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br
Ações para fortalecer o setor
E
m cumprimento existentes, de modo a não de flexografia.
da primeira etapa conflitar com elas. Como temos por norma
do que havíamos A segunda ação que temos planejar e analisar em pro-
antecipado em edições o prazer de anunciar marca fundidade e com cautela
recentes, temos a satisfa- o início das atividades da nossos empreendimentos,
ção de anunciar duas ini- Divisão de Livros e Fascí- acreditamos que tanto o
ciativas, entre outras que culos da Bloco de Comu- lançamento do prêmio
Wilson Palhares pretendemos levar a cabo nicação. Trata-se da edi- quanto a edição do livro,
até o final deste ano. A pri- ção do livro Flexografia – em seus respectivos for-
meira delas é o lançamento Manual Prático, de autoria matos finais, se consagra-
Enquanto as do P RÊMIO E MBALAGEM - de Eudes Scarpeta, articu- rão como duas contribui-
coisas caminham, MARCA – GRANDES CASES lista, conferencista e pro- ções positivas para o for-
DE E MBALAGEM , ideali- fissional atuante na área talecimento da cadeia da
continuamos
zado a partir de constan- técnica de grande indústria embalagem no Brasil. E,
trabalhando
tes sugestões de leitores, convertedora de embala- enquanto as coisas cami-
para em breve clientes e amigos. Na pági- gens flexíveis. A ser lança- nham, continuamos tra-
anunciar outras na 8 desta edição pode ser da no final de março, essa balhando para em breve
boas novidades vista uma apresentação do obra vem suprir em parte a anunciar outras boas novi-
ao mercado que será essa premiação, profunda falta de informa- dades ao mercado brasilei-
brasileiro de que deverá caracterizar-se ção que o autor constatou ro de embalagem. Aguar-
embalagem por ser diferente das já existir no país a respeito dem. Até abril.
nº 91 • março 2007
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br
8 Incentivo
EMBALAGEMMARCA lança pre-
miação para grandes cases
44 Marketing
Cervejas emergentes e tradicio-
nais investem em embalagens
Reportagem
redacao@embalagemmarca.com.br
Flávio Palhares
nacionais de embalagem maiores e menores
flavio@embalagemmarca.com.br
Guilherme Kamio
18 45
Plásticas Marcas guma@embalagemmarca.com.br
Bisnagas de itens de higiene General Brands, a dos refrescos Leandro Haberli Silva
pessoal e de cosméticos têm em pó, entra para valer leandro@embalagemmarca.com.br
cada vez mais hot stamping no segmento de sucos prontos
Departamento de Arte
arte@embalagemmarca.com.br
22
Reportagem de capa:
Celulósicas
Árdua tarefa: convencer
46 Metálicas
Com nova fábrica, Rexam quer
oferecer maior variedade de for-
Carlos Gustavo Curado
José Hiroshi Taniguti
30 Relacionamento
Como a sinergia favorece
54 Making of
Com embalagens requintadas,
molhos de restaurante incursio-
Circulação e Assinaturas
Marcella de Freitas Monteiro
Raquel V. Pereira
a produção da embalagem nam no varejo de auto-serviço assinaturas@embalagemmarca.com.br
convincente até para brinde Assinatura anual: R$ 99,00
34 Celulósicas
Cereal matinal utiliza cartu-
cho com janela em promo-
58 Entrevista:
Trevor Flannery
Inglês mapeia oportunidades
Público-Alvo
EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais
que ocupam cargos de direção, gerência
no Brasil para consul- e supervisão em empresas integrantes da
ção com jogo eletrônico cadeia de embalagem. São profissionais
torias britânicas
envolvidos com o desenvolvimento de
38
de design e traça
Mercado um quadro dos
embalagens e com poder de decisão colo-
Águas com sabor abrem cados principalmente nas indústrias de bens
problemas e das
um flanco potencial para de consumo, tais como alimentos, bebidas,
tendências do setor cosméticos e medicamentos.
embalagens inovadoras...
42
Filiada ao
Mercado
...assim como as versões
“zero”, moda que embala no
64 Índice de Anunciantes
Relação das empresas
que veiculam peças
mercado de refrigerantes publicitárias nesta edição
Cobertura do Emballage
A
versão em castelhano no sítio da revista Desenvolvimento de Embalagens
na Web. Quero felicitá-los pelo artigo O Boticário reportagem intitulada Chegando
Tendências e Perspectivas para 2007 São José dos Pinhais, PR para ficar, sobre as garrafinhas com
no mercado brasileiro de embalagens. doses individuais, publicada na edi-
Além de brindar-nos com informações ção nº 87 de EMBALAGEMMARCA ficou
valiosas, gerou em nós várias idéias Perfume Exception muito boa. Felicitamos a editora e sua
estratégicas no sentido da expansão
e da integração de nossos mercados.
Considerem-me desde já um fiel leitor
A matéria a respeito do perfume
Exception, publicada na edição de janei-
equipe pela clareza bem exemplificada
desta importante tendência.
Valdir Ben
da revista e sigam adiante. ro de EMBALAGEMMARCA ficou ótima! Diretor
Gonzalo Caviglia Juliana H. de Aguilar Visograf Studio Design
Engenheiro industrial Desenvolvimento de Produtos Bento Gonçalves, RS
Santiago, Chile L´acqua di Fiori
Belo Horizonte, MG Newsletter agrada
T
Papelão e sacaria
Homenagem às empresas
Com enfoque no resultado do conjunto, EMBALAGEMMARCA lança prêmio para estimula
A
o longo dos quase oito anos de lançada com o conceito de ser não ape-
circulação de EMBALAGEMMARCA, nas mais uma publicação sobre embalagem,
que se completam em junho pró- porém uma publicação diferente, a arquitetura
ximo, temos sido consultados com do PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES
crescente freqüência sobre a possibilidade de CASES DE EMBALAGEM buscou uma fórmula de
instituirmos para o setor um prêmio com o premiação que tivesse o máximo possível de
título da revista. Sempre relutamos, com base diferenças em relação às outras. Cabe ressal-
em algumas ponderações. A primeira delas é a tar que no conceito de diferenciação não está
de que, se um dia viéssemos a tomar tal ini- contida a noção mesquinha de pretensa supe-
ciativa, instituiríamos uma premiação com os rioridade ao que já existe. Na verdade, este
mesmos atributos básicos que deram à revista prêmio vem preencher um espaço destinado
a credibilidade de que hoje desfruta. Vale a estimular as atividades industriais, comer-
dizer: transparência, neutralidade, equilíbrio ciais e de serviços ligadas ao packaging que
no julgamento dos fatos e esforço para refletir as demais premiações, em seu formato, não
a realidade do mercado. contemplam. Portanto, o PRÊMIO EMBALA-
Os sócios e colaboradores da Bloco de GEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM
Comunicação, que além de EMBALAGEMMAR- vem colocar-se ao lado delas, embora delas se
CA edita outras publicações, têm por norma distinguindo.
analisar, estudar e refletir longamente antes
de pôr em prática qualquer projeto. Foi o que Critérios terão manual
fizemos ao decidirmos lançar o PRÊMIO EMBA- Dada sua concepção, uma das principais dife-
LAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALA- renças deste prêmio em relação a outros é a
GEM, que temos o prazer de aqui apresentar ao composição do item “categorias”. No PRÊ-
mercado, em parceria com a SPR Internatio- MIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES
nal, empresa de reconhecida experiência na DE EMBALAGEM não haverá premiações para
organização desse tipo de evento. aspectos isolados das embalagens concorren-
tes, como sua decoração, seu perfil, seu aspec-
Alinhamento com diferenciais to meramente técnico ou apenas visual. Não
Além de manter a postura ética, outra precau- haverá também molduras rígidas que obri-
ção que nos orientou nesse longo período de guem a conceder lauréis a diferentes embala-
reflexão foi a de que, se instituíssemos uma gens em incontáveis categorias de produto.
premiação, ela deveria contribuir para o for- Nos critérios de julgamento não será leva-
talecimento da cadeia de embalagem e evitar do em conta apenas um ou outro elemento
coincidências de formato e sobreposição de integrante das embalagens, mas a otimização
interesses com concursos já existentes. do conjunto de seus componentes. Em outras
Desse modo, como no caso da revista, palavras, as embalagens inscritas serão julga-
das do ponto de vista do design (industrial e roteiro de critérios, uma espécie de “manual
gráfico), do desempenho nas linhas de enchi- de procedimentos” para os jurados. Estes,
mento, da redução de custos, da segurança, da ao final do julgamento, elaborarão relatório
economia de materiais, do impacto ambiental explicativo de suas escolhas.
e dos resultados comerciais positivos confir- Sem a afetação de utilizar palavras exage-
mados ou potenciais por elas oferecidos. Ou radamente eloqüentes, atrevemo-nos a quali-
seja: serão julgadas como cases de criação, ficar o PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRAN-
marketing, desempenho em linhas, vendas e DES CASES DE EMBALAGEM como um prêmio
sustentabilidade. Para esse fim, os organiza- holístico, ou sistêmico. Ao mesmo tempo
dores do prêmio estão elaborando minucioso é um prêmio seletivo. Por isso, seu regula-
mento estabelece que não haverá obrigação
Um fruto de integração de premiar todos os formatos de recipientes,
nos mais diversos materiais de que são feitos.
