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CADERNO DE QUESTÕES
INSTRUÇÕES
1. Preencher com seu nome e número de carteira os espaços indicados nesta capa e na página 8
deste caderno.
2. Assinar a Folha Definitiva de Respostas e a capa do seu caderno de respostas, com
caneta de tinta azul ou preta, nos espaços indicados.
3. Esta prova contém 16 questões objetivas, com apenas uma alternativa correta em cada
questão, 12 questões discursivas e uma proposta de redação.
4. Anotar na tabela ao lado as respostas das questões objetivas.
5. Depois de assinaladas todas as respostas das questões objetivas, transcrevê-las para a
Folha Definitiva de Respostas.
6. O desenvolvimento e as respostas das questões discursivas e a redação devem ser feitos
nos espaços indicados no caderno de respostas.
7. A duração total da prova é de 4 horas. O candidato somente poderá entregar a prova e
sair do prédio depois de transcorridas 2 horas, contadas a partir do início da prova.
8. Ao sair, o candidato levará apenas a tira da capa deste caderno. O restante do caderno
será entregue ao candidato ao final das provas de Química, Matemática e História.
9. Transcorridas 4 horas de prova, o fiscal recolherá este caderno, a Folha Definitiva de
Respostas e o caderno de respostas.
LÍNGUA PORTUGUESA
(Cecília Meireles, A arte de ser feliz. Em Escolha seu sonho, p. 24.) (E) Fundou-se uma ONG de intenções nobres.
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The stereotype of the “dumb jock” has never sounded right (B) habilidades físicas e crianças.
to Charles Hillman. A jock himself, he plays hockey four times a (C) testes padronizados e mulheres.
week, but when he isn’t body-checking his opponents on the ice, (D) alunos de 3as. e 5as. séries e crianças.
he’s giving his mind a comparable workout in his neuroscience and
(E) corpos e cérebros.
kinesiology lab at the University of Illinois. Nearly every semester
in his classroom, he says, students on the women’s cross-country 15. A idéia expressa pelo marcador textual even when, em itálico
team set the curve on his exams. So recently he started wondering no texto, é a de que:
if there was a vital and overlooked link between brawn and brains
– if long hours at the gym could somehow build up not just muscles, (A) embora não se considerem os fatores socioeconômicos,
but minds. With colleagues, he rounded up 259 Illinois third and os resultados são confiáveis.
fifth graders, measured their body mass index and put them through (B) mesmo quando considerados os fatores socioeconônicos,
classic PE routines: the “sit-and-reach”, a brisk run and timed push- os resultados são confiáveis.
ups and sit-ups. Then he checked their physical abilities against (C) se considerássemos os fatores socioeconômicos, os re-
their math and reading scores on a statewide standardized test. Sure sultados seriam confiáveis.
enough, on the whole, the kids with the fittest bodies were the ones
(D) porque consideramos os fatores socioeconônicos, os
with the fittest brains, even when factors such as socioeconomic
resultados são confiáveis.
status were taken into account. Sports, Hillman concluded, might
indeed be boosting the students’ intellect – and also, as long as he (E) somente considerando os fatores socioeconônicos, os
didn’t “take the puck to the head”, his own (…) resultados são confiáveis.
(Newsweek, April 9, 2007.)
16. Os resultados da pesquisa indicam que
(A) não há uma relação significativa entre a prática de ativi-
11. Charles Hillman é: dade física e o desempenho do cérebro.
(A) professor e pesquisador da Universidade de Illinois. (B) fazer parte do time de hockey é fundamental para alunos
de 3as. e 5as. séries.
(B) médico neurocirurgião na Universidade de Illinois.
(C) as mulheres têm melhor desempenho nas provas de
(C) estudante da Universidade de Illinois. neurociência do que os homens.
(D) atleta da Universidade de Illinois. (D) estudantes com índice de massa corporal alto não devem
ser submetidos a exercícios físicos.
(E) técnico do laboratório de neurociência da Universidade
(E) há uma forte relação entre a prática de atividade física e
de Illinois.
o desempenho do cérebro.
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* instrumento de tortura
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Texto 1
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CADERNO DE QUESTÕES
INSTRUÇÕES
1. Conferir seu nome e número de inscrição nesta capa e na última página deste caderno.
2. Assinar a Folha Definitiva de Respostas e a capa do seu caderno de respostas, com
caneta de tinta azul ou preta, nos espaços indicados.
3. Esta prova contém 16 questões objetivas, com apenas uma alternativa correta em
cada questão, 12 questões discursivas e uma proposta de redação.
4. Anotar na tabela ao lado as respostas das questões objetivas.
5. Depois de assinaladas todas as respostas das questões objetivas, transcrevê-las para a
Folha Definitiva de Respostas.
6. O desenvolvimento e as respostas das questões discursivas e a redação devem ser
feitos nos espaços indicados no caderno de respostas.
7. A duração total da prova é de 4 horas. O candidato poderá entregar a prova e sair do
prédio somente a partir de 2 horas do início da prova.
8. Ao sair, o candidato levará apenas a capa deste caderno. O restante do caderno lhe será
entregue ao final das provas de Química, Matemática e História.
9. Transcorridas 4 horas de prova, o fiscal recolherá este caderno, a Folha Definitiva de
Respostas e o caderno de respostas.
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1.ª PARTE: QUESTÕES OBJETIVAS
LÍNGUA PORTUGUESA 03. Assinale a alternativa em que o autor faz uso de sentido não-
literal.
(A) “( . . .) todo cuidado é pouco (. . .)”
INSTRUÇÃO: Texto para as questões de números 01 a 05.
(B) “os juros prospectivos são infinitos.”
O valor do futuro depende do que se pode esperar dele. Por- (C) “O desafio é fazer o melhor (. . .)”
tanto: se você acredita de fato em alguma forma de existência
post mortem determinada pelo que fizermos em vida, então todo (D) “(. . .) a morte é o fim definitivo de tudo (. . .)”
cuidado é pouco: os juros prospectivos são infinitos. O desafio é (E) “Se você duvida de qualquer conclusão (. . .)”
fazer o melhor de que se é capaz na vida mortal sem pôr em risco
as incomensuráveis graças do porvir. Se você acredita, ao con-
trário, que a morte é o fim definitivo de tudo, então o valor do
intervalo finito de duração indefinida da vida tal como a conhe- 04. A alternativa em que todas as palavras grifadas são responsá-
cemos aumenta. Ela é tudo o que nos resta, e o único desafio é veis pela coesão do texto é:
fazer dela o melhor de que somos capazes. E, finalmente, se
você duvida de qualquer conclusão humana sobre o após-a-mor- (A) esperar dele, graças do porvir, ela é tudo o que nos resta.
te e sua relação com a vida terrena, então você contesta o dogma- (B) esperar dele, que se é capaz, se você acredita.
tismo das crenças estabelecidas, não abdica da busca de um sen-
tido transcendente para o mistério de existir e mantém uma (C) o desafio é, graças do porvir, que a morte é o fim.
janelinha aberta e bem arejada para o além. O desafio é fazer o
(D) o valor do futuro, forma de existência, todo cuidado é
melhor de que se é capaz da vida que conhecemos, mas sem des-
pouco.
cartar nenhuma hipótese, nem sequer a de que ela possa ser, de
fato, tudo o que nos é dado para sempre. (E) as incomensuráveis graças, ao contrário, valor do inter-
(Eduardo Giannetti, O valor do amanhã, p. 123.) valo.
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INSTRUÇÃO: Texto para as questões de números 06 a 10. 08. O imperativo utilizado por Monsenhor Caldas, ao dar as or-
dens ao preto velho, emprega
Monsenhor Caldas interrompeu a narração do desconhecido:
(A) uma forma indireta.
— Dá licença? é só um instante.
Levantou-se, foi ao interior da casa, chamou o preto velho (B) a terceira pessoa do singular.
que o servia, e disse-lhe em voz baixa:
(C) a primeira pessoa do plural.
— João, vai ali à estação de urbanos, fala da minha parte ao
comandante, e pede-lhe que venha cá com um ou dois homens, (D) a segunda pessoa do singular.
para livrar-me de um sujeito doido. Anda, vai depressa.
(E) a segunda pessoa do plural.
E, voltando à sala:
— Pronto, disse ele; podemos continuar.
— Como ia dizendo a Vossa Reverendíssima, morri no 09. A frase desceu um enxame de almas, no último parágrafo,
dia vinte de março de 1860, às cinco horas e quarenta e três minu- tem o sujeito posposto. Assinale a alternativa em que o su-
tos da manhã. Tinha então sessenta e oito anos de idade. Minha jeito também aparece posposto.
alma voou pelo espaço, até perder a terra de vista, deixando mui- (A) De um atentado, um soldado consegue salvar seu com-
to abaixo a lua, as estrelas e o Sol; penetrou finalmente num es- panheiro.
paço em que não havia mais nada, e era clareado tão-somente por
uma luz difusa. Continuei a subir, e comecei a ver um pontinho (B) Segunda-feira faltou, de novo, um pouco de tinta de im-
mais luminoso ao longe, muito longe. O ponto cresceu, fez-se pressão.
sol. Fui por ali dentro, sem arder, porque as almas são incombus- (C) No salão de Paris, há um Audi com motor de 4,2 litros.
tíveis. A sua pegou fogo alguma vez?
