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Terapia alternativa

Índice

• 1 - Definição
• 2 - História e Desenvolvimento
• 3 - Formação do Terapeuta
• 4 - Quem a utiliza
• 5 - Referencias
• 6 - Fontes de Pesquisa Adicional
1 - Definição
Terapia alternativa é toda e qualquer forma de tratamento que difere dos meios tradicionais
usados na medicina convencional tais como os remédios, cirurgias ou procedimentos invasivos
considerados padrão para determinadas doenças, no tratamento e profilaxia destas quando
diagnosticadas por um médico, baseadas num código internacional (CID).

Embora se utilize o termo "alternativa", não se deve confundir com a medicina tradicional, que
trata e visa a cura da "doença" descrita, entretanto, o uso desta se deve exclusivamente para o
tratamento da "pessoa" de maneira integral, isto é, sempre olhando os aspectos físicos e
emocionais da mesma, e acima de tudo, respeitando suas concepções de vida e crenças
pessoais.

Os desequilíbrios na saúde e qualidade de vida de uma pessoa vistos sob a ótica da terapia
alternativa, são retratados através da avaliação dos pontos de reflexologia, acupuntura,
quiropraxia, etc.

Evidencias de formas mais primitivas destas Terapias praticadas, foram descobertas no decorrer
da história em escavações arqueológicas, como por exemplo no Egito, descoberta na tumba de
Ankhamor, o "Médico" egípcio, com data de 2330 a.C, mostra uma forma de reflexoterapia podal
e nas mãos como mostrado aqui no pictograma.

2 - História e Desenvolvimento
Em muitas culturas, o consenso sobre qualquer doença apresentada por uma ou mais pessoas na
tribo ou comunidade, seriam que o desequilíbrio e as desarmonias decorreriam por desagrado
aos deuses, às forças da natureza ou ao Universo[1]. Toda enfermidade teria uma mensagem a
ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a
comunidade no tratamento.

A figura central para descobrir o que estava causando tal doença na pessoa ou na tribo era o
xamã, ou sacerdote, que atuaria como intérprete da vontade das forças universais,
compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos
ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por “sincronicidades”, por “sinais”, cuja leitura
lhe transmitiria o caminho da terapia.

Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e
situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam
intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-
os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este “status”, o que estimulou
para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos
sucessores, comumente, seus próprios descendentes.
Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida
de geração a geração.

Inscrição rupreste representando o Xamã e sua dança

Com a evolução das civilizações se propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um


instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já
que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História
registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de
tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era
associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um
resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo.

Na civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos
deuses e heróis mitológicos tais como Asclépio. Haviam os templos destinados à terapêutica,
muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades.
A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos
filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem
holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento,
dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o
início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à
sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do
médico atual e da abordagem “científica”, ruptura esta que culmina com Galeno, grego que
atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro “médico”, já que estabeleceu
“doenças” como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo “desmembramento de
seus componentes”. Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que
surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de “doenças”
que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e
pela difusão do "Cristianismo" de Roma e do Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno
como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem “científica” e separatista.
A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus
sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em
oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência,
cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos
dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o “consolo
espiritual” da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-
lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas milenares, agora rebatizados
por Roma de "Feitiçaria".

Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos


começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma
ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do
método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto
arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o
desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria
farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como
ciência “exata”.

No último século e principalmente nos últimos anos com a globalização tanto comercial como do
conhecimento humano, tem sido revista a posição da medicina convencional como a "única"
mantenedora e regeneradora da saúde do ser-humano, trazendo benefícios para um número
incalculável de pessoas ao redor do mundo que fazem uso da Terapia Alternativa, como muitas
pesquisas científicas tem demonstrado.

3 - Formação do Terapeuta

Muito embora os cursos hoje em sua maioria não tenham nenhuma relação com formas
espiritualísticas de tratamento, ainda existem algumas que fazem uso desta, sendo que a
pessoa que busca formas alternativas de tratamento, deve fazer uma pesquisa pessoal,
respeitando sua própria consciência neste respeito, ao escolher uma ou outra forma de
tratamento, em qualquer área da saúde.
Atualmente existem cursos técnicos na área nos mais diversos países onde é permitida, no Brasil
a denominação de tais cursos levam o nome de Curso livre, Curso de extensão [2]ou Lato Sensu.
Mas é muito comum no meio profissional destas formas de terapias o autodidata. Nos cursos
profissionais sérios há uma real preocupação com respeito a não se ultrapassar os limites da
profissão de Terapeuta, principalmente em não "invadir" o que cabe a medicina convencional
através dos tratamentos ortodoxos. O que melhor define as formas sérias de Terapias
Alternativas seria o lema "TRATAMENTO PARA A PESSOA" , jamais contra sua doença, pois aí
estaria entrando num campo ao qual não pertence.

4 - Quem a utiliza
A maioria das pessoas que buscam as mais diversas formas de Terapia Alternativa diferente do
que se pode se pensar, tem formação escolar superior, pertencem à classe média e 80% são do
sexo feminino, segundo dados do Sinte (Sindicato Nacional de Terapeutas do Brasil)[3].
5 – Referencias

1. Teixeira, Hélio. Holismo e Medicina.


http://www.uninet.edu/cin2001-old/conf/teixeira/teixeira.html
2. Pedrol, Sandro.Terapias Alternativas. http://www.sandropedrol.webs.com
3. SINTE, SINTE. O Perfil do Setor. http://sinte.com.br

6 - Fontes de Pesquisa Adicional

I Siev-Ner, D Gamus, L Lerner-Geva, A Achiron. Reflexology treatment relieves symptoms of


multiple sclerosis: a randomized controlled study. Multiple Sclerosis, Vol. 9, No. 4, 356-361
(2003).

Hodgson, H. "Does reflexology impact on cancer patients' quality of life?," Nursing Standard, 14,
31, pp. 33-38.

Ji-Eun Han, Master, RN, Young-Im Moon, PhD, and Ho-Ran Park, PhD. College of Nursing, Catholic
University of Korea, Seoul, none, South Korea, "Effect of Hand Massage on Nausea, Vomiting and
Anxiety of Childhood Acute Lymphocytic Leukemia with High Dose Chemotherapy," Presented at
Back to Evidence-Based Nursing: Strategies for Improving Practice, Sigma Theta Tau
International, July 21, 2004.

Michael T. Haneline, DC, MPH, Palmer College of Chiropractic West - Evidence - Based
Chiropractic Practice, 2007.

David J. Mayer - Acupuncture: An Evidence-Based Review of the Clinical Literature - Department


of Anesthesiology, Medical College of Virginia, Virginia Commonwealth University, Richmond,
Virginia, 23298–0337.

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