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abstrativas A história da arte está marcada por uma seqüência de

representações da figura humana. Muitas vezes


predomina uma simbologia independente de cor, sexo,
classe formatada a partir da cabeça, tronco e
membros. Perante tal identidade, em qualquer tempo,
qualquer vivente ou já vivido acessa instantaneamente
seus significados, mitos e compreensões.
Glaycon Michels em "Aspectos históricos da
cineantropometria - do mundo antigo ao
renascimento": "Historicamente, critérios estéticos
tiveram influência sobre o desenvolvimento da
identidade pessoal e social durante todas as épocas.
Em torno do corpo humano sempre existiram e
existirão mitos que, baseados em ficções alegóricas,
identificam um estado físico determinado com imagens
subjetivas que não sempre têm relação com a estética.
Além disso, as modas mudam e a definição do belo e
saudável pode encarnar-se primeiro no que hoje
consideramos obesidade (A Dama de Bazalote,
Homem vitruviano de Leonardo pinturas de Peter Paul Rubens, Maya Desnuda de
Goya..., separadas no tempo), para séculos depois,
fazê-lo na magreza e nas décadas seguintes na
musculosidade".
Edgar Morin em "A Necessidade de um Pensamento
Complexo": "O conhecimento deve, certamente,
utilizar a abstração, mas buscando organizar-se com
referência ao contexto. A compreensão de dados
particulares exige a ativação da inteligência geral e a
mobilização de conhecimentos conjuntos. Marcel
Mauss afirmava: "torna-se necessário recompor o
todo". Acrescentamos: torna-se necessário mobilizar o
todo. Decerto, tanto é impossível conhecer tudo do
mundo, como compreender suas multiformes
transformações. Mas, ainda que seja aleatório e difícil,
deve-se tentar o conhecimento dos problemas-chave
do mundo sob pena de imbecilidade cognitiva. E ainda
mais porque o contexto, atualmente, de todo o
conhecimento político, econômico, antropológico,
ecológico etc. é o próprio mundo. Trata-se de um
problema universal para todo cidadão: como adquirir a
possibilidade de articular e organizar as informações
sobre o mundo? Mas, para articulá-las e organizá-las,
Paleta Palmer egípcia
faz-se necessária uma reforma do pensamento".
abstrativas Segundo Rosa Olivares o olhar humano é o instrumento que
mais fragmenta as imagens: "... a arte se faz basicamente com o
olhar; por isso a história da arte, a história das imagens, sagradas
ou artísticas, é repleta de fragmentos de corpos".
Cheng, Liang Yee, em "Visão Histórica como Fator de Motivação
no aprendizado da Teoria Geral das Projeções" cita: "A história
da Teoria Geral das Projeções se confunde com a evolução da
arte e da ciência, a evolução dos métodos para se representar o
espaço narrativo e o desenvolvimento intelectual dos seres
humanos quanto à noção e representação das formas e do
espaço físico. Cada uma das civilizações da história da
humanidade nos deixou suas contribuições às técnicas de
comunicação gráfica e à nossa capacidade de compreender o
mundo. Segundo os historiadores, o Homem descobriu a forma
na era neolítica quando passaram a usar objetos polidos e com
formas características. Já na idade de bronze e de ferro,
predominavam as formas geométricas semelhantes às
Olho humano encontradas nos adornos cerâmicos, motivos decorativos e
abóbadas dos incas, astecas e maias e nas pinturas aborígenes
modernas".
Adilson Xavier da Silva, mestre e doutor em Filosofia, em "Michel
Foucault e os limites da representação: a história e o homem":
"Para Michel Foucault a constituição das novas ciências
positivas, a aparição da literatura sobre a literatura, o
redescobrimento da filosofia sobre seu próprio devir, a
emergência da história, são outros tantos signos deste
acontecimento fundamental que outros campos abriram para
revelar as aporias do conhecimento. Acontecimento que no nível
em que os conhecimentos se arraigam em sua positividade,
concerne à relação da representação com o representado. As
coisas e as representações se separam e deixam de ter um
espaço de ordem comum, o ser mesmo do representado sai fora
da representação. Na episteme moderna aparece, então, a
Vênus Willendorf possibilidade de uma filosofia transcendental, justamente
porque as sínteses das representações já não podem confinar-
se ao espaço mesmo das representações. ... O conhecimento do
homem não corresponde de modo algum àquela busca mais
antiga, pois ele "envelheceu tão depressa que facilmente se
imaginou que ele esperava na sombra, durante milênios, o
momento de iluminação em que seria enfim conhecido".
As Abstrações Figurativas de Lucy produzem significados
contemporâneos de uma humanidade complexa, extrapolando o
convencional. A questão não está na escultura da figura e na
pintura do fundo. Está na representação do humano como ente
de um processo vivencial profundamente questionado,
criticado, compromissado. A proposta é provocar, contrapor,
gritar, explorar. Não há um sentido e sim, diversos. Não há uma
direção e sim, múltiplas. As composições acessam universos
emocionais (pai, mãe, filho, cor, amizade, divindade,
relacionamento, conflitos, amores, sonhos).
Quase contra-senso, a abstração figurativa tem senso.
Orquiza, José Roberto, escritor
Davi, Michelangelo Buonarroti
abstrativas

