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Caros amigos do CRUSP68,

Estamos iniciando as atividades deste e-group CRUSP68 com o


propósito
de estabelecer um canal de comunicação entre os seus membros,
moradores do CRUSP do período de 1963 a 1968.
Para pertencer ao Grupo CRUSP68, deve ter sido morador ou
frequentador
do CRUSP no período 63-68, e, nesse caso, deve apenas aceitar o
convite. Todos os membros esperam que seja responsável em
suas mensagens,
observando a seguinte ética:
. não enviar spams;
. não repassar correntes;
. não enviar mensagens ofensivas;
. não enviar mensagens com conteúdo sectário ou de propaganda
política
ou religiosa.

Moderadores
Antonio Carlos Molina e Gonzalo Castro

- Queridos amigos!
Adorei esta idéia de criar um grupo para cruspianos de nossa
época.
Ela foi tão marcante em nossas vidas e na vida de nosso país, que
não
poderíamos deixá-la passar em branco.
Esse intercâmbio, aqui no yahoo, permitirá o reencontro de
antigos
amigos, dará a oportunidade a aqueles, que eram apenas
conhecidos, que
agora se conheçam melhor e.... finalmente nos rejuvenecerá pois
entraremos em contacto com nossa juventude, vivida em um
momento e em
um lugar tão marcante, como foi o CRUSP, na história atual do
Brasil.
Apesar de tudo o que passamos, naquele momento histórico, e o
que
sofremos em épocas posteriores, pelo simples fato e
consequência de ter
aí morado..... valeu a pena.....
Acho que justamente o fato de termos sido tão oprimidos e
perseguidos é
o que nos tornou tão íntimos, quase como de uma grande familia.
O que
acontecia com um de nós, afetava a todos. Sofríamos junto.
Também,
porque negar (?) ríamos junto, cantávamos, dançávamos,
namorávamos,
trabalhávamos, estudávamos. Ou seja, fazíamos de tudo....
vivendo
intensamente.
Só essa união pode justificar que esse grande afeto perdure
através
do tempo.
Sou muito feliz e me sinto muito honrada de ter tido a
oportunidade de
pertencer a essa geração do CRUSP68.
Beijos para todos, com muito carinho
Soninha Castanheira

- Oi pessoal aqui é Juercio T Mattos. Lamentávelmente não


poderei comparecer no encontro
por questões de saúde, mas estarei aí no dia muito bem
representado pela
minha espôsa Sylvia Maria Casella T de Mattos(com minha filha
Eugênia e genro Daniel)
e por minha irmã Leila Tavares Lapida e meu querido cunhado
Renê Lapida.
Sendo assim vou deixar para eles chorarem e sorrirem por mim!
Que esse dia seja um grande encontro daqueles que vivenciaram
o ano de 68 que
não terminou e nem quero que termine mais....
Um beijão pra todos
Do, Juércio

- E eu também vou tá lá te representando como agregada do


CRUSP,bjs Tânia

- Este assunto e para ser tratado em familia.


A comissão

- Gonzalo:
Você só pode estar brincando....Assunto de família? Mas falando
da
reunião do Crusp? São as emoções que estão fluindo, as
comunicações
ainda que irrelevantes para alguns, fundamentais para outros.
Este é um grupo. Tudo é válido, sempre que não haja coisas
ofensivas
ou contra as normas do grupo está tudo bem. Aqui é uma
conversa de
cruspianos. Este é o sentido de um grupo, conversas girando
sobre um
tema em comum.
Você está brincando em nome da comissão, não é?
Soninha

- Será que entendi isso como a Soninha?


O Juercio faz parte da minha familia"caroneira", viajamos muito
sem
destino... Lamento que ele não vai comparecer e lamento também
os
problemas de saúde. Melhoras Juercio! Lembre-se que sempre
tem um
avião da CAN esperando por um passageiro... Célia.

- Oi Célia, adorei suas "rememorações", eu fui agregada de fim


de semana por pouco tempo.

Sou irmã do Juércio e da Leila Tavares (BL d) , bjs e até sábado


Tânia.

- Célia,

Vejo que você faz bem meu estilo. Viajar sem saber bem qual era
o
destino e essa última adorei, porque era assim mesmo: havia
sempre um
avião da CAM esperando por um passageiro.
Na verdade, eles gostavam muito da nossa companhía e
tinham prazer em
nos levar.
Pobrezinhos, tinham sempre aquela vida monótona,rotinária....
E de repente, apareciam aqueles estudantes simpáticos,
dispostos a ir
a qualquer lugar e sempre com muita coisa prá contar. Eles
adoravam.
Que grande favor prestamos à CAM também, não é? Eu,
como era muito generosa prestei muitos e sofri com os seus
membros um
pouco de tudo, tempestades, desvios de rota, panes, problemas
que os
obrigavam a ficar em qualquer lugar onde houvesse pista e todas
as
peripécias que aqueles aviões DC3 costumavam submeter à pobre
tripulação. Fomos também acompanhantes destes momentos
difíceis.
Por falar em carona, Dudu, meu querido amigo, se vc não vai ao
almoço,
mamande suas fotos, seus recortes de jornais, toda essa coleção
de
coisas do Crusp maravilhosa que vc tem.
Fausto...... meu querido companheiro, ético, sério, apoiando em
tudo...
Não quer nos ver? Não entendo, mas mande suas fotos.
Teck, meu querido Teck! Quantas noites e dias passamos nessas
estradas
do Brasil, em caminhões, na cabine ou na carroceria, em carros
elegantes, em carros simples, em caminhonetes,,,, dormindo aqui
e ali
onde houvesse lugar. Onde está vc? Eu acho que vou te ver no
almoço.
Vai ser aquele prazer, pois te conservo no coração.
Skaiko, Nelsinho (de Santos) Bolha, meu Deus paro aqui....
Quem poderia acreditar que viajávamos como irmãos, que nos
protegíamos,
que nos defendíamos e que nos respeitávamos, não só entre nós,
mas a
todos aqueles que nos acolhiam.
Formiga, Gilberta, Maira, Cacilda, onde estão as fotos da viagem
de
Manaus, a mais longa e mais completa que fizemos. Éramos 34.
Todo tipo
de carona: por terra, água e ar. Quem tem as fotos de Ilha
Grande, da
Ilha Bela???
Lembro-me de que uma vez minha foto saiu no jornal com
chapeuzinho na
cabeça. não me lembro se pedindo carona ou angariando fundos
para
nossos projetos de conhecer bem o Brasil - Estava a foto e
abaixo
dizia: Essa moça vai amanhã de carona para Manaus.
Meus pais quase infartaram, mas graças a Deus sobreviveram a
tudo isso.
Porque foi muito bom. É que éramos simpáticos mesmo.
Realmente, tudo o que vivi nesta época me transformou em uma
pessoa
forte, lutadora, capaz de enfrentar a grandes dificuldades e
tropeços
que tive aqui no Paraguai, durante a época de ditadura.
Sempre tive um lema: me dobro, mas não me quebro......
Será que isso pode interessar a algúem????
Não sei. A mim.... pois tive prazer escrevendo isso.
É certo que não escrevo bonito ou profundo como o Wolf, mas
ele sempre
foi assim mesmo. Oi Wolf!!!! Saudades de vc.
Desculpem, mas nunca leio o que escrevo. Vai da maneira que sai,
com
erros e tudo.
È como se expulsasse essas coisas tanto tempo contidas.
Beijos a todos. Amanhã eu já viajo para o Brasil. Acho que estou
ficando com gripe ou será tensão pré- evento. Não sei..
Soninha
- Caro Walter (Teco).

Tenho um "slide" do Mario Nogueira, no Apto 402 E, preparando


a cola em uma lata de 20 litros, para "pregarmos" os cartazes da
"V VOLTA DA CIDADE

UNIVERSITÁRIA". Tenho também um "slide" do Scaico


velejando. Tinha do Super Boy arremessando dardo, mas não o
encontrei. Deve ter ficado em Catanduva.

Ralph Conrad, Sirio Florindo de Castro, Wilson Zafalon e eu


construimos uma prancha de surf com projeto americano (na
realidade era havaiano) dentor do Apto 402 E . Foi uma bagunça
por cerca de 35 dias. Como a Poli era quase integral restava-nos
pouco tempo para as atividades carpinteiras. Era uma poeira
doida e muita serragem por todos os cantos, enqunto
trabalhavamos no barco. Assim que parassemos a etapa, tinhamos
a obrigação de varrermos e coletarmos toda a sujeira. Quando a
prancha ficou pronta tinha um belo aspecto, mas devido as
multiplas impermeabilizações ficou muito pesada. Testamos na
lagoa do Crusp (Hoje RAIA OLÍMPICA). Foi descepsionante.
Zafalon levou-a para o mar e voltou frustrado. Para minorar o
problema sugerí colocarmos uma vela. Assim sem saber em 1964
foi criada a primeira prancha de Wind Surf no Brasil. Alguns
anos depois o "Wind Surf" ficou famoso.
O primeiro projeto da Raia Olímpica apresentado ao Cuaso foi de
autoria do Giorgio Frusatti e minha. Tambem fizemos o primeiro
da pista de atletismo e das duas quadras poliesportivas. Mas voce
sempre foi o baluarte do esporte na Cidade Universitária. Bons
tempos.
Abraços a todos os cruspianos e a voce em particular.
Prandi

- Prandi,
Você não imagina o quanto procuramos por esse cartaz. O Silvio
Preto, o Dr. Héldio (médico do ISSU) e outros mais (gostaria de
localizar o Mário Nogueira). Quando criamos a corrida foi com o
nome de São Silvestre Universitária, para conseguir o apoio da
Gazeta Esportiva (na 4ª edição mudamos para "Volta"). Eu tenho
um álbum de recortes da corrida, desde a primeira, que está com
a Fúlvia para ser documentada.
Eu sempre recorria a Secretaria de Esporte e Turismo.
Geralmente tomava um chá de cadeira de 3 a 4 horas (após o
atendimento de todos os políticos). Quando entrava para falar
com o Zancaner conseguia tudo: os cartazes, saía carregado de
medalhas e troféus. Enfim, não gastava nada na organização. Às
vezes colocava dinheiro do meu bolso para comprar material de
papelaria. Conseguíamos a demonstração de fogos de artifício
com um cruspiano de Jacareí que era sobrinho do dono da
Fábrica de Fogos Caramuru (tudo na faixa). Em 1969, com o
CRUSP fechado, como quartel general do Coronel Alvim, apesar
dos inquéritos que respondi, continuei a organização da
competição, com a ajuda da FUPE e da CBDU, pois acreditava
que a interrupção colocaria um fim na nossa iniciativa e a
continuação transformaria a corrida numa tradição na USP, como
aconteceu. Este ano foi realizada em outubro a 45ª Volta da
Cidade Universitária. Colaborei na organização até a 12ª edição
(1975), quando o CEPEUSP, junto com a LAAUSP assumiram a
organização. Só para você ter um idéia, a nossa organização que
contava com o apoio de cruspianos e professores da Escola de
Educação Física, não recebia um centavo para as pequenas
despesas. No ano que passou para o CEPEUSP, foram contratados
de imediato, 200 fiscais de percurso (pode?). É claro que pode,
nós é que éramos idealistas e fazíamos as coisas na raça.
Por falar em passado, tinha um repórter da Gazeta
(fotógrafo), meio desmunhecado, que tínhamos que driblar a todo
custo (tanto o Mário Nogueira como eu). A forma de nos
livrarmos dele era encaminhar para você. Se aconteceu alguma
coisa, nunca soubemos! Ah! Ah! Ah!.
Prandi, esse Cartaz precisava chegar às mãos da Fúlvia
que, posteriormente, fará uma exposição. Vamos deixar o resto
da conversa para o dia 29. um grande abraço, Teco

- "O cartaz está apresentando alguns sinais de idade. Mas


poderá ser apreciado pelos esportistas saudosos. Juntamente
com cartaz separei alguns "slides" da época, onde aparecem
aspectos do CRUSP, de predios e de comemoração no Urso
Branco do último "ENCONTRO DAS CASAS
UNIVERSITÁRIAS". Os "slides" viajarampor 40 anos por
paragens muito hùmidas e muito quentes.
Os fungos provocaram muitos danos nos mesmos. Mas dá para ter
uma idéia do nosso passado no tão venerado CRUSP." Prandi.

- Bem Prandi,
sem problemas,porque nós também estamos apresentando alguns
sinais de idade,e os fungos provocaram muitos danos em
nós,também.
Carreño.

- Elizabeth Gomes dos Santos… estou procurando essa louca


querida desde o começo dessa empreitada cruspiana. Louca
porque? Por tentar transformar uma anarquista nata em
comunista. Morava (clandestina) com ela no 610 D e como
pagamento pela acolhida, tinha que estudar toda noite, um jornal
de um tal de Posadas (?) da Quarta Internacional. Eu lia aquilo
tudo como se estivesse lendo em outra língua. Nada daquilo ficou
na minha memória… O que realmente aprendi com ela, foi dividir
minhas coisas burguesas, como sapatos, roupas e acessórios. A
Beth foi uma ótima professora, me dava exemplos práticos;
acabou com todos meus sapatos (pois pisava torto) e eu acabei
com um “Bamba” turquesa comprado no Bazar 13.

Vinda de um Colégio Interno(10 anos), o CRUSP foi tudo que eu


precisava na vida, para crescer. Já sabia o que era viver em
comunidade e já sabia fazer política; mas lá aprendi que existia
política estudantil e que podia ler outras coisas em vez de ler
livros de etiqueta. Na verdade, a unica coisa que li na época foi “a
história da riqueza do homem” . Tinha tanta coisa que eu queria
fazer.

Naquele tempo,” o mundo era uma festa e eu podia tudo”.

Podia viajar de carona, dormir na hora que quisesse (desde que


estudasse o Posadas), ir ou não ir às aulas, passar o dia e a
“noite” na piscina, gastar todo o dinheiro no bar e ter que
repartir o bandejão com alguém no fim do mês…

Podia também participar de todas as passeatas, jogar bolinhas de


gude na cavalaria, apedrejar o City Bank, estar na Maria Antonia
quando um estudante foi morto, ajudar meu primo Carlos
(centrinho da pedagogia) em pichações, comícios relâmpagos,
panfletagem e a fazer Molotov.

Pois bem, cresci um bocado lá, saí com uma bagagem intelectual e
emocional muito maior do que quando cheguei.

Saí também com um marido fantástico (quem disse que politeco é


bitolado?) e que me aguenta até hoje, como uma anarquista que
sou.

Quero agradecer a todos vocês CRUSPIANOS, que direta ou


indiretamente, contribuíram para que eu seja o que sou.

Muita vida, muito amor e muito riso a todos vocês. Celia


- Pessoal,
Há algum tempo dei de cara e comprei um CD da Claudete
Soares... Só porque ela cantou no show do Urso Branco, na festa
em que a prefeitura do Faria Lima montou para receber o povo do
Crusp, em 1968.
Tinha um secretário da prefeitura que recebeu um convite para o
Encontro das Casas Universitárias e tratou a gente com a maior
deferência. Levou-nos para conhecer as obras que "...preparavam
São Paulo para o Ano 2000..." . Eram grandes obras de infra-
estrutura, previstas para um horizonte de 30 anos, o que
justificava o 2000. É curioso que, então, o tal Ano 2000
estava muito, muito, muito distante... E lá fomos nós conhecer a
escavação e o estaqueamento da Praça Roosevelt, o projeto da
Marginal Tietê - "...uma avenida que vai cortar a cidade bem no
centro da mancha urbana, pois São Paulo sempre foi simétrica em
relação ao rio Tietê..." - , o Sistema de Águas da Cantareira,
etc... Escutamos tudo direitinho, fizemos cara de aprovação e
ganhamos uma noitada no Urso Branco para receber os
estudantes do interior ! Até o ônibus foi de graça !
Bem, o Faria Lima parece que não conseguiu se emplacar como
político alternativo da ditadura, o que era a sua grande
pretensão; logo morreu e as obras, coitadas, todas ela se
tornaram obras de Paulo Maluf...
No Encontro das Casas o time de basquete do Crusp foi um baita
vexame. Tinha três caras bons de bola, o Fausto, o Hugo e o Jean
Charles, arquiteto de Araraquara. Tinha também o Maurão, o
Mineiro, um gringo maluco do Canadá, e um perna-de-pau lá de
Guaratinguetá. Perdemos para Piracicaba e ficamos super
chateados.
Beijos a todos , Fernando Minduim.
- Caro Selles.
Como vai?
O tal Secretário do Prefeito Faria Lima, era o Secretário
Particular do mesmo.
Era sobrinho do Faria Lima. Além de ser muito cavalheiro sempre
demonstrou uma mémoria incrìvel. Ele tinha uma secretária
formada em advocacia pela São Francisco, muito bonita e muito
eficiente. A dupla era o braço direito do prefeito. Durante três
anos a Prefeitura nos auxiliou muito na elaboração dos jogos do
Crusp. Eles eram: Volta da Cidade Universitária (antes chamada
de São Silvestre Universitária), Encontro das Casas
Universitárias. Para eles
precisavamos de aloqamento (Pacaembú) para os atletas vindos
de outrras localidades e do translado em ónibus do Pacaembú
para a Cidade Universitá-ria. A comida conseguiamos do Crusp
(cedidas pela Faculdade de Higiene)
Mas essas histórias são águas passadas e serviram para moldar-
nos para a vida.
Infelizmente nos os cruspianos não tinhamos tempo,nem meios
de treinar-
mos convenientemente para as competições. Em geral o pessoal
da Luís de
Queirós, Ita, Itajubá, São Carlos, tinha disponibilidae de tempo
maior para
preparar e com tecnicos disponíveis.
As histórias são muitas. A memória já não é a mesma. No sábado
tentaremos
reaviva´-las co um "brain storm" de muitos cruspianos.
Abraços, Prandi.

- Esse titulo do Paulo Prandi : "suspense está quase no final",me



arrepios. Ai que medo!!! Será que não vão prender a gente
naquele
colegio? Paranoia cruspiana após 68? Sei lá... mas é que agora eu
tenho 6 cachorros que precisam ser cuidados. Celia

- Cara Célia.
O grande suspense é saber como estão os nossos aspectos
físicos e psicológicos após 40 anos. Teremos memória e
percepção para reconhecer os antigos amigos ou vamos usar (e
muito) a frase: "Quem é voce?"
Alguns terão mudado pouco. Outros estarão irreconhecíveis.
Rioko encontou-me após 35 anos e levou um susto. Envelhecemos
vagarosamente vendo-nos diariamente no espêlho. Quando
comparamos com fotos de muitos anos é que tomamos
conhecimento do estrago. Com os amigos do passado, que
deixamos de ver a muito tempo levaremos susto. Como diz Sonia
Castanheira; eramos esquálidos. Vamos tentar não levar sustos.
Espero vê-la bem, com saúde, com disposição e muita esperança
de podermos nos reunir por muitos e muitos anos ainda.
Abraços , Prandi.

- Paulo, vai ser o maior barato.


Cada um vai estar com sua imagem corporal daquele tempo (na
cabeça,
bem entendido?) vai pensar que foi prá reunião errada e se
perguntar o
que está fazendo numa reunião de velhos. Celia

- BINGO !!!
Celia antecipou tudo.
Scaico, calado mas atento.
- Scaaaico! já vi sua foto.
Só me pareceu um pouco mais amadurecido que naqueles tempos.
Pelo menos está com cabelo, e bigode.
Eu vou sem cabelo, com óculos, uns quilos a mais... mas pelo
menos,
com todos os dentes. Beijão e até lá... Celia

- Estou por viajar a São Paulo, muito emocionada. Mas, como


ainda me
sobra um tempinho e meu trabalho é diretamente no
computador, quero
aproveitá-lo para comentar algo que li e que escreveu a Soniona.
(Oi
querida, como vai?)
Nós do Crusp, em sua maioria oriundos de cidades do interior, ou
de
outros estados e países, éramos puritanos.
Por exemplo, os homens não entravam nos prédios de mulheres e
as
mulheres não entravam no prédio dos homens. Isso era
severamente
respeitado, até perto do final onde nossas regras vieram todas
abaixo.Acho que tanta perseguição e talvez o medo desorganizou
essa
comunidade bem organizada e feliz.
Todos os ambientes eram respeitados. Vida privada só privada
mesmo, em
particular e não comentada. Isso, que hoje em dia pode parecer
inconcebível, era natural naquele espaço e momento. Uma vez
esteve um
psicólogo para falar sobre essa proibição de entrada nos prédios
femininos e nos masculinos. È incrível, mas as mulheres votaram
para
que continuasse igual. Era mais cômodo e mais organizado. Senão
se
transformaria em bagunça foi o argumento.
.Mas, o importante que queria dizer é que éramos uma juventude
sadia.
Não usávamos drogas e não conheci nenhum só viciado nelas.
Também não conheci alcohólicos, se bem tomávamos um shopinho
ou uma
cervejinha em situações especiais.
A única coisa permitida era o cigarro, mas nem todos fumavam. A
maioria
tinha uma vida absolutamente sâ.
Muitos fumávamos, como eu. Isso sim. Estava na moda e não
havia tanta
propaganda contra o cigarro.
Resumindo, tudo o que se divulgou do Crusp foi produto da
fantasia da
sociedade paulista e depois do medo que constituia esse
agrupamento tão
grande e tão unido para os representantes da ditadura.
Tenho que contar ainda o episódio em que todos fomos presos no
ônibus e
fomos parar na delegacia de Pinheiros. Eu era uma das duas
mulheres que
estava no ônibus. Vi que Paulo Negrão comentou.
Irônico pareceria se compararmos o que aconteceu naquele dia
com o que
vemos no comportamento da juventude atual. Mas...são
diferentes
períodos de época e diferentes estilos de atuar. Esse episódio
fica
para outro dia.
QUEM TEM FOTOS DA NOSSA VIAGEM DE MANAUS.
FORMIGA? RUBENS KRAKAUER?
FAUSTO
Beijos e até o evento.
Soninha

- HOMENAGEM AO LAURI (por Célia Bergamasco)

Nunca conversei com o Lauri...


Ele era muito “alto escalão” para a minha ignorância.
Mas um dia,depois de fechado o CRUSP, nos encontramos no
Largo de
Pinheiros e ele me convidou para tomar uma cerveja.
Tomamos a “uma” e mais todas.
Foi aí então que afirmamos nossa amizade (como todo bebum).
Andamos de lá até a Morato Coelho, acho eu, perto da Praça
Benedito
Calixtro; Cantando pelas ruas em altos brados e bebendo de
boteco em
boteco, na maior alegria. Talvez uma das últimas alegrias dele,
pois
logo depois ele saiu de cena.
Fomos parar de madrugada, no apartamento da Kikuko, fazendo a
maior
algazarra. A coitada ficou tão apavorada… e não quis nos deixar
entrar. E eu de tão “turbinada” que estava não lembro o final da
estória…
JURO! JURO MESMO.
Só tenho essa lembrança dele, boa lembrança!!!
No encontro vou beber “uma” por ele.
Por favor Kikuko, apareça pra me ajudar nessa…

- Celia e demais cruspianos.

Vc deve estar se referindo ao nosso querido Lauriberto José


Reis.
Entrei junto com ele na Poli em 1965. Ele era de São Carlos e por
estranho que pareça entrou na Poli e bombou em São Carlos. Ele
era ótimo, amigo do jazz e completamente vagau. Não tinhamos
exatamente as mesmas crenças mas éramos grandes amigos
(aliás, pelo que sei o Lauri era amigo de todos)
Um dia no final de junho de 1969, (Crusp já fechado e eu
morando na Casa do Politecnico), estava saindo da Cidade
Universitária com o meu fusca e o Lauri pedindo carona.
Claro que parei ele subiu e eu perguntei aonde ele ia. Ele me
respondeu que estava meio sem rumo pois acabava de sair do
apartamento e pretendia ir para um hotelzinho. Foi quando lhe
disse que eu estava indo para a casa dos meus pais em Campinas e
ele poderia ocupar a minha vaga na Casa do Politécnico por todo o
mes de julho.
Êle agradeceu muito e perguntou se não iria atrapalhar. no que eu
repondi: claro que não, fica aí, toma conta do pedaço, e não enche
o saco!
Ele ficou duas semanas e deixou um bilhete de agradecimento
que encontrei quando voltei no dia 01 de agosto (infelizmente
joguei fora, depois que li, esse histórico bilhete).
Bom, foi com enorme surpresa que alguns dias depois leio no
jornal que havia acontecido o primeiro sequestro de avião da
Varig de Buenos Aires para Cuba. Chefe dos sequestradores:
Lauribertio José Reis.
Claro que apavorei , mas nunca ninguém soube desse caso que
conto em público pala primeira vez.
Bom , lamentável o que ocorreu em 1973 com o Lauri baleado e
morto em um comicio relampago na Penha.
No encontro vou fazer como vc e beber por êle.
Guru
Antonio Carlos Teixeira Álvares

- Sonia,
Vc tem toda a razão, éramos puritanos. Nunca vi uma droga
pesada nos quatro anos que morei no Crusp. Éramos no máximo
bebuns, de vez em quando.
Bom, eu estava num onibus da viação Vani que, devido a uma
confusão da qual não me lembro bem, acabou indo parar na
delegacia de Pinheiros.
Vc se lembra de mais detalhes?
Pretendo lhe perguntar no sábado.
Guru

- (ui, esse computador nao tem acento- 'E um APPLE - Safari-


Teclado diferente)
Mas, vamos la.....
Oi amigos! Que alegria! Cheguei ontem a noite ) e estou
hospedada em um lugar muito
conhecido e significativo para mim. Na Rua Joao Moura, quase
Cardeal Arcoverde.
Conto o porque:
- Quando o Crusp foi fechado e tivemos aquela triste despedida,
apesar de todo o
choro e angustia, acho que pensavamos que nos encontrariamos
sempre.
Os abracos e beijos nao foram dados no conhecimento de que
nunca mais
encontrariamos, ou pelo menos nao encontrariamos a maior parte
daqueles que ai
estavam se despedindo.
A saida foi violenta, agressiva, sentiamos que nos expulsavam de
nosso lar,
havia aquele sentimento geral de desampararo, mas jovens e sem
experiencia achavamos que tudo
ia se acomodar. Nao entendiamos que aquele era um momento
marcante e definitivo em
nossas vidas.
Entretanto, com o impeto da juventude, no fundo , no fundo,
pensavamos que esse
"chau" era um ate logo, ate dentro de uns dias e nao um adeus,
como realmente foi.
Bom.... nessa noite.... "deste triste dia"..... eu me alojei com
minhas coisas (minha
mudanca) e todo um grupo de desamparados na rua,,,,
exatamente na rua.... tudo
colocado na calcada de um lugar conhecido por nos. Nao era na
Vital Brasil, mas
era ali, perto do Bar Frajola, lugar muito frequentado por nos,
cruspianos. Ficamos ali
com aquele ar de perdidos , que era como nos sentiamos, (sem
chao), com todas as
nossas tralhas, acampados na rua, perto dos barzinhos que ficam
(ou ficavam?) por ali ,
bem a volta do Frajola, acho que perto da ponte cujo nome nao
lembro mais. Tambem nao
sabia que era a ultima vez que estaria neste lugar. Nunca mais
fui.
Bom, devo admitir hoje em dia, com honestidade, que eu teria
muitos lugares
para ficar, casas de parentes, de amigos, mas onde ficaria minha
solidariedade com aqueles
que não tinham pra onde ir? Alem do mais pedir refugio com
todas aquelas coisas? Eu me
sentia desabrigada de minha casa e como tal me comportei. O
CRUSP tinha sido minha casa
durante 4 anos.
Eu disse que traziamos toda nossa "mudanca" e que nao era
grande coisa. Alguns
traziamo inconfundivel cobertor do Crusp e eu..... tambem trazia
uma lembrancinha.
Tinha cometido um crime de roubo. Na verdade fiz uma coisa
bem inusual em mim. Eu, que
sou incapaz de roubar um cobertor de um aviao ou um
travesseirinho ou uma colherinha,
carreguei comigo uma bandeja do restaurante do CRUSP, que
estava, nao me lembro
porque no meu apto -301 - Bloco A. Estava escrito Crusp atras e
achei que seria
uma lembranca importante. Ate hoje a conservo e a palavra
CRUSP permanece, apesar
de todas as vezes que foi lavada.
Continuando meu relato, depois de dormir uma noite na rua,
fomos convidados
para dormir no Estadio do Pacaembu. Na verdade, recebemos
v'arias propostas
solidarias para recolher-nos em algum lugar mais seguro do que a
rua, mas fomos para o Pacaembu,
usando os lugares que correspondiam (acho) aos jogadores de
foot ball.
Estando nesse lugar soube que alguem, nao sei quem, tinha
conseguido um
edificio com varios apartamentos, na Praca Benedito Calixto.
De pastillas verdes, em cima de um Super Mercado Pao de
Acucar, ele foi
praticamente preenchido pelos cruspianos que nao tinham para
onde ir. Eu morava no nono
andar, com a Deusa, a Zuleide, a Elizama (4) alem de todos
aqueles que precisavam de um
refugio provis'orio. Formiga e um grande grupo morava no
primeiro andar Varios outros
apartamentos estavam ocupados por cruspianos e muito
conchav'avamos. Logo
descobriram e a vigilancia foi extrema.
Sentados nos bancos da praca Benedito Calixto ou de p'e ao lado
do predio
estavam esses homens , aparentemente, desocupados, com olhos
ladinos, que os porteiros se
encarregavam de contar-nos que eram do DOPS . Afinal de
contas nao devemos
esquecer nunca que moravamos ai e que eramos considerados
pessoas perigosas.
Acho que nao tinhamos medo. Estavamos acostumados. Mas eles
eram sabidos.
Descobriam coisas nossas. Uma vez que eu resolvi ir a noite para
o Paraguai,
mas ainda nao tinha bem decidido e estava pensando se iria ou
nao, o porteiro me
perguntou se era verdade que eu viajaria naquela noite para fora
do pais.
Isso nao so implica em eficiencia, senao que acredito em um dom
superior talvez:
o da mediunidade. Ha, ha,ha.....
Bom, aqui estou eu na Joao Moura, bem no lugar em que moravam
o Alvaro e a Maria
do Carmo, com a Kikuko nos fundos, ao lado da casa que morava
Marilia Pera com o
filho e uma amiga, em frente a casa que morava o Nelson
Goncalvez, aquele grande
cantor, que estava passando por uma fase de recuperacao do
alcohol. Rua animada essa. Quem
aqui morou vai poder confirmar tudo isso.
POIS BEM : Aqui estou e volto ao comeco - Estou em Sao Paulo
..........
VIVA!!!!!!
Maravilhoso. Bonita! Linda cidade Adoro...
Mas sabem o que eu tenho aqui na minha frente ? Adivinhem o
que eu posso ver
desde o lugar onde estou sentada?
Aquele predinho que foi por nos inaugurado depois do
fechamento do Crusp, cujas
pastilhas verdes, continuam perfeitas. Apesar de um pouco
desbotadas vejo que
se conservaram muito melhor do que eu.
Estou em uma cobertura e vejo tambem uma parte da praca
Benedito Calixto que
naquela epoca era uma praca comum e apenas a nossa praca,
aquela que eu tinha medo de
atravessar quando voltava quase meia noite depois de dar aulas
num Colegio
Estadual do Butanta.
Hoje sei que ela esta mais famosa, ladeada por uma avenida
importante, acho que
Henrique Schauman, e e tambem local de uma feira de
artesanato e moveis
antigos.... que a fez mais conhecida do p'ublico em geral.
Bom, estou aqui, em casa de amigos queridos, mas que estao fora,
um trabalhando, outra
na fisioterapia, no medico, criancas na escola.
Bem, estou em Sao Paulo e devo estar feliz..... Mas estou no
computador outra
vez. Vou sair um pouco no terraco para sentir o ar cheiroso. Que
cheiro tao bom o de
São Paulo! Voces nao sentem?
Sera cheiro de poluicao? Nao sei..... 'E o cheiro de Sao Paulo.
So sei que 'e um cheiro gostoso que esta guardado no fundo do
meu coracao. Há quarenta
anos eu nao moro mais aqui,,,,,,,, e este 'e o cheiro do afeto.
Se alguem ler isso e tambem estiver sem nada que fazer e quiser
me ligar o
telefone e:
31313903
Beijos Soninha Castanheira
- Obs - Espero que me chamem logo porque senao, como nao
posso ficar sem fazer
nada vou contar o dia que fomos presos na delegacia de Pinheiros
por bagunca no
onibus.
Para aqueles que estiveram presentes, (acho que era um Vani
inteiro) e nao
lembram o nome do delegado, eu lembro: Chamava-se Dr. David
Vicente - Samb'em porque eu
lembro?
- Porque minha memoria 'e otima para coisas inuteis
RAIOS DE COMPUTADOR QUE NADA FUNCIONA DIREITO -
OU FALTA TECLA OU ESTA
TUDO FORA DE LUGAR

- Medo, medo, medo…(Célia Bergamasco)

No momento não sei explicar nada…


É tudo tão confuso lá dentro…
Só sei sentir… E como sinto…
Só com esse encontro virtual, são tantas as emoções, excitações,
agitações e ansiedades aflorando…
Sinto toda essa agitação psicológica, como se estivesse me
aprontando para ir a uma passeata… só que agora… com muito
medo.
Onde se escondeu aquele ser idealista, para quem não existiam
barreiras?
Cadê aquele ser que podia tudo?
Será que está fechado (no inconsciente) como o foi o CRUSP?
Terá sido a experiência cruspiana um rito de passagem para
todos nós?
Estaremos de novo experienciando mais um rito de passagem?
Para onde agora? Para onde?
Talvez seja esse o medo…
Será nossa agonia psicológica (de agora), igual à dos que foram
torturados ou mortos pela repressão?
Fomos “usados” pelo sistema para produzirmos… ”usados” pela
biologia para reproduzirmos…
Mas em compensação a todo esse uso, fomos “abençoados” com a
experiência cruspiana. Ao Universo, que hoje se regozija
conosco, meus mais sinceros agradecimentos.
Aonde nos levará tudo isso…?
Não estaremos como diziam os mais antigos que nós, “cutucando a
onça com vara curta?”
POBRE FREUD…
Vamos nesse dia (29/11/200) cozinhar a ele e a toda sua teoria,
no nosso caldeirão de “MEMÓRIAS, SONHOS E REFLEXÕES”.

- Minha cara Célia.


O que voce está descobrindo é o seu furacão interno.
Lembre-se que voce não é a única. Creio que cerca de 100% dos
cruspianos
estão com emoções muito parecidas. Não vá para o "porão". Ele
não a protegerá.
Saia para ver a sua querida São Paulo da juventude e use todas
as emoções, ansiedades e exitações para tomar um vinho e
relaxar para o "AMANHÃ CRUSPIANO".
Boa sorte. Prandi

- Confesso que também estou com essa mesma sensação. Medo.


Não faço a mínima idéia o que me causará mexer nessa urna que
trazemos fechada dentro de nós.
Às vezes penso que seja melhor deixá-la lá, quieta.
Guardando seus deslumbramentos e seus assombros. Álvaro

- O pessoal está preocupado com o impacto, com a expectativa e,


como disse o Álvaro,
com a abertura da urna, já que o local irá concentrar uma
energia capaz de remover montanhas
. Agora, se estão preocupados, preparem-se para o "day after"
(despedida). Teco
- Embora tenha achado muito bonito o que o Teco escreveu
quanto ao impacto; só vou poder comentar depois.
Não posso falar de uma experiência que não tive ainda.
Estou ansiosa prá mais essa vivência . Celia

- Ok Paulo, Ok Alvaro, muito obrigada pela empatia.


É bom saber que mais gente também está em ebulição...
Acho que vamos explodir com o caldeirão do Freud!
Se algo de ruim me acontecer...(infarto) "prometam" que pegam
de pau
essa comissão que está a abrir essa caixa de Pandora. Celia

- Meus queridos cruspianos


Realmente se aproxima a hora do encontro. Mais do que medo,
acho que a palavra
certa e emoção. Estamos vibrantes ante esta expectativa de ver-
nos novamente.
Tivemos novamente a oportunidade de comunicar-nos. Muito
escrevemos, muito
falamos e isso foi bom , porque já ha uma parte do caminho
recorrida. Voltamos a
entrar em contato...
Entretanto, deixamos algo de lado............O RECONHECIMENTO
O agradecimento que devemos a essa comissão organizadora, que
trabalhou para
que isso se tornara realidade.
Reconhecer que sem este grupo de pessoas, que tomou esta
decisão de levar a
cabo tão grandiosa jornada, esse sonho nao seria possível.
Reconhecer que vimos aparecer o web-site do Crusp, vimos o e-
grupo do Crusp no
Yahoo, vimos o Blog e o Fotoblog do Crusp. Nesses espaços,
pudemos expor e
deixar soltos nossos sentimentos, revendo e lendo tanta coisa
interessante. Vibramos
com elas .
Ate nos foi possível colaborar escrevendo alguma coisa. Mas
esses espaços nao
saíram do nada.
Quem esteve atras de tudo isso?
Quem trabalhou horas, dias e meses, armando esses lugares em
seus computadores,
selecionando fotos, mensagens, postando-as, buscando pessoas e
mil e outras
atividades concernentes a organização de um evento desta
magnitude?
Tudo isso, sem falar da forca que tiveram de enfrentar este
empreendimento.
Alguém, algum dia, precisaria reivindicar o que foi por nos vivido
e quase nunca
mencionado.
Obrigada a todos vocês da Comissão Organizadora, por
antecipado, por tudo que já
nos brindaram do seu tempo,do seu trabalho, do seu carinho e do
seu amor, porque ao
doar a todos nos, em nome do CRUSP, doaram muito de vocês
mesmos.
Obrigada. De coração agradeço, em meu nome , mas acho que
todos, conjuntamente
agradecemos. Soninha Castanheira
Obs. Desculpem os acentos
- Oi gente, estou saída do "porão" (aconselhada pelo Paulo
Prandi).
Nada como uma boa noite de sono, acordar e ter um insight de
que
nossa prisão no CRUSP, foi uma passagem para a vida
adulta(fomos
presos, literalmente,num casulo de adulto); e que esse
reencontro é
uma passagem para a nossa velhice.
BEM VINDA, TERCEIRA IDADE!!! BENVINDA.
É a nossa liberdade dessa sociedade que nos oprimiu a todos,
durante a idade adulta. Agora "PODEMOS TUDO" de novo.
VIVA A ANARQUIA!!! Abaixo a democracia!!!
beijos e mais beijos a todos, agora é tudo só alegria! Celia

- Assino embaixo!!! É praticamente um manifesto!!!

Li pelo telefone para a Suely Bastos que, de última hora, desistiu


de ir.
Mas também perguntou "onde é que eu assino?".
Maristela Bernardo

- Oi, Célia

Foi legal ler seu e-mail.

Só discordo de que “esse encontro é uma passagem para a


velhice”.

Nós não somos velhos (talvez velhos amigos que não se vêem há
muito tempo).

Na realidade, ao invés de velhos, idosos, de terceira idade, etc...


NÓS SOMOS DE FATO JOVENS DE CORAÇÃO!!

Um grande abraço e até amanhã!

Nelson Toledo (o Dum-Dum, que morava no E-507)

- Cruspianos,
Primeiro, parabéns a todos pela iniciativa, adesão, pelo excelente
texto à imprensa e, por não deixar que uma data tão importante
em nossas vidas passasse sem uma comemoração tão ao nosso
estilo!!

Entrei no curso de Ciências Sociais em 68 e, coerente com


minhas idéias, vivi intensamente os movimentos (a começar pelo
dos excedentes) debates, assembléias, passeata e também - as
aulas. A invasão da Maria Antônia deslocou o eixo para a Cidade
Universitária, e o CRUSP deixou de ser um local onde eu
pernoitava após uma festa para ser o centro da participação na
vida estudantil. Era lá que as coisas aconteciam, que eu
encontrava as pessoas e as experiências que buscava:tanto as
discussões políticas quanto as culturais (quem lembra das idas ao
Ferreira e de Solano Trindade?); às vezes algumas me
assustavam um pouco como festas que acabavam na piscina, mas
nunca nos preocupava caminhar a noite por qualquer de seus
caminhos.
Nunca cheguei a morar lá, mas era "agregada" do 608 A onde
morava minha irmã Arlete (junto com a Angélica e a Marina) e
adorava especialmente a Banca da Cultura.
Quando houve a invasão do CRUSP também não estava lá, mas me
prontifiquei a buscar livros e outros objetos dos meus amigos,
que haviam ficado nos apartamentos. Isso atendendo minha
preocupação de cuidar dos livros e de colaborar com as pessoas
que admirava e às quais, como novata, queria me integrar. Tirei
muita coisa, talvez demais para o gosto do Coronel Alvim que
ocupava o local e acabei presa. Fiquei uns dias no próprio CRUSP,
depois DEOPS, Tiradentes, completando 101 dias. Muito além dos
estudantes acabei me aproximando de companheiros que viviam
uma situação de muita violência. De jovenzinha inexperiente, fui
passando a parceira numa luta pela sobrevivencia e dignidade.
Por isso tudo, pouco me importa a cara que eu ou vocês temos
para apresentar no dia 29. É claro que ela está com as marcas de
tudo que vivemos ao longo destes anos!! ainda bem!!
Provavelmente vocês não me reconhecerão nem eu a vocês,
infelizmente não convivi no CRUSP tempo suficiente, mas me
sinto parte dessa coletividade, dessa geração, e mais uma vez
estarei feliz por me sentir inserida nesse grupo, assim como eu
desejava nos idos anos de 1968.
Um forte abraço a todos, Sirlene Bendazzoli .

