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BIOMASSA

ALUNOS: FABIANO ASTOLFI BORGERT


ALAN JOSÉ CARDOSO
ALEX JOSÉ CARDOSO
PROFESSOR: CARLOS
Biomassa - Introdução
Entende-se por biomassa, como todo o tipo de matéria utilizada na produção de
energia a partir de processos como a queima de matéria orgânica produzida
num ecossistema. Dessa matéria produzida, apenas uma parte pode ser
utilizada como biomassa, devido ao que absorvido pelo próprio ecossistema
para a sua manutenção.

As vantagens deste tipo de combustível são o custo reduzido, o fato de ser


renovável e de permitir o reaproveitamento de resíduos que de outra forma
seriam desperdiçados sem qualquer tipo de aproveitamento. A queima deste
tipo de resíduos é também menos poluente do que a queima dos combustíveis
fosseis convencionais como o petróleo e o carvão mineral.

Este tipo de energia é considerado renovável por dois motivos: por a produção
de matéria-prima ser considerada teoricamente inesgotável e porque o balanço
de emissões de CO2 para a atmosfera ser nulo (o que é libertado na queima é
igual ao que a árvore absorveu durante a sua vida).

A lenha é utilizada para produção de energia por biomassa. Este tipo de


combustível tem como vantagem a sua abundância e o fato de estar
uniformemente distribuída pelo país. Podem também ser utilizadas como
matérias-primas as aparas de madeira, papel, restos de limpeza das florestas ou
embalagens de papelão.

Para além da queima direta deste tipo de produtos, existem outros que são
obtidos através de processos químicos ou naturais. O biodiesel, por exemplo,
derivado de cereais, é utilizado como substituto do gasóleo nos automóveis
convencionais. O outro tipo de aproveitamento da biomassa está na produção
de biogás, nomeadamente metano, que é produzido nas ETAR (estações de
tratamento de águas residuais) ou em aterros sanitários. Também com um
elevado grau de implantação está o bioetanol, extraído à base da cana-de-
açúcar, milho ou beterraba e tem uma grande aceitação no Brasil, Estados
Unidos da América e França respectivamente.

Tipos de Biomassa

Este tipo de energia orgânica inicia o seu ciclo através da fotossíntese, onde as
plantas capturam a energia do sol e transformam-na em energia química. Essa
energia pode então ser convertida em várias outras formas de energia:
eletricidade, calor ou combustível. As fontes orgânicas que são usadas para
produzir energia usando este processo de conversão são chamadas de
biomassa.

Estão incluídos também nesta classificação os efluentes provenientes da


indústria agro-pecuária, agro-industriais e urbanos. A energia consumida
proveniente de recursos renováveis representa já cerca de 20% do total
consumido mundialmente, sendo que desses, 14% correspondem à produção por
biomassa.

Podemos então considerar 3 áreas dentro do aproveitamento de biomassa:

- Biomassa sólidos - Bicombustíveis gasosos - Bicombustíveis líquidos

1. Biomassa sólida

Têm como fonte os produtos e resíduos da agricultura (incluindo substâncias


vegetais e animais), os resíduos da floresta e das indústrias conexas e a facção
biodegradável dos resíduos industriais e urbanos. Quanto à biomassa sólida, o
processo de conversão ou aproveitamento de energia, passa primeiro pela
recolha dos vários resíduos de que é composta, seguido do transporte para os
locais de consumo, onde se faz o aproveitamento energético por combustão
direta.

Vantagens: - Baixo custo de aquisição; - Não emite dióxido de enxofre; - As


cinzas são menos agressivas ao meio ambiente que as provenientes de
combustíveis fósseis; - Menor corrosão dos equipamentos (caldeiras, fornos); -
Menor risco ambiental; - Recurso renovável; Desvantagens: - Menor poder
calorífico; - Maior possibilidade de emissões de partículas para a atmosfera. Isto
significa maior custo de investimento para a caldeira e os equipamentos de
redução de emissões de partículas (filtros, etc.) - Dificuldades no stock e
armazenamento.

2. Bicombustíveis gasosos

Tem origem nos efluentes agro-pecuários, da agroindústria e urbanos (lamas


das estações de tratamento dos efluentes domésticos) e ainda nos aterros de
RSU (resíduos sólidos urbanos).

Este resulta na degradação biológica anaeróbica da matéria orgânica contida


nos resíduos anteriormente referidos e é constituído por uma mistura de metano
(CH4) em percentagens que podem variar entre os 50% e os 70% sendo o
restante dióxido de carbono (CO2).

