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VIEIRA, Alberto (2005), Açúcar, Melaço, álcool e aguardente. Notas e Experiências de João Higino
Ferraz(1884-1946), Funchal, CEHA-Biblioteca Digital, disponível em: http://www.madeira-
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Açúcar, Melaço,
Álcool e Aguardente
Notas e Experiências
de João Higino Ferraz (1884-1946)
Go v e r n o R eg io n al d a M a d eira
Açúcar, Melaço,
Álcool e Aguardente
Notas e Experiências
de João Higino Ferraz (1884-1946)
Go v e r n o R eg io n al d a M a d eira
TÍTULO Açúcar, Melaço, Álcool e Aguardente. Notas e Experiências de João Higino Ferraz (1884-1946)
IMPRESSÃO
DEPÓSITO LEGAL
ISBN 972-8263-50-3
6
ÍNDICE
INTRODUÇÃO........................................................................................................................................................................9
AS NOTAS DE JOÃO HIGINO FERRAZ E A HISTÓRIA DO AÇÚCAR ...................................................................13
A DOCUMENTAÇÃO ..........................................................................................................................................................15
NORMAS DE TRANSCRIÇÃO ..........................................................................................................................................16
LIVROS DE NOTAS
– Livro do armazem de conhecimentos uteis do assucar e melaços – cereaes –
e Explicações sobre a Maltagem .............................................................................................................................................23
– Livro de notas sobre fabricação d’assucar e alcool, e tabellas de calculos de João Higino Ferraz ........................................51
– [Livro de Notas 1904-1905, açúcar e álcool] ........................................................................................................................161
– 3.º Livro de notas de Fabricação de 1910..............................................................................................................................193
– Livro da Quinta do Seiceiro – S.to da Serra e Cidreria 1913 a 1914 .....................................................................................235
– Livro de Notas de fabricação assucar de 1915 N.º 2 .............................................................................................................239
– Livro de Notas 1915-1916 Assucar, alcool e diversos Nº 2 – 1 de 1916 ..............................................................................263
– Livro de Notas 1917 Assucar, alcool e diversos Nº 1 Composição dosphosphatos e do aluminato baryta..........................315
– Livro de Notas 1918-1919 Sobre vinhos e xaropes d’uvas Nº 1...........................................................................................327
– Livro de Notas 1919 Assucar, alcool e diversos Nº 1............................................................................................................331
– Livro de Notas 1919 Sobre assucar alcool e diversos Nº 2 ...................................................................................................367
– Livro de notas 1920-1921 assucar, alcool e diversos Nº 3 Especialmente sobre a saccharificação
do milho – cubas fechadas e fermentação Laboração de 1921 ............................................................................................395
– Livro de Notas Vinharia Nº 2 1922 .......................................................................................................................................433
– [Livro de Notas 1922-1923, açúcar, vinho e álcool] .............................................................................................................437
– Livro de Notas Vinharia e outros 1923 N.º 2.........................................................................................................................447
– Livro de Notas assucar vinhos e diversos N.º 5 1923 ...........................................................................................................487
– Livro de despezas na construção da Vinharia fabrico. 1923-1924 ........................................................................................505
– Livro de Notas 1924 assucar, alcool e diversos Nº 1.............................................................................................................509
– Livro de Notas 1924 Fabricação etc. Nº 2 .............................................................................................................................537
– Livro de Notas Vinharia 1924 Nº 3........................................................................................................................................567
– AGENDA PORTUGUESA 1928...........................................................................................................................................583
– AGENDA PORTUGUESA 1929...........................................................................................................................................681
– Livro de Notas Nº 3 – 1931-1932 Vinhos e outros Vinho-Maltine e cidrovinho-maltine.....................................................779
– AGENDA GABINETE 1932 .................................................................................................................................................783
– Livro de Notas Nº 2 1937 assucar, alcool e diversos Laboração de 1937 Vinhos no fim do livro........................................789
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8
INTRODUÇÃO
Noutro volume publicou-se a correspondência de João Higino Ferraz, que compreende o período de 1898 a 1937, aqui
daremos conta dos diversos livros de notas que conseguimos reunir sobre a actividade relacionada com o açúcar, melaço, álcool
e aguardente, reservando os idênticos sobre o vinho para um terceiro volume. Enquanto as cartas revelaram a dimensão externa
e interna do relacionamento de João Higino Ferraz com o seu entorno, já os apontamentos e cadernos de notas assumem um
carácter mais privado e tinham apenas como objectivo auxiliá-lo no labor de director técnico do engenho do Hinton.
Os apontamentos e notas que ora se publicam são um dado precioso para entender, primeiro a História do engenho, e depois
da evolução da tecnologia e química relacionadas com o açúcar, num período crucial como este de finais do século XIX e
princípios do século XX. Os documentos, que abarcam os anos de 1884 a 1946, não abarcam todo o âmbito de intervenção de
João Higino Ferraz no Hinton mas são suficientemente elucidativos sobre a realidade da indústria açucareira.
Nos últimos anos a aposta na História do Açúcar tem revelado espólios documentais de excepcional valor, mas ainda não
vimos um igual ao que tivemos a felicidade de encontrar. Aqui, quase de forma diária documenta-se o dia à dia do engenho nas
suas componentes técnica e química, dando-se soluções, a propósito, que depois acabarão por ser usadas localmente e adoptadas
como solução para outras situações semelhantes na Europa, África, América e Austrália.
A Europa sempre se prontificou a apelidar as ilhas de acordo com a oferta de produtos ao seu mercado. Deste modo,
sucedem-se as designações de ilhas do pastel, do açúcar e do vinho. O açúcar ficou como epíteto da Madeira e de algumas das
ilhas Canárias, onde a cultura foi a varinha de condão que transformou a economia e vivência das populações. Também do outro
lado do oceano elas se identificam com o açúcar, uma vez que serviram de ponte à passagem do Mediterrâneo para o Atlântico.
Daqui resulta a relevância que assume o estudo do caso particular das ilhas, quando se pretende fazer a reconstituição da rota
do açúcar. A Madeira é o ponto de partida, por dois tipos de razões. Primeiro, porque foi pioneira na exploração da cultura e,
depois, porque jogou papel fundamental na expansão ao espaço exterior próximo ou longínquo, incluídas as Canárias.
A rota do açúcar, na transmigração do Mediterrâneo para o Atlântico, tem na Madeira a principal escala. Foi na ilha que a
planta se adaptou ao novo ecossistema e deu mostras da elevada qualidade e rendibilidade. Deste modo, a quem quer que seja
que se abalance a uma descoberta dos canaviais e do açúcar, na mais vetusta origem no século XV, tem obrigatoriamente que
passar pela ilha. Foi aqui que se definiram os primeiros contornos da realidade, que teve plena afirmação nas Antilhas e Brasil.
A cana-de-açúcar iniciou a diáspora atlântica na Madeira. Aqui surgiram os primeiros contornos sociais (a escravatura),
técnicos (engenho de água) e político-económicos (trilogia rural) que materializaram a civilização do açúcar. Por tudo isto
torna-se imprescindível uma análise da situação madeirense, caso estejamos interessados em definir, exaustivamente, a
civilização do açúcar no mundo atlântico.
A história do açúcar na Madeira confunde-se com a conjuntura de expansão europeia e dos momentos de fulgor do
arquipélago. A presença é multissecular e deixou rastros evidentes na sociedade madeirense. Dos séculos XV e XVI ficaram os
9
imponentes monumentos, pintura e a ourivesaria que os embelezou e que hoje jaz quase toda no Museu de Arte Sacra. Do século
XIX e do primeiro quartel do século XX perduram ainda a maioria dos engenhos da nova vaga de cultura dos canaviais. A cana
diversificou-se no uso industrial, sendo geradora do álcool, aguardente e, raras vezes, do açúcar.
O açúcar é de todos os produtos que acompanharam a expansão europeia aquele que moldou, com maior relevo, a
mundividência quotidiana das novas sociedades e economias que, em muitos casos, se afirmaram como resultado dele. A cana
sacarina, pelas especificidades de cultivo, especialização e morosidade do processo de transformação da garapa em açúcar,
implicou uma vivência particular, assente num específico complexo sócio-cultural de vida e convivência humana.
A cana-de-açúcar é entre todas as plantas domesticadas pelo Homem a que mais implicações teve na História da
Humanidade. Até hoje são evidentes as transformações operadas na agricultura, técnica, química e siderurgia, por força da
cultura da cana sacarina, beterraba e da produção de açúcar, mel, aguardente, álcool e rum1. A chegada ao Atlântico, no século
XV, provocou o maior fenómeno migratório, que foi a escravatura de milhões de africanos, e teve repercussões evidentes na
cultura literária, musical e lúdica. Foi no Atlântico que a cultura atingiu a plena afirmação económica, assumindo uma posição
dominante no sistema de trocas. Fernand Braudel define de modo claro a forma de intervenção do açúcar no capitalismo:
“Devastadora do antigo equilíbrio, a cana é tanto mais perigosa quanto é apoiada por um capitalismo poderoso, que, no século
XVI, provem tanto de Itália, como de Lisboa ou de Antuérpia, e ao qual ninguém consegue resistir“2. A isto Vitorino Magalhães
Godinho acrescenta que “a génese do mundo atlântico está pois, em grande parte, ligada àquilo a que Fernand Braudel chama
muito apropriadamente dinâmica do açúcar.” 3
De verdade a cana sacarina começou por ser uma cultura do mundo insular, e em toda a expansão nos diversos espaços as
ilhas foram importantes áreas de aclimatação, mas foi nos continentes que a cultura terá adquirido maior dimensão e pujança.
De uma forma clara podemos afirmar que as grandes inovações relacionadas com a cultura e tecnologia do açúcar aconteceram
nas ilhas. A primitiva muda de cana é originária das ilhas, pois foi na ilha Papua da Nova Guiné que o homem iniciou o processo
de domesticação, mas hoje a cultura é conhecida mais pelos espaços continentais do que pelo mundo insular. Acresce ainda que
no processo de transmigração para Ocidente as ilhas mediterrânicas, de Chipre e Sicília, foram destacados entrepostos de
alargamento da cultura ao mundo ocidental e que, segundo a tradição, terá sido a partir da Sicília que as primeiras mudas de
cana chegaram à Madeira. Depois foi a expansão no Atlântico com as ilhas a serviram de novo como anteparo. Da Madeira
passou aos Açores, Canárias, Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe e, depois destas às ilhas do Caribe e à ilha de S. Vicente, na
actual Baía de Santos, para depois dar o salto até ao vasto espaço continental brasileiro. Não fica por aqui o protagonismo das
ilhas, pois para além da dimensão divulgadora da cultura aos insulares foi atribuída a tarefa de inventar novas formas de
transformação do produto adequadas à dimensão da área cultivada.
O açúcar é, entre todos os produtos que no Ocidente se atribuiu valor comercial, o que foi alvo de maiores inovações no seu
fabrico. No caso do fabrico do vinho a tecnologia pouco ou nada mudou desde o tempo dos Romanos. Várias condicionantes
favoreceram a necessidade de permanente actualização, situação que se tornou mais clara no século XVIII com a concorrência
da beterraba. Mesmo assim ainda hoje persiste em alguns recantos do Mundo, na China, Índia ou Brasil, onde a tecnologia da
revolução industrial ainda não entrou.
O fabrico do açúcar está limitado pela situação e ciclo vegetativo da planta. A cana sacarina tem um período útil de vida em
que a percentagem de sacarose era mais elevada. A cana estava pronta para ser colhida e a partir daqui um dia que passasse era
uma perda para o produto. Acresce que a cana depois de cortada tem pouco mais de 48 horas para ser moída e cozida, pois caso
contrário começa a perder sacarose e inicia o processo de fermentação. Daqui resulta a necessidade de acelerar o processo de
fabrico do açúcar através de constantes inovações tecnológicas que cobrem o processo de corte, esmagamento e cozedura. A
isto junta-se o aumento da mão-de-obra, que se faz à custa de escravos africanos. A cana-de-açúcar não está na origem da
escravidão africana mas sim no processo de afirmação da mão de obra escrava, que acontece a partir da Madeira. Enquanto a
cultura se fazia em pequenas parcelas a maior parte das questões não se colocavam, mas quando se avançou para uma produção
1 Existe um conjunto variado de textos que valoriza o papel da cana como motor do progresso em vários sectores: Luiz del Castilho, A Fabricação do
Assucar de Canna. Notas e formulas…, Rio de Janeiro, 1893, p.5; P. Horsin-Déon, Le Sucre et L’Industrie sucrière, Paris, 1894, p.5; D. Sidersky, Manuel
du Chimiste de Sucrerie, Paris, 1909; IDEM, Aide-Mémoire de Sucrerie, Paris, 1936, pp.3; F. A. Lopez Ferrer, Fabricación de Azúcar de Caña Mieles
y Siropes Invertidos com su Control Técnico-Quimico, Habana, 1948, p.V; IDEM, Maquinaria y aparatos en los Ingenios de Azucar de Caña, La
Habana, 1949; A. C. Barnes, Agriculture of the Sugar-Cane, Londres, 1954, p. IX; Andrew Van Hook, Sugar its Production, Technology and uses, N.
York, 1969, p. III.
2 O Mediterrâneo e o Mundo Mediterrânico, Lisboa, 1983 [1ª edição em 1966], p. 178.
3 Mito e Mercadoria Utopia e Prática de Navegar. Séculos XIII-XVIII, Lisboa, 1990, p. 478.
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em larga escala houve necessidade de encontrar soluções capazes de debelar a situação. A viragem aconteceu a partir de meados
do século XV na Madeira e deverá ter implicado mudanças radicais na tecnologia usada e na afirmação da escravatura dos
indígenas das Canárias e dos negros da Costa da Guiné. É por isso que se assinala a partir da Madeira importantes inovações
tecnológicas no sistema de moenda da cana com a generalização do sistema de cilindros.
A história tecnológica evidencia que a expansão europeia condicionou a divulgação de técnicas e permitiu a invenção de
novas que contribuíram para revolucionar a economia mundial. Os homens que circularam no espaço atlântico foram portadores
de uma cultura tecnológica que divulgaram nos quatro cantos e adaptaram às condições dos espaços de povoamento agrícola.
Aos madeirenses foi atribuída uma missão especial nos primórdios do processo.
Na Madeira, um dos aspectos mais evidentes, da revolução tecnológica iniciada no século XV prende-se com a capacidade
do europeu em adaptar as técnicas de transformação conhecidas a circunstâncias e às exigências de culturas e produtos tão
exigentes como a cana e o açúcar. O tributo foi evidente. Ao vinho foi-se buscar a prensa, ao azeite e aos cereais a mó de pedra.
Por outro lado estamos perante uma permuta constante de processos tecnológicos e formas de aproveitamento das diversas
fontes de energia. A tracção animal, a força motriz do vento e da água foram usadas em simultâneo com os cereais e cana
sacarina.
As mudanças ocorridas a partir de finais do século XVIII, com a plena afirmação da máquina a vapor, conduziram a uma
transformação radical do complexo açucareiro que assume a dimensão espacial de uma fábrica, onde todas as operações se
executam em série apenas numa planta. A revolução industrial legou-nos a fábrica, fez aparecer o laboratório, uma peça chave
no fabrico do açúcar, e obrigou a uma especialização dos técnicos envolvidos. O mestre de engenho dá lugar ao engenheiro
químico. Paulatinamente o processo de transformação da cana sacarina em açúcar retirou espaço à presença de mão-de-obra
escrava, fazendo-a substituir por emigrantes europeus, indianos e chineses.
Até ao advento do açúcar de beterraba em princípios do século XIX a tecnologia de moenda e fabrico do açúcar não sofreu
muitas modificações. Ao nível da moagem da cana houve necessidade de compatibilizar as estruturas com a expansão da área
e o volume de cana moída, avançando-se assim dos ancestrais sistemas para a adaptação dos cilindros. Entre os séculos XV e
XVII as inovações mais significativas ocorrem aqui. Os cilindros passam a dominar todos os sistemas, de tracção animal,
humana, vento e água, destronando o pilão, o almofariz e a mó. Do simples mecanismo de cilindros duplos horizontais, evolui-
se para os verticais, que no século XVII passam a ser de três, o que permite uma maior capacidade de moenda e aproveitamento
do suco da cana. Com os dois cilindros poder-se-á aproveitar apenas 20% do suco da cana, enquanto com três até 35%. As
técnicas experimentadas na moenda vão no sentido de um maior aproveitamento do suco disponível no bagaço da cana. A
situação de Cuba na década de setenta do século XIX pode ser elucidativa da realidade4.
Uma maior capacidade na moenda implica maior disponibilidade de garapa a ser processada para se poder dispor do melado
ou do açúcar. Uma situação empurra a outra conduzindo a soluções cada vez mais avançadas. As dificuldades com a obtenção
de lenhas ou os elevados custos do transporte até ao local do engenho conduzem a soluções que paulatinamente vão sendo
adoptadas por todos. Primeiro reaproveita-se o bagaço da cana e depois através de um mecanismo de fornalha única consegue-
se alimentar as cinco caldeiras de cozimento. O sistema ficou conhecido por trem jamaicano, por, segundo alguns, terá tido aí
origem, mas na verdade temos informação do seu uso, não tão apurado, na Madeira e Canárias, no século XVI. Em 1530 Giulio
Landi descreve o sistema de fabrico de açúcar com cinco caldeiras agrupadas.
Jamaica esteve na frente das inovações da tecnologia açucareira a partir da segunda metade do século XVIII. São os ingleses
que dão o passo definitivo para a mudança radical através da introdução da máquina a vapor. O primeiro engenho horizontal de
tipo moderno foi desenhado em 1754 por John Smeaton na Jamaica, recebendo a partir de 1770 o impulso da máquina a vapor.
A nova tecnologia, que se aperfeiçoou com o andar dos tempos, poderá acoplar até 18 cilindros em sistema de tambor, tornando
mais rápida e útil a moenda. Com cinco cilindros o aproveitamento do suco pode ir até 90%, enquanto que com os tambores de
18 cilindros quase se atinge a exaustão com 98%. Por outro lado nos engenhos tradicionais a média de moenda por 24 horas
não ultrapassava as 125 toneladas, enquanto que com o novo sistema a vapor começa por atingir mais de três mil toneladas de
cana.
Outro factor significativo da safra prendia-se com a velocidade a que o processo da moenda da cana deveria ocorrer, mais
uma vez no sentido de se retirar o maior rendimento da cana através da sacarose. A cana tem um momento ideal para ser moída
e depois de cortada os prazos para a moenda são curtos, caso queira evitar-se a fermentação, que é sinónimo de perda de
sacarose5. Nos avanços tecnológicos tem-se em conta esta corrida contra o tempo, criando-se mecanismos capazes de moer cana
4 João José Carneiro da Silva, Estudos Agrícolas, Rio de Janeiro, 1872, p. 94.
5 Cf. J. de Laguarrique de Survilliers, Manuel de Sucrerie de Cannes, Paris, 1932, pp. 29.
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como maior rapidez6.
Segue-se o processo de fabrico do açúcar que se distribui por quatro momentos: purificação da garapa, evaporação da água
e, finalmente, a clarificação e cristalização. Até aos inícios do século XIX o processo poderia durar de 50 a 60 dias, mas as
aportações tecnológicas conduziram a que o mesmo se passasse a fazer em apenas um mês em 1830 e apenas 16 horas em 1860,
através do novo sistema de centrifugação. As primeiras mudanças ocorrem ao nível do processo de clarificação. Em 1805
Guillon, refinador do açúcar em New Orleans preconiza o uso do carvão para purgar, em 1812 Edward Charles Howard constrói
a primeira caldeira de vacuum, conhecida como “howard saccharine evaporator”, que veio revolucionar o sistema de fabrico
do açúcar. Três anos depois surge em Inglaterra o sistema de filtros de Taylor. O evaporador de múltiplo efeito foi inventado
em 1830 por Norbert Rillius [1806-1894] de New Orleans, sendo usada nos primeiros engenhos desde 1834. Deste modo torna-
se mais fácil a retirada de cerca de 85% de água que existe no suco da cana e um maior aproveitamento do açúcar. As novidades
na clarificação e cristalização ocorrem num segundo momento. Assim, em 1844 o alemão Schottler aplicou pela primeira vez
a força centrífuga na separação do melaço do açúcar branco, mas foi Soyrig quem construiu em 1849 a primeira máquina de
centrifugação, que abriu o caminho para o fabrico do primeiro açúcar granulado, em 1859. Este sistema vinha sendo utilizado
desde 1843 na indústria têxtil. Os equipamentos contribuíram para acelerar o processo de purga do açúcar permitindo que se
passasse do moroso processo de quase dois meses para apenas 16 horas e hoje em apenas alguns segundos.
A segunda metade do século XIX foi o momento da aposta definitiva na engenharia açucareira, contribuindo para
importantes inovações. O mercado ocidental foi inundado de açúcar de cana e beterraba. O desenvolvimento da indústria de
construção de equipamentos para o fabrico de açúcar, seja de cana ou de beterraba, aconteceu em países onde esta assumia uma
posição significativa na economia. Deste modo a França e a Inglaterra assumiram a posição pioneira no desenvolvimento da
tecnologia açúcareira. À sua posição no início da indústria do açúcar de beterraba temos a colonial. Os Franceses detinham
importantes colónias açucareiras nas Antilhas, enquanto os Alemães apostavam forte em Java. Os ingleses surgem por força das
colonias nas Antilhas e Índia e os Estados Unidos da América com New Orleans e, depois o Havai. Cuba foi um dos espaços
açucareiros onde mais se inovou em termos tecnológicos. As primeiras décadas do século XIX foram de plena afirmação da
ilha, que se transformou em modelo para a indústria açucareira.
Em França tudo começou com o químico Charles Derosne [1779-1846] que montou em 1812 uma fábrica de construção de
aparelhos de destilação continua. Nesta empresa passou a trabalhar em 1824 J. F. Cail na qualidade de operário de carvão, que
em 4 de Março de 1836 passa à condição de associado. A sociedade Derosne et Cail manteve-se até 1850, altura em que passou
a chamar-se J. F. Cail et Cie, que em 1861 passou a cooperar com a nova Cie Fives-Lille, especializada no fabrico de
equipamentos para fábricas de açúcar e caminhos-de-ferro. Os equipamentos, saídos da empresa Cail, chegaram às colónias
holandesas, espanholas, inglesas e francesas, México, Rússia, Áustria, Holanda, Bélgica e Egipto. À indústria francesa
juntaram-se outros complexos industriais na Europa: Inglaterra (Glasgow, Birmingham, Nottingham, London, Manchester,
Derby), Holanda (Breda, Roterdão, Schiedam, Utrecht, Delft, Hengelo, Amsterdam), Estados Unidos da América (Oil City,
Ohio, Denver, New Jersey), Alemanha (Magdeburgo, Zweibruecken, Halle, Dusseldorf, Sangerhausen, Ratingen, Halle),
Bélgica (Bruxelas, Tirlemont).
A Inglaterra foi desde meados do século XVII um dos mais importantes centros de refinação de açúcar na Europa. As
refinarias proliferam nas cidades de Bristol, Essex, Greenock, Lancaster, Liverpool e Southampton7. Isto justifica o
desenvolvimento tecnológico. Aqui, merece destaque a iniciativa de Mirless Watson. A abertura às inovações tecnológicas,
como forma de tornar concorrencial o produto, acarreta algumas consequências para a indústria ao nível nacional. Os
investimentos são vultuosos e, por isso mesmo só se tornam possíveis mediante incentivos do Estado. A inovação e recuperação
da capacidade concorrencial só se tornaram possíveis à custa da concentração. Tanto em Cuba como no Brasil a década de
oitenta foi marcada pelos grandes engenhos centrais.
6 Cf. Nilo Cairo, O Livro da Canna de Assucar, Curitiba, 1924, pp. 85-86, 109; A. Bernard, “A Evolução das Moendas de Canas”, in Brasil Açucareiro,
XXXVIII, 2, 1951, pp. 73, 76.
7 John M. Hutcheson, Notes on the Sugar Industry of the United Kingdon, Greenock, 1901; Frank Lewis, Essex and sugar, 1976.
12
AS NOTAS DE JOÃO HIGINO FERRAZ E A HISTÓRIA DO AÇÚCAR
Os diversos livros de notas contemplam um período amplo e significativo da História do Açúcar no Ocidente, sendo a
concorrência entre a beterraba e cana sacarina o factor principal dos avanços evidentes na técnica e química laboratorial. Em
muitos situações relatadas estamos perante os principais problemas com que se debatia a indústria açucareira na época, como
poderemos ver adiante.
No conjunto de documentos destacam-se os relatórios anuais8 do punho do próprio João Higino Ferraz, que serviam tanto
de memória do funcionamento da empresa, como resultado e reflexão das inovações entretanto postas em marcha.
Assiduamente refere-se ao processo de fabrico do açúcar no engenho do Hinton e às mudanças que foram sendo estabelecidas9.
É de notar o especial destaque atribuído ao sistema definido nesta fábrica, numa junção das inovações de Naudet e do próprio
João Higino Ferraz, que ficou conhecido como o sistema Hinton-Naudet10. A tudo isto acrescem pormenores sobre experiências
ou soluções ao nível da mecânica e da química11. Ainda podemos assinalar o facto de o mesmo estar ao corrente sobre as
informações concernentes aos avanços na tecnologia e química, através da assinatura de revistas e compra de livros,
maioritariamente de língua francesa. As notas espelham a preocupação de alargamento e actualização de conhecimentos. A
seguir se enumeram algumas publicações referenciadas nos livros de notas aqui transcritos.
13
317 Bulletin de l’Association des Chimistes Nº 10 a 12 – 1915 – 1916 – Pag. 227. Etudes sur la sucrerie de Cannes Por.
Charles Fribourg. Vêr o Bulletin notas completas
56 Bulletin de l’Association des Chimistes Nº 3 setembro 1903 paginas 253
81 bulletin Nº 4 outubro 1900 pag. 200
275 Bulletin XXI – pag 59 sobre aluminato de baryta
546 Bulletin Association des Chimistes Nº 9 – 1923-1924
96 Do livro de Castilho14 (Brazilleiro)
309 Estudo de Maurus Deutsch15 18-2-903
555 Guide pratique de l’Experte Chimiste16 Pg. 283
444 Jornal dés Fabricant de Sucre Nº 52
837 Jornal des fabricantes de Sucre De 10 de março 1928
144 Jornal des Fabricants de Sucre de 4 de Novembro 1908 Nº 45
516 Journal des Fabricant de Sucre 12 Janeiro 1924 – Nº 2
120 Jurnal des Fabricants de Sucre de 23 de stembro[sic] 1908
102 livro Brazilleiro de Luiz de Castilho
355 Livro d’Effront17 (Les Catalyseurs Biochimiques) pg 734
766 livro de Fribourg18 (analyses chimiques) pg. 238
343 livro de Gimel19
504 livro de Siderky20
751 livro de Vasseux21, Fabrication de l’alcool pg. 452
101 M. D. Sidersky – Bulletin de outubro 1905 Nº4
140 No Bulletin da Associação dos Chimicos – Tomo XXV – 1097[sic]-1908 – pag 221, tem a explicação do processo feito
por Monsieur L. Levy e 1908-1909 – Tomo XXVI pg 69
89 Bulletin de Dezembro 1909
380 Por Monsieur Vasseux Bulletin Association des Chimistes Nº 10 a 12 – 1917-1918
101 Sucrerie Indigene22 Nº 19 – 7 Novembro 1905
96 Sucrerie Indigene Nº 9 – 29 agosto 1905
95 Sucrerie Indigéne et colonial nº 17 – outubro 24 – 1905, 95
72 tabua de calculo de l’Inversão optica de Monsieur Buisson. Extrait – do Bulletin da Associação dos chimicos
693 The International Sugar Journal23 de abril 1929
83 tratado de E. Legier24 de fabricação do alcool tomo 2º pag. 410 e seguintes.
266 tratado de fabricação d’alcool de Bucheler e Légier Tomo I folhas 335
298 tratado de fabricação de assucar de beterraba e de canna de M. Grobert – 1º Volume pag. 420).
36 tratado de Saccharificação do malt ou Caldeação do malt para o fabrico da cerveja
297 tratado Fabricação assucar beterraba e canna de Crobert 1º volume
80 tratado sobre alcool de Legier Tomo I pag. 696.
14 CASTILHO, Luis Alves de, ?-1898. A fabricação do assucar de canna: notas e formulas para uso dos fabricantes de assucar, refinadores e distilladores,
precedidas de uma ligeira noticia sobre experiencias culturaes na Luizianna, Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1893.
15 O que conhecemos é a tradução de um texto: Stift, Antonin: Les Maladies de la betterave, par A. Stift,... : Paris : M. Deutsch, 1900. Traduction et
édition française par Maurus Deutsch.
16 Pellerin, Georges (pharmacien-major), Guide pratique de l’expert-chimiste en denrées alimentaires, Préface de E. Jacquemin,... Malzéville (Meurthe-
et-Moselle) : Institut de recherches scientifiques et industrielles, 1906.
17 Effront, Jean, 1850-1931. Les catalyseurs biochimiques dans la vie et dans l’industrie,... Ferments protéolytiques, Paris, H. Dunod et E. Pinat, 1914.
18 Fribourg, Charles, L’Analyse chimique en sucreries et raffineries de cannes et betteraves, Préface de Henri Pellet,... Paris : H. Dunod et E. Pinat, 1907.
19 Gimel, Gilbert. Guide de l’emploi de l’acide sulfureux en vinification; applications diverses en œnologie, Malzéville, près. Nancy, Institut Jacquemin,
1923.
20 David Sidersky (1858/-), estudioso do tema com várias publicações em Bulletin de l’Association des chimistes e livros como: Analyse physico-chimique
des masses-cuites, Paris : Association des chimistes, (1929); Manuel du chimiste de sucrerie, de raffinerie et de glucoserie. Paris, J.-B. Bailliere, 1909.
21 Traité théorique et pratique de la fabrication de l’alcool et de produits accessoires : éther sulfurique, acéton par fermentation, alcool synthétique / par
J. Fritsch et A. Vasseux. Paris : Amédée Legrand, 1927.
22 Ou Sucrerie indigène et coloniale, é uma publicação do Comité central des fabricants de sucre de France et des colonies françaises desde 1866.
23 Publicação da especialidade desde 1899 em Chicago.
24 Reporta-se a Légier, Émile, Traité de la fabrication de l’alcool, par le Dr Max Bucheler,... et Émile Légier,..., Paris : J. Fritsch, 1899. Trata-se de Émile
Légier, editor de La Sucrerie indigène et coloniale entre 1894 e 1914, com vários estudos sobre o tema: Économie dans la filtration par l’emploi du
filtre-presse Kelly, nouvelle invention américaine, Constructeurs... Wegelin et Hübner... Halle a. d. Saale, Allemagne, Paris: impr. de A. Davy, 1914;
Manuel de fabrication du sucre, Paris: aux bureaux de La Sucrerie indigène et coloniale, 1900.
14
Para além de tudo isto temos ainda a destacar que a documentação em apreço vem evidenciar um novo protagonismo para
a Madeira, certamente desconhecido de todos nós. O resultado do confronto entre a beterraba e a cana sacarina ao nível
tecnológico tem na Madeira o principal fruidor da situação. A proximidade da Madeira à Europa, o empenho e dedicação de
proprietários e pessoal técnico, nomeadamente João Higino Ferraz, mas também o engenheiro Henri Marsden, conduziram a
que a Madeira fosse um centro importante de avanço nas tecnologias açucareiras. A inovação francesa para a beterraba chegava
rapidamente à ilha e as fábricas de maquinaria estavam interessadas nesta situação uma vez que se abriam novas possibilidades
de mercado fora da Europa. Assim, as inovações para o fabrico de açúcar de beterraba foram primeiro adaptadas na Madeira ao
fabrico de açúcar a partir da cana sacarina. Deste modo há um contacto permanente entre o engenho do Hinton e algumas das
principais e mais destacadas fábricas de maquinaria e de engenhos para fabrico de açúcar de beterraba em França. O próprio
João Higino Ferraz deslocou-se a França em 1929 para visitar engenhos de fabrico de açúcar a partir da beterraba. Por outro
lado a Madeira recebeu pessoal especializado de diversas origens que vinha à procura de soluções tecnológicas mais eficientes.
Sucedeu assim com Charles Roussel, director químico em Concepcion Tucuman25.
A situação descrita revela de novo o pioneirismo e protagonismo madeirense na indústria durante a primeira metade do
século XX. O grande obreiro foi João Higino Ferraz, mas foi o promotor industrial, Harry Hinton, quem lhe deu todas as
possibilidades para que isso pudesse acontecer.
A DOCUMENTAÇÃO
O corpo documental que agora sai do prelo provém do arquivo privado pessoal de João Higino Ferraz – director técnico da
Fábrica do Torreão, da firma William Hinton & Sons – e pode ser seccionado em três partes fundamentais: uma primeira
constituída por nove Copiadores de Cartas; uma segunda por vários volumes a que damos o nome de Livros de Notas; e, por
fim, documentação avulsa. Esta organização do arquivo pessoal de J. Higino Ferraz é, de certa forma, artificial, dado que foi
feita por nós e não pelo autor. De facto, se quisermos, é já uma elaboração arquivística que decorre da análise do conteúdo e da
tipologia dos vários documentos que compõem tal espólio.
A primeira parte, composta por nove livros onde Higino Ferraz conservou, em cópia, muita da correspondência por si
remetida, e não só, cobre o período de 1898 até 1937, com um hiato temporal existente de finais de 1913 a inícios de 1917 e
outro, possivelmente, de Janeiro a Outubro de 1919. Julgamos que estas lacunas deveriam estar contempladas em dois volume
autónomos (temos uma leve certeza para o primeiro períoso, mas o mesmo já não podemos garantir relativamente ao segundo);
contudo, se existiram, não chegaram esses livros até nós. A designação de Copiador de Cartas foi por nós tomada, pois os dois
primeiros livros, que cobrem o período de 1898-1913, evidenciavam este título na capa – não aposto por João Higino Ferraz,
mas como denominação da finalidade dos volumes. Entendemos por bem atribuir a mesma designação a todos os livros26,
seguida da referência aos lapsos de tempo que abarcam.
Uma segunda secção deste espólio documental transcrito é constituída por anotações e apontamentos vários – inscritos em
livros autónomos –, versando nomeadamente sobre produtos, processos, aparelhos e técnicas industriais de produção e
transformação de açúcar, álcool e aguardente; quase todos estes volumes têm título atribuído por João Higino Ferraz, que é
respeitado e aceite por nós. Ainda que algo artificial, a denominação por nós dada a este conjunto, Livros de Notas, advém dos
próprios títulos atribuídos pelo autor.
Hoje dispomos apenas de uma parte dos Livros de Notas27 conexados com a actividade de Higino Ferraz enquanto industrial
e director técnico da Fábrica do Torreão (e concernentes à indústria da cana-de-açúcar e derivados). Quando o autor remete para
15
outros Livros de Notas, a que não tivemos acesso, percebemos que muitos mais houve28 que se perderam.
A última secção, enfim, é constituída por documentação avulsa, e abarca: documentos epistolares, saídos do punho de
Higino Ferraz (particularmente cópias de cartas) ou tendo-o como destinatário (sendo seus autores, por exemplo, Harry Hinton,
Marinho de Nóbrega, Antoine Germain, etc.); documentos referentes a aparelhos, processos e técnicas de fabrico e
transformação de açúcar, álcool e aguardente (à imagem da informação exarada nos Livros de Notas); anotações manuscritas
que João Higino Ferraz lançou nos forros da capa ou folhas de guarda de alguns livros ou manuais por si usados, que versavam
sobre a cultura e produção de cana sacarina e seus derivados29; e, ainda, apontamentos auto-biográficos.
Refira-se que no espólio de Ferraz existem outros Livros de Notas e documentação avulsa que respeitam especialmente a
vinhos, pelo que a sua transcrição e edição fica remetida para um volume separado30.
A sequência documental dada por nós aos Livros de Notas e documentação avulsa agora transcritos é de cariz cronológico.
NORMAS DE TRANSCRIÇÃO
Os Livros de Notas e os documentos avulsos não epistolares existentes no arquivo pessoal de João Higino Ferraz – aqueles
com que pudemos contactar – formam, sem dúvida, o conjunto da documentação cuja transcrição se apresentou mais complexa,
difícil e até arriscada. Atendendo a que a informação veiculada, assim como a sua linguagem, eminentemente técnica, é de teor
especial e específico; considerando que a documentação cobre um período temporal relativamente recente; lembrando, ainda,
que é um conjunto apreciável de volumes (25 Livros de Notas, completos ou parciais, ao que acresce a referida documentação
avulsa), exigindo assim normas de transcrição uniformes; observando, enfim, que ao procedermos a esta transcrição, tivemos
de estabelecer de certo modo um compromisso entre a informação exarada nos vários livros e documentação avulsa – a sua
linguagem, configuração ou disposição gráfica – e as ferramentas facilitadas pelo programa informático usado neste labor (o
Microsoft Word), entendemos seguir as seguintes normas:
– Respeito integral pela grafia e pontuação do original, com as seguintes alterações:
– Desdobramento, de um modo geral, de abreviaturas e siglas, sem a indicação dos segmentos desdobrados,
consoante a forma desenvolvida da palavra encontrada na fonte (na ocorrência de variantes, optar-se-á por aquela
mais vezes presente nos originais). Devido à especificidade da documentação transcrita, temos de considerar, a
este respeito, os seguintes matizes e pormenorizações31:
– são desdobradas todas as abreviaturas e siglas referentes a unidades de medida, entendidas aqui num sentido
lato:
- atm ou ath.a: “athmosfera”
- alm.de: “almude”
- B, Be: “Baumé”
- c.c.: “centimetro cubico” ou “centimètre cubique”
- C ou cent. ou centi.: “Centigrados”
- Cart., Carti: “Cartier”
- cent.: “centimetro”
28 Os Livros de Notas com os quais não contactámos e que são nomeados pelo seu autor (grafamos os seus títulos da mesma maneira que Higino Ferraz)
são: Livro de Notas Nº 3 – 1922; Livro Notas 1922 Nº 2; Livro Notas Nº 1 – 1915; Livro Nota Nº 2 – 1914; Livro Notas de 1913 Nº 2; Livro Nota –
1914 – Nº2; Livro de Notas de 1912; Livro Nº 2 – 1916; Livro Notas 1918-1919 Nº 3; Livro Notas Nº 4 – 1917; Livro de Notas Nº 3 – 1917; Livro de
Notas Nº 8 – 1917; Livro de Notas Nº 2 – 1918; Livro de Notas Nº 1 – 1920; Livro de Notas Nº 2 – 1918; Livro de Notas Nº 4 – 1917; Notas Livro Nº
1 – 1921; Livro Notas Nº 2 – 1916; Livro Nº 3 – 1916-1917; Livro de Notas Nº 1 – 1937; Livro Notas Nº 4 – 1923; Livro de Notas Nº 2 – 1922; Livro
de Notas Nº 1 – 1921; Livro de Notas Nº 1 – 1922; Livro de Notas Nº 3 – 1922-1923; Livro de Notas de 1923 – Nº 6; Livro de Notas Nº 4 – 1932.
29 Apesar de estas informações não caberem, em termos técnicos, na categoria de documentação avulsa, a sua especificidade obriga a que só nesta secção
as possamos incluir.
30 Higino Ferraz dedicou-se, a título particular, a empreendimentos relacionados com produção, transformação e comercialização de vinhos.
31 Posto que temos também, neste espólio documental, inscrições por parte de outros autores (vide, em especial, a documentação avulsa), ainda que em
ínfima quantidade relativamente à informação de que é autor Higino Ferraz, advirta-se que as siglas e abreviaturas nomeadas são apenas as deste último.
16
- centeci.: “centecimais”
- centigr.: “centigrama”
- decimt: “decimetro”
- frig., frigos: “frigories”
- gram., gr. ou grm.: “grama”
- H, HL, hect.: “hectolitro” ou “hectolitre”
- hectos: “hectolitros” ou “hectolitres”
- H. P.: “Horse Power”
- k: “kilowtts”
- k, kilog.: “kilograma”
- kos: “killos”
- klos: “kavalos”
- l, lit.: “litro”
- m: “metro”
- m/m, mm, m/gr.: “miligrama”
- m2, m3: “metro quadrado”; “metro cubico”
- s: “sacos”, “sacas”
- ton: “tonelada” ou “tonne”
– desdobramos siglas e abreviaturas de teor técnico, que se referem, mormente, a processos, aparelhos e matérias
industriais:
- agte: “aguardente”
- alcooli.: “alcoolisado”
- amo.: “amoniaco”
- applho: “apparelho”
- ass: : “assucar”
- barbo. e barb.: “barbotagem”, “barbotado”
- bat.: “bateria”
- cant.: “canteiro”
- carb.: “carbonato”
- chlory.: “chlorydrico”
- clarifi.: “clarificado”
- Coeffte: “Coefficiente”
- cristaliel: “cristalisavel”
- D.: “Densidade ou Densité”
- diff.: “diffusor” ou “diffusão”
- engarraf.: “engarrafamento”
- est.: “estufa”
- ext., extra.: “extrahido”
- fluor:: “fluorure” ou “fluorydrico”
- frigo.: “frigorifero”
- frigo., frigoco: “frigorifico”
- F. P.: “Filtro-Presse”
- F. F.: “Filtro Filippe”
- F. M.: “Filtração Mechanica” ou “Filtro Mechanico”
- F. S.: “Filtro Suchar”
- gluco: “glucosico”
- inferment, infermenti: “infermenticiveis”
- Lab.: “Laboração”
- malax.: “malaxeur”
- M. C.: “Melasse Cuite” ou “Masse Cuite”
17
- M. S.: “Materia Secca”, “Materias Seccas” ou “Matière Sèche”
- oxyg.: “oxygenação”
- pasteuroxy: “pasteuroxyfrigo”
- P. E.: “Petits eaux”
- pol., pola., polar: : “polarisação”
- refi.: “refinação”
- refrig.: “refrigeração”
- retifi.: “retificação”
- sacc: : “saccharificador”, “saccharificação”, “saccharificado”, “saccarose”
- saccha: : “saccharificação”, “saccharose”
- S. E. O.: “Salvo Erro ou Omissão”
- sou: : “soutiragem”
- s. chf: “surface chauffe”
- s. ref: “superficie refrigeração”
- sulfi.: “sulfitador”
- sup.: “superficie”
- surf.: “surface”
- T. E.: “Triple-Effet”
- T. G.: “Tanque Grande”
- T. P.: “Tanque Pequeno”
- tourt.: “tourteaux” ou “tourteau”
- turb., turbi.: “turbina”, “turbinado”, “turbinagem”, “turbinar”
- V. C. M.: “Vinho Canteiro Madeira”
– desenvolvemos, por uma maior inteligibilidade dos textos transcritos, muitos outros sinais convencionais usados por
João Higino Ferraz:
- ad. V., ad. val.: “ad. Valorem”
- Alf.ga: “Alfandega”
- Amº: Amigo
- Anto: “Antonio”
- aproxi., aproxido: “aproximado”
- Attº: “Attencioso”
- B. A. des C.: “Bulletin Association des Chimistes”
- C/.: “Casa”
- c/ e c/a: “conta”
- cap.: “capacidade”
- cap.tal: “capital”
- C. H.: “Casa Hinton”
- C. N.: “Comp.ª Nova”
- C. de L.: “Camara de Lobos”
- C. F.: “Caminhos Ferro”
- Com.al: “Commercial”
- comção: “comição”
- completate: “completamente”
- corres.: “correspondente”
- ct., crt.: “courant”
- d: “dia”
- D.: “Diario”
- desp.: “despeza”
- D. G.: “Despezas Geraes”
- D. M.: “Diario da Madeira”
18
- D. N.: “Diario de Noticias”
- E.U.: “Estados Unidos”
- fict.: “ficticio”
- F: “Fabrica”
- F: “Funchal”
- Franco: “Francisco”
- frs: “francos” ou “francs”
- G.: “Grande”
- h: “hora” ou “horas”
- indeter.das: “indeterminadas”
- J. A.: “Junta Agricula”
- J.or: “Junior”
- liq., liqo: “liquido”
- m.: “manhã”
- M., Mr, Mr.: “Monsieur”
- M.M., Messrs.: “Messieurs”
- Mel: “Manuel”
- m/: “meu”, “minha”
- n/: “nosso”
- n/c: “nossa conta”
- m/c: “minha conta”, “mon compte”
- M.to: “Muito”
- m.tre: “mestre”
- n.: “nuite”
- N.: “Norte”
- Ob.do: “Obrigado”
- P.: “Pequena”
- p. m. m.: “pouco mais ou menos”
- quali.: “qualidade”
- R.: “Rua”
- rend.to: “rendimento”
- RS, rs: “Reis” ou “reis”
- s/: “sobre”, “seu” ou “sua”
- S. A., S.de A.: “Sociedade Agricula”
- S. F.: “São Filipe”
- S. Mag.: “Sua Magestade”
- Snr: “Senhor”
- sub.me: “subscrevo-me”
- t.: “tarde”
- T, Temp., Tempa: “Temperatura”
- trata.to: “tratamento”
- Wm: “William”
– mantivemos apenas algumas abreviaturas sobejamente conhecidas e utilizadas actualmente: Ex.mo (Excelentíssimo),
L.da (Limitada), C.ª ou Comp.ª (Companhia), Succ.or e Succs (Sucessor e Sucessores), pag., p.g. (página), ex. (exemplo).
– não desenvolvemos dois grafemas, de cariz comercial e abundantemente usados nestas fontes, que são alvo aqui de
cabal elucidação:
- cif ou c.i.f.: siglas de cost, insurance, freight, isto é, custo, seguro e frete;
- fob.: siglas de free on board, ou seja, designação de cláusula de um contrato de compra e venda que determina
que as despesas do vendedor vão, somente, até à entrega da mercadoria no navio.
– não desdobramos N. B., “Note Bem”; assim como P. S., “Post-Scriptum”, ou P. E., que julgamos ser “Post-Escriptum”
19
(corruptela do anterior) ou “Pós-Escrito”.
– Procedemos à manutenção, na medida do possível, de algumas das disposições gráficas do original, assim como
parágrafos, esquemas, tabelas, arrolamentos, com a excepção, por motivos que se prendem com a exequibilidade da edição das
mesmas fontes, das mudanças de linha e de página. Não considerámos pertinente nem viável assinalar a mudança de linha; já
a de página é indicada com a colocação de // seguida do número de página entre [ ] (exceptuando, apenas, quando uma página
não encerra qualquer informação ou quando tiver imagens, pelo que o uso de // é dispensável e até pouco aconselhável). No
caso específico de três agendas aqui transcritas, e cuja numeração tem por base os dias do ano, colocámos à esquerda da
informação reproduzida a referência à página.
– Tendo em conta que Higino Ferraz usa, por vezes, várias cores (em especial o vermelho) para além do azul e preto com
que usualmente escreve, escolhemos transcrever em itálico todos os vocábulos escritos a tinta vermelha ou a lápis da mesma
cor. Em relação a outras cores, cuja presença é verdadeiramente residual, quer em palavras, quer em números, sublinhados,
traços de separação entre matérias e outros sinais diversos (chavetas, setas, etc.), julgámos desnecessário, após análise de toda
a documentação, a menção, em nota de rodapé, ao seu uso. Poderia, possivelmente, ser possível reproduzir as várias cores
usadas por João Higino Ferraz; os custos, todavia, de uma edição desta mesma documentação nesses moldes seriam
insuportavelmente onerosos.
– Transcrevemos, desenvolvendo algumas siglas e abreviaturas e levando a cabo uma certa modernização, os numerais
grafados, por exemplo, assim: 4cc2, 14k43, 16l74, 8º,5, etc., desta forma: 4,2 “centimetros cubicos”, 14,43 “kilogramas”, 16,74
litros, 8,5º, e outros.
– Adicionamos [sic] quando a verificação de erros ortográficos, de sintaxe ou morfologia, ou em caso de repetição de uma
mesma palavra. Colocado o [sic] logo a seguir a uma palavra, referir-se-á a um erro nesse mesmo vocábulo (casos, mormente
de ortografia); quando após um espaço em branco, referir-se-á a erro constituído por vários vocábulos (repetição, faltas de
concordância no género ou em número, frases truncadas, omissão de palavras, etc). Refira-se que nos Livros de Notas e na
documentação avulsa referente a processos industriais, são recorrentes os erros de concordância de género e número em muitas
frases (fruto, com certeza, da não necessidade de manter um português polido), pelo que apenas assinalaremos os mais visíveis
deste tipo de erros, um pouco, também, para ilibar o transcritor de possíveis suspeitas de transcrição dolosa.
– Acrescentamos sinais de pontuação, inseridos entre [ ], quando considerámos que o autor os omitiu involuntariamente.
– Acresentamos [Ass:] antes de qualquer assinatura ou rubrica de João Higino Ferraz, ou ainda de qualquer outro escriba
que teve a oportunidade de escrever nos Livros de Notas ou seja autor de documentação avulsa.
– Colocamos entre < > todos os vocábulos que surgem entrelinhados nos textos originais.
– Modernizamos o uso do hífen nos verbos, no caso da sua omissão.
– Adicionamos [?] a propósito de dúvidas em relação à leitura de uma palavra (colocado imediatamente a seguir à mesma)
ou de um conjunto de palavras ou expressões (após espaço em branco), e, raramente, aquando a existência de uma palavra ou
expressão cuja leitura não oferece irresoluções, mas cujo sentido ou significado é por nós desconhecido.
– Acrescentamos [...] quando a leitura se revelou impossível.
– Anexamos notas de rodapé, nomeadamente nas seguintes situações:
- veiculação de informações acerca dos livros e documentos avulsos transcritos: numeração, medidas, páginas anexadas
ou retiradas e outras informações;
- impossibilidade (ou extrema dificuldade) em reproduzir no corpo de texto algumas das informações transmitidas nas
fontes documentais – notas nas margens32; sinais gráficos, etc.
- elucidação da presença de outras caligrafias que não a de João Higino Ferraz;
- esclarecimento de espaços deliberadamente deixados pelo autor;
- menção a textos rasurados que, pela sua quantidade e / ou significância (um arrolamento, um parágrafo, um cálculo...),
demandem a sua transcrição, ao contrário de meras rasuras a palavras e segmentos de palavras ou de frases, que serão
completamente desprezadas.
- fornecimento, quando possível, do nome completo dos indivíduos que Higino Ferraz nomeia, a mais das vezes, através
de um só nome, o próprio ou o apelido, ou ainda por meio de siglas. Tal procedimento, pela sua constância, poderá
32 Seguindo a nomenclatura veiculada numa obra de consulta já citada (FARIA, Maria Isabel, PERICÃO, Maria da Graça – Dicionário de Livro, s.l.,
Guimarães Editores, s.d.), quando nos referimos às margens das páginas (falamos particularmente dos Livros de Notas), usamos mormente as seguintes
palavras ou expressões: cabeça («a parte superior de qualquer forma ou página», p. 49); pé («margem inferior de um livro, oposta à cabeça e à goteira»,
p. 264); margem dianteira («margem lateral correspondente à abertura do volume na parte oposta à lombada», p. 218); e margem interior («aquela que
se encontra junto ao festo», p. 218) ou medianiz («margem interna da página de um livro», p. 221).
20
parecer pueril ou desnecessário, mas é decerto útil para situar e identificar certas pessoas num corpo documental que
poderá ser de mera consulta. De igual forma, acrescente-se, mas em menor medida, providenciamos em nota de rodapé
a designação completa de outras firmas, unidades de produção industrial33 e até literatura científica e técnica a que se
referia sumariamente o autor.
Não podemos deixar de ajuntar a tudo isto que, algumas das páginas da documentação transcrita contêm desenhos, feitos
por Higino Ferraz, de esquemas de produção industrial, de esboços e plantas de aparelhos ou máquinas industriais, etc. As
gravuras foram fotografadas e incluídas, nos locais devidos, no texto da transcrição, de forma a facilitar a leitura e interpretação.
Muita da informação escrita relativa a estas figuras, (indicações, explicitações, medidas, etc.) não foi transcrita porque, a mais
das vezes, está de tal forma entrosada nos traços dos desenhos, que seria uma tarefa inglória e escusada. O Leitor não terá
dificuldades em ler estes informes que acompanham as imagens e, quando confrontado com alguma sigla ou abreviatura, poderá
consultar as listagens acima. Procurámos transcrever, relativamente às ditas imagens, tão só o título ou designação do que é
representado, notas substanciais, a escala e a legenda.
LIVROS DE NOTAS
33 João Higino Ferraz dá-nos informações de valor acerca de fábricas que existiam na Madeira (a Companhia Nova, de José Júlio de Lemos, Sucessores;
a fábrica de São Filipe de Henrique Figueira da Silva, entre outras) e, ainda, sobre unidades de produção industrial do continente português, da África
colonial (merecendo especial destaque uma nova fábrica implantada pela Sociedade Agrícola do Cassequel, Angola, onde Higino Ferraz tem acção
directa), e ainda de outros espaços geográficos.
21
Livro de Notas Vinharia 1924 Nº 3 1923-1925 195 pp. 17, 64, 67, 69, 73, 89, 93, 96, 107, 144
AGENDA PORTUGUESA 1928 1915-1930 400 pp. 5 Janeiro, 3 Março, 26 Agosto, 27 Agosto,
11 Setembro, 12 Setembro, 14 Setembro,
15 Setembro, 16 Setembro, 1 Outubro, 7 Outubro,
10 Outubro, 16 Outubro, 29 Outubro, 2 Novembro,
4 Novembro, 15 Novembro, 18 Novembro,
19 Novembro, 20 Novembro, 21 Novembro,
24 Novembro, 25 Novembro, 26 Novembro,
28 Novembro, 30 Novembro, 8 Dezembro,
30 Dezembro
AGENDA PORTUGUESA 1929 1914-1930 401 pp. 5 Janeiro, forro capa fim
Livro de Notas Nº 3 – 1931-1932 Vinhos e outros Vinho-Maltine
e cidrovinho-maltine 1931-1932 360 pp. 145, 261, 264, 265, 308, 329,
AGENDA GABINETE 1932 1932-1933 385 pp.
Livro de Notas Nº 2 1937 assucar, alcool e diversos
Laboração de 1937 Vinhos no fim do livro 1935-1938 200 pp. forro da capa início
22
Livro do armazem de conhecimentos uteis do assucar e melaços –
cereaes – e Explicações sobre a Maltagem
DESCRIÇÃO: Estamos na presença de um livro, em papel, 30 cm x 20,8 cm, em bom estado de conservação. As primeiras
19 páginas deste volume não foram numeradas pelo seu autor, pelo que a enumeração foi atribuída por nós, e consiste nas letras
do alfabeto: a, b, c, d, e… Fazemo-lo desta forma para não permitir eventuais confusões relativamente à enumeração feita por
Higino Ferraz a partir daquelas primeiras páginas. Acrescente-se que a informação presente na primeira parte deste volume,
inserida nas páginas sem numeração de origem, deverá ter sido considerada por Higino Ferraz como despicienda. De facto, o
âmbito temporal desta informação é anterior ao início de funções de Higino Ferraz no Torreão e poderá a mesma inserir-se nas
actividades industriais que alguns membros da família de Higino Ferraz, incluindo ele mesmo, desenvolveram na segunda
metade do século XIX, ou melhor, no último quartel de Oitocentos; além disto, os informes das primeiras 4 páginas, sobre
vinho, e reproduzidas num volume separado a editar posteriormente, não saíram seguramente do punho do técnico da Fabrica
do Hinton. Será um pouco difícil, porventura, a contextualização de alguma desta informação, mas transcrevemo-la ainda assim
deixando aos potenciais leitores e investigadores o ajuizar da sua importância (tal como procedemos em mais alguns casos no
decorrente desta transcrição).
23
24
Mais adiante há 3 páginas não numeradas, cuja enumeração foi por nós aposta.
[pp. a a d: informação sobre vinho publicada em volume separado]
[e]34
[f] Entrada Assucar
1884 Sacos kilos Total de killos
março 19 12 75 d’assucar da 1ª sorte .900
“ “ 14 75 Dito dito 1.125
20 26 75 Dito dito 1.950
“ –“– 23 dito dito 023
26 10 75 dito da 2ª sorte 750
“ 15 75 dito dito 1.125
“ –“– 71 dito dito 071
27 27 75 dito da 1ª sorte 2.025
28 23 75 dito dito 1.725
29 25 75 dito dito 1.875
30 16 75 dito dito 1.200
“ –“– 48 dito dito 048
“ 6 75 dito da 2ª sorte 450
31 23 75 dito da 1ª sorte 1.725
“ 8 75 dito da 2ª sorte 600
abril 1 8 75 dito da 3ª sorte 600
“ –“– 35 dito dito 035
2 24 75 dito da 1ª sorte 1.800
3 33 75 dito dito 2.475
“ 31 75 dito da 2ª sorte 2.325
4 23 75 dito da 1ª sorte 1.725
6 37 75 dito dito 2.775
“ 25 75 dito da 2ª sorte 1.875
“ –“– 74 dito dito 074
8 23 75 dito da lettra B 1.725
“ 24 75 dito da 1ª sorte 1.800
“ 29 75 dito da 2ª sorte 2.175
10 –“– 33 dito dito 033
“ 14 75 dito da 3ª sorte 1.050
“ 25 75 dito da 1ª sorte 1.875
“ 1 87 dito dito .087
//
[g] Saida
1884 Sacos kilos Total de killos
março 19 12 75 d’assucar da 1.ª sorte para o Armazem de venda 900
“ 20 15 75 dito dito “ “ 1.125
21 13 75 dito dito “ “ 975
“ –“– 73 dito dito “ “ 073
22 1 75 dito dito “ “ 075
26 10 75 dito da 2ª sorte “ “ 750
27 11 75 dito branco seco “ “ 862
abril 1 8 75 dito da 3ª sorte “ “ 600
“ –“– 35 dito dito “ “ 035
25
“ 9 75 dito da 2ª sorte “ “ 675
3 150 90 dito da 1ª sorte – para Lisboa 13.500
7 10 75 dito da 2ª sorte – para o armazem de venda 750
9 10 75 dito dito “ “ 750
“ 4 75 dito da 1ª sorte “ “ 300
“ –“– 56 dito dito “ “ 056
abril 12 10 75 dito da 2ª sorte “ “ 750
15 6 75 dito da 2ª sorte “ “ 450
18 10 75 dito da dito “ “ 750
“ –“– 20 dito dito “ “ 020
“ 5 75 dito da 1ª sorte “ “ 375
“ –“– 14 dito dito “ “ 014
19 10 75 dito dito “ “ 750
“ 1 75 dito da 2ª sorte “ “ 075 //
26
[i] Saida
[k]35
[l]36
[m]37
[pp. n a q: informação sobre vinho publicada em volume separado]
27
“ 14 A 2 sacos dito da 2ª sorte a –– 75 dito –– 150,
“ 16 A 7 sacos dito dito a –– 75 dito –– 525,
“ A 3 sacos dito 3ª dito a –– 75 dito –– 225,
“ 20 A 19 sacos dito 2ª dito a –– 75 dito –– 1.425,
“ 21 A 8 sacos dito dito a –– 75 dito –– 600,
“ 27 A 40 sacos dito dito a –– 75 dito –– 3.000,
“ 29 A 12 sacos e 40 killos dito dito a –– 75 dito –– 940,5 //
28
grãos leves depois ao cabo de duas horas, faz-se escorrer esta primeira cana que traz em si as imporidades e as materias acres
provenientes da pelicula. Sustitui-se em seguida este primeiro liquido por nova agua, tão fresca e tão pura quanto possivel.
