas director e fato constam no vocabulário ortográ-
fico brasileiro.
(A) a grafia e a prosódia são fatores que impossibilitam a
unificação ortográfica.
(B) a ABL estuda um vocabulário ortográfico comum aos
países lusófonos. 05. Assinale a alternativa que, no texto, apresenta a palavra
(C) a discussão sobre a unificação ortográfica tem ori- ou expressão em itálico em uso figurado:
gem recente.
(A) Não é o mesmo caso de “facto” e “fato”, que têm signi-
(D) a unificação ortográfica entre Portugal e Brasil é uma ficações diferentes ( … )
questão de honra.
(E) tratados ortográficos já foram assinados por todos os (B) ( … ) com boa vontade, podemos compreender a in-
países de expressão portuguesa. sistência dos portugueses ( … )

02. A palavra recorrente, no penúltimo parágrafo do texto, (C) ( … ) um dos temas recorrentes da instituição é a
tem o sentido de feitura definitiva do vocabulário ( … )
(A) requerer (D) Cristão-novo nesta questão ( … )
(B) socorrer
(E) Num país imenso como o nosso ( … )
(C) desentender-se
(D) retornar
(E) vencer
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INSTRUÇÃO: o texto seguinte refere-se às questões de nú- 09. Pedir hóstia por outro nome quer dizer:
meros 06 a 10.
(A) tentar ganhar um beijo.
Em casa, brincava de missa, — um tanto às escondidas,
porque minha mãe dizia que missa não era cousa de brinca- (B) pedir em nome de Capitu.
deira. Arranjávamos um altar, Capitu e eu. Ela servia de sa-
(C) mentir sobre a missa.
cristão, e alterávamos o ritual, no sentido de dividirmos a hós-
tia entre nós; a hóstia era sempre um doce. No tempo em que (D) solicitá-la à vizinha.
brincávamos assim, era muito comum ouvir à minha vizinha:
“Hoje há missa?” Eu já sabia o que isto queria dizer, respondia (E) pedir um doce.
afirmativamente, e ia pedir hóstia por outro nome. Voltava
com ela, arranjávamos o altar, engrolávamos o latim e precipi- 10. Assinale a alternativa que contém palavras que, no texto
távamos as cerimônias. Dominus non sum dignus …* Isto, que de Machado, retomam termos de uma frase anterior, pro-
eu devia dizer três vezes, penso que só dizia uma, tal era a movendo a coesão do texto.
gulodice do padre e do sacristão. Não bebíamos vinho nem
água; não tínhamos o primeiro, e a segunda viria tirar-nos o (A) primeiro, segunda.
gosto do sacrifício. (B) casa, ritual.
(Machado de Assis, Dom Casmurro, Obra completa.)
(C) precipitávamos, cerimônias.
*Trecho da fala do sacerdote, no momento da comunhão, que era proferida
em latim, antes do Concílio Vaticano II. A fala inteira, que deve ser repetida três (D) doce, gulodice.
vezes, é: Dominus non sum dignus ut intres sub tectum meum, sed tantum dic
verbum e sanabitur anima mea, cuja tradução é: Senhor, não sou digno de que (E) dividirmos, alterávamos.
entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e minha alma será salva.

06. Sobre Machado de Assis, pode dizer-se que


LÍNGUA INGLESA
(A) pertenceu, inicialmente, ao primeiro momento do sim-
bolismo brasileiro. As questões de números 11 a 16 referem-se ao texto abaixo.
(B) seu humor, de origem inglesa, é, também, uma expres-
In 1960s America there was a “white flight” to the suburbs,
são de ceticismo e pessimismo.
which provoked a deterioration of city centers. In the ‘70s and
(C) seus primeiros romances foram: Ressurreição e Me- ‘80s the death of heavy industry emptied once proud cities
morial de Aires. like Manchester and Glasgow. Social and economic change
(D) foi, durante seus 50 anos de carreira literária, um crí- has been wreaking chaos with cities for a long time, but each
tico ferrenho da tradição clássica. instance was usually thought of as an isolated event – or at
least a regional disease. That’s no longer true. As birthrates in
(E) em sua última fase, aderiu aos ideais românticos do
more and more countries decline, shrinking-city syndrome is
século XIX.
becoming a worldwide crisis.
07. Sobre esse trecho de Dom Casmurro, pode-se dizer que Aging countries are getting hit the worst. In Russia a
combination of very low birthrates, decreased life expectancy
(A) apresenta diálogos indiretos entre as personagens.
and the collapse of the communist era is affecting the country
(B) revela a intromissão de vizinhos na vida das crianças. badly. Seven major Russian cities were shrinking in 1990; by
(C) o ambiente da ação é uma igreja católica. 2000 the number had soared to 93. In Japan, hundreds of small
(D) quatro pessoas brincavam de missa: Capitu, o narra- and midsize cities are thinning out. Even in China, the low
dor, um sacristão e um padre. birthrate means that coastal megacities like Shanghai are
growing at the expense of dozens of less successful metro-
(E) é um exemplo do uso criativo e não meramente orna- polises. Today, while hundreds of millions of Asians and
mental da metáfora. Africans are just starting to move to cities, one quarter of the
world’s centers are declining in population – twice the number
08. A palavra cousa é uma variante da palavra coisa, assim a decade ago.
como loura de loira. Assinale a alternativa em que as duas
Wouldn’t less-crowded cities be a good thing? Definitely
palavras são, também, variantes uma da outra.
not, according to “Shrinking Cities”, a new exhibit in Berlin
(A) discrição e descrição. that compares city shrinkage across the world. In places like
(B) vultoso e vultuoso. Detroit and Liverpool, shuttered stores and abandoned houses
(C) catorze e quatorze. have led to increased violence. A 50 percent drop in the
birthrate has killed entire sectors of the economy in cities that
(D) dispensa e despensa. used to be located in East Germany.
(E) discriminar e descriminar.
(Adaptado de Newsweek, September 27, 2004.)
UFSC/1ºCad/LP/LI/Red 4
11. Na década de 1960, 14. A Rússia

(A) as cidades americanas encolheram porque os brancos (A) é tida como um país em rejuvenescimento, fato provo-
deixaram de viver em seus subúrbios. cado, entre outras coisas, pela queda do comunismo.

(B) houve um acentuado crescimento da população nas (B) está conhecendo um envelhecimento populacional
cidades americanas, o que provocou a deterioração graças, entre outros fatores, ao colapso por que passa
de seus centros. a indústria comunista.