- Caros amigos,
Quanto agradecimento devemos todos à Comissão Organizadora
e "áreas próximas" que bolaram e organizaram esse evento.
Quem não sabe poderá ao menos imaginar o trabalho que dá uma
empreitada dessas. Beijo fraterno a todos vocês.
Não poderíamos deixar esse mundão sem esse encontro. Agora já
estamos mais livres, e mais leves. Mas se aparecerem outras
oportunidades antes, brindaremos mais uma vez à Vida.
Eu tenho pensado muito com os meus botões sobre essa magia
que foi o CRUSP em nossas vidas. O que realmente essa
oportunidade vivencial e existencial plantou de comum e virtuoso
em nossas almas, que hoje nos une mesmo sem saber direito o
que seja. A cada momento vamos descobrindo o quanto isso nos
marcou, em uma dimensão que por certo nenhum de nós em sã
consciência imaginava. Acho que qualquer dia desses vai me bater
alguma luz e eu conseguirei por algumas palavras sobre isso no
papel. Se conseguir lhes mostrarei.
Uma das lembranças que me vieram à cabeça nesses dias foi a
ansiedade, a vontade tremenda, que me dava para voltar ao
CRUSP quando eu saía de férias para minha cidade, para
acampamentos com os amigos ou para as excursões escolares. Ou
até a satisfação enorme em retornar após um dia de aulas lá na
Alameda Glete, que era onde operava o Curso de Geologia da
FFCL da USP. Era isso, o CRUSP era a minha casa, a minha taba, a
minha tribo. O CRUSP era o lugar para onde a gente voltava...
Talvez Freud saiba melhor o quanto significa e o quanto
é importante para o ser humano ter um lugar para voltar...
Um abraço emocionado a todos os queridos companheiros, Álvaro

- Que sucesso meu! PARABÉNS!!!


Estou chegando em casa só agora,e ainda em ebulição.
Sonhei com todos vocês, e quando estou acordada continuo
pensando
em tudo que vivenciamos. Beijos, Célia

- Queridos cruspianos,
A festa foi emocionante. Como Nelsinho, agradeço aos que
organizaram
esse maravilhoso encontro. Rever pessoas que não via há 40 anos
éo
que há! Bjs. a todos. Nair

- Pessoal,
FOI SUPER!
Algumas fotos para confirmar o grande sucesso!
Duas mostrando o "making-off" das "toalhinhas".
Tenho mais algumas de grupos. Se quiserem, mando numa outra
msg.
Obrigados pelo trabalhão! Contem conosco para cobrir as
despesas!
Abração! Cecil e Mane

- Queridos amigos organizadores do evento

Muito obrigado! Foi o melhor presente de Natal!

Vamos nos reunir mais vezes.

Que Deus os abençoe!

Nelson Toledo

- Colegas cruspianos,
Apesar de chegar bem no final da festa, encontrei ainda velhos
amigos que (alguns) não encontrava há muitos anos (Soninha,
GeraldoLumpen, Zezé, Walter Pini, Formiga, Yoriko, Martins e
muitos mais...). Foi realmente um momento único. Eu e a Regina
ficamos muito felizes e parabenizamos a equipe de coordenação
pelo ótimo trabalho. Feliz 2009 a todos.
Rubens e Regina

- A todos os membros da Comissão e eventuais agregados:


Sem dúvida, vocês nos surpreenderam.
Pela grandiosidade, complexidade e qualidade do evento, quero
deixar meus parabéns.
Pela oportunidade até então impensável de rever tantos amigos,
quero deixar meu obrigado.
Com um beijo carinhoso, Scaico
- À Comissão organizadora.

Obrigada por essa oportunidade única em poder rever os amigos


que fizeram parte dessa nossa importante etapa.

Beijos, Dulce Satiko Onaga

- Para essa comissão organizadora que se mostrou eficiente e


muito cuidadosa.

MEUS PARABÉNS!!!!!!!!!!!!!! Foi uma festa à altura de nossa


história de vida. Só podemos, todos nós, agradecer por esse dia
que ficará marcado nossas vidas com amor.

FOI UM ENCONTRO MUITO SIGNIFICATIVO E AGRADÁVEL!

Um abraço a todos vocês, com meus agradecimentos, Nilce


Azevedo Cardoso.

- Prezados organizadores Do CRUSP 68 :


Parabéns pelo trabalho de vocês.
O FOLDER ficou lindo, apreciamos bastante.
A refeição estava ótima, o ambiente
agradável apesar do som um pouco alto. Foi muito bom .
Pedimos desculpas por não tê-los
procurado pessoalmente ontem , para agradecer e para
parabenizá-los.
Esperamos que o dinheiro adicionado tenha
sido suficiente. Consideramos que se ainda houver grande
débito poderá ser passado mais um aviso.
Eu e o Claudio parabenizamos todo o grupo. Foi
uma grande tarefa.
Nosso grande abraço. Ana Maria S.T. França
- Quero desculpar-me de todos os cruspianos que participaram
da magnífica comemoração por não ter podido despedir-me de
muitos. Minha esposa, Jacira, devido a um acidente veicular, teve
problemas com suas articulações obrigando-no deixar a festa por
volta das 18:30h.
Agora meus agradecimentos à comissão que provavelmente
teve muitas e muitas noites mal dormidas e dias apoquentados
por problemas "quase impossíveis" de serem resolvidos. Mas
como bons cruspianos conseguiram driblar os obstáculos e
tornaram a tarde e noite de sábado um grande "conto de fadas".
A "varinha" estava infernal: conseguiu colacar um sorrisso
extremamente duradouro em todos os participantes. Os avós
terão muitas estórias para os netos e filhos.
Portanto mais uma vez os nossos agradecimentos por tornarem
possível essa irmandade tão forte como era no passado.
Jacira e Paulo Prandi.

- Caros Cruspianos organizadores


Parabéns.
Foi um dia emocionante que ficará em nossa memória, assim como
todos os amigos mesmos os perdidos...me lembrei do Jeová?
Feliz Natal a todos e vamos continar no grupo.. conversando.
Muita Paz
Teca é meu apelido foi o único códinome que a repressão nunca
descobriu / Ruth

- A todos os amigos que puderam estar presente no evento do


dia 29 de
novembro meu muito obrigado. Os olhares, os sorrisos, os
abraços tudo
foi muito intenso e verdadeiro. O espirito dos cruspianos
continua vivo,
mesmo após 40 anos de ausência.
Aos que não puderam comparecer fisicamente, por já terem
partido,
sentimos suas energias e foram importantes suas vibrações.
Aqueles que ainda na terra, não puderam estar presentes, suas
razões são
plenamente justificadas mas suas faltas foram sentidas, pelos
amigos e
por todos que lá estiveram.
A comissão que organizou, meus parabéns, tudo saiu
maravilhosamente bem.
Vocês proprocionaram uma tarde/noite maravilhosa a todos, com
sua
dedicação, carinho. Cada detalhe, foi planejado, do site, ao
crachá,
passando pela comida e tudo o mais.
Senti não ter podido ajudar, senti que se vocês tivessem tido
mais
apoio, mais gente ajudando,teria sido muito, mas muito
melhor....só não
sei como, poderia ter sido melhor....
Um beijo a todos e vamos que vamos....O ESPIRITO DO CRUSP
AINDA VIVE EM
CADA UM DE NÓS. Ademir

- Amigos da Comissão, vocês estão de parabéns, a reunião foi


surprendente.
Quais serão os novos passos ? Por favor me informem sobre os
planos,
pois quero ajudar no que puder.
Forte abraço, Alan.

- Prezados colegas cruspianos.


Estou tendo acesso ao quadro de estatíscas do servidos
streamer que fez a transmissão ao vivo e online do envento de
onte pela INTERNET.
Estiveram contatados conosco 182 pessoas, sendo que em
determinado período estiveram 152 pessoas contatadas
simultaneamente.
Abraços,
Roberto Massaru Watanabe

- Watanabe,
fui uma dessas 182 pessoas virtuais. De última hora, não pude
comparecer; ainda bem que pude "virtualizar-me". Só posso
agradecer a possibilidade de fazê-lo. Como só posso agradecer a
toda a equipe pela realização do evento. Espero que aquelas
sorridentes despedidas mostradas signifiquem não apenas o final
de um evento festivo, mas uma continuidade de relacionamentos
até então interrompidos. Que o site CRUSP68 seja o principal,
mas não o único, local de reencontros. De minha parte, coloco-me
à disposição para, dentro das possibilidades, ajudar na
manutenção e incremento do mesmo. Mesmo não tenha estado de
corpo presente ao encontro, acho que o estoque de histórias e
lembranças dos cruspianos 63-68 está muito longe de se esgotar.
Até um próximo contato, mais agradecimentos e abraços a toda a
equipe.
Ana Maria M.C.Marangoni

- Boa noite amigos, irmãos, companheiros, caminhantes e


idealistas cruspianos.

QUE FESTA INCRÍVEL! QUE FESTA BONITA! QUE FESTA


EMOCIONANTE!
Agradeço a todos vocês pela energia que emanaram durante
nosso CRUSP’s DAY de ontem, dia 29 de novembro. Que
possamos repetir esse tipo de encontro no próximo ano e também
no outro… até que um dia, quando todos nós estivermos vibrando
em outras paragens dimensionais, nossa festa continue a
acontecer aqui nessa “fisicalidade” em homenagem aos cruspianos
que idealisticamente vivenciaram os idos dos anos 60, mas
também nesses outros níveis quântico-dimensionais como
propagação de nossas ondas intencionais pelo infinito conjunto de
supostos universos…

Obrigado pelo dia de ontem. Confesso que, mesmo sem ter


bebido uma única gota de álcool, fiquei de “ressaca”. … mas não
uma ressaca com conseqüências desagradáveis, mas ao contrário,
curtindo um quase êxtase de satisfação, de carinho, de
acolhimento, de amizade. Obrigado amigos.

Interessante é que antes de começar o Encontro eu imaginava


que jamais poderia ficar até o final programado – 22h00. Qual o
quê! Às 10 da noite percebi que muitos queriam mesmo é
continuar aquele bate-papo gostoso, descontraído, cheio de
envolvimento. Ninguém queria ir embora! E se houvesse
possibilidade eu e minha esposa teríamos ficado até altas horas.

Peço que continuemos a trocar e-mails, idéias, figurinhas, … e até


mesmo eventuais pequenos encontros possam ocorrer.

Quero cumprimentar efusivamente a equipe que coordenou o


Evento: VOCÊS SÃO ÓTIMOS. PARABÉNS!

Abraço a todos. Nelson Vilhena Granado

- Grande ressaca
Hoje a emoção é grande demais.
Não consigo concatenar as idéias.
É como se tivesse “fumado” uma “bombona”!
Os pensamentos correm soltos, anos luz mais rápidos
que minha agilidade motora.
É como se estivesse assistindo a um filme do Passolini
ou Almodovar, projetado pelo Watanabe.
Sinto-me mais “pirada” (leia-se memória fantástica)que a
Soninha.
Lembranças vindo aos borbotões com o peso e a velocidade de
meteoritos.
Comecemos pelo “folder” que recebemos na entrada:
Guardei-o na bolsa por achar que era um “schedule” das
festividades
ou o cardapio do evento.
Só vim lê-lo em casa ao deitar.
Li e comi a todos os depoimentos; saboreei a todos vocês que o
deram,
comi um de cada vez, degustei palavra por palavra. Dormi saciada!
Agora posso concordar com o Nelson Dumdum(a quem
infelizmente não vi)
e com o Teco.
Como somos bonitos! SOMOS TÃO LINDOS!!!
Nunca pensei que fosse encontrar tanta gente idosa(quer
queiram quer
não, somos todos sessentões) tão bonita e com uma energia
incrível.
Seria nossa beleza interior refletida em nossas aparências?
Lembram do dito maldoso que corria na época?
-Você quer ser bonita(o)ou cruspiana(o)?-
Pois bem… escolhemos a segunda opção e acho que fomos bem
inteligentes; afinal a vida para ser bem vivida só precisa de um
pouco de inteligência,o resto vem por acréscimo.
Minha amigona MALU, uma delícia! louca, louca como eu.
Continuamos as
mesmas. Que bom!
Que coisa gostosa… a dissidência, AP e a Quarta unidas na mesa
do
bar do Alemão. O que me preocupa é que o Jurandir, único
militante da
quarta que sobrou, sumiu durante uma troca de mesas.
A Bete da Veterinária já estava sumida, agora mais esse ?
Será por isso que eles tinham tão poucos militantes? eles somem
sem
mais nem menos?? Evaporou-se mais um nessa noite memorável.
Enfim… obrigada, obrigada e obrigada, à comissão e a todos nós
que
comparecemos lá. Afinal somos um GRUPO CÁRMICO à parte e
nossos
colegas mortos pela repressão, morreram por nós.
Eles são nossos “MESSIAS” (ficou bonito assim para terminar).

Mas prefiro dizer que nós somos nossos próprios Messias, só nós
mesmos
podemos nos livrar das amarras que a sociedade nos impõe.
E para isso, só precisamos de consciência e inteligencia.

(no bar estiveram: Malu, Watanabe, Formiga, Mineiro,Soninha,


Paulo
Paixão, Maria Rosa, Anavécia, Antonio Carlos, Miriam, Mané
Quatá,
Luciano, Maria Amalia,Beto, eu e mais duas pessoas que não sei
onome)

Beijos, Celia

- Aos amigos cruspianos.


O que era o mais importante na festa?
Olhar o(a) companheiro(a) e sentir a alegria da renovação de uma
amizade
que transcendeu quatro décadas, sem contatos (de maneira
geral)
O que fêz isso se tornar tão forte?
Creio que foram as dificuldades, os obstáculos que muitas vezes
insupera-véis, iam sendo ultrapassados e deixando o estigma de
que a "UNIÃO FAZ
A FORÇA". Daí vem o senso da vitória. Vencemos? Não sei. Mas
nossa velha amizade sobrepujou o tempo. Acho que se eternizou.
Abraços a todos. Prandi

- Querida Célia Bergamasco

Que pena que não nos vimos no dia do encontro (da Festa).

Que emoção!

Suas palavras espelham nossos sentimentos após esse


extraordinário evento.

Que V. continue assim, maravilhosa.

Deus a ilumine junto aos que a amam.

Um Natal espetacular!

Nelson Dum Dum

- Paulo Prandi,
como já disse : Somos um grupo cármico.
Encontraremos CRUSPIANOS até no além.
Tu vai ver que "bela surpresa"!!!
Beijo, Célia
- Cruspiano(a)

A expulsão dos cruspianos no dia 17 de dezembro de 1968 ficou


conhecido como a Diáspora Cruspiana. Com o tempo a dispersão
levou cruspianos por todo o interior do Estado, pelo Brasil afora
e por outros continentes. O dia 29 de novembro de 2008, como
uma trombeta a soar no universo, trouxe uma grande maioria de
volta. Os que não puderam estar no reencontro, fisicamente, com
certeza, lá estiveram em espírito e/ou em pensamento.
Para a "Revolução" que pretendeu apagar o CRUSP da História, o
glorioso 29/11/2008 mostrou que estamos vivos e bem vivos,
irmanados no espírito que nos uniu naqueles cinco anos de
convivência e que não sucumbiu nos 40 anos de distanciamento.
Todos sentiam e imaginavam a possibilidade de um reencontro,
sem saber como, de que forma e quando. Mas a varinha mágica
saiu como um conto de fadas, enviada por forças maiores,
mostrando que o programado não havia se cumprido e que o amor
e a solidariedade que unia os cruspianos tinha um objetivo maior
e, portanto, não poderia desaparecer no tempo e no espaço.
Abraços, sorrisos, lágrimas de felicidade, enfim, o Reencontro,
para mostrar que somos uma geração de vencedores, com todos
os percalços que passamos, mas com uma força indiscritível,
capaz de contar a sua história, renovar esperanças, oferecer o
seu aprendizado, a sua riqueza de conteúdos e experiências, para
as novas gerações.
Muitos estão perguntando: e agora? O momento é de profunda
reflexão. As nossas emoções não foram em vão e não podemos
dispersar essa energia, que não se reaglutinou, ao acaso. Os
nossos encontros devem continuar ocorrendo, mas não apenas
para matar as saudades. Muitos estão aposentados, alguns com o
burro na sombra, pensando apenas em gozar a vida. No entanto, a
vida não é para ser gozada (também), mas para ser vivida. Daqui
nada levamos, a riqueza fica na terra ou vai para o espaço. No
entanto, a experiência, o acúmulo moral, os valores adquiridos vão
construindo a nossa escada, em que cada degrau mais nos
aproxima do Criador.
É por isso, que os cruspianos foram destinados a viver
intensamente nesta vida (passageira), cuja força e valor que cada
um sentiu no dia 29, representa a possibilidade de se cumprir
uma missão a que estávamos destinados: amar-nos sempre com o
carinho e a solidariedade que sempre incorporou cada cruspiano,
mas sem perder o horizonte que ainda temos pela frente. Ou
seja, num mundo de consumismo e individualismo, provamos,
ainda isoladamente, que adquirimos valores que contrariam
políticas governamentais, em que escravizam e subjugam povos e
classes sociais e que não se preocupam com o dia de amanhã.
Portanto, respondendo à indagação anterior, o que temos a
fazer é refletir, nos reunir, pensar no futuro (de outros) e
traçar diretrizes. O nosso potencial não é apenas para escrever a
história, aliás, a história só tem valor científico se ela explicar o
presente para projetar o futuro. É evidente que nem todos
estarão preparados para o desafio, mas o espírito cruspiano é
capaz de remover montanhas. Ainda há tempo para não
passarmos o resto de nossa vida em vão (por tudo que já fizemos)
e ampliar o registro da História, em que uma geração de
cruspianos vencedores contribuiu para a formação de uma outra
geração carente e sem perspectivas de vida.
Como fazer? Cada um dará a sua sugestão e, com certeza, o
pouco hoje será muito amanhã e todos agradecerão por esta
oportunidade que a vida (talvez até com a ajuda dos cruspianos
desencarnados) nos oferece como uma nova etapa do ciclo
crusp68 retomado, para vôos maiores que justifiquem a nossa
presença terrena como parte de uma missão programada.
Após o 29 de novembro só consegui dormir às 3:00 horas do dia
30 e acordar às 6:00 horas do mesmo dia. Talvez não quizesse
dormir, com medo de perder a memória do dia anterior, mas a
verdade é que a excitação mental me deixou atordoado como que
querendo continuar vivendo cada minuto daquele encontro. Não
consegui abraçar a todos, mas registrei em cada olhar o
cruspiano amigo de todos os tempos. A minha filha também tirou
fotos e vou repassá-las para o Molina para constar do novo link
que ele está programando.
Em tempo: para os que estão na Capital e próximos de São Paulo
ainda há oportunidade para um próximo encontro antes do Natal.
Aliás, após o encontro "social", emotivo e familiar do dia 29,
vamos para o encontro político, para mostrar o que foi o CRUSP
na História do Brasil e, especialmente, em nossas vidas. Esse
momento reservado aqui na Assembléia Legislativa é para
depoimentos de cruspianos, para discursos de valorização e
reconhecimento do CRUSP no movimento estudantil, mas
também, como experiência de viver a utopia, como tão bem
registrou o Wolf.
Logo mais vou passar o convite para que seja divulgado em todos
os recantos e lugares. A data é a da nossa prisão: 17 de
dezembro. Local: Auditório Franco Montoro da Assembléia
Legislativa. Horário: 20:00 horas. Depois haverá espaço para
novos abraços e novas lágrimas.

Afetuosamente, Teco

- Malu querida!
> Rubens Krakauer!
> Teco!
> Obrigada por tudo!
> Alvaro! Meu querido amigo. Li o que vc me escreveu e tenho
uma resposta especial, mas escreverei do Paraguai. Me fez
pensar muito..... Mas me fez também lembrar de tua imagem
passada: de farrista, de durão , da estiva... Só que .... atrás disso
se escondia muita ternura e muito sensibilidade. Você é profundo
e romântico e somos muitos os que sabemos disso. Há muito
tempo
> Estou indo embora. Obrigada Comissão Organizadora.! VALEU!
Comemorei mais dias e mais eventos do que vcs planejaram..... Foi
tudo ótimo.
> > Como vocês já perceberam.... não sou saudosista (he! he! he!) .
Por isso continuarei caminhando pela vida, pois ela não se detem
apesar de todas estas lembranças e de todo esse carinho.
> > È muito simples continuar. É só seguir andando.... Um passo
e..... depois o outro..... Já está.
> > Até a próxima......
> Beijos Soninha Castanheira
>

- Cara Sonia
"Vaya com Dios".
Caminhar para a vida. Caminhar na vida. Caminhar pela vida.
Qual voce gosta mais? Fazemo-as todas.
Voce também sentiu a ressaca? Como o Natal, ou toda grande
festa, a espectativa da espera é a melhor parte. Mas para nós,
cruspianos enxotados de uma vida comum, sempre vivemos com as
eternas perguntas: Onde estará
fulano? por onde andará ciclano? Agora algumas destas respostas
foram solucionadas. Restam ainda muitas. A alegria do encontro
foi estupenda. Um frenesí de emoções a cada minuto. Mas ainda
ficou a sensação que faltou um pouco mais de contato. Daí a
ressaca, ou melhor o vazio que ainda precisa ser preenchido.
Mas agora será muito mais fácil. Saimos do anonimato: já temos
muitos e-mails. Em breve creio que teremos da maioria dos
participantes.
Ótima viajem para "Assumpcion". Voce tem Deus no coração e
toda a alegria cruspiana na alma (novamente).
Aproveito para agradecer sua vinda de tão distante, para
engrandecer esse encontro.
Quero agradecer a ideia luminosa de quem "bolou" o evento e de
tôda comissão que devotadamente conseguiu burlar as
dificuldades de um evento do porte do "CRUSP68". Parabens a
todos os componentes da nossa altiva comissão. Parabens a todos
os cruspianos que conseguiram "matar a sede de rever os amigos,
companheiros e ter notícias dos ausentes.
Vá com os cruspianos no coração.
Paulo Henrique Prandi

- Ehh que beleza!!! É prá isso que também serve esse blog.
É tão bom acordar e já se emocionar... adoro emoções!
E nem foi para mim que ele (PauloPrandi) falou tudo isso.
Mas Soninha , me arrepiou! Divide comigo e com todos, um
pouquinho
de todo esse amor que ele "despejou" aqui.
Ai meu Deus Paulo, quanto amor prá dar!!!
Tamos aqui para receber, sinta-se à vontade!
Vida , amor e beijos a todos nós, Celia

- Obrigada, meu querido Prandi, pela sua linda mensagem!


> Fiquei emocionada de recebê-la e de sentir teu carinho. Tem
razão a Célia de
> dizer que é um prazer ler coisas emotivas, pois em suas palavras
há muito
> amor..... amor que sem dúvida nenhuma divido com ela (Célia) e
com todos,
> porque essa relação é grupal. Não nos queremos
individualmente. Nos amamos
> em conjunto, como comunidade que se relacionou, se entendeu e
funcionou.....
> Como diz o Àlvaro, apesar do que nos fizeram ainda temos muito
para dar e
> muita alegria para compartilhar.
> Continuemos caminhando, cada um no seu espaço, mas sabendo
que temos
> seres amados em diferentes lugares, aqui e no além, seres que
foram e serão
> parte de nós para o todo e sempre.
> Que Deus te abençoe também Paulo, assim como a todos nossos
amigos queridos,
> Amem. Paz e bem Soninha
>

- Ai meu Deus! isso aqui está muito bom.


Quanto amor Soninha . Coisa boa de sentir!
-Vamos lá pessoal(associados), participem,
nem que seja prá mandar um abraço geral.
Vocês não sabem o que estão perdendo.
Esse amor grupal tá bom demais.
Beijos a todos ,Celia

- Caros amigos

Apenas para informar, o fotolog CRUSP68, com 320 fotos


antigas enviadas pelos Cruspianos (www.fotolog. com.br/crusp68)
atingiu hoje 60.000 acessos e 173 comentários, em apenas 3
semanas no ar. Como se vê a comunidade Cruspiana está viva e
pulsante!!!

Abraços ,Molina

- Watanabe, onde anda a minha bunda?


Estará perdida nessa internet?
Beijo, Celia
- Prezada Celia
Segue a própria, devidamente CENSURADA pelo Departamento
de Censura.
Abraços, Roberto Massaru Watanabe

- Caro Watanabe,
Muito me lisonjeou você publicá-la na edição dominical !
Estou me sentindo como capa de "Caras".
E não é que teve censura mesmo?
Me explico aos outros : esse é um flagrante - na piscina do
CRUSP-
o importante é a piscina ! mesmo porque, tudo isso já era...
Beijo a você e a todos, Celia

-Passo aos amigos artigo meu publicado hoje no


AmbienteBrasil onde trato as questões de fundo envolvidas na
tragédia de Santa Catarina.
Tenho para mim que parte importante da solução desses
problemas estaria na obrigatoriedade de municípios acima de
20 mil habitantes referenciar seus Planos Diretores, Códigos
de Obras e demais documentos regulatórios do uso do solo a
uma Carta Geotécnica.
Esse dispositivo legal poderia ser introduzido no Estatuto das
Cidades por uma Medida Provisória a ser posteriormente
apreciada pelo Congresso.
Abraços, Álvaro

04 / 12 / 2008 Escorregamentos e enchentes seguem matando.


E daí?
Álvaro Rodrigues dos Santos (*)
- Prezado amigo ex-cruspiano e ex-ipteano.
> > Li com atenção seu artigo e gostaria de tecer alguns
comentários
> a respeito.
>>
> > 1 - Acho difícil a eficácia de sua proposição. Você mesmo
diz
> que a ocupação ocorre "à vista e com o beneplácito oficial",
então
> como se pode esperar que uma simples Lei venha a ser
obedecida?
>>
> > 2 - Você diz "tragédia geológica" o que na verdade é um
simples
> processo de acomodação no longo processo de metamorfose
a que os
> mantos superficiais estão sujeitos.
>>
> > 3 - Você diz chuvas "intensíssimas" mas oque ocorreu foi
uma
> chuva de longa duração (mais de 50 dias) o que propiciou a
saturação
> do terreno.
>>
> > 4 - Você apela pela falácia de políticos de sempre afirmar
> "explosão demográfica" quando na verdade não houve nem
ocorre explosão
> nenhuma, apenas má vontade de montar um planejamento
decente feito por
> profissionais competentes e má vontade de dar continuidade
aos
> projetos elaborados por gestões anteriores.
>>
> > 5 - Para finalizar, você menciona que o "Governo do Estado
de
> São Paulo" atual faz um trabalho auspicioso, levantando uma
questão
> político-partidá ria que não tem nada de técnico. Além do
mais, o
> Bairro Cota, trata de uma ocupação danosa ao meio ambiente
e
> totalmente injustificada pois não há pólo de atração.
>>
> > Quero deixar bem claro que não estou "contra" a sua
iniciativa,
> mas teço os comentários pois milhares de leigos estarão
lendo a sua
> matéria e estarão acreditando no que você diz por que você é
> "autoridade" no assunto.
>>
> > Tive a oportunidade de ser Subprefeito em São Paulo (uma
> Prefeitura rica), mais precisamente na Subprefeitura de
Itaquera
> (520.000 habitantes) portanto uma região grande e pude
constatar que
> os funcionários públicos da área de fiscalização são
absolutamente
> despreparados e desatualizados. Não há nenhum plano para
incentivar a
> atualização profissional e os cargos diretivos são todos
ocupados por
> apaniguados políticos que nem aparecem para trabalhar.
>>
> > Venho trabalhando com diversas ONGs e vejo que o único
caminho
> para melhorar a qualidade de vida da comunidade é pela
conscientizaçã o
> da população. Educação, Informação e Cultura.
>>
> > Acredito que nós, ex-cruspianos, que tanto sonhamos (no
passado)
> com um mundo melhor, temos a obrigação (nos dias de hoje)
de
> contribuir para essa melhoria e acredito também que o
Encontro CRUSP
> 40 ANOS abriu um importante caminho para essa realização.
> > Abraços,
> > Roberto Massaru Watanabe

- Caríssimo Watanabe,
> > Sou geólogo atuante na área de engenharia e tenho uma vida
inteira
> dedicada à Geotecnia. E sempre com o pensamento orientado
para o mundo
> de nossos sonhos cruspianos. Respeito-as, mas não concordo
com nenhuma
> de suas afirmações de caráter técnico e político. Mas longe de
mim
> querer polemizar sobre essas coisas aqui nesse espaço.
> > Aproveito apenas para reproduzir uma sábia advertência do
grande
> Paulo Freire:
> > "A melhor maneira que a gente tem de tornar possível amanhã
> alguma coisa que não é possível de ser feita hoje, é fazer hoje
aquilo
> que hoje pode ser feito. Mas se eu não fizer hoje o que hoje
pode ser
> feito e tentar fazer hoje o que hoje não pode ser feito,
dificilmente
> eu farei amanhã o que hoje também não pude fazer..."
Abração, Álvaro
- Alvaro e Watanabe,
> Li com muita atenção, gostei de tudo e acho que os dois tem
razão.
> Se não tiverem também concordo.
> Beijão aos dois. Celia

- Eu te amo, Célia. E amo o Watanabe também. Só que dele exijo


pedido de perdão com firma reconhecida, declaração pública de
rendição incondicional e compromisso de decorar meu artigo de
frente para trás e de trás para frente, clamando a cada
parágrafo: BANZAI !!, BANZAI !!, BANZAI !!
> OBS: só de aventalzinho e aquela fita branca amarrada na
cabeça.
> Álvaro (o inclemente)

- HAHAHAAAA vamos logo decorar Watanabe, que eu te ajudo.


Só que não com o aventalzinho. ..
Por favor Álvaro, não se desentendam, pois logo lançarei a
campanha para
um " projeto", e vou precisar da ajuda de todos vocês.
Só posso adiantar que é um mega projeto, muito maior que nosso
mega evento.
Aí sim, vamos nos degladiar.
Amor e riso a todos, Celia

- Prezado Alvaro.
Que pena. Tinha esperanças de que poderíamos unir nossos
esforços em
prol da comunidade.
Abraços, Roberto Massaru Watanabe

- Celinha:- Tenho acompanhado a troca de idéias dos nossos


geniais colegas. São dígnos da nossa admiração e respeito,
porém,estou com vc em gênero,número e grau.Afinal" é possível
unir nossos esforços em prol da comunidade" e "Bendito Paulo
Freire".Estou curiosa sobre o seu mega projeto. Dê notícias.
Abraço fraterno da Sissí.

- Pois é Sissi, só você se interessou pelo meu projeto.


Como premio você coordenará comigo e o resto vai "trabalhar"
nele.
Hahahaaaa Bom te ver, beijo. Celinha

- Por favor, me levem a sério!


Esse meu modo de viver e dizer coisas - displicente e irreverente
-
não é uma fachada, é real.
Tão real que tenho uma proposta a lançar:
- Para sermos vitoriosos nessa batalha, devemos levar à diante
um "projeto de vida cruspiana".
Material humano e tecnológico nós temos; e se nos juntarmos
teremos
também muita grana.
Precisamos (ganhar) um espaço para construirmos uma réplica do
CRUSP
e poderemos novamente viver em comunidade.
Aí sim, seremos pioneiros num "novo modo de viver".
Olha aí Watanabe, a sua chance de ser "Prefeito" de novo.
Ou prefere ficar com a lavanderia? Celinha

- Watanabe e Álvaro,
Meados de 1999 a mídia em geral dizia que teríamos um "boom"
com os computadores, que haveria um "tilt" e todo mundo
preocupado o que fazer com seus arquivos, pois bem, na noite de
31 de dezembro/99 exatamente por volta das 22hs começou a
chover e não parou mais por vários dias. Morava em Campos do
Jordão e vi e vivi (copiando Suyama) uma tragédia como de Sta
Catarina, não com a mesma proporção, mas assustadora.
Com os computadores nada aconteceu, mas no mundo todo uma
chuva interminável que avassalou o planeta - foi quando percebi
que o anúncio do "tilt" não era eletrônico mas a Mãe Natureza
que reclamava a maneira como a tratavamos com descaso, com
desrepeito e passados 8 anos ela continua dando sinais de seu
descontetamento e as discussões continuam e nada de concreto e
definitivo é feito, ambos têm razão. Falta a parte da
especialização em solos e falta a vontade política do homem.
Em pleno 3o. milênio, falamos e vivemos a alta tecnologia (o
exemplo é esse veículo que estamos usando para comunicação)
mas continuamos cometendo os mesmos erros e enganos quanto
ao Planeta Terra, fundamental para a sobrevivência do Homem.
O que fazer? Malu de Alencar

- Infelizmente - nada de novo acontecerá, fora uns canais para


escorrer
a água de modo diferente.
Nós não temos idéias novas de verdade. Caraca!
Beijos,Celia
- Exijo que a "INTELLIGENTSIA" desse e-grupo,
se manifeste quanto ao meu projeto.
Peço deferência com todo respeito.

- Watanabe parece ter simpatia pela causa.


Quando não concorda, causa polêmica na hora,
e como até agora não se manifestou... concluo que
está concorrendo à prefeitura da nossa futura comunidade. Celia

- Célia,
Permita que os que, como eu, não sejam da Intelligentsia
também se manifestem. Vejo sua idéia carregada de muito
amor e emoção. Todos nós antigos cruspianos somos ligados
por uma espécie de cumplicidade. Tenho minhas
desconfianças, mas eu não consigo muito bem explicar essa
cumplicidade (alguém ainda nos explicará um dia sua origem e
fundamentos...), mas ela existe, e sei que é virtuosa, enfim,
somos cúmplices e nos sentimos cúmplices. Digo isso porque
acho que essa questão de alguma forma inspirou sua proposta,
por imaginar quão delicioso seria um bando de famílias
cruspianas convivendo em um mesmo espaço.
Sinto, no entanto, Célia, que ao menos para a grande maioria
seria uma idéia de difícil realização. Estamos todos com suas
famílias e lares espiritual e fisicamente constituídos e, já
sexagenários, em uma etapa já tardia para ousar uma grande
mudança de ares. Seria, assim, talvez um projeto para os
que se conservaram solteiros, ou retornaram a essa condição
por alguma diabrice do destino. Quem sabe por esse viés
talvez sua proposta poderá vingar?
Beijão, Álvaro
- Hoje me ocorreu que Luiz é luz; Inácio, de ígneo, ignição, é
fogo; da Silva é da selva.

Dito assim, poderia parecer que o home, barbudo, é selvagem e


vai botar fogo em tudo e iluminar as mentes brasileiras. Não!
Não! É Lula  molusco eneadátilo. (Ernesto)

- Prezado companheiro Ernesto Rosa.


Não creio que seja civilizado ficar fazendo chacota do
Presidente da República.
Abraços, Roberto Massaru Watanabe

- Querida Malu,>

Eu fico em dúvida se devamos utilizar esse espaço para


aprofundar discussões como essa.

Peço orientação dos moderadores, pois que possam pretender


que nos atenhamos a uma temática

associada à nossa vivência cruspiana, que é, afinal, o que nos une


as almas. Álvaro

- Álvaro, De fato, seria uma boa idéia abrir um blog sobre o


assunto.

Poderíamos colocar lá essas discussões e divulgar o link para os


Cruspianos interessados no tema poderem se manifestar.

Abraço Molina
- Me intrometendo na conversa...
Isto É uma "vivência cruspiana" .
Vamos vive-la e não só rememorá-la.
Não leu - no blog - o manifesto "depois do medo"?
Vai lá Álvaro, e sinta-se livre nesse espaço e no mundo.
Será que o Molina concorda? Se não concordar...

Se fu... como disse o nosso presidente. Beijos, Célia

- Desculpa Molina , enquanto eu escrevia você já tinha postado.


Vamos ficar aqui mesmo? tá tudo tão interessante!
Logo não teremos mais o que recordar...
E outra , eu já me perco aqui só com 3 ou 4 janelas abertas.
Beijo, Celia

- CÉLIA!!!!
Você é ótima mesmo. Estou te gostando muito neste mundo
virtual!
Anarquista e livre para sí e para os demais.
Concordo novamente com você.
Beijos Soninha

- Caríssimos,
Acabo de chegar da Assembléia Legislativa onde participei, com
o Hugo (Marques Rosa) e com o Rafael (de Falco Neto) da
gravação de um programa só sobre o CRUSP. Deve ir ao ar por
esses dias, o Teco deverá nos avisar. Como comum entre nós,
nada foi preparado com antecedência, foi tudo muito espontâneo,
o que, em meu entendimento, é muito bom.
Beijos gerais, Álvaro
- Cruspianos(as),
Como o Álvaro já adiantou, estou apenas confirmando: Amanhã
(12/12) às 20:00 horas vai ao ar o debate na TV Assembléia
sobre o CRUSP. No Canal Fechado, a TV Assembléia corresponde
ao Canal 13 na NET e ao Canal 66 na TVA. Ainda, Canal 185 na TV
Digital e se, não me engano, no Canal aberto digital = canal 61.
Para vocês terem uma idéia do debate, ao final do programa, nas
considerações finais, correu lágrimas dos olhos do Deputado
(que, diga-se de passagem, falou pouco para que os cruspianos
falassem ao máximo).
Em Tempo: Está confirmado, todos os cruspianos poderão
entrar com os respectivos carros no estacionamento da
Assembléia (entrada pelo lado do II Exército), no dia 17 de
dezembro, a partir das 19:30 horas (basta avisar a na Portaria do
Estacionamento que vai à Solenidade do CRUSP). Como já
adiantei, enquanto o carro permanecer no estacionamento (não há
horário para retirada) os interessados poderão curtir o clima de
Natal no Parque do Ibirapuera.
Segue o Convite e o Cartaz do Ato Solene em anexo.
um grande abraço, Teco

- Assisti o programa com a curiosidade de verificar qual havia


sido o resultado de toda aquela hora de perguntas e respostas.
Claro, de minha confortável poltrona doméstica vinham-me
relances na base do "puxa, eu poderia ter falado daquilo, e
lembrado aquele fato, e tal, e tal". Penso que com o Rafael e com
o Hugo deva ter se passado a mesma coisa. Veio-me à cabeça que
o formato do programa poderia ter sido outro, onde a conversa
rolasse mais naturalmente, sem aquele bate-rebate de perguntas
e respostas.
Mas aí me belisco e me retruco, pô, cara, deixa de ser idiota, a
lembrança do que foi e do que representou o CRUSP fou
publicamente passada, talvez pela primeira vez. Tá gravado, é
registro, poderá ser visto por muita gente ainda, e que saberá
que aquilo aconteceu mesmo, e marcou profundamente o espírito
de todos aqueles que vivenciaram aquela época e aqueles
acontecimentos. E que aquilo foi bonito, que aquilo foi bom, e,
como bem colocou o Rafael, que fomos vitoriosos.
De nossa parte, eu, Hugo e Rafael, só esperamos não ter falhado
e frustrado nossos companheiros por evntualment não ter
conseguido traduzir o que tenha sido o CRUSP e qual tenha sido
seu significado para todos nós. Tenho para mim que, mesmo sem
conversar nada antes, o fundamental foi passado, até pela
emoção com que muitas vezes expúnhamos nossas observações.
Aproveitando o ensejo dessas considerações, e com todo o
respeito do mundo à Comissão Organizadora do encontro, que por
certo tem muitas idéias na cabeça para nos repassar, eu solto
aqui uma indagação aos colegas irmãos: o que nós estamos
pretendendo, quais serão nossos próximos passos agora? Arrisco
uma resposta, acho que temos dois grandes objetivos, primeiro
tornar viva e pública para a sociedade e, especialmente, para
os jovens estudantes, a história e a memória do CRUSP; segundo,
e não menos importante, voltar a nos encontrar, criar
oportunidades (presenciais ou apenas coloquiais) de recuperar um
convívio que havia se perdido. Acho que é por aí, penso que além
disso não devamos nos propor outras grandes missões. Até
porque já não somos os belos jovens de outrora.
Vocês já imaginaram se conseguíssemos que as instalações do
CRUSP homenageassem nossos sonhos e nossos amigos que já se
foram? Prédio C Lauri, Prédio B Benetazzo, Prédio E Arantes,
Centro de Vivência Jeová, Praça da Liberdade, Jardim da
Amizade...? Tudo isso em inaugurações das quais participassem os
antigos e os atuais moradores do CRUSP, além das entidades
estudantis e seus representantes?
Bom, já falei demais, Beijos gerais, Álvaro
- Assisti ontem vou assistir hoje de novo.
Você, Hugo e Rafael foram brilhantes, pela primeira vez foi
registrado
a "Voz do CRUSP" e isso é só um começo.
Preparem-se.
Nossa história será resgatada, não só do CRUSP mas da
juventude que
viveu a década de 60 da democracia à ditadura, do sonho para a
prisão.
E não foi só a prisão literal, mas a pior prisão, a da liberdade de
pensamento enrustida em "amor à pátria", lembram?
Parabéns aos 3.
abração, Malu de Alencar

- Parabéns Álvaro, vocês estiveram ótimos.