Duração do amolecimento –– A duração do amoleciemento varia segundo a edade e a espece do grão, sgundo[sic] a natureza
da agua, a temperatura de este liquido e a do ar ambiente, segundo a estação da operação. Pode-se adoptar como meio termo o
tempo seguinte 59 a 60 horas no inverno, 40 a 50 na primavera e outono e 30 a 40 no vrão[sic]. Convem não exceder o ponto
de amolecimento conveniente do grão; logo que o olho está oprimido, o grão está condenado a apodrecer ainda que, elle não
estaja de todo amulecido, pode-se supprir este defeito por regas cumplementares no cerminador.
Temperatura da agua –– A experiencia tem demonstrado que a agua do amolecimento não deve passar de uma temperatura
media de 10.º graus centigrados.
Renovação da agua –– É persiso renovar a agua do amolecimento ao menos uma vez em cada 24 horas no inverno e de 12
em 12 horas no verão [.] É persiso renovar a agua mais frequentemente, se se observar um desprendimento gazouso, a superfice,
o qual é sempre um indicio de começo de decompusição que é persiso evitar o mais depressa possivel.
Quantidade d’agua absorvida –– A cevada absorve, termo medio, 30 a 45 por 100 d’agua, segundo // [3] a sua idade, sua
espece, e seu grau de scura[sic]. Os grãos grossos absorvem menos que os pequenos.
Escorrimento –– Logo que a cevada absorveu toda a quantidade d’agua necessaria e que ella está suffisientemente
amollecida, faz-se escorrer a agua do amolecimento, depois lava-se energicamente o grão por um jacto abondante d’agua fresca
e limpida que se faz escorrer logo em seguida, para arrastar todas as materias gomosas da superfice. A abertura ou torneira do
fundo daxa-se em seguida aberta até que o grão estaja bem esgotado, o que acontesse ao cabo de 6 horas. O trabalhadores [sic]
que daxam a cevada nos amolecedores durante mais de 10 horas no verão, ou mais de 20 horas no inverno, expoêm o grão a
tomar as alterações nusivas á germinação, e que, por conseginte nos são um influencia [sic] sobre a qualidade dos productos.
É melhor não prolongar a estada nos amolecedores ou na esgotagem, mais de 6 a 8 horas, e fazer passar o grão para o
germinador ou tanque. Para lá, deita-se á pá n’uma calha, que desce directamente no local onde se deve fazer a germinação.
Amolecimento do trigo –– O amolecimento do trigo conduz-se como o da cevada, no ponto de vista da manipulação. Em
geral, elle dura um pouco menos de tempo; 24 horas é o sufficiente para os trigos tenros; mas é preciso o dobro do tempo para
os trigos duros. Este tempo deve ser augmentado um terço no inverno. A agua de amolecimento deve ser modade[sic]
frequentemente todas as 18 horas no inverno e 3 vezes por dia no verão. O esgotamento faz-se como na cevada. // [4] O senteio
amolece-se mais depressa, e é perssiso para elle algumas horas de menos que o trigo para amolecer ao ponto conveniente [.] O
milho tem necessidade de estar a amolecer durante 39 a 40 horas no inverno e 48 a 50 horas no verão; mas a agua do
amolecimento deve ser renovada mais a miudo, porque este grão altera-se mais facilmente.
Observação –– Segundo o senhor Balling, é melhor fazer um amolecimento mais curto, no intento de levantar a materia acre,
extraida da pelicula, sem penetrar a amendoa
Para isso uma estada de 6 a 8 horas na primeira agua, a cevada recebe uma segunda agua a 12 ou 16 horas, depois esgata-
se[sic] a 18 ou 24 horas. O amolecimento ficá[sic] completo pela regadura no germinador. Nos preferimos esta maneira de
proseder como o mais conforme aos verdadeiros principios, n’este caso occasiona uma perda menor das parte [sic] soluveis do
grão e elle se expoêm menos ás alterações.
Germinação –– O germinador deve ser <em forma escuante> o mais possivel, e a temperatura deve-se <manter> constante
e uniforme. Deve-se escolher um local sobre o solo ou uma cova, em que o solo seja bitumado, ou coberto de lajas, bem
cimentadas; a limpeza deve ser facil e a ventillação deve ser tal que se possa expolsar o acido carbonico e renovar o ar a vontade
sem abaxar a temperatura. Pode-se facilmente obter este resultado por uma chaminé-tirante, establecida nas condisões que nos
temos indicado para o arejamento e aquesimento das salas de fermentação.
N. B. A germinação é em melhores condições desde o momento que se pratica ao abrigo da luz, isto é ás escuras –
Convem dar ao germinador a superfice necessaria para a propurção do grão que se quer tratar: esta superfice deve ser inferior
a 1,25 metros quadrado por 100 litros de cevada; mas convem levar estas cifras até 2,20 metros para proceder mais lentamente
e obter um producto mais satisfatorios //
[5] Logo que o grão está no germinador espalha-se este cuja altura ou espessura varia segundo a estação [.] No inverno, para
um tempo frio, esta altura é de 70 centimetros a 1 metro e no verão de 35 a 55 centimetros. Daxa-se em seguida o grão em
reposo durante 20 horas no inverno e 10 a 12 no verão, antes de se occupar de revolver o monte de cevada. É muito conveniente
29
cobrir <o monte da> cevada com um pano durante os grantes[sic] frios. Au[sic] cabo de 10 ou 20 horas segundo a estação, abre-
se a massa á pá, voltando-a e estende-se um pouco, abaxando tanto mais a altura da cevada, quanto a estação é mais quente e
a temperatura do monte de cevada mais elevada. Au cabo de 9 a 12 horas, recommeça-se esta padejação, arejando o grão e
diminuindo a espessura da camada de cevada tanto mais quanto o aquecimento do grão é meior. Estas padejações repetem-se
diminuindo a espessura da <camada de> grão á medida que a germinação avansa mais.
Em geral a temperatura do germinador deve ser mantida a 10 graus centigrados, e a temperatura das camadas de cevada não
deve transpassar de 20 a 22 graus. Estes limites de temperatura são dados theoricos e praticos, e é persiso resgordar-se, ou da
daxar [sic] gelar o grão, o que destroi o germinação [sic] ou de expor a uma temperatura muito elevada, que faz perder ao grão
um porção notavel de seus principios uteis.
Cerca de 30 horas depois de <o> por em germinação e algumas vezes mais rapidamente ou mais lentamente segundo a epoca do
anno e a temperatura, começa a <se> produzir uma <espece> resudação, depois ve-se apparecer uns pontos brancos que são a
extremidade dos rebentos ou <radiculos>. 24 horas depois o gumo começa a ser visivel na <casca da> cevada, o monte d’ella commeça
a desenvolver um cheiro vinhoso e o grão amolece cada vez mais. Os trabalhadores // [6] devem tomar cuidado em não esmagalos...
O trabalho acaba logo que os rebentos tenham atingido uma vez e um quarto ou uma vez e meia o comprimento do grão, o
olho é pouco mais do comprimento do grão.
O modo que nos acabamos de descrever é o methodo ordinario, Ha praticas que querem dar á altura da camada do grão, uma
altura primitiva de mais de 15 centimetros e que, depois de um reposo de 15 horas pouco mais ou menos formam o monte a 20
ou 25 centimetros d’elevação.
Com uma temperatura exterior media de 10 graus, elles operão a padejação e a arejação de 12 em 12 horas; mas elles
<augmentão> esta operação, repetindo-a de 6 em 6 ou de 8 em 8 horas, se a temperatura é mais elevada.
É persiso notar que a padejação tem por fim fazer passar o grão da parte inferior do germinador para a parte superior e assim
sucessivamente
Arejação –– Logo que a cevada chegou a uma germinação sufficiente, e depois de a ter bubmetido[sic] a uma ultima
padejação, que tem por fim diminuir a especura[sic] da cama e de parar o trabalho, quando está bem esfriado, transporta-se para
os germinadores d’arejação para fazel-os pasar por um commeço de arejação sobre a influencia do ar atmospherico.
Comprende-se que o germinador <d’arejação> deve ter um bom solho, bem junto, que deve ter bastantes aberturas para
haver uma boa ventillação e que as aberturas devem ser tapadas com uma rede metalica para proteger os grãos contra os ataques
de passaros. //
[7]41
[8] –– Technologia Rural – por – João Ignacio Ferreira Lapa42. –– Distillação das substancias farinaceas ––
Todos os grãos e tuberculos farinaceos podem ser distillados e produzir alcool de melhor ou peior qualidade, e em meior ou
menos abundancia.
Esta pratica porém tem sido, quasi por toda a parte restringida á distillação do grão dos cereaes e das batatas.
–– Destruidas as partes amilaceas dos farinaceos, ficam as partes cellulosas, gordas, albuminosas e salinas, intactas ou pouco
menos, e em estado de poderem ser aceitas e utilisadas pelos gados. ––
Distillação das raizes e tuberculos farinaceos. –– A distillação das raizes, tuberculos, ou hastes farinaceas, teve em vista
desde o seu começo resolver simultaniamente o problema agricola e industrial, formulando a questão n’estes termos: fabricar
o alcool mais puro de maneira que as polpas, fundagens ou residuos das distillação [sic] conservassem os outros principios
alimentares dos productos vegetaes.
Desta maneira a industria e a cultura associavam-se para um fim, pois que a primeira (industria) pedindo um producto
puramente carbonado, deixava em troca uma massa avultada de alimento phosphoro-azotado, cuja quantidade havia sollicitado,
e que prestava um immenso recurso á producção dos gados, isto é, á produção directa da carne e outros productos animaes, e
indirectamente á producção do pão pelo augmento dos estrumes.
Muitos foram os artificios para resolver a questão por ambos os lados; e como vamos ver no exposto dos diversos processos
tem-se sempre sacrificado um dos fins, quando se tem querido attender como condição essencial á economia do processo.
Distillação das batatas <cemilha> –– A. Processo allemão. –– Na Allema-//[9]nha tiveram nascimento as primeiras
distillações de tuberculos e raizes.
41 A página 7 não apresenta qualquer escrito.
42 Artes Chimicas, Agricolas e Florestaes ou Technologia Rural. Lisboa. 1865. 2 Vols.
30
Reduz-se este processo a lavar as raizes ou tuberculos a cozel-os a vapor, a fazel-os em papa, a saccharificar esta papa ou
caldo, a fazer fermentar o mosto, e a distillar o vinho resultante.
Lavagem. –– Pratica-se, usando de um lava-raizes tocado, conforme a tarefa, por homens, por um manejo de cavallos, ou
por uma machina de vapor.
Cosedura ou raladura. –– Ao principio eram as raizes e tuberculos cosidos a vapor dentro de uma dorna e d’ahi passados á
machina, aonde eram ralados ou esmagados até ficarem em calda. Esta machina era formada, ou por dois cylindros endentados,
muito parecida com a que se faz a pisa mechanica da uva, ou por uma prensa de martello. Ideou-se depois como mais simples,
operar a cosedura e raladura em um mesmo apparelho, o o [sic] qual se compõe de uma grande cuba de madeira fechada
hermeticamente fig. II.
Esta dorna tem no centro um diaphragma P, P, crivado de buracos mantido a um terço de altura do fundo por uma haste
movel L susceptivel de movimento de rotação communicado pela engrenagem do angulo O’, J, J! A esta haste girante, estão
encavados duas ordens de braços: uns rentes ao fundo do Balceiro remexem e misturam a calda; outros rentes á face superior
do diaphragma, espapaçam as raizes e as fazem cair desfeitas pelos buracos do diaphragma no repartimento H, I, O. O
movimento do batedor começa uma hora depois da entrada do vapor [.] // [10] A torneira G serve para deixar sahir o ar, a
torneira V dá despejo á calda depois de feita, tem uma porta S para o carregamento da dita cuba e limpega[sic], e tem
bambem[sic] um tubo F que traz o vapor á cuba
Saccharificação, ou formação do mosto. ––– Na distillação das batatas, e outros tuberculos farinaceos, executam os allemães
a operação da saccharificação da calda quasi como se pratica, e <vamos> descrever, a caldiação da farinha do malt para preparar
a cerveja. A calda grossa é passada da machina em que foi batida para as dornas <balceiros> de maceração. Aqui é deslassada
com agua <quente> até ficar na temperatura de 40º a 45º; é envolvida e bracejada com a farinha de malt de cevada na proporção
de 7 por 100. Assim fica em descanço por meia hora, no fim da qual se caldêa novamente com agua quente, que a poe a 64º ou
70º. Novo descanço de 3 horas, passadas as quaes se caldeia com nova dose de agua á temperatura de 25º a 30º. No fim d’este
terceiro trabalho o mosto deve achar-se na proporção de 300 litros por cada 100 kilos de tubercules ralados.
Fermentação –– Nas mesmas dornas (balceiros) em que se caldeou o mosto se establece a fermentação misturou-lhe[sic] o
fermento da cerveja (ou outro) na propurção de 1/4 de litro por cada 100 kilos de tuberculos empregados. Em 48 horas a
fermentação completa-se e socega, passando-se as coisas exactamente como na fermentação do mosto de malt.
31
Distillação. –– Na distillação dos tuberculos e raizes empregam-se, ou os apparelhos aprefeiçoados de Lavalle ou os nossos
alambiques ordinarios de coluna um pouco modificados Fig. II (do folhete) em attenção á natureza pastosa do vinho dos
tuberculos. //
Espécies de farinha que entram na dorna. –– Pode entrar na dorna unicamente a farinha de grãos germinados. Pode preparar-
se uma mistura em diversas propurções de malt de cevada, e de malt de outro grão. Finalmente a mistura que se empapa pode
ser constituida de malt de cevada, com farinha de grãos não germinados, ou com féculas de tuberculos, como por exemplo, com
a fécula de batata. //
[12] Methodos de empapagem. –– Quando a agua quente em que se caldêa a farinha não chega á temperatura da ebulição,
diz-se que a empapagem é feita por infusão. Mas se toda a calda ou parte d’ella, depois da infusão, é levada ao ponto de fervura,
diz-se que a empapagem é feita pelo methodo de decocção. Estes dois methodos de caldear a farinha tem uma influencia grande
nas propriedades da cerveja.
Para comprehender a acção differente que tem estes dois methodos, e chegar a distinguir os casos em que convêm um ou
outro, é preciso explicar a theoria dos phenomenos que se passam na farinha empapada pela agua quente.
Logo que a farinha de malt é imbebida pela agua quente, a 35º ou 40º, a diastase é disolvida, e distribuindo-se
32
uniformemente pela massa, começa a produzir o seu effeito saccharificador sobre o amido, convertendo-o em dextrina. Se a
agua é mais quente ainda, se vai na temperatura de 75º a 80º, o amido que tem já soffrido uma hydratação que o converteu em
gomma (empois), ou em amylo-dextrina, mais facilmente passa então pela acção da diastase ao estado de assucar. Um calor
superior a este amolleceria muito mais o amido e facilitaria muito melhor a sua conversão ultima, se este calor não fizesse perder
á diastase parte do seu poder, e se ao mesmo tempo o amido, muito hydratado e gommoso, não formasse caroços ou grumos
difficeis de penetrar pela diastase. Desta maneira não convêm exceder aquella temperatura de 75º, quando a farinha não tem
diastase em abundancia, como é o caso de ser a farinha de grãos germinados e de grãos não germinados, porque então a diastase
dos primeiros tem de servir para // [13] saccharificar o amido proprio e alheio.
Em tal caso prefere o methodo por infusão ao methodo por decocção. Mas no caso contrario, quando a farinha é toda de
malt, e se pretende fazer uma cerveja encorpada, mais nutritiva que alcoolica, então convem levar a temperatura da calda ao
termo da ebulição.
Processos práticos de empapagem por qualquer dos methodos: –– Methodo por infusão. –– Traparemos[sic] os d’este
methodo por ser o osado para as fermentacoes[sic] dos tuberculos farinacios, por ex. da batata. Depois de encher a dorna de
farinha, faz-se chegar a agua pelo tubo inferior A com a temperatura de 40º a 60º.
Como a farinha está a temperatura do ambiente a mistura ficará com uma temperatura inferior a 35º. Mexe-se a massa até
á empapagem perfeita, e se deixa em reposo por espaço de meia hora.
Este primeiro trabalho tem o nome de caldeação preparatoria, porque o seu fim é de imbeber a massa, e operar a conversão
do amido em dextrina, a qual n’esta temperatura inferior a 35º se opera com exclusão da formação do assucar, porque esta exige
temperatura mais alta. N’este primeiro trabalho a diastase exerce só a primeira parate[sic] da sua acção, isto é, sobre o amido.
Passado aquelle tempo, faz-se chegar nova porção de agua mais quente que a primeira, de forma que a temperatura da massa
se deve a 60º ou 70º. Bate-se e agita-se fortemente a massa, deixando-a outra vez em descanço por tempo de uma hora. Este
segundo trabalho é caldeação definitiva. Pela acção da da [sic] temperatura mais elevada, a diastase converte a destrina em
assucar. Abre-se então a torneira B fig 2 // [14] e extrai-se da dorna o primeiro mosto. Extraido o mosto convém lavar a massa
com outra agua para extrair os restos de dextrina e do assucar que ainda contém. A agua que para este fim se empregar deve
pôr a massa na temperatura de 75º, porque a esta temperatura toda a dextrina se converte em assucar. Faz-se uma ou duas
lavagens sendo os mostos d’estas lavagens separados á parte.
33
fabrico não necessitar apparelhos custosos.
A este processo da distillação por meio de raladura da batata crua, substitue-se muitas vezes o processo de distillação
por saccharificação da fécula. Inventou-se este processo, porque, se é pouco economico, distillar de uma vez uma grande
massa de batatas, perdendo // [16] a meior parte dos residuos por falta de gado que os aproveite, maior prejuizo traz a
distillação dividida por todas as epocas do anno; porque a batata grela e estraga-se, passando um certo periodo de
arrancada. Convertendo as batatas todas em fecula tem-se a materia prima sempre em bom estado, e pode-se distillar em
qualquer tempo.
A preparação da fecula das batatas para distillar não carece dos apuros e perfeição que demanda o fabrico da fécula
industrial. Depois de raladas e lixiviadas as batatas sobre largos sedaços, as aguas de lavagem depositam uma fecula parda
sufficiente pura para a distillação. Esta fécula se enxuga e sécca.
Na occasião em que se quer distillar, a fecula secca das batatas pode ser saccharificada, ou pela diastase, ou pelos acidos.
Pela diastase, o processo regula muito proximamente pelo que exposemos no systema da distillação por meio da raladura.
Unicamente não ha lixivações a fazer, porque toda a massa envolvida na agua se converte em liquido saccharino.
Por cada 10 kilos de fecula, ajunta-se um hectolitro de agua á temperatura de 75º a 80º e 2,5 kilos de farinha de malt; braceja-
se e junta-se mais 4 decalitros de agua fria até a temperatura descer a 50º [.] Descanço por 2 a 3 horas, em seguida ao qual pode
começar a fermentação, addiccionando o fermento da cerveja. Por este processo retirou-se 46 a 48 litros de alcool puro por 100
kilos de fécula, contando 20/100 de agua //
34
Amido Dixtrina Total
Arroz ..................................... 89 ..................... 1 .................... 90
Trigo molar branco ............... 75...................... 6 .................... 81
Centeio ................................. 65 ..................... 12 .................. 77
Cevada .................................. 65 ..................... 10 .................. 75
Milho .................................... 67 ..................... 4 .................... 71
Avêa ..................................... 60 ..................... 9 .................... 68
Trigo duro de Venezuela ...... 58 ..................... 9 .................... 67
Deduz-se d’estes numeros que o arroz, é de todos os ceriaes o que produz mais rendimento de alcool, o qual é de boa
qualidade.
Succede-lhe o trigo molle, o qual produz tambem bom alcool, mas de um preço mais elevado, por causa do maior valor
d’este cereal.
Vem depois o centeio, cujo alcool sae mais barato, mas de qualidade inferior aos precedentes, se não é bem depurado.
O milho a avea e a cevada produzem bons alcooes mas a sua diminuta quatidade[sic] so poderá ser compensada pela
excessiva barateza d’estes grãos. //
[19] O trigo duro, porque produz pouco alcool, e pelo seu elevado preço, não deixa lucro que convide a distillal-o [.] Esta
ultima deducção é veridica á vista da extrema differença nas qualidades das materias amylaceas que apresentam os trigos da
precedente tabella; trigos que representam dois typos muitos opostos; um de trigo de paiz humido, outro de paiz quente e sêcco.
–– Mas comparando os trigos duros e molles do novo paiz, que nem é humido bastante para fazer todo o trigo molle farinaceo,
nem bastante quente para dar ao trigo rijo a maxima dureza, acha-se muito menor differença na quantidade de suas materias
alcoolisaveis.
Entretanto havendo bons apparelhos, preferirá a este trigo o centeio, que é o grão mais empregado em todas as partes da
Europa, em que se destillam cereaes pela sua maior baratesa.
Assim como já vimos na distillação dos tuberculos farinaceos, ha na distillação dos grãos differentes methodos a seguir,
segundo se querem mostos claros ou pastosos, segundo saccharificação é feita com o malt ou com os acidos.
II.º Methodo do francez. –– Este methodo é ensaiado por dois modos um tanto differentes, postos em pratica, um por
Dombaste, o outro por Dubrunfaut.
A. Processo de Dombaste, ou antigo. –– O grão de que se quer fazer alcool é reduzido a farinha, e lançado n’uma dorna com
25 por 100 do seu pezo de farinha de malt. ––
Deita-se-lhe agua a 50º de temperatura e desmacham-se bem aquellas farinhas, ficando a calda com 31º a 33º de calor em
reposo por meia hora. No fim d’este tempo deita-se nova porção de agua a ferver, revolvendo e desfazendo a massa, de sorte
que esta fique na temperatura de 62º. –– Outro reposo de duas horas, tres ou quatro // [20] conforme a quantidade da calda:
depois do que se passa o liquido á dorna <ou balceiro> de fermentação, aonde pela addição de agua fria se põe na temperatura
de 20º a 25º, a mais conveniente para se verificar a fermentação. Esta é excitada pela mistura do fermento de cerveja, como já
se explicou na distillação dos tuberculos.
B. Processo Dubrunfaut44. –– Os pontos de differença entre este processo e o precedente consiste: 1º em misturar e embrulhar
a massa logo na primeira calda com 2 a 3 por 100 do seu pezo de ciscalho (casca do trigo) ou cas-cabulho de trigo com o fim
de dividir a massa e ajuntar a acção saccharificante da diastase; 2º empregar na previa caldeação agua a 43º, e não 50º; 3º fazer
fermentar o mosto dentro da mesma dorna em que se faz a caldeação, pratica geralmente seguida pelos destilladores, o que exige
que a dorna seja de grande capacidade para admittir a agua fria necessaria para por o liquido na temperatura de 20º a 25º.
2º Methodo inglez. –– Pratica-se tambem como o methodo francez por duas maneiras.
A. Processo Inglez antigo. –– Com pequena differença nos promenores da manobra é o processo de Dubrunfaut. –– Differe
com tudo do de Dombasle, em se usar de uma dorna de braçagem semelhante á que usam os cervejeiros; isto é, com um falso
fundo crivado de buracos, por onde o liquido se escoa limpido no fundo da dorna, e d’onde é retirado para a dorna de
fermentação. – No mais ha perfeita semelhança. –– Mestura da massa com o ciscalho de trigo; primeira calda a 45º; e segunda
calda a 50º ou 55º; fermentação a 20º ou 25º.
B. Processo inglez moderno. –– Actualmente, em vez de se deitar 20 por 100 de malt nas farinhas a saccharificar, deita-se
44 Dubrunfaut, Auguste-Pierre (1797-1881): Mémoire sur la saccharification des fécules / présenté à la Société royale et centrale d’agriculture de Paris,
pour le concours qu’elle a ouvert sur la culture de la pomme de terre et l’emploi de ses produits, Extr. de: “Mémoires de la Société royale et centrale
d’agriculture”, 1823.
35
// [21] apenas 10 por 100. Mas este malt tem sido pouco carbonisado na estufa, ficando de côr clara, e por consequencia com
toda a força da diastase. –– No resto, este processo segue a marcha do precedente.
3º Methodo allemão. –– Os allemães conduzem a saccharificação das farinhas, como fazem para fabricar cerveja com grãos
todos germinados. –– Este methodo se tem o acrescimo do trabalho da maltagem sobre toda a massa de grão, que se pretende
distillar, tem tambem vantagens, que o podem em certos casos fazer preferir a qualquer dos methodos antecedentes. A primeira
vantagem é que a parte amylacea toda se converte em glucose, porque a diastase que aqui opera sae sae [sic] de toda a massa
do grão empregado. É verdade que as funtagens[sic] ficam menos nutritivas para o gado; e ha necessidade de as lavar
repedidas[sic] vezes com agua fria, para acabar de lhes tirar as partes alcoolisaveis, o que augmenta consideravelmente o
volume do liquido fermentado. Mas tambem este liquido, assim diluido e apesar d’isto bastante saccharino, fermenta
facilmente, correndo menos risco de passar á fermentação viscosa, sendo que as vinhaças pela sua liquidez e limpeza podem
muito bem utilisar-se para caldas de tarefas seguintes.
4º Methodo belga. –– Na sua essencia, o methodo de distillar cereaes geralmente hoje seguido na Belgica não differe do
methodo francez. A mesma quantidade de malt e de farinha, que commumente é de centeio [.] Primeira calda á temperatura de
35º a 40º; a segunda á temperatura <de> 55º; fermentação a 20º ou 25º; a mesma quantidade de fermento; fermentação nas
dornas da caldeação; distillação dos mostos na estada pastoso.
Apreciação critica dos processos expostos. –– Os methodos // [22] francez, allemão, e belga, reduzem-se afinal a um
methodo unico, dito por mostos pastosos; o methodo inglez é o unico que prepara o mosto claro em estado de poder ser
distillado nos apparelhos mais usuaes. O alcool obtido de mostos claros sae de melhor qualidade, mas é menos rendoso; o alcool
dos mostos pastosos é mais abundante, mas para sair tão fino como o primeiro exige apparelhos especiaes, para que as materias
pastosas larguem todas as partes alcoolicas e não sejam queimadas.
Os inglezes usam de apparelhos de proporções enormes. Estão elles convencido [sic] de que n’isto consiste a facilidade que
tem em tirar excellentes alcooes de cereaes, o que até certo ponto é exacto; porque um grande apparelho distillatorio admitte
muito meior numero de sandojas[?] rectificadoras, e permitte trabalhar com liquidos muito destemperados, que se requeimam
menos. Estamos porem convencidos de que a excellencia dos alcooes inglezes procede tambem em grande parte da natureza do
mosto que se distilla. Porque na verdade, qualquer que seja a perfeição do apparelho e o cuidado da distillação, nunca um mosto
pode produzir o mesmo alcool que sae de um mosto limpido e delgado. Como em todas as coisas da industria, a quantidade do
producto anda na razão inversa da sua qualidade.
Sob o ponto de vista da marcha da saccharificação, qualquer dos processos nos parece satisfazer ás condições da theoria
chimica que regula este phenomeno de transformação, comtanto que a temperatura da primeira calda não exceda 45º e a segunda
70º. Porque não deve esquecer, segundo o que expoeem no tratado de Saccharificação do malt ou Caldeação do malt para o
fabrico da cerveja, que a temperatura dos caldos é a primeira condição para a saccharificação correr regularmente. // [23] É
preciso que na primeira toda a fécula se converta em amylo-dextrina, e na segunda se opere a transformação d’este em glucose;
aquellas temperaturas, como já vimos, são as mais accomodadas á[sic] cada um d’estes periodos da conversão do amido.
Quanto á fermentação, é preciso regular a quantidade do fermento ajustado pela densidade de mosto.
Esta quantidade varia de 1 a 4 por 100 em peso da farinha saccharificada.
O emprego das vinhaças de distillação anteriores nas caldeações seguintes, tem a vantagem de economisar o combustivel
que se gasta em fazer ferver a agua para a caldeação: tem ainda a vatagem[sic] de se poder diminuir a quantidade de fermento
que se deve ajuntar ao mosto, mas o alcool nunca sae tão puro, como empregando-se agua limpa.
5º Methodo da distillação dos cereaes saccharificados pelos acidos, –– O que dissemos da saccharificação da batata pelos
acidos tem inteira applicação aos cereaes. Desmanchar a farinha cereal em agua, na dose de 200 litros por 100 kilos de farinha.
Esta agua deve ser acidulada com acido chlorhydrico na proporção de 4/100 de pezo da farinha empregado. –– Ebulição do
liquido por meio do vapor, até que não azule com a tintura de iodo. Neutralisação com o carbonato de soda, fermentação com
a levadura de cerveja e distillação.
Este processo é o que produz alcool de maior pureza mas as fundagens muito carregadas de chlorureto de sodio, sal marinho,
só podem ser empregadas pelos gados, sendo encorpadas com grandes massas de outras forragens.
Vem a proposito aqui fallar de um fermento artificial inventado por Dubrunfaut para sustituir o fermento da Cerveja,
invenção facilima, porque não é facil // [24] haver sempre á mão a levadura de cerveja, nem preparal-a bem, quando se não
exerce a industria de cervejeiro.
Reduz-se a preparação d’este fermento a saccharificar a farinha de cereaes, preferindo sempre o centeio, pela agua acidulada
com o acido sulphurico na dóse de 5 por 100 do peso da farinha, segundo o processo acima descripto
36
O liquido resultante de consistencia xaroposa mistura-se á calda que se quer fazer fermentar na dose de 10 kilos de farinha
saccharificada por cada 1 kilo de levura que houvesse de se empregar.
Distillação da raizes [sic] saccharinas
Debaixo d’esta denominação comprehende-se principalmente a distillação da beterraba, da batata doce e do
tupinambo; d’estas raizes é a beterraba a mais importante; não porque contenha uma quantidade de materia alcolisavel
muito superior ás das duas outras raizes indicadas, mas porque sendo a que contem maior dose de saccharose, d’ella se
tem feito na Europa a base da industria do assucar indigena; (Das trez qualidades de beterrabas mais conhecidas, é a
variedade branca da Silesia de collo verde ou rosado, a mesma que prefere para a extração do assucar, a que mais alcool
fornece.
Aconselha-se, como meio mais prompto para conhecer a sua riqueza saccharina, é cortar em rodellas um kilo de beterrabas,
bem lavadas e limpas seccal-as na estufa até partirem á pressão das mãos, e pesal-as. Descontar d’este pezo 80 gramas; e resto
representará o peso do assucar que dará o alcool puro // [25] praticamente correspondente, sabendo-se que cada 9 killos de
assucar encontrada [sic] nas beterrabas produzem 3,5 litros de alcool puro, porque as beterrabas não dão praticamente senão os
4/5 do alcool, calculado sobre o assucar que se lhes reconhece.
Mas este ensaio está sujeito a grandes erros, porque o numero 80 das partes celulosas, albuminosas e sallinas que se desconta
do peso da beterraba sêcca, está sugeito a grandes variações. –– A exessiva estrumação das terras, por exemplo, influi
particularmente na proporção das materias albuminosas e do assucar, fazendo acrescer aquellas á custa d’este.
Diversos processos tem sido empregados na distillação da beterraba.
Iº Processo de distillação da beterraba pela raladura e espressão do sumo. –– Lavam-se primeiramente as raizes e
submettem-se á acção de um ralador mechanico. A massa resultante é ensacada e espremida em uma presa hydraulica; o sumo
que escorre chega a 80 ou 85 por 100 de pezo das raizes empregadas e tanto pode servir para a extracção do alcool, como para
a do assucar.
O sumo obtido da prensa é aquecido a vapor dentro de caldeiras, a 26º ou 28º, e logo depois transportado por uma bomba
ao tanque ou dorna de fermentação
Aqui é o sumo da beterraba acidulado antes de começar a fermentar com o acido sulfhurico, ou melhor com o acido
chlorhydrico o qual se emprega no dóse de 4 a 6 kilos por cada 1000 litros de sumo.
A acidulação tem differentes fins. –– Faz desaparecer a alcalinidade do liquido, sacharifica a parte // [26] amylacea da raiz;
inverte e torna directamente fermentascivel o assucar crystallisado que existe naturalmente na beterraba. Auxilia a precipitação
das materias albuminosas, tornando assim o liquido mais claro e limpo.
Bem que o sumo da betterraba contenha em si o fermento sufficiente, que a acidulação, alêm d’isso esperta e activa, não se
daxa por esse motivo de empregar o fermento de 50 a 60 gramas de fermento de cerveja por cada 100 litros de sumo
A fermentação dura ordinariamente de 18 a 24, e tem-se a certeza que todo o assucar foi desdubrado quando o ariometro de
Baumé desce a 0º.
Este processo dá de 3 a 5 litros de alcool puro por 100 kilos de beterraba.
2º Processo de distillação da beterraba por maceração. –– Maceração pela agua. –– Emprega-se a agua quente ou fria,
acidulada com o acido sulphurico ou chlorhydrico na dose de 2 do primeiro ou de 4 do segundo por 1000 de beterraba.
Tres dornas são persisas para fazer esta maceração [.] Todas trez se enchem de beterrabas, ou cortadas em rodellas, ou
raladas em poulpa.
Faz-se chegar a agua <acidulada> á primeira dorna de maceração de maneira a cubrir as rudellas que a enchem, e ahi demora
o tempo de uma hora depois despaja-se o liquido que se faz passar a 2ª dorna em que as cousas se verificar da sucessiva forma
para passar a 3ª dorna. O liquido depejado da 3ª dorna vem carregado com o assucar retirado das 3 dornas, é conduzido ao
balceiro de fermentação. Por uma maneira de trabalhar com estas dornas as rodellas de beterraba são lavadas // [27] 3 vezes
para lhe extrahir todo o assucar.
Reparando bem para a marcha que deve levar o trabalho, ve-se que cada liquido passa a segunda hora do seu trabalho pela
massa de beterraba que foi já uma vez lixiviada; e na terceira hora pela massa que já o foi duas vezes. Vê-se mais que cada
liquido, á medida que se carrega de assucar, vae passando por massas mais ricas d’elle; e os liquidos novos entrom[sic] primeiro
na dorna mais esgotada. Em fim cada liquido antes de ser despejado passa em tres dornas differentes; e cada dorna antes de ser
substituida recebe tres cargas differentes de liquido.
Recebe depois este liquido o mesmo trabalho que no processo anterior: a fermentação dura 24 a 36 horas e rende por cada
1000 kilos de beterraba 35 litros de alcool puro.
37
3º Distillação directa da beterraba. –– Processo Laplay. Uma feição inteiramente nova deu este industrial ál[sic] alcoolisação
e á distillação das raizes e hastes saccarinas.
O novo processo de que vamos fallar consiste em cortar em talhadas a raiz ou haste saccharina [;] na immersão e
fermentação directa d’estas talhadas em um vinhaço fermentado de virtude duradoura; distillação das talhadas fermentadas pelo
seu aquecimento e deslocação do alcool operados por uma corrente de vapor
Desta sorte despensa este processo o trabalho e utensilios da expressão e da raladura; conduz a fermentação sem o risco de
se gerarem os acidos lacticos e acetico, e sem o inconveniente de se formarem as espumas que os liquidos em fermentação
levantam e que embaracom[sic] // [28] e encommodom[sic] a operação; realisa a distilação com a menor acção nociva do
calorico, sem esperdicar alcool algum; e finalmente deixa ficar as polpas cosidas, mas com todas as suas partes nutritivas, e
debaixo de um pequeno peso, que é apenas 50 por 100 do peso da beterraba crua.
Lavada e cortada em tiras, ou rodellas delgadas é a beterraba ensacada em sacos de estopa, e estes immergidos em dornas
que contêm sumo de betterraba já fermentado e acidulado com o acido sulphurico. //
[29]45
* Nota – Esquecia-me dizer a quantidade de garapa que se deve empregar por cada 100 litros de melaço desfeito: A
38
quantidade deve ser pelo menos 10 litros de garapa por 100 de melaço desfeitos. //
[32] 471º modo = Pela diastase com o malte de cevada –– Fermento para uma cuba de 6000 litros == A farinha de centeio
depois de moida é deitada n’uma cuba de maceração; 40 kilos de farinha e 4 kilos de malt estresuado, deita-se-lhe agua a 45º
de temperatura desmaxa-se bem aquellas farinhas ficando a calda com 31º a 33º de calor em reposo por meia hora. No fim d’este
tempo deita-se nova porção de agua a 70º <ou 80º> revolvendo e desfazendo a massa de sorte que esta fique na temperatura de
62º. –– Outro reposo de duas horas, trez ou quatro conforme a quantidade de calda. Este liquido assim preparado <daxa-se
esfriar até 30º de calor e> é-lhe <pedois[sic]> adecionado 1/2 kilo de lupulo bem sosido[sic] 1/2 galão de fermento de cerveja, 25
kilos de melaço desfeito em agua quente e convenientemente acidolado na temperatura de 30º e no grau de 6º Baumé. Daxa-se
fermentar, e logo que a fermentação estaja bem desenvolvida é então empregado.
2º modo = Pelos acidos (sulfurico ou chloridryco) –– Fermento para uma cuba de 6000 litros == A farinha de Centeio
convenientemente moida é deitada na cuba onde se procede á preparação cuja cuba deve ser construida de forma que se possa
ferver o liquido com o vapor. Antes porem de se deitar na dita cuba a farinha deve-se primeiro deitar a agua acidolada, na
proporção de agua de 80 litros e de acido sulphurico 2 kilos; desma-se[sic] depois <40 kilos de> farinha, e procede-se á ebulição
do liquido por meio de vapor, até que uma gota do liquido deitada n’uma pequena tassa não azul com umas gotas de tintura de
iodo que se lhe deita. Logo que chegou a este ponto procede-se a neutralisação pelo carbonato de cal na dose de 750 gramas a
1 kilo. Este liquido assim preparado adeciona-se-lhe como no precedente <e depois de estriado até 30º de calor> 1/2 kilo de
lupulo 1/2 galão de fermento de cerveja e 25 kilos de melaço desperto e acidolado, na temperatura de 30º e no grau de 6º Baumé.
Daxa-se começar a fermentação e é depois empregado. –– //
[33] 4 fermento [sic] – De sevada germinada e centeio == Faz-se mecerar 13,5 kilos de malt de cevada com 27 kilos de
centeio e 162 litros de agua a 75º de temperatura; mantem-se a 60º ou 65º durante 3 ou 4 horas, depois daxa-se arrefecer até 34º
ou 36º de temperatura. Ajunta-se-lhe então á massa um volume egual de melaço em plena fermentação e daxa-se fermentar
durante 24 horas á temperatura de 20º a 25º. Emprega-se depois ((na dose de 3 a 4 por 100 do melaço.)) ––
Apreciando estes 3 ultimos fermentos parece-nos todos elles estão nas condições proprias para uma boa fermentação; o que
temos então a atender é ao seu preço e vamos por isso fazer esse calculo pela seguinte forma:
1º modo –– Emprega-se o malt, o centeio, o lupulo e o fermento de ceveja[sic]
40 kilos de farinha de centeio a 35 reis ao kilo 1.400 reis
4 kilos de malt de cevada a 200 ao kilo 800 –“–
1
/2 kilo de lupulo a 1000 reis ao kilo 500 –“–
1
/2 galão de fermento de ceveja[sic] a 500 reis ao galão 250 –“–
Custo total do fermento 2.950 –“–
2º modo –– Emprega-se o centeio, o acido sulphurico, e o carbonato de soda, o lupulo, e o fermento de cerveja
48
40 kilos de farinha de centeio a 35 reis ao kilo 1.400 reis
2 kilos de acido sulphurico a 170 ao kilo 340 –“–
1 kilo de carbonato de soda a 500 reis ao kilo 500 –“–
1
/2 kilo de lupulo a 1000 reis ao kilo 500 –“–
1
/2 galão de fermento de ceveja a 500 reis ao galão 250 –“–
Custo total do fermento 2.990 –“–
3º modo – Emprega-se o malt de cevada e o centeio
13,5 kilos de malt a 200 reis ao kilo 2.700
27 kilos de centeio a 35 reis ao kilo 945
Custo total do fermento —— 3.645 //
[34] Fermentação = Estando o fermento pronto ou mesmo antes de o estar, deve-se proceder á preparação do vinho de
melaço para a fermentação, o qual se pratica pela seguinte forma: O melaço é deitado na cuba de desmaxe, ajutando-se-lhe uma
pouca de agua quente <a 60º> para o desfazer bem, depois junta-se-lhe agua fria ou morna até que marque no peza charope 6º
Baumé aquesse-se até á temperatura de 28º centigrados na primeira calda que cai no balceiro de fermentação para ativar melhor
a fermentação, acidolada com o acido sulphurico até que o papel azul de tornisol tome a cor de casca de cebola seca, depois as
outras caldas se faram ir á temperatura de 25º centigrados.
47 Sobre o seguinte parágrafo escreveu o autor, na diagonal, em letras de corpo maior do que as do restante texto, a seguinte frase: «É melhor empregar o
fermento com a dose de 15 por 100 de malt».
48 Na margem dianteira, escritas na vertical, temos estas expressões: «Agua 80 litros [;] Agua 22,2 galões».
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Logo que o fermento está em estado de ser empregado, deita-se na cuba de fermentação uma porção de vinho de mel a 28º
de temperatura e em seguida o fermento agitando bem até desfazel-o completamente [.] Daxa-se que a fermentação se
desenvolva bem, e acaba-se então de completar a cuba com mais vinho em 25º de temperatura, tendo o quidade de fechar as
tampas dos balceiros para não haver perda de alcool pela evaporação nem se oxidar o mesmo alcool em razão do ár
athemospherico e da elevação de temperatura do liquido. É conveniente juntar á fermentação uma infuzão de casca de
carvalho ou tambem o sulfato de soda na dose de 1 a 2 por 100 kilos de melaço [.] Deve haver todo o quidado em que a
temperatura não passe de 35º ou mesmo 30º centigrados para não haver perda de alcool pela evaporação nem se transformar
o mesmo alcool em acido acetico; o qual se consegue transvasando uma parte do liquido para outra cuba e juntando-lhe nova
porção quasi fria.
Logue que a fermentação chegou ao seu termo, isto é quando parou o desprendimento de acido carbonico e o grau do peza-
charopes desceu a 1º ou mesmo a 0º // [35] procede-se á neutralisação do acidos [sic] juntando-lhe agua de cal até á reação
neutra, se for conveniente osar este prosseco[sic], o qual aconselho a que se verifique se há perda de alcool n’esta neutralisação,
transvasando logo o liquido neutralisado ou não neutralisado para as vazilas, para hai então clariar e arrefecer e ser então
destilado. Não é conveniente daxar a fermentação sobre as borras porque se altera muito facilmente, muito mais quando se
emprega o bagaço d’uva, nem se deve daxar tambem por muito tempo o vinho por distilar, ou então para não haver
transformação do alcool para o acido acetico como acontece quando o alcool está dissolvido em muita agua, satura-lo com outra
aguardentes [sic] mais baxas porque assim evita mais a transformação.
Melaços Estrangeiros == A alcoolisação de estes melaços fazem-se pela mesma forma que os antcedentes[sic], observando
as mesmas regras, com a differença porem que se deve carregar mais nos fermentos e o grau do pesa-charopes não deve
passa[sic] de 5 1/2 e o grau de calor para a primeira calda é de 30º centigrados e as outras de 26º a 28º segundo é de verão ou de
irverno[sic] que se faz a fermentação.
Proporçãos[sic] empregadas nos fermentos para o mel estrangeiro. == O melaço de Demerara e outras procedencias contem
muitas mais materias estranhas <ao assucar, e> a fermentação que os melaços da terra por isso a sua fermentação é muito mais
dificil de conduzir, e está muito mais sujeita ás degenerescencias: Evita-se até serto ponto esses males augmentando os
fermentos e diminuindo no grau do peza charopes até 5 1/2 o menos e o mais caregando tambem a dose de infuzão de acido
tannico e do sulfato de soda. As proporções de fermento para uma cuba de 6000 litros são as seguintes: //
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Malt de cevada – 2 galões d’aguenta[sic] ....1.300 reis
Centeio – 4 galões a 650 reis .......................2.600 –“–
Rendimento total ..........................................3.900
Onde se vé que nos dois primeiros fermentos o augmento que se faz não prejudica o custeio do fermento porque o alcool
que elle rende dá dá [sic] para elle e ainda fica o balanço a favor. //
50 Na margem dianteira da página, temos as seguintes palavras escritas na vertical: «Estas são as doses empregadas na alcoolisação dos cereaes pelo
systema Frances antigo, e são as doses que mais convem».
51 No pé da página 37: «N. B Na defecação da garapa é de grande conveniencia que, depois de elle estar clarificada pela cal, juntar-lhe o tannino, com[sic]
mais adiante explico no o tratamento dos melaços para assucar.».
41
Maneira de trabalhar com as cubas
Logo que qualque[sic] cuba de fermentar tenha servido serão lavadas a cada operação com agua acidulada // [39] com o
acido sulphurico <disolvido> na Dose de 8 de’água[sic] por 1 de acido depois com agua ordinaria. –– Desde o momento em
que se deite o fermento no balceiro é conveniente fechar as tampas para não abaxar a temperatura do liquido
Alcoolisação dos peros e peras
As degenerescencias de que temos fallado seram muito menos de temer se se tiver o cuidade de não daxar o sumo fermentar
com a polpa ou residos solidos, e ainda menos, se se tiver o cuidado de cuagular a albuminia suluvel pela a ação do calor.
Vede pois como nos emprehendemos a marcha a seguir, logo que temos a obter o maximo em quantidade e em qualidade
pela alcoolisação dos frutos de pevide:
Iº Submete-se os frutos inteiros á ação do vapor durante vinte ou vinte e cinco minutos, afim de lhe fazer soffrer uma espece
cusimento parcial, durante o qual a sua albominia se cuagula e torna o estado insoluvel.
2º Moei-se em seguida em moinhos especiaes, ou por outro qualquer ingenho especial, depois estrai-se o sumo por pressão,
ou melhor por maceração rapida.
3º Faz-se fermentar o sumo obtido, segundo as regras habituaes, por meio da addição conveniente de fermento, o que é
perferivel ao emprego das polpas como fermento; estimamos contudo o fermento globular do pero e pera, porque é muito activo,
mas occasiona uma perda de alcool pela sua tendencia á degenerescencia latica. Vale muito mais que qualquer outro se está no
estado insulado; mas é justamente ahi que se encontra a defficuldade pratica.
4º O mosto deve ser mantido entre 18º e 20º centigrados rigorosamente, se se quer obter um pronto resultado e uma
fermentação conveniente; é á temperatura // [40] muito baxa que convem atribuir a maior parte das mas qualidades dos peros.
O vinho d’uvas que fermenta muito bem e sobre tudo muito alcoolico entre 12º e 16º centigrados não se pode comparar ao
mosto de peros e peras, cuja composição chimica é inteiramente differente.
5º Impede-se a fermentação do mosto dos peros e peras, logo que a densidade desceu a 0º ou 0,5º pouco mais ou menos, e
que o desprendimento e acido carbonico cessou. – Para fabricar o vinho de pero, emprega-se o mesmo systema.
Fermentação dupla –– com mel e milho –– em 1887 – Dezembro ––
Prosseco[sic] de João Ferraz = Alcoolisação dos melaços adejunto ao cereal milho etc. A alcoolisação dos melaços fazem-
se presentemente por um systhema deploravel para os rendimentos em alcool, o qual systhema não traz vantagens quasi
nenhumas para o fabricante, proponho-me por isso a remediar esse perca por o processo que vou descrever, o qual alem da
alcoolisação do malaço juntei-lhe a dos cereas[sic], trazendo duas vantagens, a saber: 1ª: O augmento de rendimento em alcool,
do melaço, porque os cereas[sic] que emprego são um verdadeiro fermento 2º Que o mesmo cereal dá alcool sufficiente para o
seu costeio dando alem d’isso algum lucro, ainda que pequeno, mas como o <alcool de> cereal é em muita pequena escala não
se pode esperar mais rendimento.
O meu prossesso consiste por conseguinte em augmentar o rendimento do melaço por meio do cereal, tratado pelo systhema
seguinte: Para uma cuba de 6000 litros.
Numa cuba de dois fundos cujo segundo fundo é cravejado pequenos boracos, Desfaz-se 100 kilos de fazinha[sic] de milho
bem moido, mas não peneirado com 400 litros d’agua que se eleva // [41]52 á temperatura 75º centigrados por uma corrente de
vapor. Ajunta-se então o malt de cevada ou do mesmo grão cerminado, na propurção 15 kilogramas, e meche-se energicamente
a massa. Continua-se a bracejar durante 4 horas, mantendo a temperatura a 70º, depois daxa-se repousar. Trasfega-se depois o
liquido claro, e deita-se na cuba de fermentação.
Uma segunda empapagem, a 70º de calor pelo menos, feita com 200 litros d’agua sobre os residos, com uma brassagem de
2 horas, acaba de transformar o resto do amido, e deita(-se tudo sobre um apparelho filtrante.) Este segundo liquido é reonido
ao primeiro á cuba de fermentação. É de grande conveniencia acidular o liquido com 200 a 250 gramas d’acido sulphurico, bem
intendido, por cada 100 kilos de farinha.
A agua de lavagens dos residos servem para uma outra opperação, ou tambem para desfazer o melaço.
Desde o momento em que sabemos obter a saccharificação do milho vamos agora tratar de toda a opperação da fermentação
do melaço e milho: Devediremos este trabalho em series, isto a ordem que o trabalho do fermento, saccharificação do milho, e
fermentação do mel que seguir a saber:
Iª serie == O primeiro trabalho que temos a fazer é preparar o fermento para toda a fermentação, cujo fermento é o mesmo
que já tratamos mais atraz <Iº fermento> para a fermentação do melaço estrangeiro, com a differença porem que em logar de
52 Na cabeça desta página temos a seguinte inscrição: «* centeio do Estreito peza 10 kilos e ás vezes mais os outros pezam 9,5 killos um alquere». Diga-
se que este asterisco não tem correspondência com qualquer outro na mesma página ou nas anterior e posterior.
42
deitar só 6 kilos de malt de cevada se deitão 9 kilos do mesmo malt.
2º == 53Logo depois de preparado o fermento trataremos da saccharificação do milho pelo malt conforme explicamos n’esta
mesma página, O liquido obtido, d’esta opperação, de consistencia charoposa, é deitado na cuba de fermentação cuja cuba é da
capacidade de 6000 litros, sendo // [42] 54logo depois acidulado com 200 gramas de acido sulphurico, mexendo bem o liquido
com um roudo. Extrahida toda a agua de lavagem da massa do milho que <se> contem na cuba de maceração, são esses resido-
os[sic] extrahidos da dita cuba e metidos em saccos de lona para sofrerem uma preção por <meio da> prença até escorerem todo
o liquido que contem e serem depois vendidas ou empregadas para o sustento do gado.
3º == Feita a saccharificação passaremos agora á preparação do vinho de melaço, como já explicamos mais atraz, na
fermentação do mel estrangeiro o qual depois de preparada, se deita termo medio 400 a 450 litros de’estro[sic] da cuba de
fermentação, que é isto o que se chama formar o pé de fermento, esperando depois que o fermento estaja capaz de servir.
4º == Passado o tempo conveniente que o fermento estaja bom para ser empregado, deita-se esse fermento d’estro da mesma
cuba de fermentação em que se acha o pé de fermento, mexe-se bem, fexando as tampas da cuba.
5º == Logo que esse pé de fermento está com toda a sua força de fermentação, e que sai pelas pequenas portas da cuba
bastante acido carbonico, é que a fermentação esta pronta para receber mais vinho de melaço preparado pela mesma forma, é
então conveniente por metade da cuba com liquido daxar esse liquido desenvolver bem, e acabar então de completar o
enchimento da cuba.
6º == O trabalho da fermentação deve dorar pelo menos 2 1/2 a 3 dias mas nunca passar de 5 dias porque pode perder o alcool,
a fermentação baxa a 0,5 grau ou mesmo a 0º no peza charopes. Logo que a fermentação parou de todo, isto é que chegou a 0º
é de grau de conveniencia trasfegal-a para pipas ou outras vasilhas // [43] para que não se dê o caso de se formar a fermentação
acida logo depois da fermentação alcoolica, como sempre acontece desde o momento em que se deixa o vinho em cima das
borras do fermento. O vinho é então n’essas vazilhas neutralisado pela agua de cal se for conveniente, daxal-o clariar e depois
destilal-o nos alambiques ordinarios de columna.
Temos por conseguinte dada a explicação do tratamento e trabalho que temos a fazer para obter bons resultados: Passaremos
agora a demonstrar esses resultados por meio de experiencias praticas dos rendimentos d’esses generos, <e> custo d’elles.
Temos por conseguinte que uma cuba de 6000 litros comportam 1260 kilos de melaço de estrangeiro, e que o rendimento de
esse melaço é de 72 galois de restillo em 30º por cada 630 kilos. –– Temos o seguinte:
Custo das materias primas ==
1260 kilos de melaço a 160 reis por cada 5 kilos ....................................................40.320 reis
Direitos e mais despezas dos 1260 kilos de melaço a 27 reis ao kilo .....................34.020 –“–
Custo de 100 kilos de milho a 300 reis por cada 10 kilos .........................................3.000 –“–
dito de 15 kilos de malt de cevada a 200 reis ao kilo ................................................3.000 –“–
Fermento = 60 kilos de centeio a 35 reis ao kilos [sic] ............................................2.100 –“–
–“– = 9 ditos de malt de cevada a 200 reis ao kilo ...........................................1.800 –“–
–“– = Lupulo 1/2 kilo .............................................................................................500 –“–
–“– = Fermento de ceveja 1/2 galão .......................................................................250 –“–
Muagem do milho e centeio .........................................................................................200 –“–
Acido sulphurico ...................................................................................................... 200 –“–
Total do custo das materias primas...........................................................................85.390
Rendimento em alcool == Vendendo o galão 600 reis por 3,6 litros a 600 reis por 3,6 litros
1260 kilos de melaço rendem na pratica 144 galões em 30º ........................86.400 reis
100 kilos de milho rendem 11 galões de restilo em 30º a 600 reis 3,6 litros .6.600 “
24 kilos de malt de cevada rendem em alcool a 30º 2,5 galões .....................1.500 “
60 kilos de centeio rendem 7 galões de restilo en 30º ....................................4.200 “
Producto da venda dos residos...................................................................... 1.000
Rendimento total ——————————————————— ..............99.700 //
53 Sobre as palavras que compõem o seguinte parágrafo, até ao fim da página, escreveu o autor, com letras de corpo maior do que as do restante texto, a
seguinte frase: «A meior saccarificação é pelos acidos».
54 Sobre as palavras que preenchem este início de página e fim de parágrafo – vindo da página anterior –, escreveu o autor, com letras de corpo maior, o
seguinte vocábulo: «dito».
43
[44]55 Onde se ve pelo que fica explicado atraz que há uma diferenca para lucro de 14.310 reis que dá perfeitamente para as
despezas de fabricação ficando um balanço para o lucro do fabricante. –– A differença que há entre o custo do milho, malt,
centeio, pupulo[sic], etc. é para os productos em alcool de 30º a 600 reis por cada 3,6 litros, de 2.300 reis, vendo-se por isso
que há vantagem em empregar este pocesso[sic] porque faz augmentar o producto do mel, sem perca, e ainda com ganho dos
outros productos. – [Ass:] João Ferraz
Saccharificação do milho pelo acido sulphurico
Como no processo que acabo de descrever, a saccharificação do milho se faz pelo malt acho-lhe a desvantagem de que custa
mais cara que pelo acido, tendo o emprego do acido a vantagem de não o neutralisando servir para neutralisar a cal dos melaços
não se empregando por isso o acido no melaços [sic].
Modo de trabalhar = Despoim-se uma cuba de madeira ou de metal para esta saccharificação, cubrindo o interior de
chumbo, afim de evitar a acção do acido sobre a madeira ou metal. Introduz-se na cuba 600 a 800 litros de agua por cada
100 kilos de milho, e mestura-se com esta agua 2 kilos de acido a 66º pela mesma proporção de milho isto 2%. Este acido
é disolvido em 3 vezes o seu peso de agua e introduzido na cuba. A farinha é então dissolvida no seu pezo d’agua, entre tanto
que, o liquido é levado a ebulição; introduz-se a farinha porção por porção, na cuba, sem parar de fazer ferver o liquido, e é
presiso prestar atenção para que não se introduza mais farinha sem que a que se lhe deitou estaja bem disolvida, o que se faz
por meio de um roudo. 45 minutos depois da ultima adição de farinha, pode-se estar seguro que a saccharificação ficou
completa, se se trabalhou com cuidado e se se manteve sempre a ebulição. Contudo é bom acegurar-se pela tintura de iode
como mais atraz explico. Chegado a este ponto retira-se o liquido claro e é junto ao vinho de melaço para pelo[sic] em
fermento. //
55 Na cabeça desta página temos a seguinte inscrição: «N. B. Empregando o acido para a saccharificação do milho em logar do malt é melhor levar com
farinha e todo misturado no balceiro da fermentação».
56 Na cabeça desta página encontra-se esta nota: «N. B. é persiso notar que não se deve aquecer o charope a mais de 50º ou 60º antes de lhe neutralisar a
cal com o acido sulfurico, depois pode-se então enlevar a temperatura».
44
pouco diluido até que o mesmo xaropo[sic] marde[sic]> marque 10º de peza charopes Baumé daxando, depois de chegar a este
ponto correr para a taxa dos charopes da caldeira dos cosimentos; a agua que se estrahio com algum douca[?] é levada aos
clarificadores para desfazer o outro melaço ou então zervir[sic] para a fermentação. Na filtração dos melaços não há grande
conveniencia de demorar por muito tempo o despajo dos filtros como se faz para as garapas naturaes, porque tem o grande
inconveniente de arrefecer a massa do filtro e costar depois a filtrar. Deve-se regolar os cosimentos e a <dissulução do melaço>
de forma que nunca o filtro estaja muito tempo sem estar filtrando.