(C) a população branca passou a procurar os subúrbios (C) combina diferentes fatores para evitar que caia a taxa
das cidades americanas para ali residir. de expectativa de vida de sua população.
(D) conheceu, em sua era comunista, taxas de natalidade
(D) os subúrbios de cidades americanas começaram a se
muito baixas, o que só agora está sendo contornado.
deteriorar devido à procura da população branca por
essas áreas. (E) é um país idoso, em que, entre outras coisas, se com-
bina uma taxa de natalidade baixa e uma diminuição
(E) os centros e os subúrbios das cidades americanas
da expectativa de vida.
começaram a se deteriorar.

12. Nas décadas de 1970 e 1980, 15. Na China,

(A) duas cidades britânicas pagaram com o esvaziamento (A) o crescimento de megacidades como Xangai expli-
urbano pela perda de suas indústrias de base. ca-se por sua localização junto à costa.
(B) Xangai, uma das megacidades do país, incentivou o
(B) orgulhosas cidades da Grã-Bretanha viram sua po-
crescimento de dezenas de outras metrópoles locali-
pulação aumentar devido à instalação de indústrias
zadas junto à costa.
pesadas.
(C) dezenas de cidades tiveram menos sucesso que Xan-
(C) a instalação de indústrias pesadas em cidades da Grã-
gai em termos econômicos, embora continuem a au-
Bretanha provocou um esvaziamento da população.
mentar suas populações.
(D) Manchester e Glasgow exibiam, com orgulho, uma (D) Xangai, uma das doze megacidades do país, apre-
taxa de crescimento diretamente ligado a um surto senta uma das maiores taxas de crescimento bem-su-
da indústria de base. cedido.
(E) duas cidades britânicas orgulhavam-se por ter conse- (E) a expansão populacional de grandes cidades costeiras
guido se livrar de suas indústrias de base. como Xangai se deu à custa do esvaziamento de ou-
tras metrópoles.

13. Segundo o texto,

(A) hoje não mais se acredita que as mudanças econômi- 16. Segundo a mostra “Shrinking Cities”,
cas e sociais sejam responsáveis pelo caos urbano.
(A) o esvaziamento urbano, tal como o de Detroit e Liver-
(B) os problemas urbanos provocados por mudanças na pool, levou a um crescimento da violência.
economia e na sociedade eram vistos como um fenô- (B) cidades como Detroit e Liverpool, devido a um au-
meno mundial. mento da violência, conheceram uma degradação
(C) o isolamento regional levava as cidades a conhece- urbana.
rem o caos provocado por mudanças econômicas e (C) fica comprovado que cidades menos populosas cons-
sociais. tituem algo positivo, apesar da violência urbana.
(D) hoje não é mais tido como verdadeiro que o caos so- (D) Berlim é uma cidade que, como Detroit e Liverpool,
cial de origem econômica e social constitua algo iso- exibe casas abandonadas e lojas com vidraças que-
lado. bradas.
(E) o caos urbano ainda é tido como uma doença regional (E) cidades com menos população, como as que se locali-
que, em cada caso, provoca um isolamento econômico zavam na ex-Alemanha Oriental, conheceram um de-
e social. créscimo da violência urbana.

5 UFSC/1ºCad/LP/LI/Red
2.ª PARTE: QUESTÕES DISCURSIVAS

LÍNGUA PORTUGUESA 19. O autor do texto utilizou um recurso estilístico para ironizar
a figura do presidente do Gabão e suas atitudes.
INSTRUÇÃO: o texto seguinte refere-se às questões de núme- a) Explique a natureza desse recurso.
ros 17 e 18.
b) Exemplifique esse recurso, retirando exemplos do
AUTO-ESTIMA “Fiz a cirurgia com 16 anos. Não fiz pe- texto.
las outras pessoas, fiz para me olhar no espelho e me sentir
bem (...) Eu sinto como se o meu corpo tivesse absorvido o 20. Releia, com atenção, as últimas cinco linhas do texto e
silicone, como se o peito fosse meu mesmo. E é: meu pai pa- responda:
gou e ele é meu.” C. S., 17, sobre cirurgia plástica que fez nos
seios, ontem na Folha. a) A que se referem, respectivamente, as palavras em-
(Folha de S.Paulo, 03.08.2004.) presa e produto?
b) A que se refere a palavra gabela?
17. Observe as duas últimas linhas do texto e responda às ques-
tões a seguir. INSTRUÇÃO: o texto seguinte refere-se às questões de nú-
meros 21 e 22.
a) Em tese, a última frase desse texto — C. S., 17, sobre
cirurgia plástica que fez nos seios, ontem na Folha Não permita Deus que eu morra
— poderia apresentar dois sentidos. Quais são eles? Sem que ainda vote em você;
b) Qual desse dois sentidos é, automaticamente, descarta- Sem que, Rosa amigo, toda
do pelos leitores do jornal e por que é descartado? Quinta-feira que Deus dê,
Tome chá na Academia
Ao lado de vosmecê,
Rosa dos seus e dos outros,
18. Refletindo sobre o emprego dos pronomes possessivos Rosa da gente e do mundo,
em português, responda:
Rosa de intensa poesia
a) Como, no texto, pode ser definido o sentido de posse De fino olor sem segundo;
presente na expressão como se o peito fosse meu mesmo? Rosa do Rio e da Rua,
b) E como pode ser definido o sentido de posse na expres- Rosa do sertão profundo
são E é: meu pai pagou e ele é meu? (Manuel Bandeira, Estrela da Vida Inteira.)

21. Nesse poema, Manuel Bandeira cita, direta ou indiretamen-


te, obras de outros autores.
INSTRUÇÃO: o texto seguinte refere-se às questões de núme-
a) Identifique o nome de uma dessas obras e o de seu
ros 19 e 20.
autor.
O governo do Gabão não cansará de gabar-se de ter atraí- b) O poema de Bandeira está escrito em versos livres?
do às suas gabarras um símbolo da resistência democrática; Por quê?
(...) Omar Bongo, 68, subiu ao poder com a morte do titular,
em novembro de 1967 — e nunca mais desceu. É freqüentador 22. Observe os versos: Tome chá na Academia / Ao lado de
das listas de suspeitos de grandes roubalheiras. (...) Num caso, vosmecê,
o Senado dos Estados Unidos fazia uma investigação sobre
lavagem de dinheiro e, ao examinar os registros do Citibank, a) De que Academia se trata?
encontrou três contas bancárias em nome do presidente do b) Vosmecê é uma variante de que pronome? Dê algu-
Gabão, com a garbosa movimentação de 130 milhões de ma outra variante desse mesmo pronome, de uso co-
dólares. Em outro, a Justiça da França apurava um escândalo mum na língua falada do Brasil.
que envolveu a Elf, então estatal francesa do petróleo, e
descobriu que um dos diretores pagava uma propina anual a
Bongo para que a empresa tivesse privilégios na exploração Número da carteira
do produto no Gabão. A gabela totalizou quase 17 milhões de
dólares. Desde 1991, a oposição gabonesa tem liberdade
política, mas é tratada a gadanhadas. Nome do candidato
(Veja, 04.08.2004.)