Foi como se estivesse lá com vocês.
Se deixassem, acho que falariam a noite toda;
4 ou 5 minutos foi muito pouco...
mas falaram o essencial, isso é que importa.
Qualquer hora faço a "coluna social",ou melhor,
faço agora :Adorei o casaco da Fúlvia.
Não vi minha amiga mulçumana, a Malu.
Será que ela foi sem "burka"?
Aah, obrigada pelo esclarecimento da mensagem
do Ernesto... prá bom entendedor, meia palavra basta.
Abração para você, Célia

- Célia:
> Apareceu na televisão? Ou na televisão do computador? Eu
liguei e falavam de
> outra coisa. Será que errei o horário?
> Não posso aguentar esta inveja..... Eu não vi nada.
> Faça logo essa coluna social.
> Alguém filmou?
> Há algum lugar que eu possa ver?
>

- Foi no computador Soninha,


cheguei aqui e já estava começando.
Não sei se está lá na pagina da assembleia,
vai lá e tenta alguma coisa.
Pelo menos a foto deles, imagino que,
cantando o hino nacional ou o hino da
quarta internacional, está lá.
beijão, Celia

- Álvaro e todos,
a vivencia cruspiana é maior do que qualquer programa de tv, do
que a hora apertada que a midia possa dispor para os que lá
viveram. Todos estiveram ótimos, claro que os possíveis
complementos ficaram em minha boca e acredito na de muitos de
nós (quando o Hugo disse que o tempo de prisão foi curto queria
dizer; ei! eu fiquei 101 dias!! acho que não foi pouco!!) .
Penso também que está faltando um ato no próprio CRUSP, um
encontro com os moradores e frequentadores de agora. Apoio a
bela sugestão dos encontros homenageando nossos amigos que
perderam a vida na mesma luta que nós; porque se na época de
fato fomos derrotados, ao longo do tempo, nossos objetivos,
ainda que não plenamente vitoriosos, se mantiveram alimentando
nosso projetos, nossas vidas e as dos jovens com os quais
convivemos, seja como pais ou professores. Para os que tem
orgulho de suas histórias, de não ter se omitido, a divulgação
desse passado é uma necessidade, uma obrigação e um prazer.
abraços, Sirlene Bendazzoli
- Soninha e Álvaro
Adooooro tudo o que vocês escrevem. Gostei inclusive do que
escreveram sobre nos restringirmos, embora esteja aqui a não
concordar.
Leio, releio,lembro, relembro, vivo e saboreio tudinho; como se
não tivesse nada mais o que fazer.
Concordo com a Soninha que o que nos move, é recuperar as
memórias do CRUSP, mas gente... nós somos humanos e muito
emotivos. E como o somos!!! Talvez isso seja uma herança
cruspiana.
Não vamos conseguir faze-lo sem que haja discussões,
desavenças e encrencas atuais, pois "ISTO" somos nós.Cheguei
até a ficar um pouco (bem pouco) preocupada - em consideração
a todos vocês - com tanta "patacoada" que já andei
escrevendo.Mas eu sou assim... e só assim conseguirei me
expressar; impossível para mim participar de uma coisa onde não
poderei falar o que sinto e penso, tanto do meu passado como da
minha vida atual. Cada um tem seu modo de se expressar, sei que
sou irreverente e que por vezes choco pessoas –o que adoro- ;
mas sempre recusei a ficar onde me impõem muitas regras ( mas
não vou me retirar, vocês terão que me demitir). "Se existem
regras, estou aqui para quebrá-las" esse é meu lema (inventado
agora). Ser consciente e livre foi uma das coisas que aprendi no
CRUSP e não é nessa altura do campeonato que vou mudar de
time.A vida para mim é uma brincadeira, e nós já somos bastante
"grandinhos" para não saber brincar. Que cada um seja o que É e
fale o que SENTE.Senão seria muito fácil para a comissão
organizadora instalar um blog e pedir que escrevêssemos
qualquer fato que lembramos, eles filtrariam tudo e teriam as
informações, sem que nos envolvêssemos emocionalmente.

É ruuuim heim? Oooh gente... vamos fazer encrencas e depois


nos desculparmos -ou não- .

Deixa o Watanabe, além de empírico ser polemico! Tenho dito.


Celia
- Celia
Também gosto de tudo o que vc escreve. Me dá prazer ver sua
irreverência.
Somente fiz essa proposta de não tocar política atual, afim de
continuar perseguindo nossos objetivos, sem desviar-nos em
debates que nos paralizam. Sabemos das diferentes opiniões. A
mim não incomodam. Afinal, estamos em democracia.
Entretanto se elas forem motivo de polêmica, melhor as
reservamos para outro momento ou outro espaço.
Isto não é restringir a liberdade, senão focalizar-nos no que
agora nos interessa.
Inclusive em suas brincadeiras, que fazem com que nossos dias
sejam mais alegres.
Beijos, Soninha

- Prezada companheira Célia e demais que acompanham esse


embate: Como nem todos me conhecem, gostaria de apresentar
um breve depoimento das atividades que venho desenvolvendo na
minha vida.

Eu disse no outro email que temos dois caminhos para promover


transformações na sociedade. Repito: Um dos caminhos é pela
Política Governamental (através de um partido político) e o outro
é pela Política Não-Governamental (através de uma organização
do terceiro setor).

Com isso quero deixar claro que aquelas formas antigas como
passeatas, greve de fome, apitaço, panelaço e outras não
conseguem, nos dias de hoje, sequer sensibilizar o grande
público.

O caminho certo é o caminho da legalidade.


Meu pai sempre me dizia que a “boa vida” que temos, devemos à
sociedade, pois é ela que compra nossos produtos, é ela que
contrata nossos serviços. Então temos a obrigação de “devolver”
a ela todo esse conforto e bem estar.

Tenho me dedicado à sociedade desde os 13 anos de idade,


reservando cerca de 4 horas semanais. Lembro que o meu
professor da escola primária, um dia me convidou para participar
de uma reunião na Distrital São Miguel Paulista (não sei de qual
entidade).

Foi uma reunião em que estavam presentes cerca de 15 pessoas e


vendo os debates e as falas entendi, pela primeira vez, que a
sociedade é fruto do trabalho de alguns poucos abnegados que se
dão ao trabalho de fazer coisas além do seu próprio interesse
pessoal.

Veja um trabalho que desenvolvi quando tinha 18 anos


(http://www.ebanataw.com.br/roberto/crianca/cffolha.htm)

EU NO GOVERNO:

Mais recentemente, tive a oportunidade de ser o Subprefeito de


Itaquera. Para quem não é de São Paulo, esclareço que a cidade
de São Paulo é dividida em 31 subprefeituras e cada uma é quase
autônoma nos aspectos administrativos, operacionais e
financeiro. Só não tem independência no aspecto político.

A subprefeitura de Itaquera tinha mais de 520.000 habitantes e


o subprefeito é o “todo-poderoso” com atribuições para
contratar obras e serviços dentro do orçamento da
subprefeitura (algo como 180 milhões de reais por ano). Tinha lá
um hospital, 29 centros de saúde, 71 escolas públicas. Sei o que é
ser dono da caneta poderosa, ser alvo de críticas, jogos de
interesse, fofocas, traição, coação, puxada de tapete, greves,
invasão de terras e outros pepinos. Certa vez eu comandei 150
guardas civis + 250 policiais militares para desalojar sem tetos
invasores. Quem diria ein? Um ex-invasor do Bloco F comando
uma desocupação.

Veja recortes de jornal em


(http://www.ebanataw.com.br/roberto/rotary/rmwsubprefeito.h
tm)

EU NA ONG:

Um pouco antes, isto é, a partir do ano de 1993 comecei minhas


atividades no Rotary. Para quem não conhece, o Rotary é uma
organização de lideres com ramificações em praticamente todos
os países do mundo.

O Rotary procura influenciar as ações dos políticos através do


exemplo, da ética e do companheirismo. Na fundação da ONU,
por exemplo, trabalharam 86 pessoas, das quais 47 eram
membros do Rotary.

Nos últimos anos o Rotary procurou modificar e adaptar a sua


estrutura de trabalho ao esquema do mundo globalizado e isso
não é tarefa fácil pois abrigar sob uma mesma diretriz povos tão
diferentes como católicos e muçulmanos e outras diferenças
culturais e étnicas não é tarefa fácil.

Pois é, como instrutor do Rotary viajei muito, principalmente


pelos estados do sudeste e sul do Brasil. Proferi mais de 580
palestras e andei mais de 50.000 quilômetros.

ESTOU PREPARADO:

Por essas minhas andanças, creio que tenho condições de ajudar


a estruturar o grupo CRUSP 68.

Como já disse no email anterior, nossas ações transformadoras


podem ser desencadeadas através de um Partido Político. Temos
condições para isso. Não precisa muita gente para fundar um
novo partido político, bastando ter representação em pelo menos
9 estados brasileiros e uma Carta de Princípios. Ora, o grupo
CRUSP 68 tem representação até em outros países (Paraguai,
Peru, Colômbia, Venezuela, etc.)

Se a turma topar, estou nessa!

Mas também existe a possibilidade de atuarmos como uma


entidade do terceiro setor, isto é, uma ONG.

Temos componentes de primeiríssima qualidade como o Camões.


Para quem não sabe, o Camões é consultor da ONU para
entidades do terceiro setor e temos também outros que conheci
ou fiquei sabendo no Encontro 40 Anos.

Se a turma topar, estou nessa também!

Em 68, talvez não tivéssemos a maturidade e a experiência que


temos hoje. Talvez as nossas ações tenham sido meio que
atabalhoadas mas agora estamos tendo uma segunda
oportunidade.

O Encontro 40 Anos está funcionando como um “Convocação


Geral”. Não podemos deixar passar esta.

Abraços, Roberto Massaru Watanabe

- Watanabe, me perdoa !

Confesso que brinquei e teimei com o estereótipo

"O empírico", e ainda acrescentei "O polêmico".

Quero que saiba que estou esperando que algo

de muito útil , saia desse grupo; algo mais que nossa revolução
individual- interior.
Pois todo esse sistema e sua corrupção existe devido ao nosso
apoio.

O propósito é nos tornarmos conscientes de como chegamos até


aqui e de como o fizemos.

Temos que perceber que toda a corrupção que temos à nossa


volta foram criadas por nós,

Que essa calamidade em que vivemos foi nosso próprio trabalho.

A gente vive acusando outros de criarem esse status quo - é fácil


jogar a responsabilidade sobre outro alguém -. E temos
encontrado muitas desculpas para permanecermos nela.

Antigamente dizia – se : Esse é o nosso destino...

Isso é um truque para nos livrarmos de toda responsabilidade de


nos transformarmos,

e assim também transformar o mundo.

Acontece que quando um truque é usado por muito tempo, ele se


torna um chavão e não funciona mais; ficamos fartos dele e
procuramos por novas idéias, mas o propósito é o mesmo.

Marx diz: "A sociedade – a estrutura econômica da sociedade-, a


exploração, os exploradores, os imperialistas, os capitalistas,
eles é que estão fazendo o mal, eles é que são a razão disso
tudo".

Novamente aqui nos livramos da responsabilidade.

Mas todos nós somos isso mesmo; nós somos essa sociedade, nós
somos exploradores, nós somos capitalistas, nós somos
corruptos...

A menos que façamos uma revolução interior,


em nós mesmos, nada vai acontecer.

Não aconteceu na Rússia, nem na China, nem em lugar algum.

As pessoas estão infelizes aqui e em todas as partes do mundo.

A inveja, a raiva, a violência, a competitividade, são iguais tanto


aqui como em qualquer outro lugar.

Freud diz que não há esperança para o ser humano, que o padrão
é estabelecido na infância. Então repetimos esse padrão pela vida
afora e a responsabilidade mais uma vez é jogada para fora de
nós - para os pais, sociedade, igreja... -.

Tudo isso são estratégias, mas o propósito é o mesmo. Querem é


tirar a responsabilidade de nossos ombros.

A mudança só é possível através da responsabilidade individual.

Falamos que a culpa é do sistema, do governo, da sociedade... mas


quem sustenta esse sistema? quem freqüenta essa sociedade?

quem elege nossos governantes?

- NÓS – Isso tudo não aparece do nada, até os mendigos e


pedintes não surgem do nada.

Nós os criamos.

Este é um mundo competitivo, e ninguém , a não ser nós mesmos,


é que somos responsáveis.

Como? Por que? Por causa da nossa ganância.

Se queremos ser "ricos e famosos" (modo de dizer, bem


entendido?), outros não conseguirão sê-lo.

Comecemos aqui, nossa própria revolução individual.


Deixemos de lado nossas agressividades, nossas
competitividades, nossas

picuinhas infantis...
Esse é um espaço seguro (pela cumplicidade cruspiana) para
treinarmos nossa amorosidade, compaixão, complacência,
companheirismo, tolerância... e todos os ismos do bem. –
Celinha.

- Estou com a ONG. Entre um partido político e uma organização


não governamental, opto pela segunda.
Entretanto, não sei se poderei continuar pertencendo ao grupo,
pois não sou importante, não tenho os méritos do Camões ao qual
muito quis mesmo na época que ainda não os tinha e sou
totalmente desqualificada, de acordo a teus conceitos.
Gostaria que você soubesse que aqui o clima é informal, de
camaradagem e de comprensão (usando aquela cumplicidade que
tão bem sabe aplicar o Álvaro). Estamos fazendo uma catarse de
nossas vidas, procurando apoiar-nos, escutando casos que nos
divertiram e relembrando flashs de nossa vida no Crusp.
E...... por mais que eu goste de você e muito te deva, devo dizer
que duas vezes você mencionou a palavra embate.

Estou olhando aqui no meu amigo Google o significado, porque


pensei que o choque à minha pessoa fosse injustificado. Talvez
tivesse outras conotações que não essa que sinto ao lê-la. Ainda
não consultei meu amigo Aurélio.

Encontrei

1)"Serão poucos os que ainda têm dúvidas quanto à utilização da


palavra impacto, que se generalizou como substantivo, com o
significado de "embate" ou "forte repercussão".
2) Definição de EMBATE Significado de EMBATE O Que é
EMBATE

s.m. Choque impetuoso, encontro, pancada. / Fig.


Resistência, oposição. / — S.m.pl . Lances adversos do
acaso, da fortuna.

3) Em um dicionário informal encontrei:

1.Embate, encontro de dois corpos em movimento ou de um corpo


em movimento e um em repouso.
2.Embate, encontrão.
3.Recontro violento de forças militares.
4.Carro de choque.
5.Querela violenta; briga.
6.Oposição, conflito:
7.Luta,:
8. choque de interesses.
9.Abalo emocional; comoção:
Levou um choque ao saber da trágica notícia.
10.Sensação produzida por uma carga elétrica.
11.Econ. Fenômeno, ou medida governamental, que causa efeito
súbito e intenso na economia:
choque de oferta agrícola; choque antiinflacionário.
12.Fís. Qualquer interação entre partículas, agrupamento de
partículas ou corpos rígidos, na qual há influência mútua, em geral
com troca de energia, quando as partículas e/ou corpos rígidos se
acham muito próximos entre si; colisão.

Aqui não há o espírito de embate, mas de carinho, de afeto, de


prazer e outras emoções que parecem ser secundárias......Me
omitirei de agora em diante, para não continuar falando coisas
intranscendentes e irresponsáveis, quando há tantas outras
ações, que de forma tão mais organizada, podem ser realizadas.

Você tem a palavra. É toda sua. Sonia Castanheira


- Companheiro Watanabe,
já sabia de muitos feitos
que você fez em prol da coletividade.
Agora chegou a hora do "Parabéns"
(se é que você já me perdoou).
Acho que está "over" qualificado
para dirigir-nos à alguma coisa maior.
Precisamos mesmo, de alguém com experiência,
que não nos deixe perdidos no caminho.
Gostaria de sugerir que, você, Molina, e Suyama
se juntassem para redigir "O" texto,
- e todos nós batalharemos em cima dele -
para conseguir o reconhecimento oficial do CRUSP.
Aqui estamos nós, a reconstruir nossas memórias,
mas na verdade, o prioritário é que consigamos
reconstruir o CRUSP como parte da História política
desse País. Abraço, Celia

- Fui moderada por alguém. Enviei uma mensagem ao Watanabe,


que não vi aqui nos mails recebidos. Falava sobre nosso "embate"
Entretanto, não tem importância, porque ao perceber que não
tenho as qualificações ideais, para ser membro deste distinguido
grupo,
comunicava nessa mensagem que deixaria de escrever. Por
enquanto.....
Soninha

- Hahaaaaa Pior que foi mesmo,


Fui procurá-la para responder, e ela sumiu.
Temos "infitrados" entre nós, e o pior é que estão em cargos
de alto comando (moderação). Celinha
- Caros,
Entendi bem?????? Isso está confirmado??!!!!!! Realmente uma
mensagem da Soninha foi censurada e eliminada?
Peço que isso seja esclarecido antes de continuarmos a
conversar.
Álvaro

- Pessoal, Esclarecendo:

Não há censura, nem possibilidade de se censurar qualquer


mensagem. As mensagens são enviadas automaticamente para
todos os membros pelo Yahoogrupos. Às vezes, porém, quando
suspeita que alguma mensagem é spam, antes de enviá-las para
todos os membros, envia uma mensagem para os moderadores
aprovar ou rejeitar a mensagem. É a única situação em que os
moderadores tomam conhecimento prévio das mensagens.
Soninha, verifique se não digitou o endereço errado, esqueceu de
enviar, etc... Abraços , Molina .

- hahaaaa,
Imagina Álvaro...
Foi no nervosismo e pressa
para responder, que fizemos toda
essa confusão.
OH Álvaro, até parece que não é casado !
Não conhece mulher querendo fazer tudo,
e não conseguindo fazer nada, por ser
muita coisa que quer fazer?
Foi o que aconteceu. Depois que me acalmei,
minto, foi o Beto que veio procurar para mim.
Só me acalmei depois de achada a mensagem
da Soninha.
E o Watanabe que não é louco nem nada...
resolveu esclarecer antes que a achacemos.

- Ai meu Deus, quanto rir...


Quanta confusão!
Precisou até o Tio Molina vir
para tomar conta da criançada...
Um abraço (e se não gostar do tio, por favor nos fale)
Celinha

- Caros companheiros
CALMA!
Não existe censura por aqui.
A mensagem que a Soninha enviou está devidamente registrada
no Yahoo. Entrem no site do Yahoo Group. Vocês mesmo podem
verificar. Está lá registrada como mensagem Nº 478.
Abraços, Roberto Massaru Watanabe

- E viva o humor!!!! Às vezes me vem à cabeça que é apenas a


propósito dessa qualidade humana, sua mais despretenciosa
qualidade, que podemos nos permitir acreditar que um dia esse
mundo será melhor.
Álvaro

- HAAAHAAAHAAAA
TEM RAZÃO ÁLVARO !!!
VOCÊ JÁ PAROU PRÁ PENSAR QUE :
O SER HUMANO É O ÚNICO ANIMAL QUE RI?
PARA APRECIAR O HUMOR, PRECISA -SE DE
MUITA INTELIGÊNCIA ! Celia

- Prezada amiga Soninha.


Ainda bem que o clima é informal. Por isso mesmo me atrevo a
dar sugestões.
Embate é o que nós estamos fazendo. Uma troca de idéias.
Diferente de Combate que é o confronto, a briga. MAS se o
têrmo suscita outras interpretações, queira me perdoar - não
perderia meu tempo criticando, perseguindo, excluindo pessoas -
favor substituir "embate" por "bate papo" ou "troca de idéias".
Quando mencionei o Camões só queria dizer que nosso grupo
continua coeso e tem gente inclusive com muita experiência e em
nenhum momento afirmei ou sequer pensei que você seja
desqualificada, muito pelo contrário tenho grande apreço e
respeito por você.
Disse também no outro email que o que quer que venhamos a
fazer, isso vai depender - da visão, da experiência, da formação
e da vontade - de cada um.
Então devemos contar com a ajuda de todos, sem excessão, pois
cada um pode contribuir com a sua visão própria, ou com a sua
experiência própria, ou com a sua formação (profissional ou
pessoal) ou com a sua vontade própria.
Se você pensar bem, numa festa, por exemplo, há os que gostam
de conversar, há os que gostam de beber, há os que gostam de
cozinhar, há os que gostam de dançar. Então uma boa festa é
aquela que consegue congraçar toda uma variedade de tipos de
pessoas.
Mais uma vez, desculpe-me pelo mal jeito. Por favor continue
falando.
Abraços, Roberto Massaru Watanabe

- Watanabe,
Penso... acho... suponho... concluo...
o caray a quatro... que tudo vai dar
certo no final.
Estamos vivenciando - algumas das vezes -
nossas "crianças interiores".
Para mim pelo menos este grupo está
sendo catártico. São tantas memórias,
são tantos conflitos, tantos... tantos...
e tantos...
Meu... que terapia barata ! Estamos gastando
só nosso tempo, quero dizer, estamos pondo
nosso tempo em cima disso.
Portanto espero e quero que saia alguma
coisa boa disso tudo.
Um abração, Celinha

- Célia e Watanabe
Sou uma das que "acompanham esse embate" e estou achando
muito bom.

Gostei demais do que disse a Celinha (já estou íntima) e também


do que propôs o Watanabe.

Quem sabe a gente consiga concretizar alguma coisa.

A EVOLUÇÃO pessoal acarretará evolução da sociedade.


Abraços Sylvia

- Queridos amigos,
Longe de mim querer polemizar e prejudicar a realização de
propostas tão generosamente aqui feitas. Mas acho que por
coerência devo manifestar minha opinião sobre algumas delas,
ainda que não me disponha a defender ou brigar por essa opinião.
Bem, acho que devemos por os pés no chão para que não nos
frustremos um pouco mais adiante. Nesse sentido, penso que não
devamos nos propor a nenhuma grande missão política ou seja lá o
que for. Realisticamente penso que devamos nos concentrar em
apenas dois objetivos fantásticos, plenamente realizáveis, que
nos unem e sempre vão nos unir mais, e que muito podem
significar para o que resta de nossas vidas:
a) conservar, ampliar e diversificar esse momento de reencontro.
Nunca mais perdermos esse elo tão acalentador de nossos
espíritos;
b) recuperar e divulgar a história do CRUSP em suas dimensões
política e vivencial. Essa será nossa contribuição à Universidade e
aos jovens de hoje.
Nada mais do que isso. E isso para nós já terá uma dimensão
incrível.
Beijos cruspianos, Álvaro

- Concordo com o Álvaro. Acho que a coisa deve ser mais natural.
Vamos nos agregando, cada vez mais e ver no que dá. Temos
muito o que fazer. De repente poderemos até nos posicionar de
forma diferente, se houver um motivo que nos conclame. Senão,
será apenas mais uma organização com muitas possibilidades de
nascer morta. Não excluo uma ação externa, mas é preciso criar
lideranças que vão surgindo no nosso meio e no momento certo.
No momento, não estamos com grande participação . Abraços,
Ernesto.

- Álvaro,
Estou com voce, assino embaixo do que disse. Voce expressou
muitíssimo bem os objetivos que, eu acredito, juntariam a maioria
dos cruspianos. Depois de juntados, democraticamente, eles
poderiam
decidir o que fazer para melhorar o mundo e o resto seria lucro.
É
isso. Rute

- Caros amigos:

Passei a tarde fora e estou chegando agora. Por isso, peço


perdão, mas não segui as discussões sobre minhas mensagens. Vi
que criou um certo conflito. Perdoem-me.

Eu confio no Molina totalmente. Sei de sua seriedade e sei que o


que ele diz podemos acreditar. Ele é uma pessoa séria e podemos
estar tranquilos. Também não sei se ele gosta do nome que Célia
lhe deu, tio Molina. Eu acho carinhoso e adotei. È puro afeto,
Molina. Não leve a mal.

Antes de sair li a resposta do Watanabe ao que Célia escreveu e


respondi na hora. Algo me incomodou e sou impulsiva.. Esperei uns
minutos ver minha resposta entre as mensagens recebidas. Olhei
nas enviadas e vi que partiu. Mas, não apareceu. Sempre no
impulso, escrevi a segunda, falando sobre ser moderada,
entretanto sem acreditar nisso. Fiquei apenas intrigada. A
segunda mensagem apareceu na hora, sem que a primeira venha à
tona. Porque ? Não sei... Artes do Universo.

Absolutamente não houve nada de distração, nem de mandar ao


endereço errado.... nada disso. Trabalho no computador e sei usá-
lo muito bem.
Agora vi que, tanto uma como outra, estão aqui, vocês sabem, na
pasta de mensagens recebidas.

Escrevi a segunda de forma intencional, porque na primeira,


critiquei um pouco a mensagem do Watanabe. Nada mais. Devo
confessar que não fui a meu espaço do Yahoo, para saber se
estava lá, porque tinha certeza de que ela apareceria numa hora
ou noutra.
E confio também no Watanabe. Só acho que estamos colocados
em posições diferentes em quanto ao grupo e é por isso que ele
fala de embate e eu discordo.

Eu acredito que possa haver debate sem embate. E sei também


que embate é muito diferente à combate, mas tem a conotação
de pugna, de disputa.

Já conheço o curriculum do Watanabe (espiei na Internet na


casa da Malu) e sei que ele tem capacidade para organizar muitas
coisas. Além do mais tenho a confiança de que o fará muito bem,
por isso topo uma ONG. Não sei de que, mas topo. Ele é uma
pessoa decidida e qualificada.

Eu estou em outra: reinvindicar o nome do CRUSP , que foi


esquecido pelos historiadores. Estou também no grupo que conta
a História da viagem da Amazonas e gosto muito. Adoro os
causos e adoro os flashs. Adoro os papos. Então, acho tudo muito
bom...... mas até acredito que possa ir derivando para algo mais
positivo e isso necessariamente não será uma revolução, senão
evolução, como ele diz.

Gostaria muito também que as pessoas encontrassem aqui um


espaço de contenção ou um espaço para escape, como eu o uso.

E também para o humor, que, para mim , é fundamental..... Me


divirto com a Célia e com o Ernesto, que também é bom nisto. Eu
sou ruim, lamentavelmente. Boa para rir e péssima para contar.

Li teu mail Watanabe. Por isso estou escrevendo. Acho que nesta
Universidade da Vida todos somos qualificados, como Camões,
que já o era, antes de ser reconhecido pela ONU e pelo público
de fora.

Aqui estamos despojados de nossos títulos, nossos cargos e do


que conseguimos.
Estamos desvestidos, como você mesmo Watanabe me explicou
no evento do Crusp. Deixamos fora todas estas capas que nos
revestem e queremos aparecer aqui, como o miolo da cebola,
depois que todas suas camadas foram retiradas.
Despojados.....nós mesmos, ou pelo menos o que nós pensamos que
somos nós mesmos.

Antes de terminar, como sou teimosa e gosto de palavras,


gostaria de deixar constância de que neste grupo há respeito,
interação e até conflito de opiniões, mas não há embate.

Procurei outra vez e dessa vez no Aurélio.

Do latim conflitu, conflito significa "embate dos que lutam" vide


Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa)

Neste processo grupal, que é um processo de relação humana,


não há necessidade de que um esteja contra o outro, pois
buscamos um estado de convivência solidária, sem necessidade
de luta, de embate, de colisão, entre um e outro membro do
grupo.

Como diz o Scaico e copiando-o beijos aos que gostam de beijos e


abraços aos que gostam de abraços. (aprendi isso aqui)

OBSERVAÇÕES:

Dicionário Aurélio – EMBATE [Dev. de embater.] Substantivo


masculino.

1.Choque impetuoso; encontro violento; colisão: o embate dos


exércitos.

2.Fig. Oposição, resistência: O embate da maioria enfraqueceu


o governo.
3.Fig. Choque ou abalo violento, profundo: Não resistindo ao
embate da crise econômica, a firma pediu concordata. ~ V.
embates.

COMBATE - [Dev. de combater.] Substantivo masculino.

1.Ato ou efeito de combater.

2.Mil. Ação bélica de amplitude menor que a batalha (1), travada


em área restrita, entre unidades militares de pequeno vulto.

....dar combate ao inimigo; dar combate a um incêndio.

- Eu compartilho ambas as preocupações. E por isso acho que


talvez deva valer nossa velha e única exigência comunitária: o
auto-mancômetro.
Mas aproveito a deixa para expressar uma curiosidade: quantos
somos nesse Grupo Yahoo? As mensagens que são
trocadas sugerem no máximo umas 10 pessoas. Quem poderia dar
essa informação? Porque não utilizar o expediente de inserir no
Grupo todos os cruspianos cadastrados pela notável Comissão
Organizadora, deixando a decisão de sair do grupo para quem
queira tomá-la?
Álvaro

- É um caminho. De qualquer forma alguma coisa deveria ser feita


para tentar transformar essa lista em algo mais inclusivo. Tenho
lido a maioria das mensagens e achado tudo interessantíssimo,
mas é quase um voyerismo, porque o que está rolando é uma
conversa entre um grupo restrito que tem mais intimidade ou
mais memórias específicas em comum. Fica difícil entrar na roda
sem se sentir um tanto intrusa.
Não vejo nada de errado nesse papo de vcs, não estão
"roubando" nada de ninguém. Pra mim é como se estivesse lendo
em capítulos um livro, ora divertido, ora emotivo, que tem a ver
comigo também, mas ao mesmo tempo não tem, é uma conversa
particular tornada pública pelas circunstâncias.
O que quero dizer, enfim, é que seria uma pena perder a
oportunidade de buscar alguma coisa que agregasse mais. Se se
conseguisse estimular a interação em rede de pelo menos a
metade das pessoas que estavam na comemoração do
reencontro em São Paulo, já seriam umas 250. É possível
descobrir algo que possa nos unir hoje, de forma mais ampla,
apesar de tantas diferenças e de tantos histórias pessoais pós-
CRUSP? E, mais importante, podemos ainda fazer alguma coisa
juntos, pelo menos no espaço virtual? O quê?
Como diz o Paulinho da Viola, "meu tempo é hoje", mas o fato de
o CRUSP ter estado no meio do caminho representa alguma
energia diferente para estar presente nas questões do mundo de
agora?
Maristela Bernardo

- Wata e Gonzalo

Vale a pena re-enviar um convite através do site CRUSP68 para


dar oportunidade a todos os cruspianos cadastrados terem
oportunidade

de participar das instigantes discussões no e-grupo


CRUSP68@yahoogrupos.com.br.

Abraços, Molina
- Oi, Álvaro:
Só respondendo à sua pergunta. Até minutos atrás o grupo
estava conformado por 62 pessoas, e, como sempre, atuantes,
nao passa de 10%.
Eu também faço parte desta "maioría silenciosa", mas , de vez em
vez, entro a dar um ou outro palpite.
Grande abraço.
Rubén

- Rubén,

É isso mesmo, você foi mais preciso na sua resposta! Temos que
respeitar o tempo de cada um se aquecer para participar das
discussões. Como diz a Maristela, também me sinto um pouco
voyeur, mas vai chegar a minha hora também!!!! Abraços,
Molina

- Obaaa!!! logo acabaremos com os preliminares e passaremos às


vias de fato.
Estamos aguardando Molina!!!
Aí então será a hora de me arrancar e ficar de "voyeuse".
Abração, Célia

- Oi, Molina: já perguntei e lá vai de novo: qual o endereço do seu


blog? Parece ser conhecido dos "10%" ativos no grupo, o que não
é meu
caso. Estou tentando me enturmar. Obrigada, Cacilda

- Cacilda, querida,
Não é meu blog, é da comunidade cruspiana:
www.crusp68.wordpress.com
o fotolog é: www.fotolog.terra.com.br/crusp68 e
o album de fotografias do Encontro 40 anos é:
http://picasaweb.google.com.br/crusp68/CRUSP68FESTA40AN
OS#.
Antonio Carlos Molina

- Cacilda querida, sinta-se bem vinda!


É só ir escrevendo que a gente (os 10%) vai meter a colher no
meio.
Desse pessoal que está aí, nunca conversei com nenhum (naquela
época) a não ser que viajei uma vez com a Soninha.

Vai lembrando suas coisas e nos ajudando a lembrar as nossas,


OK?
Agora que já tem os endereços, vai lá que você está perdendo
muita coisa.
Um abração para você, Célia

- Maristela querida,
O que escrevi para a Cacilda, vale para você também.
Você e eu já conversamos por uns dois minutos no encontro, na
escada para a sobremesa.
Você foi muito importante para mim, pois foi a única que assinou
meu
"manifesto" da anarquia. Obrigada!
Lembra-se disso?
Entra na roda, você escreve muito bem... e eu gosto mais de ler
que escrever.
Estou ansiosa esperando o pessoal da pesada (inteligentsia -
politica).
Aliás, como disse a Soninha à Cacilda, você já está na roda; agora
é só dançar
no nosso ritmo, ora emotivo, ora engraçado, ora... ora...ora.
O que nos agrega é a cumplicidade, o afeto, e o amor que temos
no coração
por sermos CRUSPIANOS.
Manda ver... e um beijo, Célia

- Maristela:
Quem sou eu prá dizê-lo..... O grupo não é do Molina, não é meu,
mas é dos cruspianos.
Se temos este ponto em comum, não se sinta intrusa. Temos
aquela cumplicidade que o Álvaro mencionou e que nos protege e
une.
Escreva o que vc sente o que vc passou e o que você quiser.
Seja benvinda! É nosso blog. Se não fomos amigas antes, podemos
sê-lo agora. O mundo virtual é muito parecido com o real.
Soninha

- Respondendo à tua pergunta: (ich! o Molina já respondeu) :


Segundo o
http://br.groups.yahoo.com/group/CRUSP68/members somos 62.
Tirando os 16 que estão "inativos", ainda restam 46.
No entanto, somos apenas 7 ou 8 "escreventes"
Pessoalmente, gosto muito da idéia de uma lista de discussão
como a nossa, desde que os participantes mantenham
o "simancômetro" bem regulado e estejam dispostos a exercer o
dom da tolerância. E gosto também da proposta das
meninas quanto a deixar a coisa correr meio à vontade, sem
compromissos nem cobranças.
Bem, na verdade, o que eu gostaria mesmo era de voltar no
tempo. Tomar o café da manhã no ISSU e depois pegar o
circular, só para ficar olhando a passagem dos prédios - Reitoria,
IPT, Cirquinho, Cofre do Patinhas, Física, Biologia, Química,
História, CRPE – tanta gente subindo e descendo, tanto
entusiasmo, tanta esperança. Queria sentar na grama e ler um
pouco, olhar as meninas que passam, remar e nadar nas águas
turvas da raia. À noite, eu ia querer ficar conversando no centro
de vivência e, depois, cantar e tomar cachaça no desertinho.
Queria namorar debaixo do bloco A, vigiar em cima do bloco B e
fazer serenata sob as janelas do bloco D. Queria fazer passeata,
viajar de carona, conhecer o mundo e as pessoas. E, sobretudo,
eu queria encontrar amigos, fazer planos e sonhar com o futuro.
Mas acho que não vai dar. Não vai mesmo! Por isso, acho bom a
gente curtir ao máximo esse relacionamento virtual, lembrando
que, apesar dos "homi", o que passou foi muito bom e deixou
marcas pra sempre.
Bem vinda à roda, Maristela.
Em paz, Soninha. Gosto muuuito de você.
Da tranquila Serra Negra, Scaico.

- Oh Scaico,
acompanhei você no seu caminho virtual,
foi muito legal voltar a andar por lá.
Mas daqui a pouco, quero dormir e acordar na minha cama,
cuidar dos meus cachorros, e curtir tudo que tenho para
fazer "no agora".
Que bom que fizemos muito. E os que nada fizeram?
Deve ser muito triste e frustrante chegar ao fim de uma vida
medíocre.
E quem não fez loucuras... comece agora que ainda é tempo.
Nessa vida, ser louco é ser são!
Beijão para você, Célia

- Beleza, Scaico.
Sua singela e sensível mensagem me lembrou tantas coisas
daquele tempo mágico que por lá passamos. É difícil envelhecer.
Aliás, eu diria que envelhecer é uma merda. São muitas as frases
de efeito que procuram nos mostrar o contrário, mas, em sã
consciência, nâo creio que haja sabedoria capaz de realmente
nos convencer que envelhecer seja bom. Mas, certamente,
envelhecer tendo tantas coisas boas para recordar, uma vida tão
intensamente vivida, é muito melhor que olhar para trás e ver
uma vida vazia (lembro-me do lindo filme do Kurosawa, Viver).

A bem da verdade, pelo que vi e senti em nosso encontro,


estamos ainda bem vivos, e com muita "bala na agulha" para
continuarmos ousando e amando. Como a si próprio dizia um
militar prussiano em uma daquelas selvagens guerras em que se
metiam: "Treme carcaça, e mais tremerias se soubesse onde
ainda vou levá-la".
Abração forte, Álvaro

- Oi Soninha
Não gosto de ser voyeur, tanto não gosto que disse que me
sentia "como se". Sou mais do tipo entrona (ou seamostradeira,
como dizia minha avó). Escreverei, sim, estou achando ótima esta
janela que a lista do CRUSP abriu. Toda hora passa uma paisagem
diferente... Fiz algumas imagens na festa e minha intenção era
fazer um pequeno documentário amador, juntando com
documentos, lembranças, coisas de idéias e de vidas, dimensões
maiores do que o episódio militar propriamente dito. E esta lista
tem sido muito inspiradora para isso. Não sei se vou conseguir,
por falta de tempo. Estou agora numa grande correria, viajando
muito. Aliás, amanhã estarei em São Paulo (moro em Brasília),
mas numa reunião atrás da outra; acho que infelizmente não vai
dar para aparecer na Assembléia. Mas, se der uma brecha,
estarei lá.
Maristela
- Por favor, alguém pode me explicar
o que foi esse up grade no yahoo?
Porque uns tem coroinha amarela?
O que podemos fazer com elas?
Expliquem logo pois estou louca
para usá-la...
Acho que vou mudar até meu nome.
Celinha, é como era chamada pelos
mais intimos.

- Celinha,

Foi bom perguntar, porque esqueci de avisá-la e ao Grupo. O


negócio é o seguinte:

É bom o e-grupo ter vários moderadores, com possibilidade de


autorizar entrada de novos membros,

convidar outros membros, liberar mensagens que o Yahoo


considere spam, etc, etc, pois é democrático e além disso,

se algum estiver impedido por viagem, preguiça etc, outro pode


dar continuidade.

Tomei a liberdade de incluir como moderadores os membros mais


ativos até agora.

Outros que desejarem ser moderadores também, por favor,


voluntariem-se!

