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Índice
Comunicação........................................................................................................................................ 4
Fases do SIEM (Sistema Integrado de Emergência Médica)............................................................... 4
Fase do alerta................................................................................................................................... 5
Fase de pré-Socorro......................................................................................................................... 5
Fase de Accionamento de meios......................................................................................................6
Exame da vitima................................................................................................................................... 6
Exame primário................................................................................................................................7
A – Airway(Permebilização da via aérea com estabilização da coluna cervical).......................7
B- Breathing (Ventilação e respiração).......................................................................................8
C – Circulation (circulação, hemorragias externa graves e choque)...........................................8
D – Desability (disfunção neurológica)...................................................................................... 9
E – Expose (exposição com controle de temperatura).............................................................. 10
Manobra de desobstrução da via aérea............................................................................................... 12
Alterações do comportamento............................................................................................................ 13
Comportamentos maníacos............................................................................................................14
Comportamentos depressivos ....................................................................................................... 14
Actuação........................................................................................................................................ 14
Alcoolismo agudo.......................................................................................................................... 15
Sinais e sintomas....................................................................................................................... 15
Actuação....................................................................................................................................16
Convulções......................................................................................................................................... 16
Epilepsia.........................................................................................................................................17
Sinais e Sintomas........................................................................................................................... 17
Actuação........................................................................................................................................ 18
Despistar hipertermia;....................................................................................................................19
Diabetes Mellitus................................................................................................................................19
Diabetes Mellitus tipo I ou Insulino Dependente.......................................................................... 20
Diabetes Mellitus tipo I I ou Não Insulino Dependente................................................................ 20
Hiperglicémia.................................................................................................................................20
Sinais e Sintomas...................................................................................................................... 21
Actuação....................................................................................................................................21
Hipoglicémia..................................................................................................................................21
Sinais e Sintomas...................................................................................................................... 22
Actuação....................................................................................................................................22
Quadro Resumo............................................................................................................................. 24
Traumatismos Vasculares e Controle de Hemorragias.......................................................................24
Classificação das hemorragias em relação à origem..................................................................... 24
Sinais e sintomas das hemorragias.................................................................................................25
Métodos de controlo de hemorragias.............................................................................................26
Hemorragia Externa.................................................................................................................. 26
Pressão Directa..................................................................................................................... 27
Elevação do membro............................................................................................................ 28
Compressão indirecta ou digital à distância......................................................................... 28
Aplicações Frias................................................................................................................... 28
Garrote..................................................................................................................................29
Hemorragia Interna................................................................................................................... 29
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Ricardo Viegas ---------------------------------------------------------------------- Noções de Socorrismo
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Comunicação
A comunicação é uma parte importante do socorrismo pois uma boa comunicação vai permitir que
se estabeleça uma boa comunicação com a vitima e mesmo com o CODU (Centro de Orientação de
Doentes Urgentes), mas a comunicação nem sempre é fácil como é demonstrado no exemplo em
baixo.
– Vai haver amanha um eclipse do sol, mande formar a companhia em farda de trabalho na parada
onde explicarei o fenómeno que não acontece todos os dias. Se chover não se verá e deixe a
companhia na caserna.
– Por ordem do nosso capitão vai haver um eclipse do sol em farda de trabalho. Toda a companhia
forma na parada onde o nosso capitão dará as explicações, o que não acontece todos os dias. Se
chover o eclipse é na caserna.
O 1º sargento ao cabo
– Nosso cabo, o capitão fará um eclipse do sol na parada se chover o que não acontece todos os
dias, não se vê nada: então o capitão dará a explicação na caserna em farda de trabalho.
– Soldados! Amanha para receber o eclipse que dará a explicação sobre o nosso capitão em farda
1. Alerta
2. Pré-socorro
3. Accionamento de meios
4. Actuação no terreno
5. Encaminhamento do doente
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Fase do alerta
A fase do alerta engloba dois aspectos distintos, a detecção da situação de emergência e
o alerta propriamente dito, ou seja a comunicação às entidades competentes na matéria dessa
situação.