Como reforço à neutralidade do PRÊMIO Embora não seja limitado, o número de pre-
EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES miações não deverá ser extenso, e não haverá
DE EMBALAGEM, seus organizadores
primeiras, segundas ou terceiras colocações
evitaram impor um formato de troféu entre os concorrentes. Serão premiados aque-
ou o material de que seria feito, les que uma comissão julgadora composta por
e uma coincidência de interesses
profissionais categorizados no meio escolher,
contribuiu para isso.
sem interferência dos organizadores.
Quando a arquitetura do prêmio ainda
Os resultados do concurso serão revela-
estava em estudo, professores do
dos em cerimônia a ser realizada em local e
Centro Universitário Belas Artes de
data a serem divulgados, e terão cobertura em
São Paulo solicitaram o apoio da
edição especial de EMBALAGEMMARCA, sem
revista EMBALAGEMMARCA a iniciativas
internas dirigidas aos alunos dos
custos para os concorrentes. Os troféus (ver
cursos ligados à área de design quadro), diplomas e certificados serão con-
(Gráfico e Produtos, cadeiras nas cedidos sem cobrança de taxas. Patrocínios
quais se inserem as embalagens, e para a iniciativa já estão compromissados,
Arquitetura e Moda). Uma dessas e um deles, internacional, já está firmado. É
iniciativas era um concurso de criação um Patrocínio Master, do salão Emballage
de embalagens dirigido ao corpo dis- 2008, a realizar-se em Paris.
cente daquela instituição universitária. Por todas essas e por outras razões, sem
Foi apresentada – e aceita – a contra- desmerecer as premiações em voga, a Bloco
proposta de que o objetivo do concur- de Comunicação, agora em parceria com a
so fosse a criação do troféu. SPR International, entende que o PRÊMIO
Os membros da escola iniciaram ime- EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE
diatamente os trabalhos para levar EMBALAGEM se destacará como um poderoso
adiante a idéia, e já estão em contato e inovador instrumento de estímulo ao forta-
com indústrias para que o projeto lecimento da embalagem brasileira.
vencedor venha a ser confeccionado
de forma a atender o objetivo de esti-
O regulamento do prêmio pode ser visto
mular a integração do corpo discente
no site www.embalagemmarca.com.br
com o sistema produtivo. O concurso
Informações sobre formas de patrocínio
está em andamento, e seu resultado
e de inscrição podem ser solicitadas pelo
sairá até 21 de maio próximo.
e-mail premio@embalagemmarca.com.br
Dixie Toga
(11) 5516-2000
www.dixietoga.com.br
Fator 2
(11) 6194-5033 Copo avança em chás
www.fator2.com.br
Fabricantes aderem a embalagens individuais
Inove Design
As fabricantes de bebidas Convenção, de Itu, e Cini, de
(41) 3013-5522
www.inove.com.br Curitiba, ampliaram suas linhas de produtos. As duas
empresas entram no mercado de chás gelados com
Okra Embalagens
embalagens similares: copos de polietileno de alta den-
(15) 3225-4221
www.wyda.com.br sidade (PEAD) de 300 mililitros. “Apostamos em um
crescimento de 30% em função dos lançamentos e da
Thermovac
(48) 3465.4000 nova embalagem”, afirma Geraldo Cardoso Guitti, diretor
www.thermovac.com.br comercial da companhia paulista. Para o diretor da empre-
sa paranaense, Nilo Cini Junior, “o objetivo com os copos
é atingir o consumidor que exige praticidade”.
As embalagens da Convenção foram criadas pela Fator2
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Comunicação e Marketing, e são produzidas pela Dixie
Toga. O layout dos copos da Cini, fornecidos pela Ther-
movac, são da Inove Design. Os selos de alumínio são
fornecidos pela Okra Embalagens para as duas empresas.
Visual limpo
Iogurte usa PET e rótulo auto-adesivo
AG Plast
(32) 3221-5381 O iogurte Do Bem aposta em uma linguagem limpa e dife-
www.agplast.com.br
renciada para se destacar no ponto-de-venda das outras
Alcoa-CSI embalagens de iogurtes. Criados pela Packaging Brands,
(11) 4195-3727 os frascos têm ilustrações simples. As embalagens de
www.alcoa.com.br
PET são produzidas pela AG Plast, com rótulos auto-ade-
IndexFlex sivos de BOPP da IndexFlex. As tampas são fornecidas
(11) 3618-7100 pela Alcoa-CSI.
www.indexflex.com.br
Packaging Brands
(21) 2494-7717
www.packaging.com.br
Frasco funcional Flexcoat
(19) 38484303
Embalagem da Swiss Vital www.flexcoat.com.br
une xampu e condicionador
Igaratiba
A Swiss Vital escolheu as embala- (19) 3821-8000
gens da linha Energia Vital como www.igaratiba.com.br
diferencial: xampu e condicionador Moltec
são disponibilizados em um frasco (11) 5523-4011
duplo, com aberturas individuais, www.moltec.com.br
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Biofibras fornece os frascos e as
muda de cara tampas, ambos produzidos
Graham Packaging em polietileno. Os rótulos
do Brasil Batavo redesenha linha
de produtos funcionais auto-adesivos são produ-
(11) 2135- 7930
www.grahampackaging. zidos pela Rhoss Print em
com Aumentando a oferta de produtos BOPP transparente for-
funcionais, a Batavo colocou no necido pela Flexcoat. As
Komatsu Design
(11) 5561-7702 mercado o iogurte Bio Fibras com embalagens
www.komatsudesign. as embalagens reformuladas pela têm tam-
com.br
Komatsu Design. As garrafas de bém deco-
Sleever International PEAD de 900 mililitros são produ- ração em
(11) 5641-3356 zidas pela Graham Packaging e os silk screen
www.sleever.com
rótulos termoencolhíveis pela feita na
Sleever International. Igaratiba.
Coloridos e sofisticados
Embalagens de fragrâncias da Água de Cheiro usam efeito degradê
Augros do Brasil Bormioli Rocco Incom Packing Kingraf Lavezzo New Hot Shop Wheaton
(44) 3220-6617 + 33 1 4998-3000 (11) 4173-9937 (41) 3333-5366 (11) 3392-2555 (31) 2108-2222 (11) 4355-1800
www.augros.com.br www.bormioliroccopackaging.com www.incom.com.br www.kingraf.com.br www.lavezzo.com.br www.newhotshop.com.br www.wheatonbrasil.com.br
Tritec
(47) 3275-8800
www.tritec.ind.br
FOTOS: DIVULGAÇÃO
FAZdesign
Padronização Ovo líquido
(47) 3027-2298 de linha em Tetra Pak
www.fazdesign.com.br
K Dent tem novo visual Fama ovos tem três lançamentos
Gráfica Vicenzi
(47) 3382-2789 A K Dent, marca da empresa A Fama Ovos, uma das líderes no Brasil
Plano Propaganda
catarinense Quimidrol, renovou na produção de ovos líquidos e desidra- (19) 3242-2974
as embalagens de seus produ- tados, aderiu à embalagem cartonada da www.planopropaganda.
com.br
tos odontológicos. O projeto, Tetra Pak para acondicionar três novos
elaborado pela FAZdesign, tem produtos. A empresa está colocando no Tetra Pak
grafismos que padronizam as mercado o ovo líquido pasteurizado, a (11) 5501-3200
www.tetrapak.com.br
embalagens no gema de ovo pasteurizada e a clara de
ponto-de-venda, ovo pasteurizada em caixinha. Os lança-
criando unidade mentos são acondicionados em emba-
de toda a linha lagens Tetra Rex, que tiveram o design
de produtos. As elaborado pela Plano Propaganda.
embalagens são
produzidas pela
Gráfica Vicenzi,
em papel cartão.