UFSC/1ºCad/LP/LI/Red 6
INSTRUÇÃO: os dois poemas seguintes referem-se à ques- 24. Esse poema faz parte de uma coleção dedicada por Cecí-
tão de número 23. lia Meireles às crianças.
O luar através dos altos ramos, a) Cite um dos principais recursos estilísticos nele utili-
Dizem os poetas todos que ele é mais zados. Exemplifique.
Que o luar através dos altos ramos. b) A que classe de palavra pertence a palavra tontinha,
Mas para mim, que não sei o que penso, no texto? Cite uma de suas funções na construção
desse texto.
O que o luar através dos altos ramos
É, além de ser
O luar através dos altos ramos, LÍNGUA INGLESA
É não ser mais
INSTRUÇÃO: leia o texto abaixo e responda às questões de
Que o luar através dos altos ramos. números 25 a 28, em português.
(Fernando Pessoa, Obra Poética.)
“Solutions wanted. No idea too weird”. If a classified ad
As bolas de sabão que esta criança could sum up the world’s energy problem, this would be it.
Se entretém a largar de uma palhinha Experts generally agree that our current reliance on fossil fuels
São translucidamente uma filosofia toda. is unsustainable. Already oil is near $50 per barrel, and the
great millions of Chinese and Indians destined to take to the
Claras, inúteis e passageiras como a Natureza,
road in the next decades have not yet gotten behind the stirring-
Amigas dos olhos como as cousas,
wheel. If the clamor over global warming seems apocalyptic
São aquilo que são now, just wait until those two countries are as developed as
Com uma precisão redondinha e aérea, the West.
E ninguém, nem mesmo a criança que as deixa, At the same time, even with higher oil prices, clean energy
Pretende que elas são mais do que parecem ser. sources like wind and solar – not to mention hydrogen, an
(…) unproven technology barely off the drawing boards – don’t
(Fernando Pessoa, Obra Poética.) yet make enough economic sense to replace oil. That’s why
many experts are starting to talk to building a hybrid economy.
23. Ambos esses poemas são atribuídos a Alberto Caeiro, um Rather than replacing hydrocarbons entirely, what we need to
dos heterônimos de Fernando Pessoa. do is find ways to use less oil – and use it more efficiently.
This means changing everything from the kinds of cars we
a) O que caracteriza esse heterônimo?
drive, to the homes we live in, to the way we make and dis-
b) O que há de comum nesses dois poemas em termos tribute electricity. It’s a revolution in thought – and in the making.
de estilo? Justifique a sua resposta.
(Adaptado de Newsweek, September 6/September 13, 2004.)

INSTRUÇÃO: o texto a seguir refere-se à questão de número 24. 25. Com relação ao classificado sugerido pelo texto,
Tanta Tinta a) o que ele poderia sumarizar?
Ah! menina tonta, b) que tipo de idéias ele solicitaria?
toda suja de tinta
mal o sol desponta! 26. Quanto aos dois populosos países asiáticos citados pelo
(Sentou-se na ponte, texto,
muito desatenta … a) o que significa a expressão “... have not yet gotten
E agora se espanta: behind the stirring-wheel”?
Quem é que a ponte pinta b) o que acontecerá quando eles forem tão desenvolvi-
com tanta tinta? …) dos quanto os países ocidentais?
A ponte aponta
e se desaponta. 27. Quanto às fontes não-poluentes de energia,
A tontinha tenta a) o que se pode afirmar do ponto de vista econômico?
limpar a tinta,
b) o que o texto afirma sobre a tecnologia do hidrogênio?
ponto por ponto
e pinta por pinta …
28. Com relação à economia proposta pelo texto,
Ah! a menina tonta
Não viu a tinta da ponte! a) de que tipo será ela?
(Cecília Meireles, Ou isto ou aquilo.) b) que espécie de revolução exigirá?
7 UFSC/1ºCad/LP/LI/Red
REDAÇÃO TEXTO 4
O pentágono está construindo sua própria Internet, uma
Leia os textos a seguir. rede mundial militar de computadores para as guerras do fu-
TEXTO 1 turo.
É curioso observarmos as aspirações de desenvolvimento A meta é dar a todos os comandantes e soldados america-
prospectadas no antigo desenho animado Os Jetsons, de mais nos um quadro em movimento de todos os inimigos estran-
de trinta anos atrás, para percebermos o quanto era exatamen- geiros e ameaças — “um ponto de vista de Deus” da Batalha.
te a facilitação do trabalho que ali era privilegiada. Congestiona- Essa “Internet no céu”, disse Peter Teets, subsecretário da
mento de trânsito, problemas com a empregada doméstica? Força Aérea, ao Congresso, permitirá a “marines em um jipe
Nem pensar … Havia tubos acopláveis às costas, robôs para Hummer, em uma terra distante, no meio de uma tempestade,
fazer as tarefas de casa, absoluta praticidade na alimentação, e abrirem seus laptops, requisitarem imagens” de um satélite
por aí era anunciado o que se esperava para o futuro. espião e “obter seu download em segundos”.
Eis que o futuro chegou, e o que tomou a frente da cena (http://noticias.uol.com.br, 13.11.2004.)
parece ter sido mesmo o que diz respeito à comunicação. Creio
poder dizer que, no fim das contas, o que mais se acelerou em
nossos tempos foram os laços que nos ligam, ou tentam nos
ligar, uns aos outros. ( … ) PROPOSTA DE REDAÇÃO
Se em outros momentos da história da humanidade o ho-
mem apelava a outros valores para se haver com as dificulda- Com base na leitura dos textos apresentados e na sua ex-
des da vida — como a constituição da lei, a fé em Deus, as periência pessoal, escreva um texto dissertativo que deverá
luzes da razão —, na contemporaneidade parece ser no anseio ter como tema
de criar laços, de comunicar-se, que o homem aspira a encon-
trar a salvação para suas dificuldades e, sobretudo, para o seu O PAPEL DA INTERNET NA COMUNICAÇÃO
desamparo. ENTRE AS PESSOAS.
(Denise Maurano, Para que serve a Psicanálise?)