Existem vários tipos de aplicações dos bicombustíveis nomeadamente em


grupos de cogeração onde o gás produzido pela ETAR ou aterro sanitário é
usado para produção de energia elétrica.

3. Bicombustíveis líquidos

Existe uma série de bicombustíveis líquidos com potencial de utilização, todos


com origem nas chamadas “culturas energéticas” respectivas do país de
origem. São disso exemplos: - Biodiesel (éter metílico): obtido principalmente a
partir de óleos de girassol, por um processo químico chamado
transesterificação. - Etanol: É o mais comum dos alcoóis e caracteriza-se por ser
um composto orgânico, incolor, volátil, inflamável, solúvel em água, com cheiro
e sabor característicos. Produzido a partir da fermentação de hidratos de
carbono (açúcar, amido, celulose), com origem em culturas com a cana-de-
açúcar ou por processos sintéticos. - Metanol: Os processos de produção mais
comuns são de síntese a partir do gás natural, ou ainda a partir da madeira
através de um processo de gaseificação. Os bicombustíveis (biodiesel, etanol,
metanol) podem ser utilizados na substituição total ou parciais como
combustíveis para veículos motorizados.

No caso do biodiesel, a sua utilização, com uma percentagem até 30%, é


possível em motores diesel convencionais, sem necessidade de qualquer
alteração mecânica ao nível do motor. A sua utilização numa proporção de 100%
na mistura obriga à produção de motores especialmente preparados para o
efeito.