3º Trabalho == Depois de filtrado o charope e que a taxa da // [47] caldeira de cozer tenha o sufficiente de chrope[sic] para
o principio do trabalho, pode-se comecar[sic] no cosimento o qual é feito pela seguinte forma: Introduz-se o charope <por
aspiração> na caldeira até que a serpentina do vapor estaja completamente tapada, o que se facha em seguida a intrudução do
charope: Feito isto, passa-se a habrir a torneira da introdução do vapor na cerpentina até que o manometro marque 5
atmospheras; daxe-se que o liquido ferva, e depois tira-se-lhe vapor até que o manometro marque 2 athmospheras, tendo o
quidado tambem que o manometro da preção atmospherica não suba de mais <conservando-os sempre assim até ao fim da
opperação> para que a fervura do charope se fassa lentamente; intruduz-se continuadamente mais charope na caldeira tendo
sempre o cuidado de nunca daxar que o cosimento chegue a filet, antes de estar a caldeira convenientemente carregada <isto é
que apareça o charope nos vidros> a qual em estando n’esse ponto pode-se estão[sic] levar o cosimento até ao ponto de filet
ligueiro, o qual é o seguinte: Para tirar a prova au filet, toma-se entre o polgar e <o> index uma pequena porção de charope a
enseiar; espera-se que arrefeça; então separa-se os dedos, colocando-os entre os olhos e a luz, e tendo o cuidade de evitar o
contacto do vapor que ha sempre ao peé das caldeiras, as duas goutas [sic] de charope separam-se; a inferior e meior que a
superior. Chegado o cosimento a este ponto para-se o movimento das bombas pneumathicas daxando depois entrar o ar
atmospherico na caldeira pela torneira da clumna e não pela da caldeira; daxa-se o vapor com a mesma pressão dentro da
serpentina até que a massa chegue a 80º ou mesmo a 90º de temperatura, a qual depois de chegar a este ponte se transvasa para
grandes depositos // [48]57 de ferro, que levem pelo menos mais de 4 cosimentos, onde o calor do ar hambiente saja de 30º a 35º
graus para que a crystalisação se fassa lentamente.
4º Trabalho = Logo que a massa arrefeceu convenientemente o qual nunca se deve dar senão passados mais de 15 a 20 dias,
passa-se a turbinagem ou cecagem da massa nas centrifugas: Antes disso é conveniente desligar a massa dos crystaes,
mesturando-se um pouco de charope do mesmo que sai das centrifugas ou tambem com agua dissolvida em melaço, n’uma
machina que ha, feita de perposito para essa mestura, sendo depois de bem mesturada levada ás centrifugas.
|| N. B. Estes melaços que saêm das centrifugas vão muito caregados de acido sulphurico, por isso é bom antes de leval-os
á fermentação neutralisar-lhe um tanto a acidez, porque sendo demasiada por alterar a fermentação
* N. B. É talvez melhor não encher completamente os depositos de ferro, mas hir deitando-lhe os cosimentos pela seguinte
forma: Deita-se no primeiro dia 2 cosimentos n’um caldeiro (se por acaso houver cosimentos para 2 ou 3 dias) no outro dia
deita-se mais 2 cosimentos e no 3º dia mais outros 2 ou 1 conforme o que levar o caldeiro [.] Mas se se vê que ha cosimentos
para 5 ou 6 dias depois pode-se então que é melhor nos dois primeiros dias de trabalho pelos meios e passados 5 ou 6 dias
acabalos de completar com os cosimentos. Esta maneira de proceder é de grande conveniencia para a boa crystalisação do
melaço. //
57 Na cabeça desta página existe uma chamada de atenção para uma anotação: «N. B *», que está adiante na página.
45
quando se seve[sic] d’elle convenientemente. O charopes [sic] que se recusão de coser por excesso de cal são sempre muito
alcalinos, e por conseguinte elles tornam o papel cor de rosa de tournesol, azul.
Tem-se enseiado neutralisar exatamente estes xaropes, e resulta por um graves [sic] inconvenientes, é bom por isso e mesmo
para os cosimentos nunca neutralisar-lhe a cal toda mas sim daxal-os um pouco alcalinos; o carvão <animal> depois se
encarregará // [50] de lhe tirar o resto de cal.
O mau effito[sic] do acido sulphurico empregado em excesso vem de que a alcalinidade dos charopes é em parte devida
(mais na beterraba) a amoniaco, que o sulfato d’amoniaco se produz decompondo-se ao coser, o acido sulfurico reage
rapidamente sobre o assucar e o destroe.
Para estar seguro do emprego do acido sulphurico (no caso dito acima) sem inconveniente é presiso neutralisar
completamente os charopes <(com a cal)>. É presiso sempre conserver-lhe um grande exceso de alcalinidade e não ajuntar o
acido senão o presiso para que possa premittir ao xarope de attingir o grau do cosimento. O que se obtem facilmente ás
apalpadelas e com quidado; mas antes de ajuntar o acido ao xarope, é indespensavel de o mesturar com 8 ou 10 vezes o seu
volume d’agua. O que acima digo com relação á neutralisação dos charopes pela cal é com relação a certos melaços, que quando
se experimentão com o papel de tornesol azul tornam esse mesmo papel vermelho, o que indica que o charope contem em si
acidos que são nuciveis aos cosimentos e que por isso é presiso neutralisar por meio da cal mas com algum exceso sendo depois
neutralisado esse excesso de cal por meio do acido sulfurico como acima se explica, atendendo porem a que o grau do calor
<do charope> antes de ser neutralisado pelo acido não deve subir de 50º a 60º para não alterar o assucar dos melaços.
Trataremos tambem aqui do tannio que me paresse ser de grande otilidade para o tratamento dos melaços, o qual deve ser
experimentado sô para a neutralisação da cal, e se então se vir que tem pouco effeito sobre a cal, empregal-o junto com o acido
sulphurico //
[51] O tannio ou acido tannico tam[sic] a propriedade de precipitar a meior parte das materias albuminosas, grande numero
de saes metalicos, a cal <etc.>, offerese mesmo a vantagem de formar com os alcalis tannatos muito pouco suluveis, que seriam
em grande numero diminados[sic] pela concentração, e não apresentam nenhuma acão[sic] nusivel sobre o assucar.
Ora as materia [sic] vegeraes[sic] que enserram em si o acido tannico estão espalhadas com extrema abundancia no mundo
inteiro.
O emprego das soluções do tannino devem contudo ser feitas com discernimento (escolha) se se quer obter os bons
resultados que elle comporta.
O tanino daxa nos licoures um astringente desagradavel logo que se acham em excesso, não se deve empregar senão depois
de se ter introduzido a cal nos mostos, e daxar aquelles uma ligeira alcalinidade.
Em todo o caso, o cosimento e a cristalisação fazem-se perfeitamente com os charopes que téem sido submetidos á acção
do tannino depois da defecação pela cal. É de desejar que este agente tome, nas fabricas d’assucar o favor que elle meresse;
mas convem primeiro que tudo estudar profundamente o seu emprego, e as propriedades uteis ou seus inconvenientes.
Trataremos tambem agora da filtração no carvão animal e do tratamento que se deve dar ao mesmo
Como já mais atraz disse, é de grande conveniencia que antes de se por o charope em filtração fazer passar no filtro agua
fervendo, a qual tem dois fins; primeiro fazer deslucar as bolhas de ar, que hajam entre o carvão; a segunda, é aquecer o dito
carvão para tornar a filtração mais facil, // [52] porque como se sabe, o primeiro charope que chegar ao filtro, encontrando o
carvão frio tende a se tornar tambem frio, o que resulta d’ahi um grande inconveniente, e muitas vezes com perigo de não poder
filtrar, quando os charopes são muito consistosos[sic]. Aquecido o filtro com agua fervendo, tensse primeiro que tudo fazer sahir
toda a agua do filtro e daxal-o até escorrer por um pequeno espaço de tempo mas nunca demasiado para se não tornar frio o
carvão, <*> daxando depois correr o charope até que o filtro estaja completamente cheio, o que estando n’este estado se passa
a lhe extrahir as aguas fracas que vem sempre no principio da filtração quando se aquece o filtro, com a agua fervendo, extrai-
se essas aguas ate que o grau saccarino marque 15º Baumé e nunca menos para não enfraquecer muito os outros charopes; essas
aguas podem servir depois para desfazer mais melaços nos clarificadores. É persiso regular de forma o trabalho para que o filtro
nunca sece de correr (despejar) por muito tempo nem daxar que o carvão do filtro daxe de estar coberto com charope e ter
sempre o filtro coberto com uma tampa de madeira. Seria tambem de grande conveniencia que os filtros fossem revestidos de
uma capa de madeira, para conservar melhor o calor do charope.
Em fim, ainda ha uma questão que meresse de estar bem em vista, é o emprego ulterior das derradeiras aguas de levagens,
de 15º para baxa[sic] pelo menos. Podem servir para diversos effeitos em logar de as cozer.
* N. B. É de grande conveniencia, que os filtros tenham uma torneira rente ao fundo para se poder escorrer toda a agua que
elles contenham. //
46
[53] Assim, por exemplo, pode-se empregar em logar da agua pura para diluir os melaços; ou podem-se empregar para as
fermentações dos mesmos melaços, quer dizer deve-se juntar a um charope não filtrado. Como estas aguas vem muitas
carregadas de saes e outras materias que os melaços filtrados daxaram no carvão, a agua fervendo trazlos comsigo, dando causa
por isso a augmentar os saes nos melaços que se desfazem com essas aguas o que não é conveniente; pode-se porem evitar esse
inconveniente, extrahindo a agua até 5º Baumé para desfazer os melaços, e toda a outra agua servir então para as fermentações
dos melaços o que traz tambem a vantagem de se poder lavar os filtros com mais agua para esporgal-o de todo o douce que
possa conter, sendo porem de toda a conveniencia que as ultimas aguas que se addicionarem ao filtro para o lavar sejam frias.
Dos Cosimentos = é deste ponto <(22 a 23)> que depende muito, a boa crystalisação dos melaços, o que deve ser feito com
o maximo cuidado.
Logo que a taxa dos xaropes tenha o sufficiente para uma carga completa na caldeira poem-se o apparelho em movimento,
pelo modo ja sabido, e procede-se então ao carregamento com os xaropes, abrindo-se a torneira do vapor da serpentina até que
o manometro marque 5 atmospheras; logo que o liquido desenvolveu a fervura, deve-se reduzir a pressão conforme o grau em
que está de densidade o xarope; se for muito fraco, por ex: de 26º a 27º daxa-se nas 3 <a 4> atmospheras se for meis[sic] baxa-
se a 2 1/2 a 3. Logo que o xarope tomou uma serta densida-//[54]de (o que deve haver muito cuidado em não daxar chegar a filet
porque ficaria o cosimento perdido se se junta-se mais xarope, a esse já cosido) addiciona-se mais xarope até que a caldeira
fique com um caregamento completo o se baxa a pressão de vapor dentro da fixa a 2 a 1 1/2 atmospheras tendo porem o cuidade
de fazer que o vaco chegue a 22 a 23 polgadas. O cosimento deve ser como se ve muito vagaroso sendo pressiso para isso
grandes cuidados do cosedor para não perder os cosimentos. Logo que se ve que o cosimento vai engrossando principião-se
desde logo a tomar provas muitas vezes a miudo para não se dar o caso que o cosimento passe de filet ligeiro, o qual deve ser
mais ou menos forte conforme o melaço é melhor ou peor. Deve-se completar a carga da caldeira o mais depressa possivel, e
desde o momento em que o ponto chegue a filet muito ligeiro <ou mesmo melhor antes> não se deve carregar mais nada e daxar
chegar depois ao ponto conveniente.
Chegado a esse ponto, faz-se parar o jogo das bonbas de vacuo, daxando entrar o ar pela torneira da coluna conservando
vapor na mesma persão até que o cosimento marque 180º a 190º se o xarope for mais ou menos bom. São deitados esses
cosimentos em caldeiros de ferro ou mesmo em poços que levem pelo menos para mais de 4 cosimentos de 1.900 kilos de
melaço cada um, pela forma ja mais atraz explicada. É de grande conveniencia este ajuntamento de cosimentos porque faz
aguentar mais o calor ajudando por isso a crystalisação: E sendo possivel como mais atraz se disse, carregando os caldeiros
como mais atraz se explicou, não completamente mas sim de 2 em 2 cosimentos ou dois differentes // [55] ainda melhor seria,
porque, o esfriamento e dopois[sic] os resqentamentos que a massa sufria é de grande conveniencia para a boa crystalisação da
massa dos charopes cosidos. Logo que a massa chegou ao arrefecimento completo, procede-se então á secagem do assucar
contido na massa por meio das machinas centrifugas, tendo porem observado que a massa foi bem mesturada com os mesmo
[sic] xarope sahido das centrifugas ou com mel desfeito em agua quente, ficando a massa perfeitamente mel e sem ser
encarossada.
Á casos em que o cosimento fica de tal forma que os crystaes não podem ser separados, dos melaços que os rodeam, por
mei[sic] da força centrifuga, é por isso muitas vezes praticavel, extrahir esse melaço por meio da pressão, feita da seguinte
forma:
Essas massas são bem desfeitas com melaço desfeito em metade do seu volume com agua quente, sendo depois de bem
mexido metido em sacos de lona e levados a uma prensa que lhe faça sahir quasi todo o mel que ellas contêem; essas massas
muito carregadas de melaços não podem ser vendidas nem expostas á consumasão, são por isso refinadas pelos systemas já
sabidos, por clarificação, filtração e cosimento, o que dá um assucar de muito boa qualidade.
Do tratamento do carvão animal
Sabemos que o carvão perde sua atividade absorvendo diverssas substancias do charope que se faz passar nos filtros, donde
se ve que é persiso eliminar essas substancias pela revivificação que deve consistir, na lavagem, fermentação, acidulação,
lavagem e calcinação. //
[56]58 O carvão, por conseguinte, perde a sua actividade por seu emprego continuado e reconheça-se que este estado é devido
á cal absorvida durante cada filtração, e muito imcompletamente deminada[sic] pela revivificação nos fornos, sendo por isso de
grande conveniencia o emprego do acido chlorhydrico para eliminar essa mesma cal.
A quantidade de acido a empregar é por exemplo o seguinte pouco mais ou menos: Se se quer descaldiar o carvão dos filtros
58 Na cabeça temos a seguinte anotação: «Acido chlorhydrico ou meriatico ordinario do commercio de 20 a 21º Baumé».
47
por meio d’um acido de 20º Baumé, e que a quantidade de cal a dissolver representa 2% do peso do carvão, sabe-se que por
cada 2 kilos de cal (carbonisada), é presiso empregar 4,5 kilos d’acido, quer dizer que é presiso esta quantidade por cada 100
kilos de carvão a tratar. Por fim na pratica a quantidade dissolvida é um pouco menos que a que exige a theoria.
Começaremos pela lavagem = A lavagem do carvão á sahida do filtro é de grande conveniencia para o bom tratamento do
dito porque dissolve as outras substancias estranhas ao carvão tendo por isso a vantagem de se empregar menos acido no seu
tratamento.
Da fermentação –– O carvão depois de Cavado e deitado em poços de pedra e cal ou mesmo em balceiros de madeira,
juntando-lhe agua quente ate que o carvão fique completamente emergido na agua; a fermentação commeça em pouco tempo
exalando um mau cheiro; logo de terminou a fermentação faz-se passar uma porção de agua frésca no carvão para lhe extrahir
parte da cal dissolvida (se é em balceiro) ou lavando o carvão tambem com agua fresca //
59 Entre as páginas 56 e 57 existem duas não paginadas, pelo que atribuímos-lhes a numeração de 56a e 56b. A informação destas últimas interrompe o
encadeamento do texto das páginas 56 e 57. Este facto parece indiciar que o texto nelas incluso terá sido considerado desprezível por João Higino Ferraz.
Esta premissa é reforçada pelas características dos informes presentes – soltos e descontextualizados – nas mesmas páginas; ainda assim, devolvemos
ao leitor a capacidade de discernimento, e achámos por bem transcrevê-los.
60 Retoma-se a sequência de texto vinda da página 56 e interrompida pelas páginas 56a e 56b.
61 Temos uma nota na margem da cabeça desta página que corresponderá a esta chamada de atenção «N. B.»: «Pode-se tambem o que é melor[sic] passar
o carvão depois de lavado á fermentação pelo acido e não á fermentação com agua so quente.».
48
–– A cuba onde se desfaz o acido com a agua quente. B, B’, B”, cubas onde se acha o carvão animal a, b. c. tubos com suas
torneiras <de chumbo> que fazem passar o liquido da parte de baxo da cuba para a parte superior passando de uma para outra
como a figura mostra; d, torneira de despajo ao resto do trabalho. Como se ve por esta despusição o mesmo acido serve para
lavar differentes cubas mas é bom notar que não é bom empregar sempre o mesmo acido sem ver se tem a sua força necessaria
para o effeito que sequer. É sempre bom tirar depois de algumas horas o liquido das cubas, e de as encher de novo com o mesmo
liquido para produzir uma boa mestura e uma ação egual sobre todas as partes do carvão. Depois de algum tempo desenvolve-
se gazes de mau cheiro e continua durante alguns dias; antes do termo da decompusição, é bom escorrer o liquido, acido, e de
62
// [58] substituil-o por agua pura aquecida.
A quantidade de acido varia de 1 a 1/2 % do pezo do carvão. Este processo acima d’escrito com cubas e systema continuo,
tem vantagens mas tambem tem desvantagens, por conseguinte é melhor empregar o systema de cubas todas no mesmo
paralello, isto é em que a fermentação pelo acido se faz em cada cuba especial com uma so quantidade de acido desfeito,
servindo esse acido para 1 ou 2 vezes so; quanto ao mais segue o mesmo systema que o predecente.
Em geral procede-se á lavagem do carvão immediatamente depois da fermentação, é melhor contudo fazerl-o ferver ainda
com uma quantidade d’agua pura, o que se pode executar mesmo nas cubas de fermentação que para este effeito, devem ser
munidas cada uma d’um conductor de vapor directo. Se se que[sic] extrair o gypse pelo tratamento da soda, é n’esta occasião
que se deve fazer. Mas tambem, no caso onde o tratamento não pareça ser necessario, é sempre bom fazer suffrer ao carvão
chegado a este ponto um cosimento com uma lixiva (barrela) diluida de soda ordinarea; não há duvida nenhuma que a
revivificação é muito mais perfeita, e que a ação do carvão revificado será refurçado por este meio. Então é persiso fazer seguir
49
ainda um tratamento pelo acido chlorhydrico, fervendo antes da lavagem. Quanto á quantidade de soda e acido que se emprega
n’este caso é o papel de curcuma que dá a indicação necessaria. Deve ficar francamente pardo
segue para as folhas separadas 63 //
[59]64 1881
Janeiro 13 Mouão-se 860 kilos de canna que deião 27 almudes em 9 grãos; o bagaço
desta canna pezou 305 kilos, que forão regados com água e depois passado
ao moinho, produzirão 13 almudes em 4 1/2 grãos.
1884 23 Experiencia feita no dito anno com o bagaço de 2.259 1/2 almudes de
Maio garapa que rendeu em aguardente 188 galões em 20º.
Mel em fermentação
1ª fermentação ––– 200 Galões
2ª dita 200 – “ –
3ª dita 150 – “ –
4ª dita 135 – “ –
5ª dita 150 – “ –
6ª dita 165 – “ –
7ª dita meia fermentação 75 – “ –
8ª dita 150 – “ –
9ª dita 160 – “ –
Junho 18 – 10ª dita 125 – “ –
11ª dita 125 – “ –
19 12ª dita 120 – “ –
26 13ª dita 165 – “ –
27 14ª dita 150 – “ –
“ 15ª dita 125 – “ –
28 16ª dita 130 – “ –
“ 17ª dita 125 – “ –
Julho 9 18ª dita 150 – “ –
63 Como se vê, o texto seria continuado em folhas avulsas; no entanto, não tivemos acesso a elas.
64 A última página deste livro não está numerada; atribuímos-lhe um número dando seguimento à paginação atribuída pelo autor.
Há ainda a notar o seguinte: os informes desta página, 59, encontram-se numa configuração inversa em relação às outras do restante livro, isto é, a cabeça
e o pé daquela correspondem à cabeça e pé destas. Entre os escritos da página 59 encontram-se, espalhados, numerais posicionados em forma de
operações matemáticas (divisões, adições, etc.), grafados a lápis de cor e tinta, (mas já segundo o sentido do restante livro); devido a isto (além da
disposição da informação, como vimos), estamos tentados a conceber que o grosso do conhecimento veiculado nesta página tornou-se despiciendo para
João Higino Ferraz. Acresce que o texto inicial não parece ser da lavra do director técnico do Torreão (até à expressão «Mel em fermentação», não
incluída). Mesmo assim procedemos á transcrição da informação desta página 59, ignorando os algarismos de que falámos anteriormente, por razões
que têm que ver com a sua descontextualização e posição desordenada.
50
Livro de notas sobre fabricação d’assucar
e alcool, e tabellas de calculos de João Higino Ferraz
DESCRIÇÃO: Livro, papel, 31,5 cm x 21,5 cm, numeração pelo autor, bom estado de conservação. Algumas páginas deste
volume não fazem parte, em termos físicos, do mesmo, isto é, foram inseridas – coladas à margem dianteira ou interior de
algumas folhas; estas páginas são de tamanho diverso relativamente àquelas que compõem, de facto, o volume, e na sua maior
parte foram numeradas pelo autor, e assim, em lugar próprio daremos notícia da sua existência e configuração. Acrescente-se
que na página 205 temos um índice, elaborado por Higino Ferraz, das principais matérias ou assuntos tratados neste volume.
51
52
[forro da capa início] 1904 Esperiencia para a finagem do assucar bruto em dissolução na garapa de canna (xarope)
Defequei garapa de canna que depois de defecada mostrou a Densidade de 7 (= 9 1/2 Baumé). Evaporei a 20º Baumé
Tomei 200 centimetros cubicos d’este xarope a 20º Baumé frio e juntei-lhe assucar bruto amarello (Demerára) 40 gramas
que depois de dissolvido a frio mostrou 25º Baumé – Calculo:
200 centimetros cubicos: 40 : 1000 : x = 200 gramas assucar em 1 litro = 100 litros de xarope a 20 Baumé deve levar 20
kilogramas assucar para ficar com 25º Baumé. Neste caso para ficar em 30º Baumé deve levar 40 kilogramas d’assucar bruto.
(Em 63º centigrados de temperatura o xarope a 25º Baumé baixa a 23º Baumé) //
[folha de guarda início] Medir a capacidade de um cylindro reto –
Formula v [Pi] = 3.1416 x raio Circunferencia quadrado x altura = Metros cubicos
1 metro cubico = 1000 litros
Achar o volume ou capacidade de uma pyramide conica truncada (cubo):
Eleva-se ao cubo o diametro da base, e o corte ou secção; toma-se a differença, e devide-se esta por aquella que se achou
terem os dois diametros antes de elevados ao cubo; este quociente multiplica-se pelo numero fixo 0,7854 e o producto por um
terço da altura entre a base e o corte, dará o volume requerido. (0,7854 = 1/2 de v [Pi] 3,1416)
Medidas agrarias:
Um Are são 100 metros quadrados – Hectare = 100 ares ou 10000 metros quadrados
Media agraria da Madeira:
Um alqueire são 756,250 metros quadrados ou 3,8 de 5 do hectare
Calculo para ver qual diametro que deve ter a pulé para dár umas tantas voltas por minuto, sabendo o diametro e as voltas
da polé do motor: exemplo:
Diametro da polé do motor 500 milimetros
Voltas por minuto – 55
Queremos que uma certa polé dê 30 voltas por minuto.
Qual o diametro = Calculo:
A polé motor
B polé de transmissão
x = 55 x 500 = B = 916 milimetros de diametro
30 //
53
[folha de guarda início v]65
[1] Maneira de trabalhar com o melaxeur no vaco Offerta de M. Buisson66 Engineur Chimiste Gonesse
1º – No cosimento natural ou virgem: – A granulação deve ser produzida o mais baixa possivel (o vaco), de outra forma, é
necessario produzir bastante grão de maneira a evitar de produzir mais tarde grão fino.
O cosimento deve ser mantido sempre liquido até a entrada do egoût riche. Logo que elle entre, pode-se deixar serrar
legeiramente.
2º67 – Melaxeur no vaco: – Os egoût-riches tendo entrado, tira-se o vaco no apparelho de coser depois de ter feito o vaco no
malaxeur fermé, e retira-se da caldeira de vaco uma quantidade de massa cosida para o melaxeur correspondente á sua
capacidade (para uma caldeira de 60 hectolitros tira-se 25 a 30 hectolitros de massa cosida). Logo que ella tenha entrado deixa-
se serrar um pouco e principia-se a alimentação com o egout pauvre que tem sido aquecido antes a uma temperatura de 8 a 10
graus superior ao da massa cosida. É necessario ter sempre o cosimento bem liquido afim de evitar a formação de grão fino.
L’eau mere não estando ainda exausta o grão fino produz-se á menor serragem.
3º – O cosimento continua com todo o vapor e todo o vaco que se pode despor, contudo este ultimo não deve ser inferior a
0,65 kilogramas de mercurio; se o vapor é em excesso regula-se facilmente a perção por meio da valvula que traz o vapor á
conducta geral das cerpentinas, a 5 ou 6 athmosferas.
Quando o apparelho está cheio o cosimento é serrado parando a alimentação e o vapor de maneira a obter uma massa tendo
uma quantidade em agua real de 9 a 10% e uma temperatura de 65 a 70º.
[2] 4º – Arrefecimento no melaxeur aberto: – Antes de correr para o melaxeur aberto a massa cosida, é util aquecel’o fazendo
passar agua quente durante alguns minutos no fundo falso ( no caso de o ter). Despeja-se em seguida o cosimento n’elle, para-
se com o aquecimento com a agua quente, e deixa-se arrefeçer naturalmente durante 3 ou 4 horas. Abre-se em seguida
moderádamente a torneira da agua fria para acelerar o arrefecimento e levar a massa a uma temperatura de 45º.
Se a massa cosida no melaxeur aberto se torna muito espeça dá-se-lhe a fluidez requerida addecionando-lhe melaço não
deluido (na fabrica Hinton era dissolvido a 35º Baumé e aquecido a 75º) e aquecido á temperatura da massa contida no
apparelho.
5º – Turbinagem: – Não é necessario deitar nem clairce nem metter vapor antes de ter feito a separação do egout pauvre. É
necessario exerçer uma fiscalisação rigorosa para evitar o enriquecimento mesmo acidental dos egouts pauvres. A separação do
egoût pauvre e riche deve ser feito de tal maneira que o egout riche não tenha senão 5 a 6 de pureza a mais que o egout pauvre.
No caso em que a massa cosida no nocher das turbinas se torne muito espeça, desfaz-se com melaço aquecido a 45 a 50º
pelo menos dá assim á massa uma fluidez, o que accelera consideravelmente a turbinagem e facilita a clairsage.
Nota: – Para a confeção do pé de cosimento, pode-se proceder de duas maneiras: Oou[sic] bem se faz um cosimento de
incitamento (amorce) contendo uma grande quantidade de grão, com xaropes bastante puros; este cosimento é devidido em 2
ou 3 partes que servem de pé de cosimento para os productos baixos (bas produits).
Oou[sic] se faz o pé de cosimento com xaropes bastante puros no mesmo apparelho onde se vai fazer o cosimento
systematico, fazer bastante grão, e continuar o cosimento com os egouts pauvres.
O segundo methodo é evidentemente preferivel quando se pode ter um grande numero de grãos, mas pode ser um pouco
mais delicada [sic]. Nos dois casos para ter uma cristallisação nervosa e regular e por conseguinte grão denso; é necessario
que os xaropes que vão á caldeira de coser sejam desfeitos a 25º a 30º Baumé pouco mais ou menos. //
54
dar-se o caso de se fazer no fim do cosimento do melaxeur introducção do egout riche que em vista da sua pureza crystalisaria
rapidamente em grão fino dando em resultado a má turbinagem: Passei por isso a fazer uma separação dos egoûts, fazendo
alimentar primeiro o melaxeur com os egout riches, depois com os egoût pauvres da massa virgem e sô no fim, no caso de ter
capacidade para levar, com os egoût pauvres (melaços) do melaxeur.
D’esta forma os egouts riches que são mais puros, encontram uma massa em principios de crystalisação, os quaes egoûts
vão alimentar os crystaes já formados não se produzindo essa farinha de assucar que tanto prejudica a turbinagem.
Fazendo tambem o trabalho da crystalisação mais lentamente, isto é, mettendo-lhe menos vapor no fundo falso (a 0,7
kilogramas) e cerrando o ponto mais no fim, deu todas estas transformações o resultado desejado de se fazer bem a turbinagem
do melaxeur.
Uma vez obtido o numero de grãos requerido, vê-se que ha interesse de os engrossar o mais possivel, e para isto é
necessario conduzir o cosimento muito lentamente, e não andar com elle muito serrado, sobretudo no começo. Isto evita que o
cosimento se forme grasse impedindo o crescimento do grão. No fim deve-se cerrar bem antes de o retirar da Caldeira.
Vede: Considerações sobre a Cristallisação em movimento Bulletin68 – de Nº 3 setembro 1903 //
[4] Notas sobre a diffusão da canna e sua defecação na bateria de diffusão. Conselhos de Monsieur L. Naudet69 Inventor do
systema de diffusão forçada
Começo do trabalho: – Principia-se por encher 5 diffusores com agua, por ex: sendo a bateria de 8 diffusores enche-
se os Nº 4, 5, 6, 7, 8, depois faz-se a comonicação para os epulpeures, bomba e compensador enchendo tambem estes e
depois o rechaufeur que se vai metter a trabalho. Faz-se a abertura das torneiras de forma a que se produza a circulação
em todos estes diffusores e os outros apparelhos já citados, pôe-se em marcha a bomba centrifuga, e abre-se o vapor no
rechaufeur. D’esta formas [sic] toda a agua dos diffusores citados é obrigada a passar no rechaufeur aqueçendo-se
gradualmente.
Logo que a agua estaja a 85º centigrados enche-se o primeiro diffusor com bagaço assim como o segundo e terceiro.
Feito isto, procede-se ao meichage do primeiro diffusor com agua já aquecida a 85º por meio do ar comprimido que se mette
no diffusor Nº 4 fechando as respectivas torneiras de circulação do rechaufeur do Nº 4 e a da aspiração da bomba do Nº 1
abrindo ao mesmo tempo a circulação do deposito de meichage para não parar a bomba centrifuga, tendo o deposito de
meichage (como sempre tem) agua (5 a 6 hectolitros) do compensador devido á dilatação durante o aquecimento. É necessario
notar que devemos abrir sempre durante o aquecimento da agua, a torneira d’ar do compensador que vem ter ao deposito de
meichage.
Logo que este primeiro diffusor está completamente meichado faz-se passar a circulação para elle, tirando em seguida agua
quente suficiente para a meichagem do segundo, o qual feito, se procede á sua meichagem. Esta agua é sempre tirada com ar
comprimido passando-o de um para outro conforme se for despejando. Meichado o 2º diffusor mette-se em circulação e tira-se
do 1º diffusor a quantidade de liquido um quasi nada assucarado para a meichagem do 3º. //
[5] A este tempo já devemos ter garapa sulfitada soficiente para a meichagem do 4º diffusor que se faz com ella enchendo
o deposito de meichage com 9 ou 10 hectolitros de garapa juntando-lhe o leite de cal a 20º Baumé necessario (em 1903 deitava-
se 2 1/2 cangirões de 2 litros, isto é 5 litros de cal para 9 hectolitros). Faz-se a circulação do deposito para fazer a defecação da
dita garapa elavando[sic] a esta temperatura faz-se a meichagem do diffusor com essa garapa e o restante de jus de diffusão do
diffusor antecedente, e assim sucessivamente. Logo que toda a agua quente está liquidada, o que se dá quasi sempre quando
pretende-mos meichar o Nº 6, mete-se agua do deposito da diffusão que deve marcar uma perção de 1 atmosphera (or[sic] ar
comprimido 1 1/4 atmospheras.) Do primeiro diffusor que se meichou com garapa devemos tirar 11 hectolitros para enviar a
trabalho do assucar esperando sempre com paciencia que a bateria se fassa, isto é, que a densidade suba gradualmente de
deffusor a deffusor e tirar de 11 a 12 hectolitros conforme a percentagem saccarina da cana. O petit jus do bagaço da diffusão
deve mostrar (para assucar) 0,45 a 0,50 d’assucar. No deposito de soutiragem deita-se 4 a 5 litros de baryte a 10% de solução
e é enviado ao deposito onde se junta 150 gramas de Carbonato de soda por cada 30 a 33 hectolitros de jus de diffusão: faz-se
ferver e filtra-se em filtro mechanico tendo o cuidade de que o filtrado seja claro; esta garapa clara é enviada o Quadruple effet.
Deve-se ver duas ou trez vezes por dia o estado da garapa depois da filtração se ella é neutra ao papel sensivel de torneçol: Se
ella é acida ou alcalina assim se deve augmentar ou diminuir a quantidade de cal no deposito de meichage. O manometro da
sahida da bomba centrifuga deve mostrar 1 1/2 athmospheras o maximo e o da entrada dos epulpeures 1 athmosphera o maximo.
68 Bulletin de la Association des Chimistes.
69 León Naudet.
55
Quando no deposito de meichagem se faz a circulação e que o liquido contido n’elle tende a subir no vidro de nivel alem da
medida a que ficou é porque o cpeulpeur[sic] não está funcionando bem devido a estar obstruidos os furos com bagaço, deve-
se fazer modar emediatamente. // [6] O bagaco[sic] para a deffusão deve ser o mais devidido possivel, em pequenos pedaços,
porque com bagaço mal devidido a deffusão é quasi empossivel mostrando o petit jus assucar mais que o normal: Devemos
empregar um defibreur para a devisão da canna antes de ser moida que dá bom resultado. Não ha n’esse caso necessidade de
passar o bagaço duas vezes.
A bateria deve-se conservar bastante quente até ao primeiro diffusor em que se mette a agua fria. Para isso basta ter um
rechaufeur entre o 8º e 1º diffusor. Os injectores não dão resultado.
Deve haver todo o cuidado em que o trabalho da bateria seja continuo, as paragens prejudicão muito a diffusão tornando a
bateria acida, e a diffusão má. É conveniente ver de tempos a tempos o estado da bateria com relação à sua acidez ao papel de
tornesol sensivel; no caso de estar acida devemos deitar na cauda da bateria 15 a 20 litros de baryte desolvido a 10% de 5 em
5 horas.
Com uma bateria de 8 diffuzores de 25 hectolitros cada um não podem fazer mais, no estado actual das cousas como acima,
de 150 a 160 mil kilogramas de canna: Para fazer 180 a 200 mil kilogramas por 24 horas com uma bateria de 8 diffuzores,
devem ter a capacidade de 30 hectolitros por diffusor.
A agua deve ser mais que suficiente para o trabalho da bateria de forma a que o trop-pleine deite sempre alguma agua fora
mesmo quando ella está sendo empregada.
Liquidação da bateria: Para fazer a liquidação da bateria temos que tirar para os depositos de medida o jus mais denso
contido nos dois ultimos diffusores, rechaufeurs, compensador e epoulpures, para isso isolamos toda a bateria, isto é, tiramos
a comonicação de uns diffusores aos outros fechando todas as torneiras de circulação. Abre-se depois o ar comprimido no //
[7] penultimo diffuzor (antes do de cabeça) e abre-se aspiração da bomba no diffuzor de cabeça (fechando antes a torneira do
ar do compensador) e a de refulement (circulação da bomba) do mesmo, e soutiragem do 1º diffusor vazio (a seguir ao de
cabeça) e retira-se assim todo o jus para os depositos de medida. Retirado todo este liquido fecha-se a aspiração do penultimo
e o refulement do ultimo e abre-se a circulação de todos os diffusores em trabalho, mettendo agua no de cauda, enche-se
novamente os dois ultimos diffusores com o jus fraco dos outros e continuamos a tirar até que a densidade desca[sic] a 2 do
densimetro.
Nota sobre a sulfitação ––
As garapas são sulfitadas a frio até 0,60 gramas d’acidez por litro, na media. Deve haver o cuidado no trabalhar do forno
do gaz sulfuroso de maneira a evitar as paragens e a pouca producção de gaz, o que é facil de praticar quando se usa o systema
“Quarez” introduzindo regularmente o enxofaro pela porta do forno, em plena marcha, sem nenhuma defficuldade.
É esta segurança na marcha que, para um trabalho continuo, faz ver as qualidades e as vantagens do systema “Quarez”.
Quando se sulfita a garapa até 1 grama d’acidez por litro em logar de 0,60 gramas, forma-se nas garapas sulfitadas um
precipitado floconoso que percipita emediatamente, e a garapa clareia em seguida e descora. Nesse caso é necessario filtrar
primeiro as garapas antes de lhes juntar a cal; mas como este trabalho requer uma despesa em material feltrante, contentamos-
nos em juntar a cal até á reação alcalina muito legueira, ainda que n’esta maneira de proceder, uma parte das materias
percipitadas, se redissolvem de novo: As garapas clarificão perfeitamente. [Ass:] Ferraz
Nota importante: Para que a sulfitação faça toda a sua acção benefica é necessario que as garapas sejam bem filtradas
(tamisée) isto é, livre de quasi toda a polpa da canna, de forma a que o gáz sulfuroso fassa sô acção sobre as garapas.
[Ass:] Ferraz //
[8] Uma boa forma de trabalho para a sulfitação das garapas é como explica no Bulletin de l’Association des Chimistes Nº
3 setembro 1903 paginas 253, feito na fabrica “La Corona” (Republica Argentina).
Calculo para o gasto de combustivel (carvão de pedra) n’uma – Destilleria – Por Monsieur E. Barbet70 –
Contando o mosto do melaço desfeito a uma densidade 1.075 (ou 7,5º) que será 25,500 kilogramas de melaço (beterraba)
por hectolitro de jus, ao rendimento de 27 litros d’alcool a 100º (7,4 gallões de 3,65 litros)
Consideremos primeiro o programma mais corrente; destillação do mosto fermentado em uma columna de destillação
produzindo flegmas a 50º. Para retificação d’estes flegmas em apparelho continuo. Denitragem do melaço, e força motora para
as bombas etc.
70. Barbet, Emile (1851-1948), Manuel théorique et pratique des fabricants d’alcools et d’eaux-de-vie / par E. Barbet et G. Arachesquene, 1995; Rôle du
noir animal en sucrerie, Paris: A. Quantin, 1879.
56
1º Columna de destillação com chauffe-vin: – Despende pouco mais ou menos 18 kilogramas de vapor por hectolitro de
vinho.
2º Retificador continuo: – Despende 200 kilogramas de vapor por hectolitro de flegmas brutos a 100º.
3º Denitragem continua: – Melaço deluido a 1,25 de densidade: Denitragem continua com recuperador de calor – cada
hectolitro de mosto a 1,25 Densidade absorve 5040 calorias, teremos : 5040 calorias = 9,42 kilogramas de vapor por Hectolitro.
535
4º Força motora: Por cada Cavallo-vapor podemos contar 2 kilogramas de vapor por hora.
Resumindo teremos: ..............................kilogramas vapor Fabrica Hinton 1905
Columna de destillação ......................... “ “ 8640 kilogramas vapor
Retificador ............................................ “ “ 4896 “ “
Denitragem ........................................... “ “ 1036 “ “
Machinas, bombas, etc .......................... “ “ 400 “ “
Ajuntamos pouco mais ou menos
15 por 100 para os fermentos,
perdas diversas e paragens .................... “ “ 2245 “ “
Total por 24 horas . 17217 kilos vapor =
............................................................... 2152 kilogramas carvão
Nota: Um kilograma de vapor = 535 calorias
: 8 kilogramas vapor = 1 kilograma carvão (caldeiras multitubulares) //
[9]71
[10] Table donnant les corrections á effectuer pour ramener a 20º les indication do densimètre Par Monsieur Maxim Buisson
57
[11] 72Table de corrélation des densités des solution sucrées Par Monsieur Maxim Buisson
Densité a Sucre pour Densité a Sucre pour
15 15/4 20/4 100 100 15 15/4 20/4 100 100
15 vide vide grammes centimètres 15 vide vide grammes centimètres
de soluction cubiques de soluction cubiques
10000 9991 9982 0 00 0 73
00 10031 10022 10013 0 80 0 74
80
1 2 3 0 03 0 03 2 3 4 0 82 0 82
2 3 4 0 05 0 05 3 4 5 0 85 0 85
3 4 5 0 08 0 08 4 5 6 0 87 0 87
4 5 6 0 10 0 10 5 6 7 0 90 0 90
5 6 7 0 13 0 13 6 7 8 0 93 0 93
6 7 8 0 15 0 15 7 8 9 0 95 0 95
7 8 9 0 18 0 18 8 9 10020 0 98 0 98
8 9 9990 0 21 0 21 9 10030 1 1 00 1 00
9 10000 1 0 23 0 23 10040 1 2 1 03 1 03
10010 1 2 0 26 0 26 1 2 3 1 05 1 05
1 2 3 0 28 0 28 2 3 4 1 08 1 08
2 3 4 0 31 0 31 3 4 5 1 11 1 11
3 4 5 0 34 0 34 4 5 6 1 13 1 13
4 5 6 0 36 0 36 5 6 7 1 16 1 16
5 6 7 0 39 0 39 6 7 8 1 18 1 18
6 7 8 0 41 0 41 7 8 9 1 21 1 21
7 8 9 0 44 0 44 8 9 10030 1 23 1 24
8 9 10000 0 46 0 46 9 10040 1 1 26 1 26
9 10010 1 0 49 0 49 10050 1 2 1 28 1 29
10020 1 2 0 52 0 52 1 2 3 1 31 1 32
1 2 3 0 54 0 54 2 3 4 1 34 1 34
2 3 4 0 57 0 57 3 4 5 1 36 1 37
3 4 5 0 59 0 59 4 5 6 1 39 1 39
4 5 6 0 62 0 62 5 6 7 1 41 1 41
5 6 7 0 64 0 64 6 7 8 1 44 1 45
6 7 8 0 67 0 67 7 8 9 1 46 1 47
7 8 9 0 69 0 69 8 9 10040 1 49 1 50
8 9 10010 0 72 0 72 9 10050 1 1 52 1 52
9 10020 1 0 75 0 75 10060 1 2 1 54 1 56
10030 1 2 0 77 0 77 1 2 3 1 57 1 57 //
72 Os números que preenchem este quadro e os seguintes (até à página 27) não são da lavra de João Higino Ferraz.
73 Entre os dois números de cada uma das linhas desta coluna foi colocado a lápis um sinal de Visto: «v».
74 Entre os dois números de cada linha desta coluna foi colocado a lápis um sinal de Visto: «v».
75 Entre os dois números de cada linha desta coluna, até à décima sétima linha, foi colocado a lápis um sinal de Visto: «v».
58
5 6 7 1 65 1 68 6 7 8 2 46 2 48
6 7 8 1 69 1 70 7 8 9 2 48 2 50
7 8 9 1 72 1 73 8 9 10080 2 51 2 53
8 9 10050 1 75 1 76 9 10090 1 2 53 2 56
9 10060 1 1 77 1 78 10100 1 2 2 56 2 58
10070 1 2 1 80 1 81 1 2 3 2 58 2 61
1 2 3 1 82 1 82 2 3 4 2 61 2 63
2 3 4 1 85 1 86 3 4 5 2 64 2 66
3 4 5 1 87 1 88 4 5 6 2 66 2 69
4 5 6 1 90 1 91 5 6 7 2 69 2 71
5 6 7 1 92 1 94 6 7 8 2 71 2 74
6 7 8 1 95 1 96 7 8 9 2 74 2 76
7 8 0 1 97 1 99 8 9 10090 2 75 2 79
8 9 10060 2 00 2 01 9 10100 1 2 79 2 82
9 10070 1 2 03 2 04 10110 1 2 2 81 2 84
10080 1 2 2 05 2 07 1 2 3 2 84 2 87
1 2 3 2 08 2 09 2 3 4 2 86 2 89
2 3 4 2 10 2 12 3 4 5 2 89 2 92
3 4 5 2 13 2 14 4 5 6 2 91 2 94
4 5 6 2 15 2 17 5 6 7 2 94 2 97
5 6 7 2 18 2 19 6 7 8 2 96 3 00
6 7 8 2 20 2 22 7 8 9 2 99 3 02
7 8 9 2 23 2 25 8 9 10100 3 02 3 05
8 9 10070 2 25 2 27 9 10110 1 3 04 3 07
9 10080 1 2 28 2 30 10120 1 2 3 07 3 10
10090 1 2 2 31 2 32 1 2 3 3 09 3 12
1 2 3 2 33 2 35 2 3 4 3 12 3 15
2 3 4 2 36 2 38 3 4 5 3 14 3 18 //
59
10140 1 2 3 57 3 62 1 2 3 4 35 4 42
1 2 3 3 59 3 64 2 3 4 4 37 4 44
2 3 4 3 62 3 67 3 4 5 4 40 4 47
3 4 5 3 65 3 69 4 5 6 4 42 4 50
4 5 6 3 67 3 72 5 6 7 4 45 4 52
5 6 7 3 70 3 75 6 7 8 4 47 4 55
6 7 8 3 72 3 77 7 8 9 4 50 4 57
7 8 9 3 75 3 80 8 9 10160 4 52 4 60
8 9 10130 3 77 3 82 9 10170 1 4 55 4 63
9 10140 1 3 80 3 85 10180 1 2 4 57 4 65
10150 1 2 3 82 3 87 1 2 3 4 60 4 68
1 2 3 3 85 3 90 2 3 4 4 62 4 70
2 3 4 3 87 3 93 3 4 5 4 65 4 73
3 4 5 3 90 3 95 4 5 6 4 67 4 75
4 5 6 3 92 3 98 5 6 7 4 70 4 78 //
60
[15] Matière Sèche Matière Sèche
Densité á Sucre pour Solution a 20% Densite a Sucre pour Solution 20%
15/15 15/4 20/4 100 100 Matieres 15/15 15/4 20/4 100 100 Matieres
vide vide grammes centimètres seches vide vide grammes centimètres seches
de soluction cubiques por 100 de soluction cubiques por 100
grammes grammes
10240 10231 10221 6 06 6 20 31 76
00 10271 10262 10251 6 83 7 01 3577 05
1 2 2 6 09 6 23 31 15 2 3 2 6 85 7 03 35 15
2 3 3 6 11 6 25 31 25 3 4 3 6 88 7 06 35 30
3 4 4 6 14 6 28 31 40 4 5 4 6 90 7 08 35 40
4 5 5 6 16 6 31 31 55 5 6 5 6 92 7 11 35 55
5 6 6 6 19 6 33 31 65 6 7 6 6 95 7 13 35 65
6 7 7 6 21 6 36 31 80 7 8 7 6 97 7 16 35 80
7 8 8 6 24 6 38 31 90 8 9 8 7 00 7 19 35 95
8 9 9 6 26 6 41 32 05 9 10270 9 7 02 7 21 36 05
9 10240 10230 6 29 6 44 32 20 10280 1 10260 7 05 7 24 36 20
10250 1 1 6 31 6 46 32 30 1 2 1 7 07 7 26 36 30
1 2 2 6 33 6 49 32 45 2 3 2 7 10 7 28 36 45
2 3 3 6 36 6 51 32 55 3 4 3 7 12 7 32 36 60
3 4 4 6 38 6 54 32 70 4 5 4 7 15 7 34 36 70
4 5 5 6 41 6 56 32 80 5 6 5 7 17 7 37 36 85
5 6 6 6 43 6 59 32 95 6 7 6 7 20 7 39 36 95
6 7 7 6 46 6 62 33 10 7 8 7 7 22 7 42 37 10
7 8 8 6 48 6 64 33 20 8 9 8 7 24 7 45 37 25
8 9 9 6 51 6 67 33 35 9 10280 9 7 27 7 47 37 35
9 10250 10240 6 53 6 70 33 50 10290 1 10270 7 29 7 50 37 50
10260 1 0 6 56 6 72 33 60 1 2 1 7 32 7 52 37 60
1 2 1 6 58 6 75 33 75 2 3 2 7 34 7 55 37 75
2 3 2 6 60 6 77 33 85 3 4 3 7 37 7 58 37 90
3 4 3 6 63 6 80 34 00 4 5 4 7 39 7 60 38 00
4 5 4 6 65 6 82 34 10 5 6 5 7 41 7 63 38 15
5 6 5 6 68 6 85 34 25 6 7 6 7 44 7 65 38 25
6 7 6 6 70 6 88 34 49 7 8 7 7 46 7 68 38 40
7 8 7 6 73 6 90 34 50 8 9 8 7 49 7 70 38 50
8 9 8 6 75 6 93 34 65 9 10290 9 7 51 7 73 38 65
9 10260 9 6 78 6 95 34 75 10300 1 10280 7 54 7 76 38 80
10270 1 10250 6 80 6 98 34 90 1 2 1 7 56 7 78 38 90 //
61
5 6 5 7 66 7 89 39 45 6 7 6 8 41 8 69 43 45
6 7 6 7 69 7 91 39 55 7 8 7 8 44 8 72 43 60
7 8 7 7 71 7 94 39 70 8 9 8 8 46 8 74 43 70
8 9 8 7 73 7 97 39 85 9 10330 9 8 49 8 77 43 85
9 10300 9 7 76 7 99 39 95 10340 1 10320 8 51 8 79 43 95
10310 1 10290 7 78 8 02 40 10 1 2 1 8 54 8 82 44 10
1 2 1 7 81 8 04 40 20 2 3 2 8 56 8 85 44 25
2 3 2 7 83 8 07 40 35 3 4 3 8 59 8 87 44 35
3 4 3 7 85 8 09 40 45 4 5 4 8 61 8 90 44 50
4 5 4 7 88 8 12 40 60 5 6 5 8 63 8 92 44 60
5 6 5 7 90 8 14 40 70 6 7 6 8 66 8 95 44 75
6 7 6 7 93 8 17 40 85 7 8 7 8 68 8 97 44 85
7 8 7 7 95 8 20 41 00 8 9 8 8 71 9 00 45 00
8 9 8 7 98 8 22 41 10 9 10340 9 8 73 9 03 45 15
9 10310 9 8 00 8 25 41 25 10350 1 10330 8 75 9 05 45 25
10320 1 10300 8 02 8 27 41 35 1 2 1 8 78 9 08 45 40
1 2 1 8 05 8 30 41 50 2 3 2 8 80 9 10 45 50
2 3 2 8 07 8 33 41 65 3 4 3 8 83 9 13 45 65
3 4 3 8 10 8 35 41 75 4 5 4 8 85 9 16 45 80
4 5 4 8 12 8 38 41 90 5 6 5 8 88 9 18 45 90
5 6 5 8 15 8 40 42 00 6 7 6 8 90 9 21 46 05
6 7 6 8 17 8 43 42 15 7 8 7 8 92 9 23 46 15
7 8 7 8 20 8 46 42 30 8 9 8 8 95 9 26 46 30
8 9 8 8 22 8 48 42 40 9 10350 9 8 97 9 29 46 45
9 10320 9 8 24 8 51 42 55 10360 1 10340 9 00 9 31 46 55
10330 1 10310 8 27 8 53 42 65 1 2 1 9 02 9 34 46 70
1 2 1 8 29 8 56 42 80 2 3 2 9 04 9 36 46 80
2 3 2 8 32 8 59 42 95 3 4 3 9 07 9 39 46 95 //
80 Entre os dois números de cada linha desta coluna foi colocado a lápis um sinal de Visto: «v».
81 Entre os dois números de cada linha desta coluna foi colocado a lápis um sinal de Visto: «v».
62
7 8 7 9 41 9 75 48 75 8 9 8 10 15 10 56 52 80
8 9 8 9 43 9 78 48 90 9 10400 9 10 18 10 58 52 90
9 10370 9 9 45 9 80 49 00 10410 1 10390 10 20 10 61 53 05
10380 1 10360 9 48 9 83 49 15 1 2 1 10 22 10 63 53 15
1 2 1 9 50 9 86 49 30 2 3 2 10 25 10 66 53 30
2 3 2 9 53 9 88 49 40 3 4 3 10 27 10 69 53 45
3 4 3 9 55 9 91 49 55 4 5 4 10 30 10 71 53 55
4 5 4 9 58 9 93 49 65 5 6 5 10 32 10 74 53 70
5 6 5 9 60 9 96 49 80 6 7 6 10 34 10 76 53 80
6 7 6 9 62 9 99 49 95 7 8 7 10 37 10 79 53 95
7 8 7 9 65 9 01 50 05 8 9 8 10 39 10 82 54 10
8 9 8 9 67 9 04 50 20 9 10410 9 10 42 10 84 54 20
9 10380 9 9 70 9 06 50 30 10420 1 10400 10 44 10 87 54 35
10390 1 10370 9 72 9 09 50 45 1 2 1 10 46 10 90 54 50
1 2 1 9 74 9 11 50 55 2 3 2 10 49 10 92 54 60
2 3 2 9 77 9 14 50 70 3 4 3 10 51 10 95 54 75
3 4 3 9 79 9 17 50 85 4 5 4 10 54 10 97 54 85
4 5 4 9 82 9 19 50 95 5 6 5 10 56 11 00 55 00 //
82 Entre os dois números de cada linha desta coluna foi colocado a lápis um sinal de Visto: «v».
83 Entre os dois números de cada linha desta coluna foi colocado a lápis um sinal de Visto: «v».
63
9 10440 9 11 13 11 62 58 10 10480 1 10460 11 87 12 43 62 15
10450 1 10430 11 16 11 65 58 25 1 2 1 11 89 12 45 62 25
1 2 1 11 18 11 68 55 40 2 3 2 11 92 12 48 62 40
2 3 2 11 20 11 70 58 50 3 4 3 11 94 12 51 62 55
3 4 3 11 23 11 73 58 65 4 5 4 11 96 12 53 62 65
4 5 4 11 25 11 75 58 75 5 6 5 11 99 12 56 62 80
5 6 5 11 28 11 78 58 90 6 7 6 12 01 12 58 62 90
1284 02 12 59 62 9785
6 7 6 11 30 11 81 59 05 7 8 7 12 03 12 61 63 05 //
64
[20] Matière Sèche Matière Sèche
Densité á Sucre pour Solution a 20% Densite a Sucre pour Solution 20%
15/15 15/4 20/4 100 100 Matieres 15/15 15/4 20/4 100 100 Matieres
vide vide grammes centimètres seches vide vide grammes centimètres seches
de soluction cubiques por 100 de soluction cubiques por 100
grammes grammes
10550 10541 10529 13 52 14 25 71 88
25 10581 10572 10560 14 24 15 06 7589 20
1 2 10530 13 54 14 28 71 40 2 3 1 14 27 15 08 75 40
2 3 1 13 57 14 30 71 50 3 4 2 14 29 15 11 75 55
3 4 2 13 59 14 33 71 65 4 5 3 14 31 15 14 75 70
4 5 3 13 61 14 35 71 95 5 6 4 14 34 15 16 75 80
5 6 4 13 63 14 38 71 90 6 7 5 14 36 15 19 75 95
6 7 5 13 66 14 41 72 05 7 8 6 14 38 15 22 76 10
7 8 6 13 68 14 43 72 15 8 9 7 14 41 15 24 76 20
8 9 7 13 70 14 46 72 30 9 10580 8 14 43 15 27 76 35
9 10550 8 13 73 14 48 72 40 10590 1 9 14 45 15 29 76 45
10560 1 9 13 75 14 51 72 55 1 2 10570 14 48 15 32 76 60
1 2 10540 13 78 14 54 72 70 2 3 1 14 50 15 35 76 75
2 3 1 13 80 14 56 72 80 3 4 2 14 52 15 37 76 85
3 4 2 13 82 14 59 72 95 4 5 3 14 55 15 40 77 00
4 5 3 13 85 14 61 73 05 5 6 4 14 57 15 42 77 10
5 6 4 13 87 14 64 73 20 6 7 5 14 59 15 45 77 25
6 7 5 13 89 14 67 73 35 7 8 6 14 62 15 48 77 40
7 8 6 13 92 14 69 73 45 8 9 7 14 64 15 50 77 50
8 9 7 13 94 14 72 73 60 9 10590 8 14 66 15 53 77 65
9 10560 8 13 96 14 74 73 70 10600 1 9 14 69 15 55 77 75
10570 1 9 13 99 14 77 73 85 1 2 10580 14 71 15 58 77 90
1 2 10550 14 01 14 80 74 00 2 3 1 14 73 15 61 78 05
2 3 1 14 03 14 87 74 10 3 4 2 14 76 15 63 78 15
3 4 2 14 06 14 85 74 25 4 5 3 14 78 15 66 78 30
4 5 3 14 08 14 87 74 35 5 6 4 14 80 15 68 78 40
5 6 4 14 10 14 90 74 50 6 7 5 14 83 15 71 78 55
6 7 5 14 13 14 93 74 65 7 8 6 14 85 15 74 78 70
7 8 6 14 15 14 95 74 75 8 9 7 14 87 15 76 78 80
8 9 7 14 17 14 98 74 90 9 10600 8 14 89 15 79 78 95
9 10570 8 14 20 15 00 75 00 10610 1 9 14 92 15 81 79 05
10580 1 9 14 22 15 03 75 15 1 2 10590 14 94 15 84 79 20 //
88 Entre os dois números de cada linha desta coluna foi colocado a lápis um sinal de Visto: «v».
89 Entre os dois números de cada linha desta coluna foi colocado a lápis um sinal de Visto: «v».
90 Entre os dois números de cada linha desta coluna foi colocado a lápis um sinal de Visto: «v».
91 Entre os dois números de cada linha desta coluna foi colocado a lápis um sinal de Visto: «v».
65
5 6 4 15 03 15 94 79 70 6 7 5 15 75 16 75 83 75
6 7 5 15 06 15 97 79 85 7 8 6 15 77 16 78 83 90
7 8 6 15 08 16 00 80 00 8 9 7 15 80 16 80 84 00
8 9 7 15 10 16 02 80 10 9 10640 8 15 82 16 83 84 15
9 10610 8 15 13 16 04 80 20 10650 1 9 15 84 16 86 84 30
10620 1 9 15 15 16 07 80 35 1 2 10630 15 87 16 88 84 40
1 2 10600 15 17 16 10 80 50 2 3 0 15 89 16 91 84 55
2 3 1 15 20 16 13 80 65 3 4 1 15 91 16 94 84 70
3 4 2 15 22 16 15 80 75 4 5 2 15 93 16 96 84 80
4 5 3 15 24 16 18 80 90 5 6 3 15 96 16 99 84 95
5 6 4 15 27 16 21 81 05 6 7 4 15 98 17 01 85 05
6 7 5 15 29 16 23 81 15 7 8 5 16 00 17 04 85 20
7 8 6 15 31 16 26 81 30 8 9 6 16 03 17 07 85 35
8 9 7 15 33 16 28 81 40 9 10650 7 16 05 17 09 85 45
9 10620 8 15 36 16 31 81 55 10660 1 8 16 07 17 12 85 60
10630 1 9 15 38 16 33 81 65 1 2 9 16 10 17 14 85 70
1 2 10610 15 40 16 36 81 80 2 3 10640 16 12 17 17 85 85
2 3 1 15 43 16 39 81 95 3 4 1 16 14 17 20 86 00
3 4 2 15 45 16 41 82 05 4 5 2 16 16 17 22 86 10
4 5 3 15 47 16 44 82 20 5 6 3 16 19 17 25 86 25
5 6 4 15 50 16 47 82 35 6 7 4 16 21 17 27 86 35
6 7 5 15 52 16 49 82 45 7 8 5 16 23 17 30 86 50
7 8 6 15 54 16 52 82 60 8 9 6 16 26 17 33 86 65
8 9 7 15 57 16 54 82 70 9 10660 7 16 28 17 35 86 75
9 10630 8 15 59 16 57 82 85 10670 1 8 16 30 17 38 86 90
10640 1 9 15 61 16 60 83 00 1 2 9 16 33 17 41 87 05
1 2 10620 15 63 16 62 83 10 2 3 10650 16 35 17 43 87 15
2 3 1 15 66 16 65 83 25 3 4 1 16 37 17 46 87 30 //
92 Entre os dois números de cada linha desta coluna foi colocado a lápis um sinal de Visto: «v».
93 Entre os dois números de cada linha desta coluna foi colocado a lápis um sinal de Visto: «v».
66
7 8 5 16 69 17 83 89 15 8 9 6 17 40 18 63 93 15
8 9 6 16 72 17 85 89 25 9 10710 7 17 42 18 66 93 30
9 10680 7 16 74 17 88 89 40 10720 1 8 17 45 18 69 93 45
10690 1 8 16 76 17 90 89 50 1 2 9 17 47 18 71 93 55
1 2 9 16 78 17 93 89 65 2 3 10700 17 49 18 74 93 70
2 3 10670 16 81 17 95 89 75 3 4 1 17 51 18 76 93 80
3 4 1 16 83 17 98 89 90 4 5 2 17 54 18 79 93 95
4 5 2 16 85 18 01 90 05 5 6 3 17 56 18 82 94 10
5 6 3 16 88 18 03 90 15 6 7 4 17 58 18 84 94 20
6 7 4 16 90 18 06 90 30 7 8 5 17 61 18 87 94 35
7 8 5 16 92 18 08 90 40 8 9 6 17 63 18 90 94 50
8 9 6 16 94 18 11 90 55 9 10720 7 17 66 18 92 94 60
9 10690 7 16 97 18 14 90 70 10730 1 8 17 68 18 95 94 75
10700 1 8 16 99 18 16 90 80 1 2 9 17 70 18 97 94 85
1 2 9 17 01 18 19 90 95 2 3 10710 17 72 19 00 95 00
2 3 10680 17 03 18 22 91 10 3 4 1 17 74 19 03 95 15
3 4 1 17 06 18 24 91 20 4 5 2 17 76 19 05 95 25
4 5 2 17 08 18 27 91 35 5 6 3 17 79 19 08 95 40 //
94 Entre os dois números de cada linha desta coluna foi colocado a lápis um sinal de Visto: «v».
95 Entre os dois números das 4 primeiras linhas desta coluna foi colocado a lápis um sinal de Visto: «v». Um traço vertical e ondulado, também a vermelho,
percorre as restantes linhas da coluna, decerto com a finalidade de tornar impossível – ou de mostrar ser desnecessário – a colocação de mais informação
numérica.