Abraços, Molina

- Hahahaaaa Molina,
Acabou com todo nosso poder !!!
- Primeiro me senti culpada, (porque eu
disse num comentário que estávamos
escrevendo no Blog do Tio Molina)
e pensei que vc se sentiu chateado
de ser chamado de dono do blog.
(mas não fui eu a primeira a chamá-lo assim).
- Depois, o poder me subiu à cabeça, e já queria
usar a coroinha amarela para fazer estragos
por aqui.
- Então... veio a Soninha desesperada,
querendo saber porque o Beto estava de moderador,
sendo que ele não escreve no grupo.
Ela achou que vocês tomaram essa medida,
para ele poder me censurar mais facilmente.Agora estamos
entendidos ... é só mais trabalho!
Pois bem, estou batalhando mais 4 pessoas, e deixa
eu fazer logo, antes que eles descubram que não estou com essa
bola toda...
Abração,
Celinha

- Molina,
Deixa de frescuras, assuma o cetro, você é nosso rei. Único,
vitalício, cantado em verso e prosa
(e algumas cançõezinhas populares das quais jamais permitiremos
sejam publicadas as letras) cujas decisões serão sempre
cumpridas e irrecorríveis.
Álvaro

- Car@s amig@s do e-grupo,


É grande a emoção que sinto ao ler os escritos de todos. Tenho
intenção de contribuir também, mas hoje o que me move é o fato
de eu
ter detectado (um germe de) um movimento querendo me
derrubar de minha
posição recém alcançada, a saber, o grande cargo de moderador.
"O Beto
não escreve", dizem na surdina, aqui e em outras plagas...
Sem mudar de desfiladeiro, aviso que "lutaremos"! Se as lanças
inimigas taparem o Sol, direi - como Leônidas - "Melhor,
lutaremos à
sombra!"
Para justificar o título desta mensagem, digo algo sobre a
questão da
adesão de nov@s companheir@s ao e-grupo. O primeiro passo,
sem dúvida
é o nosso chefe Molina dar ordens ao Gonzalo e ao Watanabe
(controladores das listas, creio) para que enviem o convite a cada
cruspian@ da lista dos contactados (pelo meu entendimento isto
já foi
feito pelo menos duas vezes). Minha sugestão (na verdade roubo
a
sugestão do Molina) para o próximo passo é que cada um de nós
escreva
para cruspian@s, nossos conhecid@s, ainda não participantes,
incentivando-@s a se juntarem a nós. O fato é que muit@s (como
eu)
nunca participaram de e-grupos e não sabem como é bom... Viva a
vida!
Viva o CRUSP! Abraços, Beto.

- O ROUBO DA BANDEIRA
Se não me falha a memória, foi no 7 de setembro de 1966.
Houve ali
perto do Balão da História uma cerimônia cívica com banda da
Força
Pública, milicos do Exército (acho que o Chefe do 2º
Exército estava
> > lá) aos montes e autoridades universitárias. Bem na nossa
> fuça, isso
> > era demais e não poderia ficar assim, em brancas nuvens. Eu e
o
> > Malaman então combinamos o troco. Nem me lembro onde
arranjamos
> dois
> > macacões cinzas, desses de funcionários qualificados. Ficamos
> então,
> > como se dizia na época, "de botuca". Eu tinha uma Vespa
(alguém
> se
> > lembra?, não foi por muito tempo, a polícia logo seqüestrou
> minha
> > querida vespinha), já no final da cerimônia, quando
autoridades
>e
> > público começavam a se dispersar, montamos na Vespa e
fomos para
>o
> > local. Chegamos os dois muito sérios, estacionei a vespa,
descemos,
> > nos perfilamos, fizemos continência e iniciamos a descida da
> bandeira
> > brasileira do mastro principal. Devagarzinho, como manda o
protocolo.
> > Nem olhávamos para os lados. Descerrado o pavilhão,
> desprendemo-lo da
> > corda, e, mui respeitosamente dobramo-lo solenemente.
Sentíamos
que
> > todos nos olhavam um pouco atônitos, mas não perdemos a
pose e
> nem
> > manifestamos qualquer vacilação em nossa operação. Pegamos
a
> bandeira
> > já dobrada, nos perfilamos outra vez, novamente a
continência,
> > subimos na Vespa e saímos sem olhar para trás.
> > > Gargalhadas e gritos de vitória somente já perto do CRUSP.
> Como não
> > poderia deixar de ser, fomos recebidos como heróis aquele
dia.
> > > Essa bandeira ficou muito tempo comigo. Mesmo depois de
sair do
> > CRUSP levei-a para casa e ficava guardada no fundo de uma
gaveta.
> > Como minha casa abrigava muita gente clandestina, a Maria do
Carmo
> > achou por bem que deverímaos nos desfazer da histórica
bandeira,
> pois
> > em caso de uma batida da polícia teríamos imensa dificuldade
em
> > explicar o que fazia lá aquela enorme bandeira brasileira, em
que
> > ação iríamos usá-la. E foi assim que demos sumiço final
> àquele
> > perigoso símbolo subversivo.
> > > Dedico esse causo ao meu querido amigo Malaman.
> > > Álvaro

- Alvaro:
Adorei teu causo cruspiano.
Você e Malaman formavam uma dupla infernal.
Você não sabe de alguma coisa sobre uns patos que foram
roubados no Butantã e que compartilhamos numa ceia de natal no
Crusp?
Estavam ótimos.
Eu não os roubei.
Só comi.

- O roubo dos patos foi liderado pela dupla dinâmica Martins e


Piauí. Uma história fantástica. Não lhes tirarei o prazer de
contá-la.

Entre outras loucuras vocês já imaginaram o que é consinhar pato


naqueles fogõezinhos sem-vergonhas que tínhamos nos
apartamentos?
Álvaro.

- Hahahaaaaa estou adorando os causos.

Hoje está parecendo aquela época que saia

receitas de bolo, no lugar de notícias censuradas.

Copiando a Maristela, vou dar uma de seamostradeira.

Meu caso não é tão engraçado, mas é bem

interessante também.

Naquele tempo da ditadura, estávamos uma madrugada…


meu primo Antonio Carlos e eu a fazer nossas pichações
costumeiras no Butantã.
Mas não sei por que cargas d´água, nessa noite, embuídos de
maior coragem, nos aventuramos a ir até o Bairro de Pinheiros.
Deveríamos ter ficado no Butantã !
Pois tão logo começamos a chacoalhar o spray para começar o…

“ABAIXO A DITADURA”
foi chegando um carro, daqueles cheio de milicos armados, com
as metralhadoras para fora, prontos a atirar.
Nosso susto foi tão grande, que nos abraçamos para morrer.
- Acho que queríamos morrer em família –.
Mas nosso instinto de sobrevivência falou mais alto, tão alto que,
instintivamente, começamos a simular um “malho”.
Tremíamos e nos apertávamos tanto - mais por medo que por
simulação –
que quase nos prenderam por atentado ao pudor.
Passei por vagabunda… que é o que eles disseram que eu era;
mas naquela hora… mil vezes vagabunda, do que estudante e
moradora do CRUSP.
Quase cometemos um incesto (primo/prima) mas nos livramos do
“cacete da ditadura”. celia

- Célia,
você me fez rir muito com seu causo!!, tanto porque realmente a
criatividade foi brilhante, como o caso foi bem contado. Me fez
lembrar de outros tantos disfarces em situações de pichação,
panfletagem,etc.
Também as histórias da viagem a Manaus são incríveis! Trabalho
há muito tempo com formação de professores indígenas e viajo
muito por lugares sem nenhuma infra, mas imagino o que a turma
que foi para lá passou, naquela época e andando por terra porque,
apesar de precários, os melhores caminhos na amazônia não são
as estradas, mas os seus rios maravilhosos.
Essa audácia, companherismo, desprendimento, foram grandes
lições de vida.
Sirlene
(acho que vocês já estão escrevendo um dos livros)

- Sirlene,
você deve estar acompanhando como
um filme, os relatos da Soninha e Cacilda.
Conhecendo os lugares como você conhece
fica mais emocionante ainda. Imagino.
Lembro bem da sua carinha quando ficou presa
no blocoG, era tão menininha!
Você se lembra que pedi para não conversar com
nós que já estávamos lá? Aquele coronel safado
todo dia me pegava para ficar papeando e eu
morria de medo de soltar alguma coisa.
Eu sempre fui dissimulada e ele pensava que eu era
bobinha e que ia tirar de mim muita coisa.
Conversava mil bobagens com ele, e enquanto falava
até pegava nele como se fosse meu melhor amigo.
Safado! tive que fugir... vou preparar esse causo...
Um abraço, Celia

- Célia,
Lembro que havia alguns moradores no CRUSP já invadido e
vasculhado pela polícia do exército, mas não conseguia entender
porque elas estava por lá ainda. De certa forma ficava
desconfiada, só conhecia a Robeni e a Wilma porque eram amigas
da Arlete.
Tendo aprendido as primeiras lições de militância eu não queria
gravar o rosto de ninguém, achava assim que protegeria a mim e a
pessoa. Na ocasião essa idéia me deu uma certa segurança,
morria de medo de não conseguir esconder caso reconhecesse
alguém. A longo prazo só me fez ser uma pessoa que não lembra
nunca da cara das pessoas. Então eu procurava não ver nem ouvir,
também tentava me fazer de mais boba do que era. De fato era
uma menininha e os dias de Bloco G foram poucos, logo fui para o
Dops, longe daquele horroroso coronel Alvim, mas perto de coisas
ainda piores - as surras que via os "correcionais" tomando toda
noite, para começar.
Obrigada por me ajudar a lembrar! Sirlene.
- Celinha,
Você me fez lembrar do Comandante Alvim, foi ele que nos deu
as 40
> japonas + acessórios quando fomos ao quartel (acho que 4a.
zona) pedir
> orientação como viver na "selva" para a viagem do Amazonas,
foi ele
> que nos deu as roupas e depois foi ele mesmo que depois da
invasão do
> Crusp e encontrou algumas japonas e acusou a todos nós de
termos
> roubado o exército, estudantes perigosos....
> Sei disso pq em 69 estava com Wolf e Maneco Robilotta
jantando e fui
> chamada para um interrogatório lá no Crusp e foi o Comandante
que
> estava na sala e eu disse para ele: Lembra de mim? o senhor
que nos
> deu as japonas para a viagem do Amazonas e ele
desconversou.... Maneco
> e Wolf Maar ficaram me aguardando lá na porta do prédio.
> O comandante me procurava por causa da Semana do Vietnã
promovida pelo
> Antonio Callado (alguém sabe desse movimento?) e ele me
confundiu com
> uma menina da geografia japonesa (se não me engano, Nair,
lembram
> dela?) e queria que eu dedasse os nomes, volta e meia entrava
um
> guarda e dizia: "pode pedir pros seus amigos levarem cigarro
para
> você, porque daí você não vai sair..." só me safei porque começei
a
> chorar e disse: "se meu tio souber o que estão fazendo comigo,
ele vai
> ficar muito bravo", o "tio" era o Castello Branco (que nunca
conheci
> mas parente do meu pai), o comandante deve ter percebido que
não fazia
> parte de nenhum movimento ou partido, mas uma caipira do
interior.
> Nossa Sra!!!! quanta coisa vem a tona graças a esse reencontro.
> Bendita idéia, bendito movimento.
> abração, Malu
>

- Malu querida,
em cada anarquia que a gente já se meteu, heim?
Esse em questão era o coronel Alvim (que medo) e tinha
o ajudante dele que era um capitão de bigode.
Não me lembro como foi que as coisas aconteceram,
mas fiquei meio que refém dele,quando fui tirar as coisas
do apartamento do meu primo.
Foi aí que fiquei com a Bárbara no bloco G.
Todo dia ele nos chamava para bater papo,ou seja,
tentava tirar informações (que não tínhamos).
Me lembro agora que a Sirlene(irmã da Arlete) veio
passar um tempo conosco, para que tirássemos informações
dela. Me lembro do medo que fiquei e disse a ela para não
conversar conosco. Será que ela se lembra disso?
Estou chegando à conclusão que o dia do meu pileque, foi o dia
em que consegui escapar do coronel.
Malu do céu, já pensou se tivessem me pegado com o Lauri?
Hoje estaria famosa... mas morta e prestes a ganhar uma placa
no memorial do CRUSP.
Não teria tido o meu casamento e nem estaríamos aqui batendo
o maior papo de comadres.
Credo! meu coração dispara só de pensar nisso tudo.
Santa ignorancia, bendita ingenuidade!
Beijão, Célia.
- No programa de sábado, na Globo News, a comentarista
Cristiana Lôbo
disse: "Lula confessou aos amigos que quer ser lembrado pelo
seu 2º mandato
como um grande estadista, tal como Getúlio Vargas".
Muito justo... A idéia parece excelente e todos nós queremos,
ansiosamente,
saber: Quando será o suicídio??? - Ernesto.

- Oi, Sônia, Álvaro e todos. Quero contar um segredo, passei pro


outro
lado! Com essas piadinhas, estou criticando políticos e
canalizando o ódio e
desprezo contra eles para desviar a atenção dos que
verdadeiramente estão no
comando. Que moram longe! Os políticos são apenas bodes
expiatórios, pagos
pra levar bordoadas. Ficamos gritando que o corrupto é
repugnante, nojento,
depravado, maldoso, covarde. Que a corrupção é crime hediondo.
Enquanto
isso... Ernesto.

- Cuidado com essas mentiras, Ernesto !

> > Não esqueça que a mentira tem pernas curtas.


> > Além de barba, lingua presa e um dedo a menos.
>>
> > Scaico,
> > que segue 3 princípios básicos:
> > 1. Não se leve muito a sério.
> > 2. Não leve os outros muito a sério.
> > 3. Não leve nada muito a sério.

- Amigos viajantes:
> Se não foi impossível juntar 600 cruspianos, também não será
impossível
> juntar todos aqueles que viajaram à Manaus e queiram contar
como foi essa
> linda viagem.
> Começou em uma conversa do Dudu comigo?
> Ou começou de outra maneira, sempre idéia do Dudu e não
minha (deixo isso
> claro)
> Eu fui seguidora apenas.
> Malu lembra de outra maneira.
> Cada um terá sua versão?
> Mas..... pensem um pouco.... é uma viagem digna de contar.
> Agora me vêm a cabeça um fato intrancendente da viagem.
Mayra , do Roger,
> fazendo sua maquillagem diária, sentada em cima de um
caminhão de sacos.
> Acho que foi no Estado do Pará.
> Dulcinha, Formiga, Fausto, Tek..... Scaico......Deusa.... Cacilda.....
> Esforcem-se e vamos contar esta viagem.
> Outra que merece ser contada foi a que começou na casa da
Soniona e do
> Malaman, acho que no dia do casamento do Alvaro e Maria do
Carmo.
> Terminada a festa resolvemos fazer alguma coisa. E a decisão
foi uma viagem.
> Uma viagem abortada à Ubatuba: Alfredão, eu, Roger e Mayra.
> Saimos com chuva e o morro caiu. Foi uma catástrofe. Ficamos
presos não sei
> quanto tempo entre dois montes ou montanhas (não sei) que
cairam. Podíamos
> escutar noticias pelo radio, Alfredão que estudou acho que
Engenharia Naval
> (não sei se isto tem algo a ver) conseguiu extrair agua para
beber das
> montanhas e um helicóptero jogava comidas desde o ar.
> Não sei quantos dias passamos aí. Não lembro, mas na minha
memória apesar de
> que sei que não é certo, parece-me que foram meses.
> O carro do Alfredão era um Aero-Willys de cor beige? Não
lembro, mas lembro
> que ele era um dos poucos que tinha carro naquela época e que
isso não tinha
> a mínima importância para nós, pois com tanta gente de fora,
que sim, tinha
> carro, era só pedir carona e nos levavam aonde quiséssemos.
> Aiiiiii, tenho que fazer coisas de rotina. Gosto de ficar com
minhas
> lembranças.
> Hoje é dia do aniversário de minha filha. Devo ajudar. Mas a
Célia está me
> dando algumas dicas de como evadir esses trabalhos que quero
renunciar.
> Beijos a todos, Soninha
>

- OK Soninha, tamos empatadas.


Ai que inveja dessa viagem!
Só uma invejinha, porque na verdade, não sou nada ecológica.
-Esse é o modo meu de dizer que tenho horror de mato,
pernilongo,
enfim... não convivo em harmonia com os insetos.
Por ex: Se uma abelha picar meu rosto, economizo meses de
botox.
Fico esticadinha, até repuxada, como se tivesse feito uma
plástica
mal feita. Célia.

- Soninha: como sempre, tratando-se de memória de nomes e


lugares, vc é fenomenal. É isso mesmo, prainha de rio/mar. Não
rolou nada mesmo. Ainda acho que é melhor fazer uma lista do
pessoal e ter um grupo separado. O grupo já existente está mais
interessado em política, literatura, saudosismo, gozações. Acho
importante escrever a estória dessa viagem pq dp a ditadura
copiou em parte criando o projeto Rondon, lembra? Mas ninguém
enfrentou a Belém Brasília de terra em ciima de caminhão como
alguns da viagem. Beijos, Cacilda

- Cacilda querida,
O grupo já existente não está, "mais
interessado em gozações, politica,
saudosismo etc... etc..."
Cada um "é" o Grupo.
Não existe multidão e sim individuos que a formam.
Acho só que você está sendo egoista, querendo nos excluir
dessa esperiência fantástica que tiveram.
Será que já vamos rachar em grupelhos fechados
sem perspectiva de crescimento?
Cada um entra com o que tem para dar, nada mais justo.
Sejamos abertos e tolerantes para ver todas as facetas
de nós mesmos - CRUSPIANOS -.
Mesmo brava , te mando um beijo, Celia
- ahahahah!!!
Boa, Célia!
Por que "nos" excluir? Já não fomos em Manaus naquela época!

Será que agora também não podemos participar??


Abraços. Sylvia

- Célia: vc me entendeu mal. Dp de organizado e feito o trabalho


de
recolher as memórias de quem participou, fará parte do acervo
cruspiano p/ tds. É só uma questão de seguir o caminho mais
curto. Não se sinta exclúída. Abraços, Cacilda

- Cacilda, será que você não está


consciente da dificuldade de juntar
meia duzia de gatos pingados aqui?
Temos que somar esforços, e não tentar
dividi-los.
Tenho feito gozações sim, muitas vezes
por falta de assunto...
Agora que temos um assunto que esta
rendendo audiencia, pelo menos 3 pessoas
estao seguindo (Sirlene, Sylvia e eu);
voce quer nos privar desse prazer?
Nao e um problema de exclusão,
nao me sinto excluída, será que tenho
esse tipo de carência?
Meu compromisso (comigo mesma) é de levar esse grupo
adiante, mesmo que seja causando polêmica.
Um abraço, Celia
- Mario,

Gostei demais da série de lembranças nossas que você iniciou.


Chega de política, a culpa foi do Ernesto que só fala besteira.
E aqui vai minha primeira colaboração. Restaurante Frajola, na
Vital.
Quando sobrava uma graninha, o que era raríssimo, que delícia ir
no Frajola (a pé) comer uma feijoada ou rachar um Filé à
Parmegiana.
Álvaro

- Alvaro:
O Frajola era o máximo mesmo..... Eu adorava o risoto, de frango
e de camarão e bife à parmeggiana. E era uma questão de rachar
mesmo. O que sobrava a gente levava, apesar de não ter
geladeira.
E ainda não existia aquela coisa que dizem agora e que acho muito
feio. Na minha época de Brasil não se usava essa expressão
"Levar para viagem" Arrumo para viagem? Sempre tenho
arrepios e me assusto quando escuto isso. A comida vai viajar?
Vai prá onde? Vai de carro, de ônibus, ou a pé ?
Para quem se acostumou deve soar normal. Mas pensem um pouco
nela. Prá mim esta terminologia é nova, assim como são novas as
marmitex.
Algumas vezes ´´iamos, com grupos, a um boliche , que ficava
numa ruazinha ao lado do Frajola. Você foi alguma vez?
A primeira vez que fui foi com Lauri.
Era uma espécie de inferninho e aí eu descobri que as prostitutas
eram pessoas normais, que podem rir, chorar, dançar , etc.
Antes, como todos eu as discriminava. Como não jogo boliche eu
conversava com elas de seus dramas....
Eta meninada levada....
Também gostei das lembranças do Mario (queixo???) soltas
simplesmente . sem nenhuma volta.
Beijos a todos
Soninha

- La isso é hora de falar de comida?


Que fome!
O que eu mais gostava era do contra file
à cubana. Aliás naquela época só comia isso (qd comia fora).
Acho que era por causa da banana.
A sobremesa ja vinha incluida no prato. Beijo, Célia .

- O Frajola era mesmo um restaurante muito versátil!... Foi lá que


dividi com a Júlia uma pizza gigante. Foi a melhor pizza que já
comi
na vida, não sobrou nem farelos dela. Tinhamos tido um longo dia
que
começara com a invasão do CRUSP. Já era bem tarde e foi no
Frajola que
decidimos onde iriamos dormir aquela noite.
Na tarde daquele dia uma alma caridosa tinha surgido naquele
patio
cinzento com um cacho de bananas, a única comida que eu vi lá, e
o
avanço foi grande, não deu pra todo mundo. O lugar era imundo,
segundo
uma faxineira com quem conversei, a gente, "meninas de família",
não
deveria encostar nas paredes daquele lugar infecto. Ficamos
assim
andando pra lá e pra cá, com medo de sentar, nos recusando
firmemente
a entrar nas celas que tinham sido esvasiadas para nos. Parece
que
ganhamos a parada porque, se bem me lembro, soltaram a maioria
de nos,
mulheres, naquele mesmo longo dia. Na minha cabeça ficou para
sempre
os rostos sofridos das prostitutas, algumas quase meninas, que
desfilaram em fila, diante de nós, para nos ceder suas
acomodações
enquanto entravamos na Tiradentes. Rute

- Rute: eu também estava lá. Fui eu quem gritou que éramois


moças de família" e não iríamos entrar nas celas da prostitutas
coisa nenhuma.
Fui devidamente separada e levada p/ o DOPS p/ ter uma
conversinha com o delegado Sérgio Fleury. Cacilda

- Ponto pra voce Cacilda, naquele tempo não era facil gritar ( a
minha
gente já andava "falando baixinho e olhando pro chão"). Eu
fiquei no
time de conversar com a faxineira e espalhar o medo, que eu
tambem
sentia, das infectocontagiosas.Você ficou presa quanto tempo?
Como
foi a coisa lá no DOPS? Eu não consigo me lembrar de meninas
que
ficaram presas mais tempo. Rute

- Rute e Cacilda,
que bom lembrar disso tudo.
Os filhos da P... me soltaram de madrugada.
Além de não ter para onde ir, eu não sabia
nem pegar um onibus em São Paulo.
Também que ia adiantar saber? ir para onde?
Fiquei lá na porta do presidio
esperando soltarem meu namorado, ou meu
primo ( o mesmo do "malho").
Ainda bem que soltaram o Beto de manhãzinha,
pois meu primo Antonio Carlos ficou preso
lá, pelo menos por mais uns 10-15dias.
Depois foi transferido para o Dops,
coitado, levei muita goiabada para ele.
Foi a maior alegria quando o Beto saiu,
fomos tomar café da manhã na Ipiranga com
a AV São João, na lanchonete Avenida.
Como se tivéssemos saído de alguma festa !!!
Pela primeira vez, cada um comeu o maior,
sanduiche de pernil e tomou sua própria
banana split - sempre dividíamos - .
Se para alguma coisa valeu essa prisão,
foi por isso !

- Celinha, tenho certeza de que voce sabe, precisamente, quando


comeu
o melhor pernil da sua vida...rsrsrs.....
Eu ainda acho que tivemos muita sorte. Imagino que, se as
cruspianas
que estavam lá, tivessem todas o meu pedigree, teriamos ficado
presas os 20 anos da ditadura. Eu me lembro que na prisao a
gente
falava de filhas de personalidades da ditadura que estavam
presas
com a gente, uma seria filha de um governador do Nordeste( não
sei
se isso era verdade). Recentemente me disseram que a filha do
responsavel da PM pela invasão do CRUSP tambem era cruspiana.
Acho
que, com esses vips no pedaço, eles tinham mesmo que não
exagerar
muito na dose.... O que voce acha? Rute

- Scaico
Por enquanto eu não estou com tempo para curtir, como muitos
de vcs, esse papo cruspiano tão gostoso.
Mas eu me lembrei de uma viagem que você e vários colegas
nossos fizeram para Manaus, etc - e eu não pude ir, pois
trabalhava na Física, mas tive muita vontade - e que, na volta,
você trouxe um jacarezinho - ousado e original você, hein? Para
onde foi o bichinho? Não vai me dizer que foi para o rio Pinhiros
ou o Tietê...
besos a todos.
Iracema, vulga Cêmica.

- Salve, Iracema!
De fato, como eu já era ecologicamente incorreto naquela época,
trouxe jacarés do Amazonas. Não um, mas três: Aristides,
Henrique e Pérsio. Depois de uma temporada no CRUSP, meus
meninos cresceram um pouco e foram considerados inadequados
para dividir o apartamento com a gente. Com a permissão do
Chefe do Depto. de Botânica, os 3 foram soltos no laguinho da
Biologia, onde viveram felizes por algum tempo - sei porque os
visitava diariamente. Henrique e Pérsio eram "jacaré-tinga" ,
menores, calminhos, e acabaram perseguidos e mortos por
visitantes (!). O Aristides era "jacaré-açu", ficou enorme e um
dia desapareceu. Meses depois começamos a ouvir incríveis
histórias de um monstro no laguinho em frente à FAU. Danadinho
- ele gostava muito de caminhar pelo mato.
Beijão procê. Scaico.

- Para Soninha, Cacilda, Sirlene, Sylvia e quem mais possa ter interesse.

No dia 02 de julho de 1967 (aniversário do Ludovico), às 8 horas da manhã, um


costas e alguma esperança de chegar ao Amazonas. Tomamos o ônibus 921 até a
Galvão, início da Rodovia Fernão Dias. E aí, sempre divididos em pequenos grupo

Como no dia seguinte saiu um segundo grupo e ao longo do caminho alguns desist
difícil de saber exatamente quantos éramos! Ou fomos.

Mas, vamos lá: Betty, Cacilda, Cleide, Deusa, Dulce, Eliana, Formiga, Gilberta, M
Armênio, Beto, Bolha, Clodoaldo, Dudú, Fausto, Ivan, Marcel, Mineiro, Nelsinho
Rubens, Ruby, Scaico, Shum, Silvano e Teck. ( no total, 35 : 14 garotas e 21 rap

De São Paulo, saímos em 31. Em Belo Horizonte e Brasilia alguns desistiram e ou


Pará compensou. Entre 22 de julho e 8 de agosto, 15 de nós estiveram em Maná
objetivo tinha sido alcançado.

Não tenho fotos, mas tenho uma caderneta velha que serviu de diário de bordo
Mosqueiro, fomos para lá no barco "Presidente Vargas", sem pagar a passagem
sem pagar a conta! Tá tudo la, na "cardenetinha".

Um beijo, Scaico.

- Scaico!!!!
Esta tua cadernetinha está ótima. Não me lembro de quem é
Betty, Cleide, e não me lembro do meu querido Mineiro na
viagem. Não seria o Mineirinho, irmão do Mineiro? Estarei
errada? O Shum foi? E o Clodoaldo também? Até onde será que
chegaram?
Estava tentando lembrar do amigo do Marcel? Era Ronaldo.
Divididos em grupos de 3, tomávamos carona e íamos nos
encontrando nas grandes cidades. Não sei como, pois naquela
época não havia celular.
Obrigadão Scaico!
Esta tua cadernetinha vale muito. Graças a ela já sabemos quem
fazia parte do grupo. Como disse a Cacilda . Este teria que ser o
começo, porque depois temos alguns pontos conjuntos e algumas
experiências diferentes. Não todos viveram a mesma coisa, mas
quando nos encontrávamos..... Que alegria!!!!
Bando de doidos mesmo.....
Ai! Que saudades do Teck.........

- Alvarão
Parabens pelo livro...se vc já tem um filho, agora só falta plantar
uma árvore...
Outra coisa ...Voce falou no programa da TV que não havia
consumo de drogas no
CRUSP...não havia mesmo; como a cultura "hippie" já havia
chegado
por aqui, isso não é curioso? Seria por conservadorismo?
Mario

- Bom dia Mario,


acabei de acordar, e já estou
passando por aqui.
Posso responder antes do Álvaro?
Minha teoria é que éramos livres.
Com tanta liberdade que tínhamos,
quem ia precisar de droga?
A liberdade sempre vem junto com
a responsabilidade. São complementares.
Apesar das "artes" que fazíamos ,
eramos responsáveis.
Alguns eram responsáveis com os estudos,
e outros com a politica.
Só precisa de droga quem não é livre.
Quem precisa dela, para ter coragem
de se soltar e ser ele mesmo, não é
livre. Coitado desse! nem da droga
ele é livre. Célia

- É algo para se pensar a respeito, Mário. Veja, pode até ser que
houvesse algum consumo por lá, muito enrustido, mas
seguramente isso nunca foi uma característica nossa. Nós éramos
mesmo um tanto moralistas nessas coisas. No espectro
ideológico, há que se considerar também que a Esquerda, ao
menos àquela época, era moralmente refratária ao consumo de
droga e outras "perdições". Como sempre, e paradoxalmente, o
álcool era plenamente admitido. Também, ninguémm é leão.
Mas talvez, a melhor explicação esteja no fato que nossa vida no
CRUSP já era um tremendo "barato", não precisávamos de
estímulos químicos. Cada dia uma nova aventura, novos
acontecimentos, novas histórias para saber ou contar, e curtir
compartilhadamente. Ao alcance da mão, e do coração, estava ali
o apartamento do lado, os corredores dos prédios, o corredorzão
umbelical (batizei agora) que costurava todos os prédios lá em
baixo, o Centro de Vivênvia, o Desertinho...
Álvaro

- Eu concordo com tudo que a Celia diz. Liberdade é mesmo um


grande
barato que faz com que não necessitemos de drogas. Isso era
verdade
para muitos de nós cruspianos. Mas, eu me lembro de ter mesmo
discutido isso no tempo em que viviamos lá. A gente sabia que
droga
seria um bom pretexto para o fechamento do CRUSP e ninguem,
ninguem
mesmo, queria isso. Há pouco tempo descobri que uma pessoa de
lá era
uma infiltrada da policia. Acreditem, até mesmo ela, eu soube que
curtia muito o CRUSP. Tambem naquela época as drogas não eram
tão
disseminadas como acontece hoje. Rute

- Silvia:
Alguém sugeriu: será você mesma (??????) o grupo Tabu sobre
Cruspianos/as. Achei ótimo. Há muitos,
Meus parentes , avó , tios, primos, moravam no Bairro de
Pinheiros e eu já estava acostumada a escutar o que falavam
sobre nós. Meus pais eram sempre avisados......
Não sei onde está, nem quem escreveu sobre isto. Olha que isto
está ficando grande e difícil de encontrar. Não quero inovar.
Quero colocar o nome que a pessoa sugeriu.
Acho que teremos muito que contar sobre o que pensava a
sociedade paulistana, sobretudo das mulheres.
Eu acho que éramos (em grande maioria) puritanas. E nunca, nem
nas minhas loucas viagens, com os loucos que viajavam comigo,
que não eram nada loucos, NUNCA VI DROGAS.
Nunca vi também um respeito maior do que tinham os cruspianos
com as mulheres em todas as viagens.
Não rolava sexo entre nós.
Além do mais, eles nos protegiam dos de fora.
Em quanto ao alcool, também não vi alcool, nas nossas viagens,
nada mesmo, nadinha e no Crusp muito pouco, acho que só nas
festas.
Acho que no último ano pode ter mudado (ou não) . Eu não
percebi.
O Bar Crusp, por exemplo, vendia alguma coisa com alcool? Eu
acho que não.
Claro que tínhamos aqueles fogos eventuais, mas nada mais que
coisas esporádicas, Você lembra Àlvaro, do fogo de caipirinha, no
Bar das Batidas na Dr. Vila Nova?
Eu terminei com um coelho de pelúcia, de presente, que
conservei, até para meus filhos , e acho que Maria do Carmo
terminou com outro. Ela não estava presente, devo confessar.
Maria do Carmo era gente séria.
Beijos Soninha

- Soninha,
Nesse fogo homérico, em que bebíamos uma pinga em cada
boteco, estávamos eu, você e o Adilson Crioulo, meu querido
companheiro de quarto, 602 E. Chegamos de 4 no CRUSP, e
aquele coelho foi meu salvo-conduto para me apresentar mais
tarde, banhinho tomado, à Maria do Carmo, a Santa.
Cadê o Crioulo?, não o vi no almoço e nem no dia 17. Lembro-me
muito de sua inseparável camisa branca engomada e suas botas
pretas invariavelmente brilhantes. Figuraça, de um coração amigo
e carinhoso. Álvaro

- Ótima memória, Alvaro


Foi assim mesmo. O coelho foi apenas para pagar suas culpas, mas
eu também ganhei um e estava na farra.
Eu não vi o Crioulo na festa. Como me disseram que esteve,
pensei que não o reconheci.
Ótima pessoa mesmo. E trabalhava como acessor da "estiva" ou
conjuntamente.
Sempre pensei em quem passaria suas camisas e lustraria suas
botas. Você sabe quem o fazia? Eu não.
Beijos
Soninha
- A ESTIVA

Em 1966, para tentar barrar o anunciado aumento de preço das


mensalidades e das refeições, fizemos nosso primeiro grande
movimento, que, em falta de outras alternativas mais
contundentes, optou pelo boicote ao Restaurante. Até aí tudo
bem, mas tínhamos que comer. Sem problemas, formou-se uma
brigada de cozinheiras, panelas e fogões foram conseguidos com
alguns Centros Acadêmicos. E os gêneros alimentícios, como
iríamos arranjar? Feita uma caixinha maluca, era preciso
providenciar a compra de arroz, feijão, cebola, batata e tudo o
mais. Grandes volumes. Centenas de bocas famintas. A
responsabilidade foi assumida por mim, Álvaro (Geologia -
Batatais), pelo Mineiro (Poli Civil - Ponte Nova MG), pelo Malaman
(Poli Naval - Taubaté) e pelo Sílvio Preto (Física - Bauru).
Trabalho pesado, ir à região do Mercado Central para comprar
em grande quantidade e mais barato. Coisa braba carregar sacos
e mais sacos de mantimentos e trazer para nossa cozinha
coletiva no CRUSP em uma Kombi caindo os pedaços. O apelido
para o grupo não poderia ser mais apropriado, saiu naturalmente,
a Estiva. Como também naturalmente cresceu uma forte
identidade e amizade entre seus membros. Para tudo que se
referisse a trabalho pesado, por muitos anos a solução era
chamar a Estiva. Éramos inseparáveis. Quantas bagunças, quantos
acampamentos de férias,quantos assaltos à dispensa do
restaurante, não fizemos juntos. A eterna Estiva: Álvaro,
Mineiro, Malaman e Sílvio Preto. Álvaro.

- Oi amigos!
Escapo aqui sempre que posso. A verdade é essa.... escapo. Mas,
considero este escapismo válido e não censurável.
Já temos alguns temas para nossas "novelinhas", a seguir. E o
tema pode ser escolhido, de acordo à preferência dos leitores:

1. EXPEDIÇÃO AMAZÔNIA
2. CAUSOS CRUSPIANOS
3. FLASHS CRUSPIANOS
4. E AQUELE JACAREZINHO
5.

Não podemos deixar o Ernesto de fora, porque ele é um


grande colaborador, mais do que o Watanabe, que como bem
diz a Célia, deve estar na Inteligenzia. Confesso que não tenho
a graça que ela tem para dizer isso. Não sei se colocamos como
nº 5 - Lula - O estadista. Se for motivos de conflito, o
deixamos de fora, mas deixamos o Ernesto escrever quando
quiser. Vocês decidem. Também posso estar esquecendo algum
outro tema. Lembrem-me, por favor

Mas vou propor um novo título, para que todos participem, só


que desta vez, com uma ação paralela. Teremos trabalho..
Lembram-se do lema? - A juventude.... unida... jamais será
vencida! ´ - É velho, mas continua válido

Bom, como nossa juventude já passou, poderemos encontrar


outro lema. A Célia achará um. Acho que a terceira idade também
pode fazer muitas coisas e a unidade de um grupo pode
potencializar nossa força.
Estamos aqui divagando, regozijando-nos com nossas lembranças,
não é mesmo?
Então, o que vocês acham que podemos fazer em nome do Crusp,
partindo deste lugar?
Acho importante clarificar o que queremos e com este
pensamento realizar alguma ação.
Se fomos, no passado, capazes de ações ou travessuras, tão
arriscadas, porque não poderemos ser agora, capazes de realizar
algo, que não apresenta risco nenhum?
Primeiro, pensei em organizar nosso pensamento para ver se
temos alguma idéia grupal. Com este pensamento claro,
poderemos partir à luta, que tanto gostamos. E quem sabe
poderemos transformar este nosso pensamento, convertendo-o
em realidade.
Mas, devo confessar que achei dificil , buscar um acordo , assim
de primeira mão sem lançar uma proposta.
Vou partir de mim mesma e de minha própria experiência e
apresentar minha idéia.
Estive analisando os fatos marcantes de minha vida e vi que o
CRUSP é fundamental nela.
Há um antes e um depois do CRUSP.
Com isso não quero dizer que eu não tenha vivido outras coisas,
que são fundamentais para que eu seja o que sou, para que esteja
onde estou e para que neste momento esteja aqui a escrever-
lhes,
Não, minha vida foi rica de experiências, algumas felizes
e outras dolorosas. Isso faz parte de uma boa vida, porque
como poderia eu reconhecer os momentos alegres sem ter vivido
os tristes?
Estou no Paraguay, tenho 5 filhos, 3 netos e meio, perdi vários
empregos, casei , separei e acho que tudo está correto e tudo
tem um motivo, ainda que eu não o conheça. Não há inocentes nem
culpados. Tudo é como é...... exatamente como deve ser.
Estou onde devo estar e vivo o que deveria viver, o que me
corresponde. Assim de fatalista.
Aceito tudo.... porque tudo está perfeito.
Mas, vamos à minha idéia, porque eu adoro dar voltas. Vou
procurar ser mais concreta. Meu consolo é que Freud, o pai da
psiquiatria, também escrevia assim, dando todos os detalhes para
chegar á idéia principal. Deve ser o pensamento analítico, porque
com certeza não é o sintético.
Estive investigando no dia do Evento na Assembléia em uns dez
sites sobre a Historia da Ditadura no Brasil.... Já contei isso a
vocês também.
Li sobre Norma Bengel, que foi maltratada, Gilberto Gil também
e teve que ser exilado, o elenco da Roda Viva, Marilia Pera, etc.
atacado pelo CCC. Bom, neste último caso, no dia seguinte a este
fato, aí estive com Formiga e sua irmã e o teatro lotou, tal foi o
apoio que recebeu. Isto já é um grande consolo. Uma dor
acompanhada, sentida com a população.
Li sobre o que aconteceu no Rio, no Calabouço, na passeata dos
Cem Mil , li sobre a Bahia, o Lamarca ,etc.
Mas ....... em São Paulo, apenas uma pequena referência à Maria
Antonia.
Incrível, mas até o estudante que morreu no Rio, acho que Edson
Luiz, parece ter sido mais importante que o nosso que morreu na
luta da Maria Antonia.
Essa história está muito mal contada. Os que a recontam partem
das iniciais e acrescentam um outro detalhe, ficando quase na
mesma. Que tal retificá-la?
Podemos escrever a todos os sites que falam sobre a ditadura,
contando do papel fundamental que o Crusp exerceu naquele
momento. Podemos transmitir nossos pensamentos sobre este
esquecimento e, sem idéia de protagonismos pessoais, dar ao
Crusp o lugar que ele merece.
Seria fazer algo de positivo, para que a sociedade esteja melhor
informada.
Acho que agora, com os 40 anos do AI5 chegou nosso momento.
Se esperarmos que comemorem os 50 anos já vai ser tarde.....
Acho que chegou o momento e chegou tarde.... mas antes tarde
do que nunca. Temos que admitir. Fomos esquecidos e o que
aconteceu no CRUSP não era para ser esquecido assim.
Bom , essa nossa história (com H, não é???) já começou a ser
contada com os eventos: o social (encontro) e o formal na
Assembléia. Isso além da entrevista , que já revi e achei muito
boa. O que deixou de ser dito ficou por conta da emoção. Só
teremos que reforçá-la.
A omissão sobre o Crusp é imperdoável, porque quase em todos
os sites aparece a mesma coisa.
Sem querer desmerecer Norma Bengel e o que ela sofreu, foi
apenas um caso individual, mas é repetido por todos ou quase
todos os que historiam esse momento.
Quantos similares, piores e "mais piores ainda", tivemos entre
nós?
Nossos pensamentos conjuntos. podem se materializar em uma
ação. Poderemos trocar idéias aqui em nosso e-grupo, e de uma
maneira, mais sintonizada, transmitir aos diferentes espaços
virtuais que tratam deste tema uma idéia (potencializada com
nossa energia).
Não teria a mínima importância se muitos escrevessem aos
mesmos lugares. Isso só reforçaria nossa ação conjunta.
Com essa ação de Retificação da História da Ditadura no Brasil,
estaremos informando à população, estaremos revindicando
nossas dores, nossas perdas, etc. etc. etc.
Deveremos estar unidos se quisermos mudar alguma coisa e se
vocês aceitarem esta idéia, devemos enfocar-nos bem no tema e
na maneira de apresentá-lo.
Acho que está em nossas mãos: escrever também aos Jornais, á
Wilkipedia e outras coisas pelo estilo. ou seja a todos os lugares
que quisermos, vinculados a direitos humanos.
E podemos reivindicar ainda que , como maiores de 60 anos,
deveremos ter um espaço preferencial.
Eu costumo usar todos os direitos que tenho .
Vamos usar também esse e lutar por algo que vale a pena?
Entenderam minha proposta???? Ou fui muito complexa????
Se assim for, posso explicar de novo, mas vocês vão ter que me
aguentar outra vez.
Beijos a todos, Soninha

- Wow...
Eu topo , só não me peçam
para redigir nada !
É muito esforço para mim,
ser formal.
Estou aqui nua, - como nasci -, sem travas
na língua e na mente, de peito aberto.
Vamos lá, a hora é agora ! Beijos, Celia

- Ótima a ideia de capítulos. No fim, teremos uma publicação.