Fase de pré-Socorro
Esta fase corresponde ao aconselhamento feito no momento do contacto com o médico, actualmente
apenas possível no CODU. Como vimos, os CODUs são centrais telefónicas coordenadas por
médicos, logo dentro da área da saúde estas centrais encontram-se devidamente habilitadas a
proporcionar a ajuda adequada a cada situação de doença, dentro dos meios disponíveis, sendo o
objectivo o inicio do tratamento no local.
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• meios INEM
• meios Reserva
Exame da vitima
• identificar e corrigir situações que não colocando a vitima em perigo de vida imediato,
Asseguradas as condições de segurança e após nos termos certificado que não existe perigo para a
vitima nem para a equipa, podemos então iniciar a avaliação da vitima nunca esquecendo que não
se avança na sequência de avaliação se não tivermos corrigido o problema anteriormente
identificado. A sequência que se apresenta não serve como “receita” mas sim como memorando
para garantir que nada nos escapa à observação, quer isto dizer que por exemplo se a vitima se
encontra consciente e a falar concerteza não é necessário verificar se existe pulso. Podemos então
definir que o exame se faz a 2 níveis:
vida
• Exame secundário, no qual se tenta identificar e corrigir as situações que não colocam a
vitima em perigo imediato de vida mas que se não forem corrigidas podem agravar o estado
do doente.
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Exame primário
O exame primário assenta numa nomenclatura internacional, nomenclatura essa composta pelo
ABCED
As vitimas inconscientes podem apresentar uma situação de obstrução da via aérea, devido ao
relaxamento dos músculos da mandíbula.
Ao chegar junto da vitima deverá ser feita a tracção e alinhamento da coluna cervical e elevação do
maxilar inferior, e nunca a extensão da cabeça nos casos de trauma ou suspeita de trauma, como
técnica de desobstrução.
É importante reter que, no trauma ou suspeita de trauma, a tracção cervical nunca se deve
abandonar ou aliviar, até à completa imobilização e estabilização da vitima. Pode eventualmente ser
necessário recorrer à utilização de equipamento auxiliar tal como o tubo de guedel ou aspirador de
secreções (tendo a possibilidade de se provocar o vómito) entre outros. Isto implica a verificação
prévia da existência de corpos estranhos na cavidade oral, lesões da face, etc.
Em situações que esteja confirmada a inexistência de trauma, a desobstrução da via aérea poderá ser
feita pela elevação do maxilar inferior, recorrendo-se se necessário a equipamento auxiliar como
referido anteriormente.
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Deverá ser feita a pesquisa da ventilação, vendo, ouvindo e sentindo, durante 10 segundos. Este
passo consiste especificamente em ver o tórax expandir, ouvir a passagem de ar e sentir a expiração
na face.
O pulso de mais fácil acesso, no adulto é o pulso carotídeo. Para o localizarmos devemos identificar
o anel da cricóide(Maça de Adão), utilizando os dedos médio e indicador, e deslizando-os para o
lado externo do pescoço até ao sulco do esternocleidomastoideu.
Ao palpar o pulso carotídeo tente palpar a carótida do lado mais próximo de si.
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As hemorragias externas graves deverão ser imediatamente controladas recorrendo aos métodos de
controle de hemorragias.
Na presença de sinais evidentes de choque, e é nesta altura que devem ser pesquisados, é
obrigatório a aplicação de cuidados de emergência e a vigilância apertada da evolução desses
mesmo sinais e sintomas.
Alerta
Sem resposta
Para alem da avaliação do estado de consciência deve-se ainda avaliar a resposta pupilar
à luz, pois é um bom indicar da existência ou não de sofrimento cerebral.
Para isso, deve incidir uma luz directamente sobre cada uma das pupilas. Verifique se a reacção é
idêntica em ambas. Se não existir contracção pupilar ou se esta for diferente de pupilar para pupila,
poderá indicar sofrimento do Sistema Nervoso Central.
