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Dedico estas linhas aos meus amigos distantes; Gláucia, Ederson e Leonardo (Brasil), Leila

(Hamburgo) e Vanilza (Suíça) que sempre estiveram em palavras presentes ao longo desse
percurso que me trouxe até este ponto em que hoje me encontro.

Paisagens
de
passagem
Há pouca poesia além dos olhos do poeta!

Esta é uma coletânea de textos, que surgiram em diversos períodos e fases de criação e
inspiração. Aqui se encontram escritos de um adolescente hesitante vivenciando os seus 15
anos de vida no início dos anos 90 ao lado de outros tantos de um rapaz em meados dos vinte
anos acompanhando intensamente o desabrochar do século XXI e as (in)certezas
contemporâneas de um homem adulto de mais de 30 anos.

Não há a menor pretensão de se criar uma unidade cronológica ou contextual..

A intensão é uma obra descontínua, desconexa, repleta de inconstâncias, qual o diário de


viagem de quem ainda estar por viajar e ignora por completo o dia de seu retorno.

O eu-poético é o de um observador assíduo que não ousa intervir, apenas descrever e recitar
suas experiências e percepções mais peculiares, particulares e intensas.

A leitura destes versos pode ser considerada um convite exclusivo e bem particular para se
compartilhar das vivências líricas dos inúmeros poetas-personagens criados pelo autor.

Ao autor cabe apenas a função de se dirigir ao leitor neste texto introdutório, que você leitor
agora ler, e agradecer pelo interesse e desejar-lhe uma ótima viagem ou quiçá apenas um
breve passeio pelas diversas paisagens de passagem que ambularão pelas páginas
conseguintes.

O de Andrade

Bielefeld, Alemanha, junho de 2008


em tudo ao meu redor

vejo o suor alheio

trabalho exaustivamente

empregado em função

da sutil necessidade

(extrema?)do existir

coisas ao meu redor.

1993[ O: ]

a luz repentinamente violenta a escuridão

em que estou imerso e tudo ao meu redor

adquire cores e dimensões, materializando-se

em objetos inertes que agridem meus olhos

e os fazem clamar: “TENEBRÆ!”

1994[ O: ]
aeroporto:

luzes seguindo em linha reta


até se encontrarem
num vasto espaço em escuridão
aguardando...

a lagoa:

escuridão denunciada pelo reflexo


da avenida em sua vastidão
de águas trêmulas
aguardando em vão...
...atravesso noctívago pela avenida afora

a praça Central pára para ver a banda passando


por um instante tudo a acompanha;
os ônibus esvaziados reclamando,
o cinza, ofuscado pela explosão de cores,
estranha e eu ali, parado na flor do momento,
nada ainda entendo.

Industrial

entre a pedreira e as serras


no extremo súbito espaço
extende-se, só bares e lares; bairro.

em Palmares de liberdade vigiada;


cachorro lambe a boca de bêbado na calçada,
os orixás recebem oferendas na encruzilhada,
lata d’água ainda sobre a cabeça sobe a escada,
há disritmia de cores na fachada
e teus olhos negando-me a tua estrada.

1995[ O: ]
Cabinda

Lembranças numa saudade


sem fotografias
sem uma presença
apenas o olhar
vagando pelo horizonte
de atlântica essência
no elo azul céu-mar
de uma etérea corrente
quase esquecida
nas vagas de uma memória
sem a linearidade
e a verdade históricas ,
plena em si mesma...
olhos que miram Angola
além do vasto oceano
em busca de algo
que no velejar do vento
‘inda seja seu.

terça-feira, 12 de dezembro de 2000[ O: ]


céu único oásis

simples espaço

azul lúgubre

reivindica luz

usinas ásperas

rastros hostis

sinônimos

ostensivos

da humana ação

interrompem-lhe

o silêncio

as turbinas

sincrônicas
de um avião

1998[ O: ]
da penumbra me vem a janela
emoldurando o horizonte
recortando-o em telas
que se complementam
onde a paisagem arde
transfigurando-se intensa
em cada fração de átimo
perante meu inquieto
olhar extenso e só
sobre esses morros pálidos
pipocando sempre em luzes
sob um céu quase dourado
mesclado de negras nuvens...