96 Principia aqui a colocação de um sinal de Visto, «v»., a lápis, junto aos algarismos da direita desta coluna. Este procedimento continua até à ultima linha
desta coluna.
67
6 7 3 18 26 19 63 98 15 7 8 4 18 97 20 44
7 8 4 18 29 19 65 98 25 8 9 5 18 99 20 47
8 9 5 18 31 19 68 98 40 9 10770 6 19 01 20 49
9 10750 6 18 33 19 71 98 55 10790 1 7 19 03 20 52
10760 1 7 18 35 19 73 98 65 1 2 8 19 06 20 55
1 2 8 18 38 19 76 98 80 2 3 9 19 08 20 57
2 3 9 18 40 19 79 98 95 3 4 10770 19 10 20 60
3 4 10740 18 42 19 81 99 05 4 5 1 19 12 20 62
4 5 1 18 45 19 84 99 20 5 6 2 19 15 20 65
5 6 2 18 47 19 86 99 30 6 7 3 19 17 20 68
6 7 3 18 49 19 89 99 45 7 8 4 19 19 20 70
97 Entre os dois números de cada linha desta coluna foi colocado, a lápis, um sinal de Visto: «v».
98 Entre os dois números de cada linha desta coluna foi colocado, a lápis, um sinal de Visto: «v».
68
[25] Matière Sèche Matière Sèche
Densité a Sucre pour Densité a Sucre pour
15 15/4 20/4 100 100 15 15/4 20/4 100 100
15 vide vide grammes centimètres 15 vide vide grammes centimètres
de soluction cubiques de soluction cubiques
10860 10851 10837 20 60 2299 36 10891 10882 10868 21 29 23 100 17
1 2 8 20 63 22 38 2 3 9 21 32 23 20
2 3 9 20 65 22 41 3 4 10870 21 34 23 22
3 4 10840 20 67 22 43 4 5 1 21 36 23 25
4 5 1 20 69 22 46 5 6 2 21 38 23 28
5 6 2 20 72 22 49 6 7 3 21 40 23 30
6 7 3 20 74 22 51 7 8 4 21 43 23 33
7 8 4 20 76 22 54 8 9 5 21 45 23 35
8 9 5 20 78 22 57 9 10890 6 21 47 23 38
9 10860 6 20 80 22 59 10900 1 7 21 49 23 41
10870 1 7 20 83 22 62 1 2 8 21 52 23 43
1 2 8 20 85 22 65 2 3 9 21 54 23 46
2 3 9 20 87 22 67 3 4 10880 21 56 23 49
3 4 10850 20 89 22 70 4 5 1 21 58 23 50
4 5 1 20 92 22 72 5 6 2 21 60 23 54
5 6 2 20 94 22 75 6 7 3 21 63 23 57
6 7 3 20 96 22 78 7 8 4 21 65 23 59
7 8 4 20 98 22 80 8 9 5 21 67 23 62
8 9 5 21 00 22 83 9 10900 6 21 69 23 65
9 10870 6 21 03 22 86 10910 1 7 21 72 23 67
10880 1 7 21 05 22 88 1 2 8 21 74 23 70
1 2 8 21 07 22 91 2 3 9 21 76 23 72
2 3 9 21 09 22 93 3 4 10890 21 78 23 75
3 4 10860 21 12 22 96 4 5 1 21 80 23 77
4 5 1 21 14 22 99 5 6 2 21 82 23 80
5 6 2 21 16 23 01 6 7 3 21 85 23 83
6 7 3 21 18 23 04 7 8 4 21 87 23 85
7 8 4 21 20 23 07 8 9 5 21 89 23 88
8 9 5 21 23 23 09 9 10910 6 21 91 23 91
9 10880 6 21 25 23 12 10920 1 7 21 94 23 93
10890 1 7 21 27 23 14 1 2 8 21 96 23 96 //
69
7 8 3 22 09 24 12 8 9 4 22 77 24 93
8 9 4 22 11 24 14 9 10950 5 22 80 24 96
9 10920 5 22 13 24 17 10960 1 6 22 82 24 99
10930 1 6 22 16 24 20 1 2 7 22 84 25 01
1 2 7 22 18 24 22 2 3 8 22 86 25 04
2 3 8 22 20 24 25 3 4 9 22 88 25 07
3 4 9 22 22 24 27 4 5 10940 22 90 25 09
4 5 10910 22 24 24 30 5 6 1 22 93 25 12
5 6 1 22 27 24 33 6 7 2 22 95 25 14
6 7 2 22 29 24 35 7 8 3 22 97 25 17
7 8 3 22 31 24 38 8 9 4 22 99 25 20
8 9 4 22 33 24 41 9 10960 5 23 01 25 22
9 10930 5 22 36 24 43 10970 1 6 23 04 25 25
10940 1 6 22 38 24 46 1 2 7 23 06 25 28
1 2 7 22 40 24 49 2 3 8 23 08 25 30
2 3 8 22 42 24 51 3 4 9 23 10 25 33
3 4 9 22 44 24 54 4 5 10950 23 12 25 36
4 5 10920 22 47 24 57 5 6 1 23 15 25 38
5 6 1 22 49 24 59 6 7 2 23 17 25 41
6 7 2 22 51 24 62 7 8 3 23 19 25 43
7 8 3 22 53 24 64 8 9 4 23 21 25 46
8 9 4 22 55 24 67 9 10970 5 23 22 25 49
9 10940 5 22 58 24 70 10980 1 6 23 25 25 51
10950 1 6 22 60 24 72 1 2 7 23 28 25 54
1 2 7 22 62 24 75 2 3 8 23 30 25 56
2 3 8 22 64 24 78 3 4 9 23 32 25 59 //
103 Entre os dois números de cada linha desta coluna foi colocado, a lápis, um sinal de Visto: «v».
104 Entre os dois números de cada linha desta coluna foi colocado, a lápis, um sinal de Visto: «v».
70
11000 1 6 23 69 26 04
1 2 7 23 71 26 06
2 3 8 23 73 26 09
3 4 9 23 76 26 12
4 5 10980 23 78 26 14
5 6 1 23 80 26 17
6 7 2 23 82 26 20
7 8 3 23 84 26 22
8 9 4 23 87 26 25
9 11000 5 23 89 26 27
11010 1 6 23 91 26 30
1 2 7 23 93 26 33
2 3 8 23 95 26 35
3 4 9 23 97 26 38
4 5 9 24 00 26 41 //
71
Defecação pelo permanganato: Toma-se 100 centimetros cubicos do licor (20 gramas melaço em 100 centimetros cubicos)
com uma pepet deita-se n’um ballão de 200-220 centimetros cubicos e junta-se 50 a 80 centimetros cubicos de permanganato
saturado a frio, agita-se bem para não tornar a massa espeça e depois deixa-se arrefecer a 20º, junta-se-lhe agua até o traço 200
centimetros cubicos e subacetato de chumbo neutralisado até 220 centimetros cubicos e filtra-se. Se o filtrado ficou incolor é
porque a quantidade de permanganato foi muita, temos n’esse caso de recommeçar a experiencia: o liquido deve ficar com uma
cor de palha.
Polarisação: D’este liquido filtrado enche-se um tubo de saccarometro de 200 milimetros e lê-se o graus[sic] e pela tabella
de Monsieur Buisson106 a correspondencia que multiplicado por 10 dá o assucar %. No caso de não termos a tabella multiplica-
se o numero lido por 1,7919 dá o assucar por 100 gramas.
Reductores: – A analyse dos reductores faz-se com o liquido filtrado que servio para o saccarometro, pelo methodo Violette,
vendo na tabua III a correspondencia juntando-lhe 1/10 dá agua %
Inversão “Clerget”: – A analyse faz-se com 50 centimetros cubicos do liquido feltrado ao qual se junta 5 centimetros cubicos
de acido chlorhydrico puro fumante: aquece-se a banho-maria durante 10 minutos a +68º, deixa-se arrefecer e polarisa-se no
tubo proprio:
Para o calculo vede tabua de calculo de l’Inversão optica de Monsieur Buisson. Extrait – do Bulletin da Associação dos
chimicos
Pureza: Para o calculo da pureza vede tabua de Monsieur Buisson sobre de solucção a 20% de Materias Seccas por 100
gramas encarnado.
Nota – Inversão Clerget: – Para elevar a temperatura a +68 em 10 minutos devemos ter o banho-maria, na occasião de
metter n’elle a garrafa, à temperatura de +40º a +45º aquecendo sempre com a lampada até que monte a 67º, apagando-a
depois. //
[30] Analyse dos assucares
Methodo ordinario: – Agua: – Faz-se a dosagem da agua sobre 5 gramas que se seccou na estufa á temperatura de 100-110.
Ex: Perda de pezo = 0,10 gramas.
D’onde: Agua % = 0.10 x 100 = 2 ou 0,10 x 20 =2.
5
Ordinariamente servimo-nos, para seccar esta agua da estufa de ar quente, mas é melhor fazer a dissecação no vaco.
Cinzas: – Os 5 gramas de assucar que serviram á dosagem da agua são empregados a fazer a dusagem das cinzas.
107
Faz-se embeber a assucar [sic] em acido sulfurico concentrado puro [.] Evapora-se lentamente na estufa ou no banho de
areia. Quando a dessiccação é completa, aquece-se gradualmente a capsula sobre a chama de uma lampada de Bunsen havendo
o cuidado de evitar as prujecções. Quando a massa carbonisada não desprende vapores, a capsula é mettida no moufle do forno
de incinerar. A inceneração terminada, peza-se depois do arrefecimento.
Ex: seja 0,070 gramas, o pezo das cinzas: nos temos 0,07 x 0,9 = 0,063
Donde cinzas % = 0,063 x 100 = 1,26 ou 0,063 x 20 = 1,26
5
Assucar cristallisavel. – Peza-se exactamente 16,29 gramas <Leaurent> de assucar que se deita em um funil de vidro sobre
uma garrafa de medida de 100 centimetros cubicos. Deita-se agua quente sobre o assucar que se dissolve e cahi na garrafa; lava-
se cuidadosamente a capsula da pesagem e o funil com a pissette da agua quente. Espera-se a dissolução dos crytaes[sic]
agitando a garrafa. Quando a dissolução é terminada, arrefece-se a garrafa n’uma corrente de agua fria, e clarifica-se com 2 ou
3 centimetros cubicos de subacetato de chumbo neutralisado; completa-se o volume de 100 centimetros cubicos, filtra-se, e
polarisa-se. O numero lido no saccarometro indica immediatamente a riqueza em assucar.
Ex: – seja 95,5% de assucar
Incristalisavel: – Methodo Viollette; –– Introduz-se em um tubo de ensaio 1,2 ou 5 ou 100 centimetros cubicos do licor
Viollette, segundo a // [31] riqueza do assucar cristalisavel, que é facil de perceber pelo aspecto d’elle, e dissolve-se com uma
pequena quantidade de agua destillada; aquece-se a mestura até á ebulição depois faz-se cahir sobre esse licor cuprico gota a
gota a solucção assucarada que servio á polarisação até á completa percipitação do cobre. Ex: seja 13,2 centimetros cubicos a
quantidade de licor assucarado (16,29 em 100 centimetros cubicos) que foi necessario empregar para percipitar todo o cobre de
0,5 centimetros cubicos de licor Violette
72
Incristalisavel = 10.000 t n formula na qual t representa o titulo do licor cuprico, n
12.29 c.
o numero de centimetros cubicos de este licor empregado, e c o numero de centimetros cubicos do licor assucarado
empregado para a completa percipitação do cobre:
Ex: Incristalisavel % = 0,5 x 0,0052 x 100 x 100 = 0,120 gramas
13,2 x 16,29
Nota – 0,0052 gramas é por centimetro cubico = 0,052 gramas glucose por 10 centimetros cubicos Viollete
Materias organicas e desconhecidos: – Obtem-se pela differença das somas das substancias analysadas.
Titulagem bruta. – A titulagem obtem-se retirando-se do assucar crystalisavel: 1º 4 vezes pezo das cinzas; 2º; 2 vezes o do
incristalisavel.
No nosso ex: nos temos:
assucar crystalisavel .................................95,500
cinzas 1,26 x 4 = .....................5,040
Incristalisavel 0,120 x 2 = ......0,240 } 5,280
Titulagem...................................................90,220
Nota: Para os assucares brutos de 1º jet, o commercio ou as refinarias conservam o queficiente 5 para as cinzas
Titulagem liquida: – Para avaliar a titulagem liquida, não se faz conta das fracções: nos temos pois 90º. De estas cifras retira-
se 1 1/2 %, seja titulagem liquida =
90 – 90 x 1,5 = 88,65 (Todas estas condicções que nada teem de centificas são impostas pelas refinarias) //
100
[32] Calculo de rendimento: – Chama-se rendimento de um assucar, a quantidade de assucar refinado que se presume dever
ser fornecido pelo assucar bruto. É para chegar ao conhecimento o mais exacto possivel de este rendimento que se emaginou
os methodos de analyse que acabamos de descrever e o coefficientes [sic] de que temos fallado. Em França, depois dos trabalhos
dos sabios, admite-se que logo que se refina um assucar bruto, as cinzas immobilisão nos melaços 5 vezes o seu pezo em assucar
e a glucose 2 vezes o seu pezo.
Reconhece-se depois que o coefficiente 5 para as cinzas era muito elevado, e substituio-se pelo coefficiente 4: Mas os
refinadores continuam a conservar o coefficente 5 como acima disse.
Vede como se libella ordinariamente o bulletin d’analyse:
Polarisação (assucar cristallisavel) ................................................................. 95,500
Incristallisavel .....................................................................................................0,120
Cinzas .................................................................................................................1,260
Agua ...................................................................................................................2,000
Desconhecidos ou indeterminados .................................................................. 1,120
100.000
Titulagem ao queficiente de 4 e 2 ................................................................... 90,220
Por censeguinte[sic] calculo de rendimento: (para as refinarias)
assucar cristalisavel ..................................................95,500
cinzas 1,26 x 5 = 6,300
}
Incristalisavel 0,120 x 2 = 0,240
6,540
88,960
88. – 88 x 15 = 86,68 d’assucar refinado.
100
Nota – 1,5% é a quebra provavel e mais ou menos regular do trabalho da refinação. //
[33] Densidade dos melaços
Para os liquidos muito densos e viscosos as indicações do areometro não são muito seguras. A melhor forma de se proceder
é a aconselhada pelo methodo devido a D. Sidersky108:
Em um ballão de medida exacta a 50 centimetros cubicos e tarado introduz-se por meio de um funil cujo tubo deve prolongar
108 SIDERSKY, David [1858/—], Les densités des solutions sucrées à différentes températures calculées, Brunswick, F. Vieweg et fils, Paris, H. Dunod et
E. Pinat, 1908.
73
até abaixo do traço 50 centimetros cubicos, o melaço aquecido; para-se a introdução do liquido antes que elle attinja a
estremidade do tubo do funil que se retira, tendo o cuidado de não ficar melaço ao longo da parede interior do colo do ballão.
Deixa-se arrefecer a 15º Centigrados e depois pesa-se [.] Seja P o pezo do melaço introduzido no ballão. Por meio de uma
burette graduada completa-se com agua o volume de 50 centimetros cubicos.; seja a o volume da agua necessaria para perfazer
o volume de 50 centimetros cubicos; 50 – a = o volume V occupado pelo melaço. A densidade d’este melaço será pois
representada pela formula P
V
Ex: Seja 67,20 gramas o peso do melaço; 4,3 centimetros cubicos o volume a da agua junta para perfazer os 50 centimetros
cubicos; 50 – 4,3 = 45,7 centimetros cubicos o volume ocupado pelos 67,20 gramas de melaço. A densidade = 67,20 = 147,05
45,7
Este methodo, muito reguroso, permitte operar sobre muito pequena quantidade de materia.
Nota = Para calcular a Pureza do melaço ve-se a densidade a solução a 20º temperatura e pela tabua de Monsieur Buisson109
a correspondencia a Materia Secca da solução a 20% (encarnado) por conseguinte Pureza = ao assucar % Clerget devidido pela
matier seche (M. S.)
Em todas as analyses consernentes a assucar ou liquidos assucarados que contem glucoses, é importante conhecer o
coefficiente glucosico, quer dizer a proporção de glucose ao assucar cristalisavel; esta relação obtem-se pela formula seguinte:
Coefficiente glucosico = Glucose x 100
assucar //
[35] Laboração de 1903. Forma de trabalho para uma Fabrica de assucar de canna, usando a diffusão do bagaço e a
defecação da garapa na bateria. Para 150 toneladas em 24 horas
110
1º Moagem da canna: Para que a diffusão seja boa é necessario usar ou um corta cannas ou um defibreur (que é melhor)
para que o bagaço seja o mais devidido possivel em pequenos pedaços [.] A garapa sahida dos moinhos deve ser o mais bem
filtrada (tamisée) possivel, de forma que fique com a menor quantidade de polpa possivel.
2º Sulfitação: A garapa filtrada vai a um sulfitador continuo onde se põe em acção o gaz sulfuroso de forma a que a garapa
seja bem sulfitada. Neste estado, sendo o gaz livre de acido sulfurico, pode a garapa sofrer uma sulfitação bem porfunda que
não a prejudica. A garapa sahida do sulfitador vai a um ou dois depositos de medida. Devemos sulfitar a frio até 0,60 d’acidez
74
por litro, na media. O melhor apparelho de sulfitação é, o do systema “Quarez”
3º Diffusão: O bagaço sahido dos moinhos vai aos diffusores para a extracção total do assucar n’elle contido e a garapa das
cannas do dito bagaço que foi sulfitada é defeçada[sic] na bateria como n’este mesmo livro explica.
A capacidade dos diffuzores e depositos para o tratamento de 120 a 150 mil kilogramas de canna em 24 horas é a seguinte
8 – Diffusores = 25 hectolitros (25)
1 – Deposito de Meichagem = 30 hectolitros
1 Deposito de medida ou soutiragem 32 hectolitros devidido ao meio.
1 Deposito da agua = 35 hectolitros
2 rechaufeurs de 20 metros quadrados de superfice de aquecimento cada um
2 épulpeurs
1 compensador de 30 hectolitros
1 bomba centrifuga para a circulação Nº 3
4º Filtração: O jus de diffusão vindo dos depositos de medida dos // [36] diffusores, cai em 2 ou 3 depositos de 35 a 40
hectolitros munidos com cerpentinas de vapor. Ahi junta-se 150 gramas de carbonato de soda e faz-se ferver para percipitar em
carbonato de baryte o sulfato de baryte que foi junto ao jus nos depositos de medida.
5º Filtração mechanica: Para a filtração do jus emprega-se filtros mecanicos de Filippe ou outros de 20 quadros Serie: são
necessarios 3, sendo 2 em trabalho e um em limpeza. O jus sahido dos filtros mechanicos deve ser o mais puro possivel,
brilhante e claro. O seu estado deve ser neutro ao papel de tornesol sensivel, devendo deminuir-se ou augmentar-se a cal na
bateria, no caso de mostrar alcalino ou acido.
6º Evaporação: O jus sahido dos filtros mechanicos cai directamente n’um pequeno deposito que está em commonicação
com a bomba de alimentação do Multiplo-effecte a qual injecta-o directamente n’elle. A evaporação é levada até á
densidade de 23º a 25º Baumé [.] Esta densidade não deve ser excedida em vista da sulfitação que se tem de fazer no
xarope, que sendo muito denso é difficil de sulfitar. Um Quadruple-effect para a evaporação do jus de diffusão
correspondente a 130 a 150 mil kilogramas de canna deve ter a superfice minima de evaporação de 200 metros quadrados.
A quantidade de jus de diffusão de 150 mil kilogramas da canna é pouco mais ou menos de 1400 hectolitros a 5,8 densidade
(= 8º Baumé) em 24 horas.
7º Sulfitação do xarope: O xarope sahido do Multiplo-effecto vai ao sulfitador para ser sulfitado até que a reação pelo papel
do tournesol sensivel mostre uma acidez bem determinada [.] O xarope depois de sulfitado é levado á temperatura de ebulição
fazendo-o ferver por alguns instantes.
8º Filtração mechanica dos xaropes: Para a filtração dos xaropes emprega-se tambem filtros mechanico [sic] eguaes aos da
garapa que para a quantidade acima de canna devem ser de 14 quadros; 2 filtros um em trabalho e outro em limpeza são
sufficientes, desde o momento que o xarope estaja bem quente. //
[37] 9º Cosimento dos xaropes e formação da massa cosida 1º jet:
Os xaropes são tratados n’uma caldeira de coser no vaco cuja capacidade para 150 mil kilogramas de canna deve ser de 100
hectolitros uteis, para poder fazer a introducção do egoût riche na caldeira. Feito o primeiro cosimento virgem (sô em xarope)
é passado uns 30 a 35 hectolitros d’esta massa cosida para o Melaxeur fermée e continua-se depois a alimentação com o xarope
da massa cosida virgem como o do melaxeur fermé.
10º Melaxeur fermé: O melaxeur no vaco que recebeu os 30 a 35 hectolitros de massa virgem é alimentado primeiro com o
egoût pauvre da massa virgem e depois com o egout pauvre do melaxeur no caso de poder levar. A capacidade d’este melaxeur
para 150 mil kilogramas de canna deve ser de 150 hectolitros de capacidade total.
111
11º Arrefecimento das massas cosidas: Para o arrefecimento das massas cosidas emprega-se 2 melaxeurs ouverts com a
capacidade util de 120 hectolitros. Devemos ter um deposito superior a estes melaxeurs com melaço ou egout pauvre do
melaxeur fermé aquecido a 70º centigrados e com uma densidade de 35º Baumé.
Este melaço serve para deitar nos melaxeur [sic] para tornar a massa cosida bem fluida, de forma a ser facil a turbinagem.
Esta massa pode ser turbinada 7 a 8 horas depois de cahir, mas sempre de forma a não atrapalhar o trabalho dos cosimentos.
12º Turbinagem: As massas cosidas são turbinadas em qualquer turbina, mas as turbinas systema Weston com movimento
a agua são as melhores sendo 3 o sofficiente para o trabalho de 150 a 200 mil kilogramas de canna. Deve haver todo o cuidado
com a separação dos egoûts.
111 Na margem interior, grafadas na vertical, temos as seguintes palavras: «Podemos ter 3 melaxeurs de 75 hectolitros uteis.».
75
13º Cosimentos de 2º jet: Todos os egoûts pauvres do melaxeur, que não é empregado na fabricação, são cosidos como 2º
jet e deitados em pocos[sic] uns sobre os outros para mais tarde serem turbinados. Devemos fazer uma lequidação de todos os
egouts de 8 em 8 dias fazendo cosimentos de 2º jet. A capacidade d’esta caldeira para o trabalho de 150 a 200 mil kilogramas
de canna pode ser de 50 a 60 hectolitros uteis. //
112 Na margem dianteira da página temos as seguintes palavras: «bagaço e capsula pezados juntos».
113 Maxim Buisson.
76
[40] Analyse para determinar a alcalinidade no leite de cal e nas garapas ou jus alcalinos
1º Licor alcalimetrico: Peza-se exactamente 35 gramas d’acido sulfurico monohydratado puro (66º Baumé) e deita-se em
uma garrafa de 1000 centimetros cubicos e completa-se com agua destillada até ao traço á temperatura de 15º.
O licor assim preparado não é perfeitamente exacto mas pode servir para controlar. Pode-se deitar no licor antes de
completar os 1000 centimetros cubicos uma solucção de acido rosalico, o que evita de o deitar este indicador ou outro qualquer
no liquido que se quer controlar.
Este licor dá exactamente pelos centimetros cubicos empregados a quantidade de grammas em cal por litro: Por ex: se
empregamos 9 centimetros cubicos quer dizer que o liquido analysado contem 9 gramas de cal por litro.
2º Licor para determinar a alcalinidade nas garapas alcalinas e nos xaropes: Toma-se exactamente 100 centimetros cubicos
do licor precedente, introduz-se em um balão de 1000 centimetros cubicos, e completa-se com agua destillada até ao traço.
Pode-se tambem juntar antes de completar os 1000 centimetros cubicos e o acido rozalico. Para as garapas emprega-se sempre
o segundo licor [.] Toma-se 20 centimetros cubicos do liquido a analysar deita-se em um copo de ensaio. Deita-se na burette o
licor acido e junta-se pouco a pouco; com o licor a acido rozalico o liquido torna-se corado primeiro, e volta pouco a pouco á
cor enecial; para-se a addição do licor a este tempo:
Com o 1º licor; se se empregou por ex: 1,5 centimetros cubicos de licor diz-se que a alcalinidade é de 0,15 gramas. Com
effeito 0,1 centimetros cubicos de licor corresponde a 0,002 de cal, por conseguinte;
Com o 2º licor; se se empregou 1,5 centimetros cubicos quer dizer que a garapa ou xarope contem 0,015 gramas de cal. //
[41] Dosagem dos Assucares reductores pelo Methodo iodometrico Por Monsieur Maxime Buisson
1º – Tomar com uma pipetta 50 centimetros cubicos da solucção defecada, para a analyse da saccarose.
2º – Deitar em um balão de medida de 100 centimetros cubicos
3º – Juntar-lhe 30 centimetros cubicos pouco mais ou menos de solucção saturada de sulfato de soda.
4º – Completar com agua destillada o volume de 100 centimetros cubicos
5º – Juntar-lhe uma pequena quantidade de Kieslghur, agitar vigorosamente o contiudo do balão.
6º – Deitar o liquido sobre um filtro secco e recolher o liquido claro em um vaso secco.
7º – Em um balão de 100 centimetros cubicos deitar 20 centimetros cubicos de licor de Violette.
8º – Juntar-lhe 5, 10, 20 do liquido assucarado obtido em 6º (a quantidade de liquido a tomar varia com a riqueza presumida
em reductores)
9º – Juntar agua destillada para ter 50 centimetros cubicos de liquido pouco mais ou menos
10º – Meter o ballão em um banho-maria fervendo durante 10 minutos.
11º – Este tempo obtido retirar do banho-maria, e juntar-lhe agua destillada fria á pouco tempo fervida até ao traço e
arrefecer durante 10 minutos.
12º – Completar o volume de 100 centimetros cubicos
13º – Mesturar por retournement e deitar em um dublo filtro secco.
14º – Receber o liquido em um vaso secco.
15º – Tomar 25 centimetros cubicos do licor azul deitar em uma garrafa de pouco mais ou menos 150 centimetros cubicos.
16º Juntar pouco mais ou menos 3 centimetros cubicos d’acido chlorhydrico desfeito ao meio, mesturar com um movimento
giratorio o liquido o qual toma uma cor verde esmeralda. segue //
[42] 17º – Juntar 5 centimetros cubicos de solucção d’ioduro de zinco a 20% e mesturar.
18º – No liquido colurido em amarello vermelho juntar a solucção titulada de hyposulfito de soda até que a coluração tenha
quasi desaparecido
19º Juntar 1 a 2 centimetros cubicos de solucção de amido, o liquido toma uma coloração de azul escuro.
20º Continuar a addição d’hyposulfito de soda em pequenas quantidades (gota a gota) mantendo o liquido em continua
agitação.
Logo que a coloração tem desaparecido fecha-se a garrafa, agita-se vivamente. Se a coloração azul reaparesse é que a
addição do hyposulfito foi feita com cuidado[.] Junta-se novamente uma ou duas gotas do hyposulfito e mestura-se fortemente;
a coloração deve desaparecer.
21º – Fazer a leitura da bureta
22º – A decoloração do liquido deve presistir pelo menos dois minutos
77
Para aplicar o methodo iodometrico á dosagem dos assucares reductores é necessario o seguinte:
1º Uma solucção d’hyposulfito de soda puro em agua destillada recentemente fervida.
= N prepara-se dessolvendo 12,382 gramas d’hyposulfito de soda na dita
20
agua. Assim preparada conserva-se ao abrigo de um luz [sic] viva; conserva-se por muito tempo o seu titulo.
2º Uma solucção de ioduro de potassium contendo 10 gramas de sal em 100 centimetros cubicos d’agua.
O ioduro de potassium empregado deve ser exempto d’iodato e de carbonato.
3º Acido chlorhydrico desolvido contendo 100 centimetros cubicos d’acido ouro fumante por litro de solucção
4º – Uma solucção d’empois d’amido, obtido fazendo ferver durante 25 minutos 3 a 4 gramas de bella fecula de cemilha
(batata), 0,5 gramas d’acido salycilico e 150 centimetros cubicos d’agua destillada. A solucção operada desolve-se até 300
centimetros cubicos, filtra-se depois de arrefeçer. Esta solucção conserva-se muito tempo sem // [43] alteração
5º Licor de Violette preparado com cuidado – 20 centimetros cubicos enserra por conseguinte 0,23194 gramas d’oxydo de
cobre
Deve-se principiar por establecer o titulo da solucção d’hyposulfito de soda em comparação á solucção do sulfato de cobre
(licor de Violette), chega-se a esse resultado deitando em um ballão de 100 centimetros cubicos, 20 centimetros cubicos do licor
de Violette e completar o volume com agua destillada.
Em uma garrafa de boca larga com tampa esmerilada de 200 centimetros cubicos pouco mais ou menos, deita-se 20
centimetros cubicos da solucção cuprica dessolvida que se satura em seguida com o acido chlorhydrico disolvido, tomando a
percucção[sic] de o deitar gota a gota de maneira a não passar senão legeiramente o ponto exacto da saturação. (É-nos presiso
para chegar a este resultado 3 centimetros cubicos d’acido dessolvido). Junta-se em seguida 10 centimetros cubicos d’ioduro
de potassium; fecha-se a garrafa, mestura-se, e deixa-se em reposo durante 10 minutos. Percipita-se o ioduro cuprico e o iode
posto em liberdade fica em solucção. = 2 CuO SOº[sic] + 2K4[?] = 2 KO, SO3 x Cu21 + 1 [?] [.] Junta-se 1 ou 2 centimetros
cubicos da solucção d’amido, e com uma buretta estreita graduada em 1/10 centimetro cubico a solucção d’hyposulfito de soda
até á decoloração. Perto do fim da opperação é necessario deitar o hyposulfito gouta a gouta e depois de cada addição sacudir
vigurosamente a garrafa, de maneira que a derradeira gouta junta, fassa desaparecer a côr azul do ioduro d’amido.
O numero de centimetros cubicos d’hyposulfato de soda deitados seja 11,65 centimetros cubicos correspondentes a 20
centimetros cubicos e por 100 representando 20 centimetros cubicos de lecor de Violitte tem:
11.65 x 5 = 58,25 centimetros cubicos
Os quaes são equivalentes a 0.23194 d’oxido de cobre d’onde 1 centimetro cubico NaO S2 O2 = 0,23194 = 0,0039818
d’oxido de // [44] cobre. 58,25
A cellulose do pepel do feltro tem a propriadade de se combinar com o oxydo de cobre formando um composto insoluvel,
e necessario determinar a quantedade de CuO ahi retido a cada ensaio. Temos achado em um caso 28 centimetros cubicos de
hyposulfito, seja para os 100 centimetros cubicos.
28,02 x 2 = 56,0 centimetros cubicos
Empregamos ...................................................0,23194 gramas de CuO
Nos achamos 0,0039818 CuO x 56,0.............0.22298
O papel de filtrar tem pois retido ...................0.00896
Esta quantidade será pois necessario juntar em todos os ensaios ao peso do oxydo de cobre achado depois da reducção para
obter o oxydo de cobre ficado em solucção.
Dosagem dos assucares reductores nos productos coloridos:
Como exemplo damos uma analyse d’um melaço:
Tatamos[sic] 10 centimetros cubicos d’uma solucção de melaço a 20 por 100 por 20 centimetros cubicos de licôr de Violette
(= 0,23194 CuO) e 20 centimetros cubicos d’agua ao banho maria aquecido a 85-88 durante 10 minutos, depois do
arrefecimento completar 100 centimetros cubicos.
A titulagem foi operada sobre 50 centimetros cubicos e emplegou-se[sic] 22 centimetros cubicos. 2 de hyposulfito de soda
para obter a decoloração do ioduro d’amido e por 100 centimetros cubicos era necessario:
22,2 centimetros cubicos x 2 = 44,4 centimetros cubicos que representa 44,4 x 0,0039818 CuO = 0,17679 CuO
Os 20 centimetros cubicos de licor cuprico representão.............0,23194 CuO
Nos achamos no licor .................................................................0,17679
O filtro reteve ..............................................................................0,00896
78
Percipitou n’esse caso 0,18575
0,04619
Os reductores contados em assucar invertido corresponde a
0,04619 x 0,4538 = 0,02096
Como nos operamos sobre 10 centimetros cubicos de solucção representando 2 gramas de melaço,
este conterá por 100 0,02096 x 100 = 1,048
2 //
[46] Analyse dos assucares infermenticiveis nos vinhos ou vinhaças dos melaços ou outros.
Não temos nada de particular a assignalar para a analyse de estes productos e á determinação da glucose ou dos reductores
restantes. Deve-se considerar estes productos como liquidos fracos mas deve-se sempre executar a duzagem do reductor sobre
o producto defecado pelo subacetato de chumbo.
Este producto defecado examinado ao saccarometro não deve mostrar grau á direita a que quereria dizer que continha
saccarose por inverter.
Dosagem de glucose ou invertidos contido no licor: Introdus-se por meio de uma pipeta de medida, duas vezes 50
centimetros cubicos do liquido a analysar, na garrafa de 200 centimetros cubicos, depois 10 centimetros cubicos pouco mais ou
menos de subacetato de chumbo, e completa-se o volume de 200 centimetros cubicos, pela agua destillada. Agita-se, e filtra-se
em uma garrafa secca. Introduz-se 50 centimetros cubicos de este liquido claro em uma garrafa de 100 centimetros cubicos, e
precipita-se o chumbo em excesso por meio da solucção de sulfato de soda junta em quantidade suficiente. O volume será
levado a 100 centimetros cubicos pela addição d’agua. Faz-se a analyse sobre o licor cuprico, e ter-se-ha o cuidado de
quadruplicar o resultado obtido em rasão de diluição do licor primitivo.
Como é necessario n’estes casos quantidades consideraveis de liquido assucarado para effectuar a reducção de 10
centimetros cubicos de licor cuprico, os liquidos serão tão diluidos que não será possivel nem apreciar as differenças de
modança de côr, nem destinguir se se forma ou não percipitado a superfice.
É preferivel opperar sobre 5 centimetros cubicos de licor cuprico, ou sobre 2 centimetros cubicos ou sobre 1 centimetro
cubico. N’este caso tomar-se-ha a metade ou 1/5 ou 1/10 das indicações fornecidas pela tabua IV de Violette.
Para o calculo da quantidade de invertidos não fermentados, como devemos saber cada hectolitro de vinho quanto contem
em melaço podemos deduzir d’ahi a quantidade de assucar que foi transformado em acidos pelas bactiras[sic] e do alcool pela
evaporação, do liquido em fermentação. //
79
[47] Tabua indicando a quantidade de melaço <de beterraba> a 1400 densidade (41,4 Baumé) contido em um hectolitro de
mestura preparada para destillação. Esta tabua é feita sem contar a contração nem a influencia de temperatura
Densidade Baumé Quantidade de Quantidade de
melaço por 100 Densidade Baumé melaço por 100
litros de mestura litros de mestura
1028 4º 9,800 kilogramas 1048 6 3/4 16,800 kilogramas
1029 4,1 10,150 1049 6,85 17,800
1030 4,3 10,500 1050 7 17,150
1031 4,5 10,850 1051 7,1 17,500
1032 4,6 11,200 1052 71/4 18,200
1033 4 3/4 11,550 1053 7,35 18,550
1034 4,85 11,900 1054 7,5 18,900
1035 5 12,250 1055 7,65 19,250
1036 5,1 12,600 1056 7,85 19,600
1037 5 1/4 12,950 1057 7,9 19,950
1038 5,4 13,300 1058 8 20,300
1039 5,6 13,650 1059 8,2 20,650
1040 5 3/4 14,000 1060 8,3 21,000
1041 5,8 14,350 1061 8,5 21,350
1042 6 14,700 1062 8,6 21,700
1043 6,1 15,050 1063 8,7 22,050
1044 6 1/4 15,400 1064 8,8 22,400
1045 6,35 15,750 1065 9, 22,750
1046 6,5 16,100 1066 9,1 23,100
1047 6,65 16,450 1067 9,2 23,450
Vede tabella completa no tratado sobre alcool de Legier Tomo I pag. 696.
Para o melaço de canna cuja densidade seja 1370 <a 1735> deu uma defferença a menos na media no Lote Nº 21 de 1903
conforme o pezo do melaço empregado 300 gramas por hectolitro
Como regra empirica e como o grau Beaumé do melaço de canna não se afasta muito de 40º Baumé pode-se sem
inconveniente servir-se do coefficiente devedindo o grau fraço[sic] Baumé do mosto por 40 Baumé dá x 100, o pezo do melaço
por Hectolitro. //
[48] Tábua Para o calculo dos rendimentos em alcool dos mostos de melaço Beterraba segundo a baixa de grau
80
[49] Analyse da saccarose não invertida contida no mosto e nos vinhos fermentados de melaço ou outros liquidosturvos:
Toma-se 100 centimetros cubicos do liquido que se deita em uma garrafa de 200 centimetros cubicos junta-se-lhe 25 a 50
centimetros cubicos de permanganato saturado conforme a cor mais ou menos escura do liquido. Depois de feita a reação junta-
se 10 centimetros cubicos pouco mais ou menos de subacetato de chumbo neutralisado, completa-se os 200 centimetros cubicos
até ao traço com agua destillada. Filtra-se, e o liquido claro enche-se um tubo de 200 milimetros. Polarisa-se o mais exactamente
possivel, e o numero lido visto na tabella de M. Buisson114, bulletin115 Nº 4 outubro 1900 pag. 200, multiplicado por 2 dá a
saccarose por 100 centimetros cubicos ou 100 litros.
Este mesmo liquido filtrado pode servir para a analyse da glucose, como mais atrás esplica. [Ass:] Ferraz
Conciderações sobre a esterilisação do melaço no apparelho Barbet, e rendimento de um melaço de Demerára,e analyses
do melaço, mosto, e vinho fermentado.
Analyse do melaço – saccarose – 36,73%
– glucose – 19,96%
} soma total = 56,69%
Vê-se pela analyse que se segue do mosto de melaço a 6º Baumé, que a esterelisação (denitragem) inverteu uma grande
porção da saccarose, dando o resultado de mostrar pouca saccarose e grande quantidade de glucose:
Analyse do mosto de melaço a 6º Baumé esterelisado no apparelho Barbet com uma acidez de 0,88 gramas por litro:
saccarose ——————1,954 kilogramas por hectolitro
glucose———————-6,380 “ “ = total 8,334 kilogramas por hectolitro
Fazendo o calculo pela percentagem do melaço acima vê-se que o trabalho da fermentação foi bom. Sabe-se que melaço
dissolvido a 6º Baumé representa 14,700 kilogramas de melaço normal; ora a soma da saccarose e glucose d’este melaço % é
56,69 que em 14,700 kilogramas = 8,333 kilogramas, e a soma das duas analyses de saccarose e glucose do mosto é
exactamente 8,334 kilogramas:
O rendimento provavel d’este pelaço[sic] por hectolitro será:
1,954 kilogramas de saccarose ao rendimento
de 60 litros d’alcool por 100 kilogramas = 1,17 litro
6,030 kilogramas de glucose dito
de 57 dito dito 3,42
Infermenticiveis deixados no vinho 0,350
Kilogramas por 100 litros 4,59 = 1,257 gallão
segue //
[50] Conforme os resultados praticos obtidos com este mesmo melaço no Inventario Nº 21 de 1903 o rendimento real por
hectolitro de mosto de melaço com uma paragem media de 1º Baumé foi de 1,357 gallões a 100º; este mosto mostrou na media
6,17º Baumé
Varias analyses do vinho de melaço com paragem de 1º a 1 1/4º Baumé mostrou sempre 0, de saccarose e 0,350 kilogramas
a 0,443 kilogramas de glucose por hectolitro.
D’este mesmo melaco[sic] –
Iª Fiz uma analyse qualitativa do vinho ainda com fermentação de uma cuba cuja densidade inecial foi de 6 1/2 Baumé e
com uma acidez inecial de 0,8 gramas por litro completa no dia 15 janeiro 1904 e e [sic] analysada no dia 18 (Inventario Nº
1 – 1904) que mostrou o seguinte:
Densidade –– 1 1/4º Baumé – acidez 1,93 gramas por litro
Saccarose —————— 0,422 kilogramas por 100 litros de vinho
Glucose ——————— 0,516 dito dito
2ª Fiz outra analyse qualitativa do vinho ainda com fermentação de uma cuba densidade inecial foi de 6 3/8 Baumé e com
uma acidez inecial de 1 grama por litro completa no dia 17 de Janeiro 1904 e analysada no dia 19 (Inventario Nº – 1 – 1904)
que mostrou o seguinte:
Densidade –– 1 3/8 Baumé – acidez 1,75 gramas por litro
saccarose ——————- 0,422 kilogramas por 100 litros de vinho
Glucose ———————- 0,516 dito dito
81
Nota: Estas fermentações foram feitos com fermento Alemão secco, abituado ao acido fluorhydrico sendo a 1ª analyse da
2ª cuba depois de pronto o fermento e a 2ª analyse da 8 [sic] cubas, isto é, dois dias depois.
Iª Fiz a analyse qualitativa e quantitativa do vinho com fermentação completa d’este mesmo numero acima cujo grau de
paragem foi 1 Baumé acidez, 1,85 gramas por litro destillado no dia 20 e analysado que mostrou:
saccarose ———————— 0,
Glucose ————————- 0,420 kilogramas por 100 litros vinho
2ª Fiz a analyse qualitativa e quantitativa do vinho com fermentação completa d’este mesmo numero acima cujo grau de
paragem foi 1 Baumé acidez 1,5 gramas por litro destillada no dia 22 e analysada que mostrou
saccarose ..................... 0,032 kilograma por 100 litros de vinho
Glucose ....................... 0,420 “ “ “ //
82
Este costume progressivo da levadura ao acido fluorhydrico demanda pouco mais ou menos 15 dias; mas é bem raro que
um microbio, um fermento acetico ou um microbio putrido resista a este tratamento que não mata a levadura se se guarda bem
as doses de acido empregadas.
Procedendo-se em seguida á operação inversa, quer dizer á fermentação em mostos de menos a menos ricos em fluoruros,
e arejando as fermentação [sic] com ar esterelisado, provoca-se a reproducção de esta levadura primitiva.
Com este processo e quasi sem laboratorio especial, é raro não tirar bons resultados em aporar essas levaduras, não
sentificamente, mas de modo mais que soficiente para a pratica das fermentações.
Tendo o cuidado de não reduzir a quantidade de fluoruro a zero, pode-se facilmente gordar por muito tempo estas levaduras
assim preparadas e apuradas, e servir-se d’ellas para pés de cuba.
Para melhor explicação d’este processo de fermentação vide o tratado de E. Legier de fabricação do alcool tomo 2º pag.
410 e seguintes. segue //
[54] Com o acido fluorhydrico do commercio a 18º Baumé dessolvendo 9 kilogramas d’acido em 400 litros d’agua temos
uma proporção de 22 gramas por litro d’esta solucção. Ora para a selecção por meio dos anticepticos (fluorhydrico) deveremos
principiar pela dose minima de 5 miligramma [sic] por litro, será melhor n’esse caso, dissolver a solucção acima no dobro, isto
é de um litro fazer 2 litros ficando com 11 gramas por litro; n’esse caso para se retirar 5 milligrammas, temos que tomar somente
1
/2 centimetro cubico de solucção de 11 gramas por litro, e ir augmentando gradualmente 2 milligrammas por cada operação até
á dose de 10 milligrammas por litro
Calculo do combustivel gasto em 1907 – Rehentrado dos petit eaux, ficando o bagaço com a media de 1,7 kilogramas
assucar % bagaço Data das esperiencias (semanas)
Semana 2 a 8 abril – Carvão 50758 – Assucar 101520 = Carvão por 500 kilogramas
kilogramas 1 jet
er
kilogramas tonelada assucar
Dito 8 a 16 “ – dito 64677 – dito 103093 = dito 627 “
Dito 16 a 22 “ – dito 48427 – dito 98852 = dito 490 “
Dito 22 a 30 “ – dito 70848 – dito 105800 = dito 669 “
Dito 1 a 6 maio – dito 62910 – dito 88690 = dito 709 “
Com bagaço de 50 a 55% d’agua é egual a 4,17 kilogramas de bagaço para 1 kilograma de carvão
“ “ 30 a 35% “ “ a 2,82 “ “ “ “
Ora 100 kilogramas de canna (com 12% de fibra) dá com 50 a 55% d’agua 30 kilogramas de bagaço
“ “ “ “ “ 30 a 35% “ 24 kilogramas “ //
[55] Calculo do combustivel gasto (carvão) em 1905 com a fabricação d’assucar de canna pela diffusão do bagaço
Fabricando-se por dia 150 toneladas de canna em 24 horas: Carvão gasto por tonelada d’assucar 1er jet –– 808 kilogramas. Em
1907 431 kilogramas Comparado com:
Em Cuba em 1892 com uma esperiencia da diffusão directa da canna em cossetes, trabalhando por dia 500 toneladas de
canna em 24 horas o gasto de carvão foi de 740 kilogramas por tonelada d’assucar 1er jet.
Novembro 1905 Capacidade do Quadruple-effet da Fabrica do Torreão, em superfice de evaporação em metros quadrados.
metros quadrados
116
1ª caixa evaporadora – 171 tubos = 28,899 Reunidos em uma sô com
2ª “ “ – 265 “ = 44,785 73,684 metros quadrados = 27%
3ª “ “ – 316 “ = 53,444 mais que o Nº 3
4ª “ “ – 387 “ = 65,403
Totaes 1139 192,491 metros quadrados
Num Quadruple-effet com prelevement a theoria dá 15 hectolitros de jus de deffusão evaporado por metro quadrado de
surface de chaufe, mas na pratica sô contamos com 10 hectolitros por metro quadrado em 24 horas
canna a 12% assucar
Rendimento da canna em alcool pela diffusão no anno 1904 por 100 kilogramas canna = 1,874 gallões a 100 a 15
temperatura = 1,950 gallões em 40º = 2,734 gallões em 26º = e 2,544 gallões em 28º
Em 1903 o rendimento real foi de 1,83 gallão a 100 a 15 temperatura por 100 kilogramas canna
Um bom alimentador <de carvão> de caldeiras de vapor esperimentado na Fabrica Hinton em 11-12-1905 é o alimentador
de carvão de Bennis-Bolton, mas somente quando essa caldeira seja empregada para o trabalho regular de uma machina de
vapor, porque pela experiencias [sic] feitas vê-se que a superfice da grelha não está em relação á capacidade da caldeira, isto é,
116 Nota na medianiz da página, escrita na vertical: «Em um Quadruple effet com prelevement na 1ª, a defferença de superfice de evaporação a mais na
primeira com relação à 2ª é de 70%».
83
a caldeira deve produzir mais vapor com uma grelha ordinaria com superfice em relação a superfice de evaporação117 //
[57] –– Alcool
O quadro seguinte resume os caracteres por que se pode conhecer qual a proveniencia do alcool, pelo que respeita ás
materias primas mais habitualmente empregadas.
Reagentes Côr alcool de
Ammoniaco, baryta e
estronciana, a frio -------- Amarello Vinho, bagaço de uva, melaço
Potassa, a quente e a frio Dito Vinho, melaço
a frio Nada Vinho
Carbonato de potassio
{ a quente e frio Amarello Melaço
Sulfureto d’ammonio, a frio Leitoso Bagaço de uva
Azotato mercurioso, o
percipitado branco torna-se, a frio Azul Dito dito
a quente e frio Amarello Vinho, melaço
Azotato mercurioso
{ a frio
a quente
Azul
Amarello
Milho
Milho
Azotato mercurioso, a frio Esbranquiçado Dito
“ “ “ Turvo Vinho
Amarello Dito
117 Sobre as palavras deste último período escreveu o autor, ligeiramente na diagonal, em letra de corpo maior do que a do restante texto e usando lápis de
cor vermelha, a seguinte frase: «Reprovado para Fabrica de assucar».
84
[58] 1904 para 1905 Carta de Monsieur Naudet118 a João Higino Ferraz.
Notas sobre a nova forma de Trabalho da diffusão Systema “Naudet”
––– º –––
Modificações a fazer para a laboração de 1905:
1º O jus do forçage á sua sahida do diffusor, em logar de hir ao deposito compensador, deve hir ao fundo do depozito de
meichagem (um tubo a modar).
2º O jus, que vai a bomba, é tomado do deposito de meichagem, por consequencia o fundo do deposito de meichagem deve
ser comunicado aos tamis que são unidos á bomba, o compensador supprimido.
3º O tubo, que sai dos rechaufeurs, vai aos deffusores em forçage, mas é necessario tambem que os jus quentes tornem ao
deposito de meichagem: N’esse caso, á sahida dos rechauffeurs, um tubo especial (não o antigo que commonica com a entrada
da garapa) traz o liquido para o deposito de meichagem, este tubo é monido d’uma torneira I, da qual veremos o emprego a seu
tempo
4º Os rechauffeurs são aquecidos com o vapor do 1º corpo do triple-effet em logar do vapor exausto das machinas.
5º Um thermometro deve ser colocado no tubo de retour de forçage, antes da sua entrada no deposito de meichagem.
6º Uma torneira X reguladora deve ser colocada no tubo de soutirage, antes da entrada para os depositos de medida e de
meichagem.
7º A garapa entra no deffusor, vindo da sulfitação, e não no deposito de meichagem.
8º O deposito de meichagem está sempre com 15 hectolitros a fim de meichar.
A meichagem não commeça a ser effectuada, depois da entrada da garapa, senão quando o depozito contem 21 ou 22
hectolitros, de maneira que o nivel no deposito de meichagem, não desça a menos de 14 hectolitros e que elle tenha que esperar
pouco para a modança de deffusor.
Emquanto que o diffusor 4, por exemplo, está em circula-//[59]ção forçada, o diffusor 3, que contem o jus perfeitamente
trabalhado, é soutirado alternativamente para os depositos de medida e de meichagem.
No anno passado, em vista da montagem, a circulação forçada e a circulação no depozito de meichagem eram feitas
successivamente; este anno, graças á torneira I e á montagem nova, são feitas simultaniamente, a circulação forçada é feita
lentamente, de maneira que no fim o jus, vá ao deposito de meichagem, e passando pelo novo thermometro, indique 95º pouco
mais ou menos. Com effeito, durante a circulação forçada, o jus quente são [sic] os primeiros, depois o jus frio, vindo da garapa
fria, depois emfim o jus se reaquece progressivamente, devendo chegar ao seu maximo de temperatura quer dizer entre 92 a 95º
a fim de souterar.
Se nos fazemos 5 diffusores <por> hora, cada operação durará pois 12 minutos, é necessario pois que a circulação estaja
terminada somente depois de 12 minutos. Ora se o thermometro novo sobre[sic] a 92 a 95º antes do fim dos 12 minutos, é
porque há muita circulação; nesse caso abre-se I; se, ao contrario, esta temperatura não é attingida n’este tempo, é porque I está
muito aberta. O habrir e o fechar de esta torneira deve ser feita muito pouco a cada operação; assim, ao fim de alguns deffusores,
ella estará regulada; se, alem d’isso, a temperatura não é attingida, é inutil de modar a posição da torneira, a circulação é
demorada porque os tamis estão cheios de bagaço, é suficiente modar o tamis. O thermometro novo é uma preciosa indicação
para a modança de tamis, deve ser consultado de tempos a tempos.
Esta circulação, muito quente, feita mais devagar, dá jus muito mais claros; é suficiente pois habrir para o deposito de
meichagem os 2 ou 3 primeiros hectolitros, que são os unicos que não poderam estar muito perfeitos. //
[60] Em seguida tirar-se-ha, os 12 1/2 Hectolitros para o deposito de medida, depois no deposito de meichagem para retirar
o resto do jus necessario á meichagem do diffusor 5.
É necessario uma torneira X; para que os chefes de bateria não tenham de regular as torneiras dos medidores e do deposito
de meichagem para tirar mais ou menos rapidamente; regolar-se-ha X e abrir-se-ha as outras torneiras da forma que se quiser,
d’esta forma a soutiragem será mais ou menos a mesma volucidade.
Fazendo assim; o jus, que corre no deposito de medida e que é o todo do liquido contido no diffusor que acabou de circular,
está perfeitamente apurado, defecado, e filtrado; esta ultima qualidade é devido á velocidade muito lenta do jus sobre o bagaço.
Com efeito, um diffusor de 25 Hectolitros é meichado com 8 1/2 Hectolitros de garapa e 10 1/2 Hectolitros pouco mais ou
menos de jus de meichagem, seja 19 Hectolitros, elle não contem senão 19 Hectolitros de jus muito puro, e ainda, não se pode
extrahir pela perção da agua senão 14 a 15 Hectolitros de jus real, a mestura faz-se muito depressa; ora, se nos retiramos para
deposito de meichagem os 10 primeiros hectolitros de jus, nos retiramos para o deposito de medida, sobretudo indo depressa e
118 León Naudet.
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inrregularmente, jus mesturado e contendo uma parte de jus puro e uma outra parte de jus da bateria muito denso mas não
defecado, em uma palavra, sobre os 12 1/2 Hectolitros a soutirar, d’onde 8 1/2 somente provem da garapa e os 4 da bateria, tirava-
se sempre, no ultimo anno (1904), estes 4 hectolitros sem os ter circulado nem defecado antes no deposito de meichagem.
Au[sic] contrario, se nos enviamos os 2 primeiros hectolitros ao deposito de meichagem, por causa dos depositos de borras
ou jus turvo nos tubos, (se estes 2 primeiros hectolitros são turvos, ao contrario não val a pena); em seguida, os 12 hectolitros
seguintes aos depositos de medida e o resto do de meichagem; nos não fornecemos ao deposito de medida que sobre os 14
Hectolitros // [61] sobre os 19 que contem o diffusor, e marchando sem acoup, é quasi certo que nenhuma parte do jus de
diffusão precedente será mesturado com o bom jus; ao contrario, os 8 Hectolitros, enviados ao deposito de meichagem, seram
uma mestura de jus puro e de jus não defecado; sendo enviados ao deposito de meichagem, elle será defecado com a garapa,
mesme[sic] ressentirá em parte a acção da sulfitação por contacto com a garapa acida, empregada na meichagem.
Tenho a certeza que a marcha não será tão boa pelo antigo processo como com este novo. E pois util de suprimil’o.
Vamos ver contudo o que se passa durante a forçagem do diffusor; o diffusor é cheio de bagaço frio e a garapa sulfitada
proveniente, seja de 1200 kilogramas de canna; depois, ajunta-se 11 a 12 Hectolitros de jus quente; esta entrada do derradeiro
jus faz-se abrindo a torneira azul A depois que a torneira da garapa esta fechada; a meichagem faz se muito rapidamente, e fica
acabada em alguns segundos; como causa de esta velocidade, o bagaço e a garapa são levantados e um legeira mestura se faz.
Quando a forçagem começa, o deposito de meichage contem 15 Hectolitros minimum; o mais que se possa ter no minimo
d’este deposito será melhor; mas não é persiso ter mais 15 para o mise en route. Então o jus sahindo do diffusor mestura-se ao
jus quente do deposito de meichagem e ao jus que vem dos rechaufeurs; quando o jus frio chega, seja depois de 3 ou 4 minutos,
deitar a quantidade de cal necessaria á defecação; este jus frio é em seguida mesturado ao jus quente e a temperatura do jus no
deposito de meichagem varia extremamente pouco; como é n’este deposito que a bomba de circulação aspira, o jus chega aos
rechaufeurs, quasi sempre á mesma temperatura entre 80 a 85º.
Como o vapor empregado n’estes rechaufeurs é de 102 a 103º, como a velocidade do jus é muito grande n’estes // [62]
rechaufeurs e sempre regular, o jus sahi dos rechaufeurs quasi sempre no mesmo ponto, a um ou dois graus de diferença; não
é pois necessario marchando regularmente abrir ou fechar as torneiras de vapor, que seram simplesmente tocadas[sic] de tempos
a tempos.
Segundo a minha explicação, o jus frio não succede ao jus quente no Rechaufeurs [sic], e resulta d’isto, que no anno passado,
abria-se bruscamente as torneiras de vapor, tomando muito vapor d’uma sô vez, e o apparelho d’evaporação faltava-lhe vapor,
dois minutos depois, havia de mais, e o vapor era deitado para fora (teto).
Este modo de trabalhar, bem seguido, terá pois a vantagem de regularisar o apparelho de evaporação, que trabalhará assim
muito melhor e muito mais depressa.