Sua redação deverá ser escrita em prosa e obedecer à nor-


ma padrão do português do Brasil.
TEXTO 2
Na lista dos avanços que mais mudaram as feições da hu-
manidade, a internet ocupa um lugar de destaque. No mundo
todo, mais de 600 milhões de pessoas já estão ligadas a ela,
apenas 35 anos depois de sua criação. Por sua capacidade de
integrar, desenvolver o conhecimento e o comércio, a rede
virtual tornou-se um poderoso instrumento de promoção de
mudanças positivas no planeta.
(Veja, 17.11.2004.)

TEXTO 3
Nadezhda Medvdeva, conhecida como Nadia, é uma mu-
lher perigosa. Morena e cheia de curvas, ela coleciona namo-
rados pela rede. Seu alvo são homens do Canadá, da Inglater-
ra, da Austrália, da Nova Zelândia e dos EUA que colocaram
anúncios on-line à procura de namorada.
A relação virtual vai bem até que o casal decide encontrar-
se. Ele envia o dinheiro para a passagem. Ela recebe e desapa-
rece.
Nadia é uma das personagens criadas por um grupo crimi-
noso russo especializado em golpes virtuais.
(Folha de S.Paulo, 10.11.2004.)

UFSC/1ºCad/LP/LI/Red 8
R e s p o s t a s

01

Número da carteira
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Nome do candidato

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VESTIBULAR 2003

PROVAS DE LÍNGUA PORTUGUESA,


DE LÍNGUA INGLESA E DE REDAÇÃO

CADERNO DE QUESTÕES

INSTRUÇÕES

1. Preencher com seu nome e número da carteira os espaços indicados nas páginas 2
e 16 deste caderno.
2. Assinar a Folha Definitiva de Respostas e a capa do seu caderno de respostas, com
caneta de tinta azul ou preta, nos espaços indicados.
3. Esta prova contém 16 questões objetivas, com apenas uma alternativa correta em
cada questão, 12 questões discursivas e uma proposta de redação.
4. Destacar a tira desta página, destinada às respostas das questões objetivas.
5. Depois de assinaladas todas as respostas das questões objetivas, transcrevê-las para
a Folha Definitiva de Respostas.
6. O desenvolvimento e as respostas das questões discursivas e a redação devem ser
feitos nos espaços indicados no caderno de respostas.
7. A duração total da prova é de 4 horas. O candidato somente poderá entregar a prova
e sair do prédio a partir de 2 horas do início da prova.
8. Ao sair, o candidato levará apenas a tira destacada desta página. Este caderno lhe
será entregue ao final das provas de Química, Matemática e História.
9. Transcorridas 4 horas de prova, o fiscal recolherá este caderno, a Folha Definitiva
de Respostas e o caderno de respostas.
Nome do candidato Número da carteira
Funda o
vunesp
2
PROVAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
E DE LÍNGUA INGLESA

1a PARTE

QUESTÕES OBJETIVAS

3
4
LÍNGUA PORTUGUESA 03. Assinale a alternativa que contém um trecho em que o autor
apresenta as informações numa linguagem altamente
conotativa.
Para responder às questões de números 01 a 03, leia o trecho
extraído de Gabriela, cravo e canela, obra de Jorge Amado. (A) ... soltou um bafo pesado de álcool na cara de Nacib ...
O marinheiro sueco, um loiro de quase dois metros, en- (B) Os olhos do árabe fitavam Gabriela a dobrar a es-
trou no bar, soltou um bafo pesado de álcool na cara de Nacib
quina ...
e apontou com o dedo as garrafas de “Cana de Ilhéus”. Um
olhar suplicante, umas palavras em língua impossível. Já cum-
(C) Já cumprira Nacib, na véspera, seu dever de cidadão ...
prira Nacib, na véspera, seu dever de cidadão, servira cachaça
de graça aos marinheiros. Passou o dedo indicador no polegar,
(D) Mas descobriu um broche engraçado, uma sereia dou-
a perguntar pelo dinheiro. Vasculhou os bolsos o loiro sueco,
rada.
nem sinal de dinheiro. Mas descobriu um broche engraçado,
uma sereia dourada. No balcão colocou a nórdica mãe-d’água,
(E) Parecia feita de canto e dança, de sol e luar, era de
Yemanjá de Estocolmo. Os olhos do árabe fitavam Gabriela a
dobrar a esquina por detrás da Igreja. Mirou a sereia, seu rabo cravo e canela.
de peixe. Assim era a anca de Gabriela. Mulher tão de fogo no
mundo não havia, com aquele calor, aquela ternura, aqueles
suspiros, aquele langor. Quanto mais dormia com ela, mais
As questões de números 04 e 05 baseiam-se no poema épico
tinha vontade. Parecia feita de canto e dança, de sol e luar, era
Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, do qual se reproduzem,
de cravo e canela. Nunca mais lhe dera um presente, uma toli-
ce de feira. Tomou da garrafa de cachaça, encheu um copo a seguir, três estrofes.
grosso de vidro, o marinheiro suspendeu o braço, saudou em
sueco, emborcou em dois tragos, cuspiu. Nacib guardou no
bolso a sereia dourada, sorrindo. Gabriela riria contente, diria Mas um velho, de aspeito venerando, (= aspecto)
a gemer: “precisava não, moço bonito ...” Que ficava nas praias, entre a gente,
E aqui termina a história de Nacib e Gabriela, quando re- Postos em nós os olhos, meneando
nasce a chama do amor de uma brasa dormida nas cinzas do Três vezes a cabeça, descontente,
peito. A voz pesada um pouco alevantando,
Que nós no mar ouvimos claramente,
01. No texto, o autor relaciona a cultura nacional à estrangei- C’um saber só de experiências feito,
ra, buscando, por meio da comparação, estabelecer equi- Tais palavras tirou do experto peito:
valências entre elas. O trecho do texto que indica esse tipo
de comparação é “Ó glória de mandar, ó vã cobiça
(A) Passou o dedo indicador no polegar ... Desta vaidade a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
(B) ... servira cachaça de graça aos marinheiros.
C’uma aura popular, que honra se chama!
(C) No balcão colocou a nórdica mãe-d’água ... Que castigo tamanho e que justiça
(D) ... e apontou com o dedo as garrafas de “Cana de Fazes no peito vão que muito te ama!
Ilhéus”. Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles experimentas!
(E) Um olhar suplicante, umas palavras em língua im-
possível.
Dura inquietação d’alma e da vida
Fonte de desamparos e adultérios,
02. A oração Vasculhou os bolsos o loiro sueco, com a substi- Sagaz consumidora conhecida
tuição do complemento verbal por um pronome oblíquo, De fazendas, de reinos e de impérios!
equivale a Chamam-te ilustre, chamam-te subida,
(A) Vasculhou-o os bolsos. Sendo digna de infames vitupérios;
Chamam-te Fama e Glória soberana,
(B) Vasculhou-se o loiro sueco.
Nomes com quem se o povo néscio engana.”
(C) Vasculhou-lhe os bolsos.
(D) Vasculhou-lhes o loiro sueco.
(E) Vasculhou-os o loiro sueco.