Ourivesaria em alta
Cresce no Brasil o uso de bisnagas plásticas decoradas com hot stamping
N
unca as bisnagas plásticas cintila-
FOTOS: DIVULGAÇÃO
para realçar seus cremes, loções, máscaras e
géis “embisnagados”. Disputantes do canal
porta a porta, como Natura e Avon, trilham a
mesma vereda.
Grande fabricante de bisnagas plásticas,
a Globalpack, muito embora não revele esta-
tísticas produtivas, confirma o fenômeno.
“Os pedidos de unidades decoradas com hot
stamping evoluíram, percentualmente, na casa
dos dois dígitos no último biênio”, informa
ESCALADA
Fábio Pinto, gerente comercial da fornecedo- Na C-Pack, volume de mais o ornamento dada a pouca margem para
pedidos de bisnagas manobras em design de formato dessas emba-
ra. Outra importante força do ramo de bisna- com hot stamping
gas, a C-Pack, atesta volumes de output desse aumenta mês após mês lagens. “Como recurso clássico para atrair o
tipo de embalagem em elevação no mesmo olhar do consumidor, o hot stamping pode
período. Um dado eloqüente vem da Dubuit desempenhar papel decisivo, por exemplo,
do Brasil, subsidiária da fabricante francesa na cada vez mais concorrida seção de cre-
de máquinas aplicadoras de hot stamping que mes para o cabelo, na qual as apresentações
também comercializa películas (fitas) para o em bisnaga são parecidas”, lembra Sérgio
processo no mercado nacional. “Quatro anos Minerbo, diretor comercial da Globalpack.
atrás, quando inauguramos nosso negócio
de fitas, vendíamos menos de trinta bobinas Valor inequívoco
por mês. No ano passado, as vendas mensais “É inegável: um detalhezinho em hot stam-
variaram entre sessenta e oitenta bobinas, e ping faz uma tremenda diferença”, argumenta
ainda neste ano esperamos chegar às 150”, Fábio Yassuda, diretor comercial da C-Pack.
calcula o francês Philippe Ayala, diretor-geral “O pombinho-símbolo de Dove, metalizado,
da empresa. ganha vida, parece querer voar das pratelei-
O maior uso do hot stamping, registre-se, ras”, diz Yassuda, aludindo ao investimento
não sucede apenas nos tubos plásticos, mas da Unilever na metalização do detalhe nas
igualmente nas produções de rótulos e de car- bisnagas de sua marca de produtos hidratan-
tuchos de papel cartão. Nas bisnagas, contudo, tes. Usuários da embalagem concordam. “O
a massificação repentina chama a atenção e hot stamping confere um diferencial estético
leva a crer que o mercado passa a valorizar e sofisticação às nossas bisnagas ao mesmo
AÇÃO
ro expressivo de lançamentos para este ano
DIVULG
também o ostentarão.
Mas, afinal, o que explica a populariza-
FOTOS:
ção do hot stamping, processo considerado
caro, e até por isso orçado em centimetragem
quadrada da decoração, nas bisnagas plásticas
nacionais? Para muitos, o real valorizado dos
últimos anos tem sido um fator decisivo, na
medida em que as fitas, insumos básicos do
processo, são importadas. Não há contratipos C-Pack
(11) 5564-1299
nacionais. “O processo, de fato, não é barato, www.c-pack.com.br
mas o valor das fitas nunca foi barreira, pois
os preços daqui são competitivos com os pra- Dubuit
(11) 6480-4699
ticados no resto do mundo”, assegura Ayala. www.dubuit.com.br
Para o executivo, o que mais tem influído cerca de 80% a 90% das películas utilizadas
é realmente a maior estima pelas indústrias Globalpack nas bisnagas nacionais de cosméticos. “São
(11) 5641-5333
usuárias, além do surgimento de fitas espe- www.globalpack.com.br fitas importadas do Japão, sofisticadas, com
ciais para adornar bisnagas – segmento que alta resistência física e química”, explica
a Dubuit alega ter aberto no Brasil há quatro Ayala. “Evitam, por exemplo, as avarias do
anos. A empresa afirma ser responsável por hot stamping por fricções com a unha.”
Capacidade ampliada
O fato é que os fornecedores de
bisnagas apostam numa inevitável
evolução do uso do hot stamping. A
Globalpack, anunciam Sérgio Minerbo
e Fábio Pinto, adquiriu no fim do ano
passado uma nova aplicadora automática
de hot stamping, o que deverá situar a
capacidade de decoração da empresa em
2 milhões de bisnagas/mês já a partir de
março. Por sua vez, a C-Pack, que já conta-
va com aplicadoras de alta precisão, dotadas
de sistemas de posicionamento por câmera
além dos por fotocélula, também investiu
numa máquina dessa natureza, da Dubuit.
O equipamento entrará em operação na
nova fábrica que a C-Pack pretende inaugurar
em meados de maio, no distrito industrial de
São José (SC). “Com o momento favorável e
o aparelhamento dos convertedores, pode ser
que tendências modernas em hot stamping,
como o uso de fitas holográficas, emplaquem
no mercado nacional”, aventa Fábio Yassuda.
ATESTADO – Para Jonhson & Johnson, hot stamping sinaliza produto de alta qualidade Resta aguardar. (GK)
Madeira abaixo
Apesar da acomodação do
agricultor e da negligência
do varejo, embalagens
especiais de papelão
buscam espaço no mercado
hortifrutigranjeiro, tomado
pelas perigosas caixas de
madeira. Setor de frutas
é o mais receptivo
Múltiplos papéis
Os benefícios das caixas-display no acondicionamento de frutas, legumes e verduras
Redução de danos e mais segurança qualidade fotográfica e garantem decorações com
Estruturas reforçadas de papelão protegem contra riqueza de detalhes
choques nos processos de transporte. As caixas Valorização no ponto-de-venda
também diminuem o manuseio dos produtos na
Com função de display, caixas permitem exposição
movimentação e na venda, minimizando a probabili-
direta nas lojas, funcionando como módulos de
dade de contaminação e de avarias
reposição. Também destacam a marca do produtor,
Resistência ao frio e à umidade funcionando como ferramenta de marketing
As caixas recebem tratamento contra fadiga do Maior higiene
material no armazenamento e no transporte sob frio
As caixas são para uso único, ao contrário das cai-
e contato intenso com a umidade
xas de madeira e de plástico, cuja reutilização causa
Paletização e empilhamento o acúmulo de detritos e facilita a propagação de
As caixas têm conformidade com os padrões dimen- fungos e bactérias
sionais dos paletes e costumam suportar empilha- Atributo ambiental
mento de mais de 2 metros de altura
Caixas de papelão são de fácil descarte e reciclagem.
