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Contágio Financeiro entre

Mercados de Acções
de Países Desenvolvidos
durante a Crise dos Ataques de 11/09/2001

Júlio Lobão
Universidade Lusíada do Porto

I Jornadas de Contabilidade e Finanças


Instituto de Entre Douro e Vouga
11 de Maio de 2009
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MOTIVAÇÃO

Estudo dos Episódios de Contágio

• Maior incidência de episódios de crise por contágio a


partir dos anos 90
– Mecanismo Europeu de Taxas de Câmbio (1992)
– México (1994-95)
– Sudeste Asiático (1997-98)
– Rússia (1998)
– Brasil (1999)
– Argentina (2001-02)

• Episódios pouco estudados nos países desenvolvidos


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MOTIVAÇÃO

Estudo do Fenómeno de Contágio

• Implicações na gestão de carteiras


– Processos de diversificação internacional do risco
– Modelos de avaliação de activos financeiros

• Relação com processo de integração internacional


dos mercados financeiros (globalização)
– Liberalização dos fluxos internacionais de capitais
– Integração monetária de zonas de comércio (euro)
– Aumento da interdependência entre as economias
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MOTIVAÇÃO

Estudo do Fenómeno de Contágio

• Papel das instituições financeiras internacionais em


contexto de crise
– Intervenções multilaterais e das instituições internacionais
– Condições das intervenções internacionais
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OBJECTIVOS E CONTRIBUIÇÕES

• Testar existência de contágio entre os mercados de


acções de países desenvolvidos durante a crise de 11
de Setembro de 2001

• Testar várias noções de contágio

• Utilizar diversas metodologias de teste


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CONTRIBUIÇÕES ADICIONAIS

• Características da amostra adoptada


– Frequência da informação
– Mercados de acções
– Países desenvolvidos
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OBJECTIVOS

Testar várias noções de contágio:

• Probabilidade de ocorrência de uma crise

• Propagação da volatilidade entre mercados financeiros

• Comovimento entre mercados financeiros

• Movimentos de preços não explicados pelos fundamentais

• Coincidência temporal de rendibilidades extremas

• Transmissão internacional de choques


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METODOLOGIA ADOPTADA

• Captar alterações ocorridas em diversas


características estatísticas dos índices de acções

• Testes de correlação
– ao comovimento entre mercados

• Testes de Kolmogorov-Smirnov
– à alteração das funções de distribuição de probabilidade

• Testes de valor extremo


– à alteração das abas das funções de distribuição de
probabilidade
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METODOLOGIA ADOPTADA (cont.)

• Captar alterações ocorridas em diversas


características estatísticas dos índices de acções

• Testes de causalidade
- Testes de raíz unitária
- Testes de cointegração
- Testes de causalidade de Granger

– transmissão de choques de rendibilidade pelos mercados


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METODOLOGIA ADOPTADA (cont.)

• Captar alterações ocorridas em diversas


características estatísticas dos índices de acções

• Testes baseados em modelos de vectores


autoregressivos (VAR)
- Testes de funções de resposta a impulsos dos VAR
- Testes de decomposição da variância dos VAR

– transmissão de choques de rendibilidade pelos mercados


ao longo do tempo
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DESCRIÇÃO DA AMOSTRA

• Rendibilidades logarítmicas dos mercados de acções


de nove países desenvolvidos
– Portugal, Espanha, Irlanda, Grécia, Alemanha, França,
Reino Unido, EUA, Japão

• Dados com frequência diária


– Período de crise: 14/09/2001 – 31/10/2001
– Período tranquilo: 10/07/2000 - 29/06/2001

• Fonte da informação: sistema Reuters


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ANÁLISE DE RESULTADOS

Testes Resultado
Testes de Correlação
9
Testes de Kolmogorov-Smirnov

Testes de Valor Extremo 9


Testes de
Causalidade
Testes de Raíz Unitária
9
Testes de Cointegração
9
Testes de Causalidade de Granger
9
Modelos
VAR
Decomposição da Variância
9
Funções de Resposta a Impulsos

9: Há evidência significativa de contágio


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CONCLUSÕES

• Contágio nos mercados de acções dos países


desenvolvidos da amostra foi forte durante a crise de
11 de Setembro de 2001

• Assistiu-se a contágio de curto prazo (testes de


correlação e de causalidade) e a contágio de longo
prazo (testes de cointegração)
– Aumento da incidência e associação das rendibilidades
extremas (testes de valor extremo)
– Padrão de transmissão de choques entre mercados não
é claro (funções de resposta a impulsos dos VAR)
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CONCLUSÕES

• Processos de diversificação de risco que não tenham


em consideração os efeitos de contágio podem ser
ineficazes, particularmente em alturas de maior
incerteza
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CONCLUSÕES (finais)

• Medidas de política económica e financeira a


adoptar face ao contágio observado
– Coordenação de acções multilaterais para limitar
contágio
– Políticas de supervisão que melhorem gestão do risco
do sector financeiro e reforcem a estabilidade e
transparência dos mercados financeiros
– Políticas de limitação dos comportamentos de herding

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