5 UFSC/1ºCad/LP/LI/RED
04. Os versos de Camões foram retirados da passagem conhe- 07. As orações interrogativas que finalizam o trecho permi-
cida como O Velho do Restelo. Nela, o velho tem entender que
(A) abençoa os marinheiros portugueses que vão atraves- (A) o amor representa, necessariamente, indecisão.
sar os mares à procura de uma vida melhor.
(B) o amor não revela a sensibilidade humana.
(B) critica as navegações portuguesas por considerar que
elas se baseiam na cobiça e busca de fama. (C) sem culpa não se vive o amor.

(C) emociona-se com a saída dos portugueses que vão (D) não há culpados quando se ama.
atravessar os mares até chegar às Índias. (E) o amor é sentimento de culpa e sofrimento.
(D) destrata os marinheiros por não o terem convidado a
participar de tão importante empresa.
08. Assinale a oração em que, alterando-se a posição do pro-
(E) adverte os marinheiros portugueses dos perigos que eles nome, faz-se a sua adequação ao registro prescrito pela
podem encontrar para buscar fama em outras terras. gramática normativa da língua portuguesa.
(A) Ele tinha a culpa? = Tinha a culpa ele?
05. Entre os versos Chamam-te ilustre, chamam-te subida, / (B) Me franzi. = Franzi-me.
Sendo digna de infames vitupérios, a relação que se esta-
belece é de (C) Os olhos – vislumbre meu ... = Os olhos – meu vis-
lumbre ...
(A) oposição.
(D) ... como o de nenhum pasto. = ... como o de pasto
(B) explicação. nenhum.
(C) causa. (E) De que jeito eu podia amar um homem ... = De que
(D) modo. jeito podia eu amar um homem ...

(E) conclusão.
Para responder às questões de números 09 e 10, leia a charge a
seguir.
As questões de números 06 a 08 referem-se ao trecho de Grande
sertão: veredas, de Guimarães Rosa, reproduzido a seguir.
Nessa obra, a personagem Diadorim é uma mulher que se faz
de homem para entrar no bando de Riobaldo – narrador da
história – e vingar a morte de seu pai. Riobaldo só descobre
isso depois da morte de Diadorim.
Mas Diadorim, conforme diante de mim estava parado,
reluzia no rosto, com uma beleza ainda maior, fora de todo
comum. Os olhos – vislumbre meu – que cresciam sem beira,
dum verde dos outros verdes, como o de nenhum pasto. (...)
De que jeito eu podia amar um homem, meu de natureza igual,
macho em suas roupas e suas armas, espalhado rústico em suas
ações?! Me franzi. Ele tinha a culpa? Eu tinha a culpa?

06. As considerações do narrador mostram-no confuso pelo


fato de 09. As informações da charge, presentes nas falas de ambas
as personagens, permitem afirmar que
(A) estar apaixonado sem ser correspondido.
(A) o marido mora longe do trabalho.
(B) não conseguir esconder o seu amor por Diadorim.
(B) os sapatos são muito caros.
(C) perceber que nutria por Diadorim um amor homosse-
xual. (C) o marido não sabe economizar sapato.
(D) sentir crescer o amor de Diadorim por ele. (D) o preço do combustível está muito alto.
(E) ser ignorado por Diadorim, que não sabe de seu amor. (E) a família tem muita despesa com sapatos.

UFSC/1ºCad/LP/LI/RED 6
10. Na fala da mulher, substituindo é mais barato por é prefe- 4. When the current was first applied to the right angular gyrus,
rível e adequando a frase à norma culta, obtém-se: the woman reported that she was sinking into the bed, as if
falling from a height. As he reports in Nature, a magazine
(A) É preferível comprar sapato toda semana a abastecer thoroughly devoted to the sciences, Dr Blanke then
o carro. systematically applied additional electric currents to the
woman’s right angular gyrus. When she looked at her legs
(B) É preferível comprar sapato toda semana do que abas- during the stimulations, she saw them grow shorter.
tecer o carro. Similarly, her left arm felt as if it was shrinking. And her
head felt much bigger. But when her eyes were averted, the
(C) É preferível comprar sapato toda semana que abaste-
stimulation led to her apparently seeing herself lying in bed,
cer o carro.
from about two metres above it.
(D) É preferível comprar sapato toda semana de que abas- 5. Though he stresses that the mechanisms involved are not
tecer o carro. fully understood, Dr Blanke supposes that such an out-of-
body experience is caused when inputs from the ‘body
(E) É preferível comprar sapato toda semana ante a abas- schema’ – the system that gives one a sense of one’s own
tecer o carro. body – get out of synch with those from the vestibular
system, which is responsible for balance. But deliberately
disrupting this synchronization, Dr Blanke can induce such
experiences.
LÍNGUA INGLESA
6. But this accidental discovery accompanies another pleasing
result for Dr Blanke: after the removal of a small section of
As questões de números 11 a 16 referem-se ao texto seguinte. her brain identified by the study, the epilepsy patient is now
back at work, almost fully cured of her seizures.
(Adaptado de “Transcendental Medicine”, in The Economist,
TRANSCENDENTAL MEDICINE September 21st 2002)