Decoração atraente O produtor se livra da preocupação com a destina-
Sistemas de impressão em várias cores, com uso de ção das embalagens reutilizáveis e do uso de mate-
policromia, possibilitam a inclusão de imagens com riais alternativos para a proteção no transporte
240
páginas
ABACAXI RESOLVIDO
Informações e vendas:
Caixas desenvolvidas pela Klabin reduziram em
quatro vezes as perdas de abacaxis em Minas
livroflexo@embalagemmarca.com.br
março 2007 <<< EmbalagemMarca <<< 25
avarias despencou. Hoje, gran-
de parte dos supermercados
de São Paulo comercializa o
mamão da Caliman nessa apre-
sentação. “As caixas de pape-
lão mitigaram o manuseio do
mamão e melhoraram a operação
no packing house, pois a caixa de
madeira representava perigo como
vetor de agentes patogênicos”, deta-
lha Juarez José Ferreira, engenheiro
agrônomo da Rigesa. MELHOR JUNTURA – Platô System, lançada em 2004
pela Orsa, dispõe de seis travas para empilhamento
Pé no barro
Platô System, embalagem-display passível de
O investimento da Rigesa numa equipe interna
montagem automática voltada tanto à clientela
de engenheiros agrônomos é emblemático do
exportadora quanto ao mercado interno. “Além
esforço dos fabricantes de caixas de papelão
do grande apelo visual capaz de ser propor-
para destacar as vantagens das caixas talhadas
cionado pelo Orsa Color Pack, um processo
para FLV. “Ao indicar um conceito de emba-
exclusivo de impressão flexográfica, as caixas
lagem ao cliente, o engenheiro o faz com base
Orsa Platô System possuem design exclusivo,
nos requisitos do produto e do mercado, que ele
com seis travas, que garantem mais estabilida-
conhece com profundidade”, explica Ferreira.
de e resistência nas movimentações de carga”,
Assim como a Rigesa, a Klabin, que brande
divulga Sergio Mathias, gerente de marketing
a liderança nas vendas nacionais de caixas de
da Orsa Celulose, Papel e Embalagens. De
papelão para hortifrutigranjeiros – canal para
modo a fazer decolar a adoção da Platô System,
o qual expediu cerca de 70 milhões de emba-
a Orsa estimula pesquisas de inovações e
lagens em 2006 –, empenha-se na estratégia do
soluções específicas para cada cliente em um
pé no barro para prospectar vendas. A empresa
Centro de Pesquisa e Desenvolvimento.
mantém equipes comerciais e centros de distri-
buição próximos aos grandes pólos produtores,
Pequenas tiragens também
como os de manga e uva, em Juazeiro (BA)
Em que pese toda a sofisticação dessas caixas
e Petrolina (PE), e os de morango, no Sul. A
de papelão de alto padrão, o acesso a elas não
intimidade com o mercado consumidor ajudou
é restrito ao clube vip do grande agronegó-
no desenvolvimento de uma emergente linha
cio. Justamente para atender à imensa quan-
de embalagens premium para frutas e legumes,
tidade de agricultores pequenos e médios, a
a Klabin KB. “Ela consiste de caixas dese-
Paraibuna Embalagens oferece a viabilidade
nhadas de acordo com as condições de prote-
da produção de embalagens-display para frutas
ção exigidas por cada produto e apresentam
em pequenas quantidades. Esse serviço, infor-
altíssima resistência estrutural, minimizando
danos ao conteúdo”, resume Robson Alberoni, ATENÇÃO
gerente de planejamento de mercado da área Paraibuna oferece
baixas quantidades para
de embalagens da Klabin. “Vide o caso do aba- pequenos e médios
FOTOS: DIVULGAÇÃO
produtores
caxi mineiro”, comenta Alberoni. “Apoiamos
estudos sobre distribuição de frutas para proje-
tarmos embalagens estruturalmente melhores,
e também queremos conscientizar o agricultor
das vantagens da embalagem como suporte
para marcas no varejo.”
Outro peso-pesado da área de papelão
ondulado, a Orsa Embalagens, intensificou o
atendimento aos hortifrutigranjeiros em mea-
dos de 2004. Foi quando lançou, sob um
investimento de 1 milhão de reais, a Orsa
KLABIN ORSA
SOLUÇÃO: Klabin KB SOLUÇÃO: Orsa Platô System
CAPACIDADE DE CAPACIDADE DE DECORAÇÃO: Até seis cores
DECORAÇÃO: Cinco cores, (ou cinco cores mais verniz)
em tecnologia de cromia, ou
quatro cores (possibilidade de três DIFERENCIAIS: “O Orsa Platô System possui
cores mais verniz) alguns diferenciais importantes que garantem
mais resistência e apelo visual. O exclusivo
DIFERENCIAIS: “O principal diferencial é a marca design, com seis travas, dá maior estabilidade
Klabin, sinônimo de liderança de mercado – temos e resistência na movimentação da carga em
20% de market share nas vendas de caixas de relação aos modelos concorrentes. Ainda,
papelão ondulado no Brasil. Nossas caixas têm com a exclusiva tecnologia de impressão Orsa
alta resistência, o que garante economia ao usu- Color Pack, os clientes podem desenvolver
ário pelo menor grau de danos aos produtos, e impressões em alta definição com custos mais
podem diferenciar a marca do produtor no varejo, competitivos se comparados ao off-set”
através de serviços de impressão de alta qualida-
de. Ademais, contamos com uma equipe própria Sergio Mathias, gerente de marketing
de vendas para esse mercado e participamos ati- da Orsa Celulose, Papel e Embalagens
vamente de estudos, para o desenvolvimento de
soluções mais adequadas para frutas, legumes e
verduras”
PARAIBUNA RIGESA
FO
ao eliminar aplicações de grampos e outras
TO
:R
operações triviais”, lembra Santos.
IC
AR
Klabin
D O
A massificação das caixas, conforme (11) 3046-5800
CU
N
HA
apontam as fornecedoras, traria ainda um www.klabin.com.br
(K
LA
benefício extra ao mercado hortifrutigranjei-
BI
N
Orsa Embalagens
)
ro. Ocorre que elas favoreceriam, por aqui, (11) 4689-8716
www.orsaembalagens.com.br
a difusão do Sistema Modular de Caixas, ou
Common Footprint Standard (CFS). Trata-se Paraibuna Embalagens tes. Embora seja incentivada pela Associação
de uma recomendação que estipula padrões (32) 2102-4000 Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO) e as
www.paraibuna.com.br
dimensionais comuns no mundo inteiro e que fabricantes já estejam aptas a produzir caixas
determina o tamanho e o posicionamento exa- Rigesa em conformidade com ela, a modulação ainda
tos das travas de empilhamento de caixas de (19) 3707-4000 é largamente ignorada pelo mercado local.
www.rigesa.com.br
frutas, legumes e verduras. Além de uniformi- “No Brasil praticamente não se utiliza o CFS e
zar o “modus operandi” do acondicionamento isso é uma pena”, lamenta Ferreira, da Rigesa.
desses produtos em nível global, o Sistema “O mercado, porém, demanda essa unifica-
facilitaria a composição de cargas mistas, com ção”, pontifica Mathias, da Orsa Celulose,
embalagens de múltiplos tamanhos, em pale- Papel e Embalagens.
C
artões com mensagens de espe- seus componentes. Chamado comercialmente
rança e otimismo nos lembram de Ouro Brilhante, o pigmento foi trabalhado
que final de ano é época de ges- em silk screen pela Wheaton Decor, empresa
tos marcantes. Não é diferente no coligada à vidraria e atuante no mercado de
mundo corporativo, em que algumas empresas decoração e pintura de embalagens de vidro.
aproveitam o período para distribuir brindes Arjo Wiggins “Apesar do custo maior, a decoração à base
requintados a um seleto grupo de clientes e de (11) 4028-9200 de ouro tem diferentes adeptos no mercado
www.arjowiggins.com.br
fornecedores. Mesmo que não tenham como brasileiro de perfumaria e cosméticos, e faz
destino as gôndolas dos supermercados, esses Makro Kolor parte do portfólio de decoração da Wheaton
presentes muitas vezes vêm em embalagens (11) 5683-8400 Decor”, informa Caroline Mass, profissional de
www.makrokolor.com.br
cuidadosamente elaboradas, com detalhes de marketing da Wheaton.
acabamento e produção dignos de sofisticados Sonoco For-Plas Outro aspecto que chama atenção no brin-
produtos de linha. É o caso de um estojo para (11) 5097-2750 de é a sinergia entre as diferentes empresas
www.sonocoforplas.com.br
apreciadores de café distribuído no final do que fizeram parte do projeto. A Companhia
ano passado pela Wheaton, uma das principais Wheaton Cacique de Café Solúvel, por exemplo, desen-
(11) 4355-1800 volveu o design da embalagem, forneceu o
fabricantes de embalagens de vidro do país.
www.wheatonbrasil.com.br
Dentro de um cartucho cartonado com café e o acondicionou. A empresa favoreceu
chamativo acabamento iridescente são encon- ainda a aproximação entre a Wheaton e a
trados um frasco de vidro retangular contendo Sonoco For-Plas, que forneceu sem custos
50 gramas de café solúvel do tipo gourmet e uma tampa plástica de aparência metálica (cor
um conjunto de quatro xícaras e pires de vidro de cobre) já dotada de selos de fechamento
produzido pela divisão de objetos de mesa da por indução. O mesmo modelo de tampa já
Wheaton. Entre outros aspectos, o esmero pro-
dutivo aparece na composição dos pigmentos
empregados na pintura dos frascos do café.