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Vários parâmetros foram avaliados ao longo do percurso ABCDE. Tendo já eliminado as situações
de risco de vida eminente. Falta agora completar o exame a fim de avaliar e caracterizar os sinais
vitais.
• Ventilação
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• Ritmo(regular; irregular)
• Pulso
• Amplitude(cheio; fino)
• Ritmo(regular; irregular)
• Temperatura
• Febre (>37,5º)
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podem igualmente surgir febres. A febre é especialmente perigosa nas crianças onde
poderá desencadear crises convulsivas pelo que e logo que possível, devemos arrefecer a
vitima.
No adulto consciente, 5 pancadas inter-escapulares (entre as omoplatas) que se não forem eficazes
devem indicar a execução da Manobra de Heimlich.
Esta consiste numa série de 5 compressões fortes exercidas na parte superior do abdómen ou na
parte inferior do tórax (nos doentes obesos ou nas mulheres grávidas), de forma a criar um aumento
de pressão intra-torácica que força o corpo estranho a sair.
Executa-se colocando a mão fechada na linha média do abdómen entre o apêndice xifóide e a
cicatriz do umbilical, a outra mão cobre a primeira exercendo-se então pressão (com força
suficiente) dirigida de baixo para cima e da frente para trás.
Nos doentes conscientes esta manobra é executada com a vítima de pé, ficando a pessoa que a
executa por trás dela.
Nos doentes inconscientes, coloca-se a vitima em decúbito dorsal (deitado de costas), e quem
executa a manobra deverá ficar de joelhos por cima da vitima exercendo a pressão com os braços
estendidos.
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Além da manobra de Heimlich pode realizar-se, apenas nos doentes inconscientes, a desobstrução
digital que consiste na elevação da mandíbula com uma mão enquanto que com o dedo indicador da
outra mão se faz a exploração digital da orofaringe, retirando se possível, o corpo estranho.
Nas crianças com menos de um ano (lactente), a técnica para desobstruir a via aérea consiste na
colocação do bebé em decúbito ventral (deitado sobre a barriga) sobre a a mão e antebraço de quem
executa a manobra, com a cabeça mais baixa que o tórax, executando-se então 5 pancadas no dorso
entre as omoplatas, com a força adequada ao tamanho da criança.
Alterações do comportamento
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• Comportamentos maníacos
• Comportamentos depressivos
Comportamentos maníacos
Os indivíduos maníacos caracterizam-se por apresentar ideias de grandeza. Ideia de que se é “o
maior”, invencível, possuidor de algo divino que pode salvar a humanidade, de que se é famoso,
mais forte, ou mais inteligente que os outros que o rodeiam. Normalmente referem ouvir vozes que
lhes indicam as atitudes a tomar. Estas atitudes também podem ser geradas por outros estímulos que
não as vozes como por exemplo a cor da roupa de outra pessoa, ou o facto de a pessoa ter barba,
usar óculos, etc.
São pessoas que por vezes não se encontram completamente desligadas da realidade, e misturam
atitudes de grande agressividade porque a sua argumentação não é aceite pelos outros.
Estes comportamentos podem tornar-se perigosos para o próprio e para outros, uma vez que o
indivíduo não tem a verdadeira noção das consequências dos seus actos e tão rápidamente pode ferir
alguém como ferir-se a ele próprio.
Comportamentos depressivos
Os comportamentos depressivos caracterizam-se por ideias de muito baixa auto- estima. Nestes
casos a pessoa idealiza que não merece viver, que ninguém gosta dela, que é a mais feia ou que tudo
o que faz fica pior do que se fossem outros a fazê-lo.
É comum encontrar estas pessoas isoladas, de olhar vago, muito reservadas e pouco comunicativas.
O grande perigo destes comportamentos advém do facto de um momento para o outro a pessoa
idealizar que a forma de resolver o seu problema é a fuga, o que normalmente se traduz pela
tentativa de suicídio.