1. American football is often described as a game of inches. 11. Segundo o texto,


Neuroscience is much the same. Forward progress is (A) as pequenas partes de nosso cérebro é que esclare-
difficult, and each stride small. And though the basic cem o funcionamento desse órgão como um todo.
anatomy of the brain is known, it is not always clear what
role each little part plays. Now neuroscientists think they (B) nosso atual conhecimento anatômico do cérebro
may have pinned down the source of out-of-body explicita o funcionamento de cada uma de suas partes.
experiences, phenomena that have long confounded (C) conhecer a anatomia básica do cérebro permitiu-nos
scientists and delighted occultists. explicar a origem do fenômeno extracorpóreo.
2. While probing the brain of a woman who suffered from (D) o conhecimento da anatomia básica do cérebro nos per-
epilepsy, Olaf Blanke, at the University Hospital of Geneva, mite vencer as dificuldades de esportes como o futebol.
found that stimulating the right angular gyrus (a point about
an inch above and slightly behind the right ear, and just (E) nosso conhecimento da anatomia básica do cérebro
inside the skull) caused her to feel that she was travelling nem sempre especifica as funções dos componentes
out of her own body. She also felt herself through dark space, desse órgão.
saw her life pass before her eyes and then entered a realm
of light where she encountered deceased relatives and 12. A paciente tratada pelo Dr. Blanke
friends. She maintained the prevailing emotion during the
process was euphoria. (A) tinha ataques que duravam até 90 minutos por dia.

3. In a treatment undertaken after more than ten years of drug (B) havia se submetido, sem sucesso, a um tratamento com
therapy had failed, around 100 electrodes were implanted eletrodos.
in the woman’s brain. Over the course of a week, the (C) sofria de ataques por ter consumido drogas durante
electrodes were monitored to find the source of electric dez anos.
currents in the brain responsible for the seizures. For around
90 minutes each day, the electrodes were also stimulated to (D) passou por um tratamento que combinava drogas tra-
map the structure of the brain so as to identify language dicionais e choques elétricos.
centres and other vulnerable areas. (E) teve eletrodos implantados no cérebro para que se
identificasse de onde provinham seus ataques.

7 UFSC/1ºCad/LP/LI/RED
13. Durante a experiência extracorpórea, a paciente 16. No parágrafo 5, a palavra one refere-se

(A) sentia que passava primeiro pela luz e, em seguida, (A) ao ‘esquema corpóreo’.
pela escuridão total.
(B) aos pacientes do Dr. Blanke.
(B) tinha consciência de que sua vida ainda não chegara
a um fim. (C) à experiência extracorpórea.

(C) experimentava uma sensação de alegria intensa. (D) às pessoas em geral.

(D) distinguia, em meio à escuridão, parentes e amigos já (E) ao corpo humano.


falecidos.

(E) sentia que, de seu corpo, jorrava um intenso jato de luz.

14. Quando seu giro angular direito era estimulado por uma
corrente elétrica,

(A) um dos membros superiores da paciente parecia estar


diminuindo de tamanho.

(B) o braço esquerdo da paciente parecia-lhe maior que o


natural.

(C) a paciente não conseguia desviar os olhos de suas


próprias pernas, que lhe pareciam mais longas.

(D) a paciente se sentia arrancada da cama e atirada ao


chão.

(E) as pernas da paciente pareciam-lhe maiores e flutuan-


do a dois metros do chão.

15. O Dr. Blanke

(A) acredita já ter chegado à compreensão dos mecanis-


mos das experiências extracorpóreas.

(B) imagina que a experiência extracorpórea ocorre quan-


do deixa de haver sincronia entre dois sistemas de
nosso corpo.

(C) não descarta a possibilidade de a experiência extra-


corpórea combinar elementos físicos e metafísicos.

(D) pensa que a experiência extracorpórea ocorre quan-


do o ‘esquema corpóreo’ e o esquema vestibular en-
tram em sincronia.

(E) acredita que todos os pacientes com problemas neu-


rológicos apresentam problemas em seu ‘esquema
corpóreo’.
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PROVAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
E DE LÍNGUA INGLESA

2a PARTE

QUESTÕES DISCURSIVAS

9
LÍNGUA PORTUGUESA 17. Os trechos de Alencar e Vasconcelos pertencem a diferen-
tes momentos da literatura brasileira e dão indícios muito
claros das características de cada momento.
As questões de números 17 a 19 baseiam-se nos textos a se-
guir. a) Relacione cada trecho à tendência literária a que per-
tence e aponte uma característica de cada que permita
estabelecer tal relação.
Iracema, de José de Alencar.
b) A questão da civilidade é apresentada de forma dife-
Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha rente em cada texto, pelo fato de representarem dife-
embebida no arco partiu. Gotas de sangue borbulham na face rentes momentos histórico-sociais. Comente como essa
do desconhecido. noção define os personagens indígenas nos textos.
De primeiro ímpeto, a mão lesta caiu sobre a cruz da espa-
da; mas logo sorriu. O moço guerreiro aprendeu na religião de
sua mãe, onde a mulher é símbolo de ternura e amor. Sofreu
mais d’alma que da ferida.
(...) 18. Os textos mostram possibilidades de expressão dentro de
A mão que rápida ferira, estancou mais rápida e compas- uma mesma língua: os recursos lingüísticos de Alencar não
siva o sangue que gotejava. Depois Iracema quebrou a flecha são, na sua totalidade, os mesmos empregados por Vas-
homicida; deu a haste ao desconhecido, guardando consigo a concelos.
ponta farpada.
O guerreiro falou: a) Observando a fala de Iracema e Andedura, percebe-se
– Quebras comigo a flecha da paz? que ambos utilizam a 2ª pessoa do singular para se re-
– Quem te ensinou, guerreiro branco, a linguagem de meus ferirem ao seu interlocutor. Em que os usos de ambos
irmãos? Donde vieste a estas matas, que nunca viram outro se diferenciam? Reescreva uma frase de cada uma des-
guerreiro como tu? sas personagens, empregando o registro de 3ª pessoa
– Venho de bem longe, filha das florestas. Venho das ter- do singular.
ras que teus irmãos já possuíram, e hoje têm os meus.
– Bem-vindo seja o estrangeiro aos campos dos tabajaras, b) Como se pode explicar a formação das expressões
senhores das aldeias, e à cabana de Araquém, pai de Iracema. laranjo e chegô, presentes na fala de Andedura?

Rosinha, minha canoa, de José Mauro de Vasconcelos.