Para ressaltar o apelo VIP do brinde, utili-
zou-se uma tinta especial que tem ouro entre S: DIV
FOTO
AÇÃO
ULG
Uma aula sobre como explorar embalagens para atingir diferentes nichos
A parceria entre a Wheaton e vidro, mudaram apenas as medi-
a Companhia Cacique de Café das. O pote de 50 gramas, por
Solúvel já coleciona uma diver- exemplo, nasceu da necessidade
sificada lista de projetos de de atingir um nicho que consu-
embalagem desenvolvidos de mia quantidades menores, como
modo a atingir adequadamente singles e também os interessa-
diferentes mercados e seus res- dos nesses produtos premium
pectivos nichos. Às vésperas da mas sem poder aquisitivo para
Copa do Mundo da Alemanha, comprar embalagens de 100
por exemplo, a empresa detec- gramas ou de 200 gramas,
tou a necessidade de criar uma nascidas simultaneamente com
embalagem diferenciada para as de 50 gramas. Interessante
colocar um produto premium nesse desenvolvimento – feito,
na Rússia, país conhecido como como todas embalagens, pela
grande consumidor de café fre- Divisão de Mercado Interno da
eze dried (liofilizado) e principal formato quadrado. Criado por uma Cacique – é que todos os fras-
mercado da Cacique no exterior. agência russa, o rótulo em carac- cos foram projetados de modo
Seguindo a estratégia de utiliza- teres cirílicos traz a imagem do a aproveitar a mesma tampa da
ção de potes de vidro, conside- atleta com a camisa 10 de costas, Sonoco For-Plas. Dessa forma,
rados um diferencial no merca- num estádio. “Como antes da Copa a boca tem o mesmo diâmetro
do russo, cujos maiores volumes a torcida na Rússia e em outros – 48,10 milímetros – nas três
são atendidos pelas latas de países da Europa Central onde medidas do pote.
aço, a empresa recorreu à a marca Pelé também
Wheaton “por sua experiência está presente era muito
em embalagem diferenciada”, forte pelo Brasil, apela-
conta Haroldo Bonfá, diretor mos para as cores verde
adjunto de marketing internacio- e amarela”, conta Bonfá.
nal e comercial da Companhia O sucesso da marca
Cacique de Café Solúvel. Champ10n impulsio-
Uma das ações envolveu nou o lançamento,
a marca Café Pelé versão no mesmo pote da
Champ10n (assim, com 1 e Wheaton, de outras
0 no lugar de I e O), que foi marcas, para outros
aplicada a um pote de vidro de nichos. No frasco de
Suporte de marca
(e de brinde)
Cartucho do cereal Crunch traz game
em janela especial para visualização
A
o lançar uma nova promoção envolvendo seu
cereal matinal Crunch, a Nestlé transcendeu a
idéia de que boas embalagens devem funcionar
como ferramenta de suporte de marcas. Numa
edição limitada, o produto chega aos pontos-de-venda em
cartuchos especiais de papel cartão, que vão além daquele
ditame dos manuais de marketing, pois também servem
como suporte de um brinde exclusivo. O regalo é um CD-
ROM do Grand Chase, jogo de luta, ação e RPG (Role
Playing Game, ou “jogo de representação de papéis”) para
Internet distribuído no Brasil pela Level Up! Games.
Produzida pela gráfica Romiti, a embalagem, que
DIVULGAÇÃO
comporta 350 gramas do produto, apresenta uma janela
com corte especial, possibilitando visualizar o CD-ROM.
A mídia vai dentro de um envelope, aplicado manualmen-
te antes da montagem da caixa. O cartucho é feito em
papel cartão Klafold 275 g/m², fornecido pela Klabin. A
impressão é feita em off-set com seis cores.
Handicap incluso
A B+G designers, que atende a divisão de Cereais Matinais INTEGRAÇÃO
da Nestlé há cerca de dois anos, assina o projeto gráfico Cartucho é
produzido pela
da embalagem. Segundo Bianca Heineken, designer da gráfica Romiti, com
cartão da Klabin
agência, além da janela no frontal, o cartucho destaca a
palavra “grátis”, que tem a função de chamar atenção do
consumidor para o CD do game e para outro brinde, a
Capa da Vitalidade, item que só pode ser obtido através da
promoção, garantindo aos jogadores desempenho superior
nas batalhas da gincana eletrônica.
“Já no verso da embalagem foram exploradas as
três principais personagens do jogo em ação”, descreve
Bianca. O pano de fundo do verso foi criado na estrutura
de uma ficha técnica, para que o entendimento da história ATRATIVO
Corte especial
e do jogo seja rápido e fácil. A distribuição gratuita do revela CD do
CD-ROM vai até abril. (LH) game Grand Chase
no frontal da
embalagem
(detalhe acima)
FOTOS: DIVULGAÇÃO
SILHUETA
Mão direita do “frasco-
boneco” é a tampa.
Cabeça é representada
por copo dosador
N
o ano em que completa do, com cores que variam de acordo
seu centenário, ocupan- com a versão do detergente. Moldado
do um lugar especial nos com polietileno de alta densidade
compêndios sobre bens (PEAD) pela Alpla, na Hungria, o
de consumo por ter sido a pioneira frasco branco é decorado com rótulos
em sabões em pó, a marca Persil, auto-adesivos da austríaca Ulikett.
da Henkel, acaba de ganhar uma Por trás da invenção estão os
embalagem comemorativa em seu alemães Hans-Georg Mühlhausen e
mercado natal, o alemão. Trata-se Matthias Reimann, funcionários da
de um frasco plástico cujas formas Henkel. O caráter lúdico da embala-
simulam a figura de uma criança ace- gem não é puro capricho de designer.
nando com a mão direita. A inovação, Futurino também é o nome de um
nomeada Futurino, acondiciona uma projeto social da matriz alemã da
linha Persil de lava-roupas líquidos Henkel, iniciado em fevereiro, focado
– produtos que vêm crescentemen- na assistência ao desenvolvimento
te substituindo as variantes em pó infantil. O logotipo da iniciativa é
mundo afora, já dominando as áreas justamente a figura estilizada de uma
de serviço de um terço dos lares na criança acenando com o braço direito.
Alemanha. “A meta da empresa é comercializar
O braço levantado do “bone- 1,7 milhão de unidades dessa edição
co” consiste no gargalo do frasco, limitada na Alemanha até o fim de
enquanto uma alça faz o papel do março”, informa a divisão de rela-
braço esquerdo, arqueado para baixo. ções-públicas da Henkel. (GK)
A cabeça do conjunto é um copo dosa-
dor esférico, fabricado pela húngara Almand Alpla Ulikett
Almand em polipropileno translúci- www.almand.hu www.alpla.com www.ulikett.at
Dois novos centros
Maior empresa de reciclagem de No compasso do país
embalagens de alumínio do Brasil, Indústria de embalagens cresce moderadamente em 2006
a Aleris inaugurou em fevereiro dois
Faturamento de 32 bilhões de reais, traça análises para a Abre. Emba-
novos Centros de Coleta, nas cidades
paulistas de Campinas e de Presiden- o equivalente a 1,53% do PIB bra- lagens de vidro, com um aumento
te Prudente. Segundo a empresa, as sileiro, e um crescimento de 2,13%. de 6,14% em produção física, e as
novas unidades têm localização estra- A indústria brasileira de embalagens metálicas, com 1,01%, foram as que
tégica, pois estão em regiões com alto fechou 2006 com esses números, mais cresceram no ano passado. A
consumo de latinhas. Recolhidas, as de acordo com pesquisa divulga- balança comercial do setor continua
embalagens seguem para os Centros da pela Associação Brasileira de superavitária, com 376,7 milhões de
de Reciclagem da empresa, situados Embalagem (Abre). Em que pese dólares resultantes de exportações e
em Pindamonhangaba (SP). o crescimento do faturamento, o 291,6 milhões de dólares de impor-
volume de produção de embalagens tações. As exportações de emba-
Tubos reaproveitados sofreu uma queda de 0,18% em lagens vazias evoluíram 31,31%
A Alcan Packaging Beauty, sediada relação a 2005, “acompanhando o em 2006, com uma alta de 66,4%
em Mogi das Cruzes (SP), lançou no desempenho da economia como na indústria de plásticos. Segundo
fim de 2006 um projeto de reciclagem um todo”, nas palavras de Salomão Quadros, o setor de embalagens
de tubos laminados. Com palestras e Quadros, coordenador de análises deve viver uma alta na produção de
kits de material reciclado, o programa, econômicas do Instituto Brasileiro cerca de 2% em 2007. “O mercado
nomeado Reciclam, busca difundir o
de Economia da Fundação Getúlio tem tudo para crescer, pois o cená-
potencial de reciclagem dessas emba-
Vargas – entidade que há dez anos rio deve continuar favorável.”
lagens junto aos clientes da empresa,
incentivando que estes também de-
senvolvam projetos de conscientiza-
ção dos consumidores finais.
