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Informativo Expomus – Janeiro de 2009

A Expomus celebra suas conquistas em 2008!

Há um ano voltamos nossos olhares para o Centenário da Imigração Japonesa –


2008 começava com uma tarefa e tanto, que nos inspirou a pensar novas formas de
celebrar a cultura do outro e, por conseqüência, também a nossa.

A festa começou no Centro Cultural Banco do Brasil, com a exposição Um Círculo


de Ligações: Foujita, Kaminagai e o Jovem Mori, um trabalho curatorial
primoroso da historiadora de arte Aracy Amaral e do educador Paulo Portela. A
exposição mostrou obras desses três artistas, que retrataram o Brasil dos anos 20
aos anos 50, em expografia de Felipe Tassara. Cerca de mil visitantes passaram
diariamente pelas dependências do CCBB São Paulo, nos meses de abril e maio. Um
Círculo de Ligações concorreu como uma das melhores exposições do Ano de
2008, pelos guias do Universo On Line e da Folha de São Paulo.

Na seqüência levamos o Brasil Japonês para o Japão, na FOODEX – feira


internacional de alimentação, realizada pela Apex Brasil nas cercanias de Tóquio.
Nesse evento mostramos para os japoneses de lá como os japoneses daqui
mudaram nossa relação com a terra, sobretudo com a agricultura.

Para coroar o Centenário, em maio


inauguramos a exposição O Japão
em cada um de nós, realizada na
sede do Banco Real, na Avenida
Paulista, onde foi possível entender
o porquê de sermos tão japoneses.
Este trabalho envolveu inúmeros
profissionais e teve como
curadores Célia Oi e Paulo Garcez.
O Japão em cada um de nós mobilizou durante dois meses inúmeras escolas de
São Paulo, que tiveram acesso de forma lúdica e interativa às influências que
recebemos nas artes, alimentação, literatura, ciência e tecnologia. Um vigoroso
banco de dados com o nome de todas as famílias de imigrantes japoneses que
aportaram no Brasil – Projeto Ashiato – foi o resultado mais concreto desse trabalho
realizado por nós, em parceria com o Museu da Imigração Japonesa, que irá
perenizar seus resultados.

Para além do Centenário, tivemos outras importantes experiências em 2008.


Falamos sobre a arte através do corpo e da moda, com a Exposição Com que roupa
eu vou – de autoria de Gláucia Amaral, que ficou em cartaz na Casa Fiat de Cultura,
em Belo Horizonte. Falamos também sobre o Grafitti e sua importância histórica na
cidade de São Paulo, em uma mostra coletiva no MIS-SP, I/Legítimo: Dentro e
Fora do Circuito, com curadoria geral de Fernando Oliva e Priscila Arantes. Nessa
grande mostra, a Expomus Contemporânea teve participação por meio do módulo
Contos Urbanos, de Marcos Mello, que exibiu depoimentos dos pioneiros do Grafitti
na capital paulista. O projeto compreendeu o lançamento de um interessante
catálogo pelo MIS.

O ano trouxe-nos ainda a oportunidade de trabalhar com coleções consagradas,


como a Coleção Brasiliana/Fundação
Estudar, que hoje faz parte do acervo da
Pinacoteca do Estado de São Paulo. Com
curadoria de Carlos Martins e Valeria Piccoli,
a mostra passou por duas cidades – Belo
Horizonte e Vitória – socializando o Olhar
Viajante sobre as terras brasileiras. Ainda
explorando o tema das rotas e percursos,
apresentamos também na Casa Fiat de
Cultura, em Belo Horizonte, a exposição de cartografia Arte nos Mapas, que reuniu
acervos significativos de instituições brasileiras em interação com inovadoras
soluções midiáticas.

Pela Casa Fiat de Cultura ainda tivemos o prazer de comemorar a premiação que
recebeu como a instituição cultural de destaque em Minas Gerais, e nos alegramos
por ter colaborado decisivamente para esta vitória, já que a programação de
exposições, em 2008, contou com três projetos de peso da Expomus.

As cidades foram o enfoque de mais um belíssimo trabalho concretizado em 2008: a


exposição As Cidades e Suas Margens, da artista plástica Elisa Bracher, com
curadoria de Rodrigo Naves, que esteve em cartaz no Museu da Casa Brasileira e
apresentou 70 imagens de habitações da Favela da Linha, em São Paulo, e de cidades do
nordeste brasileiro, onde nasceram alguns de seus moradores.
Em 2008 as celebrações prosseguiram com os 60 anos do Museu de Arte Moderna de
São Paulo, uma festa que permitiu trazer ao público mais de 700 obras por meio da
exposição MAM 60, eleita a segunda
melhor exposição do ano pelo Guia da
Folha de São Paulo. Com curadoria de
Annateresa Fabris e Luiz Camillo, MAM
60 contou ainda como uma exposição do
artista Franz Krajcberg, que, por meio de
seu trabalho que se configura como um
grande manifesto ambiental, nos remete a
uma profunda reflexão sobre nossa ação no mundo. Não por acaso, Krajcberg -
Natura ganhou o prêmio de melhor exposição de arte de 2008, conferido pela
Associação Paulista dos Críticos de Arte – APCA.

Temos a alegria de afirmar que todos os nossos projetos


expositivos realizados em 2008 compreenderam cadernos
educacionais instigantes e estratégias de acessibilidade inovadoras,
podendo ser consultados em nossa sede em São Paulo.

Seguimos criando e planejando museus inéditos, que logo


estarão sendo inaugurados por este país afora, com grande
ênfase na sociomuseologia como ferramenta capaz de abrir
espaço para que o visitante interaja, não apenas por meio do
hands on, mas privilegiando o minds on, o que transforma a experiência sensível de
visitar museus em um aprendizado pessoal, rico e colaborativo.

2008 nos trouxe um grande legado, novas parcerias, projetos vencedores e grandes
aprendizados. Deixamos a todos que estiveram conosco, os nossos agradecimentos.

2009 chegou em plena crise mundial, que certamente nos estimulará com amplos
desafios, e nos exigirá talento e sabedoria para propor novos e instigantes caminhos
para a cultura e para o planeta. Para enfrentar a crise, vale a pena mergulhar em
nossas essências e delas extrair novas competências para redesenhar nossa
sobrevida no planeta.

Estejam conosco!

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