Actuação
A actuação neste tipo de a situação é muito específica, e não existe nenhuma receita relativamente à
forma de agir, no entanto, a actuação deve basear-se em alguns princípios:
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exemplo: quando durante um delírio o individuo se refere ouvir vozes e questiona. “Não está
a ouvir?” as resposta não deve ser “estou!” mas sim algo do género “acredito que esteja a
ouvir mas eu sinceramente não oiço!”
• dar tempo para que a pessoa se exprima, nunca forçar uma resposta;
Alcoolismo agudo
O alcoolismo agudo enquadra-se nas alterações comportamentais pois o álcool ingerido em excesso
poderá conduzir a alterações do comportamento por depressão do Sistema Nervoso Central (SNC).
Por vezes estas vítimas apresentam comportamentos bizarros, perturbação mental temporária e
descoordenação motora. Não deve, no entanto, emitir juízos de valor, pois existem situações
médicas com quadros sintomáticos idênticos, nomeadamente a diabetes.
Sinais e sintomas
A vítima pode estar consciente com ou sem alterações neurológicas. Neste caso apresenta:
• Ventilação profunda;
• Pulso forte;
• Odor a álcool.
• Ventilação superficial;
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Actuação
• Manter uma atitude calma e segura evitando o recurso à utilização da força física;
• Despistar uma possível hipoglicémia determinando a glicémia capilar. Se tal não for
• C – circunstancias
• H - historial do doente
• A - alergias
• U – ultima refeição
Convulções
Várias são as situações que podem estar na origem das crises convulsivas, nomeadamente:
• Traumatismo Crâneo-encefálico;
• Hipertermia;
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• Intoxicações;
Epilepsia
Sendo a epilepsia a doença mais comum na origem de convulsões, esta merece um tratamento à
parte.
É uma perturbação a nível cerebral que origina crises convulsivas que tendem a repetir-se. Estas
crises são acompanhadas de alteração ou perda de consciência.
ausências breves, com duração aproximada de 30 segundos, e que se podem repetir várias
vezes por dia, mas sem perda de consciência. A ausência é uma alteração breve da
consciência caracterizando-se por uma interrupção da actividade com suspensão da
“conversa” em curso, olhar parado, etc. Terminada a crise o indivíduo reinicia a actividade
voltando ao estado normal.
Sinais e Sintomas
A situação que mais frequentemente solicita a intervenção de meios de socorro ao nível da
emergência médica é a crise convulsiva de Grande Mal, por ser mais exuberante na sua
sintomatologia.
Muitas vítimas epilépticas têm a chamada aura, ou pré aviso antes do ataque que se caracteriza por:
• dor de cabeça;
• Náuseas;
A aura é uma característica individual no epiléptico, pelo que não se pode generalizar um sintoma
comum a estas situações.
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• Perda de consciência à qual se segue uma queda brusca podendo a vítima chegar mesmo a
ferir-se;
• Os dentes cerram-se e chega, por vezes a haver mordedura da língua, podendo originar
• O ataque convulsivo dura cerca de 2 a 4 minutos. Após a crise convulsiva a vitima fica
• A recuperar a vítima pode surgir com agitação, agressividade e confusão mental por um
lado, ou então apresentar embaraço não se recordando do que aconteceu (Amnésia) e referir
ou não cefaleias (dor de cabeça).
Actuação
• Manter uma atitude calma e segura
• Desviar objectos
Nota: apesar de durante a crise convulsiva a vítima não ventilar, não se deve executar
ventilação artificial.
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Nota: a colocação do tubo orofaríngeo não deve ser forçada. Este deve ser colocado apenas
se possível de modo a evitar a mordedura da língua.
Despistar hipertermia;
• Verificar e registar sinais vitais;
• O individuo não apresenta traumatismos associados, nem motivados pela perda súbita de
Diabetes Mellitus
O açúcar é essencial para que as células produzam energia, sem a qual não podem assegurar a sua
sobrevivência. Para que o açúcar possa ser utilizado pelas células do organismo na produção de
energia, é necessário que este seja digerido.