PP no centro das atenções
Sopro de renovação Fórum abordará inovações em embalagens de polipropileno
A Soproval, fabricante de embalagens
plásticas de Valinhos (SP), está ex- A Milliken, fornecedora de aditivos za, alimentício e cosmético, serão
pandindo seu parque industrial. Ele para polipropileno, realizará no dia 2 ministradas palestras e haverá uma
passará de 6 000 metros quadrados de abril a segunda edição do Fórum exposição de embalagens de vários
para 30 000 metros quadrados, e a Milliken de Inovação em Embala- mercados mundiais.
produção saltará de 200 toneladas/ gens de Polipropileno. Durante o Informações podem ser
mês para 500 toneladas mensais. Se- evento, cuja proposta é estimular obtidas através do telefone
gundo a empresa, novas máquinas, o desenvolvimento de embalagens (11) 3043-7193 ou pelo e-mail
adquiridas através de um investimen- de PP nos segmentos de limpe- elisete.santos@milliken.com.
to de 1 milhão de reais, permitirão
a fabricação de produtos com maior
qualidade, porém mais leves. As gar-
rafas de PET de 510 mililitros, por
Contrato iminente
exemplo, terão peso reduzido de 20 Krones deve anunciar primeiro cliente em PET asséptico
gramas para 17 gramas. A empresa Subsidiária da alemã Krones, tradicio- consultas sobre a tecnologia de indús-
espera crescer 30% em 2007. nal fornecedora de linhas de enchi- trias de bebidas das mais variadas. A
mento e rotuladoras para embalagens conferir.
Nova coordenação de bebidas, a Krones do Brasil deve
O presidente da Henkel Mercosul, Ju- anunciar em breve a conquista do
lio Muñoz Kampff, foi nomeado para primeiro cliente nacional na área de
o cargo de Coordenador da Comissão envase asséptico em garrafas de PET
de Comércio Exterior da Associação – tecnologia que vem crescendo prin-
Brasileira da Indústria Química (Abi-
cipalmente na Europa como alternativa
quim). O executivo também coordena
às tradicionais caixinhas longa vida.
a Comissão de Colas, Adesivos e Se-
Nos últimos meses a empresa tem
lantes da mesma entidade.
recebido solicitações de estudos e
O
milenar conceito de que água é A rigor, no Brasil esses produtos não são
apenas uma substância incolor, considerados água, pois a legislação não per-
insípida e inodora vem mudando mite o uso do termo “água saborizada”. A defi-
cada vez mais rapidamente. No nição correta é “preparado líquido aromatizado
mundo inteiro, e agora no Brasil – que na 9design ou adicionado de vitaminas”. O nome “água”
verdade tem certo vanguardismo, pois estreou (11) 3717-2969 só pode ser utilizado para identificar produtos
www.9design.com.br
nessa seara há cerca de vinte anos, com a marca naturais, como água mineral natural e água
Minalba (ver quadro na pág. 40). Atualmente, Amcor PET Packaging potável de mesa, que não passam por nenhum
(11) 4589-3062
produtores e engarrafadores de águas minerais tipo de tratamento ou adição. É um campo em
www.amcor.com
e refrigerantes procuram inovar essa máxima que as coisas parecem ser promissoras. Em
com lançamentos de águas saborizadas (ou Creattore Comunicação tempos recentes, esse atraente mercado ganhou
Integrada
“flavorizadas”, num neologismo ungido pelo (19) 3783-9313
o reforço de lançamentos de três importantes
mercado) e funcionais. www.creattore.com.br produtores de águas minerais, que tratam de
Nos Estados Unidos e na Europa, as cha- otimizar o uso das embalagens como ferramen-
ITW Canguru Rótulos
madas águas com valor agregado – saborizadas (11) 3044-2366
tas de vendas.
ou adicionadas de vitaminas e sais – estão www.itw-autosleeve.com A Acquafibra, saborizada e com fibras,
conquistando o espaço que antes era ocupa- marca a entrada da empresa paulista Genuína
Owens-Illinois
do apenas pelos refrigerantes. Segundo dados (11) 6542-8000 Lindoya no mercado de alimentos funcionais.
da Beverage Marketing Corporation, empresa www.oidobrasil.com.br O produto é a primeira bebida à base de água
especializada em pesquisa e consultoria na área que contém a fibra FOS (frutooligosacarídeo),
Rotolograv
de bebidas, o consumo dessas águas cresceu (19) 3829-4596 que segundo o engarrafador traz benefícios à
mais de 200% no mercado americano em 2005 saúde. O projeto gráfico das embalagens, assi-
e movimenta 455 milhões de dólares, ou 14% Tetra Pak nado pela 9design, tem o mote “genuinamente
(11) 5501-3200
das vendas de águas engarrafadas. Além disso, www.tetrapak.com.br brasileira” e ressalta aspectos históricos da cul-
no ano passado, pela primeira vez na história, tura nacional, valorizando a produção artesanal
houve queda no volume de vendas de refrige- brasileira. Complementarmente, as embalagens
rantes no país. Na Europa, as águas saborizadas Tetra Prisma, fornecidas pela Tetra Pak, dos
também já detêm a significativa fatia de 30% cinco sabores de Acquafibra (Natural, Morango,
do mercado de águas minerais, mesmo percen- NA CAIXINHA Limão, Abacaxi com
tual ocupado na Argentina. Genuína Lindoya Hortelã e Pêssego)
optou por solução
da Tetra Pak exploram, com tex-
Dentro da onda
Naturalmente, o Brasil, onde o consumo
de águas minerais também cresce veloz-
mente, não ficaria muito tempo fora da
onda. A tendência mundial de “incre-
mentar” águas minerais ganhou fôlego
no mercado nacional no ano passado,
com a chegada da Aquarius, nas versões
limão e laranja, pela Coca-Cola (desde
abril de 2006 em mercados-teste, a partir
de janeiro deste ano em todo o País), e
da polêmica H2OH! (ver quadro na pág.
41), único produto gaseificado do novo
segmento, pela Pepsi/AmBev.
C
omo boa parte das indústrias de
consumo, de tempos em tempos
os fabricantes de refrigerantes pre-
cisam se reinventar, num processo
cujo objetivo, claro, é aumentar as vendas.
A onda propagada nos últimos meses faz
parte desses movimentos cíclicos, e pode ser
resumida pela multiplicação dos chamados
refrigerantes zero açúcar nos pontos-de-venda REAÇÃO
brasileiros. Segundo os fabricantes, tal tendên- Coca-Cola Zero quer
conter crescimento
cia foi desencadeada por duas constatações
FOTOS: DIVULGAÇÃO
da H2OH!. Uma das armas
de mercado. A primeira é que os jovens, res- é uma garrafa de PET
exclusiva da Engepack
ponsáveis por gordas fatias do setor, passa-
ram a torcer o nariz para as palavras light e
diet, consideradas ultrapassadas por eles. Em
segundo lugar há a suspeita de que as classi-
ficações convencionais dos refrigerantes de
baixas calorias também deixaram de agradar
o público formado por homens adultos, que
interpretaria nos carimbos ligth e diet certa
conotação feminina.