— Não, senhor. (D) Ler biografia de homens célebres é bastante útil.
— São incombustíveis. Fui subindo, subindo; na distân- (E) O mercado financeiro recebeu bem a inclusão das ações
cia de quarenta mil léguas, ouvi uma deliciosa música, e logo que do Bradesco.
cheguei a cinco mil léguas, desceu um enxame de almas, que me
levaram num palanquim feito de éter e plumas.
(Machado de Assis, A segunda vida. Obras Completas, vol. II, p. 440-441.)
10. Assinale a alternativa em que o uso do acento grave da crase
acontece, respectivamente, pelos mesmos motivos específi-
cos presentes nas frases: E, voltando à sala; Morri no dia
vinte de março de 1860, às cinco horas (. . .)
06. Pode-se afirmar, a respeito desse conto de Machado de As-
sis, que (A) Não saio à noite.; Em 1968, fui à Brasília de JK.
(A) reflete o cotidiano carioca na primeira metade do século (B) Estava à toa ontem.; Foi à casa do desembargador.
XIX.
(C) Saiu à francesa.; Você deu a notícia à Maria?
(B) utiliza uma temática bastante rara em toda a sua obra.
(D) Vamos à luta!; Vi o avião à distância de 150 m.
(C) utiliza uma temática comum a autores como Hoffmann
(E) Trouxe dinamismo à história.; Vive à custa do pai.
e Edgar Allan Poe.
(D) tem relação com os temas medievais do romance histó-
rico português.
LÍNGUA INGLESA
(E) trata de um assunto semelhante ao do romance O ateneu.
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2.ª PARTE: QUESTÕES DISCURSIVAS
Texto 1 17. Relacione os dois primeiros textos entre si. Ambos utilizam a
frase “Navegar é preciso, viver não é preciso”, que é tradução
Navegar é Preciso da frase latina “Navigare necesse; vivere non est necesse”.
Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: a) Explique a diferença do uso dessa frase nesses dois textos.
“Navegar é preciso; viver não é preciso”.
b) Em que sentido Guimarães Rosa emprega o substantivo
Quero para mim o espírito [d]esta frase, percisão (= precisão) no texto 3? Construa uma frase
transformada a forma para a casar como eu sou: com o substantivo precisão, dando a ele um sentido di-
ferente do que aparece na frase de Guimarães Rosa.
Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande, 18. Saint-Exupéry, um famoso escritor francês, é autor do seguinte
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo aforismo:
e a (minha alma) a lenha desse fogo. Se você quer construir um navio, não peça às pessoas que
consigam madeira, não lhes dê tarefas e trabalho. Fale antes
Só quero torná-la de toda a humanidade;
a elas, longamente, sobre a grandeza e a imensidão do mar.
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso. a) A que frase do texto de Rubem Alves você ligaria esse
aforismo? Explique por quê.
Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
b) Diz Rubem Alves em seu texto: A vida não se faz com
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
ciência. Faz-se com sapiência. Explique a diferença en-
para a evolução da humanidade.
tre ciência e sapiência nesse contexto.
É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.
(Fernando Pessoa, Navegar é preciso. www.secrel.com.br/jpoesia/
fpesso05.html) 19. Uma outra frase famosa de Fernando Pessoa (Tudo vale a
pena se a alma não é pequena) encontra-se no trecho a se-
guir, retirado do poema Mar Português, pertencente ao livro
Texto 2 Mensagem:
Eu penso por meio de metáforas. Minhas idéias nascem da Valeu a pena? Tudo vale a pena
poesia. Descobri que o que penso sobre a educação está resumido Se a alma não é pequena.
num verso célebre de Fernando Pessoa: “Navegar é preciso. Vi- Quem quer passar além do Bojador
ver não é preciso”.
Tem que passar além da dor.
Navegação é ciência, conhecimento rigoroso. Para navegar,
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
barcos são necessários. Barcos se fazem com ciência, física, nú-
Mas nele é que espelhou o céu.
meros, técnica. A navegação, ela mesma, faz-se com ciência:
mapas, bússolas, coordenadas, meteorologia. Para a ciência da (Fernando Pessoa, Obra poética, p. 82.)
navegação é necessária a inteligência instrumental, que decifra o
segredo dos meios. Barcos, remos, velas e bússolas são meios. a) De que trata essa obra de Fernando Pessoa?
Já o viver não é coisa precisa. Nunca se sabe ao certo. A vida b) Explique o sentido de pequena, no segundo verso.
não se faz com ciência. Faz-se com sapiência. É possível ter a
ciência da construção de barcos e, ao mesmo tempo, o terror de
navegar. A ciência da navegação não nos dá o fascínio dos mares
e os sonhos de portos onde chegar. Conheço um erudito que tudo
sabe sobre filosofia, sem que a filosofia tenha jamais tocado a
sua pele. A arte de viver não se faz com a inteligência instrumen-
tal. Ela se faz com a inteligência amorosa.
(Rubem Alves, Por uma educação romântica, p. 112-113.)
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INSTRUÇÃO: Texto para as questões de números 20 e 21. INSTRUÇÃO: Leia os textos a seguir para responder às questões
de números 22 e 23.
O sertanejo falando
Suave Mari Magno
A fala a nível do sertanejo engana:
as palavras dele vêm, como rebuçadas
Lembra-me que, em certo dia,
(palavras confeito, pílula), na glace
de uma entonação lisa, de adocicada. Na rua, ao sol de verão,
Envenenado morria
Enquanto que sob ela, dura e endurece Um pobre cão.
o caroço de pedra, a amêndoa pétrea,
dessa árvore pedrenta (o sertanejo) Arfava, espumava e ria,
incapaz de não se expressar em pedra. De um riso espúrio e bufão,
Ventre e pernas sacudia
Daí porque o sertanejo fala pouco:
Na convulsão.
as palavras de pedra ulceram a boca
e no idioma pedra se fala doloroso; Nenhum, nenhum curioso
o natural desse idioma fala à força. Passava, sem se deter,
Daí também porque ele fala devagar:
Silencioso,
tem de pegar as palavras com cuidado,
confeitá-las na língua, rebuçá-las; Junto ao cão que ia morrer,
pois toma tempo todo esse trabalho. Como se lhe desse gozo
(João Cabral de Melo Neto, A educação pela pedra. Ver padecer.
Nova Fronteira, 1996, p. 16.) (Machado de Assis, Obra Completa, vol. III, p. 161.)
Seqüência
20. Esse poema consta na primeira parte de A educação pela
pedra, considerada pelo autor sua obra máxima. Depois de Eu era pequena. A cozinheira Lizarda
uma leitura atenta, responda. tinha nos levado ao mercado, minha irmã, eu.
Passava um homem com um abacate na mão
a) Qual o contraste entre a busca da palavra e o resultado e eu inconsciente:
de sua execução na boca do sertanejo? “Ome, me dá esse abacate...”
O homem me entregou a fruta madura.
b) A que se refere, no texto, a palavra ela, no primeiro verso
da segunda estrofe? Justifique sua resposta. Minha irmã, de pronto: “vou contar pra mãe que ocê
pediu abacate na rua.”
Eu voltava trocando as pernas bambas.
Meus medos, crescidos, enormes...
21. Em 27 de outubro de 1973, em entrevista ao jornal carioca A denúncia confirmada, o auto, a comprovação do delito.
O Globo, João Cabral disse: O impulso materno...conseqüência obscura da
escravidão passada,
Eu tentei criar uma outra linguagem, não completamente o ranço dos castigos corporais.
nova, como os concretistas fizeram, mas uma linguagem que Eu, aos gritos, esperneando.
se afastasse um pouco da linguagem usual. Ora, desde o O abacate esmagado, pisado, me sujando toda.
momento em que você se afasta da norma você se faz esta Durante muitos anos minha repugnância por esta fruta
palavra antipática que é “hermético”. Quer dizer, você se
trazendo a recordação permanente do castigo cruel.
faz hermético numa leitura superficial. Agora, se o leitor ler
Sentia, sem definir, a recreação dos que ficaram de fora,
e reler, estudar esse texto, ele verá que a coisa não é tão
hermética assim. Apenas está escrito com um pequeno desvio assistentes, acusadores.
da linguagem usual. Nada mais aprazível no tempo, do que presenciar a
criança indefesa
a) Destaque, na terceira estrofe, desvios da linguagem usual espernear numa coça de chineladas.
vinculados ao emprego das classes de palavra. “é pra seu bem,” diziam, “doutra vez não pedi fruita na rua.”
(Cora Coralina, Vintém de cobre, p. 131-132.)
b) No último verso da terceira estrofe, também é possível
observar um artifício do poeta, que provoca uma releitura.
Explique esse artifício.
22. Depois de comparar os dois textos:
a) explicite o que há de comum entre eles.
b) no segundo texto, cite pelo menos três formas de lingua-
gem que refletem a oralidade do Português do Brasil.
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23. No poema de Cora Coralina, há uma frase sem verbo: Du- electrician and scientific instrument maker Robert W. Paul and
rante muitos anos minha repugnância por esta fruta. his partner Brit Acres in 1896. The British often regard them as
the parents of moving pictures.
a) Qual o sentido dessa frase?