Na sua digestão é essencial a presença da insulina, produzida pelo pâncreas a qual intervém na
metabolização e transporte do açúcar para o interior das células.
Quando a sua produção é afectada, o açúcar não é digerido pelo que o seu nível no sangue sofre
alterações atribuindo-se a este quadro clínico o nome de Diabetes Mellitus.
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• A quantidade de alimentos açucarados ingeridos ser tão abundante, que o pâncreas não
Quando num indivíduo, existe uma situação de desiquilíbrio entre a quantidade de insulina e o
açúcar no sangue, dá-se uma descompensação da diabetes. Em emergência médica poderá
encontrar duas situações de descompensação da diabetes:
insulina;
Hiperglicémia
A hiperglicémia resulta habitualmente da insuficiente quantidade de insulina em relação ao açúcar
no sangue. Dizemos que estamos perante uma situação de hiperglicémia quando os valores de
açúcar no sangue capilar são superiores a 200mg/dl.
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• Quando o doente come em demasia, não cumprindo a dieta prescrita, o que leva a um
Sinais e Sintomas
• Náuseas e vómitos;
• Sensação de sede;
• Hálito cetónico;
• Sonolência;
• Confusão mental, desorientação, que poderá evoluir para os estados de inconsciência – coma
hiperglicémico;
Actuação
• Manter uma atitude calma e segura;
informação (CHAMU)
• Transportar a vítima com vigilância dos sinais vitais e evolução do estado de consciência.
Hipoglicémia
Na hipoglicémia, ocorre um excesso de insulina em relação ao açúcar do sangue. Considera-se que
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estamos perante uma hipoglicémia quando o valor de açúcar no sangue capilar é inferior a 50mg/dl.
Podemos assim perceber que a hipoglicémia é uma situação que embora seja frequente nos doentes
diabéticos, pode ocorrer em qualquer individuo. Sendo o açúcar imprescindível à vida, as
hipoglicémias têm de ser rapidamente corrigidas através da ingestão de açúcar, caso contrário a
morte pode ocorrer.
Sinais e Sintomas
• Ansiedade, irritabilidade e mesmo agitação;
• Fraqueza muscular;
• Sensação de fome;
Actuação
• Manter uma atitude calma e segura;
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frequentemente;
informação (CHAMU)
• Transportar a vítima com vigilância dos sinais vitais e evolução do estado de consciência. Se
Nas vítimas conscientes e após a administração de açúcar muitas vezes não é necessário o
transporte ao hospital, no entanto esta decisão terá de ser assumida pelo médico.
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Quadro Resumo
Hiperglicémia Hipoglicémia
Excesso de açúcar ou défice de CAUSA Excesso de insulina ou défice
insulina de açúcar
Lento e progressivo INICIO Rápido e súbito
Fraqueza muscular, confusão, COMPORTAMENTO Agitação, irritabilidade,
sonolência e coma convulsões, confusão e coma
Cetónico, adocicado HÁLITO Normal
Seca e vermelha PELE Pálida, húmida e suada
Sim SEDE Não
Não FOME Sim
Habituais VÓMITOS Raros
A paragem ventilatória e a paragem cardíaca são as únicas situações que terão prioridade sobre esta.
Contudo, a paragem ventilatória e a existência de uma hemorragia abundante são ambas de tão
grande importância que, sempre que seja possível, um elemento deverá socorror a paragem
ventilatória enquanto outro elemento prestará cuidados à hemorragia. Regra geral a abordagem na
avaliação e tratamento segue a sequência ABCDE.