Munidos de tais diagnósticos, grandes
fabricantes de refrigerante vêm promovendo
uma nova leva de lançamentos no mercado
brasileiro. Nesse movimento, chama especial
atenção o surgimento de bebidas clássicas em
versões renovadas. São os casos da Coca-Cola
Zero e do Guaraná Antarctica Zero Açúcar, que
começaram a chegar a determinadas praças do
varejo brasileiro no primeiro trimestre, e pro-
metem se espalhar por todo o país em breve.
Mas muitas outras marcas pegaram carona na
tendência (Guraná Kuat Zero e Sprite Zero,
por exemplo), indicando que esse movimento
FONTES: AC NIELSEN E MERCADO DE DIETS E LIGHTS EM SÃO PAULO
C
om a disputa cada vez mais acir-
rada no mercado de cervejas, a
Femsa aposta na diferenciação das
embalagens da Sol, seu carro-chefe,
para conquistar novos consumidores. Lançada
em outubro de 2006, a marca foi incrementada
com uma nova opção de embalagem secundá-
ria, a Sol Ice Box, que ajuda a manter a cerveja
gelada por duas horas. Trata-se de uma caixa
de papel cartão desenvolvida em conjunto ÇÃ
O
GA
pela Femsa e pela Rigesa com dezoito latas e S:D
IVUL
TO
que não vaza mesmo depois que o gelo a ele FO
Mais um
na disputa
Camp estréia em sucos prontos
M
aior fabricante nacional de refrescos em pó,
a General Brands entra na categoria de sucos
prontos com a marca Camp Néctar. Esse seg-
mento de mercado fatura anualmente cerca de
1 bilhão de reais no Brasil e vem recebendo fortes investi-
mentos, sobretudo da gigante Coca-Cola, que recentemente
comprou a Sucos Mais e a Sucos Del Valle (no México e
no Brasil, em parceria com a Femsa). Assim, a Coca-Cola
e a Femsa detêm 27,6% do mercado de sucos prontos para
beber no Brasil, considerando-se as participações da Sucos
Mais, de 7,6%, e da Del Valle, de 20%. A terceira colocada,
Sú Fresh, tem 7%, e o Maguary, da Kraft Foods, 6%.
O diretor-presidente da General Brands, Isael Pinto,
diz que a empresa pretende conquistar 5% dessa fatia em
doze meses, ficando entre os cinco maiores fornecedores
do produto. Os investimentos no Camp Néctar, incluindo
novas linhas de envase, somam mais de 10 milhões de reais.
“Vamos aproveitar o atual sistema de distribuição do Camp
em pó e a forte penetração dos nossos produtos nas regiões
Norte e Nordeste, onde o verão acontece o ano todo”, afirma
o diretor-presidente da GB. Primeiro produto lançado pela
empresa, em 1997, o Camp em pó conta com pontos-de-
venda espalhados por todo o Brasil.
O Camp Néctar, um suco natural e sem
conservantes, está nas gôndolas desde o final
de fevereiro nos sabores caju, maçã, goiaba,
maracujá, manga, pêssego, uva e laranja, em
embalagens cartonadas assépticas da Tetra Pak
de 200 mililitros e de 1 litro e em latas de 335
mililitros, fornecidas pela Crown. O design é do
departamento de marketing
da General Brands.
Com o lançamento, a
empresa (que também pro-
duz balas, goma de mascar,
chocolate granulado e suple-
mento alimentar) terá pela
primeira vez as classes A e B
como público alvo.
A
rigor, não há motivos para quei- DIVERSIDADE
Três opções de latas agora em linha de produção
xas no setor de latas de alu-
mínio para bebidas: a fatia
continua a mesma, mas o bolo
aumentou de tamanho. Na verdade, as
vendas para a indústria de bebidas bateram
recorde em 2006, quando foi registrado
crescimento de 10% sobre o ano ante-
rior. As três empresas do setor – Rexam,
Latapack-Ball e Crown – colocaram 10,7
bilhões de latas no mercado brasileiro no
ano passado, contra 9,7 bilhões em 2005.
O recorde anterior era de 2002, com 10,04
bilhões de unidades vendidas. Agora os
fabricantes apostam no potencial de con-
sumo nacional, que cresce ano a ano e hoje
está em 57 latas por pessoa anualmente. É
uma posição ainda distante da americana,
que marca um consumo médio de 372 uni-
dades por ano, mas a expectativa do setor
é de que haverá avanços.
Durante o ano passado, a participação
das latas de alumínio manteve-se estável
no universo das embalagens de bebidas. No para beber. A par de atender o mercado local, a
segmento das cervejas (9,8 bilhões de litros em planta vai servir como base de exportações para
2006), a presença das latas foi de 28,2%; no de países da América do Sul.
refrigerantes (13 bilhões de litros), de 7,8%; A nova unidade foi instalada onde antes fun-
no de sucos (353 milhões de litros), de 3,1%, cionava uma fábrica da antiga Latasa fechada
e no de chás (51 milhões de litros), de 23,5%. em julho de 2004, após menos de um ano de sua
“Essa estabilidade é uma vitória, porque a lata aquisição pela Rexam. Como a planta já existia
concorre, principalmente, com outros dois pro- e estava fora de operação, a empresa precisou
dutos mais baratos e menos tributados, as gar- de três meses e investimento de 5,3 milhões
rafas plásticas e as de vidro”, considera André de dólares em novas máquinas, que poderão
Balbi, presidente da Associação Brasileira dos produzir até 600 000 latas por ano. A produção
Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade ainda está em fase de testes, mas a Rexam
(Abralatas) e presidente da Rexam no setor de adianta que a operação a todo vapor deve acon-
latas de bebidas na América do Sul. tecer no final do primeiro trimestre deste ano.
Apostando no crescimento do mercado, a “Queremos oferecer alternativas diferenciadas
Rexam, maior fabricante mundial de latas de aos nossos clientes, para que possam chegar
alumínio para bebidas, acaba de reabrir sua uni- ao consumidor final com produtos adequados a
dade de Jacareí, no interior de São Paulo, com o todos os perfis”, conta André Balbi.
objetivo de produzir embalagens em tamanhos A decisão de reabrir a unidade de Jacareí,
diferenciados – 250 mililitros e 473 mililitros –, segundo o executivo, também está de acordo
além das tradicionais latas de 350 mililitros para com a estratégia da Rexam de regionalizar a
cervejas, refrigerantes, chás e sucos prontos produção. Ao longo de 2006 a empresa produ-
FOTOS: DIVULGAÇÃO
N
uma demonstração de que mesmo VEDETES proporcionando maior visibilidade das mar-
Maior área de exposição
itens de necessidade básica com- no PDV e diferenciação cas, que ficam de frente para o consumidor”,
portam investimentos em apresen- frente a “embalagens sintetiza Ana Paula Pinheiro Baltazar, geren-
commoditizadas”
tações diferenciadas, a categoria favorecem cartuchos te de produto da Suzano Papel e Celulose.
de sabonetes em barra vem protagonizando Nas prateleiras de sabonetes, as diferentes
um importante movimento rumo a emba- linhas de cartão da Suzano podem ser vistas
lagens posicionadas num patamar superior nas marcas Albany, Avon, Granado, Francis,
de qualidade. A tendência é especialmente Johnson & Johnson, Memphis e O Boticário.
deflagrada pela substituição dos tradicionais Dentro da família de cartões da Suzano, um
envelopes de papel laminado pelos cartu- dos produtos indicados para o segmento de
chos de papel cartão. Basta analisar a atual sabonetes é o Supremo Alta Alvura, papel
“demografia” das prateleiras do produto, cartão com brancura diferenciada, revestido
nos supermercados, para se perceber que as com duas camadas de tinta. “Isso faz dele um
embalagens cartonadas surgem como gran- cartão mais atraente e apropriado para pro-
des vedetes do mercado de sabonetes. dutos de posicionamento premium”, conta a
Não é difícil entender tamanha onda de gerente da Suzano. Outra alternativa é o TP
migração. Enquanto os envelopes pratica- Hi-Bulky, papel cartão triplex que apresenta
mente se tornaram sinônimo de marca popu- rigidez diferenciada e, segundo a executiva,
lar, nos últimos anos as caixinhas de papel se adapta bem a impressoras e linhas de
cartão têm conseguido agregar valor a dife- envase de alta escala. Ana Paula cita ainda
rentes linhas sem implicar grandes alterações o TP Polar, papel cartão triplex com resina
no custo de suas embalagens. interna que funciona como barreira a umi-
Uma das principais vantagens do papel dade e gordura. “Por enquanto, porém, esse
cartão decorre do maior destaque propor- produto está sendo mais utilizado no merca-
cionado no ponto-de-venda. “Na maioria do de embalagens de alimentos congelados”,
das vezes os itens com embalagens de papel ela informa.