But the Frenchman Louis Lumiere is sometimes credited
b) “Reconstrua” essa frase, colocando um verbo. as inventor of the motion picture one year after Diskison created
his device in America. Although he was preceded by others,
Lumiere’s portable, suitcase-sized cinematographe served as a
24. Contemple a charge: camera, film processing unit, and projector all in one. His
invention, at first, was seen as a “devilish thing”, since people
believed the images it projected could acquire life and harm the
audience.
(www.en.wikipedia.org, Adaptado.)
INSTRUÇÃO: Leia o texto seguinte e responda às questões de INSTRUÇÃO: Leia os textos a seguir
números 25 a 28, em português.
Texto 1
In 1894, W. K. Laurie Dickson, a researcher at Thomas A.
Edison Laboratories, is credited with the invention of a practicable
form of celluloid strip containing a sequence of images, the basis
of a method of photographing and projecting moving images.
Americans often mention him as the inventor of the cinema.
Thomas Edison introduced to the public two pioneering inventions
based on this innovation: the Kinetograph, the first practical
moving picture camera, and the Kinetoscope (the word “kinos”
is Greek for “image”, and was later turned into “cine”). The latter
was a cabinet in which a continuous loop of Dickson’s celluloid
film (powdered by an electric motor) was projected by a lamp
and lens onto a glass. The spectator viewed the image individually
through an eye piece. Kinetoscope parlors were supplied with Quem nunca foi zoado ou zoou alguém na escola? Risadi-
fifty-foot film snippets shot by Dickson, in Edison’s “Black Maria” nhas, empurrões, fofocas, apelidos como “bola”, “rolha de poço”,
studio. These sequences recorded everyday life events (such as “quatro-olhos”. Todo mundo já testemunhou uma dessas “brin-
Fred Ott’s Sneeze, 1894) as well as entertainment acts. cadeirinhas” ou foi vítima delas. Mas esse comportamento, con-
Kinetescope parlors soon spread successfully to Europe. siderado normal por muitos pais, alunos e até professores, está
Edison, however, never cared to patent these instruments on the longe de ser inocente. Ele é tão comum entre crianças e adoles-
other side of the Atlantic, since they relied so heavily on previous centes que recebe até um nome especial: bullying. Trata-se de
experiments and innovations from Britain and Europe. This left um termo em inglês utilizado para designar a prática de atos agres-
the field open for imitations, such as the camera devised by British sivos entre estudantes. Traduzido ao pé da letra, seria algo como
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intimidação. Trocando em miúdos: quem sofre com o bullying é • Antes de ir ao colégio, sua muito e tem dores de barriga ou
aquele aluno perseguido, humilhado, intimidado. de cabeça
E isso não deve ser encarado como brincadeira de criança. • Ele manifesta o desejo de mudar algo em sua aparência
Especialistas revelam que esse fenômeno, que acontece no mun- Cyberbullying. Esse é o nome dado ao tipo de agressão prati-
do todo, pode provocar nas vítimas desde diminuição na auto- cado por meio de artefatos tecnológicos, como blogs na internet e
estima até o suicídio. “Bullying diz respeito a atitudes agressivas, mensagens no celular. Uma pesquisa realizada nos Estados Uni-
intencionais e repetidas praticadas por um ou mais alunos contra dos chegou a um número impressionante sobre o assunto: 20%
outro. Portanto, não se trata de brincadeiras ou desentendimen- dos estudantes americanos de ensino fundamental são vítimas do
tos eventuais. Os estudantes que são alvos de bullying sofrem cyberbullying. Outra pesquisa, essa realizada na Inglaterra, quan-
esse tipo de agressão sistematicamente”, explica o médico Ara- tificou o número de meninas que são alvo de agressões via celu-
mis Lopes Neto, coordenador do primeiro estudo feito no Brasil lar. Isso ocorre com 25% das inglesas.
a respeito desse assunto. Segundo Aramis, “para os alvos de (Veja, 08.02.2006.)
bullying, as conseqüências podem ser depressão, angústia, baixa
auto-estima, estresse, absentismo ou evasão escolar, atitudes de Texto 4
autoflagelação e suicídio, enquanto os autores dessa prática po-
dem adotar comportamentos de risco, atitudes delinqüentes ou
criminosas e acabar tornando-se adultos violentos”.
(www.educacional.com.br. Adaptado.)
Texto 2
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R e s p o s t a s
01
Número da carteira
02
VESTIBULAR 2006
03
04
PROVAS DE LÍNGUA PORTUGUESA,
DE LÍNGUA INGLESA E DE REDAÇÃO 05
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INSTRUÇÕES
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1. Preencher com seu nome e número da carteira os espaços indicados nesta página e
na página 6 deste caderno. 10
2. Assinar a Folha Definitiva de Respostas e a capa do seu caderno de respostas, com
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3. Esta prova contém 16 questões objetivas, com apenas uma alternativa correta em
cada questão, 12 questões discursivas e uma proposta de redação. 12
LÍNGUA PORTUGUESA 03. O trecho — a CGM é onipresente, não deixa passar nada,
nem discrimina ninguém. — pode ser reescrito, sem altera-
ção de sentido, como:
INSTRUÇÃO: As questões de números 01 a 05 referem-se ao
texto seguinte. (A) a CGM é sempre presente, não deixa passar nada, nem
inocenta ninguém.
Na minha opinião, existe no Brasil, em permanente funcio-
namento, não fechando nem para o almoço, uma Central Geral (B) a CGM é ubíqua, não deixa passar nada, nem absolve
de Maracutaia. Não é possível que não exista. E, com toda a ninguém.
certeza, é uma das organizações mais perfeitas já constituídas,
(C) a CGM é virtual, não deixa passar nada, nem exclui nin-
uma contribuição inestimável do nosso país ao patrimônio da
guém.
raça humana. Nada de novo é implantado sem que surja no mes-
mo instante, às vezes sem intervalo visível, imediatamente mes- (D) a CGM é quase presente, não deixa passar nada, nem
mo, um esquema bem montado para fraudar o que lá seja que distingue ninguém.
tenha sido criado. [...] Exemplo mais recente ocorreu em São
Paulo, mas podia ser em qualquer outra cidade do país, porque a (E) a CGM está presente em todo lugar, não deixa passar
CGM é onipresente, não deixa passar nada, nem discrimina nin- nada, nem segrega ninguém.
guém. Segundo me contam aqui, a prefeitura de São Paulo agora
fornece caixão e enterro gratuitos para os doadores de órgãos,
certamente os mais pobres. Basta que a família do morto prove
que ele doou pelo menos um órgão, para receber o benefício. 04. Assinale a alternativa em que a substituição das palavras gri-
Mas claro, é isso mesmo, você adivinhou, ser brasileiro é mera- fadas mantém o mesmo sentido original do trecho: Exemplo
mente uma questão de prática. Surgiram indivíduos ou organiza- mais recente ocorreu em São Paulo, mas podia ser em qual-
ções que, mediante uma módica contraprestação pecuniária, for- quer outra cidade do país, porque a CGM é onipresente.
necem documentação falsa, “provando” que o defunto doou ór- (A) Exemplo mais recente ocorreu em São Paulo, no entan-
gãos, para que o caixão e o enterro sejam pagos com dinheiro to podia ser em qualquer outra cidade do país, uma vez
público. que a CGM é onipresente.
(João Ubaldo Ribeiro. O Estado de S.Paulo, 18.09.2005.)
(B) Exemplo mais recente ocorreu em São Paulo, pois podia
ser em qualquer outra cidade do país, já que a CGM é
onipresente.
01. A frase de João Ubaldo — E, com toda a certeza, é uma das
organizações mais perfeitas já constituídas, uma contribui- (C) Exemplo mais recente ocorreu em São Paulo, podia, pois,
ção inestimável do nosso país ao patrimônio da raça huma- ser em qualquer outra cidade do país, visto que a CGM é
na — reveste-se de um aspecto onipresente.
(A) discriminatório. (D) Exemplo mais recente ocorreu em São Paulo, apesar
(B) gentil. disso podia ser em qualquer outra cidade do país, assim
que a CGM é onipresente.
(C) medíocre.
(E) Exemplo mais recente ocorreu em São Paulo, já que
(D) irônico. podia ser em qualquer outra cidade do país, à medida
(E) ufanista. que a CGM é onipresente.
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3
INSTRUÇÃO: As questões de números 06 a 10 referem-se ao 07. A frase — Quer o senhor vender-mos? — poderia ser rees-
texto seguinte. crita, segundo uma perspectiva contemporânea e coloquial,
da seguinte maneira:
Suponha o leitor que possuía duzentos escravos no dia 12 de
maio e que os perdeu com a lei de 13 de maio. Chegava eu ao seu (A) O senhor quer me vender esses libertos?
estabelecimento e perguntava-lhe: (B) O senhor quer-me os vender?
— Os seus libertos ficaram todos?
(C) O senhor quer me vender-lhes?
— Metade só; ficaram cem. Os outros cem dispersaram-se;
consta-me que andam por Santo Antônio de Pádua. (D) O senhor mos quer vender os libertos?
— Quer o senhor vender-mos? (E) Quer o senhor me os vender?
Espanto do leitor; eu, explicando:
— Vender-mos todos, tanto os que ficaram, como os que fu- 08. No processo argumentativo, o trecho — mas a escritura de
giram. venda terá a data de 29 de abril — tem a função de:
O leitor assombrado: (A) criar uma falsa analogia.