19. Em Iracema, Alencar traz como personagem central uma
Achava-se contente da vida, pescando e salgando o seu índia.
peixinho, quando a canoa do índio atracou na praia.
– Que é que foi Andedura? a) Como se define a personagem Iracema, mulher e índia,
Andedura sungou a canoa na areia. em relação ao movimento literário a que pertenceu
– Zé Orocó, tem lá um home. Diz que é dotô. Quando dá Alencar?
fé é mesmo, purque ele tem uma mala cheia de ropa e outra
cheia de munto remédio.
b) Os vocativos presentes nas falas de Iracema e do moço
– E que é que ele quer comigo?
desconhecido permitem analisar como cada um deles
– Sei não. (...) Tu vai?
concebia o outro. Transcreva esses vocativos do texto
O coração de Zé Orocó fez um troque-troque meio
e explique a imagem que Iracema tinha do desconheci-
agoniado. Franziu a testa, tentando vencer, afastar um mau pres-
do e a imagem que ele tinha de Iracema.
sentimento.
– Como é que é o homem?
Grandão, meio laranjo no cabelo. Forte, sempre mudan-
do a camisa pur causa do calô. Se tira a camisa, num güenta
“mororã” purque tem pele branquinha, branquinha. Peitão meio
gordo, ansim que nem ocê, cheio de sucusiri. Quano chegô,
tinha barriga meio grande, mais parece que num gosta munto
de cumida da gente; tá ficano inxuto. Eu pensei que ele fosse
irmão daquele padre Gregoro, que pangalô aqui pelo Araguaia
já vai pra uns cinco ano ...
Feito o retrato o índio descansou ...

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Para responder às questões de números 20 e 21, leia os textos 22. O trigo que semeou o pregador evangélico, diz Cristo que
a seguir. é a palavra de Deus. Os espinhos, as pedras, o caminho e
a terra boa, em que o trigo caiu, são os diversos corações
dos homens. Os espinhos são os corações embaraçados
Psicografia, de Ana Cristina Cesar. com cuidados, com riquezas, com delícias; e nestes afo-
ga-se a palavra de Deus. As pedras são os corações du-
Também eu saio à revelia ros e obstinados; e nestes seca-se a palavra de Deus, e se
e procuro uma síntese nas demoras nasce, não cria raízes. Os caminhos são os corações in-
cato obsessões com fria têmpera e digo quietos e perturbados com a passagem e tropel das coi-
do coração: não soube e digo sas do mundo, umas que vão, outras que vêm, outras que
da palavra: não digo (não posso ainda acreditar atravessam, e todas passam; e nestes é pisada a palavra
na vida) e demito o verso como quem acena de Deus, porque ou a desatendem, ou a desprezam. Fi-
e vivo como quem despede a raiva de ter visto nalmente, a terra boa são os corações bons, ou os ho-
mens de bom coração; e nestes prende e frutifica a pala-
vra divina, com tanta fecundidade e abundância, que se
Autopsicografia, de Fernando Pessoa.
colhe cento por um ...
O poeta é um fingidor. (Padre Vieira, Sermão da Sexagésima)
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
Pode-se dizer que os sermões de Vieira revestem-se de
A dor que deveras sente.
um jogo intelectual no qual se vê o prazer estético do au-
E os que lêem o que escreve, tor para pregar a palavra de Deus, por meio de uma lin-
Na dor lida sentem bem, guagem altamente elaborada.
Não as duas que ele teve,
Mas só as que eles não têm. a) Um dos recursos bastante utilizado por Vieira é o de
E assim nas calhas de roda disseminação e recolha, por meio do qual o autor “lan-
Gira, a entreter a razão, ça” os elementos e depois os retoma, um a um, expli-
Esse comboio de corda cando-os. Transcreva o período em que Vieira faz esse
Que se chama o coração. lançamento dos elementos e indique os termos aos quais
eles vão sendo comparados.
Vocabulário:
comboio: trem de ferro. b) Explique que comparação conduz o fio argumentativo
calhas de roda: trilhos sobre os quais corre o trem de do Padre Vieira neste trecho.
ferro.

20. Compare os poemas de Fernando Pessoa e de Ana Cristina 23. A revista Veja, referindo-se aos empresários brasileiros,
Cesar e responda: na edição de 02.10.2002, às vésperas das eleições, utili-
zou o seguinte título para uma matéria: Eles lularam na
a) Por que se pode dizer que em ambos os poemas está reta final. Tomando-se como referência o contexto das
presente a função metalingüística? eleições, responda:

b) Explique a ambigüidade presente no poema de Fernando a) Qual o significado da forma verbal lularam?
Pessoa, revelada pelo título e pelo adjetivo fingidor, em
contraste com o poema de Ana Cristina Cesar. b) Do ponto de vista gramatical, por meio de que recurso
o verbo da frase foi criado?

21. Na segunda estrofe do poema de Fernando Pessoa, há um


jogo de sentido estabelecido entre os pronomes ele e eles.

a) A quem se refere cada um desses pronomes?

b) Como se pode entender a dor, referida nesta estrofe,


em relação a ele e eles?

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24. Entre eles, o casamento não era a mesma coisa que cos- LÍNGUA INGLESA
tuma ser para os outros; nada tinha das alegrias inefá-
veis ou das ilusões juvenis. Era um ato simples e grave. E
Leia novamente o texto Transcendental medicine, na página
foi o que Estela lhe disse a ele, no dia em que trocaram
7, e responda, em português, às questões de números 25 a 28.
reciprocamente as primeiras promessas.
– Creio que nenhuma paixão nos cega, e se nos casamos
é por nos julgarmos friamente dignos um do outro. 25. Releia o primeiro parágrafo do texto e explique
– Uma paixão de sua parte, em relação à minha pessoa,
seria inverossímil, confessou Luís Garcia; não lha atri- a) a comparação entre o futebol americano e a neurologia.
buo. Pelo que me toca, era igualmente inverossímil um
sentimento dessa natureza, não porque a senhora o não
b) de que forma o autor se refere ao fenômeno da experiên-
pudesse inspirar, mas porque eu já o não poderia ter.
cia extracorpórea.
– Tanto melhor, concluiu Estela; estamos na mesma situa-
ção e vamos começar uma viagem com os olhos abertos e
o coração tranqüilo. Parece que em geral os casamentos
começam pelo amor e acabam pela estima; nós começa- 26. Segundo o texto,
mos pela estima; é muito mais seguro.
(Machado de Assis, Iaiá Garcia) a) onde se localiza o giro angular?

b) o que aconteceu, segundo a paciente, quando lhe foi


Alfredo Bosi, em sua obra História Concisa da Literatu-
aplicada, pela primeira vez, uma corrente elétrica em
ra Brasileira, faz a seguinte consideração:
seu giro angular?
“... livros como A Mão e a Luva e Iaiá Garcia tiveram um
significado preciso na história do romance brasileiro: alar-
garam a perspectiva do melhor Alencar urbano no sentido
de encarecer o relevo do papel social na formação do ‘eu’, 27. No quarto parágrafo do texto,
papel que vem a ser aquela segunda natureza, considerada
em Iaiá Garcia ‘tão legítima e imperiosa como a outra’. a) como é descrita a revista Nature?
O roteiro de Machado após a experiência dos romances
juvenis desenvolveu essa linha de análise das máscaras b) como a paciente sentia sua cabeça?
que o homem afivela à consciência tão firmemente que
acaba por identificar-se com elas.”

a) Qual a concepção de casamento que o autor define em 28. Releia o quinto parágrafo do texto e responda:
sua obra? Confirme a sua resposta com informações
do texto. a) a que se deve a sensação de equilíbrio do corpo humano?

b) Considerando as informações de Alfredo Bosi, especial- b) o que o Dr. Blanke afirma não entender completamente?
mente no que diz respeito às máscaras, de que maneira
Machado concebe a sociedade?