Sugiro 5. PAPO CABEÇA.
Um espaço mais ou menos ideológico, anarquista, panteísta e
outros istas e ógicos.
Abraços, Ernesto.

- Amigos:
Este nome não serve. Está incorreto. Não vamos contar nossas
memórias para ninguém. Isto fica entre nós e ,
se algum de nós (não eu) quiser publicar um livro, ou fazer um
filme , como diz a Malu, isso já é outra coisa e fica prá outro
momento.
O que proponho agora é:
-RESGATE DO NOME DO CRUSP
RESGATE DO PAPEL DO CRUSP
-RESGATE DA INVASÃO DO CRUSP
-CONSEQUÊNCIAS DO AI5
OMISSÕES SOBRE O CRUSP NA HISTORIA DA DITADURA
COMPLETEM , POR FAVOR. SUGIRAM
AH! Ernesto, se vc se refere ao tema que sugeri, você também
poderá escrever aos diferentes sites, utilizando tua temática
ideológica, anarquista, panteísta e outros istas e ógicas. Sem
problemas por mim, mas lembre-se que Alvaro agora se auto-
ungiu como teu moderador exclusivo. Veja que chic!
Vc é o único que tem um próprio. – Soninha -

- Soninha,
Apenas lembro uma coisa, somos apenas pouco mais de 40
cruspianos. Acho que ser for para darmos passos mais ousados
(como a tomada do Poder, por exemplo) temos que botar mais
gente na roda. Esse teria que ser para mim nosso esforço
prioritário. O Comitê Central, ops!, desculpem-me, a Comissão
Organizadora (ainda estão merecidamente descansando do
Encontro?), que tem todos os contatos na mão deveria (ou já
fez?) insistir para a adesão de novos companheiros. Com 300 já
dá pra encarar o Xerxes nas Termópilas.
Quanto aos temas, acho que eles devam ser permanentes. Por
exemplo, você incluiu como tema a fantática Expedição Amazônia
e o coitado do Jacarezinho. Mas esses assuntos são muito
específicos e tenderão a se esgotar mais cedo ou mais tarde.
De tal forma que sugiro uma outra coleção de temas para ajudar
a organizar nossas tertúlias:
PAPOS CRUSPIANOS (conversas as mais variadas, que podem
evoluir para flashes ou causos, ou podem não evoluir para nada,
ficando só mesmo em um gostoso e descompromissado bate-papo)
FLASHES CRUSPIANOS (registros-lembranças de nosso
cotidiano)
CAUSOS CRUSPIANOS (histórias acontecidas que valem ser
registradas. Tem que ter título, começo, meio e fim. Seria bom
que a Expedição Amazônia e o Jacarezinho evoluissem para uma
coisa dessas, tarefa para o Scaico)
PAPO CABEÇA (conversas sérias sobre política, ideologia, sexo,
droga e comunismo. Aqui o Ernesto pode se esbaldar, obviamente
sob minha constante vigília e monitoramento ideológico) . -
Álvaro -

- FRUSTRANTE CAÇADA DE RÃS (para desespero do


Pangaré)

Toda aquela área entre o CRUSP e o prédião velho da Reitoria


(Pça do Relógio) era um brejo só nos tempos chuvosos. Todos
devem se lembrar da sinfonia noturna do coaxar de sapos, rãs e
pererecas. Sempre curti muito caçar e comer rãs. E elas,
especialmente nos dias que se seguiam a chuvas, coaxavam
convidativamente daquela região. Acertamos então, eu e o Jeová,
sair um dia à noite para fazermos uma boa caçada. Preparamos a
tralha toda, fisgas, sacos, lanternas de acetileno, e fomos para lá
numa determinada noite. Acho que aí pelas 20 ou 21hs. Grande
frustração, não encontramos uma bendita rã. Apenas centenas de
enormes sapos. É nessas horas que a maldade imaginativa nos
sobe à cabeça. Quase ao mesmo tempo vislumbramos pegar o
maior número de sapos possível. O destino: soltar todos no
apartamento do Pangaré (nosso querido Di Giorgio, que tinha esse
apelido por trabalhar à noite no Jóquei Clube).

Feita a operação, faltava ainda o extremo gozo do canalha: ver o


resultado da canalhice. Eu e Jeová ficamos ali por perto do
apartamento do Pangaré, até que esse retornou do trabalho para
uma merecida noite de descanso. A cena foi indescritível, quase
nos destripamos de tanto rir vendo o Pangaré
desesperado tentando tocar os sapos para fora do apartamento,
dezenas e dezenas deles, na pia, na privada, nas camas, na base
do SHIT, SHIT, SHIT, como se esses fossem um bando de
perdidas galinhas.

Álvaro (E - 602)

- Amigos Cruspianos,

antes de mais nada, pelo que tenho lido e visto em todos


os endereços ligados ao CRUSP68, acredito cada vez mais que
somos todos ex-moradores do CRUSP, mas que

uma grande maioria de nós continua sendo cruspiana-65/68, pela


vivência compartilhada, pelo sentimento de irmandade, pelo
carinho borbulhante de alguns, mais contido de outros, pelas
esperanças sempre renovadas.

Tendo continuado na USP (já em 1964 trabalhava no


Instituto de Geografia, que não existe mais, aposentei-me como
docente no Departamento de Geografia e ainda estou por lá, na
Pós-graduação), tive a felicidade de, mesmo que
esporadicamente, encontrar-me com cruspianos 63-68, ou ter
notícias deles. Cheguei a conhecer os apartamentos reformados,
na década de 1980, a convite de alunos moradores. Bandejão,
nunca mais: eu até que iria, se conseguisse me separar do meu
estômago - recusava-se terminantemente a ir... Lembro-me
também de algumas discussões quando da criação da Associação
de Moradores (AMORCRUSP). Ainda hoje converso com alunos e
ex-alunos sobre a questão da moradia estudantil, e creio ter
bons argumentos para confiar em que a nossa experiência, como
afirmo adiante, pode, além de motivo de lembranças
emocionantes, engraçadas ou não, também representar um ponto
de partida para a discussão de situações e caminhos possíveis
neste mundo atual.

Tivemos problemas coletivos, resolvidos de forma


coletiva, e isso deixa marcas, boas marcas. E temos muitas
lembranças compartilhadas e compartilháveis.

Para me situar: morei no 311-F em 1963, depois no 511-D


até o início de 1967 (fui representante de andar e do bloco, no
colegiado de representação junto ao ISSU), voltando então para
o F, no 403, como pós-graduanda. Lembro-me de muita gente,
mas não dá para lembrar de todo mundo. Contudo, é como se os
conhecesse a todos: nas fotos do evento do dia 9, todos os
rostos me pareciam familiares, embora não seja capaz de
relacionar um nome a cada um deles, salvo exceções (até que
muitas).

Tendo sido moradora de agosto de 1963 a dezembro de


1968, e sendo uma guardadora compulsiva (não confundir com
colecionadora: para isso precisaria ser um bocado mais
organizada e seletiva), acho que tenho algumas lembranças
materiais e de memória que talvez sejam de interesse da
comunidade cruspiana. Exemplo: fotos, recibos de mensalidades,
convocações para reuniões, etc.. É melhor encaminhá-las à
medida em que os respectivos temas venham a ser lembrados,
não acham?

Nestes dias, pelo estímulo e exemplo dos nunca


suficientemente louvados organizadores do CRUSP68, acabei
fazendo uma desorganizada lista de fatos memoráveis do
período, que talvez possa contribuir para uma cronologia
razoavelmente documentada. Fiz uma lista inicial, porque foram
muitos e muitos os fatos memoráveis – a minha memória é que
falha quanto a todos os que vivenciei, e claro, não podia ter
tido conhecimento da grande maioria deles (mas “se ninguém viu
o que vi, ninguém sabe mais do que eu” – lembram? Elis Regina, no
LP “O fino do fino”, e isso vale para cada um de nós). Já tem uns
60 itens; se conseguir organizá-la devidamente, encaminho.

Reiterando: há discussões preciosas a ser feitas


partindo de nossas experiências, e que podem, certamente,
ajudar a pensar os tempos presentes e futuros. Procurarei
fundamentar esta afirmativa em uma próxima ocasião.

Puxa!!! Desculpem-me o tamanho do texto: o assunto


sempre me empolga.

Para lembrar a saudação acadêmica de então (saudações


universitárias), meu abraço cruspiano. Ana Maria

(Marques Camargo Marangoni; às vezes e para alguns pioneiros,


no CRUSP, Aninha)

- Maravilhoso Ana
Adorei te ler.
Com este tesouro nas mãos, vamos fazer uma festa aqui neste
nosso grupo.
A gente precisa destas coisas que você tem. Vai soltando que a
gente absorve.
Beijos Soninha .

- Fantástico, Aninha. Iremos todos com fome ao pote de


lembranças. Os cruspianos da Hístória poderiam entrar em campo
e profissionalmente por ordem nas coisas de forma a irmos
montando uma história documentada.
Beijão, aguardamos ansiosamente sua volta. Álvaro

- Meus queridos
Quem lembra do Gregório?
Eu acho que este era o nome do guarda noturno do Centro de
Vivência. Boa pessoa, gostava da gente, mas tinha ordens a
cumprir.
Meia noite tinha que fechar o Centro.
Chegada esta hora, ele vinha avisando: estavam os namoradores,
os jogadores de cacheta e sempre alguns por motivos
circunstanciais.
Passado o primeiro aviso ele vinha com o caderno. Bom, vocês
decidem ficar, mas tem que assumir a responsabilidade. Tenho
que levar isso ao conhecimento do ISSU (não me lembro as
palavras exatas, porque acho que ele era um nordestino simpático
e boa gente que falava de maneira muito simples),
Ninguém vacilava com o caderninho: cada um pegava e ia
assinando:
Napoleão Bonaparte
Marechal Lopez
Deodoro da Fonseca
Franklin Roosevelt
E assim por diante.......
Ele, com toda ingenuidade e, satisfeito com a tarefa cumprida, se
retirava aliviado....
Acho que Roger lembrou-se dele no folder. Ou estou enganada?
E nossos porteiros?
Tião (bloco B) - Parecia Nat King Cole - Tão simpático
SÉverino (nordestino) e Seu Laercio (bloco A)
Quantos mais foram nossos amigos e cúmplices?
Beijos Soninha
A culpa não era mais dele

- Aqui estou eu de novo, impressionada com a quantidade de


mensagens da lista CRUSP e um pouco agoniada porque não posso
ler tudo com o olhar demorado e integral que gostaria. É sempre
um rabo de olho entre um trabalho e outro no computador, todos
com prazo estourado, e inúmeras saídas e pequenas viagens. Mas
estou armazenando TUDO! Isso ainda vai dar um grande samba.

Quanto à viagem, foi uma meleca. Na ida para São Paulo tive
dores abdominais e pressão no tórax tão fortes que achei que
estava enfartando. Mas mesmo assim, sai do avião na maior
dignidade, com aquela cara de "tudo bem" que aprendemos no
CRUSP pra enfrentar qualquer situação inusitada. E fui direto do
aeroporto para o pronto socorro do Sirio-Libanês. Era uma
gastrite aguda, o que já conta um pouco do enrosco do excesso
de atividades no qual estou metida. Antes estivesse mais atenta
à lista do CRUSP, me divertindo, emocionando, aprendendo,
lembrando e tendo saudáveis idéias de jerico sobre o que fazer
com tudo isso.

Depois soube que no mesmo dia em que eu estava no Sirio-


Libanês fazendo exames, também deu entrada o deputado
Zequinha Sarney com...dores abdominais. E o vice-presidente Zé
Alencar com...dores abdominais. Imagino o que médicos(as) e
enfermeiras(os) devem ter pensado com essa sequência de gente
de Brasília, de todos os chamados segmentos
institucionais, chegando com dores abdominais: "eles ficam lá
fazendo merda e depois correm aqui pra gente curar a dor de
barriga deles.Gentalha!"

Mas, pra resumir, está tudo bem. E tenho também o meu causo
pra contar:

Suely Bastos (da ECA, como eu, e depois da Sociologia), Zé Edson


(de cuja morte só soube no encontro de São Paulo), eu e mais
alguém cujo nome não lembro (será alguém da lista?) fomos
encarregados de pichar a reitoria na noite anterior à chegada de
uma comissão americana do acordo MEC-USAID ou algo assim.
Saímos com nossos sprays escondidos nos casacos e fomos nos
arrastando por aquele capinzal que separava o CRUSP da reitoria
e, por sinal, estava cheio de lama.

A segurança da reitoria tinha sido reforçada porque, é claro,


sabiam que os estudantes não desperdiçariam uma ocasião
daquelas. Mas já tínhamos notado que os seguranças circulavam.
Ora estavam à frente do prédio, ora iam para os fundos. Nosso
desafio era ficar a postos para, assim que fossem para os
fundos, atravessar a rua, fazer a pichação e se mandar.
Na primeira oportunidade, mal levantamos a cabeça do capinzal,
lá vinha um carro sinistro, só com as lanternas acesas, andando
mais devagar do que o normal. Um de nós cochichou: é a
repressão! E numa coreografia perfeita mergulhamos de volta no
capinzal enlameado. O carro foi contornando e sumiu lá pelos
lados da Geologia. Só que nesse intervalo, os seguranças estavam
de volta.

E a cena se repetiu mais uma vez: íamos pegar o embalo pra


atravessar a rua, lá vinha o carro sinistro e tínhamos que abortar
o ataque. Até que, na terceira vez, não fomos tão espertos e o
carro jogou luz quando ainda estávamos em pé. Deu aquele
friozinho da certeza de estar tudo ferrado. Aí sai do carro uma
criatura, corre pro nosso lado e pergunta: "e aí, porque vcs ainda
não foram pra lá, porra???". Era a nossa segurança! Só que
ninguém tinha avisado que teríamos esse luxo!

Então, depois de um rápido e sussurado bate-boca protocolar,


conseguimos finalmente fazer a pichação e foi a glória! Rápido,
serviço perfeito, alcançamos até uma boa altura, ficando um no
ombro do outro. Deixamos lá tudo o que tínhamos direito: abaixo
a ditadura, fora acordo MEC-USAID, yankees go home, e mais
não fizemos devido à pressa, fator que sempre prejudica o
trabalho de um artista.

Como era madrugada, não deu tempo de limpar e a reitoria


amanheceu ma-ra-vi-lho-sa pra receber os americanos. E logo
cedo já vinha do CRUSP a manifestação que terminou em invasão,
como alguns de vcs devem ter na memória. Mas a lembrança
melhor que tenho é de olhar para o prédio, em meio às palavras e
ordem e à zorra que se armou ali, e ver lá em cima, na sacada do
gabinete do reitor já invadido, a cara sorridente do Kunio,
emoldurada pela duas mãos. Ele estava com os cotovelos sobre
uma bandeira do Brasil e olhava pra baixo, como se assistisse a
um espetáculo de camarote.
Bjs Maristela.

- ASSALTOS À DISPENSA DO RESTAURANTE

Como já disse anteriormente, em praticamente todas as férias


escolares de meio e de fim de ano a Estiva (núcleo central: eu,
Malaman, Mineiro e Sílvio Preto) saía para fazer acampamentos.
Nossa região preferida era o Litoral Norte. Como ficávamos em
lugares selvagens, era preciso levar muito mantimento. Grana?
Ninguém tinha um puto. Sobrava como perigosa alternativa
assaltar a dispensa do Restaurante. E quantas vezes fizemos
isso. A odisséia iniciava-se no almoço, quando deixávamos uma ou
duas janelas laterais do restaurante fechadas, mas não travadas,
sabem como é. Bem tarde da noite, driblando guardas e o
impagável Gregório, penetrávamos sorrateiramente no recinto.
Latarias mil, leite condensado, leite em pó, sardinhas, salsichas,
muitas, mas muitas peças de mussarela. Sem falar das latarias de
doces e todo o punhado de besteiras que pudéssemos carregar.
No dia seguinte, pé na estrada para pegar carona. E assim
curtimos grandes aventuras em Ubatuba, Ilha Bela, Castelhanos.
Em cada uma dessas, dezenas de casos inimagináveis, como
quando eu e o Sílvio Preto ficamos hospedados na mansão do
Ciccillo Matarazzo, em Ubatuba, através da amizade que fizemos
com um mordomo/cozinheiro chegado em rapazes. Quero aqui
deixar registrado que ele se engraçou foi com o Sílvio.

De outra feita, em um assalto ampliado, do qual participavam


também Martins, Bolha e Piauí e Paulo Paixão, aconteceu-me uma
desgraça. Havíamos já perpetrado o assalto e quando ainda
estávamos ali por perto do prédio do restaurante, umas 2 horas
da manhã, uma viatura policial achou de fazer a ronda no pedaço.
Logo que ela foi divisada, correu baixinho de boca em boca o
famoso "esconde, esconde, é a polícia". Cada um se escondeu no
lugar adequado mais próximo. Eu estava naquele balãozinho que
havia na parte frontal do prédio. Não sei se vocês se lembram,
havia uma cerca viva separando um canteirinho de mais ou menos
1,5m da parede do prédio. Não deu outra, passei pela cerca viva e
me escondi por ali, entre ela e a parede. Havia na parte inferior
da parede uma bancadinha de uns 50cm, na qual me sentei
aguardando que a viatura fosse embora. Mas quando sentei senti
uma coisa estranha, pastosa, cujo forte cheiro então despertado
revelou logo sua natureza: uma poderosa cagada humana,
daquelas que criam uma casquinha mais escura por fora e por
dentro há uma massa amarelada em alta fermentação. Até hoje
não posso atinar com o fdp que deu uma cagada naquela
bancadinha. Assim que a viatura foi embora levantei desesperado
dali, o cheiro era fortíssimo, cheguei a vomitar. Os sacanas dos
meus companheiros de assalto se borravam de tanto rir. Não deu
outra, a situação era insustentável, tirei a calça, joguei-a fora e
fui embora de cuecas para o prédio. Para que nosso porteiro não
perguntasse nada e complicasse minha vida, subi pelas escadas de
incêndio. Mil banhos, mas fiquei ainda vários dias impregnado
daquele cheiro horrível. Álvaro 602 E

- Caro Álvaro.

Creio que voce esqueceu de mensionar o mais constante


assaltante da dispensa do Restaurante do Crusp. Era o Geová.
Usava o mesmo artifício.
Algumas funcionárias eram suas cúmplices deixando as janelas
sem o devido trinco interno.
Geová ia sempre em busca da carne para o churrasco da
madrugada. Pude presenciar muitos destes assaltos. Eram
semanais e as vezes com frequência menor. Coroavam as noites
de baralho, quando as provas permitiam.
Abraços a todos e felizes festas. Prandi.

- Cruspianos,

Tem sido apontada aqui a falta de referências sobre o CRUSP (e


todo movimento estudantil paulista) em jornais, livros etc, com o
que concordo. É possível que muitos tenham ido, mas como
ninguém se referiu ao evento 68 VOU VER que ocorreu no Centro
Maria Antônia de 06 a 18 de outrubro passado, achei melhor
deixar registrada essa possível fonte. Na ocasião foram
apresentados, entre outros, dois vídeos tendo o CRUSP como
tema:
A EXPERIÊNCIA CRUSPIANA, de 1986, direção de Nilson Couto
e Ricardo Wagner - documentário de 26 minutos sobre o
Conjunto Residencial da USP, mostrando facetas da vida
universitária no período da ditadura.

ESTUDANTES: CONDICIONAMENTO E REVOLTA, dirigido por


Peter Overbeck, apresenta três momentos diferentes da vida de
estudantes: a vinda do interior, a experiência de moradia no
CRUSP e os posicionamentos frente aos acontecimentos políticos
e culturais dos anos 60. Sem data de produção, dura 23 minutos.

Não sei como seria possível acessar tais filmes, a diretora do


Centro - Rosa Iavelberg,talvez possa ajudar.

Quanto a questão da punição dos torturadores, concordo


plenamente com a Cacilda, a maior homenagem que podemos
prestar aos nossos companheiros mortos é dar continuidade aos
projetos de vida pelos quais todos lutamos de algum modo. As
estratégias são outras evidentemente, mas permanece a luta pela
justiça, a necessidade de fazer aflorar a voz dos que foram
vencidos, de exigir a punição dos criminosos. Para mim essa é uma
questão de princípios e também de compromisso, eu vivi, eles não,
no mínimo a memória pública desses companheiros deve ser
recuperada. Penso que este grupo tem um papel nesse processo.

peço que me desculpem e me esclareçam caso minha (ainda)


ingenuidade esteja provocando confusões nas minhas idéias e
atrapalhando, sem querer, o diálogo. abraços, Sirlene

- Sirlene:
Em seu nome e de muitos outros eu também concordo com a
Cacilda que algo deve ser feito.
Você está ótima no que escreve e de modo algum você poderia
estar atrapalhando diálogo algum, colocando este tema, que a
meu modo de ver, deve ser prioritário, em relação a outros.
Eu li tudo sobre o evento VOU VER na Maria Antonia. Não estive,
mas li sobre tudo o que foi apresentado.
Fulvia nos enviou o convite e eu decidi acompanhar virtualmente o
evento.
Mas, insisto na minha posição de que a História da ditadura está
mal contada.
Talvez, estes fatos de São Paulo, estejam surgindo só agora.
Talvez.....
Lembre-se de que o evento ocorreu na Maria Antonia, que estava
diretamente ligada ao Crusp e que nela havia muitos estudantes
cruspianos, entre os quais me incluo. Também devo dizer que é
um local da USP e de São Paulo e era, além do mais, um ponto de
encontro para nós, naquela época.
Eu estava lá para assistir aula no dia que houve a briga do CCC
(porque não posso dizer do Mackenzie) e este fato tão triste
ocorrido na Maria Antonia é mencionado em todas os sites que
consultei sobre a Historia da Ditadura. Foi uma verdadeira
batalha na rua, com a polícia lutando claramente pelos estudantes
que estavam no MACKENZIE. Não me contaram. Eu vi desde o
começo a luta e depois participei da manifestação Apesar da
tristeza da perda de nossa querida faculdade, daquele ponto
cultural maravilhoso que ela representava, daquela efervescência
que existia naquele ambiente, considero que o que aconteceu com
o CRUSP e os seres humanos que aí habitavam foi mais
relevante.
Sempre que eu escrevo me refiro aos diferentes sites que
contam a História da Ditadura (em todo o Brasil) e é nesta
História que o Crusp deve ser incluído, não só na de São Paulo.
Qual foi a repercussão do evento da Maria Antonia. Mudaram os
historiadores sua percepção do sucedido naqueles anos. Não
mudaram nada, pois minha pesquisa fiz há uns dez dias atrás.
Eu menciono em outro mail, que até hoje tenho traumas pelos
empregos que perdi, não sei se por ter sido cruspiana e portanto
comunista, ou pelo fato de ter sido casada com um cruspiano
paraguaio, que por não ser brasileiro, foi considerado um
perigoso terrorista internacional, vínculo entre os movimentos
uruguaios, argentinos, paraguaios e brasileiros. Tenho os
documentos que falam sobre isso, tenho as ordens de prisão
fotografadas e tenho sobretudo as lembranças dos momentos
vividos, das prisões, dos medos, das fugas e das esperanças
castradas. Tenho uma grande documentação disto, aqui comigo,
mas ainda faltam as mais importantes. Estas não se deixam
encontrar.
Entretanto, meu caso e de meu ex-marido cruspiano, não é nada
comparado aos outros.
Você leu o que escrevi sobre a Bárbara?
Você leu o que o Clemens escreveu? Me comoveu. Pela Bárbara,
por ele, por você e por todos os outros , cujos nomes todos me
seria impossível mencionar, DEVEMOS FAZER ALGUMA COISA.
PELA NÃO ANISTIA DOS TORTURADORES DAQUELES QUE
NÃO MERECEM PERDÃO PORQUE SE ESQUECERAM DA
COMPAIXÃO QUANDO TIVERAM O MOMENTO DE EXERCÊ-
LA..
Também devemos lutar pela abertura dos arquivos da ditadura,
porque neles vamos ver, vamos saber (em forma concreta, de que
maneira indiscriminada,caluniadora, delirante, alucinada e
paranóica ELES se dedicavam a catalogar e condenar às pessoas.
Isto era feito de forma absolutamente aleatória ou com o
critério derivado de sua LOUCURA, que a ditadura, com seu
poder absolutista, permitiu que eles utilizassem.
DITADURA , TORTURAS E PERSEGUIÇÕES ARBITRARIAS
NUNCA MAIS
È por isso que a memória de tudo o que aconteceu é tão
importante e devemos lutar para recuperá-la.
Eu é que peço perdão por exaltar-me. Soninha

- Queridos irmãos,
Acabei tomando coragem para fazer algumas ponderações sobre
a proposta da Cacilda de fazermos alguma coisa, como cruspianos,
que reforçasse a movimentação política de pressão sobre o STF
para aprovação de pleito de punição aos torturadores.
1) Primeiramente convém ter em mente que somos um pequeno
grupo de cruspianos (pouco mais de 40 conforme os últimos
dados aqui mostrados), o que não nos tira a capacidade de
iniciativa, mas sugere que não podemos nos alçar a
representantes de todo o pessoal. Em minha opinião, tudo bem
que é final de ano e isso atrapalha bastante, mas está nos
faltando uma palavra da Comissão Organizadora do encontro
orientando-nos sobre como vê e como projeta uma figura
organizacional que nos mantenha unidos, ligados e atuantes. Ou
seja, ainda estamos tateando o futuro como órfãos que se
perderam de seus pais ao meio de uma festança.
2) O STF foi solicitado a se manifestar sobre a
constitucionalidade de processos de punição a torturadores do
período militar. Ou seja, o início dessa atual polêmica política e
jurídica partiu da iniciativa em se propor o julgamento e a
punição dos torturadores, o que, tudo sugere, exigiria a revisão
da atual Lei de Anistia.
Bem, e é aqui que vem a parte delicada dessa minha mensagem, os
que acham que a ainda que tardia punição legal dos torturadores
seja o melhor caminho para se resgatar a justiça perante os
bárbaros crimes cometidos contra os que lutavam contra os
horrores da ditadura devem ter um cuidado danado para
não interpretar que os que não advogam esse caminho, mas que
nem por isso se revoltam menos contra a barbárie da tortura e
dos assassinatos e nem por isso amam menos os companheiros
que passaram por essas ignomínias, sejam frouxos, complacentes
com os criminosos ou traidores da memória dos que foram
vítimas desses crimes.
Eu me coloco nesse segundo segmento. Não acho que o caminho
da tentativa de punição legal seja o mais adequado. É um caminho
de conseqüências colaterais perigosas e incontroláveis. Defendo,
como tantos outros, o caminho do resgate completo da história
através da abertura completa e irrestrita de toda a
documentação oficial existente sobre a época. Através desse
resgate, a revelação completa à sociedade sobre os fatos
ocorridos, suas circunstâncias, nomes, quem foi quem,
torturadores e mandantes, e sua criminalização moral perante a
história e perante os brasileiros como os mais abjetos seres
humanos, praticantes do mais abjeto crime, a tortura.
Como disse, é preciso que os companheiros que defendam o
primeiro caminho, e que merecem todo nossa admiração e
respeito, percebam que precisam ter essa mesma atitude humana
em relação àqueles que defendem uma outra conduta. O que nos
une é muito mais forte do que essa simples diferença de
abordagens.
Abraços a todos, Álvaro

- "Como nunca aconteceu na história desse país"...


As coisas mais polemicas não são resolvidas durante períodos em
que estamos atentos, e sim sempre próximo de períodos de
festas;
natal, carnaval, copa do mundo...etc...etc.
Sou a favor do documento que inclua o CRUSP na Historia, e que
nossos historiadores se movimentem também para fazê-lo.
Alguém sabe de algum que fez tese (mestrado/doutorado) sobre
isso? Pois se fazem teses na USP até sobre
prostituição/prostitutas (vejam o preconceito).
Porque algum historiador CRUSPIANO, não se dá ao luxo
de fazê-lo? Garanto que se tivesse feito história, que é o que
queria fazer, eu já o teria feito.
Mas como casei e mudei... não terminei nem letras, que tinha
começado.
Passo -lhes meu curriculo e vocês decidem o que dá para eu fazer
nessa movimentação toda.
Curriculum vitae
- Dona de casa aposentada
-Amante de cachorros (animais)
-criadora de canários de cor (inscrita no clube de ornitologia
de São Carlos (Coscar). Sendo que nessa categoria cheguei
a ser VICE campeã brasileira, com meus "Isabelinos amarelo
mosaico" e meus "Canelas Pastel".

Portanto, duas vezes VICE.


Também tenho vários troféus de terceiro, quarto e quinto lugar
na competição que agora ocorre em Itatiba.
Saudações a todos, Celinha

- Celinha,
Sobre canários de cor. Tenho um filho, professor de Matemática
em Araras, que também é criador. Talvez você possa até
conhecê-lo, Fábio Rodrigues dos Santos, pois ele também é juiz e
vira e mexe está viajando por aí, inclusive para Itatiba, para
participar de julgamentos em competições.
Álvaro (branco acastanhado)

-Álvaro,
como esse mundo é pequeno,
acho que temos a mesma linhagem.
Cruspianos os quatro, meu marido é matemático,
seu filho é portador do gem (Beto já é
matriz velha), e eu sou uma mutação nova (jaspe),
que seu filho anda desenvolvendo.
Somos todos brancos acastanhados.
Seu filho, só conheço de vista; sou amiga do Kobayashi
e do Celso Ramalho, macacos velhos.
Na verdade, no momento só estou criando por diversão, já faz
dois anos que não participo de concurso. Ser campeã não é fácil,
é muito estressante; para mim era como ser mãe de Miss :
aprontar os bichinhos para a exposição, tirar peninhas tortas,
cortar unhas,lavar uns 30/40 rabos...etc....etc.
Em príncipio meu objetivo era ser campeã brasileira para sair na
revista da FOB

- não consegui ser campeã, mas sosseguei com dois vice em 2005
-, e saí na revista.
Agora estou saindo no Blog do Molina. Abração, Celia

- Célinha,
Acho que você vai ser peça fundamental na construção de nossa
história.
Posso lhe dar uma sugestão? Imaginando que você tenha me
autorizado, lá vai: porque a amiga não dá um primeiro passo
essencial para esse objetivo, qual seja montar um Sumário
(Capítulos, itens, sub-itens...) para irmos construindo uma idéia
mais apurada do produto final a que devemos chegar? Beijão,
Álvaro

- Álvaro,
> vou pensar sobre isso durante as festas e
> espero ter isso pronto para o início do ano.
> É uma tarefa de muita responsabilidade,
> não será como montar meu curriculo de ultima hora.
> E Soninha, já estou aqui na luta - quase que armada -,
> Vi que ontem, quase conseguiram a vitória.
> Lamento pelas combatentes caídas pelo caminho,
> mas infelizmente algo menor (briga das minhas cachorras),
> me movimentou o dia todo.
> Beijão para todos, Celinha

- Caros todos,
Vejam aí a necessidade da Comissão Organizadora se envolver
nessas conversas. Agora me lembrei, em uma outra ocasião em
que se pensou (os mesmos colegas da Comissão) em recuperar a
história do CRUSP a Chrisrtina Tomé iniciou esses trabalhos. Eu
não sei em que ponto isso parou, mas por certo muita coisa já foi
pensada e, ao menos, muitas informações já foram recolhidas. -
Álvaro -

- Caros amigos,
Seguem abaixo os links para assistir no YOUTUBE os
depoimentos dos
cruspianos no Ato Solene da Assembléia Legislativa, dia
17/12/2008 em
lembrança dos 40 ANOS DA INVASÃO DO CRUSP pelo
exército em 17/12/1968.
>Abraços, Molina

- Não posso ir viajar sem antes comentar sobre isso.


Estavam todos ótimos !
Assistimos umas tres ou quatro vezes cada um.
Molina, deu para ver que CRUSPIANA é fogo mesmo,
reclamamos tanto, que todos nos elevaram às alturas.
E gostei da Fulvia, como mulher, falando do lado estético
da nossa moradia.
Abração para vocês, Celinha

- Isso mesmo Soninha,


vamos nos organizar (as mulheres),
Essa proposta foi feita ontem por uma
de nossas representantes.
Vamos confecçionar burkas - para chamar
mais a atenção da população - e vamos às ruas.
Enquanto isso vamos escrevendo aqui, no blog
do Tio Molina... enquanto ele deixar.
E parece que ele está do nosso lado,
pois mandou a mulher dele (que inveja do casaco dela)
para ficar na mesa. Célia.

- Tenho lido constantemente o que os colegas escrevem, mas não


tenho tido tempo para também participar desse papo eletrônico.
Mas o vídeo sobre a "Experiência cruspiana" mexeu comigo. A
Sirlene (companheira de muitas lutas e que desfruto de sua
amizade até hoje) foi feliz, pois as cenas, as falas, o que foi o
Crusp e o que restou do Crusp, tudo isso é muito perturbador.
Tudo o que se propalou sobre a vida dos estudantes na Cidade
Universitária tornou-se verdade. Afinal de contas, tratava-se de
um grupo de "baderneiros", que odiava o país. Eu ouvi isto de um
policial no Dops. Recordo-me muito bem do episódio da invasão do
Bloco F: todos (Reitoria e Polícia) esperavam pelo começo das
férias de julho para desalojar-nos. O que não esperavam é que
muitos de nossos companheios -moradores "legais" do Crusp
resolveram ficar em solidariedade ao nosso movimento, que
reivindicava mais vagas para os estudantes vindos de fora.
Muitos (meu caso era este), oriundos de famílias pobres, que não
tinham como pagar por moradia. Assim é que no dia 3 de julho, de
madrugada, os policiais chegaram, devidamente armados para
uma "batalha". E nós tínhamos decidido que não resistiríamos,
esperaríamos os policiais, sentados, pacificamente. Claro que não
abriríamos as portas simplesmente, se quisessem entrar que
arrombassem. Eu estava no apartamento que servia como sala de
coordenação do movimento (lembro-me do Martins, do Sallum, do
Zé Edson, todos estávamos na sala à espera da polícia).
Tomávamos chimarrão, quando ouvimos passos em direção à
porta. Aí aconteceu uma coisa engraçada: como colocamos uma
pequena barricada na porta, eles tentaram abrir e não
conseguiram, fizeram um buraco na porta e um policial trapalhão,
atabalhoado, entrou por cima e caiu de bunda no chão! Todos
seguramos o riso, afinal sabíamos do que eles eram capazes. O
resultado todos conhecem: fomos levados para a Rodovia Raposo
Tavares - em plena madrugada fria - apenas com os cobertores.
Pedimos carona aos caminhoneiros e chegamos num Crusp em pé
de guerra. Os nossos companheiros responderam à altura àquela
violência. Estas eram as marcas do cruspiano: a solidariedade, o
companheirismo.

Rubens

- Não esqueçam que a Célia está preparando o Sumário.


Álvaro

- Amigos
Sugiro que a Comissão que organizou o encontro em Novembro
com tanta
competencia, seja envolvida neste projeto.
Abraços Mario

- Amigos
Até aqui temos falado sobre as lembranças boas e agradáveis do
que
vivemos no CRUSP.
O que voces acham de falar sobre alguns fatos que talvez não
sejam tão
agradáveis mas que poderão formar um quadro mais completo e
real do
que aconteceu? Talvez possamos aprender algo com isso.
Para levantar a bola , aqui vão 2 tentativas , sem grande
arrumação:
1)Falta de orientação - A maioria de nós era recém saído da
adolescencia e pela primeira vez saindo de casa, jogados em uma
experiencia totalmente nova de vida comunitária; uma pessoa
mais
amadurecida poderia nos dar o apoio psicológico e emocional
necessário
nessa fase da vida (essa figura existe no ITA, onde esse
orientador
também dá apoio na área acadêmica).
2)Liberdade de pensamento - O contexto político exigia um
posicionamento, porém aqueles que por razões pessoais
preferiam não
participar eram alcunhados de "alienados", "burgueses" e mesmo
reacionários, sentindo-se marginalizados.Na perspectiva de hoje
isso
faz sentido?
Um abraço Mario

- Nestes dois últimos e-mails o Mario esteve inspirado. Que a


comissão
organizadora, que preparou aquela festa linda na qual mais do que
demostrou sua competencia, se envolva tambem no projeto do
livro.
Esperamos que neste ela tambem ajude a conseguir uma grande
participaçao de cruspianos, como na festa. Rute

- Oi Mário
Não há forma de excluir a Comissão, que como você diz, com
tanta competência organizou nosso evento.
Não poderíamos mesmo que quiséssemos ( e tenho certeza de que
queremos o contrário) porque eles estão por trás também de
todo este espaço que temos. O "tio Molina", que não fala muito, o
Watanabe, o Teco, o Suyama, a Malu, o Gonzalo, etc. etc. etc.
Estão todos eles aí, nos bastidores. Digo mais, acho que sem eles
não é possível fazer, porque são eles que têm todas as
ferramentas.
Nós só estamos dispondo, usando e abusando, algumas vezes, do
que eles nos brindaram.
Vamos ver se sai. Como Alvaro bem lembrou, ele já tinha pedido à
Célia que organizasse o material. Ela ficou de responder, mas vai
aceitar, porque nós estamos aqui para ajudá-la.
Com um trabalho conjunto, pode sair algo ótimo. Confio
plenamente nisso.
Agora, se num só livro, não der para colocar os causos, teremos
que escrever outro, pois são ótimos.
E Alvaro era o próprio "menino travesso". Ele e seu bando.
Mas quem viu o video do Crusp (que Sirlene mandou) nas
diferentes etapas, pensará: - Que travessuras inocentes.....
Beijos a todos. Soninha `

- Ola,
2009 de muitas realizaçoes e concretizacoes com saude, paz,
amor e
muito carinho para todos nos.....
1o. nao sei onde estao os acentos no computador e nem se ha
mais acentos....
2o. recebi email de Watanabe falando da continuaçao do grupo e
de
regras para darmos continuidade, li, reli e acjei que estava solto,
mas depois abri os emails do CRUSP e entendi sua preocupaçao,
portanto
coloco minha opiniao pessoal e nao da Comissao que organizou o
29/11/08 da qual fiz parte.

a. O trabalho organizado pela COMISSAO foi de muita valia, pois


foi o
que propiciou todo esse encontro, reencontro e discussoes que
agora
surgem. no primeiro momento era importante REUNIR o maior
numero de
pessoas possiveis, nao foi pensado no que se faria depois do
encontro,
mesmo porque o trabalho de localizar, convencer a participaçao
foi
arduo e demandou muito tempo, principalmente de Suyama,
Gonzalo,
Watanabe, Molina, Vuolo, Formiga, Foroni, Zilda, Fulvia,
Krakauer,
Lapyda, Helcio, Paulo, Joao Cyro, Remo, Teco.... enfim comecamos
a
organizar em final de agosto começo de setembro para ter uma
lista de
mais de 700 nomes em meados de novembro. Nao tinhamos
certeza de nada,
do que aconteceria no dia 29 de novembro. Hoje sabemos que o
trabalho
nao foi em vao e valeu a pena.

b. o fato de tudo ter acontecido no fim de ano com eleiçoes no


meio,
festas, ferias etc... nao permitiu a continuidade que foi mantida
graças a esse veiculo criado por Molina (principal responsavel).

c. o ano começa efetivamente dia 05/janeiro - uma segunda


feira, mas
temos que dar um tempo um pouco maior pois muitos ainda estao
de
ferias.

d. a comissao organizadora do reencontro abriu espaço para quem


quiser
participar e dar continuidade ao projeto CRUSP, queiram ou nao,
de
suma importancia para a historia da USP e da politica estudantil
de
S.Paulo e do Brasil. Nao podemos nos esquecer que a historia do
CRUSP
sempre foi relegada a encontros de botequins e memorias de
amigos,
nunca foi levantada como um fato importante da historia da
politica
estudantil da decada de 60, Varias tentativas foram feitas, mas
ficaram nas tentativas, mas vejo que hoje temos um gancho
importantissimo que nao pode ser ignorado e muito menos deixar
a
oportunidade passar de novo. Os elementos que fizeram a
historia do
CRUSP ainda estao vivos e atuantes e estiveram presentes dia 29
de
jovembro e dia 17 de dezembro/08.

e. eu creio que nao podemos ficar so nas discussoes, mas


partirmos
para a açao e produçao do que fazer com tudo que temos para
contar, um
acervo importantissimo nao so da parte politica, mas dos
costumes da
epoca, da mudança de uma sociedade totalmente machista, para a
participaçao mais ativa das mulheres, enfim - sabemos todos o
que foi
nossa geraçao e a mudança que aconteceu nesses 40/50 anos de
pos
guerra.

f. nao podemos nos esquecer que foi a nossa geraçao que levantou
a
bandeira da RESPONSABILIDADE SOCIAL e da DEGRADACAO
AMBIENTAL DO
PLANETA - temas da atualidade, parece que so agora
descobriram isso e
que a nossa geraçao ja discutia e se preocupava com o assunto
muito
antes de estar na grande midia.

g. o que acho e que o CRUSP/SP ficou esquecido porque Rio com


Gabeira
e outros estados souberam dar visibilidade de sua participaçao
na luta
contra a ditadura, sendo que SP atuou intensamente e foi com
certeza o
estado mais prejudicado em termos de perdas humanas. Mas o
que
aconteceu que so agora surgiu na midia e demos inicio de
resgatar essa
historia? A historia de SP conhecida pela midia e a historia de
Jose
Dirceu e do PT - como se isso fosse tudo que tivesse acontecido.
Eo
Lauri, Arantes, Jeova.... entre todos que lutaram contra a
ditadura,
vai ficar so na nossa memoria? Nao. Eu quero que meus filhos,
meus
netos, amigos de meus filhos conheçam a historia da epoca em
que eu
era jovem - nao era atuante politica, mas vivi e presenciei
momentos
importantissimos dessa historia que nunca foi contada.

h. nao podemos cobrar so da Comissao que organizou o


reencontro CRUSP
68, temos que nos unir e agregar pessoas dispostas a darem
continuidade a um projeto maior. A Comissao cumpriu seu papel,
importantissimo pois se nao fosse o esforço e garra de todos que
deixaram muitas vezes os afazeres profissionais para se
dedicarem ao
projeto do reencontro, essa discussao nao aconteceria.

i. nao e tao simples como parece, temos varios temas e assuntos


que
devem ser discutoidos e montarmos grupos responsaveis por
cada
proposta - nao posso falar em nome da Comissao, mas sei que
todos ou
quase todos estao dispostos a continuidade e como disse no
ultimo
relatorio do balanço do reencontro que ha espaço para quem
quiser dar
sua contribuiçao pessoal, profissional - so falta marcarmos novo
encontro e colocarmos em pauta o que fazer com tudo. Ha muito
por
fazer, sabemos, entao..... QUANDO??????
A pauta esta aberta. abraços, Malu de Alencar –

- Alvaro Santos,
Feliz 2009 e que muitos dos projetos que planejou se
concretizem,
espero que um deles seja o nosso CRUSP.
Concordo com você, o grupo não definhou, respondendo:

01. As festas de fim de ano deram uma truncada na comunicação,


é
verdade, fica difícil falar em nome da CO pois deixamos em pauta
a
discussão do futuro do CRUSP 68 e aberto para novos
participantes,
nosso ultimo encontro foi dia 10/12/08 quando mandei um
relatório que
foi colocado no site que utilizamos e aberto para todos, você leu?