— Mas, senhor, que interesse pode ter o senhor...
(B) desfazer uma incompatibilidade.
— Não lhe importe isso. Vende-mos?
— Libertos não se vendem. (C) estabelecer uma negociação justa.
— É verdade, mas a escritura de venda terá a data de 29 de (D) valorizar a perda de uma das partes.
abril; nesse caso, não foi o senhor que perdeu os escravos, fui eu. (E) abrir caminho a uma renegociação.
Os preços marcados na escritura serão os da tabela da lei de 1885;
mas eu realmente não dou mais de dez mil-réis por cada um.
Calcula o leitor: 09. A frase — Nenhum, pela minha parte, ficam trabalhando de
graça. — pode ser reescrita, sem mudança de sentido, da
— Duzentas cabeças a dez mil-réis são dous contos. Dous
seguinte maneira:
contos por sujeitos que não valem nada, porque já estão livres, é
um bom negócio. (A) nenhum, com a minha parte, fica trabalhando de graça.
Depois refletindo: (B) nenhum pagamento da minha parte, ficam trabalhando
— Mas, perdão, o senhor leva-os consigo? de graça.
— Não, senhor: ficam trabalhando para o senhor; eu só levo (C) nenhum, pela minha parte fica trabalhando de graça.
a escritura.
(D) nenhum deles, pela minha parte, fica trabalhando de graça.
— Que salário pede por eles?
— Nenhum, pela minha parte, ficam trabalhando de graça. (E) nenhum pagamento, pela minha parte, ficam trabalhan-
O senhor pagar-lhes-á o que já paga. do de graça.
Naturalmente, o leitor, à força de não entender, aceitava o
negócio. Eu ia a outro, depois a outro, depois a outro, até arran- 10. Os pronomes seu em — chegava eu ao seu estabelecimento
jar quinhentos libertos, que é até onde podiam ir os cinco contos — (no início do texto) e outro em —Eu ia a outro, depois a
emprestados; recolhia-me a casa e ficava esperando. outro, depois a outro — (no final do texto) têm como refe-
Esperando o quê? Esperando a indenização, com todos os rência, respectivamente:
diabos! Quinhentos libertos, a trezentos mil-réis, termo médio, (A) libertos, libertos.
eram cento e cinqüenta contos; lucro certo: cento e quarenta e
(B) o leitor, ex-donos de escravos.
cinco.
(Machado de Assis, Crônica escrita em 26.06.1888. Obra Completa.) (C) local de comércio, libertos.
(D) o leitor, títulos de posse.
06. A relação que se pode estabelecer entre este texto e o primei-
ro, de João Ubaldo, é: (E) local de comércio, valores.
12. Nos Estados Unidos, a taxa de natalidade entre adolescentes 16. Nas duas ocorrências do último parágrafo do texto, a palavra
(A) apresenta uma tendência recente de diminuição. likely pode ser substituída por
(B) foi mais elevada na década de 1980 que na década de (A) lately.
1990. (B) ultimate.
(C) cresceu em 14% entre 1980 e 1996. (C) probable.
(D) atingiu seu pico nas décadas de 1980 e 1990. (D) certainly.
(E) decresceu na última década, tendo seu pico em 1996. (E) appropriate.
UFSC/1ºCad/LP/LI/Red
5
R e s p o s t a s
01
Número da carteira
02
VESTIBULAR 2005
03
04
PROVAS DE LÍNGUA PORTUGUESA,
DE LÍNGUA INGLESA E DE REDAÇÃO 05
06
CADERNO DE QUESTÕES 07
08
INSTRUÇÕES
09
1. Preencher com seu nome e número da carteira os espaços indicados nesta página e
na página 6 deste caderno. 10
2. Assinar a Folha Definitiva de Respostas e a capa do seu caderno de respostas, com
caneta de tinta azul ou preta, nos espaços indicados. 11
3. Esta prova contém 16 questões objetivas, com apenas uma alternativa correta em
cada questão, 12 questões discursivas e uma proposta de redação. 12
LÍNGUA PORTUGUESA 03. Assinale a frase que apresenta a mesma construção sintá-
tica de: assinaram-se tratados com a aprovação dos go-
INSTRUÇÃO: o texto seguinte refere-se às questões de nú- vernos do Brasil e de Portugal.
meros 01 a 05.
A Unidade Ortográfica (A) Na Declaração do Milênio, divulgaram-se metas de
preservação dos recursos hídricos.
Velhíssima questão a da unidade ortográfica do português
usado no Brasil e em Portugal. Que a prosódia seja diferente, (B) O lance foi acidental: chocaram-se dois jogadores
é natural. Num país imenso como o nosso, há diversas formas numa disputa normal de bola.
de pronunciar as palavras, e o próprio vocabulário admite ex-
pressões regionais — o mesmo acontecendo com todas as lín- (C) Os agentes russos conseguiram infiltrar-se no cora-
guas do mundo. ção político da Alemanha Ocidental.
O diabo é a grafia, sobre a qual os portugueses não abrem
(D) Alguns chefes da Gestapo arrependeram-se de seus
mão de escrever “director”, por exemplo. Não é o mesmo caso
crimes, depois da derrota nazista.
de “facto” e “fato”, que têm significações diferentes e, com
boa vontade, podemos compreender a insistência dos portu- (E) Na feira do Masp, aos domingos, vendia-se muito
gueses em se referir à roupa e ao acontecimento. até 1998.
Arnaldo Niskier, quando presidente da Academia Brasi-
leira de Letras, conseguiu acordo com a Academia de Ciências
de Lisboa, assinaram-se tratados com a aprovação dos gover-
nos do Brasil e de Portugal. O acordo previa o consenso de 04. Sobre as palavras director, facto e fato, pode-se dizer que:
todos os países lusófonos. Na época, somente os dois princi-
pais interessados estavam em condições de obter um projeto (A) director poderia ser escrito de modo diferente e as
comum — mais tarde, Cabo Verde também toparia. outras duas têm o mesmo sentido.
Numa das últimas sessões da ABL, Sérgio Paulo Rouanet,
Alberto da Costa e Silva e Evanildo Bechara trouxeram o pro- (B) director deve permanecer com c, diferentemente de
blema ao plenário — um dos temas recorrentes da instituição facto, que poderia perder essa letra.
é a feitura definitiva do vocabulário a ser adotado por todos os
(C) facto e fato significam coisas diferentes e director
países de expressão portuguesa. (...)
poderia ser escrito sem c.
Cristão-novo nesta questão, acredito que não será para os
meus dias a solução para a nossa unidade ortográfica. (D) as três palavras apresentam diferenças de prosódia e
(Carlos Heitor Cony. Folha de S.Paulo, 10.08.2004.) não de grafia.
01. Segundo o texto, pode-se concluir que (E) apenas director e fato constam no vocabulário ortográ-
fico brasileiro.
(A) a grafia e a prosódia são fatores que impossibilitam a
unificação ortográfica.
(B) a ABL estuda um vocabulário ortográfico comum aos
países lusófonos. 05. Assinale a alternativa que, no texto, apresenta a palavra
(C) a discussão sobre a unificação ortográfica tem ori- ou expressão em itálico em uso figurado:
gem recente.
(A) Não é o mesmo caso de “facto” e “fato”, que têm signi-
(D) a unificação ortográfica entre Portugal e Brasil é uma ficações diferentes ( … )
questão de honra.
(E) tratados ortográficos já foram assinados por todos os (B) ( … ) com boa vontade, podemos compreender a in-
países de expressão portuguesa. sistência dos portugueses ( … )
02. A palavra recorrente, no penúltimo parágrafo do texto, (C) ( … ) um dos temas recorrentes da instituição é a
tem o sentido de feitura definitiva do vocabulário ( … )
(A) requerer (D) Cristão-novo nesta questão ( … )
(B) socorrer
(E) Num país imenso como o nosso ( … )
(C) desentender-se
(D) retornar
(E) vencer
3 UFSC/1ºCad/LP/LI/Red
INSTRUÇÃO: o texto seguinte refere-se às questões de nú- 09. Pedir hóstia por outro nome quer dizer:
meros 06 a 10.
(A) tentar ganhar um beijo.
Em casa, brincava de missa, — um tanto às escondidas,
porque minha mãe dizia que missa não era cousa de brinca- (B) pedir em nome de Capitu.
deira. Arranjávamos um altar, Capitu e eu. Ela servia de sa-
(C) mentir sobre a missa.
cristão, e alterávamos o ritual, no sentido de dividirmos a hós-
tia entre nós; a hóstia era sempre um doce. No tempo em que (D) solicitá-la à vizinha.
brincávamos assim, era muito comum ouvir à minha vizinha:
“Hoje há missa?” Eu já sabia o que isto queria dizer, respondia (E) pedir um doce.
afirmativamente, e ia pedir hóstia por outro nome. Voltava
com ela, arranjávamos o altar, engrolávamos o latim e precipi- 10. Assinale a alternativa que contém palavras que, no texto
távamos as cerimônias. Dominus non sum dignus …* Isto, que de Machado, retomam termos de uma frase anterior, pro-
eu devia dizer três vezes, penso que só dizia uma, tal era a movendo a coesão do texto.
gulodice do padre e do sacristão. Não bebíamos vinho nem
água; não tínhamos o primeiro, e a segunda viria tirar-nos o (A) primeiro, segunda.
gosto do sacrifício. (B) casa, ritual.