Um adulto com 75kg de peso tem cerca de 5,5 litros de sangue. A perda de 1 litro de sangue no
adulto de ½ litro na criança ou de 25 a 30 ml num recém-nascido pode levar rapidamente ao
choque. A gravidade da hemorragia depende de vários factores, como o tipo de vaso atingido
(artéria, veia capilar), da sua localização e do seu calibre. O corte do principal vaso sanguíneo do
pescoço, braço ou coxa pode causar uma hemorragia tão abundante que a pode surgir dentro dos
primeiros 3 minutos.
O sangue é vermelho vivo e sai em jacto, em simultâneo com cada contracção do coração. É
uma hemorragia muito abundante e de difícil controle.
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• Hemorragias Venosas(veias)
O sangue é vermelho escuro e sai de forma regular e mais ou menos constante. Não obstante
não ser tão dramática como a arterial, a hemorragia venosa poderá ser fatal se não for
detectada. De um modo geral, estas hemorragias são mais fáceis de controlar.
Têm uma cor intermédia (entre o vermelho vivo e o vermelho escuro) e o sangue sai
lentamente, devido á ruptura dos minúsculos vasos capilares de uma ferida. Estas
hemorragias são de fácil controle, podendo para espontaneamente.
por exemplo lesões no fígado e no baço. Por exemplo trauma da base do tórax esquerdo
pode indicar fractura do baço, com hemorragia intra abdominal o que constitui uma
emergência cirúrgica.
• Feridas penetrantes provocadas por armas de fogo ou por armas brancas (facas, navalhas,
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etc.)
As hemorragias internas podem ainda acontecer em situação de doença como é o caso de uma
úlcera no estômago. Neste caso existem habitualmente sinais como hematemeses ou melenas.
• Hipotermia;
• Ansiedade e agitação;
• Inconsciência.
Perante o acima exposto, é importante perceber que não se deve esperar pelos sinais e sintomas
descritos, que muitas vezes são tardios, perante a existência de dúvida presumir lesão e hemorragia
e transportar até ao local de observação médica.
Hemorragia Externa
Em todas as emergências que envolvam hemorragias devem ser tomadas medidas decisivas e
rápidas. Existem 5 métodos para controlar hemorragias:
• Elevação do membro;
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• Aplicação de frio;
• Garrote
Pressão Directa
Também designada por compressão manual directa.
É o método escolhido para controle da maioria das hemorragias externas – cerca de 90%
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Nunca tapar o local da hemorragia, durante o transporte de modo a poder-se observar a evolução da
mesma.
Elevação do membro
Nas feridas ou lesões de um membro, deve aplicar uma compressa sob pressão e elevar o membro,
caso não haja fractura. A força da gravidade contraria a corrente sanguínea, a manutenção do
membro elevado auxiliará o controle da hemorragia.
Recordamos que este método é utilizado essencialmente em situações em que haja um objecto
estranho empalado ou suspeita de fractura no local.
Será portanto, um método alternativo à compressão indirecta quando esta não puder ser aplicada.
Aplicações Frias
O suso de compressas frias, ou se sacos de gelo protegidos por uma toalha ajuda a diminuir a perda
de sangue, uma vez que provoca a vasoconstrição dos vasos.
Nas contusões, e outros tipos de lesões traumáticas, as aplicações frias diminuem a dor, e edema e a
aparecimento de processos inflamatórios locais.
O uso prolongado de sacos de gelo não deve ser feito, pois dificulta a circulação e leva a lesões
dos tecidos (queimaduras de frio).
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Garrote
O garrote só deve ser utilizado em situações extremas, em que todos os outros métodos de
controle de hemorragias não são eficazes, como nos casos de destruição completa de um membro
ou amputação com grave hemorragia.
Trata-se do ultimo recurso a ser utilizado sendo que, mesmo no caso de amputação, a metodologia
preconizada é a compressão directa desde que seja possível.
Também poderá ser utilizado em situações múltiplas vítimas, quando existem insuficiência de
meios humanos.
Assim quando o aplicar, deve retirar a roupa do membro amputado não esquecendo que uma vez
aplicado, não deve ser aliviado.