Nos temos visto que a garapa fria acida, emporrada pelo jus quente, vai ao deposito de meichagem receber a cal para a
defecação; a preção de entrada de jus quente é regular, o jus filtrará antes de sofrer a acção da cal, o que será uma seria
vantagem.
Não temos a temer por esta forma as inregularidades do compensador, que se despejava quando os tamis se tapavam, o que
resultava que se tirava mais de um diffusor que d’um outro, o que fazia vir o jus legeiro no principio, dando causa n’esse caso,
a um mau exaustamento do assucar, por isso não é methodico.
Tenho a certeza, que o trabalho assim conduzido é perfeito no seu todo, tudo foi bem pesado exactamente no seu valor, cada
modificação foi seriamente pensada, e deve resultar entre outras cousas:
Uma enorme regularidade de marcha
Um exaustamento (epuisement) excelente
Um aquecimento constante influenciando sobre a evaporação
Uma marcha muito mais rapida
Jus bem trabalhados, muito puros, e muitos claros. //
[63] Processo Barbet da apperciação da pureza do alcool ou aguardente pelo permanganato de potassa
O processo reposa sobre o emprego do permanganato de potassa pela decoloração do alcool durante um certo tempo nas
condições seguintes:
Faz-se uma dissolução de 0,100 gramas de permanganato puro cristallisado em um meio litro d’agua destillada bem pura
ou agua potavel perfeitamente pura. É a solução typo para os alcooes retificados do commercio.
Por outro lado toma-se uma garrafa cylindrica de vidro bem incolor, de forma um pouco alta e de bouca pouco larga d’uma
capacidade de 100 centimetros cubicos pouco mais ou menos. Um traço circular gravado no vidro marca o nivel que
86
corresponde a 50 centimetros cubicos
Deita-se o alcool na garrafa, a tomar a prova até ao traço de 50 centimetros cubicos, introduz-se um pequeno thermometro
graduado no vidro, e faz-se chegar a temperatura a 18º centigrados. Por outro lado com uma pipeta sensivel marcando 2
centimetros cubicos somente, deita-se rapidamente 2 centimetros cubicos da solução de permanganato titulado no alcool,
anutando ao mesmo tempo a hora exacta sobre um relogio com segundos. Em seguida a coloração rosa-violeta desaparece
pouco a pouco para dar logar a uma cor de salmão muito mais palida; depois a cor passa a 119
e em fim ao amarello
palha. É a transformação á côr de salmão que se observa; as outras cores, com alcooes puros, são muito longas a se produzirem
[.] No necessario Barbet tem uma garrafa com licor typo salmão. Nota-se exactamente os minutos empregados para essa
decoloração.
As qualidades de alcooes ethylicos os mais puros gastão até 43 minutos para chegar a esta decoloração salmão á temperatura
de 18º
As qualidades commerciaes ditas superiores gastão de 18 a 30 minutos
As qualidades extra finas gastão de 2 a 10 minutos. //
[64] Quanto aos 3/6 do Norte (França) gastão muitas vezes menos de um minuto e em particular para typo official d’alcool
de melaço de Beterraba da bolsa de Paris chega a gastar sô segundos!
Para bem observar as cores, é persiso que as garrafas sejam de vidro bem incolor e de dimenções identicas; colocam-se sobre
uma folha de papel branco não muito longe de uma janella. É bom ter uma cor typo em uma garrafa para ter a certeza do exame
sempre ao mesmo ponto.
Este processo de analyse applica-se egualmente aos alcooes impuros ou aos flegmas; O methodo é o mesmo mas com as
modificações seguintes:
O licôr de prova é feito em milecimas (1 gramma de permanganato por litro); por outro lado o alcool impuro deve ser posto
a um mesmo grau alcoolico, a fim de que os resultados sejam comparaveis entre si. O grau escolhido é de 42,5º a 15º
(alcoometro de Gay-Lussac); assim como para os alcooles retificados é persiso operar á temperatura de 18º.
Deita-se nos 50 centimetros cubicos do liquido alcoolico 2 centimetros cubicos de solução de permanganato em millecima,
e nota-se a duração da decoloração.
Se o alcool é muito impuro que possa decolurir instantaniamente, recommeçarse-há deitando-se 5 centimetros cubicos da
solução forte de permanganato em logar de 2 centimetros cubicos
Pode-se ainda empregar um outro modo de exame sobretudo para os muitos maus productos. Deita-se na garrafa de ensaio,
não o alcool, mas sim 10 centimetros cubicos de permanganato fraco (a 1/5000 centimetros[?]) ou então 2 centimetros cubicos
de permanganato forte que é exactamente o mesmo. Enche-se uma proveta graduada com o alcool (50 centimetros cubicos a
18º temperatura) a enseiar e deita-se rapidamente este alcool no permanganato agitando sem cessar. Bem depressa a côr muda
e passa a côr de cobre vermelho. Marca-se esta côr.
Este modo de opperar é menos rigoroso, porque se pode ou não deitar rapidamente, mas como é muito pratico pode-se
entregar a qualquer operario destillador. //
[65]120 A agua empregada em todo este processo deve ser ou destillada ou então agua potavel perfeitamente pura.
Chama-se methodo A ao primeiro methodo directo, quer dizer analyse directa sobre 50 centimetros cubicos de alcool em
grau alto com 2 centimetros cubicos de permanganato fraco.
Methodo B – 50 centimetros cubicos d’alcool de grau alto com 2 centimetros cubicos de permanganato forte.
Methodo C, 50 centimetros cubicos d’alcool desfeito em 42,5º com 2 centimetros cubicos de permanganato fraco
+121 Methodo D, 50 centimetros cubicos d’alcool desfeito a 42,5º com 2 centimetros cubicos de permanganato forte
Methodo F, 50 centimetros cubicos d’alcool desfeito a 52,5º em 5 centimetros cubicos de permanganato forte.
Em fim methodo G, ao centimetro cubico de permanganato fraco no qual se deita uma proveta graduada d’alcool ou seja
em grau alto ou a 42,5º.
São sempre os dois methodos A e G que servem muitas vezes, são os mais praticos e os mais simples.
Os utensilios necessarios ao processo do permanganato são os seguintes:
Uma garrafa graduada de 500 centimetros cubicos
Uma pipeta de gottas de 2 centimetros cubicos devidida em decimos de centimetros cubicos
87
Uma pipeta de 5 centimetros cubicos e uma de 10 centimetros cubicos
Uma coleção de garrafas de prova de 100 centimetros cubicos com traço gravado a 50 centimetros cubicos (Deametro das
garrafas 36 a 37 milimetros externamente)
Uma proveta ingleza de 50 centimetros cubicos graduada.
Thermometros de mercurio graduados no vidro de 0 a 30.
Uma garrafa contendo a côr thypo para os methodos A e G, e uma outra para os outros methodos.
O reactivo de permanganato mesmo preparado com agua destillada o mais pura possivel, acaba em pouco tempo por se
detriorar instantaniamente, é bom por isso renoval’o ferquentemente. //
[66] Vede como se constitui a côr typo d’uma maneira arteficial e bastante duravel: D’uma parte dissolve-se 0,100 gramas
de fucshine em um litro de agua destillada; toma-se 100 centimetros cubicos de esta solução e forma-se novamente um litro.
Em suma é uma solução contendo 0,01 gramas de fucshine por litro.
Por outro lado dissolve-se 0,500 gramas de chromato neutro de potassa em um litro de agua destillada.
Toma-se um frasco de ensaio, e deita-se alguns centimetros cubicos de agua destillada, depois mede-se o mais exactamente
possivel 2 centimetros cubicos do liquido vermelho de fucshina e 3 centimetros cubicos de chromato de potassa completa-se o
volume até ao traço 50 centimetros cubicos com agua destillada, cobre-se bem a cera e no dia seguinte é que o typo está bom.
Para os outros methodos em que se emprega o permanganato forte, e[sic] necessario um typo tambem com uma côr mais
forte; obtem-se este typo com os mesmos liquidos mesturando 30 centimetros cubicos de chromato e 12 centimetros cubicos
fucshina, e completando o volume de 50 centimetros cubicos com agua destillada. //
122 Os escritos desta página, e de parte da subsequente, não foram fruto da lavra de João H. Ferraz.
123 Palavras em português escritas por João Higino Ferraz.
88
Monsieur Bouchet124 ––
Faz-se um licor de soda dessolvendo 9 <pouco mais ou menos> gramas de soda caustica pura em um litro d’agua destillada:
Verificação do lecor: Toma-se 10 centimetros cubicos de licor normal acido de 49 gramas por litro acido sulfurico puro, e faz-
se 100 centimetros cubicos com agua destillada ou bem toma-se o acido oxalico puro a 6,3 gramas por litro e toma-se 100
centimetros cubicos ou 50 centimetros cubicos e verifica-se se são necessarios 49 <ou 24,5 centimetros cubicos> centimetros
cubicos de licor de soda para neutralisar exactamente os 100 centimetros cubicos do licor acido.
Se por exemplo empregamos 42 centimetros cubicos quer dizer que o licor é forte, temos n’esse caso de dessolvel’o fazemos
a seguinte proporção:
1000 x 49 = 1166 centimetros cubicos mas como ja temos 1000 centimetros
42
cubicos devemos juntar n’esse caso 166 centimetros cubicos d’agua destillada. Devemos tambem n’esse caso tomar conta
do licor de soda já retirado para a primeira verificação: Poderemos tirar por ex: 100 centimetros cubicos e n’esse caso sô temos
900 centimetros cubicos em logar de 1000 centimetros cubicos. //
89
[71] Laboração da Fabrica d’assucar no anno 1905
Relatorio
Moagem da canna: O trabalho da mogem[sic] da canna foi mais regular que a do anno transacto, moendo-se na media
143.000 kilogramas por 24 horas, devido isto em grande parte á nova caldeira de vapor Babcock de queimar sô bagaço. A perção
dos moinhos foi talvez um pouco peôr por isso que o petit-jus era um pouco mais ellevado em assucar
Sulfitação continua da garafa: Neste anno montamos um sulfitador continuo “Quarez” que deu muito bom resultado. A
garapa vinda dos moinhos cahia n’um pequeno deposito de onde sahia continuadamente para dois tamiseurs com largura de
malha differente, sendo o primeiro mais largo e o seguinte mais fechado, o que dava o resultado de a garapa sahir para o
sulfitador quasi sem poulpa alguma. A garapa era sulfitada até uma acidez de 1 grama por litro, que para um trabalho que
produzia 40 hectolitros de garapa por hora a bomba do sulfitador devia trabalhar com uma perção de 15” a 16”.
O forno era sempre carregado com enxofaro sem ser necessario parar.
Diffusão e defecação da garapa na bateria: O processo usado este anno foi conforme a descripção mais atraz (anno 1904 a
1905 de Monsieur Naudet126), havendo somente a diferença que, quando a circulação se passava ao diffusor, depois de cheio de
garapa e bagaço, e que o thermometro do deposito de meichagem descra[sic] a 50º ou 45º juntava-se-lhe a cal e o baryte, e
quando elle subia novamente a 60º fechava-se a torneira de aspiração azul do diffusor e abria-se emediatamente a torneira I
encarnada do deposito de meichagem, para fazer a defecação segue //[72] separada da bateria, de forma a não fazer a cal acção
sobre o bagaço. Só depois de a temperatura de rechaufeur subir a 92º a 93º é que se fazia o trabalho inverso isto é, fechava-se
I e abria-se a da haspiração azul do diffusor a circular, e quando a temperatura do thermometro do deposito de meichagem
chegava a 85º a 87º é que de fazia a modança para a soutiragem.
Neste anno a media da carga por diffusor foi correspondente a 1340 kilogramas de canna, levando cada diffusor 9 hectolitros
de garapa.
O trabalho da bateria comportou-se bem, a não ser o petit-jus que foi um pouco mais elevado que o do anno transacto devido
ao bagaço sahir dos moinhos mal devidido, como se provou pela analyse feita ao bagaço epuissée sahido dos diffusores,
analysando-se bagaço grande e pequeno, o que deu uma diferença muito grande entre os dois (para mais no grande).
No principio da laboração deixava-se o jus de diffusão ligueiramente alcalino, mas como se visse que o apparelho de
evaporação encrustava muito rapidamente sendo necessario limpal’o de 8 em 8 dias, empregamos o Carbonato de soda para
transformar os sulfatos em carbonatos insoluveis dando bom resultado.
A quantidade de cal baryte e carbonato de soda empregado foi o seguinte:
Cal a 20º Baumé por diffusor ——— 4,25 litros
Solucção de baryte a 10% ————— 3 litros
Carbonato de soda, em cada deposito de soutiragem de 12 1/2 hectolitros – 0,500 kilogramas deitado logo que se principiava
a tirar para o deposito.
Os jus que sahiam dos despositos de medida da diffusão vinham a um sulfitador antigo onde estava sempre em pequena
ebulição sahindo depois sempre de continuo para os filtros mechanicos. Os filtros eram modados a // [73] miudo devido á
grande quantidade de borras que ficava no filtro de forma a impedir a filtração; Verifiquei que passado um certo tempo, as
serpentinas de vapor do sulfitador antigo estavam muito incrustadas, sendo necessario limpar, porque a ebulição já não se
fazia bem, dando em resultado que se formava menos percipitado no filtro o que daria causa a incrustar mais rapidamente o
Triple-effet. Vi-me na necessidade de montar outro sulfitador antigo de forma a ter um sempre limpo a trabalhar no caso de
necessidade. Para que a percipitação dos carbonatos se fação bem e[sic] necessario ter sempre o liquido em ebulição, porque
no caso contrario fazer-se-ha a redissolução dos carbonatos que passando nos filtros vão ao triple – e o encrustão
rapidamente.
Os sacos dos filtros impregnavam-se de sulfitos, de forma a ficarem duros, eram sempre lavados com acido chlorydrico –
1 de cido[sic] por 3 d’agua, ficando os sacos perfeitamente flexiveis e limpos.
Triple effet –– O apparelho de evaporação trabalhando em triple effet deu bom resultado, que quando limpo dava aviamento
para o trabalho de 120 diffusores em 24 horas.
A soutiragem para o monte jus do xarope como antigamente, é que transtornava um pouco o trabalho tanto do triple-effet
como da columna barometrica fazendo influencia os cosimentos. O arranjo novo nas agua <amoniacaes> [sic] condensadas
tambem trabalhou bem; mas devido á perda da agua que se mestura com a agua da bomba de vacuo, é melhor modificar a
90
tiragem das aguas amoniacaes por meio de uma bomba, sendo essas aguas empregadas nas caldeiras de vapor.
Xarope – Os xaropes sahidos do triple-effet não sofriam trato nenhum, eram simplesmente aquecidos antes // [74] de hirem
aos filtros mechanicos, sendo a forma de aquecimento um rechaufeur, aquecido pelo vapor do triple até á temperatura de 80 a
85º Centigrados.
Caldeira de coser no vacuo: A caldeira de vacuo foi augmentada com mais uma cerpentina de vapor, dando bom resultado
no tempo a fazer um cosimetro. N’este anno tevemos um bom cuiseur que nos fazia um cosimento completo em passagem ao
malaxeur no vaco, em 12 horas, e com um rendimento % da massa cosida de 70 e algumas vezes chegou a 80. d’assucar
turbinado.
O cosimentos [sic] eram feitos sempre com todo o vacuo desponivel, formando no principio bastante grão. A temperatura
da massa era de 75º centigrados e no maximo 80º e a perção nas cerpentinas de vapor conservadas a 20 a 30 libras de vapor.
Malaxeur no vacuo: Os cosimentos feitos no melaxeur deram bom resultado sahindo os egoûts pauvres bem epoussée, e
estou certo que montando mais dois melaxeurs abertos, onde a massa cosida possa estar mais tempo em melaxagem
alimentando com egouts quasi épuissé não é necessario fazer cosimentos de 2º jet, porque este anno já alguns cosimentos de 2º
jet eram tão fracos, que bem pouco assucar rendeu.
Estes melaços bem epuissé nos melaxeurs abertos devem ser muito melhores para a fermentação do que os tirados do 2º jet.
Turbinagem da masse cuite: A masse cuite da caldeira Franceza feita somente com o xarope virgem era turbinado em assucar
BB e algum em B e B2 claro.
A masse cuite do melaxeur feita com o pé de cuite do xarope virgem cristalisado na Franceza e completo com os egoût riches
primeiro e depois com os egoût // [75] pauvres da <turbinagem da> Franceza foi feito quasi todo em BT. (bruto da terra) e
alguma em B2 (amarello) deu em resultado que os melaços retirados (egoût pauvres) tinham uma pureza muito baixa, dando um
2º jet de pouco rendimento.
Rendimento em assucar: O rendimento em assucar de 1er jet foi n’este anno superior em 1,475 kilogramas por 100
kilogramas de canna, e o de 2º jet inferior em 0,634 kilogramas do que em 1904. O que deu causa a este differença de
rendimento foram diversas, segundo o meu modo de ver: 1º Trabalho mais regular na moagem da canna e na bateria de diffusão:
2º evaporação rapida tirando xaropes mais puros: 3º um bom operario cosedor (cuiseur): 4ª transformar em assucar BT a meior
parte da masse cuite do melaxeur, produzindo n’esse caso menor quantidade de egoûts riches, e sendo menos vezes recosido:
5ª melhor epuissement dos egoûts no melaxeur. Funchal 30 de Julho 1905 [Ass:] João Higino Ferraz //
127 Toda a informação desta folha, ressalvando uma excepção adiante assinalada, não saiu do punho de João Higino Ferraz.
91
Melasse Cuite Ou a coulé 54 Cuites de 27 Hectolitres à 148 de densité. Par consequent le Poides de
II Jet la Melasse Cuite est de 27 x 54 x 148 = 215.784.
Ces Melasses Cuites contenaient à l’analyse 45.57 de Sucre (Clerget
Cette evaluation
n’est Poids total de sucre contenu dans les Melasses Cuites II Jet 45.57 x 215.784 = 98.338 soit 128
q’approximative
em assucar = 31.750 128
608
Poids total de Mélasse sortie de la Fabrique 239.704 kilogrammes
Mélasse Dont la Richesse moyenne était (clerget) 43.45
Sucre total contenu dans ces egouts 43.45 x 2397.04 = 104.150
Duquel il faut dediure le sucre provenant des Melasses de Demerara soit 27.900
Reste comme Sucre provenant de la Canne 76.900 76.900 soit 100
Egouts en Il y a actuellement dans les diffusores[?] baes 118.58 Hectolitres Egouts de 144 de densité Soit en Poids
Cours 17.064 kilogrammes dont l’analyse moyenne a eté de Sucre Clerget 47,90 //
Par conséquent le Poids total de Sucre est de 47.90 x 17.064 = 8175
[77] Egouts en
129
Desquels il y a lieu de dediure
Cours (suilé) Sucre provenant de Sucre refondu soit 1852
Reste Sucre provenant de la canne 6323 soit 0.09
130
Ganhos e Perdas de Fabricação – Resultado Geral
Assucar total na canna (garapa 80 litros % kilogramas canna)
será % kilogramas canna 11,41 kilogramas assucar 879.311 kilogramas
Pertes Assucar entrado em fabricação pelo jus de diffusão 848.208 kilogramas
Perda na diffusão 31.103
Será % kilogramas canna 0,403 kilograma assucar
Perdas em assucar alem da diffusão – Assucar total entrado em fabricação = 848208 kilogramas
Assucar puro turbinado 1er e 2er jet = 592155
Assucar no melaço (puro) Total = 202266 794421
Perda de Fabricação = 53787
será % kilogramas canna 0,698 kilogramas assucar
Compte du Sucre transformé en Glucose (ce compte est sommaires, pour être exait il faut que le turbinage des Melasses
Cuites II Jet soit terminé)
Glucose entré en fabrication par le jus de diffusion 70.684 x 0.79 = 55.840
Glucose contenu dans les Sucres turbinés (envions[?] 0.10%)
soit 567.000 x 0.10 = 5.670
Glucose dans les Melasses Cuites II Jet 215.784 x 20.87 = 45.034
Glucose dans les Melasses de l’Usine 23.838
Glucose dans les Egouts en Cours 9.26 x 1.7064 1.590
Poids total de Glucose sorti 76.132
Poids du Glucose entré (Jus de Diffusion 55.840
Il s’est done formé pendant la fabrication 20.292 kilogrammes
de glucose ce qui represent 19.277 kilogrammes de saccharose soit % kilogrammes de cannes 0,25 //
92
[78] Rendimento da Fabrica do Torreão nos differentes annos
Anno 1900 1901 1902 1903 1904 1905 1906 1907 1908 1909 1910 1911 Observações
Systema de Antigo Manoury Manoury Naudet 8 diffusores 8 diffusores Diffusão 4 Dito dito 12 diffu- Dito Dito Duas bate- 2 baterias de No anno de 1906 montou-se
131
sores Dito Sulfitação e rias de 6 8 diffusores
trabalho Naudet 4 8 diffusores melaxeurs Reentrado mais 2 melaxeurs abertos de
Fabrica au- filtração diffusores e Kestner sulfi-
diffusores 2 novos Petit eaux gmentada dos égoûts Kestner tação alcalina 100 Hectolitros cada um
assucar % 15 14,9 14,76 15,03 14,42 14,27 14,71 16,22 15,38 15,99 17,44 16,69 No anno de 1908 a Fabrica
na garapa foi montada para fazer 300
toneladas canna
em 24 horas. Trabalhou-se
Pureza –– –– 80,51 80,95 80,64 79,93 80,03 80,95 80,77 80,08 80,83 81,14 cana bastante estragada.
assucar 1er 4,938 5,631 6,770 6,630 5,885 7,360 8.55 8.695 8,312 8,730 9,734 7,982 Polarisação do assucar 99,3%
jet % kilogramas kilogramas kilogramas kilogramas kilogramas kilogramas kilogramas kilogramas kilogramas kilogramas kilogramas kilogramas
assucar 2er 1,852 1,499 0,413 0,960 1,045 0,411 0,200 0,050 0,118 0,102 0,023 0,250 dito dito 92%
jet %
assucar 3er 0,326 0,504 ---- ---- ---- ---- ---- ---- ---- ---- ---- ---- Em 1910 não se fez a reentra-
jet % 7,116 7,634 7,183 7,590 6,930 7,771 8,750 8,745 8,430 8,832 9,757 8,232 da dos petits eaux
assucar no O calculo do assucar no melaço
melaço 1,373 1,375 2,472 2,640 3,108 2,626 2,033 3,112 2,811 2,836 2,705 3,256 é pelo rendimento em alcool
assucar Coefficiente de garapa %
total 8,489 9,009 9,655 10,230 10,038 10,397 10,783 11,857 11,241 11,668 12,462 11,488 0,80
kilogramas Em 1906 fez-se da Melasse Cui-
melaço % 3,374 3,369 5,329 6,040 6,404 5,878 4.641 6.831 6.082 6,002 5,280 6,512 te dos Melaxeurs assucar BT
Nome do Ferraz Ferraz Buisson 132 Buisson Lebugle Bochet 133 Bochet Milan E. Gaulet A. Dubaele Em 1910 com o trabalho em
E. Gaulet E. Gaulet
despedido morto Marlier Schak duas baterias de diffusão de 6
chimico e Asguire Frederique morto P. Hénot134 P. Henot Marlier e deffusores cada a perda %
Michou Wenachter Henot
cosedor Asguire morto Michou Michou despedido morto N. Venachter Fulon Fulon Marliere135 despensado de cuiseur cana foi de 1,216 assucar
Analyse do
melaço Polarisação directa
O melaço de 1902 foi quasi
saccarose % 38,3 38 38,8 31,77 33,79 24,3 28.02 36,40 37,73 37,82 37,26 35,18
todo de 1er jet
Glucose % 15,48 16 13,13 15,16 15,2 21,8 18.59 11,57 14,89 14,72 20,00 21,00
rendimento 53,78 54 51,93 46,93 48,99 46,1 46,61 47,97 52,62 52,54 57,26 56,18 Feito um gallão d’alcool a
em alcool 100 á 15 temperatura = 3,65
do melaço% 6,66 6,92 7,72 7,16 7,52 7,21 7,2 7,49 7,6 7,75 8,10 8,45 litros
Notas: – O calculo do assucar total no melaço é feito pelo rendimento em alcool contando que 100 kilogramas d’assucar puro dá na pratica 60 litros d’alcool a 100º a 15 temperatura
Nos annos de 1900 e 1901 o rendimento do bagaço e lavagens em alcool transformado em assucar puro ao rendimento de 60% deu 1,539 kilogramas d’assucar puro por 100 kilogramas de canna.
131 León Naudet.
132 Maxim Buisson.
133 Henri Bochet.
134 Paul Henôt.
93
135 Joseph Marliere.
[79] 1905 Agosto 21 ––
Segundo os dados apresentados por Benchimol, gerente das rocas[sic] de Sousa Lara em Benguella elles tiram na sua
Fabrica de aguardente de canna o seguinte:
40.000 kilogramas de canna com 8º Baumé tiram por preção simples 20.000 litros de garapa = Extração 50%
Estes 20000 litros de garapa em 8º Baumé rende em aguardente de 22º Cartier 2300 litros. = 1783 litros em 28º que é egual a
gallões de 3,65 = 488 1/2 gallões [.] Rendimento por 20 litros de garapa 4,885 quartilhos ou por 30 kilogramas da canna 3,66 quartilhos.
Systema Manoury – Sucre et melasse
Capacidade dos apparelhos de cristalisação (caldeiras de vacuo) melaxeurs no vacuo e melaxeurs simples. por tonelada de
canna: Pela deffusão:
Caldeira de vacuo 1ar[sic] jet –– Um Hectolitro
Melaxeurs no vacuo
“ “
–– 0,75
Melaxeurs simples 4; sendo 2 de 0,67 Hectolitros
“ 2 de 0,95
} Aproximadamente por
tonelada de canna
Os melaxeurs simples devem ser com arrefecimento rapido, isto é, com fundo falso, para agua ou vapor.
Triple effet deve ter a capacidade de evaporação de 220 metros quadrados a 250 metros quadrados para 150 toneladas de canna,
isto é, 1,5 metros quadrados a 1,65 metros quadrados por tonelada de canna em 24 horas (Para calculo do triple, meio incrustado)
Diffusores 10 – Capacidade de cada diffusor por tonelada de canna em 24 horas 0,12,5 Hectolitro com 3 rechaufeurs de 20
metros quadrados de superfice de aquecimento , trabalhando dois e um em limpeza
Caldeiras de vapor: – Para as caldeiras de vapor com fornos de bagaço verde de Babcock a capacidade de evaporação deve
ser 210 a 219 metros quadrados por cada 100 toneladas de canna trabalhada em 24 horas, isto é, 2,1 metros quadrados a 2,2
metros quadrados por tonelada (A da Fabrica do Torreão tem 302 metros quadrados de superfice de aquecimento) //
94
[81] As analyses mostraram o seguinte:
Assucar 2º jet de Barbados saccarose ..............................92%
glucose ...................................2,39%
Masse Cuite 1er jet saccarose ..............................83,86%
Pureza ...................................92,3
Glucose ...................................2,76%
Coefficiente Glucosico ..........3,2
Xarope saccarose ..............................51,42%
Pureza ...................................92
Glucose ..................................0,98%
Coefficiente Glucosico ..........1,9
Masse Cuite 2er jet no Melaxeur - saccarose - ..............................83,86%
Pureza ...................................90
Glucose ..................................3,85%
Coefficiente Glucosico ..........4,6
Egout pauvre do 2º jet M saccarose ...............................60,38
Pureza ...................................81
Glucose ..................................5,51%
Coefficiente Glucosico ..........4,1
Extracção do assucar do melaço de Barbados, fazendo um pé de cuite d’assucar bruto de Demerara na caldeira Franceza e
passando uma parte (31 Hectolitros de masse cuite) ao melaxeur fermée no vaco, e deixando na Franceza 28 Hectolitros, e
alimentando as duas com melaço de Barbados desfeito a 32º Baumé e aquecido. Os égoûts riches da turbinagem entra
novamente no melaxeur no vacuo.
Resultados obtidos:
O assucar produzido era do typo B2 da fabrica isto é abaixo do typo 20 da escalla Holandeza.
Os rendimentos por cosimento foi de:
Na Franceza 3400 kilogramas assucar com 60 Hectolitros Masse Cuite = 56 1/2 kilogramas Hectolitro Masse Cuite
No Melaxeur 4600 kilogramas assucar com 70 Hectolitros Masse Cuite = 65,7 kilogramas Hectolitro Masse Cuite //
95
[90] Material para um pequeno laboratorio de analyses em uma fabrica de assucar de canna. Do livro de Castilho137.
(Brazilleiro) Vidros communs
12 copos de precipitação com bico, sortidos
24 cylindros de ensaio de glucose
12 Funis para feltração
3 Ditos meiores
24 provetes (12 pequenos e 12 grandes)
12 Balões não graduados, sortidos
3 garrafas de Wolf, de 2 orificios
3 Ditos de Erlenmeyr sortidos
48 vidros para amostras
1 Kilograma de bastões de vidro
1 Kilograma de tubos sortidos.
Pipetas
Vidros graduados
12 Cylindros de ensaio, graduados, sortidos.
16 <Balões> graduados / sendos, 4 de 1000 centimetros cubicos, 4 de 500 centimetros cubicos, 8 de 200 centimetros
cubicos a 220 centimetros cubicos
6 Ditos dito marcados 100 a 110 centimetros cubicos
6 pipetas graduadas, sortidas
12 Buretas dito dito
Objectos de porcellana
12 capsulas sortidas
6 cadinhos
2 gráes com pistillos
3 capsulas de platina, 1 capsula de nikel para Melasse Cuite Pellet
Apparelhos
1 polarimetro Laurent, semi-sombra, trabalhando com luz ordinaria (de petrolio) com tubos e todos os accessorios
1 balança de precisão, sensivel a 0,001 grama e colleção de pesos
1 Dito para pezar até 5 kilogramas sensivel a 0,1 grama ditos
2 apparelhos analysadores de Scheibler (bagacos[sic]) para contar até 30 gramas materia
1 Banho-maria de cobre
1 forno de muflas
1 Estufa com thermometro
1 apparelho Salleron, modelo grande (2 litros ou 1 litro)
6 densimetros – 6 Baumés – 3 thermometros centigrados 2 lampadas a alcool
segue //
[91] Conferencia sobre os differentes estudos technicos feitos em 1904 Por Monsieur Saillard138.
Tradução (Extrahido da Sucrerie Indigene Nº 9 – 29 agosto 1905) [Ass:] Ferraz Trabalho dos bas-produits.
Vamos continuar a seguir o trabalho dos bas-produits e, em geral, o trabalho das masses cuites de todos os jets em trez
Fabricas, onde duas chegão ao melaço em dois jets, e da Marle e a de Beauchamps, e na terceira, a de Nassandres, faz trez jets.
A Marle, o trabalho foi o mesmo que no ultimo anno; mas melhoraram certos pontos do detache.
Augmentaram o poder refrigerante dos melaxeurs de 1er jet, o que permitio obter um égout pauvre de primeiro jet mais
épuisé. Têem tambem, durante a malaxagem das masses cuites em grão de 2em jet, introduzido melaço diluido a differentes
alturas dos bacs verticaes.
A marcha do trabalho, para os 2em jets, foram sensivelmente a seguinte: resulta das analyses que fizemos ao Laboratorio
syndical sobre as amostras retiradas da fabrica.
138 Conférences sur la sucrerie, par M. Émile Saillard,... Saint-Quentin : Impr. du Guetteur de l’Aisne, 1927.
96
Pureza real salinos
Masse cuite na coccasiao[sic] da descarga ............–– 72,2.............–– 7,1
Dito dito dito na turbinagem .............–– 73,6.............–– 7,6
Egout-mére Dito da descarga...................–– 71,7........... –– 6,95
Dito dito na turbinagem.............–– 60,7.............–– 4,2
Melaço ...................................................................–– 61,2.............–– 4,4
Assucar de 2º jet 2,55 % de cinzas
Na descarga, o coefficiente de sursaturação[sic] era de 1,14; e foi de 1,04 no momento de turbinar.
O contiudo em cinzas dos assucares de 2ar jet diminuiram e os assucares de 1ar jet continuaram a ser de bella qualidade, e
a ser vendidos com premio.
Na fabrica de Beauchamps, o trabalho de 2em jet foi sensivelmente conduzido da mesma maneira; mas a fabrica possoe[sic]
mais apparelhos de coser, e o trabalho do 2er jet é // [92] n’esse caso facilitado.
A fabrica possoe, com effeito, de:
0,58 Hectolitros de capacidade de cuite por tonelada de beterraba
0,65 Hectolitros de melaxeurs simples dito
0,65 Hectolitros ditos Regots e Tourneur dito
A marcha do trabalho é a seguinte:
Pureza real salinos
Egout pauvre de 1er jet ———————————— –– 74,2 –– 6,70
Melaços —————————————————— –– 62,1 –– 4,13
assucares de 2º jet —————————————————————–– 55,3 cinzas 1,73%.
A turbinagem não apresenta nenhuma defficuldade //
[93]139 Appareils, instruments et réactifs les plus nécessaires pour un laboratoire de Sucrerie de cannes.
1 Moulin à cannes ou mieux 1 presse et 1 râpe à disque de Pellet.
1 Appareil Zamaron140 e ballons Zamaron
Verrerie ordinaire ––
12 eprouvettes ordinaires de 500 centimètres cubiques
6 –––––––– dito ––– de 300 centimètres
2 Mortiers en verre avec leurs pilons
3 Ballons en verre ordinaires de 2 litres
2 dito dito de 1 litre
2 dito dito de 500 centimètres cubiques
12 verres à expérience de 187 centimètres cubiques
12 entonnoirs de 100 centimètres
6 Vases à proprietés[?] de 200 centimètres141
6 Vases d’Erlenmeyer de 200 centimètres
3 Pissettes montés dont 2 pour l’eau chaude
2 Kilogrammes tubes de verre assortis
1 Kilograma baguettes de verre assorties
Verrerie graduée –
1 Epouvette graduée de 1000 centimètres
2 Ballons jaugés de 1000 centimètres cubiques
6 dito dito de 500 centimètres cubiques
3 dito dito de 250 centimètres
8 dito dito de 200-220 centimètres
12 dito dito de 100-110 centimètres
139 As páginas 93 até à 100 não fazem parte, em termos físicos, do livro. Constituem um conjunto de folhas, mais pequenas (26,9 cm x 21 cm) que as páginas
do presente volume, anexadas, isto é, coladas à margem interior da página 92. A caligrafia, salvo raras excepções, não é a de João Higino Ferraz; as
páginas 99 e 100 não são manuscritas, mas sim dactilografadas; e a língua usada em todas é o francês.
140 Sébastian Félicien Zamaron [1858/—], professor e engenheiro agrónomo.
141 Nota na margem interior da página: «24 tubes à glucose».
97
6 dito dito de 50-55 centimètres
3 dito dito de 100 centimètres
3 dito dito de 50 centimètres //
[94] Verrerie graduée (Suite)
2 Pipettes à 2 traits de 100 centimètres cubiques
2 dito de 50 centimètres cubiques
2 dito de 25
2 dito de 20
3 dito de 10
3 dito de 5
3 Burettes de Mohr de 35 centimètres divisés par 1/10 centimètre de centimètres cubiques
1 Burettes de Mohr à robinet de 35 centimètres densee par 1/10 centimètre de centimètres cubiques
3 Flacons-burettes Gallois
2 Burettes hydrotunétriques
2 Flacons hydrotunétriques
Densimetres, dréomètres e Thermomètre
1 trousse alcométrique
3 Densimétres 0-3
3 dito 3-6
3 dito 6-9
3 dito 8-11
3 Pese-Sirops 15-30 Baumé
2 Aréom ètres Baumé de 0 à 10º pour fermentations
2 dito dito de 30 à 40º por 1/10eme de degre
6 Thermomètres eprouvettes
6 Thermomètres de –10 à +130 gradées sur tige
1 Thermomètre por 1/5em de degré de +10 à +30 gradee sur tige //
[95] –– Porcelaines ––
1 Mortier en agate avec son pilon
Capsules rondes à bee et à fond rond:
1 de 200 millimètres de diamètre
2 de 100 millimètres de diamètre
2 de 80 millimètres de diamètre
Capsules rondes à bee à fond plat
1 de 200 millimètres de diamètre
2 de 100 millimètres de diamètre
2 de 80 millimètres de diamètre
6 de 60 millimètres de diamètre de forme trés plate
1 capsul à nikel pour Melasse Cuite (Pellet)
Appareils de chauffage
4 Lamps à alcool en verre, moyen modêle
3 Bees “Berthel” ou autres
3 Rechauds[?] à alcool
1 Etune Wésneg et son appareil de chauffage à alcool
1 Mouffle à incinerations chauffé à l’alcool
1 Bain-Marie
1 Bain de Sable
1 Apparelhe Aubin
Divers
Assortiment complet de bouchons de caoutchouc à 1, 2 et de trois
98
2 kilos de bouchons de liège assortis //
[96] 12 mètres tuyaux caoutchouc rouge de 6 millimètres
6 metres dito gris dito
10 mètres tuyaux caoutchouc rouge de 12 millimètres
5 Poires caoutchouc
12 Pinces de Mohr
4 Supports pour burettes de Mohr
6 Pinces à machoins pour burettes de Mohr
1 Support de tubes à essais
1 Capsule sauhaumétrique en nickel pur contenant 60 grammes[?]
1 dito dito en nickel contenant 120 grammes[?]
8 Capsules en tôle emaillée pour echantillons
30 Paquets de filtres “Laurent”
1 Main de papier à filtre ordinaire
1 dito dito de papier Berzélius
2 Capsules en Platine pour minerations
Instruments de Precison
1 Balance de précision au 1/2 milligramme avec chaine système Serun[?], construction Démichel avec ses poids et ses
accessoirs
1 trébuchet saccharimétrique de 100 gramme aves ses poids
1 Balance Roberral de 5 kilogrammes avec ses poids
1 Saccharimètre Laurent à lumiere blanche grand modèle avec sa lamp
6 tubes de 200 millimètres 1 quartz
2uves de 500 millimètres
3 tubes à uversin[?] de 200 millimètres //
[97] Produits Chimiques.
4 kilogrammes acide sulfurique pur
4 dito acide chlorhydrique pur
2 dito acide azotique pur
3 dito acide acétique
0,500 dito acide oxalique chimiquement pur
1 kilogramme acide citrique
1 kilogramme acide tartrique
3 kilogrammes Potasse caustique pure
5 dito Soude caustique pure
2 dito chaux du Marbre
1 dito Baryte cristallisée
1 dito Magnésie calcinée
3 dito Sulfate de Soude
1 dito chlorydrate d’ammoniaque
1 dito Oxalate d’Ammonique
5 dito Sel de Signette
3 dito Sulfate de Cuine pur
8 dito Acétate neutre de Plomb
2 dito Sous-acétate de Plomb cristallise
0,5 dito chlorure de Baryum
1 kilogramme Carbonate de Sodium pur et anhydre
1 dito Carbonate de Soude ordinaire
1 kilogramme Permanganate de potasse
0,500 Bichlorure de Mercure //
99
[98]142
100
2 pinças de metal
2 etageres furados (supportes) para funis
2 supportes para buretas e 2 para tubos de ensaio
6 pinças para tubos de borracha
6 biqueiras para os ditos tubos
1 apparelho Auber
Diversas lampadas Barthel e outros fornos a petrolio
Reactivos –
3 Kilogramas de acetato de chumbo
2 “ de acido sulphurico (66º)
2 “ “ chlorhydrico
1 litro de tournesol (tintura)
1 “ de chlorureto de calcio
100 gramas de alpha-naphtol
2 Kilogramas de sulphato cobre puro
2 dito de Sal de Seignette
2 dito de soda Caustica pura
500 gramas de Carbonato de soda
500 ditos de potassa caustica
1
/2 Kilograma de de [sic] pedra-pomes, calcinada em grão
15 pacotes de filtros Laurent.
1 litro de tintura de Rhenol-phetalina //
[102] Fabricação dos jus assucarados Systema F. Dobler Traduzido da Sucrerie Indigene Bº 19 – 7 Novembro 1905 [Ass:]
Ferraz
A presente invenção consiste em utilisar as propriadades desinfectantes e antisepticas dos chloretos e hypochloretos
decolorantes, no tratamento das cossettes ou dos jus assucarados, nos apparelhos de deffusão e de assegurar assim a conservação
dos jus e das polpas exaustas. Pode-se utilisar para este effeito os chloretos e hypo-chloretos de cal no estado solido ou no estado
de lexiva ou de dissolução, ou ainda os hypochloretos de soda, de potassa etc. etc. (Agua de Javel, agua de Labarraque, etc.).
O chloreto de cal commercial pode ser junto tal qual na proporção de 100 a 1000 grammas ou mais por tonelada de
betterraba, ás cossettes introduzidas nos diffusores; mas emprega-se de preferencia no estado de lexiva ou de dissolução que se
introduz em um dos diffusores da bateria.
O chloreto de cal pode ser substituido por um chloreto ou hypo-chloreto alcalino. Graças a esta addição, toda a fermentação
anormal é suspendida, na bateria; os jus são mais puros e d’uma conservação facil; depois do aquecimento e carbonatados ficão
menos coloridos e mais puros do que os jus ordinarios; as cossetes exaustas conservam-se comestiveis para os animaes, e
conservam-se melhor que as polpas ordinarias.
Resumo:
Um processo de desinfecção e de antiseptisia das polpas e dos lequidos (jus) assucarados, basiado sobre a extracção dos jus
assucarados em presença de chloretos ou de hypochloretos decolorantes no estado solido ou no estado de lexiva ou de
dissolução, addicionados aos cossettes ou aos jus em courso de deffusão. (Brevet Nº 349,930) segue //
[103] Proposição: – Empregar este processo na garapa da canna de assucar depois da sulfitação e na occasião da meichagem
do diffusor, em dose determinada em estado de lexiva ou dissolução. [Ass:] Ferraz
Novo methodo de dosagem dos assucares reductores: Por M. D. Sidersky (Bulletin de outubro 1905 Nº4)
De todos os methodos de dosagem da glucoses [sic], o mais empregado em França é certamente o methodo volumetrico de
Violette, operando sobre um volume medido de licor Fehling que se reduz com o licor assucarado contido em uma bureta
graduada, e observando-se o fim da redução pela decoloração do liquido que subernada a percipitação do vermelho-vinhoso de
protoxydo de cobre. Todos os nossos collegas conhessem os inconvenientes de este methodo, o qual necessita bastantes
percauções e artificios variados para facilitar o deposito do percipitado cuprico.
Para evitar estes diversos inconvenientes, e para tornar a dosagem da glucose mais facil e mais segura, uma modificação de
101
este methodo acaba de ser proposto por Monsieur E. P. Lavalle. Crêmos render algum serviço aos nossos Collegas da
Associação, dando-lhes esta interessante communicação.
Este chimico observou que um excesso de potassa caustica dissolve quasi totalmente o protoxyco de cobre, <e> que a
solução conserva-se incolor quando todo o cobre está reduzido: Vede como elle opera: 5 ou 10 centimetros cubicos de licor de
Fehling, deitado em uma capsula de porcelana são addicionados de 30 centimetros cubicos de lexiva concentrada de potassa
caustica (1 por [?] KHO + 3 p. H2O) e 50 a 60 centimetros cubicos d’agua destillada. segue //
[104] Aqueçe-se, e desde o principio da ebulição, junta-se pouco a pouco a solução assucarada sahindo d’uma bureta
graduada, até ao momento onde uma gouta de este liquido assucarado faz desaparecer o derradeiro traço azul do licôr de
Fehling.
Por uma série de ensaios de contrôle com soluções de glucose de concentração variada, o autor constatou e axactidão[sic]
d’este methodo facil e rapido, o qual se recommenda não sô para o dosagem [sic] da glucose como tambem para os assucares
reductores em geral.
A forma de conhecer se os xaropes ou jus conteem saes de cal, é juntar-lhe uma solucção de oxalato d’amoniaco, que
formará um percipitado branco de saes de cal.
O Bichlorure de mercurio para a conservação das amostras é feito em alcool a 90º a 2/1000.
No emprego dos petit eaux na rehentrada no trabalho é o unico anticeptico que se deve empregar nas amostras.
1909 Limpeza do triple na Fabrica do Torreão
Superfice de evaporação = 460 metros quadrados
1ª caixa 819 tubos Duração de limpeza comprehendendo
2ª caixa 641 “
143
3ª caixa 400 “
} passagem a soda e acido e gretage
é de 15 horas prompto a trabalhar.
Fazendo na media por 24 horas 10450 almudes de 30 kilogramas, nas 15 horas será uma perda de trabalho de 6500 almudes,
ora fazendo uma limpeza todas as semanas (7 dias) será n’um mez 26000 almudes, em 3 mezes de fabricação 78000 almudes,
isto é, uma semana de perda por Fabricação.
Custo aproximado de uma limpeza:
Soda Caustica a <£> 10-10-300 kilogramas a 65 reis = ..........19500
acido 4 garrafões a 5000 reis ...................................................20000
15 homens a 400 reis ............................................................... 6000
Total 45500
Em 3 mezes ou 12 limpezas será 546$000 reis //
143 Nota na margem dianteira da página, disposta na vertical: «Em 1910 4ª caixa 387 tubos = 65 metros quadrados».
144 Ob.cit.
102
Mas, se em 25 centimetros cubicos temos 0,15 gramas de cal, nos 250 centimetros cubicos teremos 1,5 gramas.
Finalmente, como nos 250 centimetros cubicos temos 10 centimetros cubicos de leite de cal, segue-se que nestes 10
centimetros cubicos havia 1,5 grama de cal, ou 0,15 grama por centimetro cubico ou, emfim, 150,0 gramas por litro. //
[106] Solução de tournesol
Dissolvam-se 60 gramas de crystaes de tournesol em 600 gramas de agua quente.
Filtra-se a solução e juntam-se-lhe 200 centimetros cubicos de alcool fino (40º Cartier).
Guarde-se este preparado em frasco levemente fechado.
O uso d’este licor é, como se sabe, muito frequente na fabricação d’assucar, para a verificação da acidez ou alcalinidade do
[sic] caldos ou xaropes.
Solução de phenaphtalina
Em 500 volumes de alcool fino, a 40º Cartier, deita-se 1 volume de phenaphtalina.
Esta solução substitue o tournesol: em um liquido acido produz uma coloração amarella forte; em um liquido alcalino
produz côr de rosa.
(A phenaphtalina é amarello-clara.).
Licor de Iode para determinar a acidez exprimida em acido sulfurozo nas garapas ou xaropes sulfitados
1907 Nota dada por Monsieur Milan – Chimiste –
1ª solução – Licor de Iode: Peza-se exactamente 3,968 gramas de Iode bi-sublimé e dissolve-se em 1 litro de alcool puro a
97º (o mais forte possivel). Formula será 1 centimetro cubico = 0,10 SO2 por litros (em 10 centimetros cubicos de garapa)
2ª – Empois d’amidon: Trata-se a agua fervendo 10 gramas d’amidon para formar um litro de empois
Este empois pode servir sempre mesmo que tome mau cheiro; não altera a analyse.
Para proceder á analyse deita-se em um tubo de ensaio que se tem marcado 10 centimetros cubicos com um traço, 10
centimetros cubicos de garapa ou xarope a analysar; junta-se-lhe uma pequena quantidade de empois; deita-se no tubo tantos
centimetros cubicos de solução de Iode ate tomar uma côr roxa escura, agitando sempre o tubo. Feita a reação completa, le-se
os centimetros cubicos empregados //
[107] Acido normal
Em um balão com a capacidade de 2 litros introduzem-se 1000 centimetros cubicos de agua destillada e 200 centimetros
cubicos de acido sulfurico.
Esta mestura desenvolve calor, devendo-se, por isso, deixal’a em reposo para esfriar.
Para se saber se esta solução é perfeitamente normal deve-se titulal’a com uma solução de carbonato de soda ou de
ammoniaco que, por sua vez, deve ser tambem rigorosamente normal.
Verifica-se a soda-normal por meio do oxalico-normal, o qual prepara-se dissolvendo 63 gramas de acido-oxalico em um
litro de agua.
A soda-normal prepara-se dissolvendo 30,98 gramas de carbonato de soda em um litro de agua destillada (soda caustica).
Para se verificar a sua exactidão pelo oxalico-normal enchem-se duas buretas com os dois liquidos.
Deitam-se 10 centimetros cubicos (exactos), com a bureta de oxalico, em uma capsula, e tinge-se com algumas gottas de
licor de tournesol (o qual fica vermelho).
Sobre este preparado deixam-se sahir, da bureta de soda, tantas gottas quantas sejam precisas para que o liquido da capsula
mude, repentinamente, de vermelho para azul.
Se a solução de soda for normal, a boreta deve marcar tambem 10 centimetros cubicos de soda despendida.
No caso contrario é preciso tornal’a normal procedendo-se da seguinte forma:
Supponhamos que se gastaram somente 6,4 centimetros cubicos de soda para obter a mudança de côr. Para os 10 centimetros
cubicos que se deviam gastar faltam 3,6 centimetros cubicos; logo devem-se juntar 3,6 centimetros cubicos de agua destillada
a cada 6,4 centimetros cubicos da solução de soda, para que sejam exactamente 10 centimetros cubicos que determinem a
mudança de côr // [108] do tornesol na solução de oxalico-normal.
Obtida a soda-normal verifica-se o sulfurico-normal por methodo identico: enchem-se duas buretas, uma com soda-normal
e outra com a solução de acido sulphurico.
Deita-se na capsula 10 centimetros cubicos de soda-normal e tinge-se com tournesol, que fica com côr asul. Addiciona-se
então o acido sulphurico (solução acima) até que o liquido da capsula mude rapidamente para vermelho.
Se a leitura da bureta der 10 centimetros cubicos é que a solução de acido sulfurico é rigorosamente normal. No caso
contrario é preciso corrigil’a.
103
Supponhamos que a leitura da bureta deu apenas 8,6 centimetros cubicos faltando portanto 1,4 centimetros cubicos para os
10 centimetros cubicos. Logo, por cada 8,6 centimetros cubicos da solução de acido sulphurico devem-se juntar 1,4 centimetros
cubicos de agua destillada, para que a dita solução seja perfeitamente normal.
Finalmente, para ter-se a solução a 1 normal lilue-se-a[sic] em 10 vezes o seu volume de agua destillada.
10
Nota: As pessoas que estão bastante exercitadas trabalham bem com o acido a 1
10
e mesmo a 1 normal, mas os que não teem a verdadeira pratica devem trabalhar, de
100
preferencia com o proprio acido-normal, para bem apreciarem a troca de cores.
A seguinte tabella, mostra a relação centesimal de cal (CaO%) no caldo, xarope, etc., indicado pelo acido normal:
acido CaO Acido CaO
centimetros cubicos % centimetros cubicos %
1 ———————— 0,28 6 ———————- 1,68 Nota:
2 ———————— 0,56 7 ———————- 1,96 Fiz esta formula em 8 Dezembro
3 ———————— 0,84 8 ———————- 2,24 1906 mas não me deu certa.
4 ———————— 1,12 9 ———————- 2,52 [Ass:] Ferraz //
5 ———————— 1,40 10 ——————- 2,80
104
Total assucar puro extrahido 8,81 kilogramas %
Nota: Contendo a canna 88 kilogramas % de garapa á densidade de 1067 = 9,35 Baumé é egual a = 82,4 litros a 14,5%
assucar = 11,95% assucar + 0,74% glucose = 12,69 assucar total
Por conseguinte perda em assucar
No bagaço –2 kilogramas assucar %? Assucar extrahido 8,81 %
[111] Companhia Uzina Consanção de Sinimbú Descripção do trabalho da Fabrica de assucar de canna de Sinimbû – Norte
do Brazil Director Monsieur[?] Williams Pelo chimico da mesma Monsieur Maurice Lauglet
Quantidade de canna trabalhada 15.397,8 toneladas por 64 dias, o que faz por 24 horas 240,59 toneladas
Fibra por % de canna 10,88
Pezo total da garapa extrahida por toda a fabricação 10.553810 kilogramas = 97766 Hectolitros com uma densidade media
de 1079.49
Extracão [sic] media % 10553810 = 68.54 kilogramas
15397810
Analyse media da garapa da canna:
Densidade .................................1079.49 = 11º Baumé
Assucar % centimetros cubicos .........................18.623
Dito % gramas .....................17.250
Pureza .........................................88.526
cinzas ............................................0.308
Quoficiente Salino ......................60.464
Glucose .........................................0.632
Acidez natural ...............................0.236
Perda nos moinhos
O esmagamento da canna é feito em dois pares de moinhos de 3 cylindros um a seguir ao outro, isto é, perção dobrada.
Quantidade de canna trabalhado – 15.397810 kilogramas
Dito de garapa extrahivel – 13.721.725 “
Dito dito extrahida – 10.553.810 “
assucar % centimetros cubicos = 18.623
“ % gramas = 17.25
Assucar extrahivel 13.721725 x 17,25 = 2367.001
Dito extrahido 10.553810 x 17,25 = 1820.532
Será differença ou perda 546.469
segue //
[112] ou % kilos de canna 546.469 = 3.548
15.3978
1º periodo de moagem 5.135.490 kilogramas canna – Rendimento –
Quantidade d’assucar trabalhado em 1er jet branco e 2º jet e 3º jet
Assucar produzido em 1er jet = 266.240 kilos será % canna 5.184
dito 2er jet = 124.640 “ “ “ 2.467
Dito 3er jet = 64.720 “ “ “ 1.281
Total 8.932
Mas como refundiram assucar de 3º jet para fazer branco de Demerára o rendimento real será em branco
1º jet – 5,1824
2º jet – 2,4670
3º jet – 0,9580
2º periodo de moagem 10,262320 kilogramas canna– Rendimento –
105
Assucar 1er jet demerara[sic] a 96% produzido 947.680 kilogramas ou % 9,234
Dito 3er jet “ “ “ 115.600 “ 1,126
Total 10,360
Analyse media da masse cuite e melaços Trabalhado em branco
Densidade – Assucar – Pureza – cinzas – Quoficiente – Glucose
Salino masse cuite
1er jet = 1508 – 81,30 – 86,69 – 1,527 – 53,12 – 5,719
2er jet = 1512 – 75,12 – 79,59 – 2,670 – 28,24 – 7,820
3 jet =
er
1491 – 57,43 – 62, 40 – 4,107 – 14,25 – 12,090
Trabalho em “demerára”[sic]
1er jet =1510 – 76,03 – 80,85 – 2,03 – 37,45 – 5,965
2er jet =1493 – 58,21 – 63,70 – 3,80 – 15,31 – 10,534
Melaços
1438 – 41,76 – 49,76 – 4,686 – 8,911 – 12,539
O volume da melasse cuite % de canna é pouco mais ou menos de 11,77 litros
segue //
Malto-Peptona ...........................1 “
Desfeito em um litro d’agua pura
Levou 50 centimetros cubicos de fermento do apparelho Barbet
145 Rubrica a lápis.
106
Principio da fermentação em 7 de Junho 1906 – terminou a 11 do dito
Pezagem para ver a perda em acido carbonico – pezo normal 1,606 kilogramas
1ª pezagem – 1,581 kilogramas – segunda pezagem 1,565 kilogramas
Acidez do vinho —— 2,15 gramas por litro – Densidade Baumé 0,25 – assucar cristalisavel não fermentado por litro 1,122
gramas – alcool por % Destillado 500 centimetros cubicos = 11,6 em 20 = 10,9 = 5,45 % a 15º temperatura
Ora como não foi transformado 1,122 gramas d’assucar daria se a transformação fosse completa 6,12% //
[115]146 Epuration des Eaux Residuaires de la Diffusion. Notas de Monsieur Henri Bochet – Chimiste
Cette épuration peut se daire très facilment soit au moyen du perchlorure de fer soit au moyen du sulfate de fer et de la chaux.
Le principe de la méthode est trés simple: il est basé sur ce fait que la chaux en réagissant sur le sel de fer produit un précipité
d’hydrate fenique extrèmement volumineux qui forme comme une laque entrâuraut dans sa precipitation la plus grande partie
des matières organiques. Ce précipité se forme trés rapidement et se faire separer facilment de liquide dans lequel il a ché formé.
L’application de ce procédé aux eaux du moulins de repression fermettrait de rentrer <sans mouvement> presque toutes ces eaux
à la diffusores et ou aurait l’avantage de gagnes la sucre qu’elles contennent.
L’installation purrait se faire très facilment et la quantité de réactifs à employer serait bien minime. Il suffisait de 10 à 15
grammes de Sulfate de fer en solution et de 1/2 à 3/4 de litre de lait de chaux a 20º Baumé pour épurer un hecolitre d’eau.
segue //
146 Página com informação proveniente de 2 autores. Os informes em língua francesa não pertencem a João Higino Ferraz, mas sim, como se constata, a
Henri Bochet, químico que exerceu funções na fábrica do Torreão.
107
[116] Considerações sobre o emprego das aguas de deffusão na rehentrada no trabalho.
As vatagens[sic] que podem addevir da rehentrada das aguas perdidas da diffusão são varias:
1º Quasi todo o assucar que era perdido nos moinhos de repreção do bagaço e nos petit eaux torna a entrar na diffusão é
n’esse caso aproveitado.
2º Estas aguas sendo apuradas pelo sulfato de ferro e cal tornam-se acepticas, livres de microbios diversos, e n’esse caso a
bateria conserva-se em estado puro influindo sobre o jus de diffusão.
3º Como o assucar não é perdido nas aguas dos moinhos de repreção, podemos soutirar de cada diffusor menos um ou 1 1/2
Hectolitros de jus puro, dando isso o resultado de augmentar a densidade do jus de diffusão e a sua pureza.
4º O triple terá um liquido mais denso a evaporar e em menor quantidade, tornando-se o trabalho mais rapido e xaropes mais
densos.
Teremos que empregar sempre um certa [sic] quantidade de agua pura para repor que se tira na soutiragem aos depositos de
medida:
Ex: Fazendo 200 toneladas de canna em 24 – serão 153 deffusores carregados à rasão de 1300 kilogramas de canna cada
um; tirando somente 12 1/2 Hectolitros de jus de diffusão, e como se mettem 9 Hectolitros de garapa ficará para a agua 4
Hectolitros pouco mais ou menos ou sejão 6120 Hectolitros em 24 horas
A quantidade de agua a menos a evaporar, tirando jus mais densos será: se tiravamos 14 Hectolitros por diffusor e se
passarmos a tirar somente 12 1/2 Hectolitros tiramos menos 1 1/2 Hectolitros em 1300 kilogramas canna o que será para as 200
toneladas 229 Hectolitros d’agua que teremos de evaporar a menos. //
[117] Laboração da Fabrica de Assucar no anno de 1906 – Relatorio –
Moagem da canna: A moagem da canna foi feita da mesma forma que em 1905, somente, devido ao vapor ser mais regular
que nos annos transactos a moagem foi mais regular e por isso a quantidade de canna moida por 24 horas foi um pouco mais,
regulando entre 60 a 62 diffusores por 12 horas com uma carga media de 1300 kilogramas de canna, ou sejam 156000
kilogramas a 160.000 kilogramas em 24 horas. A causa da regularidade do vapor foi devido a um esquentador d’ar colucado na
caldeira de queimar bagaço, cujo ar quente é que servia á combustão do dito bagaço (ar a 120º Centigrados)
A canna n’este anno foi de melhor qualidade, sendo o seu cueficiente em garapa meior do que no anno de 1905, regulando
talvez 83% em logar de 80% como no anno 1905. É minha opinião que a causa é a canna Yuba conter meior coefficiente de
garapa do que qualquer outra casta de canna, e como n’este anno tivemos 2/3 d’esta qualidade de canna é por isso que o
coeficiente de garapa augmentou.