Amizade
Acrílico sobre tela, tecido, resina
30 x 30 cm
Abril/2008
Registro: 100
Lucy Orquiza
abstrativas

Amor Materno
Acrílico sobre tela, tecido, resina
30 x 30 cm
Março/2008
Registro: 099
Lucy Orquiza
abstrativas

Amore Massimo
Acrílico sobre tela, tecido, resina
30 x 30 cm
Abril/2008
Registro: 095
Lucy Orquiza
abstrativas

É tão bom ser criança


Acrílico sobre tela, tecido, resina
30 x 30 cm
Abril/2007
Registro: 097
Lucy Orquiza
abstrativas

Estamos Grávidos
Acrílico sobre tela, tecido, resina
30 x 30 cm
Maio/2008
Registro: 101
Lucy Orquiza
abstrativas

Infinito
Acrílico sobre tela, tecido, resina
30 x 30 cm
Abril/2008
Registro: 103
Lucy Orquiza
abstrativas

Negros
Acrílico sobre tela, tecido, resina
30 x 30 cm
Maio/2007
Registro: 098
Lucy Orquiza
abstrativas

Mímese
Acrílico sobre tela, tecido, resina
25 x 25 cm
Fevereiro/2007
Registro: 090
Lucy Orquiza
abstrativas

Sacrifício
Acrílico sobre tela, tecido, resina
25 x 25 cm
Fevereiro/2007
Registro: 091
Lucy Orquiza
abstrativas

Singelo
Acrílico sobre tela, tecido, resina
30 x 30 cm
Março/2007
Registro: 092
Lucy Orquiza
abstrativas

Uma flor para a platéia


Acrílico sobre tela, tecido, resina
30 x 30 cm
Agosto/2007
Registro: 096
Lucy Orquiza
abstrativas

Varal
Acrílico sobre tela, tecido, resina
30 x 30 cm
Dezembro/2007
Registro: 094
Lucy Orquiza
abstrativas

Lucy Orquiza (Maria Lúcia)


Rua Dr. Nelson Lins de Albuquerque, 134 - Bom Retiro
Fone: 41-3338-8104, 8808-2150, 9213-8450
E-mail: workisa@hotmail.com
80520-430 - Curitiba - Paraná - Brasil

Biografia
Nasceu em Curitiba, 8 de abril. Desde pequena se destacou em desenho e artes em
geral. Formou-se em Enfermagem. A partir de 1986 começou a catalogar suas obras.
Estudou desenho, pintura, cerâmica, história da arte e fusing em vidro.

Exposições
Dezembro 2007 - Coletiva do Museu Alfredo Andersen, Curitiba
Fevereiro 2007 - Coleção Cerco Coletivo, Museum XXI, Lapa
Dezembro 2006 - Coletiva do Museu Alfredo Andersen, Curitiba
Dezembro 2005 - Coletiva do Museu Alfredo Andersen, Curitiba
Maio 2005 - Individual InterEgo no Colégio Estadual Prieto Martinez, Curitiba
Abril 2005 - Individual InterEgo, no Espaço de Arte do Mercado Municipal, Curitiba
Dezembro 2004 - Coletiva do Museu Alfredo Andersen, Curitiba
Dezembro 2003 - Coletiva do Museu Alfredo Andersen, Curitiba
Outubro 2002 - Coletiva, no Memorial, Curitiba

Imprensa
Fevereiro 2007 - Matéria sobre o Museu de Rua publicada em jornais

Cursos
2001 - Desenho no Museu Alfredo Andersen, Curitiba
2002 - Pintura no Museu Alfredo Andersen, Curitiba
2003 - Cerâmica no Museu Alfredo Andersen, Curitiba
2004 - Pintura no Museu Alfredo Andersen, Curitiba
2005 - Cerâmica no Museu Alfredo Andersen, Curitiba
2006 - História da Arte no Museu Alfredo Andersen, Curitiba
2007 - Fusing em Vidro no Museu Alfredo Andersen, Curitiba

Destaque
Fotos: Phillip Orquiza 2007 - Obra no acervo do Museum XXI

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