Pro segurança deverá sempre deixar o membro garrotado bem à vista e marcar a hora da
garrotagem.
O garrote preferencialmente não deve ser elástico e deve ser sempre largo.
Hemorragia Interna
Habitualmente a suspeita de hemorragia interna baseia-se no conhecimento do mecanismo do
trauma e nos achados encontrados no exame da vítima.
Não esquecer que as hemorragias internas podem ou não apresentar sinais externos de saída de
sangue pelos orifícios naturais (nariz, boca, ouvidos, ânus, vagina, uretra) não obstante terem a sua
origem fora do alcance dos nossos olhos.
Nota: estas hemorragias só podem ser controladas pela cirurgia, no entanto à que aplicar alguns
cuidados de emergência no local, designadamente:
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Aplicar frio na área suspeita, e imobilizar a zona. A sua completa imobilização poderá diminuir o
progresso hemorrágico, mas o frio em excesso poderá provocar lesões graves na pele.
• Controlar a hemorragia;
• Transportar para a unidade de saúde adequada mantendo a vigilância apertada dos sinais
vitais;
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Os seguintes passos ilustram como colocar uma vitima em posição lateral de segurança:
1. Ajoelhe-se ao lado da vítima, volte-lhe a cabeça para si e incline-a para trás para lhe abrir as
vias respiratórias.
2. Estenda ao longo do corpo da vítima o braço que ficar mais perto de si. cruze o outro braço
sobre o peito. Cruze a perna mais afastada sobre a que está mais próxima.
3. Ampare a cabeça da vítima com uma das mãos e com a outra agarre-a pela anca mais
afastada
5. Puxe a testa da vítima para trás, de modo a que a garganta fique direita. Assim, as vias
respiratórias manter-se-ão desimpedidas, o que permite que a vítima respire livremente.
6. Dobre o braço que fica mais próximo de si para lhe sustentar o tronco. Dobre a perna mais
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próxima para servir de apoio ao abdómen. Retire o outro braço de debaixo do corpo.
Agarre-a pela roupa à altura das ancas com ambas as mãos e vire-lhe o corpo contra os seus joelhos.
Se possível peça ajuda a uma segunda pessoa para que ampare a cabeça da vítima enquanto faz
rolar o corpo.
Quando há fractura de um braço ou de uma perna ou por qualquer motivo esse membro não puder
ser utilizado como apoio da vítima na posição lateral de segurança, coloque um cobertor enrolado
debaixo do lado ileso da vítima, o que elevará o corpo desse lado e deixará as vias respiratórias
desimpedidas
Os passos aqui apresentados são apenas referenciais, podendo existir várias maneiras de colocar
uma vítima em PLS.
Lesões Ambienciais
Golpe de calor
Esta situação é causada pela acção do calor mas na presença de humidade atmosférica, ou seja, é
uma situação desencadeada pela exposição do indivíduo ao calor húmido.
Surge quando o indivíduo é exposto a ambientes muito quentes e também muito húmidos,
especialmente quando o arejamento é ineficaz. Acontece sobretudo em fundições de matais,
padarias e lavandarias.
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transpiração excessiva;
• Hipóxia, ou seja, falta de oxigénio, originada sobretudo pelas deficientes trocas gasosas,
Sinais e Sintomas
• Cãibras;
• Vertigens;
• Palidez;
• Hipotensão;
Actuação
• Manter uma atitude calma e segura;
• Oxigenoterapia a 3 l/m;
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Insolação
Esta situação é causada pela exposição prolongada do indivíduo ao calor em ambiente com pouca
humidade atmosférica, ou seja, na presença de calor seco.
Surge habitualmente quando existe uma exposição prolongada a um ambiente quente e bastante
seco, como por exemplo, no caso dos atletas num ginásio ou exposição prolongada ao sol.
Por vezes esta situação surge da evolução do golpe de calor após a falência do mecanismo de
transpiração.