Sulfitação da garapa: Apparelho Quarez: N’este anno o trabalho da sulfitação seguio a mesmo forma do anno transacto.
Diffusão do bagaço e defecação da garapa na bateria:
O processo usado no corrente anno foi perfeitamente o que manda Monsieur Naudet147 na sua explicação do processo feita
em 1904 e 1905, por carta. A quantidade de garapa por diffusor foi de 9 Hectolitros, mas depois da Semana Santa como a
quantidade de garapa na canna diminuiu e o bagaço aumentasse, metia-se sô 8 1/2 Hectolitros para evitar de fazer o tassement
do bagaço o que não dava bom // [118] resultado no epuissement. A extração media por diffusor foi de 99,57 litros por 100
kilogramas de canna, mas sendo o jus de diffusão n’esse caso menos denso, mas a pureza a mesmo do que no anno 1905. (Em
1905 – 12% assucar em 1906 – 11,43%)
Esta extração meior é na meior parte devido á canna conter mais garapa do que 1905. A quantidade de canna por diffusore
foi na media de 1309 kilogramas (em 1905 foi de 1340 kilogramas)
A quantidade de cal (leite) por diffusor foi um pouco menos que em 1905, mas a quantidade de baryte foi meior [.] Em todos
os depositos de medida levou Carbonato de Soda e o jus ficava legueiramente[sic] alcalino, mas esta legeira alcalinidade era
devido ao Carbonato de Soda.
A quantidade de Carbonato de Soda foi no principio de 0,500 kilogramas por diffusor, sendo depois diminuida a 0,400
kilogramas
A quantidade de leite de cal a 20º Baumé foi na media de 2 litros a 2,5 litros por diffusor.
O baryte empregou-se 6 litros a 10% por diffusor.
No corrente anno tivemos dois sulfitadores antigos para fazer a percipitação dos carbonatos alcalinos, tendo um em trabalho,
e o outro sempre limpo, para fazer-se a modança quando a ebulição se não fazia bem: Montei um thermometro registrador á
sahida do jus para os feltros de forma a ver se o trabalho hia regular. O resto do trabalho foi feito da mesma forma que em 1905.
108
Triple-effet: – O trabalho do triple, foi muito bom, sendo sempre limpo de 8 em 8 a 10 em 10 dias. A prova está na
quantidade de garapa (jus de deffusão) evaporada por 24 horas ser meior em 240 Hectolitros do que no anno 1905, e em uma
densidade um pouco inferior.
Neste anno montou-se uma bomba para a extração do xaropes do triple-effet que deu magnifico resultado fazendo com que
a evaporação fosse sempre regular visto não haver introdução d’ar na columna barometrica como nos transactos quando se //
[119] formava o vacuo no monte-jus do xarope.
O vapor exausto conservava tambem uma perção mais regular entre 0,5 kilogramas a 0,6 kilogramas, o que dava causa a
uma ebulição constante na primeira caixa do triple. Todas estas regularidades dava causa a um trabalho rapido do triple effet e
que devia influir muitissimo na qualidade do xarope.
Xaropes: – O tratamento do xarope foi o mesmo do de 1905, simplesmente o aquecimento foi sempre regular de 80º
Centigrados, por isso que tinhamos uma serpentina de vapor sempre limpa e trompta[sic] a ser modada. Não empregamos n’este
anno o vapor do triple da primeira caixa no aquecimento dos xaropes, por isso que todo o vapor era absorvido pelas outras
caixas do triple.
Cosimento de 1er jet: Tivemos este anno um novo cuiseur cujo trabalho foi regular, contudo o grão de assucar era um pouco
mais pequeno, mas deu causa a que o epuissement dos egoûts foram melhores, ainda que o rendimento em 1er jet da Franceza
foi um pouco menos, regulando entre 67 kilogramas a 70 kilogramas em assucar turbinado por Hectolitro de massa cosida. É
verdade porem, que n’este anno, em quasi todos os cosimentos de 1er jet da Franceza, e no fim o cosimento, os egoûts riches
d’esta mesma massa cosida de 1er jet eram introduzidos na caldeira para completar o cosimento, e que devia no rendimento em
assucar. Mas esta forma de proceder é bastante racional, por isso que esses egoûts riches eram bastante puros e ricos em assucar,
e quasi comparaveis ao xarope.
Melaxeur no vacuo: – Este apparelho trabalhou regularmente bem, fazendo o épuissemente perfeito dos egoûts pauvres //
[120]148 da massa cuzida de 1er jet, egoûts riches e pauvres d’este mesmo melaxeur. Neste anno como mais atraz explico quasi
nunca se introduzio os egoûts riches da Franceza no melaxeur. A differença do anno de 1905 é que na turbinagem da massa
cosida do melaxeur no vacuo se separava os egoûts riches, que eram introduzidos primeiro juntamente com os egoûts pauvres
da Franceza de 1er jet cuja pureza era mais ou menos egual, e sô depois é que introduziamos os egoûts pauvres do melaxeur para
complemento do cosimento.
Melaxeurs abertos: – N’este anno montamos mais dois d’estes melaxeurs de 100 Hectolitros com fundo falso para
aquecimento e arrefecimento da massa cosida do melaxeur no vacuo, sendo ahi alimentado com os egoûts pauvres do melaxeur
no vacuo por espaço de 20 a 22 horas. Os melaxeurs eram sempre aquecidos antes de fazer a descarga da massa d’entro delles,
e sô depois de 3 horas e que se principiava o arrefecimento lento da massa. Desta forma o épuissement era perfeito tanto no 1er
jet como nos cosimentos do melaxeur no vacuo.
Os egoûts como clerce para os melaxeurs abertos eram clasificados pela seguinte forma
Clerce paras[sic] os dois melaxeurs do 1er jet da Franceza eram os egoûts pauvres d’esta mesma Franceza.
Clerce para os dois Melaxeurs da massa cosida do melaxeurs no vacuo, eram os egouts pauvres d’este mesmo melaxeur.
Desta forma os egoûts pauvres sahidos do melaxeur no vacuo eram bastante épuissés que não valeria a pena fazel’os em 2º jet
se não fosse uma forma de concentrar esses egoûts para gordal’os visto os não poder empregar na occasião. //
[121] Turbinagem da masse cuite: – A turbinagem da Masse Cuite da Franceza foi feito em assucar BB de boa qualidade [.]
A Masse Cuite do Melaxeur foi feito [sic] em assucar BT a meior parte e algum em B2, fazendo-se a separação, em qualquer
das duas turbinagem [sic], dos egoûts riche e pauvre.
Rendimentos em assucar: – O rendimento em assucar de 1er jet foi superior ao de 1905 em 1,190 kilogramas por 100
kilogramas de canna, e o de 2º jet inferior em 0,200 kilogramas do que em 1905
Masse Cuite virgem por % de canna 11,60 litros.
O meior rendimento da canna do corrente anno é devido na meior parte á canna conter mais sumo (garapa) (em 1905 = 80
litros % em 1906 = 82 litros %) do que usualmente, e tambem em parte devido ao bom trabalho das garapas, melhor
epuissement dos egoûts devido aos dois novos melaxeurs, e trabalho mais rapido. Funchal 1 de Setembro 1906 [Ass:] João
Higino Ferraz //
148 Anotação colocada na cabeça da página: «Nota: N’este anno para fazer a desinfeção da bateria empreguei o chloreto de cal em dissolução a 10% na
cauda da bateria, empregando 20 a 40 litros por 12 horas, o que deu bom resultado.».
109
[122] Fabricação de 1906 –– Resultados geraes Em 26 de maio 1906 [Ass:] Ferraz
Pezo da canna trabalhada 11.888.161 kilogramas
Requeza em assucar da garapa por hectolitro 14,71 kilogramas
Volume total da garapa extrahida 80.375 Hectolitros
Volume da garapa extrahida % kilogramas de canna = 67,6 litros seja 72,17 kilogramas
Volume total (medido a quente) do jus extrahido da diffusão = 121.924 Hectolitros
Volume (medido a quente) do jus de diffusão extrahido % kilogramas canna 102,5 litros
Contando uma Volume total (medido a frio) do jus de diffusão 118.266 Hectolitros
concentração
de 3%
{
Volume (a frio) do jus de diffusão % kilogramas canna 99,57 litros
Riqueza em assucar do jus de deffusão (a 20 temperatura) por hectolitro 11,43 kilogramas
Densidade da garapa media 1067.5
Assucar entrado em fabricação pelo jus de deffusão 11.43 x 118.266 = 1.351.780 kilogramas seja 11,37 % canna
8,53 kilogramas % Assucar turbinado (armazenado) 1er jet em BB e B2 e BT = 1.014060 kilogramas
0,200 kilogramas Dito dito ( “ ) 2 jet ————————- = 23790
Melaços: 551.493 kilogramas assucar % <Clerget % 34,74> pela fermentação a 60 % kilogramas assucar = 241.700
kilogramas será por % kilogramas canna 4,641 kilogramas
149
Ganhos e Perdas de fabricação: assucar total na canna = 1520.495 kilogramas
assucar puro entrado em fabricação – assucar puro = 1351.780 kilogramas
assucar puro turbinado em 1er jet e 2º jet =
assucar puro no melaço —————————- = _______________150
Total do assucar extrahido = ___________________ __________________
Perda de fabricação –– –– =
Por % kilogramas de canna será = kilogramas assucar na canna 12,79 kilogramas
Destribuição de perdas por % kilogramas canna: Perdas total:
Moinhos de repressão do bagaço epuissé = 0,47 kilogramas
Assucar no bagaço épuissé (55% agua) = 0,06
Transformação em glucose infermenticivel = 0,25
Perda desconhecidas ————— = _______
Perda total % kilogramas canna
Nota: Bagaço % de canna 25 kilogramas
garapa na canna 87 litros % kilogramas canna.
O Director. [Ass:] João Higino Ferraz151 //
149 A partir desta linha de texto, e até ao fim da página 122, toda a informação registada foi “inutilizada”, rasurada se quisermos, através de dois traços
oblíquos (à imagem de um X), feitos com lápis de cor vermelha.
150 Espaços vazios deixados por Higino Ferraz.
151 A designação do cargo e a assinatura de João Higino Ferraz foram rasurados com lápis de cor vermelha.
110
Perdas de fabricação alem da diffusão:
Assucar total entrado em fabricação ——— = 1351780 kilogramas
Assucar puro turbinado de 1er e 2em jet = 1.010.987 kilogramas
Assucar puro no melaço Clerget= 191.588 = 1202575
Perda de fabricação ———— = 149205
Será por % kilogramas canna 1,255 kilogramas
Perdas totaes por % kilogramas de canna:
Perda na diffusão = 0,710
Perda na fabricação = 1,255
1,965
Conta do assucar transformado em glucose –
Glucose entrada em fabricação pelo jus de diffusão 118,266 Hectolitros x 0,68 = 80.420 kilogramas
Glucose entrada em fabricação pela canna 97553 Hectolitros x 0,83 = 80.958 kilogramas
Glucose contida nos assucares Turbinados:
Assucar BB e B2 2.717
Dito BT 3.118
Dito de 2em jet 554
Glucose nos melaços destillados 101.022
Pezo total da glucose sahida 107.411
Pezo da glucose entrada (Diffusão) 80.420
Por conseguinte glucose formada pela fabricação 26.991
Será por % kilogramas canna 0,227 kilogramas = 0,215 kilogramas de saccarose
segue //
111
Typo Mascavado 2º jet = 23790 kilogramas = 20.031 kilogramas assucar puro
Analyse:
Cristallisavel .........................84,200
Glucose ...................................2,770
Agua........................................2,840
Cinzas......................................4,240
Indeterminados ................... 5,950
100,000 //
[125] Estudos praticos de Monsieur Effront153 sobre o emprego do acido fluorhrydrico nas fermentações.
Effront concluio de seus ensaios que as levaduras, depois de um tratamento com quantidades gradualmente mais elevadas
de fluoruro adquire um poder fermentativo consideravel que se pode calcular como decupto[sic] em comparação ao que era
antes do tratamento fluorado
Este tratamento teve egualmente por effeito enriquecer as levaduras de propriadades que certos physiologistas consideram
como preveligiados contidos em sertas raças, previlegios que lhe parecem pertencer exclusivamente.
Como tal as levaduras, incapazes permitivamente de viver em um meio assucarado contendo 300 milligramas de fluoruro
d’ammonium (= 160 milligramas Acido Fluorhydrico) por litro, pode chegar, por uma serie de culturas, em meios de mais em
mais ricos em fluoruro, de se desenvolver n’este meio em apparencia mortal e de adequerir o poder de prolificar
abondantemente, e de fazer fermentar relativamente mais assucar pelo mesmo pezo.
Monsieur Lorel refazendo as esperiencias de’Effront, e chegou egualmente á conclusão que a levadura abituada a viver em
um meio rico em acido fluorhydrico, dá <transportados> em um meio mais fracamente fluorado, cellulas tanto mais activas
quanto o meio primitivo estava mais carregado de materia antisepticas [sic].
Indo mais longe em suas esperiencias, Monsieur Lorel chegou a fazer vegetar a levadura em um meio enserrando 1 grama
d’acido fluorhydrico por litro, seja 6 vezes mais antiseptico que o indicado por Monsieur Effront.
Cultivando as levaduras de cerveja em um meio contendo compostos de fluor, chegamos pois finalmente as aclimatar a esses
anticepticos, e as levar a um tal estado de accoutumance que as suas // [126] cellulas podem resistir a doses de fluor que não
supportariam as levaduras não abituadas: estas perderiam immediatamente o seu poder fermentante. A accoutumance das
levaduras ao anticeptico produz uma grande modança na vida physiologica da levadura. Constata-se que ellas se tornam menos
aptas a se reproduzir, a sua multiplicação deminui, mas ao mesmo tempo ella adequire uma exaltação muito mais prononciada
no seu poder fermentante: a energia fermentativa é fortemente augmentada.
Monsieur Effront tratou de ver se esta accoutumance aos antisepticos não tem por consequencia modificar o seu trabalho
chimico; os seus ensaios lhe demonstraram que a cccoutumance[sic] das levaduras aos compostos fluorados, tem por
consequencia modificar notavelmente o trabalho chimico das cellulas; produz-se mais alcool, e menos acido succinico e
glycerina.
O methodo empregado para chegar á accoutumance consiste em cultivar as levaduras em doses crescentes de compostos
fluorados; principia-se com 1 a 2 gramas d’acido fluorhydrico por hectolitro de mosto, e augmenta-se successivamente estas
doses, á medida que as levaduras se vão habituando. Para chegar a esta accoutumance, Effront aconselha o methodo seguinte;
procede-se a uma primeira fermentação, em presença de 2 gramas por hectolitro.
Depois da transformação de um quarto do assucar contido no liquido, junta-se de novo ao mosto 1 grama d’acido por
hectolitro, e deixa-se a fermentação continuar, até ao momento em que a metade do assucar desapareceu. A este tempo, toma-
se um hectolitro de mosto em fermentação, e introduz-se em 9 hectolitros de mosto fresco addicionado de 4 gramas d’acido
fluorhydrico por hectolitro. // [127] Depois da transformação do quarto da proporção do assucar contido no novo mosto,
continua-se a operar como acima. A terceira passagem da levadura, 7 gramas por hectolitro, faz-se com 7 gramas d’acido no
principio.
Depois de uma serie d’operações analogas, e juntando a dose supplementar de fluor somente no momento em que se
constatou uma fraca sporutação[sic] (momento que corresponde ao desaparecimento do quarto do assucar do mosto), as
levaduras acabam por fermentar em presença de 30 gramas d’acido por hectolitro.
Ellas se acostumam por assim dizer a esta dose antiseptica, e ellas adequirem vis-á-vis uma certa immunidade que não
153 Effront, Jean, Les Catalyseurs biochimiques dans la vie et dans l’industrie, Ferments protéolytiques, Paris, H. Dunod et E. Pinat, 1914.
112
possuiam anteriormente.
Examinando as causas de esta differença d’acção, Monsieur Effront pensa que residem evidentemente no estado de vigor
especial adequerido pelas levaduras acostumadas.
Resultados praticos feitos por João Higino Ferraz em Junho 1906 com fermentação de melaço da Fabricação d’assucar da
Madeira (?) e Melaço de Cuba (?), com fermento pure race Nº II do Instituto de Berlin.
Fermento feito com meceração de malte e centeio e melaço a uma densidade de 6º Baumé, levando saes nutritivos (sulfato
de amonio 0,5 gramas por litro e sulfato de magnesio 0,5 gramas por litro) e uma dose de 0,03 gramas de H.FL. (acido
fluorhydrico a 18º Baumé) por litro, acido sulfurico 1 grama por litro.
Fermentação geral do melaço em 6º Baumé acidulado a 1 grama d’acido sulfurico po litro e 0,03 gramas de fluorhydrico.
Depois de 3 dias de fermentação e soutiragens regulares de metade do fermento do apparelho Barbet; juntei-lhe + 1/2 litro de
fluorhydrico (dissolvido na proporção de 9 kilogramas para 400 litros = 20 gramas Acido Fluorhydrico por litro) em cada 600
litros de mosto de melaço esterelisado, juntando-lhe sempre o saes [sic] nutritivos na dose acima para juntar ao restante no
apparelho em plena fermentação. Depois de 3 dias em fermentação n’esta dose de Acido Fluorhydrico (0,046) juntei-lhe nos
mesmos 600 litros de mosto de melaço esterelisado, o qual // [128] éra sempre tirado do mosto geral para fermentações, mas
que era sempre muito bem esterelisado a vapor durante 1/2 hora, mais 1/2 litro de Acido Fluorhydrico cuja dose ficou em 0,062
gramas por litro.
Assim continuou a fermentação durante 13 dias conscutivos[sic] com as doses acima.
A 14 de junho, como vi que o fermento principiava a mostrar algumas bacterias e a sua força fermentativa deminuia um
pouco, principiei a usar o Maltopeptona na dose de 1/2 kilograma por fermento (1100 litros) e principiei a augmentar
progressivamente o acido Fluorhydrico nas doses abaixo:
Doses de acido fluorhydrico por 600 litros de mosto esterelisado, e com já 0,062 gramas por litro de Acido Fluorhydrico [.]
Sais nutritivos na dose acima:
No dia 15 de junho – 3 litros de Acido Fluorhydrico = 0,162 gramas por litro
Dito 16 “ – 5 “ “ = 0,228 “
Dito 17 “ – 7 “ “ = 0,294 “
Do dia 16 em diante a fermentação geral era acidulada pelo fluorhydrico na dose de 0,07 gramas por litro.
O maltopeptona era empregado de 2 em 2 dias (1/2 kilograma) deitado directamente no apparelho Barbet depois de dissolvido
com agua esterelisada com 3 ou 4 gotas de fluorhydrico
Estado da fermentação: A fermentação geral tomou uma actividade bastante desenvolvida, assim como o fermento, sendo o
estado d’elle quasi puro.
A 25 de junho principiei a diminuir o Acido Fluorhydrico no fermento do apparelho Barbet da seguinte forma:
Dia 25 – 6 litros de Acido
Fluorhydrico por 600 litros = 0,253 gramas por litro – Fermentação geral 0,053 gramas
Dia 26 – 5 litros de Acido
Fluorhydrico por 600 litros = 0,219 “ – “ “
Dia 27 – 4 litros de Acido
Fluorhydrico por 600 litros = 0,186 “ – “ “
Primeiro desenvolvimento do fermento puro Raça II do Instituto de Berlin
Agua pura ——————— 12 litros
Assucar branco ———— um kilograma Para um Kilograma
Acido sulfurico a 66º - 12 gramas
Acido fluorhydrico —- 6 centimetros cubicos = 0,01 gramas por litro (Solução a 20 gramas por litro)
Sel nourricier ————— 30 gramas
Esterelisar – arrefecer a 35º – juntar o fermento puro desolvendo-o bem, e deixar fermentar. Empregar depois no cosimento
de malte e centeio [?] //
[129] Para calculo de redução de álcool Tabella dos graus de aguardente Feita por Severianno A. de Freitas Ferraz
113
Graus Partes d’aguardente Graus Partes d’aguardente Graus Partes d’aguardente
Cartier correspondentes Cartier correspondentes Cartier correspondentes
a 100 alcool a 100 alcool a 100 alcool
10 1/4 8000 17 245, 7 38 107, 4
10 1/2 4000 17 1/4 242, 7 39 105, 8
10 3/4 2720, 7 17 1/2 236, 9 40 104, 3
11 2040, 8 17 3/4 232 41 103
11 1/4 1612, 9 18 227, 2 42 101, 9
11 1/2 1315, 6 18 1/4 222, 2 43 100, 9
11 3/4 1086, 7 18 1/2 218, 8 44 100154
12 917, 4 18 3/4 214, 1
12 1/4 793, 6 19 210, 5
12 1/2 699, 3 20 196, 8
12 3/4 621, 1 21 185, 1
13 558, 6 22 175, 1 Cartier Gay Lussack
13 1/4 505, 23 166, 3
13 1/2 469, 5 24 158, 7 42º = 97, 8
13 3/4 432, 9 25 151, 9 41º = 96, 5
14 401, 6 26 145, 9 40º = 95, 3
14 1/4 375, 9 27 140, 6 39º = 94
14 1/2 355, 8 28 135, 8 38º = 92, 7
14 3/4 338, 9 29 131, 5 37º = 91, 2
15 323, 6 30 127, 7 36º = 89, 7
15 1/4 310, 5 31 124, 2 29º = 76, 2
15 1/2 298, 5 32 121 28º = 74
15 3/4 288, 1 33 118, 2 27º = 71, 7
16 278, 5 34 115, 6 26º = 69, 3
16 1/4 269, 5 35 113, 2 25º = 66, 8
16 1/2 261, 7 36 111, 1 24º = 64
16 3/4 255, 1 37 109, 1 23º = 61, 5
50 centesimal[?] = 19 1/4 Cartier//
114
[131] Processo para a rehentrada do petit jus e aguas de deffusão no trabalho da mesma deffusão
As aguas vindas da deffusão carregadas de materias organica [sic] e assucar são apuradas no tanques [sic] AA’ pela forma
como mais atraz se explica, e seram todas passadas pelos filtros presses, indo ao tanque D para alimentar o tanque da agua de
deffusão F que terá um trop plaine para não haver perda alguma de agua.
Pelo Sechema abaixo se vê bem a forma do trabalho de apuração.
[133]157 Novo systema para o trabalho das masses cuites e epuissement dos egoûts para um Fabrica [sic] que trabalhe por
dia 200 toneladas de canna pela diffusão.
Cosimento completo no Cuite 1er jet. – Passagem ao melaxeur dans le vide de 30 Hectolitros de Melasse Cuite continuar o
cosimento 1er jet e no fim metter algum ou todo o egoût riche
Alimentar primeiro o melaxeur com os egouts de 1er jet e depois com os egouts pauvres do melaxeur
156 A página 132 não contém qualquer informação.
157 Os informes da página 133 estão dispostos na vertical em relação à mesma (principiando na margem do pé), mas o texto nela escrito é aqui reproduzido
na horizontal.
115
Descarregar a Melasse Cuite do melaxeur no melaxeur refoidisseur no vaco e alimentar ahi com os egouts pauvre do
melaxeur, continuando o aquecimento até complemento do melaxeur, arrefecer
//
[134]158
[135] Considerandos sobre o apuramento das aguas da diffusão, para a sua rehentrada no trabalho da mesma diffusão
A quasi totalidade do assucar perdido nos petit eaux e moulin de repression é aproveitado, que calculando em 0,50 d’assucar
% de canna as perdas nas aguas, e aproveitando uns 80% d’esse assucar em 15000 toneladas será aproximadamente 60
toneladas d’assucar total ou 54 toneladas contando a 90% o rendimento em assucar cristalisavel o resto será em melaço.
Qualquer perda na diffusão por derrames ou outro, será tudo aproveitado. As lavagens dos sacos dos filtros mechanicos ou
outros, cujas aguas douces ou são perdidas ou são aproveitadas para a fermentação, podem ser utilisadas nas aguas de diffusão
evitando n’esse caso um prejuizo na differença do valor do alcool para o assucar.
As aguas empregadas na diffusão por este processo serão perfeitamente esterelisadas e anticepticas evitando as fermentações
na bateria e evitando a formação de gazes na mesma.
Não usando este processo e querendo trabalhar 200 toneladas de canna em 24 horas, seremos obrigados a montar mais dois
diffusores, ficando n’esse caso com 10, para que se fassa bem o épuissement dos bagaços, e com isso a despeza será muito meior
para a sua montagem e custo dos dois diffusores, e a perda em assucar será sempre a mesma nas aguas (0,50).
Com o aproveitamento das aguas podemos tirar jus de diffusão mais densos, por isso que podemos levar a extracção do jus
de diffusão ao minimo, isto é, 92 a 95% em logar de 99,5% como n’este anno
Os jus de diffusão serão mais puros, mais densos // [136] e em menos quantidade para a evaporação (em 200 toneladas 80
hectolitros menos). O triple terá menos trabalho a fazer proporcionalmente, o que é uma grande vantagem. Com jus de diffusão
116
mais puros o coefficiente de pureza da Melasse Cuite de 1er jet será meior dando resultado de mais rendimento em 1er jet e
teremos n’esse caso menos melaço.
Porem:
Se empregarmos a rehentrada das aguas da diffusão seremos obrigados a ter um conductor de bagaço exausto dos diffusores
aos moulin de repression, por isso que com essa rehentrada as aguas aqueceram progressivamente e não é possivel fazer o
trabalho do bagaço dos diffusores por homens. Essa despeza de montagem com o conductor será bem compensada pela
economia do pessoal empregado n’esse trabalho, como se pode ver:
4 homens a 900 reis por 24 horas para 200 toneladas de canna 3600 em 15000 toneladas será 270$000 reis. O apparelho
com a sua montagem pouco mais poderá costar.
Empregando as aguas será tambem necessario uma nova bomba centrifuga propria para liquidos borrentos, para substituir
a que existe que está muito detriorada e é pequena.
Por tudo isto vejo que teremos o meior proveito em usar o aproveitamento das aguas, sendo a despeza tão pequena e tão
bem compensada que não exito em a aconselhar. Funchal 11 setembro 1906 [Ass:] João Higino Ferraz //
159 Nota na margem interior, escrita na vertical (principiando no pé da página e espraiada ao longo da página): «Nota: É necessario tambem de tempos a
tempos verificar a alcalinidade das aguas apuradas de forma a não subir muito esta alcalinidade.».
117
Com 36 sacos assucar 100 kilogramas e melaço de Barbados — 4300 kilogramas
Dito dito e egoûts da turbinagem ——— 3600 kilogramas
Com 50 sacos assucar (100 kilogramas) e melaço de Barbados - 5300 kilogramas
Dito dito e egoûts da turbinagem ——— 5000 kilogramas
Os egoûts riches eram sempre cosidos novamente e os egoûts pauvres da turbinagem eram repassados sô uma vez, sendo
depois cosidos em 2º jet. //
[139] Analyses dos egoûts pauvres depois da segunda pasagem e para 2º jet:
Brix apparente ....................................................79,70
outra
A
{ Saccarose ............................................................40,31
Glucose ...............................................................23,15
Pureza apparente .................................................50,57
Coefficiente glucosico apparente .......................57,42
B
{ Saccarose ............................................................35,83
Glucose ...............................................................22,26
Pureza apparente .................................................48,65
Coefficiente glucosico apparente .......................48,12
Analyse da Melasse Cuite 2º jet dos egouts pauvres: (media de 7 1/2 cosimentos)
Brix apparente ....................................................91,60
Saccarose ............................................................49,63
Glucose ...............................................................25,16
Pureza apparente .................................................54,18
Coefficiente glucosico apparente .......................50,70
outra (1 cosimento)
Brix apparente ....................................................91,35
A
{
outra (1 cosimento)
Saccarose ............................................................46,59
Glucose ...............................................................27,56
Pureza apparente .................................................51,00
Coefficiente glucosico apparente .......................59,15
B
{ Saccarose ............................................................44,43
Glucose ...............................................................26,31
Pureza apparente .................................................48,85
Coefficiente glucosico apparente .......................59,21
Como se vê pelas analyses acima os egouts pauvres baixaram de pureza, isto é, algum assucar do melaço foi cristalisado ou
servio para o grossissement do grão d’amorce.
Poderemos naturalmente empregar muito menos // [140] assucar e talvez um minimo de 500 kilogramas, mas n’esse caso
deveremos concentrar o melaço rico até ao ponto de filet fraco de forma a formar um xarope quasi saturado, que, para quando
se junte o assucar para amorce não seja elle dessolvido no dito melaço. Desta forma gastar-se-ha muito menos assucar e meior
quantidade de melaço.
O grão não ficará naturalmente tão grande, mas o melaço ficará desde já um pouco épuissee que sendo cosido depois em 2º
jet ficará perfeitamente épuissee.
Os melaços ou egoûts do 2º jet d’este processo deram o seguinte resultado na analyse:
Brix apparente ................................................77,65
Saccarose .......................................................31,89
Glucose ..........................................................25,16
Clerget real .....................................................36,36
Pureza real .....................................................46,82 apparente 41.06
Densidade – 1382 Coefficiente glucosico rial .............................69,21 “ 78.89 //
118
[141] Forma de empregar o processo da apuração das aguas perdidas da diffusão e sua rehentrada no trabalho da mesma
bateria.
Considerando um trabalho de 180 toneladas de canna em 24 horas (6000 almudes) teremos que apurar as aguas de repressão
do bagaço e as aguas restantes (petit eaux) que correspondem para esta quantidade de canna a 84950 litros d’agua pertencente
a 137 diffuzores (1310 kilogramas cannas) que será por hora 3540 litros de 5,7 diffusores.
As aguas enviadas pela bomba centrifuga aos tanques de apuração seram tamissée: A capacidade de cada tanque é de 53
Hectolitros mas sô se encheram até á capacidade de 40 a 45 Hectolitros. A quantidade de sulfato de ferro a juntar será de 15
gramas por Hectolitro e 3/4 litros de cal a 20º Baumé por Hectolitro. O sulfato de ferro será dessolvido em agua quente na
propurção de 10% (isto é 10 kilogramas para 100 litros) o que dará 100 gramas de sulfato de ferro por litro. Para os 45
Hectolitros serão necessarios 675 gramas de sulfato de ferro ou 6 3/4 litros de solução ferrica a 10% –– A cal a 20º Baumé para
45 Hectolitros será 33 3/4 litros. Deitar-se-ha primeiro o sulfato de ferro, mexendo bem o liquido a apurar e depois se juntará a
cal mexendo-o da mesma forma; espera-se a reação por 1/4 ou 1/2 hora, e depois será passado aos feltros presses.
Trabalhando como acima se explica 180 toneladas de canna em 24 horas, um tanque de apuração será cheio em 1 1/4 hora e
fazer-se há 19 tanques em 24 horas.
Seremos naturalmente obrigados a fazer uma liquidação de 8 em 8 horas de um tanque a fim de épuisser o bagaço que
progressivamente enriquererá[sic] em assucar. Ora um tanque de agua apurada corresponde a 7,2 diffusores, seja 8 diffusores
que corresponde a uma volta completa da bateria feita com agua ordinaria todas as 8 horas. Estas aguas iram
segue //
[142] a fermentar com melaço ou outro liquido assucarado mais denso de forma a ter uma densidade propria para a
fermentação. Por conseguinte em 24 horas teremos 135 Hectolitros de aguas para fermentar, e seram necessarios 2000
kilogramas de melaço por 24 horas para estas aguas ficarem com uma densidade de 6 a 7º Beaumé //
[143] Trabalhos dos petit eaux e molen de repression na rehentrada na bateria em 1907
Trabalhando 160 toneladas canna
Pelos calculos anteriormente feitos, contava-se que cada 100 kilogramas de canna dariam 48 litros de petit eaux, mas
procedendo-se á esperiencia vio-se que a quantidade de aguas eram mais que o dobro:
1ª esperiencia – 55 diffusores com tassement deu 17 tanques de 45 Hectolitros
2ª dita – 52 “ “ “ 15 “
3ª dita – 62 “ “ “ 20 “
A media será 56 diffusores produzindo 17 tamques de 45 Hectolitros, o que dará por diffusor 1366 litros, ou por 100
kilogramas de canna 105 litros. Um tanque era cheio n’este caso em 1 hora e 25 minutos.
Como se desejasse fazer a filtração em filtros presses d’estas aguas, e como as quantidades fossem meiores do que calculava,
não a pude fazer, como desejava. Alem d’isso vi que a feltração era deficil e não formava turtou. Por todas estas rasões,
empreguei as aguas directamente sem filtração, alcalinisando-as com leite de cal a 20º Beaumé até á reação alcalina no papel
tornesol sensivel bem pernunciada, e quando o lequido pelas rehentradas successivas perdia a alcalinidade, juntava-lhe meior
quantidade até que tornasse ao mesmo estado de alcalinidade. Vi que era conveniente conservar as aguas bem alcalinas e que
isso não prejudicava em nada o jus de diffusão como receava. Juntar-lhe tambem, como desinfectante o chloreto de cal
desolvido a 10%.
No principio da Fabricação quando a canna continha somente 14% assucar na garapa, fazia dua[sic] liquidações de 2
depositos de 45 Hectolitros em 24 horas, isto é, 180 Hectolitros, mas quando a canna subio em assucar a 16 a 17% na garapa
foi necessario fazer uma liquidação de 2 depositos de 8 em 8 horas, isto é, 270 Hectolitros em 24 horas com a canna a 14,
tambem se faziam de 2 en[sic] 2 dia [sic] uma // [144] liquidação de 3 depositos de 45 Hectolitros.
Deve haver o cuidado de não subir o assucar nos petit eaux do molin de repression a mais de 1,8 a 2% assucar nem tambem
descer a menos 1% de forma a conservar a pureza do jus de diffusão e não perder muito no bagaço que vai ás Caldeiras de
vapor. Deveremos fazer sempre a analyse da glucose nos petit eaux, para prevenir qualquer fermentação que se dê no liquido,
conservando o petit eaux alcalinos, mas não de mais.
Calculo da perda no bagaço, mostrando os petit eaux 2% assucar – O bagaço contem na media 56% d’agua,
n’esse caso = 56 x 2 = 1,12; a canna contem em
100
119
bagaco[sic] (umido) 26 %, n’esse caso: – 1,12 x 26 = 0,299 assucar por 100 de canna:
100
A 1% assucar nos petit eaux: 56 x 1 0,56% bagaco[sic] = 0,56 x 26 = 0,145 assucar por 100 de canna.
100 100
Deve haver o maximo cuidado na limpeza e desinfecção nos moinhos de repressão e em todos os depositos que contenham
ou passem os petit eaux.
A fermentação d’estes petit eaux fazia-se perfeitamente, depois de se lhes neutralizar a alcalinidade pelo sulfurico e
fluorhydrico, juntando-lhe melaços para o por na densidade propria de fermentação.
Segundo as nota [sic] das liquidações feitas em 12 dias, vio-se que a media por dia era de 7 tanques em 24 horas que a 45
Hectolitros cada um dava 315 Hectolitros de petit eaux. Como se juntavam a estas aguas para a fermentação todas as lavagens
dos sacos dos filtros e outros e alem d’isso os melaço [sic] para elevar a densidade a 6º Beaumé, vi, pela media de 15 dias, ser
de 577 Hectolitros por 24 horas total.
Por 100 de canna (315 Hectolitros) será 20 litros de petits eaux de liquidação em 1907
Dito será 10 litros dito dito em 1908 //
[145]160
[146] Modo de empregar os saes nutritivos (sels nourriciers)
O modo de empregar é extremamente silples[sic]. Faz-se dissolver os saes em agua fervendo, e junta-se ao mosto de cultura
na dose de 0.5 gramas a 1 grama por litro segundo a riqueza do mosto. Não nos devemos preocopar do legeiro residuo insoluvel,
que se solublisa em seguida favorecido pelos acidos durante o curso da fermentação.
Malto-Peptone
O melhor alimento nutritivo para os fermentos sejam quaes forem os seus empregos.
Direção dos Fabricantes em França: O. Bataille & C.ie. Usine à Puiseux –– Par Villers – Cotterets (Aisne) Françe
Dose = 500 gramas por 1000 litros de fermento = 0,5 gramas por litro
Calculo, segundo uma carta ao “Jurnal des Fabricants de Sucre” de
23 de stembro[sic] 1908, do consumo em assucar de Portugal:
“Até ao presente, sobre 30.000 tonneladas de assucar importado em Portugal, vem dos differentes payzes o seguinte:”
Brazil .......................................................................... 97 toneladas
Colonias portuguezas (Madeira incluido) .............. 7900 toneladas
França .......................................................................6000 toneladas
Allemanha e Austria ...............................................16000 toneladas
Total.....................29997
Grattes-Tubes – á lames amovibles et extensibles pour le nettoy-age des tubes de triple-effet – Breveté – E. Lagrelle-à
Louvres (Seine-et-Oise) //
160 A página 145 é uma folha – com informação, em letra redonda, no seu retro e verso, mas sendo apenas numerada no verso – anexada à margem interior
da página 146. Esta folha (cujas medidas são 21 cm x 16,7 cm) será proveniente, talvez, de um folheto publicitário (nas suas margens superior e inferior,
quer no retro e verso, temos escrito, «Drysdale & Co., Limited», «Bon-Accord Works, Glasgow»), com a conversão do sistema de medidas anglo-
saxónico (polegada, pé e outros) para o sistema métrico. Pelas suas características, achámos desnecessário reproduzir aqui esta informação.
120
Note B. = A cada operação em que se junta agua deve-se, na occasião de despejar prensar com o transforado vulante para
poder sahir a meior parte da agua.
Maneira de fazer o calculo da analyse pelo Saccarometro Laurent (16,29):
Como a analyse é feita no tubo 500 milimetros equival a 2,5 dos 200 milimetros [.] Como pezamos 100 gramas de bagaço
para fazer 1000 centimetros cubicos = 10 gramas por 100 centimetros cubicos [.] Achamos pela leitura no saccarometro por ex:
2,9 faremos o seguinte calculo: 2,9 x 0,1629 x 10 = 1,889 % assucar de bagaço ou canna
2,5 //
[148] Nota: Na analyse directa da canna, faz-se um echantilon bem medio de 4 ou 5 canna [sic] cortadas a deversas alturas
e peza-se da mesma forma 100 gramas de cossetes. Deve-se notar que antes de principiar a maceração pela agua quente
devemos juntar um pouco (1 grama) de carbonato de soda de forma a tomar o liquido bem alcalino, para prevenir qualquer
transformação em glucose. É preferivel o carbonato de cal. //
[148 Bis]161
[149] Carta de Monsieur Naudet162 de 14 junho 1907 sobre o novo apparelho triple-effet a montar para 1908
Examinei seriamente a carta que me enviaste escrita por Monsieur Milan, e eu possovos assegurar com relação ao Triple
effet; Elle vos dará uma grande economia de carvão com a condição que elle seja montado como vos indico, quer dizer com
prélévement:
1º Do cuite Freitag e dos rechauffeurs da deffusão sobre a 1ª caixa.
2º Dum rechauffeur de garapa e de um d’agua sobre a 2ª caixa.
161 À página 148 foi anexada uma folha (com retro e verso, mas numerada por J. Higino Ferraz apenas no retro com «148 Bis») proveniente certamente de
um folhetim publicitário; entre outras informações despiciendas, temos a visualização e explicação técnica do aparelho Zamaron de que fala o director
técnico da fábrica do Torreão nas páginas 147 e 148; esse aparelho é aqui reproduzido.
162 León Naudet.
121
Assim montado elle fará todo o trabalho que desejaes, mas sem contudo fazer mais de 300 toneladas.
Com efeito em um apparelho de evaporação tudo depende da ultima caixa, e esta é muito pequena e não pedirá senão 90
metros quadrados á segunda e 70 metros quadrados á primeira para fornecer os vapores que lhe são necessarios; este triple effet
não corresponderá pois que a 270 metros quadrados sem prelevement. Resta-nos pois muitos metros quadrados desponiveis em
1ª caixa e em 2ª, que devem ser utilisados por os prelevements, e como estes não são constantes, e[sic] necessario pois ter uma
superfice de aquecimento sufficiente para todo o trabalho não comprehendido aqui.
Eu seria de opinião de ter um triple mais pequeno, mas quando eu vi este e a sua desposição e vi seu preço, nada me restou
senão aconselhar-vos de o tomar, porque podeis sem grande despeza juntar-lhe uma caixa de 100 metros quadrados e fazer um
magnifico quadruple effet, que não fará mais trabalho (ao contrario) mas que dará ainda uma legeira economia. Pelo contrario
no dia em que desejeis fazer mais trabalho, será facil sendo sô sufficiente modar a ordem das caixas e metter 200, 110, 150 e
assim podeis aproximar de 400 toneladas; mas 200, 150, 110, não vos dará mais de 300 toneladas não ha pois nada a temer;
mas mettei bem os prélévement que eu indico para evitar as contra preções. //
[150] Com o vapor a 110º no corpo tutelar da 1ª caixa, tereis 106º na 1ª caixa para aquecer Cuite e deffusão e 95º na segunda
caixa, o que como vedes vos premitir ainda um chute com uma 4ª caixa.
Nota: Calculo do Triple effet sem prelevement:
300 toneladas de canna em 24 horas dão 231 diffusores (25 Hectolitros) a 14 Hectolitros de jus cada um = 3234 Hectolitros
seja = 3500 Hectolitros que transformado em xarope de 30º Beaumé será aproximadamente 685 Hectolitros.
Para evaporar (theoricamente) um Hectolitro de jus de diffusão de uma densidade 1054, ao estado de xarope a 30º Beaumé
em uma hora, será necessario 2 metros quadrados, 10 de superfice de evaporação no triple.
Como são necessarios evaporar 3500 Hectolitros em 24 horas = 145,8 Hectolitros por horas será: 145,8 x 2,1 = 306,18
metros quadrados de triple [Ass:] Ferraz
Calculo da agua evaporada do jus %:
Densidade do jus 105,5 <1055> = 7,9 Baumé – Densidade do xarope 125,6 <1256> = 30 Baumé
Equação = 100 (125,6 – 105,5) = 2010 = 78,51 % d’agua do volume do liquido
125,6 – 100 25,6
evaporado, será 785 centimetros cubicos por litro.
Fazendo 14 Hectolitros de jus de diffusão por 1300 kilogramas de canna será em 300 toneladas por 24 horas 3230
Hectolitros de jus, que produzirá:
Xarope a 30º Beaumé a frio –– 69,445 litros
Aguas amoniacaes evaporadas –– 253,587 litros
Total 3230,32 Hectolitros
Capacidade das caldeiras de vapor em 1908 – Caldeiras Babcock – 5 – multitubulares; sendo duas para bagaço e 3 para carvão.
Superfice de evaporação = 970 metros quadrados ––– Força em cavallo vapor 1050
Para a Fabrica de assucar, destillaria, e serragem. //
[151] Fabricação do assucar areado pelo systema Portuguel[sic], pelo processo do apparelho de Ollier et Roux –
Consecionarios Comp.ª de Fives – Lille – Lille – Nord – France
O apparelho compoe-se somente de uma melaxeur onde se faz a transformação em farinha do cosimento especial feito em
uma qualquer caldeira de vacuo, ao ponto muito serrado, e descarregado a uma temperatura elevada.
Melhor Casa Franceza (mas cara) para construcção de apparelhos de fabricas de assucar ou outras:
Compagnie de Fives – Lille – Societé Anonyme
Ateliers: = Fives – Lille (Nord) – Liege social et Administration = Rue Caumartin, 64, Paris.
Consecionarios dos Secheurs Huillard Alph.– Suresnes (Seine) Françe)
Melhor casa constructora (Ingleza) para engenhos de canna de assucar:
Harvey Eng.er Coy L.ed – 224 West Street
Glasgow. (Écosse)
Turbinas de motor a agua do systema “Weston”
Watson, Laidlaw & C.ª L.º
98 Dundos Street (south) Glasgow (Écosse)
Green’s Economiser (Economisador pelos gazes de combustão para aquecer agua das caldeiras de vapor)
122
E. Green & Son Limited – Economiser Works, Wakefield
Por cada metro quadrado de superfice de gralha das caldeiras de vapor e por hora não se deve queimar mais de 100
kilogramas de carvão de pedra //
123
[155] Ensaio de Cannas feito por Dr. Klein 7 junho 1908 Santa Cruz e Machico
Pezo das cannas ..............................................30991 kilogramas
Volume da garapa ...........................................179,50 Hectolitros
Densidade a 20º ...........................107,48
Assucar % centimetros cubicos......15,82
Analyse da garapa Pureza apparente ...........................79,02
Reductores .......................................0,74
Coefficiente glucosico .....................4,67
Beaumé ..........................................10,48
Analyse do bagaço {Assucar % gramas de bagaço —————-7,82
Pezo da garapa 1,0748 x 17950 = —— 19292,66 kilogramas
Pezo da bagaço [sic] por differença – 30991 kilogramas – 19292,66 kilogramas = 11698,34 kilogramas
Extracção ou litros de garapa % kilogramas de canna 17950 litros = 57,92 litros
309,91
Pezo da garapa extrahida % kilogramas de
canna 10748 x 57,92 = 62,25 kilogramas
Pezo do bagaço obtido % kilogramas
de cannas 11698,34 kilogramas = 37,74 kilogramas
309,91
Assucar na garapa por % kilogramas
de canna 15,82 x 57,92 = 9,162
100
Assucar no bagaço por % kilogramas
de canna 7,82 x 37,75 = 2,952
100
Assucar por % kilogramas na canna 12,114
Funchal 8 de Junho 1908. [Ass:] João Higino Ferraz
Xarope concentrado de canna:
30 kilogramas de canna com uma extração de 60º % dá 2,5 litros de xarope em 38º Beaumé = (1350 gramas por litro) 3,370
kilogramas –– 100 kilogramas de canna dá na proporção 11,230 kilogramas de xarope a 38º Beaumé, ou 11 kilogramas em 40º
Beaumé = 7,500 kilogramas assucar n’este xarope
Restará no bagaço assucar correspondente (a 12,5% assucar na canna) 5 kilogramas assucar % de canna. Que pela
diffusão se extraia 4,500 kilogramas <assucar> corresponderá a 6,600 kilogramas de xarope em 40º Beaumé.
Total extrahivel pela diffusão em xarope a 40º = 17,600 kilogramas % kilogramas canna
Vide mais adiante uma analyse. //
[156] Novo processo de destillação directa da canna de assucar, imaginado por mim (João Higino Ferraz) em 1907 – Agosto 1 –
O processo consiste em reduzir a canna a polpa fina, por meio de um apparelho ou desintegrador, e essa polpa depois de
obtida, é deitada <juntamente com agua> em uma espece de melaxeur com jaqueta onde é introduzido o vapor exausto das
machinas e ahi levado a uma temperatura suficientemente elevada (90º a 95º) para fazer a dissolução e a exosmose do assucar
contido nas celulas ou fibras da canna, durante um certo espaço de tempo e de continuo, sendo depois essa massa liquida
arrefecida á temperatura da fermentação, e deitada nas cubas de fermentação, onde toda a massa é sujeita á transformação do
seu assucar em alcool, sendo então, depois de fermentada, destillada em apparelhos apropriados.
Vantagens – Por esta forma de proceder, todo o assucar contido na canna é transformado em alcool, havendo sô as perdas
inherentes á fermentação e destillação.
O gasto de combustivel é muito menor por isso que se emprega somente um apparelho desintegrador, e todo o resto do
trabalho de maceração é feito pelo vapor exausto d’essa mesma machina.
O rendimento em alcool % de canna é o maximo que se pode obter.
124
Projecto d’apparelho: Nota: O apparelho desintegrador Warmoth-Hyatt – da Birmingham Machine and Foundry C.ª,
servirá?
Direcção – Frank S. Warmouth
New Orleans Luisiana
7th Floor Morris Building
[157] Considerações sobre a reentrada das aguas de diffusão para 1908, segundo Monsieur Naudet164
Segundo o conselho de Naudet165, os petit eaux e moulin de repression devem ser tratados separadamente, em vista de serem
introduzidos separadamente na bateria de diffusão pela seguinte forma: Supunhamos uma bateria de 12 diffusores:
125
O Nº 6 será o deffusor em circulação.
O Nº 7 em meichagem.
O Nº 8 Despejado.
O Nº 9 Deffusor <de> cúe[?].
O Nº 5 dito de tete em soutiragem.
Durante a soutiragem abrir V, abrir agua do Nº 11
fechar V fechar agua do Nº 9
Ao fim de 8 ou 9 hectolitros de soutiragem, fechar V, fechar agua do Nº 11
abrir V’, abrir agua do Nº 9
No presente caso, não empregando o ar comprimido para o despejo do diffusour (soutiragem de 8 Hectolitros) de cauda,
teremos muito meior quantidade de petit eaux do que de moulin de repression, por isso que com ar comprimido tiramos 8
Hectolitros, e corre do diffusor (petit eaux) uns 3 Hectolitros aproximados o que faz um total de 11 Hectolitros de petit eaux
Do moulin de repression, contando que um diffusor contenha 350 kilogramas de bagaço, e não empregando o ar
comprimido, este bagaço deve absorver 150% d’agua: temos 525 litros do moulin de repression: será:
Petit eaux –– 1100 litros
Moulin de repression 525 “
dará um total 1625 litros
Procedendo de forma como aconcelha Monsieur Naudet, deveremos metter os moulin de repression no 3º diffusor a contar
do de cauda, na occasião da tiragem do jus ao medidor, mas tirando (como pelo // [158] calculo acima) somente 5 a 5 1/2
hectolitros com o moulin de repression e os restantes com os petit eaux no diffusor de cauda.
Todo o suplemento de agua fresca necessaria é mettida por V’ obrigando de tempos a tempos a uma liquidação forçando os
liquidos assucarados a seguirem a bateria.
Mas segundo o Dr. Claassen (Bulletin Association des Chimistes Nº 6 de Dezembro de 1906 pag. 803) Tabalho[sic] da
beterraba; elle diz:
Convem reentrar as aguas de despejo (petit eaux) dos diffusores e as das presses-cossetes separadamente na diffusão, ou
depois de as ter mesturado, e ter agua fresca como complemento?
Suponhamos que temos estas aguas separadas de maneira a fazer reentrar, durante a meichagem, primeiro a agua das prensas
(moulin de repression), que é a mais rica em assucar, depois uma parte das aguas de despejo dos diffusores (petit eaux) e em
seguida, emquanto o jus de diffusão sai da bateria, (soutiragem) primeiro o resto da agua dos diffusores (petit eaux) e em
seguida agua fresca. Que acontecerá?
Depois da meichagem, a agua das prensas encherá a parte inferior do ultimo diffusor e uma parte da tuboladura, em quanto
que a agua de despejo dos diffusores encherá a parte superior do ultimo diffusor. Depois durante a soutiragem do jus, a agua
das prensas passará á parte inferior do penultimo diffusor e mesmo á parte superior do diffusor seguinte, emquanto que a agua
de despejo dos diffusores encherá o penultimo diffusor.
Procede-se depois ao despejo do ultimo diffusor, e introduz-se as agua [sic] das prensas no penultimo diffusor. Esta agua
seguirá a agua de despejo dos diffusores que é menos rica; há pois paragem no epuisement das cossettes.
Por conseguinte, é mais logico e mais simples mesturar as trez aguas, e reentrar a mestura uniformemente na diffusão. Julho
– 1907. [Ass:] João Higino Ferraz //
[159] Temperatura da bateria de diffusão em 1908 (março 30 a 31)
Quando a Fabrica estava em marcha regular acontecia muitas vezes que tanto a soutiragem como a maixagem pela verde
era lenta; depois de se procurar as causas de esta lentidão viemos ao conhecimento que a verdadeira causa era a temperatura
alta da bateria, que, formando vapores na tuboladura verde impedia a sahida do lequido. Montamos umas pequenas torneiras
na parte superior de cada tubo de soutiragem quasi junto á valvula:
Com as temperaturas, altas ou baixas tiramos o resultado seguinte:
126
Em 30 de março, bateria muito quente: –– Em 31 de março, bateria mais fria:
Trabalhando os dois pequenos calorizadores –– Não trabalhando os calorizadores
No fim da soutiragem dos 8 Hectolitros com ar –– No fim da soutiragem dos 8 Hectolitros com ar:
Diffusor em circulação 92º a 97º == O corespondente ————————- 89º a 93º
“ Nº 1 —————————- 92º == “ ————————- 87º
“ Nº 2 —————————- 89º == “ ————————- 80º
“ Nº 3 —————————- 87º == “ ————————- 75º
“ Nº 4 —————————- 85º == “ ————————- 70º
“ Nº 5 —————————- 84º == “ ————————- 66º
“ Nº 6 —————————- 83º == “ ————————- 63º
“ Nº 7 —————————- 81º == “ ————————- 61º
“ Nº 8 —————————- 76º == “ ————————- 60º
“ Nº 9 —————————- 71º == “ ————————- 58º
Temperatura petits eaux 64º reentregação = ——————— - 57º
Analyse dos petits eaux das duas esperiencias:
Pela forma acima – Moulin de repression assucar % 0,73 = Moulin repression – 1,18%
Petits eaux – “ – 0,32 = Petites eaux – 0,89%
Como bem se vê o aquecimento é de grande vantagem no epuissement do bagaço que vão aos moinhos de repressão.
Nota: A temperatura da agua ou petit eaux que entram na bateria, quando aquecidas por rechaufeurs, devem ser
conservadas n’uma temperatura de 50 a 60º mas n’unca superior a 65º, para não enpedir a circulação. //
[160] Processo de diffusão ou maceração continua directa da canna em cossetes ou do bagaço de João Higino Ferraz
A questão principal para a economia e regularidade de trabalho com epuissement maximo é o emprego da diffusão ou
maceração continua: Parece-me se poder obter este desideractum com o apparelho abaixo descripto:
Sechema do apparelho
127
O apparelho é composto de elementos impares A, B, C, D, E, em meior ou menor quantidade conforme a materia a tratar
for mais ou menos rica em assucar. Estes elementos tem envelope para vapor para dar o aquecimento necessario e teem todos
um elice elycoidal cujo movimento é dado pela rodas [sic] de ingrenagem K1 a K5 em movimento contrario como mostra a figura
O. A materia a tratar (canna em cossetes, bagaços ou beterraba) cai no tremis (muega) G a qual é forçada a seguir o sentido da
flecha em virtudo do elycuidal até chegar ao elemento F com a inclinação de 45º, e de ahi ás prensas para extração da agua.
A agua para a deffusão ou maceração segue um movimento contrario entrando em I e sahindo em J a um tremis e depois á
Fabrica. Os elices elycoidales são transforados de forma a deixar passar o liquido sem contudo deixar passar as cossetes ou
bagaços.Funchal 26 dezembro 1907 [Ass:] João Higino Ferraz //
{ }
“ “ Nº 2 ——————- 45º = “ “ Nº 3 ——— 69º
Antes da soutiragem
Durante a soutiragem de 8
“ “ Nº 3 ——————- 59º = “ “ Nº 4 ——— 77º
com o ar
Hectolitros com ar
“ “ Nº 4 ——————- 68º = “ “ Nº 5 ——— 82º
“ “ Nº 5 ——————- 74º = “ “ Nº 6 ——— 82 1/2º
“ “ Nº 6 antes de Nº 7 ——— 82º
soutiragem ——- 80º = “ “ Nº 8 ——— 83º
“ “ Nº 7 em circulação 95º = “ “ Nº 9 ——— 87º
Nº 10 durante
soutiragem 93º
Nº 11 em circulação 98º
Tinhamos em 1908 dois rechaufeurs, aquecidos pelo vapor da 2ª caixa do triple um para os petits eaux e outro para o moulin
de repression, e quasi toda as [sic] aguas amoniacais do triple entravão no pequeno tanque dos petits eaux para complemento
da agua necessaria e ainda ás vezes alguma agua fria. A temperatura da agua ao sahir dos rechaufeurs num trabalho corrente era
de 55º a 57º centigrados.
Vi que seria ainda de grande conveniencia ter mais um tanque pequeno para ser n’elle deitada sô aguas amoniacas do triple
e a agua pura necessaria e os petits eaux num tanque tambem separado, mas ambos elles ligados á mesma bomba centrifuga.
Em 1908 empregou-se os tanques seguintes:
3 de 80 Hectolitros para os moulin de repression fazendo somente as liquidações do fundo dos tanques que representavem
aproximadamente 18 Hectolitros
cada uma
1 pequeno tanque de 35
Hectolitros para os petites eaux e
aguas amoniacas ou fresca.
Tanto a primeira sere de tanques
de 80 Hectolitros como o pequeno
de 35 Hectolitros heram com bomba
centrifuga “Vauquier” separada.
Em cada tanque de moulin de
repression fazia-se uma liquidação
dos pés que representava 18
Hectolitros. Pelo calculo feito
regulava a 2 Hectolitros por
deffusor (1470 kilogramas canna).
//
128
Diffusores de 30 Hectolitros podem fazer bem
Com perção 1 1/2 kilogramas, 300 toneladas de canna em 24 horas
Com perção de 1 1/2 kilogramas fazia-se 225 toneladas 24 horas
Diffusores de 25 Hectolitros { Dito de 2 kilogramas fazia-se 300 toneladas 24 horas
12 Diffusores de 25 Hectolitros
Montagem como está feita na Fabrica
de William Hinton & Sons – Funchal
em 1908 com 12 diffusores de 25 Hectolitros
Funchal 25 Fevereiro 1908. [Ass:] João Higino Ferraz
129
Nota: Quando se trabalhe com a bateria bastante quente (o que deve ser sempre) deve haver em todos os tubos de
soutiragem, junto a valvula uma pequena torneira de descarga de vapor ou ar. //
[Ass:] Ferraz //
[165]167
166 As páginas 164 e 165 constituem o retro e o verso de uma folha (31,3 cm x 21,5 cm) que foi anexada (colada) à margem interior da página 166.
167 A página 165 não contém qualquer escrito.
130
Trabalho de 300 toneladas de canna em 24 horas
Com o apparelho limpo podia-se fazer perto de 400 toneladas canna
Cuites da Fabrica do Torreão em 1908.
Os melaxeurs no vacuo para trabalharem bem devem ter sempre um vacuo de 27” a 28”
Nota: Os malaxeurs do systema J. Bragot e (abertos) H. Tourneur são melhores que os que pessoimos:
Vantagens: – Arrefecimento mais rapido (7 a 8 horas).
Melasse Cuite homogenia e uniformemente arrefecida.
Redução do numero de malaxeurs
Economia do preço da instalação
131
Os pés de cuit[sic] tanto para a Freitag como para os melaxeurs eram ao principio sempre feitos no cuite de 64 Hectolitros
para ter um grão pouco nutrido.