O etanol ocupa um lugar de destaque no mercado brasileiro, com cerca de 43%


dos veículos motorizados a funcionar a etanol. No entanto, existem algumas
desvantagens que continuam por ultrapassar na produção deste tipo de
combustível, tais como: - A queima da palha do canavial, visando o aumento da
produtividade e redução de custos de transporte, tem conseqüências para o
ambiente, ao libertar dióxido de carbono, ozono, compostos de azoto e de
enxofre (responsáveis pelas chuvas ácidas); - A produção de efluentes do
processo industrial da cana-de-açúcar, os quais devem ser tratados e se
possível, reaproveitados na forma de fertilizantes.
Contexto Histórico
Não podemos discutir as questões geopolíticas relacionadas ao biodiesel sem
fazermos antes uma retrospectiva histórica analítica na dinâmica de
desenvolvimento da matriz energética mundial, onde elas estão inseridas.
Os combustíveis fósseis (carvão mineral, gás natural e petróleo), formam a
base da matriz energética do mundo pós-revolução industrial (séc. 19), até os
dias de hoje. Porém, tanto a localização geográfica de suas reservas, como a
sua condição de não-renovável e os impactos ambientais (efeito estufa e chuva
ácida) provocados pela emissão de gases poluentes, decorrentes de sua
utilização, hoje, formam um conjunto de fatores que pode ser visto como
desvantagem na utilização dos combustíveis fósseis.
A meta cada vez maior de redução na emissão de gases poluentes, criada por
pressões globais somadas às desvantagens apresentadas pelos combustíveis
fósseis, a questões econômicas e sociais, torna ainda maior a necessidade do
desenvolvimento e uso de combustíveis alternativos. O Brasil apresenta, nesse
contexto, o maior potencial para apresentar alternativas viáveis para substituir
os combustíveis derivados de petróleo com fontes renováveis antes que o
aquecimento do planeta afete a economia e a crescente escassez da fonte de
combustível fóssil leve a aumentos ainda maiores de preço.
O uso, por exemplo, da biomassa já é uma realidade em nosso país desde as
décadas de 70 e 80 onde, impulsionadas por uma grande crise de
abastecimento de petróleo (1973-1974), foram criados os programa Pró-álcool
e o Pró-óleo, este segundo foi abandonado, mesmo antes de ser implementado,
devido à normalização do mercado de abastecimento internacional do petróleo.
“Nenhuma outra terra do mundo tem potencial igual ao do Brasil para a
produção de óleo vegetal” nos lembra Dietrich Schmidt, estudioso dos
combustíveis brasileiros desde a década de 60. Segundo Gazzoni, o Brasil
possui potencial para dominar os três ramos do mercado de biomassa: produtos
florestais; combustíveis líquidos (biodiesel etanol e metanol); e energia elétrica
(queima de resíduos e dejetos). "Entre as culturas beneficiadas estão as de alto
teor de carboidratos (cana-de-açúcar, milho, mandioca), as oleaginosas (soja,
girassol, colza, palmáceas) e as essências florestais (eucalipto, pinus)".
Rudolf Diesel inventou, em 1895, um motor de injeção indireta que funcionava
à base de uma variedade de óleos vegetais. O motor explodiu e quase o matou,
mas ele provou que o combustível poderia ser inflamado sem uma centelha.
Sua invenção foi apresentada em 1900 na Exposição Universal de Paris.
Utilizava óleo de amendoim, óleo cru (petróleo filtrado) e óleo de peixe como
combustível. Como podemos ver, então, o motor Diesel, no seu nascimento,
não era para o óleo Diesel, este derivado de petróleo que conhecemos. Na
realidade, o motor Diesel nasceu e foi concebido para combustíveis mais
baratos que aqueles que eram usados até então, dentre os quais os óleos
vegetais.
A designação “motor a diesel” é homenagem a Rudolf Diesel.
O desenvolvimento do motor ciclo Diesel com injeção direta, sem pré-câmara,
ocorreu simultaneamente ao do combustível derivado de petróleo, sujo e
grosso, que ficou conhecido como “óleo Diesel”. A disseminação desses
motores se deu na década de 50, com a forte motivação de rendimento muito
maior, resultando em baixos consumos de combustível. Além dos baixos níveis
de consumos específicos, os motores Diesel, modernos, produzem emissões, de
certa forma aceitáveis, dentro de padrões estabelecidos.
A evolução tanto dos motores a Diesel como do próprio Diesel passaram a ser
barreiras técnicas para a utilização do óleo vegetal como combustível
(deposição de resíduos de carbono nos motores) e, juntamente com biodiesel,
tiveram seu uso descartado devido aos crescentes ganhos da indústria
petroquímica, tornando seus preços imbatíveis.
As experiências com alternativas de combustíveis não são recentes,
comprovando a preocupação dos agentes com o eventual esgotamento das
reservas petrolíferas. As primeiras experiências com o uso comercial do
biodiesel na Europa com o uso de combustível de óleo vegetal para fins
comerciais: ônibus de passageiros da linha Bruxelas-Lovaina/BEL, onde foi
concedida a primeira patente a combustíveis obtidos a partir de óleos vegetais
(óleo de palma), a G. Chavanne. Patente 422.877. Inúmeros registros de uso
comercial na “frota de guerra” de combustíveis obtidos a partir de óleos
vegetais. Durante os anos da Segunda Guerra Mundial.
Em 1923 Joaquim Bertino de Morais Carvalho em palestra dada no Clube de
Engenharia do Rio de Janeiro trás o assunto a tona pela primeira vez Brasil (Sá
Filho et al. 1979). Na década de 1940, há registro de ensaios realizados pelo
Instituto Nacional de Tecnologia - INT e outros órgãos governamentais
utilizando diversas oleaginosas.
Nos anos 60, o Conde Francisco de Matarazzo, por meio das indústrias
Matarazzo, buscava produzir óleo através dos grãos de café. Para tanto,
usavam na lavagem do café para a retirada de suas impurezas, impróprias para
o consumo humano, o álcool da cana de açúcar. A reação entre o álcool e o óleo
de café resultou na liberação de glicerina, redundando em éster etílico que
nada mais é do que hoje é conhecido por biodiesel, usado para a
movimentação de motores a Diesel. Tornando-se, portanto, o pioneiro do uso de
bicombustíveis no Brasil.
A importância que o petróleo adquiriu pode ser dimensionada na década de 70,
com os adventos do choques mundiais do petróleo (1973 e 1979), que
elevaram de forma vertiginosa os preços do óleo chegando, em alguns casos, a
300%. Essa crise motivou a volta da pesquisa sobre alternativas de fontes de
combustão para motores de origem não fóssil ou vegetal.
A partir dessa grande crise o homem passou a reconhecer a importância das
energias, fazendo deste grande marco na história energética do Planeta, a
alavanca para os estudos de novas alternativas para conservação ou economia
de energia bem como o uso de fontes alternativas para uso em substituição dos
combustíveis fósseis.
No Brasil, a crise do açúcar somou-se à do petróleo e deu impulso ao programa
de governo denominado Pró-Álcool. O Professor José Walter Bautista Vidal-
secretário de Tecnologia Industrial - junto com uma equipe técnica de primeira
linha, começam a adaptar motores para o uso de combustíveis de origem
vegetal, alternativos aos combustíveis fosseis.
Em 1975 implementou-se, com tecnologia 100% nacional, o Proálcool, que
tinha como objetivo, além de oferecer alternativas aos produtos derivados do