1999[ O: ]
eis gotas de silêncio ferindo meu árido solo num sim
multiplicando-se em marcas profundas
constituindo-se nos rastros de mim...

1998[ O: ]

---------------------------------------------------------------

entre edifícios

há uma árvore parada na calçada,

que está em frente a fachada de um shopping

e sobre a árvore parada na calçada,

que está em frente a fachada de um shopping

há Orião, brilhante -entre edifícios-

numa inesquecível noite de verão

sonolenta e sem fogos de artifícios.

1994[ O: ]
1996[ O: ]
me sinto caminhando para além desta América brasileira,
aquém, do terreiro da urbe ladeira Beagá;
silenciada pela prosa arcaica proferida pelos transeuntes
desnorteados, em frenético perambular,
pelo mundo em caos via satélite,
por minutos tão inertes e plenos do agora
pelo desdobrar da vida diante de si.

1998[ O: ]

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -------

transformando em fatos verbais o silêncio que estes olhos


tortos e tão contidos vêem arder em luz de trópicos
miscigenados.
as possibilidades em si, vazias, clamando serem densamente
preenchidas pelas palavras proferidas,seja lá como e onde
for,pelos dizeres de todos os poetas mortos a cada verso
lançado a luz em detrimento de milhões lançados a escuridão
serena, em instantes de lágrimas explodidas, ao tocarem o
chão qual semente estéril aguardando a morte sob o sol árido
tendo, assim, banalizados seus motivos e fins.

1997[ O: ]
1999[ O: ]
nada escrevo na noite,

escuto o correr das nuvens

as estrelas ocultando.

quase percebo a noite,

escuro ser transcorrendo

sobre meus pensamentos

outoniços de outubro!

1999[ O: ]

rroon nddaa--mmee’’ssttrreellaass
ssiillêên
ncciiooss
sseerreenniiddaad dee
mmeerrggu ullhhoo
nnaa n nooiitteessccu
urriid
dããoo
iim
meen nssuurráávveell
aaooss oollh hooss

1998[ O: ]
Noite pela estrada

noite pela estrada curta

grave em estrelada curva

cuja lua ainda turva

o meu tempo segue, furta,

turva, curva e encurta.

1999[ O: ]
Noitestrelas

-árvoresombras quase velas vencidas pelo vento

telhadosilêncios, janelas que se apagam

noitestrelas surgem única e muitas

escuridão pontilhada de luzes distantes e diversas


não me há palavras para vê-las em versos

resta-me o desejo de dizê-las

e as digo a mim mesmo para esquecê-las

mergulhando-as n´algum recanto

já adormecido de meuniverso

1996[ O: ]
pelo norte horizonte,

calda da ursa inversa,

meu norte anuncia ao tempo.

Árvores, passa o vento.

Clarão contra a turva treva,

dentre nuvens, o dia rompe.

1997[ O: ]

leira aberta pelo tempo em mim

aguarda a semente plena em luz

entreaberta para o céu, azul sem fim,

donde a chuva cai e a tudo seduz

e doira com suas gotículas, em vão!

1997[ O: ]
Reflexo

fura

água

suja

pura

lu a

nu a

n a

ru a

dura

crua

nu a

1996[ O: ]
Silêncios...

...extensos -subseqüentes-

ininterruptos e solitários,

silêncios imersos em inúmeras letras

de fontes e cores bastante diversas

onde fonemas mudos nada dizem

por estarem distantes de mim.

silêncios que os olhos tentam romper

recorrendo aos pensamentos,

ora tão límpidos quase audíveis,

ora tão turvos quase fumaça ao vento.

silêncios sempre imersos em sobriedade!

1996[ O: ]
1993[ O: ]
sob o céu cheio de estrelas

nada (mais)me faz tão bem quanto vê-las

brilharem cintilando ao léu,

ora alvas, ora amarelas,

ora pérolas, ora flores belas,

às vezes cortando o céu

puras luzes efêmeras,

suas cruzes etcéteras,

nuas fogueiras eternas

a enfrentar a plena escuridão,

duras torneiras externas

a derramar luz na amplidão,

cegando-me por tanto querer vê-las,

afogando-me na imensidão láctea de estrelas,

negando-me por tanto querer vê-las,

apagando-me na imensidão áurea de estrelas.