Verificamos depois que se podia greiner no cuite Freitag, e passar d’essa aos malaxeurs.
Malaxeurs abertos: 2 de 250 Hectolitros
2 de 100 Hectolitros
2 de 75 Hectolitros
Seis turbinas Weston.
Separação dos egouts, entrando os egouts riches na Caldeira Freitag de cuite vierge. Algumas vezes no pé de cuite dos
Melaxeurs
Querendo sô fazer typo B2 pode entrar no cuite vierge do Freitag uns 50 Hectolitros d’egoût pauvre de F
Trabalho de 300 toneladas de canna 24 horas //
168 Entre estes algarismos («56”») e a chaveta, nesta linha, grafou o autor, em números e letras de corpo menor: «0,71 metros x 1,42 metros».
169 As páginas 168 e 169 constituem uma folha (com as mesmas medidas daquelas que pertencem de facto ao livro) que foi anexada à página 170.
132
Nota: Abril 1908: Esta forma de Montagem deu bom resultado, desde o momento que a bomba centrifuga de forçagem dê
1200 voltas por minuto.
Nota: Para que a defecação da garapa de canna se faça bem é necessario que a temperatura atinja pelo menos 95º a 98º graus
de temperatura: Como na circulação forçada todo o liquido a defecar era obrigado a passar no diffusor, succedia que a perção
feita sobre o bagaço acompanhado das borras de defecação impedia depois a circulação da bateria. Para evitar essa
contrariedade, pensei em colucar uma valvula A entre o ultimo rechaufeur e o diffusor, ligando depois essa valvula ao
compensador, de forma que, diminuindo a secção de sahida da valula B o excesso de liquido sahindo pela valvula de segurança
A passaria novamente ao compensador e assim a deffecação seria feita mais entre os rechaufeurs e o compensador, e o deffusor
serviria sô como filtro para as borras da defecação. //
[169]170
133
[170] Fabricação de 1908. Má Sutiragem da bateria em 13 a 16 abril: suas causas:
A 13 de abril de 1908, depois de termos feito anteriormente uma soutiragem regular, principiamos a dificuldade na
soutiragem e meichagem dos jus e diffusores. Procurámos por todas as formas saber a causa: 1º se seria de qualquer tubo ou
turneira obstruida com bagaço. 2º se siria[sic] da alta densidade do jus de diffusão que chegou a marcar 6,8 de densidade! 3º se
seria dos petits eaux ou moulin de repression, por estarem muito carregados de borras. Nenhuma d’estas era a causa da má
soutiragem
Depois de muito pensar, experimentei trabalhar sô com 9 diffusores em logar de 12. Cousa estopenda! a bateria principeou
a trabalhar bem, soutirando e meichando rapidamente:
Qual a causa d’isto? A meu ver a unica causa é a canna ter sido apanhada há muitos dias, por isso que tinhamos um stock
bastante grande d’ellas e naturalmente tambem apanhadas já alguns dias antes. O principal é, e que prova bem este minha
maneira de vêr, que de dia para dia (13 a 16) as defficuldades de soutiragem e meichagem hiam augmentando successivamente.
Por que é que a canna cortada á muitos dias produz esta má cerculação na bateria? Parece-me que será devido a gomas que
se formem na canna, da mesma forma que quando ella passa do seu estado de maturação, a filtração do jus de diffusão é dificil
de se fazer bem nos filtros mechanicos. Funchal 16 abril 1908 [Ass:] João Higino Ferraz
Vide a nota seguinte:
A quantidade de diffusores maxima por 12 horas n’uma media de 3 dias foi de 110 com carga de 1350 kilogramas de canna
(Deffusores de 25 Hectolitros) = 220 deffusores em 24 horas = 297 toneladas de canna (bagaço não miudo). //
134
Rehentrada dos Petits eaux e moulin de repression Em 1908
N’este anno principiei por fazer a reentrada dos petits eaux (eaux de vidange des diffuseurs) e mulin de repression
separadamente, entrando 1º os mulin de repression logo a seguir ao ar comprimido na occasião da soutiragem até terminal’a, e os
petits eaux quando se fazia a meichagem com o jus de diffusão. Em 8 de maio, Monsieur Naudet171 proponha uma modificação de
marcha devidindu-o em 2 sous batteries, onde uma das modificações era metter os petits eaux e mulin de repression 2 diffusores
antes da soutiragem ao compensador. Querendo experimentar somente esta forma de trabalho, fiz metter os petites eaux e mulin
mesturados 3 diffusores acima do diffusor de cauda e sô mettendo agua puro no diffusor de cauda que se fazia a meichagem de
um diffusor. O resultado foi a batteria principiar a tirar mal e chegou a tal ponto que mal se percebia a sahida ao medidor, e a
meichagem tambem bastante deficil. Cortei o mal trabalhando como d’antes. 19 maio 1908 [Ass:] João Higino Ferraz//
[173] Fabricação de 1908. Diffusão. Rehentrada dos petits eaux e agua continuadamente. 25 maio 1908
Monsieur L. Naudet propoz a introducção dos petits eaux e agua continuadamente, isto é, depois de tirar os 8 ou 9
Hectolitros com o ar (n’esta occasião os petits eaux <e agua> estão fechados) no diffusor de cauda mette-se a agua no seguinte
e os petits eaux logo no outro seguinte, e assim sucessivamente. Esta forma de trabalho deu bom resultado.
Experimentamos tambem despresar as aguas de despeijo do deffusor: O resultado da analyse foi a seguinte:
Trabalhando a bateria completa de 12 diffusores, e fazendo 10 a 11 deffusores por hora: Analyse da 11 horas a 4 horas
(Principio do trabalho
Moulin Vidange
Zamaron Densitee Sucre –– Densite Sucre
Media de 12 horas
Sucre % de bagasse 1,89 –– 1,32 = 2,12 –– 0,71 = 0,96
Eaux des moulin = 1,72 %
“ “ 1,43 –– 1,17 = 1,88 –– 0,44 = 0,72
centimetros cubicos assucar
“ “ 1,43 –– 1,20 = 1,89 –– 0,62 = 0,80
Eaux de vidange = 0,45 %
“ “ 1,49 –– 1,17 = 1,95 –– 0,55 = 0,87
centimetros cubicos assucar
“ “ 1,17 –– 1, 01 = 1,59 –– 0,54 = 0,70
28/5/908
“ “ 1,30 –– 1,23 = 1,86 –– 0,73 = 1,18
No proximo anno de 1909 deveremos montar mais um tubo na bateria para a agua pura, deixando o da agua que actualmente
existe para os petits eaux pela forma do crokis abaixo:
Forma da caixa das torneiras:
135
[174]172 Decantação dos petits eaux:
Calculando que 100 kilogramas de canna dá 100 litros de petits eaux, fazendo 300 toneladas de canna em 24 horas seram
3000 Hectolitros de petits eaux
Se para a decantação são necessarios 1 1/2 hora, nas 24 horas serão 16 vezes 1 1/2 hora.
Em cada 1 1/2 hora teremos 187 Hectolitros de petits eaux
Em cada hora 125 Hectolitros. Sendo a capacidade total dos decantadores 320 Hectolitros teremos 320 = 2,5 horas (Duração
da passagem.) 125
A passagem dos petits eaux (de 300 toneladas de canna) n’este decantadores [sic] prefaz o tempo de 2 1/2 horas.
Devem ser decantadores dobrados, isto é, em duas series para se lavar um emquanto passa no outro. Funchal 10 maio 1908
[Ass:] João Higino Ferraz //
[175]173
[176]174 Sichema a montar em 1909. Reglage de la baterie à Vitesse Uniforme de meichagem com jus. L. Naudet175 e Ferraz
172 As páginas 174 e 175 constituem uma folha (com medidas semelhantes àquelas que compõem de facto o livro) anexada à margem interior da página
173. Nesta situação estão também as páginas 176 a 178.
173 Esta página encontra-se em branco.
174 As páginas 176 e 177 constituem uma folha (26,3 cm x 19,7 cm) anexada à página 173. A informação da página 176 está disposta na horizontal.
175 León Naudet.
136
Meichagem pela forçagem com jus, circulação, introdução da garapa e soutiragem do jus ao compensador, soutiragem da
garapa e jus restante aos medidores
Tanto de Vesou como a meichagem é feito pelo tubo control[sic] (Antiga entrado[sic] o Vesou. A valvula reguladora serve
para regular a tiragem de deffusores por hora que se queira fazer. Tanto o petits eaux como a agua entrão constantes [.] O Bac
compensador ou de meichagem é fechado tendo um tubo de 8 metros de altura e recurvado aos tanques de medida, no caso de
encher de mais [.] A meichagem é feita com a Forçagem. Funchal 26 maio 1908 [Ass:] João Higino Ferraz //
[177] – Considerações –
Pelas esperiencias feitas em 1908, vi que os dois rechaufeurs da bateria, quando se queria limpar um rechaufeur e n’esse
caso trabalhava-se sô com um o aquecimento era um pouco demorado, dando como causa a lentidão do trabalho da bateria, mas
aquecendo bem o vesou nos dois rechaufeurs, ainda assim o trabalho corria regularmente, e como o tempo de limpeza n’unca
é superior a 2 horas, pouca diferença pode fazer; alem d’isso os rechaufeurs sô são limpos de 2 em 2 dias.
31-5-908
Com a introdução da garapa no Compensador, e meichagem pelo dito Compensador, o tassement do bagaço, não era
possivel fazer-se, de forma que a carga por diffusor regulou a 1253 kilogramas de canna a sua correspondencia em bagasso, e
os Hectolitros de vsou[sic] a 8 por diffusor. Fazião-se na media 244 diffusores em 24 horas o que correspondia a 305 a 310
toneladas de canna.
A soutiragem era de 13 Hectolitros de jus de diffusão por diffusor.
– Eaux de Vidange – 1-6-908
A 1 de Junho tornei a empregar as aguas de despejo dos deffusores para reehentrada na bateria, por isso que pelas analyses
feitas vi que a media em assucar era de 0,55% centimetros cubicos, ora como a quantidade de agua por diffusor (tirando com
ar 9 Hectolitros) era aproximadamente 2 Hectolitros representava por % de canna 0,09 kilogramas cuja perda não é muito
grande mas que em 300 toneladas de canna sera no fim das 24 horas será 300 kilogramas assucar //
137
[178]176 Fabrica do Torreão COMPTE DE FABRICATION
138
Du 7 de mars (16) au 24 juin 1908.
CONSOMMATION DE:
Total Par % K de canne Par % K sucre Par 24 heures
Turbinado
Charbons 1491090 Kilog 6K,92 !!! 83K,32 16207 Kilog
K
Chaux 10920 Kilog 0 ,0507 = 1,5 reis 0K,610 118,700
Soufre 3822 Kilog 0K,0177 = 1,7 reis 0K,213 41,500
Baryte 8219 Kilog 0K,0381 = 7,6 0K,459 89K,300
10,8
Serviettes Kroog. =1
{ Phileppe
Huiles = 2
13,8
Custo do carvão a 8000 reis a ton. = N. 11:928$000 reis 55,4 reis 666 reis 129$652 reis
Pessoal N. 20:000$000 reis 92,9 reis 118 reis 217$390 reis
13,8
Total 162,1
C/. Fabrico % K canna – 200 reis
Le chimiste Le directeur technique
[Ass:] A. Gaulet [Ass:] João Hygino Ferraz
176 Anexada às páginas 173 e 179, temos uma folha (34,6 cm x 29,2 cm, em papel), que foi dobrada e assim colada às referidas páginas. Como se constata, por se tratar de um formulário da «Fabrica do Torreão» onde eram usadas
abreviaturas de unidades de medida, e por se tornar quase impossível, desdobrando todas as abreviaturas e siglas, reproduzir aqui esse mesmo formulário dactilografado, bem como as palavras manuscritas que o acompanham,
optámos por, de forma excepcional, manter quase todos os sinais convencionais nele usados. O leitor será capaz, com certeza, a partir das abreviaturas e respectivos desenvolvimentos fornecidos na Introdução, percepcionar de
forma plena a informação veiculada. Os numerais inscritos na primeira parte do formulário, na sua maior parte, não foram grafados por Higino Ferraz. O mesmo já não se passa com a informação presente na tabela encimada
pelo título «CONSOMMATION DE:». Por sua vez, quase todos os informes grafados após as «Observations», que são manuscritos, estão, como se vê, em francês e não saíram do punho de Higino Ferraz.
Observations
(1) deduction faite su sucre rentré dans la batterie et evalué en raffiné
(2) Melasses envoyés a la Distillerie 977168K contenant 399163K de sucre
Egouts à recuire 212100K “ 143883K “ “
1189268 543046
Moyenne des essais de bagasse em Zamaron 0,47
Glucose dans le Vesou 0,77
Sucre Clerget des melasses envoyées a la Dissilerie 44,58
Nota: Nesta conta de combustivel e pessoal está incluida a destillação 738 toneladas de melaço da Fabricação.
Em 30 kilogramas de canna
Despezas de fabrico = 49 reis
resta = 11
Conta do assucar pelo Escriptorio = 1.810.379K 92 dias de Laboração 60 reis por 30K
O gasto total de combustivel (bagaço e carvão) foi de 141 kilogramas carvão por tonelada de cana (calculo de 4,17
kilogramas bagaço = 1 kilograma carvão) //
139
possão obstruir os furos do tubo, (em 1908 empregamos sempre agua de fonte visto as aguas amoniacais do triple entrarem
todas na diffusão) e quando haja aguas amoniacaes do triple deve ser dessolvido n’essa agua, que deve conter algum formol (?)
devido á evaporação.
Fazendo n’um anno 21000 toneladas de canna são necessarios 720 litros de Formol a 40%
Resultados praticos –
Os resultados do emprego do Formol não pude apercial’os nos seus effeitos geraes, mas vejo perfeitamente que algum
beneficio fez com relação á conservação dos jus e egoûts, por isso que n’este anno a quantidade de espumas dos égoûts
(fermentações anormaes) foi em muito menor quantidade, com[sic] se vê:
21000 toneladas canna Na laboração de 1907 –
Espumas contadas em Melaço 106.123 kilogramas
23000 toneladas canna Na laboração de 1908
Espumas contadas em Melaço 25.865 kilogramas
Onde o formol fez tambem muito effeito foi na conservação da pureza da canna, polverisando as estremidades da canna
com a solução de formol [Ass:] Ferraz //
[180] Emprego da resinose na fermentação do melaço da canna da Madeira em 26 novembro 1908.Resultados praticos
Maneira como operei: O fermento era feito no apparelho Barbet sendo esterelisado o mosto e acidulado a 1 grama por litro
em acido sulfurico – e 0,05 de fluorydrico por litros, mas com resinose.
O mosto geral desfeito a 7,5º Baumée acidulado a 1 grama por litro d’acido sulfurico e 0,02 gramas de fluorhydrico por
litro. No desfazedor ou preparador do mosto juntei 1,400 kilogramas de resinose por 55 Hectolitros [.] O fermento depois de
bem desenvolvido no desenvolvedor apropriado (Vede mais adiante) onde ze[sic] lhe juntou mosto resinado. As cubas foram
cheias como da maneira ordinaria. (Vede Nota)
Resultados da analyse do vinho:
Aparencia da fermentação: A fermentação tomou um desenvolvimento bem determinado, formando contudo á superfice
menos espumas; a temperatura na actividade da fermentação chegou a 35º centigrados
Estado microbiologico da fermentação geral: Analysada ao microscopio a fermentação de uma cuba depois de 24 horas de
fermentação mas ainda com bastante desenvolvimento, mostrou um estado quasi puro podendo-se considerar puro. Menos
duração de fermentação, sendo necessario trabalhar sô com metade das Cubas.
Comparação de resultados:
Cubas não resinadas cubas resinadas:
Melaço não esterelisado
Densidade Beaumé inecial 7,5º ––– 7,75º
Melaço esterelisado:
Acidez inecial ———————— 1,40 gramas por litro ––– 1,30 gramas por litro
Densidade final ——————— 2,27º Beaumé ––– 1,99º Beaumé
Acidez final ————————— 1,90 gramas por litro ––– 1,60 gramas por litro
Alcool % litros vinho ———- 4,5 litros % a 100º a 15º ––– 4,9 litros % a 100 a 15º (Na proporção
<da densidade> devia dar 4,65 litros)
Infermenticiveis ——————- 0,920 kilogramas por Hectolitro ––– 0,674 por Hectolitro
Rendimento real por Hectolitro 4,520 litros alcool a 100º ––– 5,110 litros alcool a 100º a 15
A qualidade do alcool bruto era muito melhor das cubas resinadas do que o das outras, não mostrando gosto algum de resina.
O Vinho muito mais leve para a destillação, e essa mais regular. Os fundos de cuba (borras) eram mais duros e em menos
quantidade, sahindo o vinho sempre claro até ao fim. Analyse do alcool bruto a 41 1/2 Cartier pelo processo Barbet – Methodo
A – 21 1/2 minutos
Nota: No Bulletin da Associação dos Chimicos – Tomo XXV – 1097[sic]-1908 – pag 221, tem a explicação do processo feito
por Monsieur L. Levy e 1908-1909 – Tomo XXVI pg 69
Nota: O melaço para a fermentação geral não foi esterelisado: Os resultados praticos são concordes, como diz L. Levey. //
[180 b]178 Esperiencia de laboratorio com mosto de (2 litros) melaço resinado, em fermentação ao abrigo do contacto do ar
com mosto de fermentação geral e fermento (50 centimetros cubicos) do apparelho Barbet, conservada a temperatura a 32º
centigrados.
140
27 Novembro 1908 (destillado a 1 Dezembro)
Densidade inecial ––– 7,75 Beaumé
Laboratorio
{
Acidez “ ––– 1,40 gramas por litro; fluorydrico 0,02 por litro
Densidade final – 1014 = 2º Beaumé
Acidez final ––– 1,16 gramas por litro
Alcool 5 litros % a 100º a 15 temperatura
Densidade inecial 7,75 Baumé
Fermentação em cubas
Conclui-se que a fermentação em cubas fechadas ao abrigo do contacto do ar, e conservando uma temperatura regular de
32º centigrados o rendimento em alcool é meior, visto não haver evaporação d’alcool e não se formando acidos durante a
fermentação alcoolica. As duas analyses atraz prova [sic] á evidencia estes resultados, por isso que o mosto é identico, sendo
tirado do desfazedor-preparador do mosto geral.
Como se vê a diferença é de 0,1 litros d’alcool por 100 litros de mosto de melaço a 7,75º Beaumé que equival 17 kilogramas
de melaço por Hectolitro
Em 100 kilogramas de melaço será 0,5 litros. N’uma fabricação de 1.300.000 kilogramas de melaço fará uma diferença para
mais de 6500 litros = 1780 gallões de 3,65 litros em alcool puro:
Esperiencia com a Cuba Nº 2 – 1 Dezembro 1908
Fermentação em Cuba aberta Fermentação no Laboratorio
(mosto fermentado tirado da Cuba)
a 4 de dezembro
[181]179 C.ie des Sucreries de Porto-Rico – Controle Chimique Por – Milan. Situation de la Campagne 1904-1905 Résultats
Moulins Diffusion Total général
Cannes travaillées 24.471.370 30.453.608 54.924.728
Sucre dans la canne 13.25 _12.78_ 13.93 _13.38_ 13.63 _13.07_
Densité du vesou 107.4 107.8 107.6
Sucre % centimètres cubiques du vesou 16.16 16.98 16.54
Sucre % grames du vesou 15.04 15.75 15.37
Pureté 83.7 83.2 83.4
Poids du sucre extrait 2.026.780 2.923.738 4.950.518
Mélasse Produite 1.003.690 1.196.310 2.200.000
“ “ % de cannes 4.1 kilogrammes 3.9 kilogrammes 4.0 kilogrammes
Sucre % grames de melasse 40.26 38.5 39.04
Rendiment en 1er jet 8.28 9.60 9.01
Sucre extrait en raffiné 8.00 9.23 8.68
“ dans la mélasse 1.65 1.50 1.56
178 Folha (17 cm x 21,7 cm) anexada à página 180, não numerada, com informação disposta no seu retro e no verso. A numeração que tem foi por nós
atribuída.
179 Folha anexada à página 180 (com as mesmas medidas que esta), cujo retro e verso foram por nós numerados (181 e 182). A letra desta página – 181 –,
salvo poucas excepções, não saiu do punho de João Higino Ferraz nem de um outro escriba que, de vez em quando, tem tido a oportunidade de, neste
volume, e em língua francesa, escrever. Higino Ferraz dá-nos a indicação de que teria sido o químico Milan, como se vê logo adiante numa referência
de Ferraz: «Por – Milan».
141
Pertes: dans la bagasse et petites eaux 3.20
Indeterminés
} 3.60 _3.13_
13,93180
3.20 _2.65_ 3.39 _2.83_
Sucre pur extrait % de sucre de la canne 60.3 _62.5_ 66.2 _68.9_ 63.6 _66.4_
Polarisation moyenne du Sucre 96.66 96.17 96.36
142
de vapor por isso que são acidas e atacam o ferro das caldeiras. Somente se se osar a carbonatação poderam ser empregadas.
Composição dos adubos chimicos mais empregados na Madeira em 1909 para 1910
Sulfato d’amonia .....................25% o mais caro devido á
Adubo M (Marcus) { }
Superphosphato de cal...............5%
Potassa ....................................20%
potassa
143
tivemos, de quasi de meio da laboração em diante <conselho de Naudet> despresar as aguas de despejo dos diffusores, e d’esta
forma liquidar uma parte das borras. D’esta forma tinhamos uma perda em assucar.
Os moinhos de repressão do bagaço davam para o trabalho das 300 toneladas, mas o bagaço sahia com uma percentagem
de humidade mais elevada, visto termos de alargar um pouco os engenhos. Os moulin de repression (aguas) subiram em
percentagem d’assucar mais do que em 1907, mas isso devido ao estado do bagaço, como mais atraz explico; mas ainda assim
a quantidade 184 de assucar deixada no bagaço % de canna regulou mais ou menos a do anno 1907 e isto devido a se ter
empregado a agua quente na bateria de diffusão.
Filtração Mechanica: – No primeiro mez, quando o trabalho era mais lento os 4 filtros mechanicos do jus de diffusão davam
para o trabalho, mas logo que se fizeram os 220 a 230 deffusores em 24 horas foi necessario por em trabalho da filtração do jus
todos os filtros isto é, 7 (3 do xarope), e deixamos n’esse caso de filtrar os xaropes. O assucar pouco se resentio com esta não
filtração dos xaropes. Parece-me contudo que a dificuldade de feltração seria tambem em parte devido ao estado adiantado de
maturação da canna como nos aconteceu em 1907.
Evaporação: – A evaporação no Triple differencial com prelevement deu bom resultado dando perfeitamente para as 300
toneladas de canna. Quando limpo daria talvez para 400 toneladas, mas o apparelho sujava <incrustava> depressa, isto é, em 8
ou 10 dias tinha que ser limpo. O edial seria a feltração entre as caixas, entre a 1ª e 2 e a 2ª e 3ª e não feltrar n’esse caso os
xaropes. D’esta forma o apparelho poderia trabalhar 15 a 20 dias sem limpeza e os xaropes como evaporavam em estado de
pureza mais elevada os assucares seram mais puros e brilhantes, e rendimento em assucar melhor.
Cosimentos: Os cosimentos feitos na Freitag no principio da laboração quando somente se faziam 220 toneladas, tinhão
muitas paragens o que prejudicava a cristalisação, mas quando chegamos a fazer as 270 toneladas o trabalho dos cosimentos
hia mais regular. O que nos prejudicou bastante foi a falta d’agua para o condensador // [186] barometrico, onde muitas vezes
ou quasi sempre tinhamos um vacuo muito baixo (25”) chegando algumas vezes a 23”, e quando a agua era suficiente o vacuo
era de 28” a 29” e trabalhando todos os apparelhos. Esta differença no vacuo fazia-nos atrazar o trabalho do triple –, caldeira
de vacuo Freitag, e os melaxeurs, principalmente os melaxeurs <que necessitão um vacuo maximo> onde muitas veses não era
possivel trabalhar, vendo-nos obrigados a gordar os egoûts no poço e em ponches para trabalhar depois da Laboração; mas os
égoûts perderam muito da sua pureza e os cosimentos de 2º jet nunca poderiam dar um rendimento em assucar, como se fossem
tratados emediatamente.
Turbinagem da Melasse Cuite: – As 6 turbinas “Watson” deram perfeitamente para o trabalho das masses-cuites, ainda
mesmo que se fizessem as 300 toneladas por 24 horas. Apena[sic] tivemos 1 ou 2 cosimentos dos melaxeurs maus de turbinar,
os outros turbinaram sempre bem. O systema de turbinagem foi o mesmo de 1907.
Rendimento em assucar: – O rendimento em assucar de 1er foi inferior ao de 1907 em 383 gramas % de canna, mas isto
devido na meior parte á pouca percentagem de assucar na canna que foi de 15,38 % centimetros cubicos garapa com uma pureza
de 79º emquanto que em 1907 foi de 16,22 % centimetros cubicos garapa com uma pureza de 80º, o que na proporção de 1907
deveria dar pela equação seguinte 8,695 x 15,38 = 8,244 % de canna, e deu 8,312. Como se vê o trabalho, mesmo com todas
16,22 as contrariedades havidas não foi inferior ao de 1907. O rendimento
em assucar de 2º jet foi de 0,118 kilogramas % de canna superior em 0,068 kilogramas % ao rendimento de 1907. Este excesso
de rendimento vê-se a cauza acima. Funchal 17 de Julho 1908 [Ass:] João Higino Ferraz
No Jornal des Fabricants de Sucre de 4 de Novembro 1908 Nº 45 traz a descripção do trabalho da Fabrica de assucar central
de Meaux, á Villenoy (S. Marne) onde os égoûts de 1ª são tratados e cristallisados á parte, e na filtração dos égoûts empregam
o Kieselguhr com bom resultado.
Fabricantes de Kieselguhr – Vereinigte Deutsche Kieselguhr – Werke – Hanover
J.h Th. Iven Fils –– Representante geral em Paris – Rue Albouy, 24. //
144
[187] Schema Trabalho da canna de assucar na Fabrica do Torreão em 1908
Schema
Moagem da canna
Egouts riches a
sulfitar Assucar branco ao cosimento
virgem, ou cosi-
mento em grão
Sulfitação dos égoûts em
Caldeira de
Assucar roux ou branco vacuo separada
Melaços epuissée que serviria como
Filtração em area pé de de cuite
para os melaxeur
Destilleria
Caldeira de vacuo
separada
145
[188] Notas sobre a trabalho [sic] da Fabricação do assucar de canna
Pelo Schema atraz descripto vê-se que os egouts pauvres de 1ª, isto é, os egoûts do cosimento vigem[sic] entram no
melaxeur para nutrir os crystaes do pé de cuite virgem. Desta forma é mais dificil o épuissement dos égoûts como bem se
comprehende.
A meu ver os égoûts pauvres de 1ª deveriam ser desfeitos a 32º Beaumé, sulfitados em sulfitador continuo a frio, aquecidos
e depois feltrados em filtros de arêa. Estes égoûts depois d’este tratamento poderiam entrar no cosimento virgem para a
producção de assucar branco; mas seria melhor cosel’os em grão em caldeira de vacuo separada, e d’essa caldeira se tiraria os
pés de cuites para os melaxeurs no vacuo, para o empobrecimento dos égoûts de 2ª, isto é, égoûts dos melaxeur [sic]
D’esta forma não teriamos de passar aos melaxeurs o pé de cuite virgem, mas somente o cuite feito com os égoûts de 1ª,
dando em resultado um empobrecimento muito mais rapido e mais completo dos égoûts de 2ª.
Alem d’isso os égoûts ricos do cuite virgem entrariam no cuite de 1er: E todos os égoûts ricos dos melaxeurs seriam
sulfitados na diffusão, fazendo d’esta forma uma apuração e feltração muito vantajosa.
No caso de se poder empregar a hydrosulfitação, a vantagem seria ainda meior, porque não somente purificava os égoûts
mas tambem lhe percipitava uma grande parte das materias organicas e gomosas tornando os égoûts mais proprios á
cristalisação, e o assucar produzido, sendo empregado na refinação, não teria a deficuldade de filtração que o refinadores [sic]
encontram actualmente.
Para o emprego do Hydrosulfito talvez se podesse usar o Acido sulfuroso liquido, em logar do gaz sulfuroso produzido por
apparelho especial.
Empregar-se-hia para a produção do hydrosulfito ou o estanho em maça ou o Zinco em pô, depois de ter uma dose de 0,5
gramas d’acido sulfuroso por litro, na proporção 8 gramas de estanho ou 40 gramas de Zinco <por Hectolitro> aquecido depois
a 80º ou 85º temperatura e filtrado em filtros de area. //
146
[189] Schema de Trabalho que deve ser usado na Fabrica do Torreão Para a produção de assucar de consumo directo
e melaço épuissée, para 1909
Moagem da cana
Sulfitação da garapa
Rehentrada dos
Diffusão Naudet petits eaux
Á sulfitação com a rarapa[sic]
Cosimento em grão
Égoûts rico Pé de cuite Pé de cuite
Égoûts ricos
Égoûts pauvre
Assucar B2
ou assucar Nº3 Francez
Assucar BT
Melaço épuissé ou B de exportação
2
Nota: Os traços a encarnado
Assucar roux Correspondem ao trabalho conforme
Os dizeres tambem encarnados
Pode-se tambem empregar o Hydrosulfito cristalisado tal como o de Calcium. Mestura-se o Hydrosulfito no melaxeur com
os égoûts na dose de 30 a 50 gramas po[sic] Hectolitro, aquece-se e depois filtra-se. //
147
[190] Schema de Trabalho para uma Fabrica de assucar de canna por 500 toneladas por 24 horas
Moagem da canna por dupla perção E defibreur Krajewski
Nota: Esta Fabrica pode fazer 800 toneladas, augmentando a instalação com mais uma bateria de 10 diffusores de 50 Hectolitros, um novo
jogo de engenhos, modificar o triple para essa quantidade, mais duas caldeiras de vapor, mais um cuite Freitag de 250 Hectolitros, dois malaxeurs
Malaxeur refroidisseur (4) 500 Hectolitros cada a 550 Hectolitros ou 8 de 300 Hectolitros
Egoûts pauvre
Cuite cristalisador Karlik-Czapikowski (2) 250 Hecolitros cada ou 2 cuites Freitag de 200
Hectolitros cada
Assucar 2º jet
Melaço Typo Nº 2 Francez
Nota: As duas series de 5 e 4 turbinas épuissée //
devem ser montadas separadamente
148
[191] Sobre a apuração e filtração dos égoûts de turbinagem – Bulletin da Association des Chimichs Tomo XIX (1902) pag.
1316.
Emprego do acido sulfuroso liquido <(Anhydrido sulfuroso)> descripto no Bulletin da Associação dos Chimicos – Tomo
XXV (1907-1908) paginas 733 (tem os precos[sic])
Apparelho de dosagem do acido sulfuroso liquido de Pacottet no Bulletin – Tomo XXIV (1906-1907) paginas 1660
Considerações sobre o emprego do SO2 produzido pelos sulfitadores continuos (Quarez), do acido sulfuroso (SO2) liquido
e da hydrofulfitação[sic].
O emprego do Enxofaro para a produção de SO2 em sulfitadores contenuos, tem algumas vantagens, mas tem tambem
grandes desvantagens: 1º o seu preço é mais barato do que outro qualquer producto de SO2, uma das vantagens, mas a
quantidade de SO2 produzido não é totalmente aproveitado, isto é, 100 kilogramas de enxofre produz 200 kilogramas de SO2, e
está provado por varias esperiencias que sô se emprega utilmente 140 kilogramas de SO2 havendo n’esse caso uma perda de
30% na athmosfera. Outra desvantagem é a producção de acido sulfurico mesmo que seja em pequena quantidade, que prejudica
o estado puro do liquido assucarado pela transformação em glucose. Outra, é dificil de regular a dosagem exacta do SO2 % nos
liquidos a sulfitar, e temos alem d’isso o ser necessario uma bomba para a circulação do liquido no sulfitador e n’esse caso
despendio de vapor. Com o SO2 liquido, o seu preço é mais elevado, mas tem todas as vantagens quantas são as desvantagens
acima.
Para o emprego da hydrofulfitação[sic] o SO2 liquido tem todas as vantagens, e pode-se empregar a alliage d’aluminium B
de Besson para o desprendimento do hydrogenio nascente
A dose a empregar nos égoûts será naturalmente a seguinte:
SO2 até a acidez de 0,3 gramas por litro
Alliage d’aluminium – 4 gramas por hectolitro
Preços aproximados: 100 kilogramas de SO2 liquido em barricas de 100 kilogramas = 35$000 reis <Barricas facturadas>
– frete pago (recebem as barricas)
apparelho – Sulfitometro Pacottet para 1,500 kilogramas aproximadamente 35$000 reis de uma sô vez //
[192] Calculos para uma Fabrica trabalhando por 24 horas 300 toneladas de canna como a da Madeira em bagaço e carvão
Se temos um bagaço de 50 a 55% de humidade nas 300 toneladas de canna
tendo essa canna 12% de fibra dará 30% de bagaço = 90000 kilogramas
Dito dito a 30 a 35% de humidade a 24% “ = 72000 “
Como bagaço de 50 a 55% = 4,17 kilogramas de bagaço para 1 kilograma de carvão:
Dito de 30 a 35% = 2,82 dito dito :
Val n’este caso – 90000 kilogramas de bagaço a 50-55% = 21582 kilogramas de carvão
Dito – 72000 Dito a 30-35% = 25532 kilogramas dito
Differença a favor da Seccagem 3950 kilogramas carvão em 24 horas
Trabalhando 90 dias (isto é, 27000 toneladas de canna) temos um gasto menos em carvão de 355 toneladas a 8000 reis a
tonelada ————— 2:840$000 reis:
Isto não contando: 1º o maximo de trabalho das caldeiras de vapor, isto é, uma perção sempre regular e alta.
2º Sujar menos as caldeiras devido á combustão rapida e completa do bagaço e supreção de cinzas.
Se as caldeiras de bagaço não trabalhão regularmente o que acontece? As caldeiras a carvão teem que ser forçadas a produzir
o vapor necessario a essa falta, e n’esse caso a alimentação é forçada n’estas caldeiras e o resultado será perda de calorias nos
gazes da chaminé por combustão incompleta e por isso augmento inutil de gasto de carvão: ou temos que ter um meior numero
de caldeiras para carvão o que ocasionará o mesmo gasto, ainda que um pouco menor, o que se evita seccando o bagaço no
forno Huillard.
O gasto maximo de combustivel (bagaço correspondente a carvão e carvão [sic]) por tonelada de canna n’unca deve exceder
a 100 kilogramas e n’este caso teremos para as 300 toneladas de canna em 24 horas:
(Com bagaço de 30 a 35%) Bagaço 72000 kilogramas e egual a carvão ...........25000 kilogramas
Carvão suplementar para os 100 kilogramas por tonelada ..................5000 “
10% para perdas de condensação e indeterminadas.............................3000 “
Para a Destillaria ou outros ................................................................ 2500 “
Total =.................................................................................................35500 “
149
Por tonelada canna 37 kilogramas carvão
menos carvão correspondente a bagaço = ..........................................25000 “
Gosto suplementar de carvão = ..........................................................10500 “ //
[193] Emprego racional do Fermento puro secco Raça II do Instituto de Berlin. ou outro. Novembro 1908
1º – Desenvolvimento do Fermento puro: (Acostomar ao fluorydrico)
Agua pura ......................................12 litros
Assucar branco ..............................um kilograma
Acido sulfurico a 66º ....................12 gramas = 1 grama por litro
185
Acido fluorydrico .......................6 centimetros cubicos = 0,01 gramas por litro
Seles nourricieres ..........................30 gramas. Malto-pepetone 20 gramas
Esterelisar n’um pequeno apparelho apropriado – Arrefecer a 35º – Juntar o fermento puro dessolvendo-o bem e deixar
fermentar bem.
2º – Fazer um liquido nutritivo de saccarificação de 10 a 15 kilogramas de centeio e 3 a 5 kilogramas de malte: depois de
saccarificado juntar melaço de boa qualidade a ficar na densidade de 6º a 7º Beaumé;
Juntar o seguinte: (Completar a 220 litros)
Acido sulfurico a 66º 1 grama por litro (em 220 litros volume normal 220 gramas)
186
Acido fluorydrico – 0,02 gramas por litro ( “ “ “ 220 centimetros cubicos)
187
Sel nourricier ——- 1,5 gramas por litro ( “ “ “ 330 gramas)
Esterelisar no apparelho desenvolvedor de fermento “Fernebache” – Arrefecer a 35º e juntar-lhe o fermento da 1ª parte
dando-lhe uma pequena injecção d’ar esterelisado e feltrado de continuo, havendo porem em todas estas operações o cuidado
necessario á boa conservação da pureza do Fermento. Daxa-se fermentar bem.
3º – Quando o fermento (2º) tiver tomado todo o desenvolvimento fermentativo e que 1/4 do assucar esteja fransformado
[sic], faz-se 600 litros de zolucção[sic] de melaço de boa qualidade a 6º ou 7º Baumé, esterelisa-se deixando-o ferver durante
1
/2 hora juntando-lhe o seguinte:
Acido sulfurico ........600 gramas
Acido fluorydrico ....900 centimetros cubicos = 0,03 gramas por litro
Sel nourricier ...........500 gramas ou 250 gramas de sel e 250 gramas malto peptone
Durante este tempo devemos esterelisar o apparelho Barbet de producção de fermentos puros com aerobiose, tomando todos
os cuidados necessarios á boa antisepsia. O liquido acima depois de esterelisado faz-se correr no apparelho Barbet sem
arrefecimento. Faz-se novamente ferver durante alguns minutos e arrefece-se depois a 35º
4º – Faz-se depois correr no apparelho Barbet o fermento da 2ª parte // [194] deixando-o depois fermentar tendo sempre uma
pequena injecção d’ar purificado, até que perca 1/4 do assucar.
5º – Quando o fermento tiver tomado todo o desenvolvimento fermentativo, isto é, que 1/4 do assucar estaja transformado,
faz-se nova preparação de liquido de melaço a 6º ou 7º Baumé como acima seguindo as mesmas regras já descriptas juntando
lhe o seguinte:
Acido sulfurico – 600 gramas
Acido fluorydrico – um litro
Faz-se correr no apparelho Barbet sobre o fermento ahi contido arrefecendo-o a 30º.
Quando o desenvolvimento do fermento se principiar a fazer novamente, o que se reconhece pelo gaz acido carbonico que
sai pelo tubo de sahida do gaz, faz-se trabalhar o emolsor para fazer chegar o mosto fermentante aos pratos de aerobiose. A este
tempo fecha-se a introdução do ar do fundo do apparelho.
7º – Logo que o liquido fermentante tenha atingido o maximo de fermentação e que tenha perdido 1/2 do assucar, tira-se
metade d’esse fermento para uma cuba em que se tenha deitado mosto de melaço desfeito a 6º ou 7º Baumé com 1 grama de
acidez sulfurico por litro e acido fluorydrico na proporção de 0,02 gramas por litro.
8º – Prepara-se entretanto mais 600 litros de mosto de melaço segundo as mesmas regras acima, juntando-lhe acido sulfurico
600 gramas – Acido fluorydrico 1200 centimetros cubicos. Este mosto depois de esterelisado é arrefecido a 30 e corre sobre o
150
fermento existente no apparelho Barbet:
As opperações seguintes seguem sempre como no Nº 7 e 8º com a condição porem que a dose de acido fluorydrico é
augmentada gradualmente como vou dizer:
O fermento em actividade fermentativa foi acidulado pelo fluorydrico na dose de 0,04 gramas por litro: As preparações
seguintes, isto é, por cada introducção de 600 litros; serão como segue: seguindo os numeros acima
5º – a 0,05 gramas de fluorydrico por litro: em 600 litros será – 1 1/2 litro
6º – 0,07 “ “ “ “ 2 litros
7º – 0,09 “ “ “ “ 2,7 litros //
[195] Deixa-se n’esta dose de fluorydrico para o fermento:
Quanto ao mosto de melaço na Fermentação geral será o seguinte:
O mosto está acidulado pelo fluorydrico a 0,02 gramas por litro e o fermento a 0,04 gr: seguirá:
2º – a 0,05 gramas no fermento será no mosto geral – 0,03 gramas fluorydrico por litro
3º – a 0,07 “ “ “ “ – 0,05 “ “
Assim se conservará o mosto geral durante todo o tempo.
Os saes nourricieres serão deitados 500 gramas em cada 600 litros para o apparelho Barbet de 2 em 2 dias; e o
maltopepton[sic] nos entrevalos d’estes dias, na dose de 700 gramas para 600 litros
Nota importante: – É de toda a necessidade que os apparelhos honde se prepára o fermento, sendo de cobre, sejam muito
bem estanhados, por que o acetato de cobre que sempre existe n’esses apparelhos, quando se trabalha liquidos acidos,
desprendendo-se prejudica completamente o fermento, e muitas vezes perde-se todo o trabalho. Quando se tenha appelhos[sic]
de cobre não estanhados, é conveniente fazer ferver com agua acidulada a 1 grama por litro em todos elles durante alguns
minutos, fazendo-o passar por todos os orgãos pertencentes ao apparelho. Mesmo acho conveniente proceder assim, mesmo
que sejam estanhados. Por esta forma qualquer particula de acetato de cobre é desolvida pelo acido é[sic] não vai prejudicar
o fermento. Depois d’este tratamento pela agua acidulada, deve-se fazer ferver novamente com agua pura, passando por todos
os orgãos do apparelho. Finalizando o trabalho deita-se agua de cal fraço[sic] enchendo a apparelho [sic].
Nota: Quando se tira o fermento do apparelho Barbet para empregal’o na fermentação geral, não deve ser deitado
directamente na cuba, mas sim passal’o a um desenvolvedor de fermento com uma capacidade de 2 vezes o apparelho de
fermento, cujo desenvolvedor deve ser de ferro com tampa hydraulica, e com serpentina transfurada para vapor e ar.
O 1/2 fermento do apparelho Barbet deitado ahi, completa-se o desenvolvedor com mosto de melaço geral e deixa-se
fermentar bem, e é esse fermento que se deita nas cubas de fermentação. Durante a fermentação no desenvolvedor deixa-se uma
pequena injecção d’ar mas não é necessario que seja esterelisado.
O preço do Maltopepton em 1909 foi de 50 reis o kilograma //
{
Brix..........................................62,65
Polarisação ................................16,5
Dissolução dos égoûts Assucar % gramas...................26,87
normaes a 32º Pureza......................................42,88
Reductores...............................10,96
Coefficiente glucosico ...........40,80
Hydrosulfitados – Analyse Densidade a 20º.........................4,63
{ }
Brix..........................................62,55 1
/2 grama
Polarisação ................................15,9 aluminium
Os mesmos égoûts acima Assucar % gramas...................25,90 1
/2 grama zinco
hydrosulfitados e aquecidos Pureza......................................41,40 em pô em
a 87º temperatura Reductores...............................10,32 2 litros
Coefficiente glucosico ...........39,84
151
Estado phisico das solucções:
A solucção normal dos égoûts a 32º Baumé tinha uma côr amarello escuro, depois da hydrosulfitação os mesmos égoûts
ficaram com uma cor amarello Claro. Na solucção a 20% da analyse a diferença ainda era mais visivel. A solucção
hydrosulfitada tornou-se menos viscosa que a normal.
Pelas analyses acima vê-se que houve uma baixa de pureza, mas o coefficiente glucosico não haugmentou, o que bem se vê
não haver inverção de saccarose pelo tratamento da hydrosulfitação.
Analyse viscosimetrica:
Agua pura de fonte –50 segundos – Grau de viscosidade
Á temperatura de 20º
{ Solucção normal –160
Dito hydrosulfidada[sic] – 142
“
“
– 3,20º
– 2,84º
Diferenças 18 “ 0,36º
Nota: Como a sulfitação pelo gaz sulfuroso foi feita n’um pequeno apparelho e a densidade do melaço era elevada, não me
foi possivel ver a acidez dos égoûts em acido sulfuroso, mas pelo papel de tornesol vi que a acidez era elevada. //
[197] Forma racional do tratamento dos melaços exoticos com o fim da extraccão[sic] do assucar:
Os melaços exoticos com 49 a 50% assucar cristallisavel com o fim da extracção do assucar ahinda cristalisavel, devem ser
tratados previamente pela hydrosulfitação e filtração sobre area, afim de poderem cristallisar em grão, sem fazer o 2º jet ao filet.
Para isso os melaços são diluidos a 30 a 32º Baumé, hydrosulfitados, aquecidos a 80 a 85º e filtrados em filtros de area.
Os egouts assim apurados são cosidos em grão para a formação de um pé de cuite que se passam aos malaxeurs no vacuo,
e esses malaxeurs são alimentados com os mesmos égoûts apurados.
No caso de na primeira turbinagem (1er jet) os égoûts d’elle provenientes não estarem completamente épuisseés, são
passados novamente a um dos malaxeurs que contenha um pé de cuite dos égoûts apurados (égoûts de 1ª) para o fim do
épuissement: Procedendo d’esta forma não haverá naturalmente necessidade de coser ao filet para 2º jet.
Os assucares provenientes d’estes melaços assim apurados daram[sic] um assucar bruto muito mais facil de refinar e talvez
possa dar um assucar B2 de consumo directo.
Emprego do Kieselguhr em fabricas de assucar de canna com o fim de facilitar a filtração mechanica dos jus, xarope e
égoûts.
Para 1909
Quando por uma causa qualquer os jus de diffusão sejam dificeis de filtrar, junta-se-lhes antes da filtração nos depositos de
medida 300 a 400 gramas de Kieselguhr (Diffusore de 25 Hectolitros) e mechendo bem. Para os xaropes ou égoûts procede-se
da mesma forma juntando 30 gramas por Hectolitro para os xaropes e 40 gramas para os égoûts. Quando se faz uma
encommenda de Kieselguhr é necessario dizer «para filtração». Não deve conter sulfato de ferro – mas sim sulfato d’aluminium
Pela pratica do corrente anno (1909) juntando a cada tanque de medida (13 Hectolitros de jus de diffusão) 300 gramas de
Kieselguhr deu resultados magnificos, sendo facil a filtração, o jus muito mais brilhante, o xarope sem filtração muito mais
limpo, assucar de muito boa qualidade e de facil cristallisação, e a filtração das borras boa de fazer.
Fornecedore de Kieselguhr – Vereinigten Deutschen Kieselguhrwerke, á Hanover, Hansahaus. –– Em França J. Th. Iven Fils
– 24 Rue Albouy Paris
O preço do Kieselgohr para filtração regulou em 1909 a 30 a 35 francos os 100 kilos //
[198] Filtração das borras dos filtros Mechanicos em filtro-presse, com o fim de evitar a rehentrada de estas borras na
bateria, para 1909 Considerações:
Em 1908 todas as borras dos filtros mechanicos tanto do jus de diffusão como do xarope eram deitadas no compensador da
bateria. Estas borras que contem um percipitado muito fino, e como entram no jus de circulação, formava uma camada
impermiavel sobre o bagaço que impedia a circulação da bateria e naturalmente incrustava os tubos dos rechaufeurs assim como
os tubos de comunicação dos diffusores. Como em 1909 se vai empregar o Kieselguhr na filtração mechanica, a passagem das
borras nos filtros presses deve ser facil.
O resultado d’este novo trabalho será uma melhor circulação da bateria e os jus de soutiragem muito mais claros.
As borras que restaram no bagaço seram somente as borras de defecação dos 9 Hectolitros de garapa correspondente a cada
diffusor meichado e circulado, e que sendo em muito menos quantidade que a soma das duas borras filtros de jus e filtros de
xarope mais borras de defecação, o liquido em circulação será naturalmente muito mais claro e menos gomoso.
152
Deu o resultado previsto (1909)
Como os melaços da Fabricação mostraram na analyse feita em Lisboa por Kelein baryte soluvel, é necessario tornal’o em
sulfato de Baryte insoluvel, e para isso Monsieur Leon Naudet aconcelha o emprego do sulfato de soda depois da filtração do
jus, de forma a percipitar o Baryte em sulfato de Baryte insoluvel (Paris – Novembro 1909)
Analyse de um xorope[sic] de canna de Cabo Verde concentrado a 37,8 Beaumé pezando um litro 1347 gramas
Assucar cristallisavel .............................57,34%
Glucose ....................................................6,18% 26/2/910
Pureza ....................................................79,74
Coefficiente glucosico ...........................10,77
Agua apparente ......................................28,10
Aspecto do xarope amarello claro; gosto franco a melado puro de canna. //
[199] Calculo dos productos, assucar e alcool de 200 toneladas de melaço typo Barbados (52% saccarose 10% glucose)
2000 toneladas de melaço dá 538490 kilogramas de assucar bruto de 2º jet:
Os égoûts d’esta turbinagem dão 104, 710
gallões d’alcool a 8% rendimento = 1308870 kilogramas melaço
Teremos que:
538490 kilogramas assucar de 2º jet dará
417840 kilogramas assucar refinado typo B2
Os egouts d’esta refinação daram 8280
gallões d’alcool a 8 1/2 % rendimento = 97410 kilogramas melaço
Total do melaço 1406280 kilogramas
Total do alcool d’este trabalho 112.990 gallões a 100º
Calculando que se fabricam 30000 toneladas de canna com um rendimento de 8,900 kilogramas % em assucar e 4,5
kilogramas de melaço: teremos:
Assucar ———————————————— 2670 toneladas
melaço ————————————————- 1350 toneladas
Como pela lei das deducções, ou desconto, sendo o consumo da Madeira 1000 toneladas teremos:
Assucar extrahido da canna — 2670 toneladas 418 x 2 = 836 + 164
Dito dito do melaço - }
418 toneladas = 1000 toneladas consumo Madeira
Livre para exportação 2252 toneladas
Mas como temos de completar o consumo da Madeira com 164 toneladas de assucar restam-nos para exportação livre de
direitos 2088 toneladas de assucar de canna.
Melaço e alcool:
Consumo do alcool em vinhos 150.000 gallões = 1818180 kilos melaço
Que se gaste em mestura com aguardente de canna 50.000 “ = 606000 “ “
Total do melaço empregado Madeira 2424180 kilograma “
Mas como temos uma producção total de 2756 toneladas de melaço ficará para a exportação em melaço de canna da Madeira
332 toneladas
Funchal 13 março 1909
Contas em Reis:
Venda na Madeira de 1000 toneladas de assucar a 230$ reis a tonelada = ...................230:000$000
Venda em Lisboa e Porto de 2088 toneladas de assucar a 180$ reis a tonelada ...........375:840$000
Venda de 150:000 gallões d’alcool a 890 reis o gallão .................................................133:500$000
Venda ao Lemos188 de 600 toneladas de melaço a 37000 reis a tonelada ........................22:200$000
Venda em Lisboa de 332 toneladas melaço a 40000 reis a tonelada ............................. 13:280$000
774:820$000
Custo das materia primas, fabricos, juros, amortisação, empregados etc = ...................682:000$000
Lucro real ........................ 92:820$000 //
188 José Júlio de Lemos.
153
[200] Superfice de filtração mechanica (Filtros Philippe)
em 1909 (cada poche filtrante = 1 metro quadrado)
1 Filtro de 30 poches filtrantes = 30 metros quadrados
3 “ de 20 “ “ = 60 “
3 “ de 14 “ “ = 42 “
Total 132 metros quadrados isto para o maximo de 320 toneladas de canna
em 24 horas.
Para 1910 querendo-se fazer no minimo 450 toneladas de canna serão na proporção 185 metros quadrados. Devem vir n’esse
caso 3 filtros de 30 metros quadrados cada um = 90 metros quadrados, será total de 222 metros quadrados
Como desejo fazer em 1910 a filtração entre a 2ª e 3ª + 4ª caixa do triple do xarope a 18º Beaumé no maximo são necessarios
mais 3 filtros de 30 poches = 90 metros quadrados, ficando n’este caso da seguinte forma:
Filtração do jus evaporado no Kestner que terá aproximadamente 12º Beaumé:
4 filtros de 30 poches = 120 metros quadrados
3 “ de 20 “ 60 “
Total = 180 metros quadrados
Filtração do xarope a 18º Beaumé entre a 2ª e 3ª + 4ª
3 filtros de 14 poches = 42 metros quadrados
Um metro quadrado deve filtrar com xarope a 18º Beaumé 30 hectolitros por 24 horas n’este caso os 42 metros quadrados
devem filtrar 1260 hectolitros de xarope
Mas como queremos fazer 450 toneladas de canna que daram 4500 hectolitros de jus de deffusão, e esse jus transformado
em xarope a 18º Beaumé representa aproximadamente 1772 Hectolitros seram necessarios 60 metros quadrados, o que fará a
necessidade de vir mais um filtro de 20 poches, ou de 14 poches para prehencher o tempo da lempeza de um filtro.
Em 1910 ficaremos establecidos da seguinte forma:
Filtração do jus
evaporado no Kestner – 3 filtros de 20 poches = 60 metros quadrados
4 “ de 30 “ = 120 metros quadrados
Total 7 180 metros quadrados
Filtração do xarope da 2ª caixa – 5 filtros de 14 poches = 70 metros quadrados
Nota: Com um tubo de 3” de diametro perção de um metro n’um comprimento aproximado de 7 metros, debita por minuto
740 litros. //
154
[201] Schema de Trabalho que deve ser usado na Fabrica do Torreão em 1910
Para o minimo de 450 toneladas em 24 horas
Moagem da canna
Alcalinisação da garapa
Malaxeurs refrigerantes
Egoûts pauvres
155
[202] Abril 2 – 1910 Monsieur Leon Naudet Esperiencia de laboratorio
Fez-se uma esperiencia de laboratorio para ver o resultado do sulfato de aluminio na garapa defecada pela cal que deu bom
resultado empregando 50 gramas de sulfato por Hectolitro de garapa, e sem sulfitação, empregando contudo o Kieselgouhr
como abitualmente.
Com uma garapa de 18,5% assucar 86º de pureza a decoloração foi de 100/100 em comparação a uma outra sem sulfato.
(glucose traços)
Evaporado esta ao estado de xarope a fogo nu, conservou quasi a mesma decoloração, dando contudo um pequeno
percipitado.
Esta garapa esteve 2 dias (48 horas) sem sofrer alteração, o que prova que o sulfato de aluminio é anticeptico em alto grau.
5 abril 1910
Fez-se tambem a esperiencia da sulfitação alcalina e defecando depois a garapa, com muito bom resultado. Esta garapa
filtrada depois da defecação e evaporada ao estado de xarope a 22º deu um xarope explendido como cor clara e como brilante.
Monsieur Naudet vê que qualquer das duas esperiencias o resultado é quasi egual e talvez um pouco a favor da sulfitação
alcalina.
Outra esperiencia feita com a garapa por sulfitação alcalina, juntando-lhe contudo depois o sulfato d’aluminio e defecando,
deu um jus um pouco tinto em verde e dava pela solução de sulfato d’amoniaco um percipitado, o que com a esperiencia acima
não dava.
Vê-se que não se pode empregar o sulfato d’aluminio desde o momento que se sulfite a garapa [.] Monsieur Naudet acha a
sulfitação alcalina de um resultado maravilhoso, tendo porem o mal de ser deficil controlar a sulfitação de forma a deixar a
garapa ligueiramente alcalina para a defecação subsequente. //
[203] 12 abril 1910 João Higino Ferraz e Monsieur Gaulet. Esperiencia de Laboratorio.
Depois da sahida de Monsieur Naudet da Madeira, fiz outras duas esperiencias de sulfitação alcalina pela forma seguinte:
1ª A garapa (4 litros) foi alcalinisada a 0,65 gramas por litro, de cal (Leite de cal a 20 Beaumé). Tomaram-se 2 litros de esta
garapa alcalinisada e foi sulfitada até á reação legeiramente alcalina. Defecada a garapa e decantada fez-se evaporar
tumultuosamente durante 4 minutos juntando-lhe o Kisielgouhr[sic] (uma pitada). Este jus assim evaporado foi filtrado sobre
papel, dando uma filtração facil. O jus filtrado foi evaporado no vacuo até á densidade de 24º Beaumé. O estado phisico do
xarope era magnifico, tendo contudo uma pequena cor esverdiada, mas este xarope não colurio quasi nada sendo egual ao nosso
jus normal de diffusão. Este xarope filtrava tambem, que em 3 minutos passou toudo o xarope em filtro de papel.
2ª Do resto da garapa alcalinisada acima, tomou-se os restantes 2 litros que se sulfitaram a uma reação acentuadamente
acida. A esta garapa juntou-se baryte em dissolução a 10% até que a reação fosse legeiramente alcalina. Evaporada 4 minutos
como acima com o Kiesergouhr e decantada, foi deitada em filtros de papel eguaes á 1ª esperiencia. A filtração era de tal forma
dificil que não houve meio de filtrar o jus, sendo abandonada o resto da esperiencia. Este jus em comparação com a esperiencia
1ª quanto á sua côr e limpidez eram edenticas. Vê-se por esta esperiencia que o baryte forma um percipitado tão fino que
prejudica a filtração em alto grau. Vejo que é de grande vantagem suprimir o baryte na fabricação do assucar de canna, porque
não se viu vantagem alguma do seu emprego, e tendo a grande desvantagem de deficultar a feltração em alto grau. 13 abril
1910[Ass:] João Higino Ferraz //
[204] 14 abril 1910 João Higino Ferraz e Monsieur Gaulet Esperiencias de Laboratorio
Repetio-se as mesmas esperiencias acima dando quasi o mesmo resultado sendo contudo esta esperiencia, quanto á
sulfitação alcalina ao estado de acidez muito menos acida que a do dia 12, levando por isso menos baryte para lhe dár a
alcalinidade requerida para a defecação. A filtração d’este jus barytado foi um pouco melhor mas ainda alguma cousa dificil.
Nos dois jus defecados guardados 24 horas houve uma diferença sensivel no seu estado de limpidez. No que se fez a
sulfitação a deixal’a no estado alcalino conservou a sua limpidez mesmo alem das 24 horas. No outro jus barytado principiou
a turvar com um percipitado no mesmo dia, e no dia seguinte estava completamente turvo.
As analyses deram uma baixa de 4 graus no jus barytado no estado de xarope e o queficiente glucose 6% assucar emquanto
que no jus sulfitado ate á legeira alcalinidade o queficiente foi de 1,4% assucar e a pureza menos 0,3 graus. A causa da formação
de glucose é devido a que o jus mesmo que evaporado no vacuo levou 4 horas para ficar no estado de xarope. //
156
[205] Index
157
É de toda a necessidade que todas as juntas dos tubos ou outras da aspiração estejam hermeticamente fechadas
Quando o liquido que se tem que elevar é quente deve ser a bomba colucada ao mesmo nivel. E sendo proximo da ebulição,
alguns pés acima da bomba //
191 Esta folha (31,5 cm x 22,6 cm) está dobrada e foi inserida entre as páginas 206 e 207. Não está numerada – atribuímos-lhe assim o número ordinal de
206 bis.