petróleo, o uso de energia renovável obtidas por meios não agressivos ao meio
ambiente.
Contudo, somente a partir de 1979 o Brasil, de forma mais ousada, eleva a
meta de produção do Proálcool para 7,7 bilhões de litros em cinco anos. O
governo financia a produção em patamares que chegavam a cobrir até 80% do
investimento fixo para destilarias à base de cana-de-açúcar e até 90% para
destilarias envolvendo outras matérias-primas, como a mandioca, sorgo
sacarino, babaçu, e outros. Já na parte agrícola, chegava a cobrir até 100% do
valor orçado. O Estado tinha como metas, ao implementar o Proálcool,
aumentar a produção de alimentos e exportáveis do setor rural, estabilizando e
equilibrando, assim, as contas internas e externas, e passar para a agricultura,
grande importadora de petróleo, a responsabilidade de tentar superar a crise
do produto que afetara profundamente o Brasil.
Previa-se uma mistura de 30% de óleo vegetal no óleo diesel, com perspectivas
para sua substituição integral em longo prazo. O lobby canavieiro garantiu o
Proálcool, mas o desenvolvimento de outros combustíveis alternativos não teve
a mesma sorte, apesar dos fatores agroclimáticos, econômicos e logísticos
positivos. O Brasil passou a produzir álcool em grande escala e, em 1979,
quase que 80% da frota de veículos produzida no país eram com motores a
álcool.
Porquanto o Brasil parava com os estudos sobre combustíveis alternativos, a
Comunidade Econômica Européia investia, com sucesso, na pesquisa de
combustíveis alternativos vegetais, entre eles o biodiesel a partir do óleo de
canola (colza - Brassica napus L. var. oleifera). Na Malásia e nos Estados Unidos
a palma e soja, respectivamente, foram testadas com sucesso.
A década de 80 chega com uma nova realidade na economia mundial, o preço
do petróleo cai a patamares bem mais realistas, deixando de criar pressão para
economizar energia. O Proálcool, fica de lado nas políticas governamentais e
por pressões internacionais, temerosos da independência energética do Brasil,
o programa foi paralisado. Se o programa não tivesse sido interrompido, hoje,
com toda certeza, seríamos independentes dos combustíveis fósseis e talvez
não tão submissos aos organismos econômicos internacionais.
Em 1980 é feito o depósito da 1ª Patente de Biodiesel no Brasil (PI 8007957)-
Dr. Expedito Parente. Em 1988 a Áustria e a França dão início da produção de
biodiesel, sendo este o primeiro registro do uso da palavra “biodiesel” na
literatura
A American Soybean Association (ASA) promoveram no final dos anos noventa,
através de doação de biodiesel feito a partir do óleo de soja, testes em frotas
de ônibus no Brasil. Na época, por interesse de conter o crescente avanço
brasileiro no mercado mundial de soja, dotando o Brasil de uma alternativa
para o uso do óleo de soja. O projeto não foi adiante devido a uma
característica mundial do mercado de soja, que é o de ter no óleo de soja
apenas um subproduto sendo o farelo de soja o verdadeiro filão desta
commodity.
A partir de 1998 os setores de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) retomaram
os projetos para uso de biodiesel no Brasil e já em dezembro de 2003 o
governo instituiu através de decreto a Comissão Executiva Interministerial (CEI)
e o Grupo Gestor (GG), encarregados da implantação das ações para produção
e uso do biodiesel.
Estes lançaram em dezembro de 2004 o Programa de Produção e uso do
biodiesel.
Em janeiro de 2005 foi sancionada a Lei 11.097, que dispõe sobre a introdução
do biodiesel na matriz energética brasileira, estabelecendo percentuais
mínimos de mistura de biodiesel. Para o período que vai de 2005 a 2007,
estipulou se a adição de 2% de biodiesel ao diesel mineral em caráter auto-
relativo. De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o
consumo aparente de óleo diesel no Brasil em 2004 foi de 40.882,44 mil m3,
sendo assim, pode se esperar um mercado potencial de 820 milhões de litros
por ano, para o período citado acima. De 2008 a 2012, estes 2% tornam se
obrigatórios o que vai gerar uma necessidade de mercado de
aproximadamente 1bilhão de litros por ano. A partir de 2013, torna se
obrigatório a adição de 5% de biodiesel ao diesel, o que significa um mercado
de aproximadamente 2,4 bilhões de litros. De acordo com o Ministério de Minas
e Energia, a perspectiva é de que 50% da produção de biodiesel no Brasil sejam
de mamona.
A atual crise do petróleo não é resultado das tensões geradas por alguns países
árabes em conflito com potências ocidentais, mas um problema de aumento da
demanda e falta de estoques.
O crescimento acelerado no mundo principalmente nos EUA e na China, aliado
ao reaquecimento da economia mundial e às baixas cotações que o produto
vinha apresentando nos últimos dez anos, gerou um forte aumento do consumo
de derivados de petróleo.
Este aumento no consumo de derivados de petróleo juntamente com os fatores
que dele advém como efeito estufa, guerra, desenvolvimento do setor primário
e fixação do homem no campo, fazem com que o investimento na pesquisa,
produção e divulgação do biodiesel venham se espalhando por todo o país
através de feiras, encontros, palestras, seminários e outros meios.
· 2002: Alemanha ultrapassa a marca de 1milhão ton/ano de produção;
· 08/2003: Portaria ANP 240 estabelece a regulamentação para a utilização de
combustíveis sólidos, líquidos ou gasosos não especificados no País;
· 12/2003: DECRETO do Governo Federal Institui a Comissão Executiva
Interministerial (CEI) e o Grupo Gestor (GG), encarregados da implantação das
ações para produção e uso de biodiesel;
· 24/11/2004: Publicadas as resoluções 41 e 42 da A.N.P, que instituem a
obrigatoriedade de autorização deste órgão para produção de biodiesel, e que
estabelece a especificação para a comercialização de biodiesel que poderá ser
adicionado ao óleo diesel, na proporção 2% em volume;
· 06/12/2004: Lançamento do Programa de Produção e Uso do biodiesel pelo
Governo Federal;
· 13/01/2005: Publicação no D.O.U. da lei 11.097 que autoriza a introdução do
biodiesel na matriz energética brasileira;
· 22/02/2005: Instrução Normativa SRF nº 516, a qual dispõe sobre o Registro
Especial a que estão sujeitos os produtores e os importadores de biodiesel, e dá
outras providências.;
· 15/03/2005: Instrução Normativa da SRF nº 526, a qual dispõe sobre a opção
pelos regimes de incidência da Contribuição para o PIS/PASEP e da Cofins, de
que tratam o art. 52 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, e o art. 4º
da Medida Provisória nº 227, de 6 de dezembro de 2004;
· 24/03/2005: Inauguração da primeira usina e posto revendedor de Biodiesel
no Brasil (Belo Horizonte/MG);
Futuro
Políticas mundiais com relação ao biodiesel:
ü isenção de impostos na Europa e EUA;
ü incentivos da NASA e das Forças Armadas Americanas que consideram
oficialmente o biodiesel, um combustível de excelência para qualquer motor do
ciclo diesel;
ü entendimento da revolução no campo, na indústria, no ambiente, na
formação de renda, no nível de emprego, na oferta de alimentos e outros
derivados de oleaginosas após a extração do óleo, no impacto no preço
internacional, entre outros aspectos.