02. L. Serrano, R. Watanabe, Remo Fevorini, V. Vuolo e Victor


Foroni
se manifestaram por email - propondo um encontro no começo do
ano para
discutirmos o que fazer e como fazer, Krakauer, Teco e Formiga
por
telefone, Molina contribui com a permanência desse site.

03. Concordo que não temos que mexer nas "feridas" da política,
mas
nosso papel será maior se colocarmos num projeto nossas
experiências
de vida, principalmente profissional, a qual nos dedicamos nesses
40
anos.

04. Como disse em email de ontem, o papel da CO foi cumprido


com os
eventos de 29/11 e 17/12 de 2008. Nas reuniões que tivemos de
agosto a
novembro não foi discutido o que seria feito depois do
reencontro, mas
deixamos em aberto para discutirmos em janeiro. O papel da CO
foi
importantissimo pois garantiu toda discussão feita até agora,
quantos
não se viam desde longa data? A pauta do grupo era descobrir os
"sobreviventes" e foi um trabalho arduo e dificil, agora cabe a
todos
que participaram e que queiram dar continuidade ao "reencontro"
fazerem propostas e tomarem a iniciativa.
05. Temos muito que fazer sim.
a. Resgatar a história do CRUSP através de livro, documentário,
filme ou uma mini serie de TV. Temos profissionais competentes
para
tal, entre eles Jorge Okubaro que é um jornalista de peso e com
livros
publicados, minha experiência é em produção de cinema,
documentários.
Quantos outros atuam na área? Vamos buscar essas pessoas.
b. Responsabilidade Social - Cidadania: Luiz Barco e Wolfgang
Leo Maar foram claros no depoimento de 17/12 na Assembléia,
colocarmos
nossas experiências para que hajam mais CRUSPs em todas
universidades
do Brasil, não houveram outros centros residenciais como o nosso
e
quantos estudantes do século 21 ainda tem dificuldades de
moradia?
Fomos privilegiados vivendo, morando no CRUSP. Vale uma
proposta para
exigirmos que governos estaduais ou federais cumpram esse
papel de
construirem moradias como a que tivemos.
c. Responsabilidade Ambiental - voce melhor que ninguem pode
levantar essa proposta, a discussão sobre a situação do planeta e
sua
sobrevivencia - e não podemos nos esquecer que fomos os
primeiros a
nos preocuparmos com as questões ambientais quando nem se
discutia o
aquecimento global, desmatamentos e erosões, muito menos
Educação
Ambiental nas escolas.
d. Resgatar o CRUSP como patrimonio historico, que Fulvia Molina
propos dia 17/12/08. Ontem saiu uma matéria (não me lembro em
que
jornal) sobre o predio da FAU que está em vias de desabar por
falta de
manutenção e responsabilidade da Reitoria e do governo
estadual.
Imagine o CRUSP que foi abandonado desde 1968.
Outros itens que não me ocorrem agora.

06. Não acho justo culparem a CO de não continuidade, como


você mesmo
escreveu tivemos um hiato por circunstancias de fim de ano, com
certeza esse hiato foi bom para pensarmos no que fazer. Pelos
emails
que tenho lido (e não participado) a discussão ja começou, falta
organização. O cadastro de nomes e endereços de cruspianos foi
o start
e não foi facil conseguir o que se conseguiu.

07. Os responsaveis pelo CRUSP 68 - por ordem alfabetica:


Antonio Carlos Molina, Celso Suyama, Fulvia Molina, Gonzalo
Castro,
Helcio Cremonese, João Cyro, Luiz Serrano, Margarida Cecilia
(Formiga), Malu de Alencar, Paulo Negrão, Roberto Watanabe,
Remo
Fevorini, Rubens Krakauer, Rene Lapyda, Valter Vuolo, Victor
Foroni,
Walter Silva (Teco) e Zilda Junqueira.
PS: No email de ontem omiti os nomes de Gonzalo Castro e Luiz
Serrano
da CO e me retrato agora.
E agora José??? A festa acabou.....
Mas o nosso trabalho mal começou.
Abraços, Malu de Alencar
- Malu,
Tenho para mim que o que a CO nos proporcionou em termos
existenciais com o Encontro do dia 29.11.2008 está no status de
uma graça divina. Sem nenhuma ironia, isso mesmo, uma graça
divina.
O que me estranhou é que, diante das propostas, ansiedades e
indecisões que aconteciam nas conversas do Grupo, nenhum de
vocês, apesar de vários apelos, postou uma mensagem de
orientação, que fosse apenas para informar essa decisão anterior
(eu não li seu relatório) de voltar a reunir-se para discutir o day
after. Isso já nos teria bastado.
De resto, acho que todos estamos prontos a colaborar, mas sem
dúvida cabe um papel ainda muito importante à CO para que as
coisas ganhem corpo e velocidade de cruzeiro. Na CO,
indiscutivelmente, estão as lideranças de nosso reencontro.
Cabeças e corações privilegiados.
Sobre o universo político eu não acho que não devamos considerá-
lo, mesmo nas questões mais delicadas, apenas ponderei que, em
minha opinião bem pessoal, não devamos restringir a ele nossas
atenções, uma vez que em nossa vivência cruspiana expressaram-
se várias outra facetas humanas extremamente importantes e
ricas. E também porque as relações com o universo político se
deram de forma e intensidade muito variadas de pessoa para
pessoa.
Beijão, e vamos em frente, Álvaro

- Oi amigos
Começo contando que nunca escrevi um livro. Mas (ai meu
alzheimer!!!!!) como era mesmo o ditado?
"........ ....... E COÇAR É SÓ COMEÇAR."
Sei que muitos de vocês o fizeram, portanto sabem muito mais do
que eu como fazê-lo. Entretanto, não sei porque não se atrevem.
Além do mais, vejo neste grupo pessoas com dons especiais para
escrever. Sem falar do Álvaro, que gosto do seu estilo, temos o
Watanabe, mais sério e regrado, a Maristela, cuja avó a chamou
de Seamostradeira, a Malu, que tem habilidade prá coisa, a Silvia,
a Cacilda, a Sirlene.................. a Célia, que tem o dom de escrever
de forma simpática e tantos outros que reconheço suas
habilidades. como leitora que sou.
Entretanto, ninguém começa. Vou lançar alguma coisa, para que
critiquem. Adoro críticas, sobretudo se elas conduzem a alguma
coisa. Como diz a Malu, vamos trabalhar em equipe. Eu não tenho
as qualificações para fazê-lo, mas tenho a ousadia de começar
algo, para que tenham uma amostra do que pode sair. E
critiquem, sugiram, modifiquem. Isso não é nada. É apenas para
distrair minha atenção de outras coisas. Mas talvez sirva para
começar a aparecer gente mais entendida, que se atreva a
organizar
Aqui vai o que pensei:
TÍTULO DO LIVRO
(ORDENAMENTO POR PARTES OU CAPÍTULOS COM SEUS
TÍTULOS)
PREFACIO - REFLEXÕES DA ÉPOCA – 1968
TITULO DE CADA CAPITULO.
CAPÍTULO I – CONSTRUÇÃO DO CRUSP E JOGOS PAN
AMERICANOS

CAPITULO II – OS PIONEIROS

1. Aqui os pioneiros contam suas simpáticas estórias do


planejamento da invasão
2. O2. Como tomaram o CRUSP ?

CAPÍTULO III – A VIDA NO CRUSP

01. O cotidiano

02. Os estudos

03. Festas e namoros


04. Coisas e Causos

CAPÍTULO IV – AIVIDADES QUE SE DESENVOLVERAM NO


CRUSP

01. Esportes

02. Show Crusp

03. Teatro – Crusp

04. Viagens

05. ETC

CAPÍTULO VI – ATIVIDADES POLÍTICAS DOS


CRUSPIANOS

01 – Os engajados

02- Os alienados

03 – Os reaccionarios

04 – Os que lutaram

05 – Os que se tornaram clandestinos

05 – Os que pegaram as armas

06 – Os que foram presos

07 – Os que foram torturados

08 – Os que tiveram que sair do país

09- Os que foram perseguidos, em forma posterior

10 – OS QUE DERAM SUA VIDA PELOS SEUS IDEAIS

CAPÍTULO VII –
01. O fechamento do Crusp

02. A diáspora cruspiana

CAPÍTULO VIII – ENCONTROS DEPOIS DE 1968

01. Encontro clandestino em....

02. Encontro clandestino em Itapecerica da Serra

03. Encontro na Biblioteca da Faculdade da Formiga –


Inauguração do Busto do Lauri

04. Encontro na Pinacoteca ( no dia que soltaram as pombas)

05. Encontro na Maria Antonia

06. Outros encontros

07. Outros encontros

08. Outros encontros

09. Outros encontros

CAPÍTULO IX – O REENCONTRO DEPOIS DE 40 ANOS

01- EVENTO SOCIAL

02- ATO NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

03- ESPAÇOS VIRTUAIS

POSFACIO – REFLEXÕES DOS CRUSPIANOS NO ANO 2008

- Olá para todos!


Soninha, acabei de ler suas sugestões e achei muito boas. Nem
preciso comentar mais nada, pois também concordo com o que o
Álvaro e o Prandi disseram.
Acrescento que a Celinha está muito quieta e estou achando
falta. Um dos pontos que mais concordo com o Álvaro é quando se
trata de política.
E cada um desse pequeno grupo pode tentar convencer mais
cruspianos a aderirem ao grupo.
Abraços, Sylvia

- Prezada Sonia Castanheira e demais


Título, estrutura, capítulos, etc. não são muito importantes
nesse instante e pode até produzir algum tipo de restrição a
quem está pensando em contribuir.
Apenas devemos observar que cada história, ou estória ou caso
ou causo, não importa, seja escrita de forma legível e com
consistência, tendo início, meio e fim. Não misturar histórias
diferentes. Não fazer textos muito longos.
Depois que tivermos um volume considerável de matérias, então
trataremos de dar forma ao livro. Nessa hora vamos ver o teor
das colaboração conseguidas e aí sim sai o Título e saí também a
ordem das matérias.
Se vocês quiserem, além desse espaço aqui no Yahoo, o site
CRUSP-68 (www.crusp68.org.br) oferece um espaço denominado
Relógio do Tempo onde cada um pode colocar suas matérias. A
titulo de exemplo, coloquei algumas das matérias que circularam
por aqui.
Abraços,
Roberto Massaru Watanabe

- Cara Sonia.
Voce deu o punta-pé inicial no jôgo de nossos egos. agora estou
encaminhando alguns e-mails para os meus amigos que foram
pioneiros, para despertá-los.
Na realidade a maioria deles não participou da festa de
confraternização, pois estavam viajando.
Mas agora acho que estamos no caminho, tomando chuva e poeira
(com ou sem o seu lencinho protetor). Vamos chegar lá.
Creio que o título Saga dos Cruspianos é muito forte. Mas
seguramente vou sugerir um sub-item do capítulo da repressão: A
Saga de Kazuo Tataí. Este foi o politecnico que estava com duas
garrafas de groselha e teve a infelicidade de cair na mão da PM,
durante a Passeata de Pinheiros. Ele apanhou de dois policiais,
armados de cassetete deste o largo de Pinheiros até o Dops. Isso
foi bem documentado pelo Estadão, pois um reporter foi prêso
junto.
Mas não apanhou. Kazuo ficou prêso oito dias, sem nenhuma
culpa, pois nem da passeata estava participando. Vamos fazer um
"brain storm" para contar a sua saga. Fúlvia tem uma foto, que
tirei após a sua soltura. Afoto foi tirada em meu apartamento (E-
402) com uma câmara que está comigo até hoje, guardada como
relíquia.
Espero que ao ler esse e-mail voce tenha dormido
satisfatoriamente.
Ao Álvaro vamos pedir para não deixar o pessoal esmorecer. Ele
é bom nisso
e melhor ainda em geologia, onde deve contribuir para ajudar
salvar o nosso combalido planeta. Todos temos que batalhar
juntos pela Terra. Vamos lá.
Felicidades. Prandi E-402.

- Soninha Castanheira,
Voce é uma ativista nata.
Anima, critica, bota fogo na fogueira, pensa, repensa.... te adoro
pequena.
Seguinte, é isso mesmo que você fez: estruturou um livro.
Outro dia assiti Escritores da Liberdade, uma história que
aconteceu
na década de 90 numa escola dos EUA - você pode ser a
coordenadora do
livro e coletar as memórias para cada capítulo, hoje com internet
tudo
é possível, além de escrever as suas memórias. Tem o depoimento
da
Sonia Bissoli (ex-Malaman) te passo.
Toda comunicação feita já é um começo.
Sylvia, que bom que você entrou na discussão.
Feliz 2009 para todos.
Beijos, Malu de Alencar.

- Alvaro Santos, querido amigo,


Li todos os emails antes de te responder.
Reparou quantas pessoas estão envolvidas e interessadas em dar
continuidade?
Soninha fez uma excelente estrutura do livro, já começou.... o
livro
será a base de todo o resto na comunicação, base para roteiros.
Não posso falar em nome da CO, como já disse, mas de maneira
tímida
estive participando das discussões sim.
Acho que a proposta da CO foi cumprida, não sei o que pensam
quanto
ao futuro e se a CO continuará com as mesmas pessoas - mas o
CRUSP não
morreu.
Victor Foroni ficou de me ligar quando chegasse de viagem, assim
como
Remo, Serrano.
Não falei com Suyama e Zilda, acho que será importante saber
de cada
um o que pretendem com a continuidade.
Sei que Formiga, Mineiro, Krakauer, Teco, Fulvia, Helcio,
Watanabe,
Mané Quatá estão dispostos.
Vamos convocar um encontro com a CO e demais pessoas?
Soninha fica
presente via internet.
Posso ser a secretaria, tenho o hábito de fazer relatórios (mal
de profissão).
Abração, Malu de Alencar

- Sylvia Casella,
Celinha ficou fora do ar porque estava viajando pelo interior e
sem
acesso direto a internet.
Aprontou uma grande para mim lá na cidade onde temos
parentes: Assis,
Candido Mota.... com certeza vamos ser notícia por alguns meses,
foi
muito divertido.
Com certeza vai aparecer em breve para nos animar.
abração,
Malu de Alencar

- Gente,
Que saudade de todos vocês.
Que bela surpresa chegar e ver o livro quase pronto!
E eu que estava na gandaia (em familia), mas sempre pensando no
grupo, voltei para pegar firme.

Já lavei toda roupa suja da viagem, botei ordem no canil, separei


roupas e objetos para doação e guardei todos os presentes que
ganhei.
Obrigada Soninha, a tarefa que o Álvaro me passou está
ótima; senão perfeita, é muito mais do que eu poderia fazer.
Pelo menos está feita e é disso que precisamos, gente decidida!
Pensei muito sobre o assunto e acredito que qualquer pessoa com
sensibilidade, mesmo não sendo CRUSPIANO, lendo nossos
relatos, será capaz de escrever uma bonita estória sobre a
juventude dos anos 60. Uma moçada sadia, cuja droga mais usada
era a"consciência".
Foi só por isso é que o CRUSP foi fechado.

Gente consciente não é fácil de direcionar, dobrar ou quebrar; e


isso é o que éramos, saímos fora da manada, não poderia ter sido
diferente.

Me lembro bem de ir para as portas de fabricas fazer trabalho


de conscientização. Dá para acreditar? Tão "burrinha" que era e
já estava acima da media. Meu Deus, como éramos perigosos!!!

Sem ironia, os "caras" sabiam das coisas, nos dispersaram antes


que conseguíssemos disseminar a arma letal contra eles.

Um beijão para todos, Celia

- Oi amigos!
Que saudades de você Célia!
Você não imagina a falta que fez ao grupo.
Benvinda e uma vez mais um feliz 2009 prá você e toda tua
família.
O livro só está começando. querida. Chegou bem a tempo de
pegar tua tarefa. Até podemos dividi-la e te ajudar. Podemos
assumir, em equipe, uma parte do trabalho, já que gostamos do
tema. Temos muitas coisas para fazer. É um pouco complexo,
mas nada que não possamos enfrentar.
Estive lendo agora um tema do Wolfgang, meu querido Wolf, tão
inteligente e escrevendo tão bem. Pensei como vamos faremos
para compaginar estilos tão diferentes, sem excluir a ninguém.
Outra coisa que me preocupa é se podemos plagiar aos próprios
cruspianos que escreveram. Já tem muito material no e-grupo e
no Blog, Como compaginar é o problema e outro problema é a
autoria. Será que nos permitiriam tomar emprestada (plágio) a
idéia central e ao final alguém se encarregaria de uma redação
homogênea??????
Eu não sei.
Hoje passei o dia no Brasil, do outro lado da ponte, comi arroz,
feijão e farofa e isso me bastaria para estar contente. Mas ainda
de lambuja, peguei um aniversário aqui do lado paraguaio e estou
chegando a esta hora , para minha distração habitual.
Uma vez mais, senti tua falta..... Agora, falta o Ernesto. O cara
deve ser bom prá caramba. O Álvaro disse que escreveu uns
quantos livros , mas o Ernesto parece que escreveu uns 200.
Agora ele está em Araçá comendo pão de queijo ( mas segundo
ele mesmo explicou e eu entendi, só existem em nossa
imaginação: não tem cor, não tem gosto, nada. São subjetivos.
Estou esperando sua volta Ernesto. Estamos aqui para escrever
um livro subjetivo e sua presença é importante, mesmo que seja
para discordar ( do Alvaro ou do Watanabe)
E faltam todos aqueles que ainda não apareceram. Por favor,
contem suas experiências. Soninha

- Caros todos,
Ontem, pela primeira vez, dei uma geral no Blog CRUSP, e tenho
observações práticas a fazer:
1) O que esperamos com o Blog e o que esperamos com o
Yahoogrupos? No que diz respeito a recolhimento, seleção e
arquivamento de informações (qualquer tipo) está havendo uma
duplicação de objetivos, o que pode causar desorientação e
confusão. Seria muito adequado definirmos quais as
"personalidades" desses dois fóruns.
2) Com o ponta-pé inicial da Soninha mais do que nunca
precisamos de uma orientação profissional de algum colega da
História. A vontade e a disposição são essenciais, mas não são
suficientes. É preciso método de trabalho, e isso só um
profissional da área possui. Quem poderia estabelecer contato
com a Christina, ela poderia ser nossa Orientadora Geral ou algo
no gênero. A Soninha, e todos nós, trabalharíamos sob sua
assessoria técnica.
Álvaro
Não me lembro direito, mas acho que foi no segundo semestre de
1967. Eleição no Grêmio da Filosofia (Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras da USP). O Bernardino, da Geologia, era nosso
candidato. Quando falo nosso refiro-me à Dissidência, grupo
político originário do antigo e saudoso Partidão. Não me lembro
do outro candidato, acho que era da Polop (Política Operária),
com quem vivíamos às turras (se tivéssemos gasto metade da
energia que despendemos nas brigas sem fim entre Dissidência,
Polop, AP e Quarta no enfrentamento da Ditadura acho que essa
teria caído bem antes...).
Pois bem, estava sendo uma eleição disputadíssima e os
resultados iniciais apontavam para uma derrota da Dissidência. O
Lauri, ali no Centro de Vivência, estava desesperado, aquela
eleição era considerada politicamente estratégica (como tudo
mais em nossas vidas era naquela época considerado estratégico).
De 3 em 3 minutos ele chegava a mim e solicitava informações
sobre o que estava acontecendo, o que nós tínhamos feito que os
resultados não nos favoreciam, como é que iam ficar as coisas,
etc, etc...
Eu, para acalmá-lo (e por certo para acalmar minha própria
ansiedade) dizia repetidamente mais ou menos o seguinte: "Lauri,
sossega o facho, está tudo certo, os cálculos estão perfeitos,
nossa estratégia está se confirmando, entrando os votos da
Geologia viramos o jogo e o Bernardino será o presidente do
Grêmio". Ele se acalmava um pouco, mas os resultados ruins
continuavam chegando e seu desespero o trazia novamente, e
novamente, e novamente a mim. E eu, me borrando por dentro,
insistia com toda a segurança: "Lauri querido, fica frio, está tudo
calculado, a Geologia vai virar o jogo, pode escrever, o
Bernardino é o novo presidente do Grêmio.
Depois de algum tempo começaram chegar os resultados da
Geologia. Para minha alegria e sorte a Glete (onde ficava o curso
de Geologia) votou em peso no Bernardino. O resultado inverteu-
se e, por poucos votos, o Bernardino foi eleito.
O Lauri entrou em delírio, comigo junto. Por fim, retomada a
compostura, ele me dirigiu essas palavras em um gostoso e
divertido abraço: "Alvarão, ou você é o maior estrategista que eu
já conheci ou o maior filho da puta que já pisou nesse pedaço".
Deixei gostosamente que ele permanecesse com essa dúvida. Mas
aqui entre nós, confesso, estrategista nunca fui. - Álvaro

- Alvaro, com certeza você não se lembra de mim. Morava junto


com o Celso Nespoli , Quico , Rames e Ze da Palha e èramos
seus vizinhos de apartamento no
sexto verde. Como militávamos em partidos diferentes, para nós
você era o grandão bom de ritmo da
dissidencia. A finalidade do presente é apenas tentar mostrar
que a AP também tem memória... E que
importancia tem hoje as brigas antigas, nâo ? Mas so para
continuar, a adversaria do Bernanrdino nas
eleições que você se refere foi a CATARINA MELONI. Outra
coisa, O Bernardino foi eleito para a presi-
dencia da UEE e não do Gremio. Esse fato ficou bem gravado em
minha memória pois o Bernardino foi
o sucessor do Ze Dirceu.... Houve também um tremendo desgaste
em nossas fileiras. não pela derrota,
mas porque houve uma grande fraude montada por alguns
companheiros na apuração, e fato foi desco-
berto e denunciado. A principio não acreditamos muito, mas
fomos obrigados a render-nos às evidências.
Antonio Carlos, em briga
constante com o teclado do computador,
prefiria a minha velha oliveti, primo da Celia Bergamasco e leitor
da crônica de todos. Abraços

- Antônio Carlos,
Então você também era do glorioso sexto verde? Com uma foto,
ou apelido, seguramente me lembrarei do amigo. Você não botou
muita gente em seu apartamento? Eu morava no 602, com o
Adilson Crioulo e o Bicho Torto. Ao meu lado, no 603 moravam o
Fagali, Ulisses e Santelli. Do outro lado do saguão, no 601,
juntou-se a tropa santista: Mário Queixo, que morava comigo
antes, Nelson Dundum e Idishe.
O Bernardino foi presidente do Grêmio da Filosofia antes da
UEE. O caso a que me referi, tenho quase certeza (o que não
significa muito, pois que já tive quase certeza em muitas
situações em que estava redondamente enganado) foi na eleição
do Grêmio. Acho até que o outro candidato era o Paeco.
Pois é, Antônio Carlos, quanta energia gastamos em quase nos
odiar, não? Depois a Ditadura nos deu um pescoção e mostrou
didaticamente, à sua moda, que estávamos todos em um mesmo
grande barco.
Grande abraço,
Álvaro

- Bom ano para todos! Eba!...Como a discussão está boa!...

Voltei ontem para São Paulo e para a Internet. Dei uma rápida
olhada nas mais de 140 mensagens, e acho que talvez possa
contribuir com alguma da experiência adquirida nessas últimas
décadas (décadas, pois é...), nos trabalhos de escola. Para
começar, como anexo, um texto que fiz para uso com
pesquisadores, iniciantes ou não, e que tem sido de alguma
utilidade, segundo alguns deles. Creio que pode servir em algo
para a discussão de alguns pontos da nossa pesquisa, para a
produção de nossos livros. Mesmo tendo sido pensado para
trabalhos acadêmicos, talvez ajude a registrar e organizar
nossas digressões emocionais, nossos “causos” e flashes
ocasionais, nossas concordâncias e discordâncias, tão
enriquecedoras do processo.

Parece-me de importância a imediata listagem das nossas fontes


possíveis, para o devido planejamento e distribuição de tarefas
(já aviso: sou mais ou menos em planejamento, e péssima para
distribuir e principalmente cobrar tarefas: acho que é minha
obrigação dar conta de tudo, e acabo atrapalhando mais que
resolvendo; mas posso cuidar de

revisões de textos, já que tenho lido montões de trabalhos, e


meu olhar está razoavelmente treinado para a função de
encontrar erros de digitação – dos outros, porque os meus
passam batido). Dependendo das respostas de vocês, disponho-
me também a já organizar, inicialmente, a pasta de arquivos
relativos às fontes de informação, para que vá sendo completada
por todos os que tenham alguma nova fonte a acrescentar.

Por agora, abraço a todos. Ana Maria Marangoni

- Ana
Maravilhosa a tua proposta. Já está contratada, tanto para
correções, como para a pasta de arquivos, referentes às fontes
de informações.
Vou enviar o arquivo do sumário que escrevi , como uma simples
proposta, sujeita a todo tipo de críticas e modificações.
Como editor de textos estou usando o Word mesmo, que é o que
todo mundo usa. Podia fazer com o Publisher, mas em fase mais
avançada.
Bom, uma vez feito o sumário fui acrescentando o que
encontrava na forma esquema, porque isso é o que temos
disponível agora. Não encontrei mais o ' documento maestro",
(isso é espanhol) que usei para fazer minhas teses e que me foi
muito útil, porque permite sub documentos, dentro do documento
principal. Não é a mesma coisa que esquema, mas esquema é o que
disponho atualmente.
Então, neste sumário básico, nos seus diferentes tópicos, você
vai guardando o que for relacionado.
Hoje Watanabe usou o exemplo de uma geladeira e Alvaro disse
que achava isso bom, porque então já colocávamos repolho no
lugar de verduras, sorvete no freeser, etc.
Claro que alguém reclamou que ele esqueceu da cerveja....
Bom , a idéia é essa mesma, ir guardando o material que já temos
nos diferentes espaços e ir buscando os novos materiais que nos
interessam. Fui fazendo um pouquinho disso, mas sabe quando vc
põe o repolho, misturado com o tomate, o alface, a cenoura, etc.
Bom, mas é algo, porque está na gaveta de verduras e já não
tenho que buscar em toda a geladeira.
Não sei se voê tem uma idéia melhor. Se tiver, não vacile em nos
contar. Tudo está sujeito a críticas e as críticas não são
consideradas como tais, senão que são consideradas como
aportes muito benvindos.
Bom.... é isso Ana. Te comento que você era esperada e foi
citada várias vezes, porque vc é pioneira e tem muito que contar.
O Paulo Prandi já começou e está registrado no arquivo que
enviarei dentro de pouco.
Perdoe-me pelo meu português. Moro há 40 anos fora do Brasil e
só escrevo em espanhol. Eu sei o que é ler com olhos críticos. Fui
professora durante muitos anos e sei que é quase irresiistível a
censura...... Beijos Soninha
- Amigos,
Concordo com Mario e com Alvaro.
Seguinte:
. o que se propõe na verdade são histórias de vida, com olhares
diferentes, sentimentos.... o que dará sabor serão os temperos
que
cada um colocará na sua história, no seu depoimento.
. não é um livro para academia, mas um livro que vai contar
memórias
de cada um e não podemos nos esquecer que 40 anos se
passaram.... as
vezes a gente esquece o ontem, imagine 40 anos! será relatado o
que
ficou no registro individual.
. a documentação existe - vamos ter que pesquisar. tem muita
matéria
de jornal, temos que revirar os arquivos.
. no dia da invasão, 17/12/68 - cada um tem uma lembrança, cada
um fez
uma coisa diferente do outro e o medo? quem não teve medo?
O livro nasceu espontaneamente na troca de emails, era e é uma
vontade
coletiva - Soninha formatou os tópicos e mandou bala.
Vamos ver com que cara ele vai ficar.
O importante é começar.
abs, Malu de Alencar

- Ana
Foi ótimo te ler e descobrir que vc registra o fato, para
lembrança até com um nome, o que nos indica tua maneira de
organização. Anotar ainda que seja uma palavra para depois
contar o fato.
Mas o que descobri e não sabia é que você tem graça para contar,
tem humor, lembra de coisas sérias, de coisas engraçadas, de
coisas que ninguém pensou em lembrar.
Está ótimo. Guardei seu resumo e vou ver quando guardo e como
guardo na nossa geladeira.
Porque vc não se refere só aos pioneiros. Você fez um apanhado
geral, muito bom do que era o Crusp, a Cidade Universitária e até
São Paulo, naquela época. Quer dizer, outros viveriam outras
coisas, mas os cruspianos frequentavam mesmo esses cinemas,
tinham mesmo essas dificuldades, etc;
Gostei muito e você me fez lembrar de muitas coisas, inclusive
como me protegia, quando me mudei do Bloco D para o A, da
Força Aérea do Rio Pinheiros. Eu dormia cobrindo a cabeça com o
lençol, mas ainda escutava o barulhinho. Com o tempo a gente se
acostumava.... a gente a eles e acho que eles também se
acostumavam a nós porque já não atraiamos tanto. Com certeza
gostavam mais de sangue novo.
Bom Ana,,,,, foi muito bom . Obrigada por esse momento. Soninha

- Não quero parecer pretensiosa, mas todos sabem usar o Word


em forma esquema? Ninguém se manifestou o que me faz supor
alguma coisa: ou se calam porque consentem ou se calam porque
não entendem.
Receberam os dois arquivos ou todo mundo já terminou sua
jornada pelo dia de hoje?
Como eu moro em um PUB, a noite está só começando......

- Soninha,
O que que é esse negócio de usar o Word em forma de esquema?
Eu trabalho direto com o Word e nunca ouvi falar nisso. Por
favor, não exija demais de meus já escassos neurônios.
Lembre-se também que ainda há cruspianos para quem o
computador é coisa do imperialismo e o homem ainda não foi à
Lua. Talvez seja mais adequado que essas
ferramentas computacionais mais elaboradas só sejam
necessárias para os colegas que vão por a mão na massa na
organização e registro das informações. A todos os outros que
participarão com a coleta e produção de colaborações não seriam
demandadas tais aptidões. Álvaro

- Grande Alvaro!
È isso mesmo. Eu não sabia os nomes em português.Vai firme
Alvaro que é fácil.
È só não ter medo ou não se achar velho para aprender nada.
Podemos.....Vá em frente. Já está saindo.
Entretanto, pensei no que você me disse e escrevi um mail que
estou só por enviar.Já escrevi. Mando do mesmo modo.
Parei para ler o mail do Scaico, que achei lindo, mas me
desanimou um pouco.
Pensei que ele tem muito de razão. Nós nem nos reencontramos
direito, temos ainda tanta coisa para contar, para lembrar , para
atualizar de nossas próprias vidas e já estamos querendo mandar
ao mundo uma produção nossa.
Por outro lado, aí te envolvo na conversa Scaico. A motivação do
livro serve de pretexto para comunicações e encontros. Você
sabia que o grupo estava se definhando e agora está voltando
mais motivado. Quem sabe precisamos trabalhar um pouco
juntos.
Meu querido, já que não podemos mais agarrar a mochila , ir prá
Dutra. esticar o dedo e apontar para onde queremos ir.....
façamos outro tipo de viagem. Eu te convido a se encarregar do
capítulo de viagens no outro mail.
Eu não pretendi coordenar nada Scaico, te juro. Eu só pretendi
que o grupo não morresse. Precisava fazer alguma coisa. E
estamos fazendo.
Vi que vc está convidado para almoçar no Alvaro e dormir na casa
de não sei quem.
E sabe que? Vi que vc está convidado a andar de ônibus..... Isso
pode ser ótimo.......
As viagens em carro são mais solitárias. Nos ônibus você se
encontra com uma grande possibilidade de interação. Nós nos
esquecemos disso.... Podemos relembrar como era. Vai ser um
prazer. Eu adoraria., mas não posso.
Beijos aos dois
Meus amigos: Espero que não me achem metida, ou exibida,
porque não é minha intenção.
Eu disse uma vez que minha principal função aqui era empurrar e
como acabo de ler um mail do Scaico, depois de já ter escrito
este, fico assim meio depre..... Soninha

- Aninha,
Acabei de ler seus rabiscos. Fui revivendo cada momento de
nossas vidas no CRUSP. Situações e fatos que estavam perdidos
na memória foram cutucados. Acho que você está nos dando um
bom caminho. Não obrigatório, mas um bom caminho para todos
que vão colaborar na recuperação de nossa história. Como
exercício individual fazer um rascunhão de lembranças como você
fez. Ir trabalhando esse rascunhão expurgando o que for
expurgável e detalhando o que for considerado mais importante.
Depois esses rascunhões mais elaborados são passados para a
Soninha e sua equipe maravilhosa que vão distribuindo as
lembranças pelos diversos itens de seu Sumário (ou
compartimentos da geladeira do Watanabe).
Um grande beijo para você, minha querida amiga, Álvaro

- Salve, amiguinha!
Gosto de beijo e de abraço.
Antes de morar no CRUSP, beijos e abraços entre jovens tinham
para mim uma conotação exclusivamente sexual. Foi
lá que comecei a perceber o quanto eu estava errado, quando
conheci o abraço amigo, o abraço carinho. E quando o Fausto me
deu o primeiro beijo no rosto, confesso que fiquei meio sem jeito,
mas hoje beijo alguns amigos sem constrangimento.
Voltei de Floripa logo depois do Natal e estou acompanhando as
mensagens. Só não tenho me manifestado porque o assunto tem
sido quase que exclusivamente a elaboração de um livro, o que
está muito longe do que eu esperava para a nossa lista de
discussão.
Assim como muitos dos que já se manifestaram, também acho
que temos na memória e no coração uma quantidade de dados que
podem gerar vários e vários livros, mas, na verdade, eu ainda
estava (e estou) na fase de reencontrar os amigos pra conversas
absolutamente descompromissadas. Passei 23 anos na Paraíba e
tenho uma curiosidade saudável sobre a vida dos que ficaram em
Sampa. Ou dos que sairam para outros cantos. Queria lembrar
coisas velhas e saber coisas novas. Sim, relembrar nossa
experiência, mas de uma forma mais egoísta - como se ainda
estivessemos trocando segredos exclusivos de cruspianos.
Depois, quem sabe, pensar em tornar essas conversas públicas.
Mas entendo que o rumo é outro - sinto que existe um
sentimento, quase compromisso, de que um livro deve ser feito -
por isso me mantenho calado. A despeito do entusiasmo e do
esforço de vocês, não creio que esse seja o melhor processo para
se elaborar um livro. Nenhum livro. Temo que, por esse processo,
a gente venha a ter apenas uma grande colcha de retalhos - que
não irá cobrir ninguém de forma satisfatória. Assim, amiguinha,
vou ficando calado, torcendo para estar errado.
Mas continuo atento.
Beijos e abraços. Scaico
Ah, Ernesto, minha geladeira está entupida de cerveja. Acho que
ninguém comentou o teu texto porque ele é do tipo "definitivo".
Eu gostei e sei que você pode estar certo, mas isso não tem
importância, não é mesmo Neo?

- Eu já Ia dormir, mas apareceram umas amigas aqui para tomar


um café e voltei. Eu que nem tomo café de noite. Bom, elas
acharam que estou louca, porque várias vezes saí da cozinha,
onde tomávamos o café, para ver o que vocês estavam
escrevendo. Mais louca me acharam ainda , quando me viram rir
sózinha. Estava lendo o poema aos mosquitos da Ana
Marangoni.Bom, estive pensando no que Alvaro me disse sobre a
falta de necessidade de que todos usem as ferramentas do
word.Eu pensei que para comunicar-nos , em equipe, seria
necessário que todos soubéssemos entender bem a máquina e o
editor de texto com o qual vamos trabalhar. Entretanto,
refletindo , achei que as funções poderiam ser divididas e vamos
organizando e diagramando, na medida de nossas possibilidades .
Depois daremos a um profissional para que produza a versão
final. Asssim sendo, o importante agora é definir o conteúndo e
dividir as funções:.Quem se candidata a fazer que? Definir
conteúdo???????????????? `Quem sabe na reunião na casa do
Àlvaro. Posso fazer uma tentativa de dividir funções:

O s que não estão nomeados se encarregarão de colocar-se no


lugar onde queiram estar e nas funções que se identifiquem. Os
que estão nomeados terão também o direito supremo de dizer -
Não, não é isso que quero fazer. Outra vez a crítica é benvinda.

Ana Marangoni expôs suas virtudes e já está no exercicio de


suas funções: ela vai se encarregar, com ajuda, de buscar as
fontes e também se encarregará da correção dos textos. Quem
vai ajudá-la?
Maristela, acho que você tem vocação para redação, além de
outros dons. Gostaria de se encarregar da arrumação do material
que vamos colocando nos diferentes capítulos, ou repartições da
geladeira.

