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16-05-2009

A ÁGUA

ÁGUA
Porque é que a água é importante?

Quase tudo o que fazemos necessita de água, a


maior parte das nossas actividades diárias utiliza
água, logo ela assume um papel preponderante na
nossa vida.

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ÁGUA

Porque é que a água é importante?

A maior parte da superfície do planeta é formada por


água.
70%- água
30% superfície continental

ÁGUA

- 97,4%- águas dos oceanos


- 2,6%- água doce: Atmosfera, Glaciares, Águas
subterrâneas, Lagos, cursos de água, …
- Só 0,014% é água disponível para o consumo.

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ÁGUA
Além disso…

A água tem repartição espacial e temporal irregular:


• Áreas com excesso de água durante
determinados períodos;
• Áreas com falta de água durante
determinados períodos.

É o caso de Portugal…
Em consequência de uma desigual repartição da
precipitação média anual.

ÁGUA
PORTUGAL
Áreas mais húmidas - registam valores de
precipitação média anual mais elevados:
Norte Litoral e áreas montanhosas: a precipitação
média anual chega a atingir valores superiores a 3000
mm. O relevo mais acidentado, dominado pelas
cordilheiras montanhosas do Minho, pela Cordilheira
Central e pelos relevos que se estendem para
Sudoeste, promovem valores de precipitação elevados,
o que explica, por exemplo, que as regiões entre os
rios Lima e Cávado sejam muito pluviosas, sobretudo
as voltadas para o oceano Atlântico.

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ÁGUA
PORTUGAL
Áreas mais secas - registam os menores
quantitativos pluviométricos:
Sul do Tejo: a precipitação média anual atinge
valores inferiores a 800 mm, que decrescem para
Sul e para o interior. A região do Guadiana (Bacia
do Guadiana) chega a registar, em algumas
áreas, valores médios anuais inferiores a 450
mm, sendo, juntamente com o vale superior do
Douro (Bacia do rio Douro), a região mais seca
do território.

ÁGUA
DISPONIBILIDADE HÍDRICA
- Quantidade de água disponível
Disponibilidade hídrica está dependente:
- Dos elementos do clima especialmente a
precipitação.
Precipitação – elemento fundamental na definição
das características dos recursos hídricos, bem como
da sua gestão, devido, por exemplo, ao
desfasamento nas disponibilidades hídricas/consumo

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ÁGUA
DISPONIBILIDADE HÍDRICA
Onde é que existe água doce:
• rios,
• lagos,
• subsolo até 800 m,
• solo sob a forma de humidade,
• vapor de água.

ÁGUA
OS RECURSOS HÍDRICOS PODEM SER
CLASSIFICADOS EM:
- Superficiais
As águas interiores que não são subterrâneas e incluem
a água dos rios, dos lagos, das lagoas e dos
reservatórios de água artificiais, como albufeiras de
barragem, represas, etc.;
- Subterrâneos
Que se encontram abaixo da superfície do solo, ou seja,
a água de nascente e a extraída das minas, dos furos e
poços.

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ÁGUA

Então, a avaliação dos recursos hídricos,


potencialmente disponíveis numa região, são:

- As bacias hidrográficas, nos recursos superficiais;


- Os sistemas aquíferos, nos recursos subterrâneos.

ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS


RIO
Curso de água permanente, que corre por um leito
definido em direcção a outro rio, lago ou mar.
REDE HIDROGRÁFICA
Conjunto formado por um curso de água principal e
pelos seus tributários (afluentes e subafluentes).
BACIA HIDROGRÁFICA
Superfície drenada por uma rede hidrográfica.
AFLUENTE
É um curso de água que desagua num outro mais
importante.

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CAUDAL DE UM RIO
É a quantidade de água que passa por uma
determinada secção do rio por unidade de tempo.
Expressa-se em m3/s.

REGIME
Corresponde à variação do caudal do rio ao longo do
ano.

ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS


A elevada densidade de linhas
de água que constituem o
território nacional origina uma
interligação de cursos de água,
que acaba por definir uma rede
complexa e hierarquizada, cujo
padrão depende
• da natureza da rocha
• da estrutura geológica

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Na rede hidrográfica nacional,
dos cerca de 2439 rios,
destacam-se:
• os rios internacionais ou
luso-espanhóis, Minho, Lima,
Douro, Tejo e Guadiana, que
nascem em Espanha e desaguam
no oceano Atlântico;
• os rios exclusivamente
nacionais, que nascem em
território nacional, como o
Vouga, o Mondego e o Sado.

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O relevo e o clima promovem o
contraste existente entre as
redes hidrográficas do Norte e
as do Sul
No Norte
• mais densa
• rios de maior declive e caudal
vales mais estreitos e profundos
• devido: maiores valores de
precipitação e ao relevo mais
acidentado.

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No sul, pelas razões inversas:
• menor densidade;
• o caudal menor e mais
irregular.
A rede hidrográfica de Portugal
continental acompanha a
inclinação geral da topografia da
Península Ibérica – E-O, NE-SO e
NNE-SSO.
O rio Sado e o rio Guadiana são
uma excepção, pois escoam de
Sul para Norte e de Norte para
Sul, respectivamente.

ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS


A generalidade dos rios
portugueses tem um regime
irregular. Normalmente,
verificam-se caudais muito
baixos durante a época de Verão
e elevados nas estações do ano
com maiores níveis de
precipitação (Outono e Inverno).

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ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS


O perfil longitudinal e transversal dos rios

ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS


O perfil longitudinal e transversal dos rios

Perfil longitudinal
Linha que une os pontos
do fundo do leito do rio,
desde a nascente à foz.

Perfil transversal
Linha que resulta a partir da intersecção de um
plano vertical com o vale, perpendicularmente à
direcção deste, num determinado ponto. É
normalmente designado de vale.

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ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS


O perfil longitudinal e transversal dos rios

Vale
Forma definida pela convergência de duas vertentes.
Leito
Espaço que pode ser ocupado pelas águas.
Leito de Cheia
É quando as águas do rio transbordam o seu leito normal

ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS


O perfil longitudinal e transversal dos rios

Entre a nascente e a foz os rios vão variar o seu aspecto em


consequência da alteração de um conjunto de factores, o que
reflecte a sua capacidade erosiva

Erosão Fluvial
Consiste na acção rápida de desgaste, transporte e
acumulação exercida pelos rios.

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O perfil longitudinal e transversal dos rios

• a MONTANTE (CURSO SUPERIOR), domina o desgaste,


pois a altitude e o declive são mais elevados, o que traduz
uma maior capacidade erosiva e o intenso arranque de
materiais, devido à maior velocidade de escoamento das
águas;

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O perfil longitudinal e transversal dos rios

• na SECÇÃO INTERMÉDIA (CURSO MÉDIO), domina o


transporte pelas águas fluviais, onde os materiais mais
pesados acabam por ser depositados ao longo do percurso, à
medida que o declive se torna menos acentuado. Mas o
desgaste das vertentes do vale ainda é elevado;

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O perfil longitudinal e transversal dos rios

• a JUSANTE (CURSO INFERIOR), domina a acumulação,


devido ao fraco declive e ao predomínio de áreas mais planas
e de baixa altitude, que provocam uma diminuição das acções
de desgaste e de transporte dos sedimentos.

ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS


O perfil longitudinal e transversal dos rios

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O perfil longitudinal e
transversal dos rios

1º CURSO SUPERIOR
Os rios correm por regiões elevadas e montanhosas,
onde o declive é acentuado e a força da água muito
significativa.
Como consequência a acção predominante é o
desgaste do fundo do leito, o que faz com que o vale de
aprofunde, se estreite e tenha vertentes abruptas.
- VALE EM “V” FECHADO OU EM GARGANTA.
- FASE DA JUVENTUDE

ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS


O perfil longitudinal e
transversal dos rios

2º CURSOS INTERMÉDIO
O declive é mais suave e as irregularidades do leito são cada vez
menores.
Assim, a velocidade das águas abranda, o que faz com que o
desgaste não seja tão elevado.
Por outro lado, o volume de água vai aumentar, ou seja o caudal,
o que vai permitir um maior desgaste das margens dos rios.
Predominam as acções de transporte e de desgaste lateral do rio.
- VALES EM V ABERTO
- FASE DA MATURIDADE

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O perfil longitudinal e
transversal dos rios

3º CURSO INFERIOR
O rio corre em áreas mais ou menos planas, de fraco declive, onde a
velocidade das suas águas é reduzida.
Nesta fase, o rio tem fraca capacidade de desgaste e de transporte.
Predomina nesta secção a sedimentação dos materiais que dão
origem a planícies aluviais ou sedimentares (Ex: Mondego Tejo e Sado.
Nesta secção o vale é bastante largo e baixo, normalmente com
sedimentos depositados no fundo. O traçado do rio é geralmente
sinuoso, descrevendo muitas curvas, às quais se dá o nome de
meandros.
- VALE EM U OU EM CALEIRA ALUVIAL
- FASE DA MATURIDADE

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O perfil longitudinal e transversal dos rios
EM PORTUGAL CONTINENTAL:
• a Norte do Tejo, dado o carácter acidentado do relevo, o
perfil longitudinal é muito irregular, o que leva ao predomínio
de vales encaixados, declivosos e profundos ("V"), o que
favorece o aproveitamento hidroeléctico. Para jusante, o leito
torna-se mais regular e os vales vão-se tornando mais largos
("U"). No litoral, junto à foz, o vale é largo, o declive do seu
leito é muito fraco e as suas margens são baixas, o que
favorece as inundações.
• a Sul do Tejo, o perfil longitudinal dos rios é mais regular,
devido ao relevo menos acidentado e ao predomínio das
planícies muito próximos do perfil de equilíbrio.
• A rede hidrográfica dos rios exclusivamente nacionais
caracteriza-se por rios de leito irregular, pequenos e de fraco
caudal.

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