(Machado de Assis, Dom Casmurro, Obra completa.)
(C) precipitávamos, cerimônias.
*Trecho da fala do sacerdote, no momento da comunhão, que era proferida
em latim, antes do Concílio Vaticano II. A fala inteira, que deve ser repetida três (D) doce, gulodice.
vezes, é: Dominus non sum dignus ut intres sub tectum meum, sed tantum dic
verbum e sanabitur anima mea, cuja tradução é: Senhor, não sou digno de que (E) dividirmos, alterávamos.
entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e minha alma será salva.
(A) as cidades americanas encolheram porque os brancos (A) é tida como um país em rejuvenescimento, fato provo-
deixaram de viver em seus subúrbios. cado, entre outras coisas, pela queda do comunismo.
(B) houve um acentuado crescimento da população nas (B) está conhecendo um envelhecimento populacional
cidades americanas, o que provocou a deterioração graças, entre outros fatores, ao colapso por que passa
de seus centros. a indústria comunista.
(C) a população branca passou a procurar os subúrbios (C) combina diferentes fatores para evitar que caia a taxa
das cidades americanas para ali residir. de expectativa de vida de sua população.
(D) conheceu, em sua era comunista, taxas de natalidade
(D) os subúrbios de cidades americanas começaram a se
muito baixas, o que só agora está sendo contornado.
deteriorar devido à procura da população branca por
essas áreas. (E) é um país idoso, em que, entre outras coisas, se com-
bina uma taxa de natalidade baixa e uma diminuição
(E) os centros e os subúrbios das cidades americanas
da expectativa de vida.
começaram a se deteriorar.
(A) duas cidades britânicas pagaram com o esvaziamento (A) o crescimento de megacidades como Xangai expli-
urbano pela perda de suas indústrias de base. ca-se por sua localização junto à costa.
(B) Xangai, uma das megacidades do país, incentivou o
(B) orgulhosas cidades da Grã-Bretanha viram sua po-
crescimento de dezenas de outras metrópoles locali-
pulação aumentar devido à instalação de indústrias
zadas junto à costa.
pesadas.
(C) dezenas de cidades tiveram menos sucesso que Xan-
(C) a instalação de indústrias pesadas em cidades da Grã-
gai em termos econômicos, embora continuem a au-
Bretanha provocou um esvaziamento da população.
mentar suas populações.
(D) Manchester e Glasgow exibiam, com orgulho, uma (D) Xangai, uma das doze megacidades do país, apre-
taxa de crescimento diretamente ligado a um surto senta uma das maiores taxas de crescimento bem-su-
da indústria de base. cedido.
(E) duas cidades britânicas orgulhavam-se por ter conse- (E) a expansão populacional de grandes cidades costeiras
guido se livrar de suas indústrias de base. como Xangai se deu à custa do esvaziamento de ou-
tras metrópoles.
(A) hoje não mais se acredita que as mudanças econômi- 16. Segundo a mostra “Shrinking Cities”,
cas e sociais sejam responsáveis pelo caos urbano.
(A) o esvaziamento urbano, tal como o de Detroit e Liver-
(B) os problemas urbanos provocados por mudanças na pool, levou a um crescimento da violência.
economia e na sociedade eram vistos como um fenô- (B) cidades como Detroit e Liverpool, devido a um au-
meno mundial. mento da violência, conheceram uma degradação
(C) o isolamento regional levava as cidades a conhece- urbana.
rem o caos provocado por mudanças econômicas e (C) fica comprovado que cidades menos populosas cons-
sociais. tituem algo positivo, apesar da violência urbana.
(D) hoje não é mais tido como verdadeiro que o caos so- (D) Berlim é uma cidade que, como Detroit e Liverpool,
cial de origem econômica e social constitua algo iso- exibe casas abandonadas e lojas com vidraças que-
lado. bradas.
(E) o caos urbano ainda é tido como uma doença regional (E) cidades com menos população, como as que se locali-
que, em cada caso, provoca um isolamento econômico zavam na ex-Alemanha Oriental, conheceram um de-
e social. créscimo da violência urbana.
5 UFSC/1ºCad/LP/LI/Red
2.ª PARTE: QUESTÕES DISCURSIVAS
LÍNGUA PORTUGUESA 19. O autor do texto utilizou um recurso estilístico para ironizar
a figura do presidente do Gabão e suas atitudes.
INSTRUÇÃO: o texto seguinte refere-se às questões de núme- a) Explique a natureza desse recurso.
ros 17 e 18.
b) Exemplifique esse recurso, retirando exemplos do
AUTO-ESTIMA “Fiz a cirurgia com 16 anos. Não fiz pe- texto.
las outras pessoas, fiz para me olhar no espelho e me sentir
bem (...) Eu sinto como se o meu corpo tivesse absorvido o 20. Releia, com atenção, as últimas cinco linhas do texto e
silicone, como se o peito fosse meu mesmo. E é: meu pai pa- responda:
gou e ele é meu.” C. S., 17, sobre cirurgia plástica que fez nos
seios, ontem na Folha. a) A que se referem, respectivamente, as palavras em-
(Folha de S.Paulo, 03.08.2004.) presa e produto?
b) A que se refere a palavra gabela?
17. Observe as duas últimas linhas do texto e responda às ques-
tões a seguir. INSTRUÇÃO: o texto seguinte refere-se às questões de nú-
meros 21 e 22.
a) Em tese, a última frase desse texto — C. S., 17, sobre
cirurgia plástica que fez nos seios, ontem na Folha Não permita Deus que eu morra
— poderia apresentar dois sentidos. Quais são eles? Sem que ainda vote em você;
b) Qual desse dois sentidos é, automaticamente, descarta- Sem que, Rosa amigo, toda
do pelos leitores do jornal e por que é descartado? Quinta-feira que Deus dê,
Tome chá na Academia
Ao lado de vosmecê,
Rosa dos seus e dos outros,
18. Refletindo sobre o emprego dos pronomes possessivos Rosa da gente e do mundo,
em português, responda:
Rosa de intensa poesia
a) Como, no texto, pode ser definido o sentido de posse De fino olor sem segundo;
presente na expressão como se o peito fosse meu mesmo? Rosa do Rio e da Rua,
b) E como pode ser definido o sentido de posse na expres- Rosa do sertão profundo
são E é: meu pai pagou e ele é meu? (Manuel Bandeira, Estrela da Vida Inteira.)
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INSTRUÇÃO: os dois poemas seguintes referem-se à ques- 24. Esse poema faz parte de uma coleção dedicada por Cecí-
tão de número 23. lia Meireles às crianças.
O luar através dos altos ramos, a) Cite um dos principais recursos estilísticos nele utili-
Dizem os poetas todos que ele é mais zados. Exemplifique.
Que o luar através dos altos ramos. b) A que classe de palavra pertence a palavra tontinha,
Mas para mim, que não sei o que penso, no texto? Cite uma de suas funções na construção
desse texto.
O que o luar através dos altos ramos
É, além de ser
O luar através dos altos ramos, LÍNGUA INGLESA
É não ser mais
INSTRUÇÃO: leia o texto abaixo e responda às questões de
Que o luar através dos altos ramos. números 25 a 28, em português.
(Fernando Pessoa, Obra Poética.)
“Solutions wanted. No idea too weird”. If a classified ad
As bolas de sabão que esta criança could sum up the world’s energy problem, this would be it.
Se entretém a largar de uma palhinha Experts generally agree that our current reliance on fossil fuels
São translucidamente uma filosofia toda. is unsustainable. Already oil is near $50 per barrel, and the
great millions of Chinese and Indians destined to take to the
Claras, inúteis e passageiras como a Natureza,
road in the next decades have not yet gotten behind the stirring-
Amigas dos olhos como as cousas,
wheel. If the clamor over global warming seems apocalyptic
São aquilo que são now, just wait until those two countries are as developed as
Com uma precisão redondinha e aérea, the West.
E ninguém, nem mesmo a criança que as deixa, At the same time, even with higher oil prices, clean energy
Pretende que elas são mais do que parecem ser. sources like wind and solar – not to mention hydrogen, an
(…) unproven technology barely off the drawing boards – don’t
(Fernando Pessoa, Obra Poética.) yet make enough economic sense to replace oil. That’s why
many experts are starting to talk to building a hybrid economy.
23. Ambos esses poemas são atribuídos a Alberto Caeiro, um Rather than replacing hydrocarbons entirely, what we need to
dos heterônimos de Fernando Pessoa. do is find ways to use less oil – and use it more efficiently.
This means changing everything from the kinds of cars we
a) O que caracteriza esse heterônimo?
drive, to the homes we live in, to the way we make and dis-
b) O que há de comum nesses dois poemas em termos tribute electricity. It’s a revolution in thought – and in the making.
de estilo? Justifique a sua resposta.
(Adaptado de Newsweek, September 6/September 13, 2004.)
INSTRUÇÃO: o texto a seguir refere-se à questão de número 24. 25. Com relação ao classificado sugerido pelo texto,
Tanta Tinta a) o que ele poderia sumarizar?