Celinha, você poderá juntar o material em Word norma,l e me


envia para que eu coloque no lugar correto.

Por exemplo, buscar tudo o que seja causo que ainda não esteja.
Gostaria também que você desse um toque de humor aqui e ali.
Quem vai ajudar a Célia nesta tarefa, que é árdua e cansativa?

Alvaro, ótimo contador de causos ficaria nesta área com Paulo


Prandi, Scaico, Ana outra vez, Mário que tem os flashs
maravilhosos. Alvaro tem que ser negociador também, porque
vamos ter que negociar com alguém certas coisas.

Rute, onde vai ficar.? Você tem muitos dons e nós sabemos disso.

Scaico poderia se encarregar das viagens, Você fez muitas e


sabe contar.

Precisamos de alguém para a parte de política.

Watanabe e Teotônio vcs poderiam se encarregar da parte


complicada de colocar no site, dar formato, etc, editar, etc. Vcs
se falariam para ver o que é necessário. Vocês são nossos
informáticos. E além disso, continuem contando coisas, que disso
ninguém deve querer escapar, porque este livro tem que sair de
nossa conversa diária, com alguns detalhes que mereçam ir para o
livro. O resto é para nossa comunicação e distração.

Ernesto, Ernesto, o que você fará. Pois eu acho que você seria
ótimo para criticar a vontade. Já escreveu vários livros, tem
prática, tem sentido de humor, é crítico por natureza. Bom , é só
trabalhar.Solte a lingua, freiando, mas não nos breque.....porque
queremos acabar.
Eu me ofereço para usar o esquema que o Alvaro não gostou. Me
comprometerei de colocar tudo o que me mandem selecionado
dos emails ou de outros lugares. Coloquem um título e eu coloco
no lugar correto, dando um formato provisório. Tentarei uma
diagramação, provisória também.

Me encarregarei das atualizações e de enviar-lhes o arquivo


atualizado cada 4 dias, com novo índice, que isso sim, quem não
sabe vai ter que aprender a usar, porque o índice , nada mais é
que uma referencia, um "link", que nos transporta às diferentes
páginas. Como o livro vai mudando de aspecto e de conteúdo o link
ou a referência do índice é fundamental para evitar a perda de
tempo de ter que folhear tudo , todas as vezes. O livro, escrito
em equipe , deverá ser mais dinâmico que o livro normal, porque
não conhecemos todos os aspectos. Cada vez que eu envie um
novo material vocês terão que eliminar o velho, porque senão
ficarão com um montão de lixo.

Alguém pode se encarregar de guardar a evolução. Como


começamos e como vamos nos desenvolvendo? Quem? Eu mesma?
Ou alguém se oferece? Eu não sou organizada.

Finalmente e sobretudo, todos temos que contar nossas estórias,


nossos causos e nossa vivência cruspiana, cada um a sua maneira.

O redator depois se encarregará da homogeneidade, de tornar


atrativo, de tornar a leitura agradável, etc, etc.

Finalmente, Malu, pq vc não fica de relações públicas, tentando


atrair gente para o grupo, tratando com possíveis interessados,
falando com os que não estão, dando boas vindas aos que chegam
e contribuindo com o trabalho geral. Escrevendo todos os dias , é
claro, Esse não é um trabalho para de vez em quando. Todos os
dias esperaremos tua palavra.

Devo ter esquecido alguém..... Claro .Desculpem. Peguei os nomes


que estavam hoje na minha lista. Estou lembrando da Silvia, da
Elaine. Elas não escreveram hoje. E é uma lista tão grande de
associados. Cacilda? Detrás dos bastidores? Comissão
Organizadora do Evento??? Por onde andam?

Será que extrapolei ? É que estou ficando seamostradeira como


a Maristela.....

Beijos a todos e perdão se ofendi a alguém.. Soninha

- Soninha,
Voce perguntou onde entro no trabalho do livro. Vou te dizer.
Entro
naquele clube onde voce já está convidada pra cantar no karaokê.
Acredito que muitos livros ainda sairao sobre o CRUSP, com este
voces serão os pioneiros. Terão pela frente um trabalho
tremendamente absorvente e um livro é sempre trabalho de
minoria.
Nao quero que o pessoal do grupo que não esteja trabalhando no
livro
se sinta excluido. Acho então que é hora do clube, que posso ser
mais útil convidando todos os interessados para um trabalho de
discussao de como seria o clube de cruspianos dos seus sonhos.
Acredito que no clube teremos trabalho para todos e que seria
ótimo
que este clube funcionasse logo, antes que os cruspianos se
dispersassem. É isso.
Sigo seu exemplo (de quando fez o índice do livro) e coloco aqui
meu
ideal deste clube para que tenhamos um começo para discussões.
Discordancias serao mais bem vindas do que concordancias.
1- Objetivo único: Agrupar interessados em discutir e entender o
mundo complicado em que vivemos. Gente que queira se sentir
útil,
tomando alguma ação, sempre decidida democraticamente, no
grupo.
________________________________________________
____________________
a)Este clube não seria parte de nenhuma organizaçao de qualquer
tipo, exatamente para que possamos contar com uma grande
diversidade
de ideias como havia no CRUSP.

b)Neste grupo haveria a preocupação constante de desenvolver


métodos
que permitissem a real representatividade dos associados.

c)Este clube não teria chefes, diretoria. Acho que no Crusp


todos
nos tinhamos um pouco de anarquistas (liberdade como bem
supremo).

d)Esse clube teria futuro, nao terminaria com o fim dos


cruspianos
que somos, já velhos, mas ele continuaria como um clube de
sessentões, que é um grupo de pessoas que cresce no mundo.E,
que são
os que viram mais do mundo e têm muito com que contribuir.

e)Nesse clube a gente se divertiria muito, fazendo só o que


quisesse. E, só quem faz o que gosta, pode fazer bem e dar uma
contribuição.
Os que gostam de cinema poderiam, por exemplo, ver e discutir
filmes como Gomorra (Nunca entendi como aquilo possa existir
em 2009)
Quem gosta de teatro poderia participar de um grupo de teatro
de rua
para bolar e apresentar peças e constranger quem merece ser
constrangido.
f)Nesse grupo a gente se manteria informado para não perder as
passeatas de que quisesse participar.

g)A gente convidaria sabios para darem palestras sobre assuntos


que
nos interessassem

h)A gente poderia promover jantares dançantes, Pilates e outras


coisas para ajudar os cruspianos a permanecerem saudaveis,
elegantes
e bonitos.

i)A gente poderia tomar chazinhos e pilequinhos, trocar


experiencias
do tempo e do depois do CRUSP e ter muitas, mas muitas outras,
ideias sobre tudo que voces quiserem.

Já temos o local para reunião dos interessados (perto do metro-


no
centro de Sampa). Terá que ser em horário comercial (não é
residencia de ninguem). Marcaremos o dia de acordo com a
conveniencia da maioria dos participantes. Rute.

- Rute,
O clube teria vida física ou somente virtual?
Álvaro

- Soninha e Ruth,

A idéia do clube é genial, pois viver em Sampa hoje é viver na


solidão, não temos um ponto de encontro como tivemos: Piolim,
Bar do
Redondo, Bar do Zé... onde você sabia que encontraria alguém.
Na década de 70 montei uma empresa chamada GRIFE, uma
escola de cinema
e produtora em Super 8mm junto com Abrão Berman e aos
sábados fazíamos
sessões de cinema, tivemos que fazer 2 sessões de tanta gente
que ia,
foi um ponto de encontro fantástico, fiz grandes amigos. O
GRIFE se
tornou um centro cultural, fazíamos festivais de cinema em
Super 8mm,
muitos cruspianos frequentaram, até hoje as pessoas sentem
saudades. O
Fausto era habitué, o Vano (seu irmão) trabalhou comigo. Faz
falta um
ponto.
Em Campos do Jordão em 98 montei um restaurante "Cari Amici"
que se
tornou um ponto de encontro, como a cidade é muito fria as
pessoas
ficam recolhidas em suas casas, dai fiz um evento: Festival da
Colher
de Pau durante a semana para que os jordanenses tivessem onde
ir, o
cozinheiro da vez tinha que fazer tudo lá, nada de "prato
comprado",
foi muito divertido, começamos com um grupo de 10 e chegamos a
120
pessoas, ficava apertado porque o local tinha poucas mesas.
Dançavamos, fazíamos palestras, foi uma experiência
inesquecível,
fechei em 2001 quando voltei para SP e porque ficar num fogão
de 3a. a
domingo não é fácil. Fazia torneios de gamão, tinha uma
biblioteca e
as pessoas podiam levar os livros para casa e sempre devolveram.
Mais uma idéia que nasceu do grupo, isso ai Ruth, foi bem
lembrado.
É só fazer, se ficarmos pensanso muito ou planejando não dá
certo.
A bola é sua.
beijos, Malu de Alencar

- Prezada Malu
Só tem solidão quem quer.
Numa cidade como São Paulo com toda a variedade de opões que
a cidade oferece, só está só quem quer.
Veja, uma coisa dificil de acreditar, eu como descendente de
japoneses desfilando numa Escola de Samba do Grupo Especial no
Sambódromo de São Paulo.

http://www.ebanataw.com.br/4430/carnaval/fotodesf05.htm

Não só desfilei como também fui Diretor de Harmonia e


coordenei a evolução de uma ala. Cada ala tem um diretor de
harmonia.
Para quem não conhece carnaval, o desfile não se resume apens
no dia do disfile, mas envolve atividades o ano todo, começando
em Maio e vai o ano todo. Ensaios, reuniões, coreografia,
fantasia, etc.
Veja, como curiosidade, como é determinado o Dia do Carnaval.
http://www.ebanataw.com.br/4430/carnaval/datacarnaval.htm
Abraços,
Roberto Massaru Watanabe

- Amigos:
Aqui estou eu aprendendo a fazer capas de livros. Como já
expliquei à Célia, costumo me recolher aqui no Computador, para
escapar das tarefas que me empurram do Bar. Eu estou apenas
brincando para aprender. Não vale nada esta capa, mas fica mais
bonitinho nosso livro.
Eu não digo nada, mas todos pensam que estou trabalhando em
tradução. Já suficiente ceder a maior parte da minha casa para
que minha filha faça seu PUB, Já ajudei muito. Agora que anda
sózinho, posso me dar esse luxo.
O material que envio hoje é o mesmo de ontem, só que comecei a
dar formato nas primeiras páginas, escolhi um tamanho para o
livro, na medida que gosto de ler e brinquei de colocar um título e
fazer uma capa, que fui buscando e já há vários modelos em
Power Point.
Não sei porque achei que esta capa era digna. Coloquei em um
slide de Power Point (nada criativo) uma imagem que tirei da
Internet (também não é minha)Temos milhões de imagens nossas
à disposição. Também a homenagem foi feita apenas para ter
pinta de livro.
É realmente o que eu gostaria de dizer, mas acho que nosso
prefácio deve ter características leves, para que nossos leitores
se sintam atraidos.
Entretanto, já tem mais pinta de livro, com páginas numeradas e
tudo.
Os capítulos estão uma bagunça ainda e o conteúdo também. Só
estive enchendo a geladeira ontem.
Hoje brinquei de fazer capas. Fiz 4, mas achei esta boa.
Apaguem o arquivo que enviei ontem, eliminem e em espanhol se
diz para jogar o arquivo velho na "papeleira de reciclagem". Eu
não sei onde reciclam. Deve ser nos Estados Unidos, porque aqui
no Paraguai não é.
Aí deve chamar "Lata de lixo". Entretanto, se não vamos
trabalhar todos com documento mestre, seria bom que me
avisem o que querem tirar ou por e eu faço isto.
Esta vai ser minha tarefa. As outras funções já estão
distribuidas.
Beijos a todos
Vou praticar pool ou sinuca no bar. Gostaria muito Scaico que vc
estivesse aqui com Ernesto para tomar "una caña" e o Alvaro para
me ensinar a jogar sinuca, Sou péssima. Todos me ganham. Me
falta habilidade, mas algum dia aprendo como acertar as bolas
nos buraquinhos.
Boa noite a todos
Amanhã é dia de filhos e netos e segunda feira tenho trabalho
(de verdade)
Encontrarei tempo para vir vê-los um pouquinho.. Sobretudo
agora, que como alguém disse está pegando fogo com o novo clube
e a escola de samba.
Inté mais Soninha Castanheira .

- Soninha,
Está ficando lindo seu trabalho. A capa está inspiradíssima.
Como sempre pondero: há dois fenômenos que nos marcaram
profundamente no CRUSP: o político, com a luta contra a
Ditadura, e o vivencial, com a experiência inédita de um convívio
maravilhoso de muitas centenas de estudantes. Obviamente,
como tudo na vida é dialético, o vivencial acaba se expressando
no político e vice-versa. Mas, não deixam de ser dois fenômenos
diversos.
Para mim, a violência do fechamento militar do CRUSP foi tão
maior dado que se punha fim pelas armas não só a um foco de luta
pela Liberdade, mas a uma linda experiência de vida universitária
compartilhada, que certamente traria frutos culturais e
espirituais que influenciariam virtuosamente a Universidade e
toda a sociedade brasileira. Às vezes percebo que muitos de nós
não se deram conta ainda do significado existencial daqueles anos
dourados.
Bem, isso tudo para pedir que cuidemos, desde a concepção da
capa até o último ponto final, também desse segundo aspecto. Em
sua capa, com alguma pequena mexidinha, acho que poderemos
alcançar esse objetivo.
Beijão, Álvaro

- GREGÓRIO, O PROTETOR DAS VIRGENS

Eu e minha querida Maria do Carmo, grande amiga da Estiva, já


namorávamos há tempos. E como todos os casais de namorados do
CRUSP explorávamos todos os escurinhos do pedaço: Lagoa,
Parte de trás do Restaurante, Piscina, Muro da Vergonha, Cinema
no Centro de Vivência e outros locais menos votados. Carro para
ir a um Drive-In, não tínhamos, dinheiro para um hotelzinho
maneiro, nem pensar. Foi então que as deusas do Amor
engendraram um grande plano: Emília e Kikuko sairiam para
jantar e eu, sorrateiramente, sem que o Gregório percebesse,
subiria ao apartamento delas para, pela primeira vez,
experimentarmos uma gostosa caminha. Burlando o velho jagunço
consegui entrar no prédio (F) e fui direto para o apartamento
onde a amada me aguardava. Entrei e começamos os preparativos.
Quando íamos no melhor do bem bom, pronto, batem na porta. O
que fazer? Maria do Carmo se arruma como pode e vai ver quem
é. Porca miséria, era o filho da puta do Gregório. Não sei como
desconfiou de alguma coisa, ou então fui solenemente dedado por
alguém. E ai começa o diálogo do desespero:

MC: O que foi, seu Gregório?

G: Eu vim trocar a lâmpada.

MC: Que lâmpada, seu Gregório?

G: A do banheiro.
Quase morri, eu a essas alturas havia me trancado no banheiro.
Bem, o Gregório insistiu tanto que a Maria do Carmo abriu-lhe a
porta. Ele veio direto para o banheiro. Porta trancada. Ele
pergunta para a MC: “Quem está aí?”. Ao que a MC lhe respondeu
a primeira coisa que lhe veio à cabeça: “É a Kikuko, ela não está
passando bem.”.

O velho Gregório era ardido, desconfiado como um cabra da


peste não se deu por vencido, bateu na porta do banheiro: “Dona
Kikuko, tudo bem com a senhora?”. Lá dentro, não querendo
acreditar ainda que tudo aquilo estivesse acontecendo, eu estava
assustadíssimo, pois que temia o pior, uma denúncia para a
direção do ISSU e eu e a Maria do Carmo expulsos do CRUSP. Eu
ainda me viraria, e a coitadinha? Orei aos santos e afinei ao
máximo minha voz: “Tudo bem, seu Gregório, não precisa se
preocupar”.

Não sei como, deu-se o milagre. Provavelmente ainda muito


cabreiro, o velho e zeloso porteiro resolveu aceitar a situação e
se retirou.

Quando a Maria do Carmo avisou que tudo estava bem, saí do


banheiro. Não sabíamos se ríamos ou se chorávamos. Bem, não
havia mais clima para as combinadas sensualidades. Saí de
fininho, desci com o maior cuidado pela escada de incêndio e
sumi.

Álvaro.

- De minha parte, tá topado. Sou ótimo para criticar (os outros).


Achar erros (nos outros). Por isso as editoras usam a leitura
crítica. Fico bravo quando o meu texto volta cheio de sugestões e
acusação de erros que não vi. Aí, conto até dez e passo a
incorporar o que acho pertinente. O processo é esse mesmo:
brain storm, escrever sem super ego, vem a crítica e, daí, sai o
texto final. Não tolher idéias, ops! ideias. Ernesto

- Soninha,
Acho que a idéia de distribuição de responsabilidades é boa. Mas
sugiro que ao invés de partir do nome das pessoas você nomeie as
funções e distribua os nomes de acordo com sua visão. Creio que
assim teremos mais segurança para não deixar nenhuma função
importante de fora e as pessoas poderão mais livremente colocar
seus nomes nas funções que mais lhes pareçam adequadas.
Álvaro

- Soninha,
acho que está na hora de você parar com as desculpas, etc etc
etc.
sem essa menina, o processo está correndo graças a você e
Alvaro que
começaram a discussão do que fazer.
vamos trabalhar?
beijos
Malu de Alencar

- Alvaro,
concordo com sua opionião, mas acho interessante Soninha
colocar os
nomes pois ela tem bom conhecimento de cada um, só depois dos
primeiros encontros é que o quadro ficará mais definido.
abração, Malu de Alencar
- Álvaro:
Eu não sei fazer isso, porque não sei todas as funções. Era o que
pretendia, mas descobri que não sei.
Acho que Watanabe e o Teotônio devem saber. Eu não sei.
E continue estudando o menu ver/exibir e o modo esquema,
porque alguém terá que ocupar minha função dentro de pouco:
viagem , cuidados com minha filha que está em cama, nascimento
do meu neto catalãozinho, etc.
Vou estar ocupadíssima , com ele, com a mãe, com a casa, etc.
Lá não tem empregada e eu estou acostumada com essa
mordomia daqui.
Estou habituada a fazer muitas coisas, ao mesmo tempo, mas lá
não sei se vai dar. Além do mais é a casa do genro e da filha. Não
é a minha.
Depois de um tempo do nascimento, acho que vai ser possível. .
Os bebês dormem e eu preciso mesmo de distrãções, porque
senão ficarei como leoa fechada na jaula.
Ah! O Ernesto já topou o trabalho. Tenho a certeza de que ele o
fará bem. Vai ser de grande ajuda, pois a crítica é fundamental e
ele é do "métier". E você pode pretender alguém melhor para a
função de crítico???
Bom, mas isso que você pede eu não sei fazer mesmo. Não posso
dividir as funções porque não sei quais são elas.
A minha prática de escrever e usar o modo esquema vem só de
monografias e algumas teses.
Inicialmente o processo é o mesmo.....tal como Ernesto explicou,
mas depois há outras coisas.
Que falem os entendidos. Soninha

- Soninha, por favor me diga onde é esse tal de arquivo:


geladeira do Crusp, arquivo vazio, arquivo cheio...
Estou correndo aqui dentro desse computador desde manhã .
Abro o Word e não encontro nada, só minhas coisas estão lá .
Volto para o grupo e tambem não vejo nada . Corro para o Gmail,
fuço tudo... e nada.
Caraca meu! (cansei e vou tirar o dia para uma folga!)
Na verdade, vou me candidatar à vaga para servir cafézinho
enquanto vocês escrevem . Posso até cozinhar que é o meu forte.
Bem que quero fazer alguma coisa, mas minha cabeçinha não tá
me ajudando muito. Antes da folga, vou correr mais um poquinho
aqui
dentro, quem sabe eu ainda ache esse tal de sumario vazio e
sumario meio cheio.
Abraços, Celia
.

- Célia
Eu mandei dois arquivos do Word em anexo.
Em um está o sumário. Nada mais. Este chamei de geladeira
vazia, só de brincadeira e porque achei ótima a comparação.
O outro está preenchido com algumas coisas, portanto chamei de
geladeira cheia e bagunçada. Você tem que abrir meus anexos. Eu
mandei ontem. Será que alguém recebeu?
Agora, minhas explicações como usar o Word em modo esquema,
não dê bola a elas.
O meu computador está em espanhol e você não tem mesmo nada
disso.
O Álvaro poderá te explicar melhor.
Mas, em primeiro lugar quero saber se ele recebeu meus
arquivos.
Tire o dia de folga mesmo.....
Beijos Soninha

- Minha cara Célia


Este livro está virando uma "salada".
Mas acredito que agora ele saírá.
Os apontamentos de Ana Marangoni constituem uma boa base
para o
pessoal escrever, revisar com alguns colegas da época e ir
enviando para
que outros opinem. As reuniões que Álvaro sugeriu a muito tempo
e agora
oferece sua casa seguramente terão que se tornar corriqueiras.
Ao meu ver o nosso livro (ou livros) não terão cunho histórico,
mas servirão de balizamento para que escritores- historiadores
consigam chegar mais próximos da verdade.
Abraços ao Adalberto a voce e asua flora e fauna.
Aos cruspianos os votos de muito trabalho com os artigos.
Prandi.

- Meus queridos
Vou tentar dar uma arrumadinha na geladeira, para que vocês
possam, na reunião da casa do Alvaro, ter mais coisas nela e
colocadas no lugar correto, apesar de que continuarão, por um
tempo, misturadas dentro de cada divisão. Por enquanto,
estamos na recoleção de materiais para aumentar nosso estoque.
Temos depois que separá-los novamente, arrumando dentro de
cada estante, ou gaveta.
Acho que na reunião da casa do Alvaro, terão algo mais completo.
Célia, você poderia separar o material do Teotônio, de acordo aos
títulos do sumário. Esqueça outro critério. Esqueça tudo o que
disse de esquema. Lembre-se só dos títulos do sumário. Eu te
peço porque estou sem tempo. Ando um pouco ocupada. Se você
puder me mande que eu coloco dentro do todo.
Beijos Soninha
- Soninha,
vou consultar uma amiga que tem uma editora e representa o
MinC aqui
em SP, acho que pode facilitar muito tudo isso, mas quero que
alguém
me acompanhe, pode ser o Alvaro ou quem quiser.
ela sabe o caminho das pedras e sabe onde tem grana para
projetos
culturais, históricos.....
aliás ela foi no dia 17/12 e disse que seu sonho de estudante era
morar no Crusp, mas quando chegou já tinha sido fechado, é a
Cecília
Garçoni - se alguém tiver outras fontes, por favor se manifeste.
tem a Summus que é de outro amigo, Raul Wasserman - tem a
Imprensa
Oficial, Sesc, Senac.... ene fontes para buscarmos.
quando estiver tudo mais definido vamos atrás de patrocinios,
etc etc etc....
bjs Malu de Alencar

- Meus queridos
Hoje procurei encher mais nossa geladeira, colocando as coisas
em seus repartimentos, na medida do possível e,
lamentavelmente, com meu único critério. Mas como sempre é
material para ler e ver o que deve ser colocado e o que não deve.
O que deve nos consolar é que esse livro é nosso mesmo, porque
quase todo seu conteúdo, foi fornecido por nós mesmos.
Introcuzi algumas coisas do Wolf, do site e de alguns cruspianos
que escreveram, mas não estão mais aparecendo por aqui.
Temos muito trabalho pela frente, mas acho que alguns passos
estão sendo dados.
Estou utilizando nosso grupo do Yahoo,ou seja meu proprio
serviço de e-mail, como fonte, mas mesmo assim o formato , até
para que a leitura seja mais agradável tem que ser muito
trabalhado.
Nomeei ao final os IPM do Crusp, que tenho em PDF, guardados
na pasta Livro do Crusp. Assim a chamei. Não posso copiar ,
porque é material escaneado, mas sei que há uma maneira de
fazê-lo. Eu não tenho como, mas conheço o programa e não
gosto.È como os tradutores virtuais. Dão mais trabalho que
ajuda. No fim é tão dificil acomodar tudo e mudar o formato, que
é mais prático copiar outra vez.
Queria dizer prá Célia, que eu não estava planteando nada novo
ontem. Ela ficou decaida pelo que indiquei. Acho que ela se
confundiu ou não entendeu porque eu estava dizendo os nomes em
espanhol.
È o mesmo Word, utilizando uma ferramenta mais. O Alvaro
depois captou e me disse como era em português.
Mas isso não será necessário, pois eu posso fazer.
Por favor, vejam o material, È hora de dar uma espiada.
Watanabe, volte aqui. Scaico, reveja sua posição. Também todos
os que estiveram e já não estão. Hoje li coisas de muitos, que
entusiasmados escreveram antes do evento, mas depois.......
sumiram.
E vejam só , quem não aparecer depois não vai poder frequentar
o Clube da Ruth. Ela chama de Clube, assim como rotarianos,
seria de cruspianos.... é boa idéia.
Como diz o Álvaro, teremos que assumir nossa orfandade ou não
faremos nada.
Não se assustem com nada, formato, redação, tudo, TUDO VAI
MELHORAR
Eu costumo ser perseverante.
Beijos a todos e boa noite. Soninha
- Amigos,
Na entre safra do 29/11 ao 17/12 aconteceu um evento para o
lançamento
da Revista Direitos Humanos 01, comemorando os 60 anos do dito
cujo.
Pois bem, coloquei no sitedo Crusp 68, convidei a CO, avisei quem
podia, não apareceu NINGUÉM dos convidados, mas tive o gde
prazer de
reencontrar Bibiane (Bibi) contemporânea da História e
reencontrei
outras pessoas que não tiveram nada a ver com o Crusp mas
estavam
envolvidas com a luta contra a ditadura, uma delas a Malu
Ferreira que
trabalhou anos na Cinemateca.
No discurso oficial falaram do nosso encontro de 29/11 e da
importância do Crusp, fui intimada a falar da ação na Assembléia
Legislativa dia 17/12/08 (sem aparecer no palco, mas via um
microfone
sem fio pedindo um momento de atenção para o aviso).
No evento estava Persival (figura conhecida por todos, estou
confundido os sobrenomes de Caropreso com Maricato, é isso?,
com
certeza não é o Caropreso), entreguei o convite do evento de
17/12.
Conheci uma pessoa interassantissima de Sta Catarina, Derlei De
Luca,
nossa contemporanea, trocamos varias idéias sobre o que fazer
com
nossa história pessoal, coletiva e do Crusp, ela se comprometeu a
me
mandar seu livro que conta sua história de exílio.
Hoje por volta das 18hs recebi o livro "No Corpo e na Alma" (sua
autoria) e um DVD dos imigrantes italianos em Sta Catarina.
Começei a
ler o livro e no primeiro capítulo começei a chorar e parei, o que
farei agora, porque nossa história, da nossa juventude é uma
coisa que
ainda não consegui trabalhar direito, é uma ferida que sempre
dói .
Gente, não podemos ficar ligados em Comissões, Organizações ou
seja lá
o que for, temos que contar a nossa história: coletiva e individual
-
vou levar o livro na reunião na casa do Alvaro.
No 1o. capítulo ela fala do Rafael de Falco que foi levar
pessoalmente
(pós AI5) notícias de SP (acho que nem ele sabe disso).
Vamos parar com censuras ou qualquer outra coisa e deixar rolar
o
projeto que nasceu de uma maneira tão espontânea e tão
verdadeira.
Por que medos? Isso tivemos muitos.
Tudo está rolando, as pessoas se falando contando causos, casos,
apontando ene coisas.
Na minha opinião se ficarmos com regras, normas... etc - o livro
não vai sair.
Está sendo uma manifestação individual e coletiva.
Sem censura, sem cobranças, vamos continuar com o que
começamos naturalmente.
Eu sou visionária, graças ao signo e à vida que levei, puxa, estou
realizando um sonho pessoal, não de contar a minha história, mas
a da
minha geração, dos meus amigos, conhecidos, da USP, do CRUSP,
a nossa
história.
Falei com o coração, talvez motivada pelo vinho que tomei no
jantar,
mas é isso que penso.
Beijos, Malu de Alencar
- Soninha,
acho que o assunto está ficando muito crítico, muitas
ponderações,
muitos cuidados e nos esquecemos que somos crianças que
estamos
falando com o coração.
eu já disse a CO cumpriu seu papel de nos dar todas ferramentas
do
reencontro, nada foi planejado, o que planejamos aconteceu.
qual o problema? não houve eleição, não temos diretorias nem
uma
empresa formada, foi tudo natural e espontâneo.
o site está disponível, Molina e mais gente por tras estão
permitindo
que essa comunicação aconteça.
deixa rolar, qual o problema?
bjs, Malu de Alencar

- Companheiros cruspianos.
A minha referência à geladeira foi uma tentativa de alertar que
há coisas que devemos nos preocupar agora e há coisas que só
merecem atenção depois. Infelizmente alguns não entenderam
nem essa metáfora e já sairam dizendo que a geladeira deve ter
gaveta de legumes, etc.
Gente! Seja uma boquinha ou seja um grande banquete, nós só
vamos à geladeira quando a mesma tiver "coisas dentro".
No caso do nosso "produto" não temos ainda o material. Temos é
claro significativas contribuições como a viagem a Manaus e
outras, mas veja, se queremos ter um representação do que foi o
CRUSP devemos dar a chance de todos os 700 contatados se
manifestarem. Esse é o caminho.
Por isso não recomendo definir agora o título. Isso restringe
muito.
Outra coisa que não acho esperto é definir que o "produto"
venha a ser um livro. Eu acho que o livro será a pior das
alternativa. Livro custa caro. Muito caro. Uma editora só vai
querer encarar a sua produção se tiver a garantia de uma grande
tiragem. Diagramação, Edição, Impressão, Encadernagem,
Distribuição, Frete, Comissão de Venda, etc. Temos muitas
outras opções para a divulgação da história.
Além disso, os patrocinadores vão querer meter o bedelho.
Aconteceu com o Folder do evento CRUSP-68 40 ANOS. A FAU
queria censurar a foto da janela com o furo de bala. Uma censura
ridícula que ainda existe nos dias de hoje. O mesmo aconteceu no
Espaço Mariantonia. Eu entendo que o Governdo do Estado, quero
dizer Serra, tenha que zelar pelo "bom" investimento mas isso
não deixa de ser censura e eu sou contra qualquer tipo de
censura. Temos alternativas nossas que não dependem de mais
ninguém.
Outra coisa que não acho adequado é definir o roteiro, a
seqüência de apresentação. Esse critério "cronológico" dizendo
que no principio foram os jogos, etc. é anti-pedagógico e anti-
mercadológico - Fica com uma cara muito acadêmica, parece tese
de doutorado, e isso Não Vende.
Eu acho uma perda de tempo ter um trabalhão para "vender"
apenas 700 exemplares, isto é, os consumidores serão apenas
nós. E veja bem que ainda assim uma quantidade considerável de
nós não terá condições financeiras de adquirir o livro. Digo isso
pelas dificuldade que tivemos ao tentar fixar um preço para no
nosso Encontro 40 Anos. Foi por isso que fixamos em R$ 35,00
para um serviço que custaria no mínimo R$ 90,00. Livro, para mim
é coisa para 200.000 exemplares para cima.
Outra coisa que é pura perda de tempo é a tentativa de ficar
fixando a ferramenta, se vai ser no Word, se vai ser no Excel, no
Page-Maker, no Publisher ou seja lá o que for. Isso é pura perda
de tempo. Devemos dar a cada um a liberdade de escrever até no
papel de pão ou até em guardanapo de restaurante. Lembro mais
uma vez que uma parte significativa de nós não tem email nem
mesmo computadores em casa. Mas eles têm história ou causo
para contar. E querem contar. Só não sabem como.
Seja uma boquinha ou seja um grande banquete, nós só iremos à
geladeira quando a mesma tiver "coisas dentro".
Por isso que volto a reafirmar que devemos ser espertos e
produzir o material enquanto estamos vivos, com saúde e
motivação para escrever. Não podemos perder a emoção do que
foi o evento 40 ANOS. Que cada um de nós que estamos nessa
discussão inconsequente para esse instante, saia atrás de outros
cruspianos que querem contar mas que têm algum tipo de
dificuldade ou barreira. Vamos descobrir quais são ajudá-los. E
não importa como isso vai ser feito, pode até ser uma fita K-7
gravada, não importa. pode ser em portunhol ou cruspês. Com
regra ortografica (nova ou velha) ou mesmo sem regras
ortográticas. Não importa.
Dei até o exemplo (real) de minha participação em uma escola de
samba. Isso para mostrar que esse pequeno grupo de 60 está
declinando para o lado pessoal, do apoio pessoal. Dai a pouco
estaremos montando grupos de baile, de bocha, de dança, isto é,
seremos mais um grupo de terceira idade. E quem morou no
CRUSP e participou de tudo quanto é loucura que participamos
não podemos investir nossa esperiência profissional e pessoal em
estruturar um grupo apenas para o nosso consumo, para a nossa
vivência senil.
Estou paralelamente empenhado em fundar ou uma ONG ou um
Partido Político, como já detalhei em outro email. Tenho a
certeza que nosso grupo tem muito a contribuir para a melhoria
da qualidade de vida das pessoas e devemos criar mecanismos
para que isso possa acontecer.
Enquanto a gente não consegue estruturar o grupo nesse
sentido, vamos escrevendo as nossas histórias e causos.
O momento é de escrever, é de gravar, é de produzir material.
Celia, a mensagem da geladeira é a mensagem de Nº 677 no
Yahoo Groups. Muitas vezes há falhas de envio e você pode ficar
sem receber uma ou outra mensagem. Já aconteceu de pessoas
aqui do grupo ficar achando que estava sendo boicotada.
Habitue-se a ler as mensagens diretamente a partir do Yahoo
Groups http://br.groups.yahoo.com/group/CRUSP68
Abraços,
Roberto Massaru Watanabe

- Álvaro,
agora estou começando a entender...
E não é que vocês, não estão escondendo de mim
a tal geladeira da Soninha?
Fui longe por esse caminho, até que a recebi
ontem, diretamente da Sonia.
Mas continuei com a orelha em pé...
As fotos ótimas do folião Watanabe
chegaram, mas a sua não.
O que recebo é um negócio assim:

Anexo(não armazenado)
Emíia, M.Carmo e Kikuko.JPG
Tipo:
image/jpeg

Será porque estou pedindo só resumo


no meu Gmail? Ou será porque o
Watanabe é que sabe das coisas?
Ou será porque... ? será... será... ?
Será que dá para manda-la no meu Gmail?
Estou curiosa, confusa e perdida.
Será que dá prá você me achar e me botar de volta na confecção
do livro?
Quase deixei o Beto louco! O coitado está tentando
resolver esse problema não matemático, desde ontem.
Abração, Celinha

- Watanabe,
Se você tem um projeto na cabeça, ou seja criar uma ONG ou um
Partido Político, toca seu projeto. Entenda que para tanto você
não precisa destruir o que outras pessoas vêm formulando e
desenvolvendo. Em sua mensagem você não deixa pedra sobre
pedra dessas ações primeiras que estão nos ocupando, unindo e
entusiasmando.
Penso que muitos de nós não concordam com suas idéias de criar
essas entidades, mas tenho certeza de que não vamos procurar
desanimá-lo. Pelo contrário, vamos ajudá-lo. Mesmo porque não
vamos cair no erro que você está caindo de achar que somos os
donos exclusivos da verdade e que as diversas iniciativas são
excludentes.
Não vou comentar suas afirmações. Apenas, para que uma delas
não corra o risco de ser interpretada como decisão nossa,
registro que ninguém está pensando em um livro comercial, com
grandes tiragens e vendagens. Só estamos pretendendo nesse
primeiro momento documentar, registrar de alguma forma a
história e o significado do CRUSP da década de 60. O que vai
acontecer depois, se do livro também se faz um filme, um
documentário, de que forma vamos divulgá-lo e distribuí-lo, etc.,
pode-se ter alguma idéia agora, mas será um passo seguinte.
Grande abraço, Álvaro
- Prezado Álvaro
Não tenho projeto nenhum na cabeça.
Apenas acho que o entusiasmo decorrente do sucesso do evento
CRUSP-68 40 ANOS não deva ficar restrito ao deleite de meia
dúzia.
Também não disse que não fosse válida a idéia de um livro.
Também não sou contra um grupo de terceira idade.
Procurei, e não foi uma ou duas vezes, dar a minha modesta
contribuição para organizar o grupo.
Já que vou sempre encontrar barreiras suas estou me
rertirando de qualquer iniciativa com este grupo.
Gosto de trabalhar com pessoas que somam.
Abraços, Roberto Massaru Watanabe

- Oi, Malu. Pelo visto, você o Watanabe vão fazer o clube


funcionar. Gostei das suas idéias. Você mostrou várias
possibilidades
. Cinema com debate é ótimo. Podemos fazer excursões, tem um
mundo de possibilidades.
Se agregarmos um número suficiente, poderemos ter a nossa
sede. Ernesto.