1996[ O: ]
Primeiro, vi teus tons dispersos sobre a água já turva, onde as
linhas dos edifícios, em trêmulas curvas, estavam.

Agora a luz do sol atravessa depressa a camada de folhas


espessa da centenária árvore, só para lhe tocar, em círculos
esparsos, os cabelos e a bege pele, ou seria esta a cor de tua
calça? e o azul de tua camisa; cor de seus olhos? ou seriam por
trás dos discretos óculos, mel?

Teus pés a alguns centímetros do chão, envoltos em negro.

Tua face serena a me perguntar; _quantas horas? e eu cego


- sem cada ponteiro entender – inclino meu pulso para no
relógio ter-te.Estás lá, firme e eternamente.Nada te digo, para
viver este instante por inteiro.

Percorre meus olhos, cada ponto de ti.

És luz, luz rasgando o verde ao teu redor, dando-lhe sabor.

Pinto-te já ao longe, em carbono sobre papel, por retas e


curvas letras, diminuído-te para suportar-me.

1997[ O: ]
um sol imenso

submergindo

atrás da rocha nua

da pedreira iluminada

pela ausência de palavras

capazes de lhe permitir

a existência impretérita

aos olhos,

a matéria e

a memória...

...persegue meu olhar.

1997[ O: ]
1999[ O: ]

gotas
pingam
todas
no
nada
da
calçada
vazia
poça
pa
ra
da
ao sol
seca e
finda
para o
olhar.

1994[ O: ]
Chovia.

Gotas explodiam sobre o asfalto


cinza pálido quente em silêncio
manchando-lhe a superfície vazia
percorrendo-lhe aglomeradas, frias
em enxurrada quase correnteza...

Tocam a terra sedenta


nos canteiros onde árvores
restam imensas, imóveis
crescendo em vida e verde...

Varrem os morros suados em euforia


levando-lhes a cor desfeita em incerteza
lavando-lhes a pele mulata ardente
coberta pelas favelas presas no alto...

Sob o sol de inverno tropical


em meus olhos já sedentos
impregnados por diluvianos pensamentos...

Chovia.

1997[ O: ]
Crime

sangue

pulsa

forte

rubro

tiro

furo...

...sangue

corre

rumo

ao chão

negro

duro

seco...

...fuga

morte.

1995[ O: ]
Os mares de Minas -1
“...mar é o que a gente sente saudade?...”
Guimarães Rosa

quão vastos são os mares de Minas!

suas águas brotam da memória

ou do desejo de ter o jamais visto.

suas ondas vão e vêm, vêm e vão

tornando-se quase presenças

seu marulhar...

...sua brisa atlântica...

...seu eterno azul a verdejar

qual as serras gerais.

1995[ O: ]
1999[ O: ]

O sempre presente
entendo
em dor,
em cor,
em flor
rompendo
o horizonte extenso,
sóbrio,
onipresente,
mas não o tenho,
posto que nunca o vejo.

1994[ O: ]
em tempo

tempo

tempo

tempo

tempo

tempo

tempo

tempo

tempo

tempo

tempo

tempo

1996[ O: ]
Um canto tosco complexo e exótico
almejaria um poeta calado
pelo silêncio extenso do tempo
escorrendo sobre seus pensamentos,
que resta além de sua voz no teu canto?

2000[ O: ]

o tempo

um fluir constante do presente instante a fluir

1998[ O: ]

A espera infinda, o relógio perpétuo,

a verdade imprecisa, o instante necessário...

1997[ O: ]
Geraes

das Minas se fez Geraes.


Do sangue escravo inocente
com seu próprio suor e semente lavado
foi esta híbrida flor Geraes erguida inconseqüentemente
dentre as remotas serras de outrora.

Há nestas Geraes ladeiras,


pó por todo lado,
esperança,
rios e lavadeiras,
fome, alegria, gado...

...lembranças.

Há cachoeiras,bares,
seca,“uai!”,“dia!”
desconfiança,
desejos, feiras, luares,
festas tradições, folia...

...crianças.

E há de haver muito mais


também
por estas infinitas Geraes;
coisas, trilhos, trem.