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PROVA DE REDAÇÃO

13
14
PROVA DE REDAÇÃO Se, de um lado, as escolas têm, também, papel fundamen-
tal, com vista à orientação dos jovens, assim como a polícia
deve estar suficientemente aparelhada, ensejando a que haja
As drogas preocupam os diversos segmentos da socieda- maior eficiência no combate ao tráfico, de outro, cabe igual-
de, quer seja pelos jovens cada vez mais cedo tomando parte mente aos médicos e sistemas de saúde, numa ação multidis-
do chamado “mundo das drogas”, quer seja pelo complexo ciplinar, grande responsabilidade, tanto na orientação preven-
sistema do narcotráfico, que tem desafiado, de forma acintosa, tiva, quanto na recuperação dos viciados.
as autoridades.
Está claro, todavia, que com tal iniqüidade não se pode
conviver, diante de uma atitude omissa e irresponsável do po-
Elabore uma dissertação em prosa, expondo seu ponto de der público, cujo problema tem imposto fragorosa derrota a
vista sobre a seguinte questão: todas as nações, consoante o Programa das Nações Unidas para
o Controle de Drogas (UNDCP) revela que o tráfico movi-
menta cerca de 400 bilhões por ano, o equivalente a 8% das
As drogas devem ser liberadas? exportações mundiais, de sorte que a batalha contra os entor-
pecentes seja travada junto a seu elo que se reputa mais frágil
Textos auxiliares: e exposto: os pré-falados viciados.

1) Opiniões de leitores, enviadas ao “Fórum dos Leito-


res” do Jornal O Estado de S.Paulo, em janeiro de 2001. 2) Veja, 14 de novembro de 2001.

– Descriminar e Legalizar – Ao invés de ficar pregando Felipe é um dentista de 53 anos. Como tantos outros de
contra as drogas, porque não agimos de forma positiva? Todos sua geração, começou a fumar maconha nos anos 60, quando a
sabemos que as drogas, nas suas mais variadas formas, são erva fazia parte do pacote básico dos jovens que queriam “con-
consumidas desde a Antigüidade. Como remédios, como anes- testar o sistema” ou apenas “curtir numa boa” (...). Felipe acen-
tésicos, como entorpecentes, como forma de se divertir, como dia baseados escondido dos pais. Depois de adulto e casado,
forma de se esquecer da vida desgraçada, etc. Portanto, sem- continuou a fumar os cigarrinhos enrolados em papel de seda,
pre haverá seres humanos dispostos a consumi-las, sempre. mas sem ocultar o hábito de seus dois meninos. Hoje, a maco-
Na década de 20, os EUA tentaram proibir o consumo da mais nha é um item menos presente no cardápio de Felipe. Mas se
famosa, o álcool. Deu no que deu. Tráfico, tiroteios, mortes. O tornou algo a ser compartilhado com os filhos. No mês passa-
consumo caiu? Não, só aumentou, tiveram de legalizar. Com a do, ele e Lúcio, o primogênito de 26 anos, introduziram o caçula
legalização, o governo passou a arrecadar – e como! – impos- de 16 na rodinha de fumo caseira. Nessas ocasiões, ficamos ale-
tos com o consumo de álcool. A indústria de bebidas cresceu gres, rimos bastante, diz Felipe.
na legalidade, oferecendo empregos. As pessoas que consumiam
escondidas, sem saber de onde vinha o produto, passaram a ter O fenômeno do baseado em família já apresenta propor-
direitos de consumidor, para poder reclamar do produto. Ima- ções suficientes para chamar a atenção dos especialistas no
ginam isso acontecer com a maconha e a cocaína, por exem- tratamento de dependentes químicos. (...)
plo? O governo poderia controlar a produção, taxar fortemente Para esses pais, fumar maconha é uma experiência inó-
e arrecadar muito. Os consumidores estariam protegidos, pois cua, que serve inclusive para estreitar laços. É uma visão equi-
haveria garantias do produto, o fabricante teria sua “marca” e vocada. Assim como o álcool e o tabaco, a maconha faz mal,
tal, como as cervejas. E o melhor de tudo, milhares de vidas que sim, à saúde. Com um agravante: é droga ilegal. Esse fato, no
se perdem hoje nos tiroteios entre traficantes e contra a polícia caso do “baseado em família”, tem implicações maiores do
seriam preservadas. Na Europa os movimentos de des- que a pena criminal. Uma das funções dos pais é inculcar nos
criminalização da maconha ganham força. Quando o Estadão, filhos a obediência a determinados códigos. Em muitos pon-
em seus Editoriais, vai apoiar tal medida? Só depois de atingir- tos, as figuras paterna e materna encarnam as próprias regras
mos mais de um milhão de mortos, ou quando nos EUA toma- sociais, o que é essencial não só para a educação, como para a
rem esta medida e vocês se virem obrigados a copiar? formação da personalidade da criança e do jovem. (...) Os es-
pecialistas são unânimes: se um adulto é usuário de maconha
– É inegável que o uso sistemático de drogas leva à degra- (ou de qualquer outra droga), que a utilize longe da vista de
dação física, psíquica e moral os indivíduos, fato que se cons- seus filhos. A hipocrisia, aqui, é mesmo um elogio que o vício
titui em um desafio a ser vencido pela sociedade como um presta à virtude.
todo, a começar na órbita familiar, onde os pais devem orien-
tar os filhos, perceber suas reações, identificar alterações de
comportamento, impedindo, sobretudo, que se viciem.

15 UFSC/1ºCad/LP/LI/RED
Nome do candidato Número da carteira

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