- Prezado Ernesto.
Já que meu nome foi citado, se a idéia é formar um CLUBE não
contem comigo pois não acredito que o caminho seja este.
Abraços, Roberto Massaru Watanabe
- Prezada Ana
Podes ficar tranquila. O Álvaro foi mais direto.
Estou retirando meu cavalinho da chuva.
Não vou mais dar palpites.
Abraços, Roberto Massaru Watanabe

- Watanabe,
Todos somos maiores de idade (e bota maiores nisso). Acho que
está lhe faltando um pouco de humildade, não é que você gosta de
trabalhar com pessoas que somam, pelo jeito você só aceita
trabalhar com pessoas que concordam com você.
Reflita, meu caro, não seja tão turrão. Não temos mais tanto
tempo em nossas vidas para gastá-lo em querelas que não levam a
nada. Vamos todos agir positivamente, agregando, estimulando-
nos mutuamente. Se as suas idéias não são bem assimiladas hoje,
abaixa o farol, espere uma ocasião mais adequada.
Abração, Álvaro

- Watanabe, Soninha e outros interessados,


CLUBE DE CRUSPIANOS- Cada um entra no partido que quiser,
funda um
se quiser, fica sem partido se preferir, participa da ong que lhe
interessar, entra em mais meia duzia de clubes se achar que o
dos
cruspianos não está sendo suficiente. Mas, ESSE CLUBE DE
CRUSPIANOS
SERVE ENTAO PARA QUE? Exatamente para facilitar aos
cruspianos
maiores oportunidades de interação de uns com os outros.
Conversando
mais, eles poderão decidir, com mais clareza, o que querem fazer.

isso.
________________________________________________
_________________

(HOUAISS), PARTIDO- organização social que se fundamenta


numa
concepção política ou em interesses politicos e sociais comuns e
que
se propõe a alcançar o poder.
________________________________________________
______________
(WIKIPEDIA), ONG- sigla de organização nao governamental,
são
associações do terceiro setor, da sociedade civil, que se
declaram
de utilidade publica, sem fins lucrativos, que desenvolvem ações
em
diferentes areas.
________________________________________________
___________________
Me parece que agora é hora do clube. Mas é sempre possivel se
fazer
um plebiscito e perguntar aos cruspianos o que é que eles querem
(democratico, né?). Acho que é relativamente facil se fazer isso,
com voto aberto, pela internet. Os computeiros que se
pronunciem. Eu
tenho uma ideia, meio medieval, de como isso poderia ser feito.
________________________________________________
________________
Soninha.....FALANDO DO LIVRO- acho que Watanabe tem razao.
Seria
muito bom pedir que todos contribuissem com um texto.
Certamente
isso dará muitos volumes de livros. Provavelmente nao será
possivel
fazer todos agora. Eu entendo que o negocio é caprichar no que
está
sendo feito que será propaganda para os outros. Mas os textos
de
todo mundo poderiam ser publicados na internet muito logo, sob
responsabilidade dos autores. E tambem a gente poderia gravar
esses
textos em CDs, o que fica bem mais barato que livro. CDs de
estorias
de amor, de politica, de maldades no crusp, de viagens.....
etc.Precisariamos de voluntarios para a digitação dos textos e
outros, com belas vozes, para ler e gravar os CDs. O que voces
acham?
E quem colabora só com um texto, que eu acredito será a maioria,
pode muito bem ir agitando o Clube e fazendo grandes programas
com
cruspianos. Hoje já fiz o meu, na categoria dos protestos.Valeu.
Watanabe, ainda tenho esperanças de que voce dê as
coordenadas do
nosso Carnaval cruspiano. Isso pode até ser o começo do seu
sonhado
partido. Abraço, Rute

- Watanabe,
fico tranqüila, coisa nenhuma. Não sei o porque dessa resposta.
Até parece que tentei dar alguma indireta. Não é o meu estilo,
não foi essa, de maneira alguma, a intenção. Se dei a entender
algo ofensivo, foi por pura incapacidade de expressão, e por ela
peço desculpas. E continua minha pergunta: podemos continuar a
conversar? Tenho feito algum trabalho voluntário, em
planejamento e legislação municipal, pré e pós Estatuto da Cidade
e o "politicamente correto", e gostaria de ter um canal mais
efetivo de discutir e passar adiante minha experiência: seria o
caso da tal ONG.
Abraços. Ana Maria

- Gente,
Eu não acredito em tudo o que está acontecendo
aqui. Ou melhor, não quero acreditar...
Estão falando de coisas que não existem.
Onde estão os 500/600 cruspianos?
Nesse grupinho temos uns 60 associados
e a cada dia um pula fora.
Acho que somos uns 10/12 tentando fazer
alguma coisa, e não estamos conseguindo
nos manter unidos.
Que cada um lance a sua proposta e
batalhe por ela, essa é minha proposta.
Vamos fazer tudo que der, e tentar nos ajudar
uns aos outros no projeto de cada um ?
Por um momento senti minha ira de mãe, despertada.
Que molecagem é isso aqui? Isso também deverá ir
para a geladeira?
Hoje, ninguém merece nem beijo nem abraço. Celia

- Celinha,
Já aceitei sua proposta:" Que cada um lance sua proposta e
batalhe
por ela." Legal.Acho que voce tocou no ponto crítico, o que
precisamos é de mais participação. Propostas? Abraço, Rute

- Calma, Watanabe. Não há um único caminho. Também não


devemos nos dispersar em várias propostas. No começo é assim,
várias idéias, depois naturalmente, algumas vão se impondo e
outras ficando para outro momento. Não liga pro Álvaro, que eu
vou dar um jeito nele.
Penso que, por enquanto, o centro seria o site. Ali ficariam os
textos históricos e crônicas sobre o CRUSP para todos terem
acesso e criticarem. Pode ter uma página para poesias e textos
pessoais. Chat, murais, página de trabalhos de artes plásticas.
Álbum de fotos etc. Algum dia poderemos reunir material para
publicação para nós mesmos (Fica nuns 4 ou 5 reais por livro,
numa tiragem de 1000 exemplares) ou mesmo para livrarias.
Depende do que acontecer.
Um clube é ótima idéia, para um grupo desse, com algo tão forte
em comum. Além do mais, estamos nos aproximando da idade de
virar um traste isolado no meio dos jovens da família. Seria ótimo
ter aonde ir. Outro dia fui ao clube com meu filho e fomos jogar
bola ao cesto dentro da piscina com ums amigos dele. Tudos da
mesma idade, só eu de velho. Toda vez que eu recebia a bola,
ninguém se aproximava, por respeito. Quer dizer, eu estava no
jogo, mas sem competir! Mandei todo mundo ir tomar no fiofó e
saí do jogo. Tomar no fiofó no bom sentido, porque eram todos
amigos do meu filho. É preciso conviver com iguais. Nesse caso o
clube parecerá uma ONG, o que é bom, porque chovem doações e
verbas. Acho que me perdi um pouco nesse papo. - Ernesto

- Prezado Ernesto
Obrigado pela consideração.
Sei que há tendências, vertentes, preferências, etc. Mas a
diretriz para a realização do Encontro 40 Anos foi a de
contemplar TODOS OS CRUSPIANOS DE TODOS GRUPOS.
Embora houvesse muitas opiniões como agora, fizemos muita
questão de manter o mais alto nível na convocação sem privilegiar
este ou aquele grupo. Conseguimos trazer mais de 600 pessoas.
Para assegurar essa meta, a Comissão Organizadora teve
diversos "rachas" nas muitas reuniões que realizamos às quintas-
feiras no Parque do Ibirapuera. Prevalesceu o bom senso.
Neste instante estamos (eu pensava) que o Yahoo Group seria
um príncípio para O QUE FAZER COM O GRUPO e eu estava
quendo tirar do grupo (embora pequeno, creio que
suficientemente representativo) uma diretriz geral para poder
enviar a cada um dos mais de 600 contatados.
Essas insistências todas em torno do livro (que já tem título,
roteiro e até capa - portanto já é um assunto fechado) creio que
se levado a todos os 600 não será aceita por todos.
O grupo Yahoo com 60 membros e apenas uns seis na discussão
PRECISA SER REPRESENTATIVO dos 600 e não pode ser um
grupo formado por pessoas que só olham o próprio umbigo.
Mas parece que esses seis já estão "fechados" e vão até realizar
uma reunião só entre eles. Como já disse mais de uma vez, não
sou contra o livro, mas já que esses seis não querem discutir uma
diretriz para o grupo todo dos 600, eu estou me retirando do
grupo Yahoo pois não tenho nada a colaborar na elaboração do
livro.
Estou tremendamente calmo e não tenho nada contra ninguém.
Você não me conhece, não sou de guardar mágoa nem tenho
melinhdres. O fato de me desligar pode parecer que aconteceu
alguma coisa ruim mas nada disso. Apenas constatei que neste
grupo não tenho com o que colaborar.
Com relação ao site, já entreguei para a Comissão Organizadora
do evento 40 Anos, faz tempo, uma Proposta com diretrizes para
continuidade do mesmo. Você sabe que site é uma coisa cara e
complicada. Uma coisa que todo mundo quer ter mas quase niguém
consegue pois é muito caro manter.
Jà disse mais de uma vez, mas parece que não entendem ou não
querem entender que precisamos de um espaço nosso para
armazenar as nossas memórias, nossas fotos, inclusive este
Grupo em vez de ser no Yahoo deveria ser no Crusp-68, um site
nosso. A Fulvia colocou as fotos no Yahoo e outros colocaram as
fotos no PIcasa e nós não temos nenhuma garantia da integridade
dessas fotos. Vão todas para o lixo com o tempo. Tenho acesso à
INTERNET desde 1987 e já tive muito trabalho com servidores
que simplesmente sairam do ar deixando-nos a ver navios.
O livro não acredito que fique em apenas 4 ou 5 reais pois terá
umas 2.000 páginas pois além das histórias e causos terá fotos.
Faço questão que tenha um álbum com as fotos (da época) de
todos, sem excessão.
Lugar para ir armazendo as histórias e causos já tem desde que
o site CRUSP 68 foi colocado no ar em outubro, chama-se Relógio
do Tempo. É tão democrático que cada um pode ir colocando seus
textos diretamente.
Abraços,
Roberto Massaru Watanabe

- Watanabe e Álvaro,
Está na hora de sentarem e "olho no olho" conversarem.
Tem espaço para todo mundo, todas idéias, umas vingarão, outras
não,
de repente outras nascerão, portanto nada de retirar "time de
campo".
O grupo ou grupos estão em processo, nada foi definido.
Temos urgencia de um encontro.
Afinal somos livres, maiores de idade e espaço para todos.
abração, Malu de Alencar
- Deposite seu voto hoje! Verifique a nova pesquisa de opinião
do grupo CRUSP68:

Quem é a favor do que?

o Do livro
o Do clube
o Da Ong ou partido politico

Para votar, visite a seguinte web page:

http://br.groups.yahoo.com/group/CRUSP68/polls

Nota: Não responda a esta mensagem. Votos de pesquisas não são


coletados por e-mail. Para votar, é preciso ir ao site do Yahoo!
Grupos listado acima.

Obrigado!

- Rute, então vamos lá !


Você já votou na enquete?

- Celinha,
Não votei, nem vou votar na enquete, porque acho que estao
misturando alho com bugalhos. No clube ( que eu entendo
simplesmente
como uma proposta de aglutinar cruspianos) se pode fazer livros,
partidos, ongs,etc....Eu nao entendo aquelas tres opçoes como
coisas
excludentes. Concordo com voce que temos um problema de baixa
participação, acho que a hora é de aglutinar. Mas, não vejo
nenhum
problema que cada um faça o que quiser. Quem não gostar do
livro que
está sendo feito que faça outro, em minha opinião.
Sou contra partido ou Ong de cruspianos agora, porque estas
organizações falariam em nome de uma maioria que não foi
consultada.
Tambem acho que isso não combina com a diversidade cruspiana.
Se eu
me lembro do que era o CRUSP, de lá sairiam muitos partidos e
muitas
ongs.
É isso que penso. Mas sei que não sou dona da verdade e aceito
críticas.

- Perdão.
Eu li que não era para responder essa mensagem.
Mas era necessário.
Faltou a alternativa:
o Nenhuma das anteriores.
Scaico, aguardando para votar.

- Scaico,
Voce disse tudo. Assino embaixo. Rute

- Muito engraçado Scaico, mas hoje não estou pra brincadeiras.


Vai lá e vota no que tem, vote aproximado, vote no" menos pior".
Na próxima enquete poremos o "nenhuma das alternativas".
Agora o que temos é isso aí e precisa ser votado.
Tá rindo do que menino?
Vai lá e cumpre com seu dever.
abração , Celinha

- Quem está fazendo esta pesquisa??????????


Porque devemos excluir qualquer coisa???
Este grupo foi criado por uma Comissão Organizadora , com mais
de 800 cruspianos em sua lista.
Nunca nenhum dos 800 foi impedido de participar.
A Comissão Organizadora, (os pais do grupo) deveria mesmo
participar. Talvez, se tiivesse estado presente em sua casa., isto
que me horroriza, não estaria acontecendo
Os que aqui estão não foram invasores de espaço, não limitaram
as idéias e não impediram que ninguém faça nada.
Uma idéia não exclui a outra e somos livres. Nos deram este
espáço e nos sentimos em casa, pensando que realmente o era.
Não irei ao site e respondo aqui. Sou a favor do livro sobre o
Crusp, sou a favor do livro de poemas de cruspianos que Ana
Maramgoni sugeriu (dispondo-me a ajudar os poetas, no que meu
conhecimento de operária permitir.
Sou a favor do Clube da Rute, (porque não). Eu não moro em São
Paulo, mas até pouco tempo atrás passava um bom tempo aí.
Encontrava pessoas isoladas e poucos grupos. Acho que só fica
sózinho quem quer, mas entendo que é mais fácil formar um
grupo em São Carlos ou no lugar em que moro, que na gigante São
Paulo, sobretudo um grupo que compartilhe idade, interesses,
etc, etc. Além do mais, apesar de ter chamado Clube da Rute ela
foi bem clara que não era essa sua idéia. Sua idéia era de um
clube de cruspianos.
Alguém quer uma ONG. Excelente. O Ernesto bem explicou
porque isso seria bom. Eu gostaria antecipadamente de saber os
objetivos da ONG.
Partido Político estou fora.
Estou a favor da paz, do amor, da não exclusão, da participação,
da crítica não ofensiva, da utilização de nossas capacidades em
pró de um bem comum, etc. etc

- Salve, Rute.
Que bom que não estou só.
Já participei de algumas listas de discusão e não me espanto
mais com a dinâmica da coisa - primeiro vem a alegria do
encontro, depois os grandes planos, em seguida algumas
divergências, alguns melindres e depois uma esvaziada braba,
ficando a lista restrita apenas a um grupo menor que se entende
ou se tolera. Só não esperava que com a gente isso fosse
acontecer tão depressa, antes mesmo de termos realizado a
etapa mais básica e simples: conversar um pouco pra matar a
saudade.
Existe agora uma cobrança por um número maior de
participantes. Em primeiro lugar, é preciso entender que a CO,
que realizou um trabalho impecável na organização do encontro
real, já fez bem feita a sua parte para esse nosso encontro
virtual - criou a lista de discussão e convidou todos os que tinham
e-mail para participar. Quem tinha interesse e condições entrou,
quem não tinha ficou fora.
Se nós, que estamos mais ou menos ativos na lista, acharmos que
o grupo é pequeno, podemos fazer novo convite aos demais -
ainda temos os e-maisl da maioria naquela planilha Excel que
todos recebemos. Além disso, trocamos figurinhas e endereços
durante o encontro, de modo que não me parece justo cobrar da
CO essa tarefa. Podemos até pedir uma relação atualizada de e-
mails, mas não que eles façam esse contato, porque
essa atividade é de quem quer manter a lista ativa e não da CO
do encontro.
Assim como alguns outros, penso que a lista deve, sim, ser
ampliada. Mas não acredito que essa seja a solução para a
sobrevivência do grupo. Somos quase sessenta? Por que
apenas sete ou oito escrevem? Acho que é porque a conversa
está muito chata. Faltou a etapa inicial, aquela fase
descompromissada de troca de amenidades, que amplia, agrega e
consolida o grupo, preparando o campo para ações mais ousadas,
como criar um clube virtual num site próprio, criar um clube real
em Sampa, organizar pequenos encontros ou viagens e, quem
sabe, escrever vários livros sobre nossas propostas, nossas
estórias e nossa história.
Perdão pelo longo moído.
Beijão procê.
Abraços a todos. Scaico.

- Que pena meus amigos, ou seja , aqueles que se consideram


meus amigos.
Estou totalmente de acordo com o Alvaro, e com o que a Célia
escreveu . Passei o dia fora e não acredito no que estou lendo
agora, quase uma hora da manhã de segunda feira.Enquanto
estamos lutando, com nosso pequeno conhecimento, com nossa
imensa boa vontade, para que esse grupo continue, existem
pessoas que evidentemente o estão boicoteando. Não só isso.
Estão ridicularizando nossas iniciativas, chamando-nos de ineptos
e incapazes de comprender metáforas.Realmente, apesar, de
entender algumas, como a da geladeira, que achei excelente, não
utilizo metáforas em minhas comunicaçõse. Uso linguagem
simples, talvez um pouco de portunhol, mas direta, sem alusões
metafóricas.Estou meditando..... Agora realmente não posso
escrever e pensar ao mesmo tempo, porque tenho que ver o
que existe atrás disso tudo..... Não sou boa prá isso. Sou simples,
direta, digo o que penso, além de romântica e idealista. Mas,
devo refletir. Não pode ser isso..... Lembro-me que disseram que
Alvaro jogou um balde de agua na expectativa de todos. Todos
quem?Em nome de quem estão falando? Que expectativa era
essa?Repito - Todos quem?????? Por favor, identifiquem-se.
Além do mais digam o que pretendiam. Porque então , poderemos
ficar e continuar tentando fazer alguma coisa , ou podemos
retirar-nos.Será que existiam algumas intenções para nosso
encontro que nós não estamos em conhecimento?Será que nos
queriam usar e nossa conduta se desviou do que tinham
pretendido?Onde está a Comissão Organizadora? Agora mesmo
posso fazer um levantamento das vezes que os chamamos,
identificando todos os mails nos quais invocamos e quase
rogamos sua assistência, seu apoio e sua orientação, porque
esperávamos uma continuidade depois do evento, mais ainda
depois de saber que havia um blog , um fotolog e um e-
grupoAlvaro mencionou que ficamos órfãos e concordo com isso. .
Ficamos órfãos daqueles que criaram este espaço e nunca
apareceram.Ficamos órfãos daqueles que pensamos que queriam
compartilhar conosco alguma coisa e não quiseram .Quem se
sentiu excluido aqui? Fomos ofensivos com alguém?Por exemplo, o
Scaico não é a favor nem do livro, nem do Clube, nem de nada
disso, mas está incluido em tudo.Isto é democrático ou é
ditatorial e devemos fazer somente, como títeres, as tarefas,
que mentalmente esperavam que fossem feitas? Jogar o jogo que
seria obrigatório?

O que é isso? Realmente não me aconteceu nunca em nenhum dos


grupos que participei. Estou também no yahoo-grupo do Rotary
Clube. Estava em outro, internacional e saí para poder participar
deste. Bom, fizemos o que achamos, aqueles que ficamos, sem
exclusões. Sei que o esvaziamento realmente acontece nos
grupos humanos: grande expectativa, euforia inicial, e depois
ficam os que querem fazer alguma coisa . Tem razão o Ernesto.
Bem, vou dormir dizendo que adoro os casos do Alvaro, estou
encantada com a Ana Marangoni e suas idéias, adoro os poemas
escritos e a idéia de juntá-los em um livro. Amo toda esta gente
boa que por aqui passa e deixa seu causo, seu flash, seu humor ,
seus pensamentos saudosos ou bondosos,. sua afetividade. O
resto, considero incomprensível. Isto, escrevi ontem à noite, ou
hoje de madrugada (uma hora) e , como nunca sou, fui: .....
prudente. Guardei sem mandar, porque minha tristeza era
grande.

Hoje é segunda feira, 10 horas da manhã aqui no Paraguai. Leio


outros e-mails que chegaram e fico sabendo que estou num grupo
dos seis. Sim, eu estou, porque de brincadeira fui eu que fiz a
capa provisória, sem nenhuma pretensão de usá-la em um livro
definitivo,, tal como expliquei no mail que enviei o que chamamos
de " livro" modificado, no qual carreguei um pouco mais do que os
demais escreveram, neste grupo. Me limitei a carregar
nos diferentes espaços, sem arrumá-los. Fui clara nisso, como fui
clara , atá para mal entendedor, que botei um nome no pretenso
livro, que não está na lista enviada dos nomes para ser votados.
Coloquei uma dedicatória e esta dedicatória não só não é válida,
como é falha e já escrevi isso em um mail. Ela reflete o que sinto
em relação à repressão e à ditadura, mas não reflete o que sinto
sobre as vivências, as maravilhosas vivências no Crusp, que
também devem ser incluidas. Dei também um formato, o formato
que eu achei bom. medindo dois livros do Humberto Ecco. Fiquei
intrigada porque usou o mesmo tamanho, apesar de que eram de
editoriais diferentes. Medi e achei bom este tamanho para
colocar provisóriamente , mas alguém pode querer que seja maior
e com letras maiores, que fazem a leitura mais agradável ,
considerando nossa idade. Tudo está no princípio e não só sujeito
a mudanças, mas tendo essas mundanças como absolutamente
obrigatórias. Fiz isso, como passatempo e como disse
claramente, para que tenha pinta de livro e tenham mais prazer
ao lê-lo. Essse foi o único objetivo. Sem metáforas, em
linguagem pura e simples: o livro não tem capa, o livro não tem
formato, o livro não tem conteúdo definido, estamos juntando
material, estamos buscando mais fontes e dentro dele há uma
mistura danada das colaborações de cruspianos que escreveram e
que me limitei a juntar. E, finalmente o livro não tem nome. O
nome colocado, foi minha idéia do momento e não está sequer
entre os nomes sugeridos que já mandei num e-mail para que
votem pelo que preferem. Já ouviram falar de que todos os
caminhos conduzem a Roma? Não existe um só caminho.

CONVIDAMOS TODOS OS 800 CRUSPIANOS CONTACTADOS


A SOMAR-SE A NOSSA INICIATIVA.
JÁ O FIZEMOS VÁRIAS VEZES., POR MEIO DESTE NOSSO
SIMPLES VEÍCULO.

NÃO TEMOS A LISTA COMPLETA DE CRUSPIANOS. ALGUÉM


DEVE TÊ-LA E DEVERIA PASSAR ESTE CONVITE QUE
TEMOS FEITO REPETIDAMENTE.

Em relação à reunião da casa do Alvaro, querem que faça um


levantamento do número de vezes que ele mandou mails
convidando a todos aqueles que queiram assistir.

Se isso não é democrático, como deve ser?

.Finalmente, fiquei curiosa de saber quem são os outros membros


do grupo dos seis.....

Sinceramente Watanabe..... pensei que você fosse diferente..


Gostaria e pedi muito que você, com seu conhecimento se some ao
nosso grupo , incorporando suas boas idéias. Tenho certeza de
que elas seriam bem vindas.

Entretanto.....Adoro somar e adoro seguir idéias com as quais


concordo, mas não sou muito boa para seguir coisas impostas. E
não gosto de críticas destrutivas e despectivas.

SONIA CASTANHEIRA
- Deposite seu voto hoje! Verifique a nova pesquisa de opinião
do grupo CRUSP68:

Você é a favor do que?

o Do livro
o Da Ong e/ou partido politico
o Do clube
o De todas alternativas
o De nenhuma alternativa
o Da ong
o Do partido politico
o Do clube de bocha
o De continuar papo:cabeça, furado,etc...
o De fechar o grupo

Para votar, visite a seguinte web page:

http://br.groups.yahoo.com/group/CRUSP68/polls

Nota: Não responda a esta mensagem. Votos de pesquisas não são


coletados por
e-mail. Para votar, é preciso ir ao site do Yahoo! Grupos listado
acima.

Obrigado!

- O QUE É ISSO? APELAÇÃO? Rute


- Caro Scaico,
Eu até já disse aqui que concordava com suas ponderações a
respeito dessa expectativa nossa de nos reencontrarmos e
simplesmente conversarmos e estarmos juntos. Mas o que está
impedindo o amigo de criar essas oportunidades? Porque isso não
pode estar ocorrendo desde já e simultaneamente às coisas que
alguns de nós tão empenhadamente estão se propondo a
desenvolver?
É preciso que sejamos mais generosos e tolerantes e
participativos. O Watanabe quer organizar seu partido político,
eu não entraria nessa, mas que vá em frente, tente, ponha suas
idéias na prática. Outro não que participar do livro, não participe,
ora bolas. O que não pode acontecer é esse vício de alguns
ficarem acomodadamente empoleirados e seus galhos somente
criticando as iniciativas que outros tomam.
Temos uma baita dificuldade em agregar mais gente no grupo,
e até conseguir que mais gente do próprio grupo participe das
atividades; o que menos precisamos agora é das aves de agouro
jogando azar em tudo.
Confesso que estou no meu limite para, com muita tristeza,
mandar tudo às favas. Não é possível que a cada dia apareça uma
nova crítica destrutiva e bagunce tudo o que já esteja sendo
conversado e desenvolvido.
Quero dizer que se as coisas chegarem no meu limite de
paciência, esqueço o grupo mas não vou esquecer os tão
gratificantes contatos com alguns queridos amigos que o
encontro e esse grupo me proporcionaram.
Abraços, Álvaro

- Que confusão fizemos nisso aqui.


Isso é o que nós somos .
Só podemos agradecer à CO de
nos proporcionar, esse espaço,
para que nos conheçamos a nós mesmos.
Esqueçam essa comissão !
Ela existiu para fazer o evento.
Consequiu, teve sucesso e agora é com a gente.
Pelo que vejo, nós não temos as mesmas habilidades que
eles . Conseguiram organizar um grupo grande
para trabalhar em pouco tempo, e mais : - conseguiram fazer o
evento.
A eles devemos só dar os parabens e nossos agradecimentos.
Temos que ter maturidade suficiente para nos organizarmos
nesse grupinho, e pelo que vejo não temos.
Vamos continuar e ver no que vai dar, que cada um trabalhe no
seu objetivo,
que com certeza alguma coisa de bom vai sair disso.
Muito triste lhes abraço.
E mais : toda vez que invocamos ou acusamos a CO,
ESTAMOS ADMITINDO NOSSA INCAPACIDADE,
de continuarmos por nós mesmos. Celia

- Scaico,
Voce diz na sua carta coisas que me parecem bastante sensatas.
Nada
de cobranças, bola pra frente. A CO já fez mesmo um grande
trabalho
promovendo o Encontro. Que cada um faça o que lhe deixa feliz.
Se
pintarem varios livros, ótimo. A Historia agradecerá. Acho que é
péssima ideia bater em quem está trabalhando pelo que acha
certo.
Gostei especialmente do último paragrafo do seu texto porque
combina
com o que eu penso e só tem a ver com o clube que imagino.
Abraço, Rute

- Arvinho, Arvão,
Que brabeza é essa?
Não estou impedindo nem agourando nada.
Pelo contrário, quero que a coisa funcione.
E não fiz nenhuma crítica destrutiva também.
Apenas disse que a nossa conversinha anda muito chata.
E anda mesmo!
Você sugere que "sejamos mais generosos, tolerantes e
participativos" para depois dizer que está no seu "limite para,
com muita tristeza, mandar tudo às favas". Essa parte eu não
entendi direito, mas não tem importância - prometo que não vou
ficar moendo o assunto. Estou mais interessado em saber como
anda meu velho amigo da estiva. E aí? Você só joga bilhar ou
enche a cara de cerveja andando em volta da mesa? Ainda não se
aposentou por que? Fazer nada é bom demais. Vi a foto que você
mandou - Maria do Carmo continua lindona!
É isso aí. Scaico, em paz.

- Meu querido amigo Scaico

Para variar, assino embaixo do que o Alvaro escreveu.

Acreditamos em algumas coisas, como no que você propõe de


sabermos uns dos outros, mas também acreditamos que fazer um
livro do Crusp ou sobre o Crusp seria uma coisa boa e não um
pecado.

É verdade que não sabemos a melhor maneira de fazê-lo, mas


tenho a confiança de que poderemos ir descobrindo.
Existem várias possibilidades de participação, existem várias
possibilidades de atuação e cada um escolhe onde quer ficar e se
quiser ficar no grupo só rememorando, maravilhoso.
Disfrutaremos com suas lembranças.

Sim, quero te pedir uma colaboração para a viagem do Amazonas


- Expedição Amazônia, como você a nomeou.

Agora, não posso deixar de ficar triste, ao ver que fizemos o que
achávamos bom para que este grupo não definhasse, convocamos,
chamamos e poucos apareceram.

Então decidimos fazer o livro, que como expliquei não tem nome,
não tem capa, não tem formato e ainda não tem conteúdo
definido. E, sobretudo, não tem intenções lucrativas. Estava
sendo proposto em nome do Crusp68. Estávamos fazendo este
trabalho, não em nosso nome, sem ressaltar nosso trabalho,
nossos nomes próprios, mas sim em nome de todos.

Escrevi ao Teotônio, que considerando o fato de que ele tinha


uma idéia anterior, de também fazer um livro, que esse também
seria benvindo, assim como outros , que porventura aparecerem.
Teríamos que combinar para não repetir as mesmas coisas.
Teríamos também que pedir a autorização das pessoas que
contribuiram com esse grupo para publicar o que escreveram,
teríamos que juntar, escrever, redigir, corregir, criticar, enfim
fazer tudo. Este livro não está nem começado, mas eu gostaria
que ele saisse. Sempre li, aqui no Paraguai, os livros que
escreveram sobre esta época. O mais relacionado a mim foi o
Iara, da Iara Iavelberg e isso porque eu a conhecia da Faculdade
de Filosofia.

Se interferimos com outras intenções, que sei que não são as


suas, já que você muito bem explicitou o que quer e estamos de
acordo, pedimos que essas intenções sejam explícitas.
O que me fez chorar, subir minha pressão e chegar ao ponto de
limite é sentir que estava disfrutando deste grupo. Soninha.

- Caros amigos cruspianos,

Hoje voltei das férias, para dar plantão de uma semana. O que
signifca dizer, que na próxima semana, volto para o meu descanso
"merecido".

Levei quase três horas para ler e analisar todos os e-mails.


Confesso que o material encontrado desde o Natal, já daria para
escrever um livro.

Certamente, são muitas as idéias e as sugestões. Todas


importantes e de muita abrangência.

Como membro da Comissão Organizadora CRUSP 68, pensava em


retomar as iniciativas após o mês de Janeiro e, acredito que os
demais membros não tenham se manifestado, pelo mesmo motivo:
estão viajando, em férias.

É preciso haver disciplina e planejamento para que a reunião dos


cruspianos não passe em vão. Está claro que o reencontro não foi
por acaso e muito mais do que isso, a maioria sente a necessidade
de dar prosseguimento (amarrar esse reencontro) a novos
projetos, mantendo esse laço de união que fêz parte de nossa
vida e mostrou que poderá continuar integrando cada vez mais a
nossa amizade.

A sugestão do livro é uma das iniciativas. A Soninha tem


demonstrado muita competência. A Maristela apontou um
caminho a seguir. No entanto, não podemos nos esquecer que
temos muitos historiadores, sociólogos, geógrafos e escritores
entre os cruspianos, todos capacitados, para dar um
ordenamento e uma sequência a esse trabalho, seja científico ou
romancista.

Agora, não devemos ficar apenas omitindo opiniões na internet,


com ou sem direito a réplica, que possa criar um clima de
desunião entre o grupo. Como bons cruspianos, sabemos que a
divergência sempre fez parte das nossas discussões, mas que são
necessárias para chegarmos a um lugar comum.

Com isso, quero dizer, que no momento, se faz necessário uma


reunião de todos, para definirmos um projeto de futuro. Pelo
levantamento do cadastro dos cruspianos e das manifestações do
pequeno grupo do yahoo, dá para vislumbrar a imensidão de
"inteligências" incrustadas no CRUSP 68. E, a bem da verdade,
todos trabalhando para terceiros (direta ou indiretamente).
Apesar do Álvaro lembrar da nossa idade (como se estivéssemos
expirando) e ele, com todo aquele fôlego, está demonstrando que
vai passar dos 80, com um pé nas costas, podemos unir as nossas
"inteligências" para trabalhar para a sociedade, seja com
iniciativas, críticas, com a ética e a vivência cruspiana, sugestões,
idéias etc, etc. Um exemplo: se nenhum iluminado acatar a teoria
do Álvaro sobre as enchentes, os cruspianos vão brigar para que
ela avance em setores significativos da sociedade.

Mas, para que as "inteligências" cruspianas possam intervir,


interferir e até mudar contextos da sociedade, é preciso que
estejamos representados numa instituição. A palavra de nossas
"inteligências" pode ter valor num determinado momento, mas só
poderá alterar a ordem das coisas, se houver organização e
mobilização. O próprio livro, será importante para as futuras
gerações. No entanto, se entrar nas escolas, se fizer parte de
um marketing (cruspiano), o avanço será muito mais significativo.
De modo que, os lances que estão ocorrendo nos e-mails fazem
parte da ponta de um "iceberg" adormecido. Nós temos que
sacudir os 700 cruspianos cadastrados e convocá-los para uma
reunião ampla. Vejam, são seguramente "700 inteligências" e
talvez uns 50 ou mais "iluminados" , mas com o mesmo coração
cruspiano que, de alguma forma, pretendem colaborar para
manutenção do nosso espírito. E por falar em espírito, está
passando despercebido a figura do "Nelsinho Vilhena", que tem
muito a nos ensinar na construção da nossa existência, que a bem
da verdade, ainda capenga ( o Álvaro vê apenas como expectativa
de vida - certamente, não é a visão da sua e da nossa querida
Maria do Carmo).

Portanto, chegou a hora de passarmos das sugestões para as vias


de fato e isso demanda uma ou várias reuniões, para se chegar a
um consenso quanto ao futuro do CRUSP 68 (seja Clube,
Associação, Ong, time de futebol etc, etc.).

A solução seria um Convite para todos os cruspianos cadastrados,


a fim de comparecerem a uma reunião no mês de fevereiro (quem
não puder estar presente, poderá se manifestar,
posteriormente). Como o número poderá ser maior do que
imaginamos e a reunião não será social (apesar de ter fins
sociais), coloco à disposição Salas ou Plenarinhos da Assembléia
(longe de qualquer conotação política), com o objetivo de uma
integração efetiva e eficaz dos cruspianos. Qualquer outro local,
com amplo espaço (o próprio Notre Dame) será de bom tamanho.

A União faz a Força (os corinthianos jamais serão vencidos)!


Aquele Abraço, Teco

- Caro Teco,
O que mais todos queríamos desde o início era a participação
organizadora e orientadora da Comissão Organizadora do
encontro. Eu falei aqui e repito, vocês nos deixaram órfãos após
o encontro. Em nenhum momento nos foi dito explicitamente que
iriam tirar férias e promoveriam uma reunião geral em fevereiro
para discutir o day after. E teria sido tão fácil vocês terem nos
informado isso, e essa informação teria nos privado de tanta
queimação de cabeça sobre como, com que tínhamos à mão
naquele momento, qual seja algumas poucas dezenas de
cruspianos reunidos no Grupo Yahoo, desenvolvermos atividades
que nos pareceram naturais como sequência de nossa história
cruspiana. Dentre elas, o livro de memórias, do qual, com a
colaboração de muitos e a enorme dedicação da Soninha, estamos
apenas na primeira fase, ou seja, coleta e organização de
colaborações e informações.
Ótimo que a CO volte a respirar e nos convoque todos para a
referida reunião. Acho isso um passo entusiasmante. Não estou
entre aqueles que acham que o papel da CO esgotou-se com a
realização do encontro. Ela teria mesmo que dar esse passo
adiante. Após isso poderá até se renovar, aumentar o número de
participantes, etc. Mas esse "Reencontro" é parte intrínseca de
sua responsabilidade.
Bem, quanto ao livro eu acho que nada deve ser interrompido.
Porque não continuar a produzir e coletar material?. No
Reencontro é apresentado o estágio em que o projeto se
encontra, como sua estrutura está pensada, etc. E o Reencontro
então toma suas decisões, muda alguma coisa, agrega
especialistas, discute-se pontos que ainda estão indefinidos,
como o que se pretende do livro em termos de tamanho, forma,
divulgação/distribuição, financiamentos, etc. De forma alguma o
trabalho feito até agora será perdido, e seria uma pena
interrompê-lo.
Da mesma forma, penso que as outras idéias devem também
continuar a ser maturadas. Claro que, com a expectativa da
reunião do Reencontro (essa expectativa, tão desejada, não
existia até então) diz-nos o bom senso que não devem ser
tomadas decisões de difícil retorno (como por exemplo, o aluguel
de uma sede para um Cube Cruspiano), mas de resto minha idéia é
que devamos dar continuidade à maturação de alguns projetos,
apenas agora sabendo que tudo deverá ser discutido e
referendado no Reencontro.
Abraços cruspianos, Álvaro

- Querido Álvaro,
Continuamos falando a mesma língua, com o mesmo espírito
cruspiano. É evidente que tudo que foi falado, apresentado e
sugerido a respeito do livro, não só significa um avanço, mas
também, o início de um trabalho concreto.
O problema é que após o CRUSP 68, alguns ainda estão de
ressaca (afinal, foram dois meses de preparação) e curtindo as
merecidas férias. Outros, retornaram ao trabalho e não
desgrudaram do banho cívico do CRUSP 68. O fato é, que
estamos juntos nesta empreitada, não por acaso (você
precisa ouvir mais a Maria do Carmo e olhe que eu nem conversei
com ela), mas por algo mais forte que você teima em não
conseguir definir. É vivendo que se aprende e ainda temos muito
a aprender. Como eu lembrei do Nelsinho, também temos muito a
aprender com o Molina e a Fúlvia, o Sílvio Preto e tantos outros
que já estão incorporados em novas missões. Não nos esqueçamos
nunca, que fomos e seremos uma eterna família cruspiana.
Um forte abraço, Teco

- Caros colegas.
Parece-me que estou de volta ao Crusp de 63 a 66. Diversos
grupos brigando com o vento.
Vejam que não me referí aos dois últimos anos. Nesses o Crusp
involuiu
Na nossa pobre opinião criamos ou não uma forma de viver? Era
boa? Se a resposta em suas cabeças for sim, então temos muito
que passar para as juventudes que virão. Aos govêrnos e
dirigentes escolares, teremos que
convencê-los, pois a mim eles continuam refratários aos
agrupamentos.
A forma de fazer é através da palavra documentada (seja na
forma de livro,jornal, mídias eletrônicas, palestras, etc).
Nos dias que iniciamos o nosso bate papo atual, percebí que
muitos acharam que haviam passado um apagador no que ocorreu
no Crusp em 1968. Agora temos excelente oportunidade de
sanar isso. Todos sabem como fazer
Portanto parem de divergir e passem a relatar as coisas que
ocorreram na es-
tada de cada um no Crusp, mesmo sem o rigor documental. Isso
dará todo os subsídios necessários para que futuramente os
historiadores e outros "experts" possam traçar um perfil mais
próximo do real. Hoje o pouco que está escrito não é completo.
Mesmos os nossos relatos ficarão incompletos. Caberão aos
estudiosos
posteriormente fazerem essas justaposições.
Por favor podem até continuar esssas divergências, mas enviem
os seus relatos, os mais fiéis possíveis, para ficarem registrados
e passíveis de discussão e complementações.
Muito obrigado, meus eternos cruspianos. (Lembro-me de
ASterix e Obelix)
Avante moçada. Prandi

- Queridos Amigos,
O tempo está quente de verdade e acho que esquentou os ânimos.
Talvez seja ansiedade ou vontade de fazer acontecer, mas nem
sempre é
possível fazer tudo, sabemos disso.
Vejam, Teco Silva se manifestou, assim como ele quase todos da
CO
todos estão fora de SP e muitas vezes sem acesso a internet.
Remo Fevorini chegou na 6a e não cobseguiu entrar no site do
CRUSP68
para saber o que esta acontecendo.
Temos que baixar a bola, ninguém é dono da verdade, está
faltando
diálogo, olho no olho, o encontro.
Se Soninha quiser escrever um livro ela escreve; se Watanabe
quiser
montar um partido ou uma ONG ele monta; Rute sugeriu um ponto
de
encontro - perfeito; Ana Marangoni o livro de poemas; Alvaro
com livro
de causos, ele escreve.
"Santos" Deus, somos livres, independentes, maiores de 60...
Temos que ser empreendedores, uma ação não invalida a outra.
Qual o problema?
abraços, Malu

- Que é isso Malu? O livro da Soninha???? Você só pode estar


brincando....
Eu, hein! Escrever um livro sózinha? Nunca pretendi.....
Acho que nesta vida tudo é nosso.
Muito mais as memórias de um grupo....... Trabalho em conjunto é
o que foi proposto e é o que aceitei. Nada mais. Nem a idéia foi
minha. Nem esse mérito eu tenho.....
Mas, apesar disso eu a defendo.... trabalho em equipe,
participativo, onde todos podem ter seu espaço para opinar,
criticar, decidir, mudar, etc. Tudo dentro de uma atitude
democrática, de cumplicidade e respeito.....
Confesso que lancei um sumário tentativo, explicando que estava
absolutamente sujeito a mudanças, confesso que fiz uma capa,
mas isso foi só pela minha preocupação estética e porque gosto
de brincar com o computador. Jamais passou pela minha cabeça
usá-la , muito menos o nome que coloquei, que nem sequer sugeri
para votação. Poderia ter feito se estivesse convencida dele.
Nada disso era válido. Era estético para que tenha pinta de livro,
para que tenham outras idéias e façam como deve ser feito.
Compartilho totalmente a idéia de que nosso livro não deve ter
um conteúdo exclusivamente político.
Se quiserem me chamar de defensora da idéia do livro, aceito.
Qualquer um pode escrevê-lo. Se for outro grupo, está bem
também.
Soninha

- Aqui em casa, filhos e pais nos conhecemos por uma


característica humana que nos tem ajudado muito, a qual
apelidamos de "5 minutos". É que em qualquer situação de
altercação há a fase dos primeiros 5 minutos em que parece que
a casa vem abaixo e se diz qualquer tipo de besteira que vem à
boca. Passados os 5 minutos é um tal de beijar e pedir
desculpas..., que na maior parte das vezes nos põe todos a rir.
> E assim vamos levando a vida... E como dizia o grande Barão de
Itararé "a gente leva da Vida a vida que a gente leva".
> Então para todos nós, o Don't Worry, Be Happy, do Bob Marley:
http://www.youtube.com/watch?v=eWOK-
B4CoAg&feature=related
> E vamos levando a vida...
> Álvaro
>
> Don t Worry, Be Happy (Bob Marley) Reggae Adicionar aos
Favoritos do Ilhado
- isso mesmo Álvaro... vou ser feliz!!!
Vou pôr meu biquini, lavar o quintal,
curtir minhas cachorras e os canários.
Depois abrirei uma cervejinha e
curtirei passar a roupa acumulada
por causa da chuva e viagens.
Alguém tem que fazer o trabalho
"sujo" aqui em casa, e esse alguém
sobrou pra mim. (que bom!)
Nada melhor que musica e cerveja
para fazer esse tipo de trabalho;
a vizinhança até vai pensar que
contratei empregada nova.
Isso porque, enquanto trabalho: eu danço,
canto, converso com os bichos etc... etc.
Não aparecerei por aqui até que tudo se acalme,
afinal estava aqui para me divertir com um trabalho legal.
Já deu para ver que lidar com gente é MUUUUITO mais difícil.
Não tenho essa habilidade e talvez por isso me dê tão bem com
os animais.
Pois bem , como dizia a XUXA :
foi bom brincar com vocês... foi bom ficar com vocês...
mas agora amiguinhos...
Para todos vocês: muito trabalho, muita sorte, muito saco, muita
paciência, muito "tudo" que precisarem e quiserem.
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim... (musicado)
Celinha

Aqui termina minha parte nessa estória...

E quem quiser que conte outra... outras... muitas outras.

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