Ah! menina tonta, b) que tipo de idéias ele solicitaria?
toda suja de tinta
mal o sol desponta! 26. Quanto aos dois populosos países asiáticos citados pelo
(Sentou-se na ponte, texto,
muito desatenta … a) o que significa a expressão “... have not yet gotten
E agora se espanta: behind the stirring-wheel”?
Quem é que a ponte pinta b) o que acontecerá quando eles forem tão desenvolvi-
com tanta tinta? …) dos quanto os países ocidentais?
A ponte aponta
e se desaponta. 27. Quanto às fontes não-poluentes de energia,
A tontinha tenta a) o que se pode afirmar do ponto de vista econômico?
limpar a tinta,
b) o que o texto afirma sobre a tecnologia do hidrogênio?
ponto por ponto
e pinta por pinta …
28. Com relação à economia proposta pelo texto,
Ah! a menina tonta
Não viu a tinta da ponte! a) de que tipo será ela?
(Cecília Meireles, Ou isto ou aquilo.) b) que espécie de revolução exigirá?
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REDAÇÃO TEXTO 4
O pentágono está construindo sua própria Internet, uma
Leia os textos a seguir. rede mundial militar de computadores para as guerras do fu-
TEXTO 1 turo.
É curioso observarmos as aspirações de desenvolvimento A meta é dar a todos os comandantes e soldados america-
prospectadas no antigo desenho animado Os Jetsons, de mais nos um quadro em movimento de todos os inimigos estran-
de trinta anos atrás, para percebermos o quanto era exatamen- geiros e ameaças — “um ponto de vista de Deus” da Batalha.
te a facilitação do trabalho que ali era privilegiada. Congestiona- Essa “Internet no céu”, disse Peter Teets, subsecretário da
mento de trânsito, problemas com a empregada doméstica? Força Aérea, ao Congresso, permitirá a “marines em um jipe
Nem pensar … Havia tubos acopláveis às costas, robôs para Hummer, em uma terra distante, no meio de uma tempestade,
fazer as tarefas de casa, absoluta praticidade na alimentação, e abrirem seus laptops, requisitarem imagens” de um satélite
por aí era anunciado o que se esperava para o futuro. espião e “obter seu download em segundos”.
Eis que o futuro chegou, e o que tomou a frente da cena (http://noticias.uol.com.br, 13.11.2004.)
parece ter sido mesmo o que diz respeito à comunicação. Creio
poder dizer que, no fim das contas, o que mais se acelerou em
nossos tempos foram os laços que nos ligam, ou tentam nos
ligar, uns aos outros. ( … ) PROPOSTA DE REDAÇÃO
Se em outros momentos da história da humanidade o ho-
mem apelava a outros valores para se haver com as dificulda- Com base na leitura dos textos apresentados e na sua ex-
des da vida — como a constituição da lei, a fé em Deus, as periência pessoal, escreva um texto dissertativo que deverá
luzes da razão —, na contemporaneidade parece ser no anseio ter como tema
de criar laços, de comunicar-se, que o homem aspira a encon-
trar a salvação para suas dificuldades e, sobretudo, para o seu O PAPEL DA INTERNET NA COMUNICAÇÃO
desamparo. ENTRE AS PESSOAS.
(Denise Maurano, Para que serve a Psicanálise?)
TEXTO 3
Nadezhda Medvdeva, conhecida como Nadia, é uma mu-
lher perigosa. Morena e cheia de curvas, ela coleciona namo-
rados pela rede. Seu alvo são homens do Canadá, da Inglater-
ra, da Austrália, da Nova Zelândia e dos EUA que colocaram
anúncios on-line à procura de namorada.
A relação virtual vai bem até que o casal decide encontrar-
se. Ele envia o dinheiro para a passagem. Ela recebe e desapa-
rece.
Nadia é uma das personagens criadas por um grupo crimi-
noso russo especializado em golpes virtuais.
(Folha de S.Paulo, 10.11.2004.)
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R e s p o s t a s
01
Número da carteira
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VESTIBULAR 2003
CADERNO DE QUESTÕES
INSTRUÇÕES
1. Preencher com seu nome e número da carteira os espaços indicados nas páginas 2
e 16 deste caderno.
2. Assinar a Folha Definitiva de Respostas e a capa do seu caderno de respostas, com
caneta de tinta azul ou preta, nos espaços indicados.
3. Esta prova contém 16 questões objetivas, com apenas uma alternativa correta em
cada questão, 12 questões discursivas e uma proposta de redação.
4. Destacar a tira desta página, destinada às respostas das questões objetivas.
5. Depois de assinaladas todas as respostas das questões objetivas, transcrevê-las para
a Folha Definitiva de Respostas.
6. O desenvolvimento e as respostas das questões discursivas e a redação devem ser
feitos nos espaços indicados no caderno de respostas.
7. A duração total da prova é de 4 horas. O candidato somente poderá entregar a prova
e sair do prédio a partir de 2 horas do início da prova.
8. Ao sair, o candidato levará apenas a tira destacada desta página. Este caderno lhe
será entregue ao final das provas de Química, Matemática e História.
9. Transcorridas 4 horas de prova, o fiscal recolherá este caderno, a Folha Definitiva
de Respostas e o caderno de respostas.
Nome do candidato Número da carteira
Funda o
vunesp
2
PROVAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
E DE LÍNGUA INGLESA
1a PARTE
QUESTÕES OBJETIVAS
3
4
LÍNGUA PORTUGUESA 03. Assinale a alternativa que contém um trecho em que o autor
apresenta as informações numa linguagem altamente
conotativa.
Para responder às questões de números 01 a 03, leia o trecho
extraído de Gabriela, cravo e canela, obra de Jorge Amado. (A) ... soltou um bafo pesado de álcool na cara de Nacib ...
O marinheiro sueco, um loiro de quase dois metros, en- (B) Os olhos do árabe fitavam Gabriela a dobrar a es-
trou no bar, soltou um bafo pesado de álcool na cara de Nacib
quina ...
e apontou com o dedo as garrafas de “Cana de Ilhéus”. Um
olhar suplicante, umas palavras em língua impossível. Já cum-
(C) Já cumprira Nacib, na véspera, seu dever de cidadão ...
prira Nacib, na véspera, seu dever de cidadão, servira cachaça
de graça aos marinheiros. Passou o dedo indicador no polegar,
(D) Mas descobriu um broche engraçado, uma sereia dou-
a perguntar pelo dinheiro. Vasculhou os bolsos o loiro sueco,
rada.
nem sinal de dinheiro. Mas descobriu um broche engraçado,
uma sereia dourada. No balcão colocou a nórdica mãe-d’água,
(E) Parecia feita de canto e dança, de sol e luar, era de
Yemanjá de Estocolmo. Os olhos do árabe fitavam Gabriela a
dobrar a esquina por detrás da Igreja. Mirou a sereia, seu rabo cravo e canela.
de peixe. Assim era a anca de Gabriela. Mulher tão de fogo no
mundo não havia, com aquele calor, aquela ternura, aqueles
suspiros, aquele langor. Quanto mais dormia com ela, mais
As questões de números 04 e 05 baseiam-se no poema épico
tinha vontade. Parecia feita de canto e dança, de sol e luar, era
Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, do qual se reproduzem,
de cravo e canela. Nunca mais lhe dera um presente, uma toli-
ce de feira. Tomou da garrafa de cachaça, encheu um copo a seguir, três estrofes.
grosso de vidro, o marinheiro suspendeu o braço, saudou em
sueco, emborcou em dois tragos, cuspiu. Nacib guardou no
bolso a sereia dourada, sorrindo. Gabriela riria contente, diria Mas um velho, de aspeito venerando, (= aspecto)
a gemer: “precisava não, moço bonito ...” Que ficava nas praias, entre a gente,
E aqui termina a história de Nacib e Gabriela, quando re- Postos em nós os olhos, meneando
nasce a chama do amor de uma brasa dormida nas cinzas do Três vezes a cabeça, descontente,
peito. A voz pesada um pouco alevantando,
Que nós no mar ouvimos claramente,
01. No texto, o autor relaciona a cultura nacional à estrangei- C’um saber só de experiências feito,
ra, buscando, por meio da comparação, estabelecer equi- Tais palavras tirou do experto peito:
valências entre elas. O trecho do texto que indica esse tipo
de comparação é “Ó glória de mandar, ó vã cobiça
(A) Passou o dedo indicador no polegar ... Desta vaidade a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
(B) ... servira cachaça de graça aos marinheiros.
C’uma aura popular, que honra se chama!
(C) No balcão colocou a nórdica mãe-d’água ... Que castigo tamanho e que justiça
(D) ... e apontou com o dedo as garrafas de “Cana de Fazes no peito vão que muito te ama!
Ilhéus”. Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles experimentas!
(E) Um olhar suplicante, umas palavras em língua im-
possível.
Dura inquietação d’alma e da vida
Fonte de desamparos e adultérios,
02. A oração Vasculhou os bolsos o loiro sueco, com a substi- Sagaz consumidora conhecida
tuição do complemento verbal por um pronome oblíquo, De fazendas, de reinos e de impérios!
equivale a Chamam-te ilustre, chamam-te subida,
(A) Vasculhou-o os bolsos. Sendo digna de infames vitupérios;
Chamam-te Fama e Glória soberana,
(B) Vasculhou-se o loiro sueco.
Nomes com quem se o povo néscio engana.”