cartão estão mais bem expostos, tanto em Os apelos do papel cartão no mercado de
localização na gôndola quanto em metragem, sabonetes não se resumem a ganhos na área
Conteúdo enobrecido
Projetadas com esmero, embalagens valorizam molhos na sua transição de
suvenires de restaurante a produtos distribuídos no varejo de alto requinte
Por Flávio Palhares
A
nte a crescente demanda
de seus exigentes clientes
pelos molhos e cobertu-
ras produzidos em sua
cozinha, para uso em casa, a rede de
O
restaurantes e cafés Bazzar, conhecida
AÇÃ
ULG
no Rio de Janeiro pela boa qualida-
DIV
de de seus produtos, acabou entrando
OS:
FOT
recentemente em novo nicho de negócio
que, graças ao uso adequado das embala-
gens, se prenuncia muito próspero. Ocorria
que o atendimento ao público para aqueles
complementos vinha crescendo gradativamen-
te, com o uso de embalagens genéricas, sem
marca, sem rótulo e sem grandes pretensões
por parte dos proprietários da casa. e manter a qualidade original. “Nossos produ-
Foi então que entrou em cena a rede de PRATICIDADE tos atendiam bem às donas de casa e sempre
supermercados Zona Sul, cujas principais lojas Tampa usada como se adequaram perfeitamente às necessidades
base facilita escoamento
ficam no bairro do Leblon, com uma proposta do líquido viscoso de consumo do público masculino que cozi-
que influiria na decisão dos sócios do restau- nha por lazer e do chamado single”, observa
rante de transformar os ingredientes artesanais Cristiana Beltrão, uma das sócias do restau-
em produtos capazes de ter bom desempenho rante. “Era fundamental que as embalagens
em gôndolas. A rede se dispunha a comer- agradassem a esses públicos.”
cializar os itens com a marca Bazzar, desde Para desenvolver o projeto o Bazzar con-
que acondicionados em recipientes industriais. tratou em São Paulo a agência Hi-Design, por
Essa é a gênese de duas linhas de produtos indicação da consultoria FuturePack. “Como
cujas embalagens – frascos de polipropileno os dois itens – molhos salgados e caldas
multicamadas e potes de vidro – materializam doces – são totalmente distintos, foram defini-
os sempre enaltecidos conceitos de transmis- dos dois conceitos diferentes de embalagens”,
são da idéia de qualidade do conteúdo e de conta a designer Sara de Paula Souza, diretora
adição de valor. da Hi-Design.
Aceita a proposta, os sócios do estabe-
lecimento decidiram que seria fundamental Barreira decisiva
acondicionar os produtos, cuja qualidade tanto Para as caldas de chocolate, caramelo e fram-
atraía os compradores, em embalagens atraen- boesa foi escolhido um pote de polipropileno
tes, capazes de manter os sabores originais e multicamadas, produzido pela Olveplast, com
ao mesmo tempo transmitir a idéia de manu- resina fornecida pela Suzano Petroquímica.
fatura requintada, sem cair na vala comum do “O produto que a Suzano nos apresentou pos-
“produto caseiro”. sibilitou o uso de pouquíssimo conservante,
As caldas e coberturas são produtos natu- pois tem ótimo grau de barreira”, diz Cristiana
rais, com pouquíssimos conservantes, e isso Beltrão. “Queríamos produzir as caldas sem
impunha o desafio de criar recipientes com aditivos, mas isso não foi possível”, ela conta.
barreira suficiente para preservar o conteúdo “Porém, com o polipropileno multicamadas
Em busca de mercado
Diretor de entidades de design vem ao Brasil avaliar oportunidades para
empresas inglesas. Projetos de embalagens fazem parte do interesse
D
irigente da Design Business projeto é de três anos. Quando eu retor-
Association, associação nar à Inglaterra, teremos mais informa-
britânica que fomenta par- ções para formular propostas relevantes
cerias entre o comércio para o mercado brasileiro.
e empresas de design, e da Design
Leicestershire, entidade representativa A brochura oficial da missão Go Brazil
de mais de 700 consultorias de design diz que a Design Leicestershire repre-
baseadas na região das East Midlands, senta mais de 700 empresas de design.
o Centro-Leste da terra da Rainha, o Parece ser um setor bem prolífico para
FOTOS:DIVULGAÇÃO
inglês Trevor Flannery esteve em São a região Centro-Leste inglesa...
Paulo no início de março numa espécie Sim. East Midlands é uma grande região
de missão de reconhecimento. Veio para – quer dizer, não tão grande assim se
analisar o design brasileiro como negó- comparada a São Paulo, na verdade até
PROSPECÇÃO – Para Flannery, o Brasil é um
cio e mapear oportunidades futuras para pequena (risos)... Duas pesquisas detec- mercado potencial para designers britânicos
as representadas. taram 708 empresas de design nessa
A visita de Flannery, que também é região, de quinze diferentes perfis. São lagens brasileiras, freqüentemente
diretor de vendas e marketing da Stocks empresas que vão desde escritórios de dizem que elas carregam uma quantida-
Taylor Benson, considerada uma das arquitetura e de design de ambiente a de exagerada de informações. Produtos
principais agências britânicas de design agências de design gráfico, de criação britânicos costumam prezar embala-
gráfico, integra a Go Brazil, maior cara- de material de apoio para ponto-de- gens limpas, com design minimalista,
vana multissetorial do Reino Unido venda, de design de produto, de design principalmente os de marcas próprias
ao Brasil nos últimos anos, apoiada estrutural. É um espectro bastante varia- dos varejistas. A que o senhor atribui
pelo UK Trade & Investment (servi- do. Há desde empresas com mais de essa característica?
ço comercial do governo britânico). cem funcionários a empresas formadas Não tenho uma opinião formada a res-
O “missionário” concedeu a seguinte por dois ou três profissionais. peito, mas parto do pressuposto de que
entrevista a EMBALAGEMMARCA. cada povo tem sua cultura de consumo.
Qual a importância do design de emba- Ao mesmo tempo, o design muitas
Quais os interesses das empresas britâ- lagem dentro da missão representada vezes cede a variados tipos de pressão,
nicas de design no Brasil? pelo senhor? como os de cunho sanitário ou ambien-
Há um esforço no sentido de se firmar Consideramos o design de embalagem tal, e acaba havendo uma overdose de
uniões colaborativas internacionais para muito importante, embora tão importan- informações nas embalagens. Em face
as consultorias de design associadas à te quanto qualquer outra disciplina, dada de sua pergunta, uma coisa em voga na
Design Business Association e, em nível a variedade de perfis das empresas repre- Inglaterra, atualmente, é o que chama-
mais específico, àquelas integrantes da sentadas, como mencionei. Embalagens mos de traffic light system. Basicamente
Design Leicestershire. Nesse sentido, estão na nossa agenda porque 65% do são sistemas que, da mesma forma que
temos apoio governamental e também faturamento das consultorias represen- semáforos, comunicam através de íco-
da indústria, na forma de recursos capta- tadas advêm de projetos para o varejo. nes coloridos os níveis de sais, de açúca-
dos junto à iniciativa privada. Queremos Muitos desses projetos são de embala- res, de gordura saturada dos alimentos.
entender melhor o Brasil, pois nossos gens para produtos de marcas próprias Foram inventados para funcionar como
mercados são muito afastados, não têm dos varejistas. Visitarei supermercados guias fixos, permitindo ao consumi-
intimidade. Poderemos, assim, construir para observar atentamente as embala- dor visualizar rapidamente o que é ou
parcerias com empresas brasileiras com gens daqui. não benéfico à sua saúde. Algumas
interesses comuns e também prestar das grandes cadeias varejistas do Reino
serviços de consultoria no futuro. Nosso Designers europeus, ao analisar emba- Unido estão tentando adotar sistemas
auto-adesivos no Brasil.
Com investimentos
constantes em tecnologia,
seja em equipamentos,
do segmento.
aplicações, e exporta