Sinais e Sintomas
• Hipertermia;
• Agitação;
• Convulsões;
Actuação
• Manter uma atitude calma e segura;
• Retirar a vítima do ambiente hostil, nomeadamente através da sua remoção para um local
fresco e arejado;
• Oxigenoterapia a 3 l/m;
• proceder ao arrefecimento corporal, pela colocação de compressas húmidas nas axilas, testa
e virilhas;
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Ricardo Viegas ---------------------------------------------------------------------- Noções de Socorrismo
A extensão da lesão está directamente relacionada com a intensidade do frio e tempo de exposição
pelo que as extremidades, tal como os pés, mão orelhas nariz, são as primeiras zonas a serem
afectadas.
Sinais e sintomas
• Edema (inchaço);
• Rubor (vermelhidão);
• Comichão;
• Nos casos mais graves em que já houve congelamento dos tecidos, pode surgir dor local,
Actuação
As lesões pelo frio não devem ser menosprezadas dado o perigo de destruição dos tecidos e de
lesões irreversíveis do tecido nervoso. Assim se existe congelamento deve:
• Não esfregar as áreas afectadas, isso pode contribuir para a destruição dos tecidos;
• Ter em atenção que o descongelamento provoca dor intensa, sintomatologia que se irá
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• Oxigenoterapia a 3 l/m;
Hipotermia
Outra situação que pode surgir é um abaixamento anormal da temperatura ou seja a hipotermia.
Esta situação, pode acontecer por exposição prolongada ao frio, imersão em água muito fria, ou
qualquer outra situação em que se dê uma baixa acentuada da temperatura em todo o corpo.
Sinais e Sintomas
• Pele pálida;
• Hipotermia;
• Inconsciência
• Pulso fraco
Actuação
• Manter uma atitude calma e segura;
• Oxigenoterapia a 3 l/m;
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Intoxicações
É importante abordar sempre as vítimas de intoxicações com o máximo de protecção(luvas de latex,
etc.) pois alguns venenos são transmissíveis pela pele.
Colheita de dados
Perante uma suspeita de intoxicação, é importante a recolha de informação a qual se deve basear na
nomenclatura CAHMU.
• O quê;
• Quanto;
• Quando;
• Onde;
• Quem;
• Como.
Pro outras palavras deve permitir a caracterização do tóxico, do intoxicado e das condições de
intoxicação.
Caracterização do tóxico
Devemos averiguar o nome do ou dos produtos, e se não os soubermos, tentar indagar a utilidade, a
cor, o cheiro, a forma, qual o local da intoxicação: em casa (quarto, cozinha, casa de banho) no
campo, na fábrica, etc., pois estes dados podem ajudar a caracterizar o produto.
Caracteristicas do intoxicado
• Idade;
• Sexo;
• Gravidez;
• Doenças prévias (renal, cardíaco, diabético, hipertenso, epiléptico, doente psiquiátrico, etc.)
Condições da intoxicação
• Quantidade do tóxico
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• Hora da intoxicação
Exame do Intoxicado
• Pulso
• Ventilação
• Pressão arterial
• Temperatura
• lesões oculares;
• hálito;
• vómito;
• convulsões;
• etc.
Uma vez na posse de todos os elementos anteriormente referidos, será conveniente estabelecer
contacto com o CIAV (centro informação anti-venenos) ou através do CODU (Centro de orientação
de doentes urgentes) antes de providenciar o transporte ou executar eventuais medidas de urgência
que poderão ser intempestivas.
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• Protetor solar
• Repelente
• Vaselina esterilizada
• Tesoura pequena
• Pinça
• Termómetro
Existem alguns kits já prontos com malas de primeiros socorros que se compram em
supermercados, em lojas da especialidade ou até mesmo lojas auto, podendo e devendo ser
adaptados às condições existentes e às necessidades.
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Contactos úteis
É sempre importante existir uma lista de contactos úteis que deverá estar em lugar acessível e
visível a toda a gente, nessa lista é importante que constem pelo menos os seguintes números de
telefone:
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