(C) Vasculhou-lhe os bolsos.
(D) Vasculhou-lhes o loiro sueco.
(E) Vasculhou-os o loiro sueco.
5 UFSC/1ºCad/LP/LI/RED
04. Os versos de Camões foram retirados da passagem conhe- 07. As orações interrogativas que finalizam o trecho permi-
cida como O Velho do Restelo. Nela, o velho tem entender que
(A) abençoa os marinheiros portugueses que vão atraves- (A) o amor representa, necessariamente, indecisão.
sar os mares à procura de uma vida melhor.
(B) o amor não revela a sensibilidade humana.
(B) critica as navegações portuguesas por considerar que
elas se baseiam na cobiça e busca de fama. (C) sem culpa não se vive o amor.
(C) emociona-se com a saída dos portugueses que vão (D) não há culpados quando se ama.
atravessar os mares até chegar às Índias. (E) o amor é sentimento de culpa e sofrimento.
(D) destrata os marinheiros por não o terem convidado a
participar de tão importante empresa.
08. Assinale a oração em que, alterando-se a posição do pro-
(E) adverte os marinheiros portugueses dos perigos que eles nome, faz-se a sua adequação ao registro prescrito pela
podem encontrar para buscar fama em outras terras. gramática normativa da língua portuguesa.
(A) Ele tinha a culpa? = Tinha a culpa ele?
05. Entre os versos Chamam-te ilustre, chamam-te subida, / (B) Me franzi. = Franzi-me.
Sendo digna de infames vitupérios, a relação que se esta-
belece é de (C) Os olhos – vislumbre meu ... = Os olhos – meu vis-
lumbre ...
(A) oposição.
(D) ... como o de nenhum pasto. = ... como o de pasto
(B) explicação. nenhum.
(C) causa. (E) De que jeito eu podia amar um homem ... = De que
(D) modo. jeito podia eu amar um homem ...
(E) conclusão.
Para responder às questões de números 09 e 10, leia a charge a
seguir.
As questões de números 06 a 08 referem-se ao trecho de Grande
sertão: veredas, de Guimarães Rosa, reproduzido a seguir.
Nessa obra, a personagem Diadorim é uma mulher que se faz
de homem para entrar no bando de Riobaldo – narrador da
história – e vingar a morte de seu pai. Riobaldo só descobre
isso depois da morte de Diadorim.
Mas Diadorim, conforme diante de mim estava parado,
reluzia no rosto, com uma beleza ainda maior, fora de todo
comum. Os olhos – vislumbre meu – que cresciam sem beira,
dum verde dos outros verdes, como o de nenhum pasto. (...)
De que jeito eu podia amar um homem, meu de natureza igual,
macho em suas roupas e suas armas, espalhado rústico em suas
ações?! Me franzi. Ele tinha a culpa? Eu tinha a culpa?
UFSC/1ºCad/LP/LI/RED 6
10. Na fala da mulher, substituindo é mais barato por é prefe- 4. When the current was first applied to the right angular gyrus,
rível e adequando a frase à norma culta, obtém-se: the woman reported that she was sinking into the bed, as if
falling from a height. As he reports in Nature, a magazine
(A) É preferível comprar sapato toda semana a abastecer thoroughly devoted to the sciences, Dr Blanke then
o carro. systematically applied additional electric currents to the
woman’s right angular gyrus. When she looked at her legs
(B) É preferível comprar sapato toda semana do que abas- during the stimulations, she saw them grow shorter.
tecer o carro. Similarly, her left arm felt as if it was shrinking. And her
head felt much bigger. But when her eyes were averted, the
(C) É preferível comprar sapato toda semana que abaste-
stimulation led to her apparently seeing herself lying in bed,
cer o carro.
from about two metres above it.
(D) É preferível comprar sapato toda semana de que abas- 5. Though he stresses that the mechanisms involved are not
tecer o carro. fully understood, Dr Blanke supposes that such an out-of-
body experience is caused when inputs from the ‘body
(E) É preferível comprar sapato toda semana ante a abas- schema’ – the system that gives one a sense of one’s own
tecer o carro. body – get out of synch with those from the vestibular
system, which is responsible for balance. But deliberately
disrupting this synchronization, Dr Blanke can induce such
experiences.
LÍNGUA INGLESA
6. But this accidental discovery accompanies another pleasing
result for Dr Blanke: after the removal of a small section of
As questões de números 11 a 16 referem-se ao texto seguinte. her brain identified by the study, the epilepsy patient is now
back at work, almost fully cured of her seizures.
(Adaptado de “Transcendental Medicine”, in The Economist,
TRANSCENDENTAL MEDICINE September 21st 2002)
3. In a treatment undertaken after more than ten years of drug (B) havia se submetido, sem sucesso, a um tratamento com
therapy had failed, around 100 electrodes were implanted eletrodos.
in the woman’s brain. Over the course of a week, the (C) sofria de ataques por ter consumido drogas durante
electrodes were monitored to find the source of electric dez anos.
currents in the brain responsible for the seizures. For around
90 minutes each day, the electrodes were also stimulated to (D) passou por um tratamento que combinava drogas tra-
map the structure of the brain so as to identify language dicionais e choques elétricos.
centres and other vulnerable areas. (E) teve eletrodos implantados no cérebro para que se
identificasse de onde provinham seus ataques.
7 UFSC/1ºCad/LP/LI/RED
13. Durante a experiência extracorpórea, a paciente 16. No parágrafo 5, a palavra one refere-se
(A) sentia que passava primeiro pela luz e, em seguida, (A) ao ‘esquema corpóreo’.
pela escuridão total.
(B) aos pacientes do Dr. Blanke.
(B) tinha consciência de que sua vida ainda não chegara
a um fim. (C) à experiência extracorpórea.
14. Quando seu giro angular direito era estimulado por uma
corrente elétrica,
2a PARTE
QUESTÕES DISCURSIVAS
9
LÍNGUA PORTUGUESA 17. Os trechos de Alencar e Vasconcelos pertencem a diferen-
tes momentos da literatura brasileira e dão indícios muito
claros das características de cada momento.
As questões de números 17 a 19 baseiam-se nos textos a se-
guir. a) Relacione cada trecho à tendência literária a que per-
tence e aponte uma característica de cada que permita
estabelecer tal relação.
Iracema, de José de Alencar.
b) A questão da civilidade é apresentada de forma dife-
Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha rente em cada texto, pelo fato de representarem dife-
embebida no arco partiu. Gotas de sangue borbulham na face rentes momentos histórico-sociais. Comente como essa
do desconhecido. noção define os personagens indígenas nos textos.
De primeiro ímpeto, a mão lesta caiu sobre a cruz da espa-
da; mas logo sorriu. O moço guerreiro aprendeu na religião de
sua mãe, onde a mulher é símbolo de ternura e amor. Sofreu
mais d’alma que da ferida.
(...) 18. Os textos mostram possibilidades de expressão dentro de
A mão que rápida ferira, estancou mais rápida e compas- uma mesma língua: os recursos lingüísticos de Alencar não
siva o sangue que gotejava. Depois Iracema quebrou a flecha são, na sua totalidade, os mesmos empregados por Vas-
homicida; deu a haste ao desconhecido, guardando consigo a concelos.
ponta farpada.
O guerreiro falou: a) Observando a fala de Iracema e Andedura, percebe-se
– Quebras comigo a flecha da paz? que ambos utilizam a 2ª pessoa do singular para se re-
– Quem te ensinou, guerreiro branco, a linguagem de meus ferirem ao seu interlocutor. Em que os usos de ambos
irmãos? Donde vieste a estas matas, que nunca viram outro se diferenciam? Reescreva uma frase de cada uma des-
guerreiro como tu? sas personagens, empregando o registro de 3ª pessoa
– Venho de bem longe, filha das florestas. Venho das ter- do singular.
ras que teus irmãos já possuíram, e hoje têm os meus.
– Bem-vindo seja o estrangeiro aos campos dos tabajaras, b) Como se pode explicar a formação das expressões
senhores das aldeias, e à cabana de Araquém, pai de Iracema. laranjo e chegô, presentes na fala de Andedura?
UFSC/1ºCad/LP/LI/RED 10
Para responder às questões de números 20 e 21, leia os textos 22. O trigo que semeou o pregador evangélico, diz Cristo que
a seguir. é a palavra de Deus. Os espinhos, as pedras, o caminho e
a terra boa, em que o trigo caiu, são os diversos corações
dos homens. Os espinhos são os corações embaraçados
Psicografia, de Ana Cristina Cesar. com cuidados, com riquezas, com delícias; e nestes afo-
ga-se a palavra de Deus. As pedras são os corações du-
Também eu saio à revelia ros e obstinados; e nestes seca-se a palavra de Deus, e se
e procuro uma síntese nas demoras nasce, não cria raízes. Os caminhos são os corações in-
cato obsessões com fria têmpera e digo quietos e perturbados com a passagem e tropel das coi-
do coração: não soube e digo sas do mundo, umas que vão, outras que vêm, outras que
da palavra: não digo (não posso ainda acreditar atravessam, e todas passam; e nestes é pisada a palavra
na vida) e demito o verso como quem acena de Deus, porque ou a desatendem, ou a desprezam. Fi-
e vivo como quem despede a raiva de ter visto nalmente, a terra boa são os corações bons, ou os ho-
mens de bom coração; e nestes prende e frutifica a pala-
vra divina, com tanta fecundidade e abundância, que se
Autopsicografia, de Fernando Pessoa.
colhe cento por um ...