1997[ O: ]
sono sereno ser
terra túmulo tempo
serra súbito sempre
trono terreno Ter

vento volátil véu


morte múltipla meta
sorte súplica seta
centro cidade céu

prata pérola plena


monte máximo metro
ponte pálido ponto
mata mórbido manto

você vereda vera


fogo ferida flama
ato ágora ama
erro extrema era

noite notável nata


risco relato rio
calor certeiro cio
daqui destino data

1999[ O: ]
versejando por avenidas vazias

entre silêncios e uma euforia

sem razão de não ser o prisma

em que se decompõe toda unidade

da verdade alvejada pelas palavras

atiradas quais projéteis contra o concreto insensível

que reveste os ouvidos e edifícios

e cala no vento a voz

que já não fala apenas se falta

2000[ O: ]
REGISTROS

...rompe o plano horizonte


o pleno monte moreno
luz lúcida iluminando
a crua lua da rua
sobre o morro, ser sereno...

...olhos ainda meninos furtam


as curvas da mulata estacionada.
Sorrisos na escuridão silenciam os ônibus.

Meus pés sobre o asfalto alternam-se


rumo ao sempre adiante lugar nenhum...
...sol escorre pelas nuvens negras
- que se diluem repentinamente -
para a imóvel serra
- que arde sorrateiramente -
acariciar; antes de seguir
seu ciclo de mera estrela...

...de repente, imerso em preto barro;


o Escorpião está, dentre árvores
- outrora imóveis manchas verde-escuras
sob a luz solar noturna de uma lua
- arco esférico sorridente - assombrando-me...

1999[ O: ]
A ruina

Há uma ruina sobre a qual paira o meu nome,


que não é só meu e não pode ser só a minha ruina.
Um elo a se desfazer sob o vasto céu da desventurada Galícia.

2008[ O: ]

cerca câmera merca


amarra a luz azulada.
arranhando o ar
arame etéreo reobtém temores.
resta esta tamanha manha
manhã sem amanhã!

2008[ O: ]

rever
o verso
ver-te
em versos livres
das gaiolas; nas janelas
em silêncio a balançar
em vão...
...revejo-te.

1998[ O: ]
2008[ O: ]
Die Burg

In ihrem Schatten an einem selten sonnigen


Tag erblicke ich die alte Welt vor mir.
Die kalte unruhige Luft weht ins Gesicht,
die steife Zeit auf dem verschlafenen Berg
bringt mühselig mit sich den klaren Abend,
den Mond, die Sterne, die Lichter der Stadt,
und es fällt langsam überall Schatten.

2008[ O: ]

tradução:

A fortaleza

Sob suas sombras em um raro dia de sol,


miro o velho mundo diante de mim.
O inquieto ar frio sopra sobre a face,
o rijo tempo sobre o monte adormercido
traz a duras penas consigo a noite clara,
a lua, as estrelas, as luzes da cidade e
sombras aos poucos são espalhadas sobre tudo.
MAR É
ESSE SOM

A ONDULAR
A AREIA
RETOCANDO-A
A BEIRA DE MAR.
É.

2008[ O: ]

Mar
ia
a ir
e
ria
ao
rio
e
ao
ar
ro-
-en-
-do
a
ilha
vazia
vasilha
onírica
do mar
e
ritmo

2008[ O: ]
pôr-do-sol

pôr-
-do
-sol
mediterrâneo
e m o l-
-d -r
u a-
-do
por
muros
testemunhos
de séculos
ao
red_r

2008[ O: ]
2002[ O: ]
Die Sanduhr läuft ständig
Richtung Ewigkeit,
jedes Sandkorn
ein Stück der
jetzigen
Zeit,
die
vor
uns
schnell
vergeht, um
ihre unwiderstehliche
Macht uns konstant zu zeigen.

2008[ O: ]

tradução:

A ampulheta corre constante


em direção a enternidade,
cada grão de areia
uma parte do
atual
tempo,
que
perante
nós
rapidamente
se esvai para
constantemente o seu
impretérito poder nos mostrar .
Das Tor zum Anderswo

Dies ist die Straße,


die die Freiheit kennt
die Tag und Nacht
vorübergeht und
zum Ziel führt,
die man ganz treffend,
gefällig und einfach benennt,
die die Träume vieler
besonders berührt.
Die Straße zum Bahnhof,
der Weg durch´s Tor nach anderswo.

