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ACORDA Portugal!!!!

ANTES QUE SEJA TARDE

Quando este governo tomou posse, deram-lhe um estado de graça, que ele
aproveitou para:

- Aumentar o IVA, mesmo depois de ter prometido que não aumentaria impostos;
- Aumentar a idade da reforma, apesar de ter prometido que o não faria;
- Congelar as carreiras de alguns sectores da Função Pública.

O povo continuou adormecido.

Depois, provou-se que o Primeiro-Ministro (…)documentos da


Assembleia da República para que o tratassem por Engenheiro, que tirou
um curso de Engenharia (…), enviando trabalhos por fax, e
que, enquanto recebia um subsídio de exclusividade, assinava
projectos.

O povo mostrou-se indiferente, achando que, se ele queria que o


tratassem por Engenheiro, era lá com ele.

De seguida, decidiu fechar escolas e urgências; a população começou a


despertar e o ministro da saúde foi demitido, mas a política
continuou.

Posteriormente, vieram as aulas de substituição gratuitas e a


responsabilização dos professores pelo insucesso dos alunos.

Os professores acordaram e os tribunais deram-lhes razão na


ilegalidade das aulas de substituição não remuneradas.

Depois veio o Estatuto da Carreira Docente, que dividia os professores


em duas categorias, sem qualquer análise de mérito, e impedia que dois
terços dos professores atingissem o topo da carreira.

Os professores ficaram atordoados e a Ministra aproveitou para esticar


a corda ainda mais, tratando os docentes por "professorzecos" e
criando um modelo de avaliação que ela própria considerou
"burocrático, injusto e inexequível" e que prejudica os professores
que faltassem por nojo, licença de paternidade, greve ou doença.

Aí os professores indignaram-se e vieram para a rua. O Governo e os


sindicatos admiraram-se com a revolta dos professores e apressaram-se
a firmar um entendimento que adiava a avaliação.

No ano lectivo seguinte, os professores foram torturados com o


suplício de pôr a andar um monstro, cavando a sua própria sepultura.
Em todas as escolas, começou a verificar-se que esse monstro não tinha
pernas para andar. Os professores começaram a pedir a suspensão do
processo e marcaram uma manifestação para o dia 15 de Novembro. Os
sindicatos viram o descontentamento geral e marcaram outra
manifestação para o dia 8 de Novembro.

Os professores mobilizaram-se e a Ministra tremeu… Os alunos


aprenderam com os professores o direito à indignação e aperceberam-se
de que o seu estatuto também era injusto, porque penalizava as faltas
por doença, e começaram a manifestar-se. A Ministra percebeu que tinha
de aliar-se aos alunos e cedeu nas faltas, culpando os professores
pela interpretação da lei. Conseguiu mesmo alterar sozinha uma lei
aprovada pela Assembleia da República perante os mudos parlamentares.

O ambiente na Escola tornou-se tão insustentável que a Ministra deixou


de ter coragem de visitar escolas. Então, decidiu alterar novamente o
seu modelo, sem o acordo de ninguém, pois só ela não entende que está
a mais no Governo, defendendo um modelo que sabe que é errado, só para
não dar o braço a torcer (lembrando a teimosia de Paulo Bento que,
para afirmar o seu poder, prefere perder). Se fizesse uma
auto-avaliação, percebia que está tão isolada que até o representante
das associações de pais, aliado de outras batalhas, tomou consciência
do que estava em causa.

Agora, o Secretário de Estado Adjunto vem dizer que a Lei é para


cumprir. Mas qual Lei? A da Ministra que não respeita os tribunais,
que altera as leis da Assembleia da República a seu belo prazer, que
manda repetir exames, mesmo sabendo que é inconstitucional, que
penaliza os professores pelo direito à greve e às faltas por nojo, por
doença ou por licença de paternidade?

Quem deixou de cumprir a Lei foi a Ministra e o Governo. Lembram-se de


alguém que fumou ilegalmente num avião, afirmando que desconhecia uma
Lei imposta por si? É o mesmo que vem dizer que nem ele está acima da
Lei.

Já que a Comunicação Social está instrumentalizada e não há oposição


firme, o povo devia seguir a lição dos professores e manifestar-se:

- Contra o elevado preço dos combustíveis, uma vez que o preço do


petróleo desceu para um terço do que custava há meses e em Portugal os
combustíveis ainda só desceram cerca de 20%;

- Contra os elevados salários de gestores de empresas públicas que dão prejuízo;

- Contra a entrega de computadores "Magalhães" que depois têm de ser


devolvidos, como quem tira doces a crianças;

- Contra o financiamento público de bancos que exploram os clientes


com elevados juros;

- Contra as listas de espera na saúde;

- Contra as portagens nas SCUT;

- Contra a criminalidade e a insegurança que se vive em Portugal;

- Contra as elevadas taxas de desemprego;

- Contra o desvio do dinheiro de impostos para o TGV;

- Contra as mentiras.

Se os Portugueses acordarem e seguirem o exemplo dos professores, os


governantes deixarão de se "governar" e passarão a defender o
interesse das pessoas.
"Ao emendar aquilo que precisa de correcção, o bom professor não está
a ser rude."

FELIZ NATAL!

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