O poeta é um fingidor. (Padre Vieira, Sermão da Sexagésima)
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
Pode-se dizer que os sermões de Vieira revestem-se de
A dor que deveras sente.
um jogo intelectual no qual se vê o prazer estético do au-
E os que lêem o que escreve, tor para pregar a palavra de Deus, por meio de uma lin-
Na dor lida sentem bem, guagem altamente elaborada.
Não as duas que ele teve,
Mas só as que eles não têm. a) Um dos recursos bastante utilizado por Vieira é o de
E assim nas calhas de roda disseminação e recolha, por meio do qual o autor “lan-
Gira, a entreter a razão, ça” os elementos e depois os retoma, um a um, expli-
Esse comboio de corda cando-os. Transcreva o período em que Vieira faz esse
Que se chama o coração. lançamento dos elementos e indique os termos aos quais
eles vão sendo comparados.
Vocabulário:
comboio: trem de ferro. b) Explique que comparação conduz o fio argumentativo
calhas de roda: trilhos sobre os quais corre o trem de do Padre Vieira neste trecho.
ferro.
20. Compare os poemas de Fernando Pessoa e de Ana Cristina 23. A revista Veja, referindo-se aos empresários brasileiros,
Cesar e responda: na edição de 02.10.2002, às vésperas das eleições, utili-
zou o seguinte título para uma matéria: Eles lularam na
a) Por que se pode dizer que em ambos os poemas está reta final. Tomando-se como referência o contexto das
presente a função metalingüística? eleições, responda:
b) Explique a ambigüidade presente no poema de Fernando a) Qual o significado da forma verbal lularam?
Pessoa, revelada pelo título e pelo adjetivo fingidor, em
contraste com o poema de Ana Cristina Cesar. b) Do ponto de vista gramatical, por meio de que recurso
o verbo da frase foi criado?
11 UFSC/1ºCad/LP/LI/RED
24. Entre eles, o casamento não era a mesma coisa que cos- LÍNGUA INGLESA
tuma ser para os outros; nada tinha das alegrias inefá-
veis ou das ilusões juvenis. Era um ato simples e grave. E
Leia novamente o texto Transcendental medicine, na página
foi o que Estela lhe disse a ele, no dia em que trocaram
7, e responda, em português, às questões de números 25 a 28.
reciprocamente as primeiras promessas.
– Creio que nenhuma paixão nos cega, e se nos casamos
é por nos julgarmos friamente dignos um do outro. 25. Releia o primeiro parágrafo do texto e explique
– Uma paixão de sua parte, em relação à minha pessoa,
seria inverossímil, confessou Luís Garcia; não lha atri- a) a comparação entre o futebol americano e a neurologia.
buo. Pelo que me toca, era igualmente inverossímil um
sentimento dessa natureza, não porque a senhora o não
b) de que forma o autor se refere ao fenômeno da experiên-
pudesse inspirar, mas porque eu já o não poderia ter.
cia extracorpórea.
– Tanto melhor, concluiu Estela; estamos na mesma situa-
ção e vamos começar uma viagem com os olhos abertos e
o coração tranqüilo. Parece que em geral os casamentos
começam pelo amor e acabam pela estima; nós começa- 26. Segundo o texto,
mos pela estima; é muito mais seguro.
(Machado de Assis, Iaiá Garcia) a) onde se localiza o giro angular?
a) Qual a concepção de casamento que o autor define em 28. Releia o quinto parágrafo do texto e responda:
sua obra? Confirme a sua resposta com informações
do texto. a) a que se deve a sensação de equilíbrio do corpo humano?
b) Considerando as informações de Alfredo Bosi, especial- b) o que o Dr. Blanke afirma não entender completamente?
mente no que diz respeito às máscaras, de que maneira
Machado concebe a sociedade?
UFSC/1ºCad/LP/LI/RED 12
PROVA DE REDAÇÃO
13
14
PROVA DE REDAÇÃO Se, de um lado, as escolas têm, também, papel fundamen-
tal, com vista à orientação dos jovens, assim como a polícia
deve estar suficientemente aparelhada, ensejando a que haja
As drogas preocupam os diversos segmentos da socieda- maior eficiência no combate ao tráfico, de outro, cabe igual-
de, quer seja pelos jovens cada vez mais cedo tomando parte mente aos médicos e sistemas de saúde, numa ação multidis-
do chamado “mundo das drogas”, quer seja pelo complexo ciplinar, grande responsabilidade, tanto na orientação preven-
sistema do narcotráfico, que tem desafiado, de forma acintosa, tiva, quanto na recuperação dos viciados.
as autoridades.
Está claro, todavia, que com tal iniqüidade não se pode
conviver, diante de uma atitude omissa e irresponsável do po-
Elabore uma dissertação em prosa, expondo seu ponto de der público, cujo problema tem imposto fragorosa derrota a
vista sobre a seguinte questão: todas as nações, consoante o Programa das Nações Unidas para
o Controle de Drogas (UNDCP) revela que o tráfico movi-
menta cerca de 400 bilhões por ano, o equivalente a 8% das
As drogas devem ser liberadas? exportações mundiais, de sorte que a batalha contra os entor-
pecentes seja travada junto a seu elo que se reputa mais frágil
Textos auxiliares: e exposto: os pré-falados viciados.
– Descriminar e Legalizar – Ao invés de ficar pregando Felipe é um dentista de 53 anos. Como tantos outros de
contra as drogas, porque não agimos de forma positiva? Todos sua geração, começou a fumar maconha nos anos 60, quando a
sabemos que as drogas, nas suas mais variadas formas, são erva fazia parte do pacote básico dos jovens que queriam “con-
consumidas desde a Antigüidade. Como remédios, como anes- testar o sistema” ou apenas “curtir numa boa” (...). Felipe acen-
tésicos, como entorpecentes, como forma de se divertir, como dia baseados escondido dos pais. Depois de adulto e casado,
forma de se esquecer da vida desgraçada, etc. Portanto, sem- continuou a fumar os cigarrinhos enrolados em papel de seda,
pre haverá seres humanos dispostos a consumi-las, sempre. mas sem ocultar o hábito de seus dois meninos. Hoje, a maco-
Na década de 20, os EUA tentaram proibir o consumo da mais nha é um item menos presente no cardápio de Felipe. Mas se
famosa, o álcool. Deu no que deu. Tráfico, tiroteios, mortes. O tornou algo a ser compartilhado com os filhos. No mês passa-
consumo caiu? Não, só aumentou, tiveram de legalizar. Com a do, ele e Lúcio, o primogênito de 26 anos, introduziram o caçula
legalização, o governo passou a arrecadar – e como! – impos- de 16 na rodinha de fumo caseira. Nessas ocasiões, ficamos ale-
tos com o consumo de álcool. A indústria de bebidas cresceu gres, rimos bastante, diz Felipe.
na legalidade, oferecendo empregos. As pessoas que consumiam
escondidas, sem saber de onde vinha o produto, passaram a ter O fenômeno do baseado em família já apresenta propor-
direitos de consumidor, para poder reclamar do produto. Ima- ções suficientes para chamar a atenção dos especialistas no
ginam isso acontecer com a maconha e a cocaína, por exem- tratamento de dependentes químicos. (...)
plo? O governo poderia controlar a produção, taxar fortemente Para esses pais, fumar maconha é uma experiência inó-
e arrecadar muito. Os consumidores estariam protegidos, pois cua, que serve inclusive para estreitar laços. É uma visão equi-
haveria garantias do produto, o fabricante teria sua “marca” e vocada. Assim como o álcool e o tabaco, a maconha faz mal,
tal, como as cervejas. E o melhor de tudo, milhares de vidas que sim, à saúde. Com um agravante: é droga ilegal. Esse fato, no
se perdem hoje nos tiroteios entre traficantes e contra a polícia caso do “baseado em família”, tem implicações maiores do
seriam preservadas. Na Europa os movimentos de des- que a pena criminal. Uma das funções dos pais é inculcar nos
criminalização da maconha ganham força. Quando o Estadão, filhos a obediência a determinados códigos. Em muitos pon-
em seus Editoriais, vai apoiar tal medida? Só depois de atingir- tos, as figuras paterna e materna encarnam as próprias regras
mos mais de um milhão de mortos, ou quando nos EUA toma- sociais, o que é essencial não só para a educação, como para a
rem esta medida e vocês se virem obrigados a copiar? formação da personalidade da criança e do jovem. (...) Os es-
pecialistas são unânimes: se um adulto é usuário de maconha
– É inegável que o uso sistemático de drogas leva à degra- (ou de qualquer outra droga), que a utilize longe da vista de
dação física, psíquica e moral os indivíduos, fato que se cons- seus filhos. A hipocrisia, aqui, é mesmo um elogio que o vício
titui em um desafio a ser vencido pela sociedade como um presta à virtude.
todo, a começar na órbita familiar, onde os pais devem orien-
tar os filhos, perceber suas reações, identificar alterações de
comportamento, impedindo, sobretudo, que se viciem.
15 UFSC/1ºCad/LP/LI/RED
Nome do candidato Número da carteira
16