2008[ O: ]

tradução:

O portão para outro lugar

Esta é a rua,
que a liberdade conhece.
Que dia e noite
de passagem
leva até o destino,
que bem precisa
e simplesmente se alcunha,
que os sonhos de muitos
em especial toca.
A rua que vai para a estação,
o caminho ao portão para outro lugar.
Poema desconcretizado

g
o
t
a
s
p
i
n
g
a
m

t
o
d
a
s
no nada da calçada vazia
p o ç a
sob o sol secam
e findam para o olhar

2003[ O: ]
Um poema anônimo
Rompendo-lhe o silêncio
Sem algum porquê

Um pseudo poeta atônito


Vivendo cada dia pela aurora
Expandindo o vazio universo em si

1999[ O: ]
Akronyme*

Ein Meer im Licht


Noerdliches
Licht
des
ewigen Himmels.

Eine Mühle im Licht


Noerdliches
Land
der
einsamen Weite.
Ein Mensch im Licht
Noerdliches
Leben
der
eingeschlafenen Provinz.
Ein Maler im Licht
Noerdliches
Licht
des
eisigen Meeres.

*Hommage a Emil Nolde (*7. 08. 1867 - +13. 04. 1956),


einer der führenden Maler des Expressionismus.

2008[ O: ]
Tradução*²

Acrônimos*

Esse mar imerso em luz


Nórdica
luz
do
eterno céu.

Esse moinho imerso em luz


Nórdico
lar
da
extática imensidão.
Esse mensageiro imerso em luz
Nórdica
labuta
da
emudecida província.
Esse mestre imerso em luz
Nórdica
luz
do
elidido mar.

*Em homenagem a Emil Nolde (*7. 08. 1867 - +13. 04. 1956),
um dos principais pintores do Expressionismo alemão.

*² suscetível a transposições e livre interpretação do conteúdo formal em prol da


manutenção da estrutural gráfica.
Roda a dor
O Palíndromo, etéreo cilindro anacíclico
da matéria palavra onde tudo se converge, gira, mexe, respira, se reverte!

A Dora, a dor, a roda


A roda, a Dora, a dor

Dora roda a dor


A dor Dora roda
Roda a dor Dora

Dora a dor roda


A dor roda Dora
Roda Dora a dor

Com Dora a dor roda


Roda a dor com Dora

Dora roda a dor


A dor Dora roda
Roda a dor Dora

A Dora, a dor, a roda


A roda, a Dora, a dor

2008[ O: ]
2003[ O: ]
Direitos Autorais

©O de Andrade* 2008

Todos os textos em língua portuguesa e alemã.

Layout e concepção gráfica.

*O de Andrade é um pseudônimo artístico de Aloisio O. de Andrade-Schampel

Fotos :

1.„identifique-se“ - „ilha“ - .„vela aberta“ - „os mares de Minas“ - „ondas“ -


fotocolagens criadas a partir de imagens retiradas de anúncios publicitários
publicados na revista Veja n° 1359 de 28 de setembro de 1994 digitalizadas e
alteradas graficamente pelo autor.

2. Marca d´água mapa geológico da cidade de Belo Horizonte divulgado na


internet pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

3. „serra-mar“ imagem criada a partir da digitalização de uma página escrita e


impressa pelo autor.

4. „gotas“ foto retirada do portal de fotos Webshots: http://www.webshots.com/

5. „cachoeira“ foto digital da cachoeira Düden próxima a cidade de Antalya na


riviera turca alterada graficamente. Arquivo privado do autor.

6.„estranho estrangeiro“ fotocolagem feita através de fotos em papel digitalizadas


tendo como motivo detalhes de edifícios situados na cidade de Bielefeld na
Alemanha. Todas estas fotos pertecem ao arquivo privado do autor.

7. „pergunta a Fernando Pessoa” foto da estátua de bronze do Poeta Fernando


Pessoa em frente o café “A Brasileira” no Largo do Chiado em Lisboa digitalizada
e alterada graficamente. Arquivo privado do autor.

[ O: ]
©O de Andrade

Bielefeld, Alemanha
junho de 2008

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