Materiais
• A lenha é muito utilizada para produção de energia por biomassa. No
Brasil, já representou 40% da produção energética primária. A grande
desvantagem é o desmatamento das florestas;
• Bagaço de cana-de-açúcar;
• Pó de serra;
• Papéis já utilizados;
• Galhos e folhas decorrentes da poda de árvores em cidades ou casas;
• Embalagens de papelão descartadas após a aquisição de diversos
eletrodomésticos ou outros produtos.
• Casca de Arroz.
• Capim elefante[1]

Produtos derivados da biomassa


Alguns exemplos de produtos derivados da
biomassa são:
• Bio-óleo: líquido negro obtido por meio do processo de pirólise cujas
destinações principais são aquecimento e geração de energia
elétrica.
• Biogás: metano obtido juntamente com dióxido de carbono por meio
da decomposição de materiais como lixo, alimentos, esgoto e esterco
em digestores de biomassa.
• Biomass-to-Liquids: líquido obtido em duas etapas. Primeiro é
realizado um processo de gasificação, cujo produto é submetido ao
processo de Fischer-Tropsch. Pode ser empregado na composição de
lubrificantes e combustíveis líquidos para utilização em motores do
ciclo diesel.
• Etanol Celulósico: etanol obtido alternativamente por dois processos.
Em um deles a biomassa, formada basicamente por moléculas de
célulose, é submetida ao processo de hidrólise enzimática, utilizando
várias enzimas, como a celulase, celobiase e β-glicosidase. O outro
processo é composto pela execução sucessiva das três seguintes
fases: gasificação, fermentação e destilação.
• Bioetanol "comum": feito no Brasil à base do sumo extraído da cana
de açúcar (caldo-de-cana). Há países que empregam milho (caso dos
Estados Unidos) e beterraba (da França) para a sua produção. O
sistema à base de cana-de-açúcar empregado no Brasil é mais viável
do que o utilizado pelo americano e francês.
• Biodiesel é feito do dendê, da mamona e da soja.
• Óleo vegetal: Pode ser usado em Motores diesel usando a tecnologia
Elsbett

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