158
[207]192– Typo de torneira valvula – Torneiras de valvula de Caoutchouc <Vulcanisada> C da diffusão Naudet
192 A folha cujo retro é a página 207 foi inserida, ou melhor, colada ao forro da capa do livro.
159
[forro da capa do livro] Marca nas latas do fermento secco Raça pura II do Instituto de Berlin
160
[Livro de Notas 1904-1905, açúcar e álcool]
DESCRIÇÃO: Livro, papel, 13,9 cm x 9 cm, em razoável estado de conservação. Este volume encontra-se sem título, pelo
que o mesmo é atribuído por nós, de acordo com os temas nele tratados – seguindo assim, de alguma forma, a prática mormente
usada por Higino Ferraz (atribuição da denominação “Livro de Notas”, seguida da referência ao contexto temporal ou datas
limites, mencionando por fim os materiais ou processos industriais tratados). A numeração é nossa e foi acrescentada a lápis.
Note-se que a informação de algumas das páginas deste livro não foi objecto de transcrição porque a mesma consiste em
informes e cálculos matemáticos descontextualizados, e cuja disposição é caótica. Acresce que, transcrevemos o livro até à
página 106 e apercebemo-nos, então, que a informação das restantes folhas deste volume tinha uma diferente configuração (o
seu pé e cabeça encontravam-se invertidos relativamente àquelas 106 páginas). No entanto, muitos desses manuscritos por
transcrever (nas primeiras 38 páginas, principiando pela outra extremidade do livro) caíam naquela tipologia acima enunciada,
pelo que optámos por deixar aqui transcritos apenas os dados informativos relevantes, continuando assim a numeração (da
página 107, inclusive, em diante).
161
162
[1] Laboração de 1904 em 6 de fevereiro
Diffusão – Enche-se com agua 5 diffusores N. 4, 5, 6, 7 e 8, bomba esquentador e compensador. Faz-se circular e aquecer
a agua até 85º.
Enche-se o primeiro diffusor de bagaço assim como o 2º e o 3º
Principiou o aquecimento da agua ás 3 1/2 da manhã do dia 8 fevereiro
Ás 6 horas manhã[?] 80º com 3 engenhos
Assucar diffundido total 2612 kilogramas //
[2] O melaxeur para dissolver o assucar no xarope gasta 25 minutos para elevar a temperatura de 50º a 80º
Diffusão de 1904
Garapa para o diffusor meichage
9 hectolitros – 5/3 – 4 minutos
Sutiragem dos 8 hectolitros
para o diffusor de meichagem 2 minutos
Sutiragem dos 11 1/2 hectolitros 13 ?/4
Para o deposito de medida[?]
1 meichagem 6 1/2
11 1/2
Medida do barrill com + = 13 /4 gallões 50 litros
3
163
[5] Na moenda da 1ª semana em 602 diffusores moendo – 1904
194
858379 kilogramas de canna foi de 1420 kilogramas por diffusor (fez-se 8 diffusores com tassement do bagaço )
Extracão[sic] 64,4 litros por 100 kilogramas 758379 kilogramas de canne em 602 diffusores sai a 1254 kilogramas por
diffusor (descontando o bagaço a mais nos 8 diffusores com tassement)
Extração 73,2% (litro
A garapa contem 13,7% assucar
Da garapa retira-se – 10 kilogramas assucar % kilogramas canna
O jus de diffusão 12,19% assucar
Do bagaço 2,43 assucar % kilogramas
12,43
Dos 1254 kilogramas tira-se 11 1/2
hectolitros a 12,19% assucar = por
100 kilogramas cana a 11,1
perda 1,33 //
4ª “ “ “ = 250
5ª “
6ª “
“
“
“
“
= 300
= 350
}
A seguir na mesma dose
7ª “ “ “ = 400
8ª “ “ “ = 500
9ª “ “ “ = 600
10ª “ “ “ = 700
11ª “ “ “ = 1000 centimetros cubicos
ao dia 27
O mosto geral deve conter 0,06 gramas por litro no maximo //
[9] Monte jus xarope
Fevereiro
Dia 19 a 20 ás 6 Manhã
De dia –9
12 Nuite
6 Manhã
–6
–5
}
20
a 25º Baumé frio
194 Higino Ferraz rasurou o parágrafo que se segue, e sobre a mancha manuscrita que o compõe escreveu: «Errado»
164
Dia 20 a 21 ás 6 Manhã
De dia –8
12 Nuite
6 Manhã
–5
–5
18 }
a 25º Baumé
Dia 21 a 22 ás 6 Manhã
De dia –8
12 Nuite
6 Manhã
–5
–4
17 }
a 26 1/2 Baumé
Dia 22 a 23 ás 6 Manhã
De dia –9
12 Nuite
6 Manhã
–4
–4
17 }
a 23º Baumé //
[10] Refundição d’assucar
O deposito que recebo do mexidor leva 2800 litros
O deposito do xarope do sulfitador com serpentina leva liquido – 4000 litros
Nota: Deitando jus de diffusão no mexidor até que a serpentina de vapor estaja coberta com 2 a 3 polgada de jus leva 20
saccos d’assucar de 113 kilogramas para ficar em 30º Baumé em 90º temperatura que são pouco mais ou menos 30 hectolitros
de xarope
Capacidade do deposito do xarope da caldeira de vaco Franceza 46 hectolitros //
[11] Fevereiro 20 de 1904
Refundição d’assucar
Total 1816 sacos
1ª – 20 sacos de 113 = 2260
2ª – 10 sacos “ = 1130
Total 3390
195
Dia 21
3ª – 30 sacos de 112 = 3360
4º diffusor 2 “ “ = 224
3“ “ = 336
Total 3920
Dia 22
6ª – 20 sacos
10 sacos
5 sacos
} =3920
7ª – 35 sacos = 3920
Dia 23 = 15150
8ª 35 sacos = 3920
Dia 24
9ª 35 sacos 3920 //
[12] Refundição do assucar
196
Dia 24 ás 5 da tarde
10ª – 35 sacos – 3920
11ª – Dia 25 – 35 sacos = 3920
12ª – Dia 26 – 35 sacos = 3920
13ª – Dia 27 – 35 sacos – 3920
14ª – Dia 27 – 35 sacos – 3920
15ª – Dia 28 – 35 sacos = 3920
195 Sobre as várias manchas manuscritas que enunciam a quantidade de açúcar refundido em cada um dos dias (21, 22, 23, 24), escreveu o autor, em letras
de corpo maior: «Lançado».
196 Nesta página procedeu João Higino Ferraz da mesma forma que na anterior: sobre a informação relativa ao açúcar refundido em cada dia, grafou-se
«Lançado».
165
16ª – Dia 29 – 35 sacos = 3920
17ª – Dia 29 – 35 sacos = 3920
18ª – Dia 1 março – 35 sacos – 3920
19ª – Dia 2 – 35 sacos – 3920
20ª – Dia 2 – 35 sacos – 3920 //
166
[15] Diffusão de 1904. Soutiragems correspondentes á garapa mettida para a meichagem:
9 hectolitros garapa, soutiragem 11 1/2
10 “ “ , “ 12 1/2
11 “ “ , “ 14 1/2
12 “ “ , “ 15 1/2
12 /2 “
1
“ , “ 16 1/4
Sendo necessario tirar mais de 13 hectolitros tira-se nos dois depositos.
Depois de tirar para o deposito de meichagem os hectolitros de garapa normal necessarios e como durante este tempo tem
estado a circular o diffusor antecedente // [16] temente[sic] meichado muda-se a circulação para o deposito de meichagem e
soutiragem os 8 hectolitros com ar d’esse diffusor, continuando depois a tirar para os depositos de medida com agua no diffusor
precedente. Nota: Deve-se tirar com ar os hectolitros necessarios para a meichagem (até 28
Fez-se a meichagem com tassement do bagaço pela meichagem sendo n’esse caso necessario tirar 11 1/2 a 12 hectolitros de
garapa para corresponder com o bagaço contido no diffusor
A cal a 20º Baumé que levava no deposito de meichagem era n’este caso 6 litros. O baryte era deitado no deposito de
meichagem (2 litros a 10% em logar de 4)
Não levava carbonato // [17] de soda nem era fervido antes de filtrar.
Tanto a cal como o baryte deve ser deitado quando o deposito de meichagem contem o liquido suficiente ja aquecido, para
que a acção se fassa a quente sobre a garapa.
Deve haver o cuidado para que o trabalho na bateria seja o mais regular possivel, de forma a que a circulação seja continua-
a[sic] isto é que se estaja sempre tirando ou para os depositos de medida aquecendo sempre a bateria no primeiro 4 diffusores
de cabeça.
Com tassement do bagaço fica o diffusor vazio 2 palmos, e sem tassement 3 palmos. //
}
76º em 18
Carni-
Viuva
1 “ “ 130 “ em 28 _
1 “ “ 135 “ em 29º
1 “ “ 140 “ em 28º
167
1 “ MJHF 145 “ em 28º
1 “ FFC 140 “ em 28º
1 “ Armazem 140 “ em 27 _
resto 5 “ em 26 //
[22] 1 gallão d’acido sulfurico a 66º peza 6 1/2 kilogramas liquidos
Bichlorure de mercure para a conservação das amostras é feito em alcool a 90º a 2 por 1000 centimetros cubicos (Lebugle)//
197 Sobre a informação relativa ao açúcar refundido em cada um dos dias enunciados, grafou Higino Ferraz: «Lançado».
198 Sobre a informação relativa ao açúcar refundido em cada um dos dias enunciados, grafou Higino Ferraz: «Lançado».
168
Dia 6 a 7
De dia –8
até 12 Nuite – 4
até 6 Manhã – 4
} 16
27º Baumé
Dia 7 a 8
De dia –8
até 12 Nuite – 4
ate 6 Manhã – 4 } 16
27º Baumé
Dia 8 a 9
De dia –9
até 12 Nuite – 4
até 6 Manhã – 4
} 17
25 1/4 Baumé //
[26] Dia 9 a 10
De dia –8
até 12 Nuite – 4
ate 6 Manhã – 4
} 16
25º Baumé
Dia 10 a 11
De dia –8
ate 12 Nuite – 5
ate 6 Manhã – 4
} 17
25 Baumé
Dia 11 a 12
De dia –8
ate 12 Nuite – 4
ate 6 Manhã – 4
} 16
25º Baumé
Dia 2 a 3
De dia –8
ate 12 Nuite – 4
ate 6 Manhã – 4
} 16
23 1/2 Baumé //
[27] Rendimento da canna do anno 1904 principiando em 6 de fevereiro a 27 fevereiro
Assucar por % de garapa..........................13,6
Canna trabalhada .............................2.417.598
Assucar no armazem ..........................202.837
cosimento em circulação.................... 3.800
206.637
– A deduzir : Refundição
66110 kilogramas bruto, estimado ..... 59.500
ao rendimento de 90% 1º jet
Resta ...................................................147.637
Rendimento em 1er jet 6,08% Segue: //
[28] Este lote deu 38 cosimentos de 2º jet que deve render 10 sacos de 75 kilogramas cada um, são o total de 380 sacos =
28500 kilogramas rendimento de 2º jet por 100 kilogramas canna 1,17 kilogramas %
Calculo que em melaço dê 5% a 36% assucar = 1,8% assucar
Resumo total 1º jet – 6,08%
2º jet – 1,17%
Assucar no melaço 1,80%
Assucar total extrahido 9,05
Assucar na canna 13,6 x 81 = 11,00%
= Perda total fabrico 1,95% segue: //
[29] No inventario do alcool Lote Nº 5 – 1904, temos as espumas da Fabrica d’este Lote que rendeu 1256 gallões = 4584
litros d’alcool a 100º que calculando a 60 litros por 100 kilogramas assucar dá 7.640 kilogramas d’assucar cristalisado = 0,316
169
kilogramas por 100 kilogramas de canna ou seijam 0,051 gallões por 100 kilogramas canna
Calculo em reis
6,08 kilogramas a 240 reis ............................................1459
1,17 a 200 ........................................................................234
alcool do melaço assucar cristalisavel .............................300
Dito das espumas ........................................................... 50
2043
Custo de 100 kilogramas canna .....................................1600
443 //
[30] Monte jus do xarope
Triple-effet limpo
Dia 15 a 16
Até 12 Nuite –3 7
até 6 Manhã } –4 em 28 1/2º Baumé
Dia 16 a 17
De dia – 10
até 12 Nuite
até 6 Manhã
} –4
–5
19
27º Baumé
Dia 17 a 18
De dia –5
até 12 Nuite
até 6 Manhã
} –3
–2
10
27 1/2 Baumé
Dia 18 a 19
De dia –7
até 12 Nuite
ate 6 Manhã
} –3
–4
14
27º Baumé
Dia 19 a 20
De dia –7
até 12 Nuite
ate 6 Manhã
} –4
–4
15
27 1/4 Baumé
Dia 20 a 21
De dia –8
até 12 Nuite
ate 6 Manhã
} –5
–4
17
27 Baumé //
[31] Diffusão – 1904
Do dia 15 <de março> em diante usamos o carbonato de soda no deposito de meichagem (150 gramas por diffusor)
juntamente com a cal (4 1/2 litros a 20 Baumé) e o baryte (2 litros a 10%) cujos resultados foram conforme se vê no caderno das
analyses.
O triple não incrustava tanto. //
170
[34] Março 1904
Refundição d’assucar
199
43 – Dia 21 – 25 sacos = 2800
44 – Dia 21 – 25 sacos = 2800
45 – Dia 22 – 25 sacos – 2800
46 – Dia 23 – 25 sacos – 2800
Em 33 exitem[sic] 423 sacos
47 – Dia 24 – 25 sacos = 2800
48 – Dia 25 – 25 sacos – 2800
49 – Dia 26 – 25 sacos – 2800
50 – Dia 26 – 25 sacos – 2800
51 – Dia 27 – 25 sacos – 2800
52 – Dia 28 – 25 sacos – 2800 //
171
1ª vez ás 6 da tarde 26 – 36 horas
Março 1904. Refundição d’assucar
200
53 – Dia 29 – 17 sacos = 1904
54 – “ 28 sacos = 3136
Assucar total refundido
1687 sacos
Restou 115
1802
Assucar recebido – 1816 sacos
Diffusão[?] – 14 sacos //
[48] Das esperiencias atraz ditas tirou-se o seguinte resultado: Com o cosimento da 1er partie a analyse mostrou o seguinte:
masse cuite
Assucar – 53,95%
reductores – 9,43
Pureza – 64,8
Coefficiente glucosico – 17,48
Com o cosimento da 2em partie:
Assucar – 50,53%
reductores – 12,19
Pureza – 57,5
Coefficiente glucosico – 24,12 //
200 Sobre a informação relativa ao açúcar refundido em cada um dos dias enunciados, grafou Higino Ferraz: «Lançado».
201 León Naudet.
172
[49] Melaxeur
Com o pied de cuite unique, tirou-se o seguinte resultado; alimentando o melaxeur com egout riche e pauvre:
Assucar –
reductores –
Pureza –
Coefficiente glucosico –
Nota: Todas estas esperiencias o xarope levou assucar refundido
Vede caderno das analyses de 1904 março 29. //
173
De 9 a 10
De dia – 11
até 12 Nuite
ate 6 Manhã
–4
–5
} 20
24 3/4 Baumé //
[54] Monte jus xarope
De 10 a 11
De dia –9
ate 12 Nuite
ate 6 Manhã
–5
–4
} 18
25 Baumé
De 11 a 12
De dia –9
ate 12 Nuite
ate 6 Manhã
–4
–4
} 17
23 Baumé
De 12 a 13
De dia – 10
até 12 Nuite
até 6 Manhã
–6
–6
} 22
22 1/4
De 13 a 14
De dia – 10
até 12 Nuite
até 6 Manhã
–4
–6
} 20
21 1/4 Baumé
De 14 a 15
De dia – 11
até 12 Nuite
ate 6 Manhã
–5
–5
} 22
21 1/2 //
174
18ª – Dia 12 – 16 sacos = 1920
19ª – Dia 12 – 16 sacos = 1920
20ª – Dia 13 – 16 sacos = 1920
21ª – Dia 13 – 16 sacos = 1920
22ª – Dia 13 – 16 sacos = 1920
23ª – Dia 14 – 16 sacos = 1920
24ª – Dia 15º – 16 sacos = 1920
25ª – Dia 15 – 16 sacos = 1920 //
[61] Abril 1904 Refonte
205
26ª – Dia 16 – 16 sacos = 1920
27ª – Dia 16 – 16 sacos = 1920
28ª – Dia 16 – 16 sacos = 1920
29ª – Dia 17 – 16 sacos = 1920
30ª – Dia 17 – 16 sacos = 1920
31ª – Dia 18 – 16 sacos = 1920
32ª – Dia 18 – 16 sacos = 1920
33ª – Dia 18 – 15 sacos = 1820
34ª – Dia 19 – 16 sacos = 1760
35ª – Dia 19 – 16 sacos = 1760
36ª – Dia 19 – 16 sacos = 1760
37ª – Dia 20 – 16 sacos = 1760 //
[62] Abril 1904
206
38ª – Dia 20 – 16 sacos = 1760
39ª – Dia 20 – 16 sacos = 1760
40ª – Dia 21 – 16 sacos = 1760
41ª – Dia 21 – 16 sacos = 1760
42ª – Dia 21 – 16 sacos = 1760
43ª – Dia 22 – 16 sacos = 1760
44ª – Dia 22 – 16 sacos = 1760
45ª – Dia 23 – 16 sacos = 1760
46ª – Dia 23 – 10 sacos = 1100
47ª – Dia 23 – 10 sacos = 1100
48ª – Dia 24 – 10 sacos = 1100
49ª – Dia 25 – 20 sacos = 2200 //
De 16 a 17
até 12 Nuite –3 8
ate 6 Manhã –5 } 27º
De 17 a 18
De dia – 10
até 12 Nuite
até 6 Manhã
–4
–5
} 19
27 1/4
205 Sobre a informação relativa ao açúcar refundido em cada um dos dias enunciados, grafou Higino Ferraz: «Lançado».
206 Sobre a informação relativa ao açúcar refundido em cada um dos dias enunciados, grafou Higino Ferraz: «Lançado».
175
De 18 a 19
De dia –9
até 12 Nuite
até 6 Manhã
–5
–4
}
18
26 1/2
De 19 a 20
De dia –9
até 12 Nuite
ate 6 Manhã
–3
–4
}
16
27º //
[64] Monte jus – xarope
Dia 20 a 21 abril
De dia –9
ate 12 Nuite
até 6 Manhã
–3
–4
}
16
26º[?]
Dia 21 a 22
De dia – 10
até 12 Nuite
ate 6 Manhã
–5
–4
}
19
22 3/4
De 22 a 23
De dia –9
ate 12 Nuite
até 6 Manhã
–5
–5
}
19
22 1/2
De 23 a 24
De dia – 10
até 12 Nuite
ate 6 Manhã
–4
–5
}
19
22 3/4
De 24 a 25
De dia – 11
até 12 Nuite
até 6 Manhã
–4
–5
}
20
21º //
[65] De 25 a 26
De dia – 10
até 12 Nuite
até 6 Manhã
–4
–5
}
19
20 1/4
De 26 a 27
De dia –8
até 12 Nuite
até 6 Manhã
–3
–
}
11
23
De 27 a 28 Fim
De dia – 1904
até 12 Nuite
ate 6 Manhã
–
–
}
//
Abril 1904 – Refonte
207
50ª – Dia 25 – 10 sacos = 1100
51ª – Dia 26 – 10 sacos = 1100
52ª – Dia 27 – 10 sacos = 1100
53ª – Dia //
[66]208
207 Sobre a informação relativa ao açúcar refundido em cada um dos dias enunciados, grafou Higino Ferraz: «Lançado».
208 Esta página apresenta cálculos matemáticos descontextualizados.
176
[67] Transformação no Quadruple effet
[68]
177
[69]
[70]209
[71]210
[72]
209 Esta página apresenta numerais e informes descontextualizados e pouco claros quanto ao seu sentido.
210 Esta página apresenta numerais e informes descontextualizados e pouco claros quanto ao seu sentido.
178
[73]
[74]
179
[75]
[76]
180
[77] Assucar despachado para refundir
Demerára – 1816 sacos = 201.019 kilogramas
zBarbados 730 sacos = 88.110
289.129
Por desfazer em 30/4
21 sacos ——————— 2.424
Total gasto até fim 286.705
de abril //
[78] Assucar refundido – egoût
53ª Dia 4 – 10 sacos = 1100
A contração do jus de diffuzão de 90º para 20º temperatura é de 3%
Calculo feito em 100 centimetros cubicos a 90º temperatura arrefecida a 20º levou 3 centimetros cubicos d’agua para
completar a 100 centimetros cubicos novamente [Ass:] Ferraz
[79] Dia 21 a 22
com assucar De dia – 12
ate 12 Nuite
até 6 Manhã
–5
–5
22
}
26º Baumé
De 27 a 28
com assucar De dia – 10
até 12 Nuite
ate 6 Manhã
–6
–5
21
}
26 1/4 Baumé
De 28 a 29
com assucar De dia – 11
até 12 Nuite
até 6 Manhã
–5
–5
21
}
25 1/4 Baumé
De 29 a 30
com assucar De dia –7
ate 9 Nuite
ate 6 Manhã
–3
–
10
//
}
[80] março 1904. Refonte no xarope
sacos
211
Dia 25 – //// //// / = 2352
//// ////
181
[82]212
[83] Melaxagem do melaço de Barbados – Pé de cuite feito com 11 sacos assucar Barbados e 20 sacos Fabrica – no dia 7
Julho 1904 ás 11 1/2 da manhã e terminou ás 9 3/4 de vonte – Total 10 1/4 horas //
182
[93] Quando desfiz 10 sacos d’assucar de Barbados (de 6 arrobas) e 15 do da Fabrica com os egoût riches juntei-lhe 3
canecos de baryte a 10% e sulfitei até á reacção legeiramente acida, e filtrei. //
[94] Total do assucar refinado e refinado [sic] 3679 sacos
18 – Janeiro 1905 –
Peso de 10 sacos assucar MB – 920 kilogramas
20-1-905
As costureira [sic] tem 42 juntas de corda para fazer sccos[sic] dos filtros
Pau para a bomba da sulfitação
[95]214
[96]215
[97] Monte jus do xarope
Dia 15 Fevereiro 1905
De dia –3
ate ás 12 nuite
até as 6 manhã
–6
–5
} 14
De 16 a 17
De dia –11
ate as 12 nuite
ate as 6 manhã
–5
–6
} 22
De 17 a 18
De dia –9
ate as 12
ate a 6
–4
–6
} 19
De 18 a 19
De dia –9
até ás 12
ate ás 6 Manhã
–7
–6
} 22
183
De 19 a 20
De dia – 10
até ás 12
ate as 6
–5
–7
} 22
//
[98] Dia 20 a 21
De dia – 10
ate as 12 nuite
ate ás 6 manhã
–6
–6
} 22
Dia 21 a 22
De dia –7
até as 12 nuite
ate ás 6 manhã
–7
–6
} 20
Dia 22 a 23
De dia – 11
ate as 12
ate as 6
–7
–5
}23
Dia 23 a 24 limpeza
ate as 12 –5
ate as 6 Manhã –7 }12
De 24 a 25
De dia – 13
ate as 12
ate as 6
–6
–8
} 27
//
[99] Dia 25 a 26
De dia – 12
ate as 12
ate as 6
–8
–8
} 28
Dia 26 a 27
De dia – 13
ate as 12
ate as 6
–8
–8
} 29
Dia 27 a 28
De dia – 12
ate as 12
ate as 6
–7
– 11
} 30
Limpeza
1 a 2 março
De dia –5
ate as 12
ate as 6
–4
–6
} 15
2 a 3 março
De dia – 11
ate as 12
ate as 6
–5
–7
} 23
//
[100] Dia 3 a 4 março
De dia – 12
ate as 12
ate as 6
–8
–8
} 28
184
Dia 4 a 5
De dia – 15
ate as 12
ate a 6
–7
–8
} 30
Dia 27 a 28
De dia – 15
ate as 12
ate as 6
–9
–9
} 33
Dia 6 a 7 limpeza
De dia – 15
até ás 12
ate ás 6
–8
–8
} 31
Dia 8 a 9
ate as 12 –5
ate as 6 –7 } 9//
[101] Dia 9 a 10
De dia –8 esteve parado 3 horas
ate as 12
ate as 6
–5
–3
} 28
Dia 10 a 11
De dia – 14
ate as 12
ate a 6
–6
–7
} 27
Dia 11 a 12
De dia – 13
ate as 12
ate as 6
–6
–6
} 25
Dia 12 a 13
De dia – 15
ate as 12
ate ás 6
–7
–9
} 31
Dia 13 a 14
De dia – 16
até ás 12
ate ás 6
–9
–9
} 34
//
[102] Dia 14 a 15 março 1905
De dia – 18
ate as 12
ate as 6
–9
–8
} 35
Dia 15 a 16
De dia – 16
até ás 12
ate as 6
–6
–7
} 29
Dia 16 a 17
De dia – 14
ate as 12
ate as 6
–7
–6 } 27
Dia 17 a 18 Limpeza
De dia –4
ate ás 12 –2 }6
185
Dia 18 a 19
De dia – 11
ate ás 12
ate ás 6
–6
–4
} 21
//
[103] Dia 19 a 20
De dia – 12
ate as 12
ate as 6
–5
–5
} 22
Dia 20 a 21
De dia – 12
ate as 12
ate as 6
–6
–6
} 24
Dia 21 a 22
De dia – 14
ate as 12
ate as 6
–6
–7
} 27
Dia 22 a 23
De dia – 12
ate as 12
ate as 6
–6
–6
} 24
Dia 23 a 24
De dia – 10
ate as 12
ate ás 6
–6
–5
} 21
//
[104] 1905 Dia 24 a 25 março
De dia –9
ate ás 12
ate as 6
–7
–5
} 21
Dia 25 a 26
De dia – 15
ate ás 12
ate ás 6
–7
–7
} 29
Dia 27 a 28
De dia – 16
ate as 12
ate a 6
–7
–8
} 31
De 28 a 29
De dia – 15
ate as 12
ate ás 6
–6
–6
} 27
//
[105] Dia 29 a 30
De dia – 14
ate as 12
ate as 6
–8
–9
} 31
186
Dia 30 a 31
De dia – 17
ate as 12
ate as 6
–8
–7
}
32
De 1 de abril
De dia – 17
Limpeza
Dia 3 a 4
Ate as 12 – 4
Dia 4 a 5
De dia – 11
ate as 12
ate as 6
–7
–6
}
24
//
[106] Dia 5 a 6 abril 1905
De dia – 17
ate as 12
ate as 6
–6
–6
}
29
De 6 a 7
De dia – 11
ate as 12
até as 6
–6
–6
}
23
Dia 7 a 8
De dia – 11
ate as 12
ate as 6
–6
–5
}
22
De 8 a 9
De dia – 14
ate as 12
até as 6
–9
–7
}
30
Dia 9 a 10
De dia – 13
ate as 12
ate as 6
–7
–8
}
28
//
[107] Melaço da
1º Antigua sem extração d’assucar rendeu no Lemos216 10,43 gallões em 40 a 22º temperatura por 100 kilogramas melaço
2º Barbados sem extração d’assucar rendeu no Lemos 9,34 gallões em 40º a 22 temperatura por 100 kilogramas melaço.
40º cartiere = 95,4 centigrados a 15 temperatura = 93,2º
1º = 9,72 gallões a 100º a 15 temperatura
2º = 8,7 gallões a 100 a 15 temperatura
Rendimento da Fabrica Hinton
1º = 10,5 gallões a 100º a 15 temperatura
2º = 8,44 “ “ “
Pouca percentagem assucar //
216 Fabrica de destilação de álcool, chamada Companhia Nova, da firma José Júlio de Lemos, Sucessores, de José Júlio de Lemos.
187
[108] 2 Tanques para o melaço da centrifugas – Projecto
188
Cada hectolitro representa 0,062 metros
Por conseguinte:
8 hectolitros = 0,496 metros
9 “ = 0,558
10 “ = 0,620
11 “ = 0,682
Para ver a altura do liquido pela parte de cima do deposito deve metter uma regua com o comprimento d’esde a parte
superior, com 0,372 metros dá 9 hectolitros //
[113]219
[114]220
[115] Aclimatação <ao fluorhydrico> de uma fermentação de garapa de canna, feita á primeira sem fluorhydrico –
(fermentação natural) acidulado com o sulfurico a 1,2 gramas por litro sendo examinada a fermentação depois de terminada
mostrando 0º Baumé e 1,8 gramas acidez.
Fermento depositado sendo o liquido claro decantado e lavado a levuro que percipitou com agua destillada uma vez.
Fiz uma nova fermentação com garapa que foi esterelisada, pelo vapor levando 1 grama d’acido sulfurico por litro e 1
centimetro cubico de fluorhydrico a 22 gramas por litro = 0,02 no dia 16 janeiro acidez depois fermentação 1,8 gramas por litro
Nova fermentação com garapa a 7º Baumé 1 grama de sulfurico por litro e 2 centimetros cubicos de fluorhydrico a 22
gramas por litro = 0,04 no dia 19
acidez depois fermentação 1,65 gramas //
[116] No dia 25 fiz o ensemensemente do fermento do dia 19 em mais um litro de mosto de canna em 7 Baumé acido, 1
grama – fluorhydrico 2 1/2 centimetros cubicos e juntei-lhe n’um grande ballão de 3 litros com a fermentação do dia 19 já em
actividade. fermentação [sic] terminada no dia 21 acidez 1,52 gramas por litro.
Aclimatação ao melaço
1ª garapa – 650 centimetros cubicos
melaço 200 gramas
Dissolução total 1450 centimetros cubicos em 10 1/2 Baumé
acido sulfurico – 1,5 gramas
Dito fluorhydrico 4 1/2 centimetros cubicos em 1450 centimetros cubicos
Acidez depois fermentação – 1,6 gramas
grau de paragem 0º Baumé
2ª garapa – 450 centimetros cubicos
melaço 400 gramas
Dissolução total 2,550 litros a 6º //
[117] 9 centimetros cubicos d’acido fluorhydrico
2 Antonio Ferreira Magdalena
offerta[?] do Sousa Lara
300$000 reis por mez viagens pagas ida e volta durante 6 mezes:
O que me convem:
Perdendo o ordenado de 6 mezes 430$000 reis por mez
Perdendo as percentagens do alcool por 6 mezes 470$000 reis
6 mezes a 470$ = 2.820.000
Percentagem da canna
Hinton 1.200.000
Percentagem alcool bruto
6 mezes anno 250.000
4.270.000 //
[118] 1905
Para uma bomba de extração de aguas condençadas de um triple effet ou xaropes do mesmo trabalhe bem é necessario ter
219 Esta página contém informes e cálculos matemáticos descontextualizados.
220 Esta página contém informes e cálculos matemáticos descontextualizados.
189
um pequeno tubo em comonicação da 3em e 4em caisse do triple com a caixa das valvulas de aspiração tendo uma torneira de
regular o vaco, como se segue:
190
Para bem desencrostar os equentadores[sic] lavei ao acido chlorydrico um, e o outro a soda caustica; esta ultima fez mais
effeito
Quando o aquecimento é lento, não sendo devido á incrustação é sempre devido ás devisões de B não estar a junta bem feita
deve por isso haver o maximo cuidade tanto nos superiores A como nos inferiores B //
[120] Na fabrica “La Corona” em 221
gastou 0,200 kilogramas por tonelada de canna deixando uma acidez de 0,6 na
garapa fulfitada[sic] no apparelho “Quarez”:
Na fabrica Hinton gastou-se em 3010 toneladas de canna 1400 kilogramas de enxofaro aparelho Quarez o que faz 0,465 por
toneladas com uma acidez de 1 grama por litro na garapa sulfitada, sendo verdade tambem que se sulfitou uma parte do xarope
algumas vezes
Para produzir 100 gramas d’acido sulfuroso são necessarios theoricamente 200 gramas de enxofaro //
[121] 1905. Lavagem dos sacos dos filtros presses ou mechanicos
Dissolve-se o acido chlorydrico em 2/3 d’agua e emerge-se os sacos durante 10 minutos pouco mais ou menos conforte[sic]
o seu estado de incrustação e depois lavão-se muito bem com agua para lhe extrahir o acido.
Não é necessario laval’os com a soda caustica.
1905 – março
Cal a 20º Baumé 4,25 litros +
Balryte a 10% 3 litros +
Carbonato de soda 0,500 kilogramas por cada diffusor de 25 hectolitros ou 1340 kilogramas de canna – (9 hectolitros
de garapa)
191
192
3.º Livro de notas de Fabricação de 1910
DESCRIÇÃO: Livro, papel, 17,2 cm x 11,2 cm, numerado a lápis por nós e em bom estado de conservação.
193
194
[forro da capa início] Acido sulfurose liquido
Existente em 9 Julho 1910
Obus cheios: – 13 antigos
“ Vazios – 16 “
“ cheios vinhos ultimamente 7 novos
Ficou depois da laboração 1910
Obus cheios: – 11 10/8/910
“ vazios – 16
Canna entrada até 8 Julho <1910> 24.850 toneladas
Que faltem entrar até 31 Julho 8.150 toneladas ?
fará um total de 33.000 toneladas
Fazendo uma media de 380 toneladas por 24 horas 8150 = 22 dias de fabricação,
380
não incluindo o dia de limpeza, necessaria a fazer, e calculando que a canna entra regularmente a quantidade necessaria.
Terminará de 1 a 2 agosto? //
[3] – Analyse – Variações de pureza – Das 6 horas manhã as 11.45 horas manhã
Vesou 1er moulin – Jus diffusão – Kestner filter – xarope
Pureza – 80,01 – 80,22 – 79,35 – 76,31 –
Coefficiente glucosico – 7,83 – 8,51 – 9,17 – 12,36 –
Estas analyses foram feitas 3 horas depois do emprego do furmol, de forma que o xarope não pode provir d’este tratamento
mas sim do xarope da nuite, sô ás 3 horas ou 5 da tarde é que se poderá bem ver a deferença.
Xarope ás 6 horas tarde
Pureza Coefficiente
76,63 12,40
Vê-se porem que o mal cresce depois do Kestner; Qual a causa?
Será dos entrenement no relantisseur?
Analyse dos entrenement no Ballão?
assucar 8,01% + Pureza 74,51 – Coefficiente glucosico 12,85
Estes entrenements são em pequena222 //
195
Devido a isso já antes tinha mandado deitar uma quantidade de leite de cal periodica-//[5]mente nas aguas de alimentação
da bateria com o fim de neutralisar essas aguas e mesmo dár-lhe uma ligeira alcalinidade para evitar de estragar as bombas
centrifugas e tubos pela agua amoniacaes [sic] acidas do triple. Poderá essa agua mesmo que neutra influir durante a evaporação
no Kestner e triple?
Capacidade do tanque de limpeza do Kestner 1.500 litros //
196
xarope da 2ª caixa aos filtros mechanicos; 1 rechaufeur do xarope da 3ª e 4ª caixa aos cuites.
12º Um rechaufeur com vapor do // [12] jus sahido do Kestner, aqueçe o xarope para entrar na 3ª e 4ª caixa.
13º Comonicar ao cuite Cail <Vede Nota adiante> os égoûts dos cuites virgens.
14º Um secador de vapor (a 2 1/2 kilogramas) para centrifugas.
15º 3 bacs de 1000 Hectolitros <cada um> para clasificação dos égoûts não trabalhados, com comonicação tubular aos bacs
dos égoûts dos cuites.
16º Conductor-secador d’assucar das turbinas aos tamiseurs mechanicos, e pezagem automatica.
17º Um refrigerante para o petits eaux á destilleria. //
[13] Finalmente:
A todo o preço se deve fazer a reentrada dos petits eaux depois de devidamente filtrados, e as liquidações do alambique
(Distillaria) devem ser feitas regularmente (arrefecendo-as) em refrigerante especial, de forma a que os petits eaux nunca
subam a mai[sic] 2,50% assucar. D’esta forma ganha-se 0,40 em assucar por 100 de canna parte em assucar turbinado e a
meior parte em melaços.
Krajewski – 500$000 reis
4 novos diffusores etc 3:500$000 “
3 chauleurs Kuchen[?] 450$000 “
Turbina Hignette 4? 2:000$000 “
Custo aproximado 1 rechaufeur 40 metros quadrados Kestner 500$000 “
do material 4 filtros Phillippe 1:500$000 “
segundo as Seccador de vapor 200$000 “
nota [sic] atraz 3 bac cimento armado 2:000$000 “
menos a montagem Transportadores e tamis assucar 2:000$000
Refrigerante petits eaux 550$000
aproximado 13:200$000 //
}
diffusores
Media 14
Das 12 ás 4 /2 manhã –
1
68 “
total 236 diffusores
315.475 = 1337 kilogramas por diffusor
236
Diffusores pouco tassés: Jus turvo.
197
A meior parte da canna era da Costa.
Trabalho de 17 horas:
Em 24 horas fazer-se-hia 445 toneladas canna.
Segue comparação diffusão tassée: //
} Media 13,3
diffusores
Das 12 manhã ás 6 tarde ————- 77 “
hora
Das 6 tarde ás 12 manhã ————- 81 “
Das 12 nuite ás 5 manhã ————- 68 “
293
419670 = 1430 kilogramas por diffusor
293
Trabalho de 22 horas:
Em 24 horas fazer-se-hia 457 toneladas de canna.
Nota: Bastante corioso é o trabalho da bateria ou da canna, visto que por algumas esperiencias já feitas com canna da Costa
e fazendo o tassement apenas se poude fazer 12 diffusores hora. //
[19] 21 Julho 1910. – Kestner – Nota: Considerações sobre a forma de trabalhar o Kestner segundo Monsieur Naudet224
No dia 19 como o Kestner quasi nenhum trabalho fazia, e mesmo dava um resultado negativo fiz a limpeza do apparelho a
soda (ainda que bastante incompleta) trabalhando depois por grampage, isto é, deixava entrar no apparelho unicamente o jus
produzido pela diffusão e n’este caso como o apparelho estava ainda bastante incrustado a grampage era feita // [20] pela
forcagem da bomba, mas ainda assim o apparelho formava uma pequena perção (0,6 kilogramas) tendo a valvula de segurança
carregada como d’antes com 2 pezos, deixando sahir algum vapor de jus. No dia 21 ainda trabalhava da mesma forma n’um
trabalho regular de 14 diffusores hora, em quanto que trabalhando com o apparelho cheio, isto é, fazendo passar o jus a toda a
velocidade da bomba indo o excedente ao bac, como // [21] dizia Monsieur Naudet, o apparelho não dava perção alguma e
muitas vezes era dificil a sahida do jus do ballão, e o apparelho sujava muito mais rapidamente.
Depois de ver estas esperiencias como devemos proceder?
A meu vêr o apparelho deve trabalhar com a grampage, e é esta a unica forma de formar vapor 0,8 a 1 kilograma de perção
com o apparelho completamente limpo, tendo contudo dois rechaufeurs de 40 metros quadrados // [22] aquecidos pelo vapor
do Kestner mas tambem podendo ser aquecidos com vapor exausto para a occasião de principiar o trabalho do apparelho e
mettel’o em regimen de marcha. Estes rechaufeurs devem ser sempre limpos todas as 24 horas alternadamente, e o apparelho
Kestner todas as 24 horas, e o jus de diffusão deverá ser filtrado antes de entrar no Kestner, isto é, o Kestner deve trabalhar jus
limpido. //
198
[24] 22 Julho 1910 – Kestner –
A 22 o Kestner fazia <ainda> a perção de vapor a 0,5 kilogramas mas o rechaufeur não dava o jus a mais de 94º e na entrada
era de 90º, e naturalmente devido a isso é que o Kestner não dava como estava dando 0,6 kilogramas, porque quando o
rechaufeur estava limpo dava o jus a 100 a 105º (aquecido o vapor exausto).
Tendo porem, no anno proximo dois rechaufeurs e sendo limpo um todas as 24 horas, teremos sempre jus no minimo de 105
a 110º. //
[25] 22 Julho 1910. Capacidade dos apparelhos que deve ter a Fabrica
do Torreão para 1911 – a fim de poder trabalhar. Fabrica do Torreão – 450 toneladas
Raperie Lemos226 60 “
Krajewski – 24” x 56” = 0,61 metros x 1,42 metros
1º e 2º engenho ——- 28” x 56” = 0,71 metros x 1,42 metros
Machina unica – Cylindro 25” x 48” 240 cavallos nominaes
48 voltas por minuto.
Pode fazer até 500 toneladas
Duas baterias de diffusão conjugadas de 25 Hectolitros – 10 diffusores por bateria (maximo).
Moinho de bagaço – 28” x 56”, veios reforçados – Machina de 100 cavallos nominaes //
[26] Rechaufeurs: 3 da bateria de 25 metros quadrados surface de chauffe.
4 da defecação da garapa por circulação rapida de 25 metros quadrados aquecidos a vapor exausto.
Bombas Shabaver:
1 da circulação forçada Nº 3 minimo de voltas 1000
1 da circulação da garapa (3) nos defecadores – voltas 1000
Bombas centrifugas Wauquier
1 para alimentação da bateria (agua ou petits eaux)
1 para tirar os petits eaux aos filtros (perção 1 1/2 kilogramas)
1 para os petits eaux do moinho // [27] do bagaço aos tanques de apuração 3 depositos com mexidor de 25 Hectolitros cada
um para alcalinisação da garapa dos engenhos (tamissée) com o fim de fazer a sulfitação alcalina.
Um sulfitador “Quarez” – 180 metros quadrados de filtros Philippe para o jus de diffusão.
Kestner-preevaporador percipitador de 110 metros quadrados com seus dois rechaufeurs de 40 metros quadrados cada um
– Uma bomba “Shabaver” Nº 3 para 1 1/2 kilogramas perção, alimentação do Kestner, ou melhor uma bomba dupla com valvula
segurança // [28] 120 metros quadrados de filtros Philippe para o jus evaporado no Kestner.
Triple effet: – 1ª caixa 270 metros quadrados
Sulfitação do xarope 2ª “ 210 metros quadrados
da 2ª caixa – Vede adiante 3ª “ 200 metros quadrados
Total 680 metros quadrados
Rechaufeurs:
Um para o xarope da 2ª caixa aos filtros de 30 metros quadrados (aquecido pela 1ª caixa)
Um para o xarope da 3ª aos cuites de 30 metros quadrados (aquecido pela 1ª caixa)
Um para o xaropa[sic] da 2ª filtração antes de entrar na 3ª de 30 metros quadrados aquecido pelo vapor desprendido do jus
do Kestner
Um de 20 metros quadrados para o jus filtrado que entra do Triple (aquecido pela 1ª) // [29] 70 metros quadrados de filtros
Philippe para o xarope da 2ª caixa.
Cuites:
Um cuite Cail de 125 Hectolitros
Um cuite Freitag de 250 “ }
1er jet
Um cuite Cail de 100 “ Egoûts
dois malaxeurs no vacuo de 100 Hectolitros
Malaxeurs refrigerantes:
226 Fabrica de destilação de álcool, denominada Companhia Nova, da firma José Júlio de Lemos, Sucessores.
199
3 de 250 Hectolitros cada um
8 de 100 “ “ “
Turbinas: 10 de Watson com motor a agua ou eletricas.
Bacs dos égoûts:
Um de 50 Hectolitros para égoûts riches
Um de 50 “ para os égoûts filtrados //
[30] Dois de 60 Hectolitros para os égoûts da Freitag
Um de 60 Hectolitros para égoûts da Melasse Cuite virgem
dois de 30 Hectolitros para a clerce dos malaxeurs. (clerce de 1ª e 2ª)
2 de 60 Hectolitros para os égoûts de 2ª.
3 de 20 Hectolitros, um para o xarope de 2ª caixa á filtração. Um para o xarope filtrado sahido dos filtros. Um para o xarope
filtrado para alimentação da 3ª caixa do triple.
Um malaxeur redondo para diluição e sulfitação dos égoûts // [31] de 1ª á filtração sobre arêa. 40 Hectolitros
2 filtros Raimbert e seu lavador independente para a filtração dos égoûts de 1ª.
Bombas diversas:
Uma bomba centrifuga para tirar o xarope da 2ª caixa á filtração
Uma bomba para o xarope da 3ª caixa aos cuites.
Uma para a montagem dos égoûts filtrados ao bac.
Uma para as liquidações da bateria e lavagem dos filtros Raimbert á destilleria.
Uma para os égoûts de turbinagem. //
[32] Geradores de vapor: Babcock 50 metros quadrados surface de chauffe por tonelada de canna e por hora com bagaço a
45% humidade e 2% assucar para 480 toneladas canna em 24 horas será 20 toneladas por hora:
50 x 20 = 1000 metros quadrados de surface de chauffe – com fornos a bagaço e tiragem natural com chaminé de 45 metros.
2 baterias – Uma a alta perção 7 kilogramas
Uma a baixa “ 4 kilogramas
Será; 5 Caldeiras de 200 metros quadrados surface chauffe
4 toneladas bagaço a 45% humidade val 1 toneladas de carvão.
Nota: Este calculo é sô para o fabrico do asssucar //
200
[37] 23 Julho 1910 – Kestner –
Ainda n’este dia, sem limpeza alguma, o Kestner fazia 0,500 kilogramas de perção (com dois pezos) mas o rechaufeur sô
dava o jus a 92º á sahida sendo na entrada de 88º. O trabalho do Kestner continuava a ser feito por Grampage pela bomba.
O jus de diffusão algumas vezes era limpido (trabalho lento) mas na meior parte do tempo era turvo (trabalho de 14
diffusores hora).
Estou agora completamente convencido que, com o Kestner limpo e com dois rechaufeurs de 40 metros quadrados o Kestner
deve produzir vapor a 0,8 kilogramas a 1 kilograma dependente da quantidade de jus //
201
Por esta esperiencia se vê que // [44] não é pratico este systema de filtração de petits eaux a não ser que se tenha 50 filtros
de 30 metros quadrados; mas por esta forma fica de tal forma caro o trabalho que não dará resultado pratico. Vejo pois que
a unica forma de apurar os petits eaux será pela turbina Hignette ou outra da mesma theoria.
2ª esperiencia – 29 Julho. 1910
No mesmo filtro – Para encher 6 Hectolitros; filtrou em uma hora 20 Hectolitros
Os sacos da 1ª esperiencia, depois de tirados, estavam completamente cheios de borras. //
[45] N’esta 2ª esperiencia vê-se que o filtro deu para 20 Hectolitros em uma hora n’um feltro de 20 metros quadrados, em
um de 30 metros quadrados deve feltrar 30 Hectolitros, o que dá por metro quadrado e por hora 100 litros.
Devemos despejar (com 10 filtros de 30 metros quadrados) um filtro todos os 9 a 10 minutos!
Cada filtro de 30 metros quadrados dá 10 Hectolitros de pé o que em 24 horas será:
6 feltros por hora, em 24 horas = 144 filtros x 10 Hectolitros = 1440 Hectolitros a repassar.
Media das duas esperiencias:
1ª Filtros a despejar – 24 horas = 216 feltros
2ª “ “ – “ = 144 “
360 =180 filtros em 24 horas = 180 = 8 feltros por hora
2 24 //
[46] 29 Julho 1910 – Cuites –
Para a liquidação dos égoûts fez-se um xarope de cascos da serandagem e assucar bruto que foi sulfitado e filtrado no filtro
de arêa para formação de um pé de cuite na Freitag sendo depois alimentado com os égoût do cuite virgem, égoûts riches e
égoûts filtrados dos cuites Freitags.
Os malaxeurs restantes de 2ª e 3ª os seus égoûts foram cosidos ao filet e deitados nos poços; para fazer a liquidação de estes
égoûts que eram muito ordinarios. //
[47] – Assucar para pés de cuite –
assucar derretido – Em 29 Julho – 29 sacos = 2900 kilogramas
“ “ “ 30 sacos = 3000 “
Total para deduzir da 7ª situação 5900 “
2 Julho 1910
Principiou-se n’este dia os cosimentos dos égoûts á recuir guardado nas cubas, para o seu épuissement, fazendo um pé de
cuite com assucar farine dos malaxeurs, sulfitado e filtrado nos filtros de arêa levando cada mexidor completo 3500 kilogramas
assucar que dava em xarope 32º Baumé 40 Hectolitros
Esta quantidade dava pouco mais ou menos para o pé de cuite. segue //
202
Rendimento por Hectolitro <Melasse Cuite> 30,800 kilogramas assucar
segue //
[50] Terminou os cuites a 6 agosto 1910
Estes egoûts deram em Melasse Cuite
3 malaxeurs de 240 Hectolitros = 720 Hectolitros
4 “ de 95 “ = 380 “
3 “ de 70 “ = 210 “
Total 1310 “
O 1º malaxeur <de 240 Hectolitros> deu 56 carros = 8400 kilogramas assucar
8400 x 5,5 = 46200 kilogramas assucar total?
Rendimento pelos malaxeurs:
250 Hectolitros – 1º – 56 carros = 8400 kilogramas
“ “ 2º – 58 “ = 8700 “
“ “ 3º – 54 “ = 8100 “
100 “ 1º – 20 “ = 3000 “
“ “ 2º – 18 “ = 2700 “
“ “ 3º – 15 “ = 2250 “
“ “ 4º – 15 “ = 2250 “
75 “ 1º – 12 “ = 1800 “
“ “ 2º – 11 “ = 1650 “
“ 3/4 “ 3º – 8 “ = 1200 “
40050 kilogramas total //
203
Como eu calculo que deve estar os tubos //
204
Fica perfeitamente provado que esta incrustação foi devido á falta de jus no apparelho, e deu-se isso quando tinhamos
montado o regulador de sahida do jus, que não era suficiente para o trabalho requerido. Alem d’isso o rechauffeur não era
suficiente ao aquecimento do jus. //
205
Mas se a pureza fosse de 85 e
a perda da diffusão 0,616 daria:
assucar puro extrahido 10,625 kilogramas %
4,200 kilogramas assucar no melaço 1,794 %
Perda diffusão 0,616 %
Perdas indeterminadas 0,573 %
assucar % canna 13,608
Daria mais 37% do lucro retirado com a canna a 80,83 de pureza. //
206
Notas: 1ª A perda na deffusão foi meior em 1910 devido a trabalharmos muito mais rapidamente em 2 baterias de 6
deffusores, e de não empregarmos a reentrada petits eaux
2ª A Extração da garapa % canna foi meior em 1910 devido á imbibição do bagaço com o jus de diffusão
4ª O rendimento da Melasse Cuite M foi menor em 1910 devido á grande reentrada de egouts no cuite F. segue //
[72] Calculando, como mais traz digo, que a garapa tivesse uma pureza de 85 e que na diffusão e bagaço a perda fosse de
0,616% canna teriamos:
Assucar turbinado —— 10,625 kilogramas
Melaço 4,200 kilogramas com assucar —— 1,794
Perda deffusão e bagaço —— 0,616
Perdas indeterminadas —— 0,573
assucar % canna 13,608
Será possivel obter esta pureza e esta perda na diffusão?
Talvez, se a canna fôr trabalhada no seu estado completo de maturação sendo colhida primeiro a canna da beira mar, e que
// [73] da Costa venha regularmente em pequenos barcos de forma que a canna chegada seja moida n’esse mesmo dia não tendo
mais de 48 horas depois de apanhada.
Quanto á perda na diffusão temos diversos meios de chegar a esse resultado:
1º Com a imbibição regular do bagaço com o jus de diffusão, uma grande parte do assucar da canna, quebrada que seja as
selulas da canna pelo jus quente, será extrahido en tètê de baterie dando o resultado // [74] d’um melhor épuissement do bagaço,
que poderá chegar a 0,2 a mais do normal como das esperiencias feitas.
2º Com uma bateria mais longa de 8 deffusores onde 6 estão em bateria e não 4, temos um ganho pela esperiencia de 0,2.
3º Com a reentrada dos petits eaux filtrados e fazendo liquidações regulares á destillaria de forma que o assucar nos petits
eaux não subam a mais de 2,5% assucar centimetro cubico poderemos ter um ganho de 0,3 // [75] em assucar pelo menos.
Tudo isto chegará á desejada recooperação de 0,7 assucar % canna e isto junto á pureza superior de 4º dará aproximadamente
o rendimento acima. Funchal 16 agosto 1910 [Ass:] João Higino Ferraz
Para o calculo da pureza determinei que cada grau representa 150 gramas de assucar a mais ou a menos. //
[76] 5 outubro 1910
Esperiencia da turbina Hignette com petits eaux guardados d’esde a laboração, isto é, 3 mezes, cuja agua apresentava pouco
mais ou menos o mesmo aspecto phisico dos petits eaux normaes, mas que naturalmente devido ao tempo de guarda devem
estar muito mais gomosas, e tinham um cheiro a pudrido fraco. A esperiencia com agua n’este estado deve naturalmente
diminuir o effeito da percipitação // [77] dando a esperiencia n’estas condições resultados um pouco desfavoraveis, mas que
com petits eaux frescos e alcalinisados a percipitação deve ser mais rapida e o resultado da turbinagem muito melhor.
A esperiencia foi feita em uma pequena turbina de 0,60 metros de diametro, com andamento medio de 2700 voltas por
minuto.
A esperiencia durou uma hora, tirando-se em agua turbinada 1200 litros //
[78] Analyse phisica das aguas
Petits eaux guardados: Normal:
Agua pura 47”!
Viscosidade ———- 45”!?
Percipitado deixado no filtro de
papel % ———- 0,803 kilogramas % litros?
Não esta justo ——-
228
Tiraram-se amostras em todos os quartos d’hora.
1º quarto: Viscosidade ——- 45”!!?
Percipitado no filtro % —-
2º quarto: Viscosidade ——- 45”!!?
Percipitado no filtro % —-
3º quarto: Viscosidade ——- 45”!!?
Percipitado no filtro % —-
228 Sobre a informação que se segue, até à linha divisória, escreveu Higino Ferraz, na diagonal e em letras maiores que o comum: «Não pude ver n’esta
esperiencia os residuos dos filtros porque contei pirando[sic] um filtro que deu 1,5 gramas e verifiquei que não era exacto em todos os filtros».
207
4º quarto: Viscosidade ——- 45”!!?
Percipitado no filtro % —-
Media do percipitado da agua turbinada } 0,170 kilogramas % litros //
[79] Quantidade em pezo de borras percipitadas dos 1200 litros tirados foi de 16,600 kilogramas, o que dá % 1,38
229
Estas borras percipitadas no fundo da turbina eram compostas de bagaço miudo e borras em estado pastoso.
Ora, n’um trabalho de 450 toneladas de canna em que temos na media, (depois de tirada as liquidações e claros) 3304
Hectolitros de petits eaux, devemos tirar em borras e pequeno bagaço a quantidade em pezo de 5460 kilogramas em estado
humido.
Como n’um diffusor passa a quantidade representada em // [80] petits eaux de 1800 litros, temos que sobre o bagaço de um
diffusor se deixa em borras e pequeno bagaço o pezo de 25 kilogramas não contando a borra fina que passou na turbinagem que
é representado na media por 0,170 kilogramas % da agua o que faz para os 1800 litros a proporção de 3,06 kilogramas de borras
finas em cada diffusor; n’este caso o total será aproximadamente 28 kilogramas por diffusor em borras e pequeno bagaço. Por
esta esperiencia se vê que podemos eleminar em borras e pequenos bagaços 25 a 30 kilogramas por diffusor o que é
consideravel. //
[81] Considerações apresentadas ao Ex.mo Senhor Harry Hinton sobre a filtração percipitação pela turbina Hignette dos petits
eaux:
Segundo os calculos de Monsieur Gaulet nosso chimico em 1910, que devem estar mais ou menos certos, a perda nas aguas
(petits eaux) despresadas e enviadas á destilleria foi em 1910 de 0,562 kilogramas em assucar % canna, e a perda no bagaço
queimado como combustivel de 0,654 kilogramas assucar % canna com uma humidade media no bagaço de 53,7% o que dá
um total de perda em assucar na diffusão de 1,216 kilogramas % canna //
[82] Considerando que a perda no bagaço é inevitavel, é contudo talvez facil a sua diminuição d’esde o momento que em
logar de 53,7% de humidade possa obter 45%.
Como em 1910 a perda total nos petits eaux para a fabrica de assucar foi de 0,562, e eu calculo que se empregasse na
destillaria 0,062 assucar por % canna unicamente, e a media do assucar no moulin de repression foi de 1,860, ficanos uma perda
real, isto é, assucar totalmente perdido de 0,50 % canna não contando // [83] a perda no bagaço de 0,654. Consideremos que,
com a reentrada dos petits eaux, o assucar no bagaço augmentará porporcionalmente á quantidade de assucar no moulin de
repression: Ora calculando que, com a reentrada dos petits eaux, o assucar n’elles contidos chegue á media de 2,2% a perda
provavel proporcional no bagaço será (com humidade de 53,7% de – 0,654 x 2,2 = 0,77 % canna mas se em logar de termos
1,86
53,7% de humidade no bagaço se poder // [84] obter 45% somente, a perda será de 0,77 x 45 = 0,645% canna
53,7
isto é, perda egual á de 1910.
N’este caso a perda nos petits eaux despresados será de 0,50.
Como obter esta perda?
Se á destillaria fizermos liquidações que represente em 24 horas 370 Hectolitros de petits eaux (maximo que se pode
empregar) e como o total de petits eaux, trabalhando 450 toneladas canna em 24 horas, será de 4500 Hectolitros restará a
reentrar 4130 Hectolitros // [85] de petits eaux.
Mas se nos tanques de apuração se poder obter em claros a quantidade correspondente a 20% dos petits eaux <isto é, 1/5
parte,> apenas teremos de passar ás turbinas 4130 x 20 = 826 x 4 = 3304 Hectolitros
100
Ora 3304 Hectolitros em 24 horas será por hora 3304 = 138 Hectolitros
24
Se cada turbina de 1 metro de diametro passár por hora 22 Hectolitros seram necessarios 138 = 6,27, seja 7 turbinas.
22
Com esta reentrada de petits // [86] eaux apurados nas condições atráz expostas a perda poderá ser reavida pela formas
seguinte
Consideremos um trabalho de 40000 toneladas de canna:
229 Anotação na cabeça da página, que foi, porém, rasurada: «Retirou-se pela turbinagem intermitente 0,633 kilogramas de percipitado dos petits eaux ou
seja 2,111%».
208
Reis
Em assucar turbinado 0,30 = Reis 60 x 400.000 = 24:000$
Em melaço 0,10 = “ 10 x 400.000 = 4:000$
Na destillaria 0,10 = “ 8 x 400:000 = 3:200$
0,50 Total 31:200$
Seja uma receita a mais de Reis 30:000$000
Esta importancia representa um capital de 300:000$000 reis a 10%
Qual o custo de 7 turbinas?
Qual o gosto de combustivel? //
[87] Tudo me faz crêr e é um facto que a despeza com a instalação da turbinagem intermitente dos petits eaux será coberta
em muito pouco tempo com o assucar retirado a mais dando n’este caso somente a perda no bagaço de 0,645 em assucar %
canna, e é esta a unica solução pratica para a realisação d’este desideratum.Funchal 6 outubro 1910 [Ass:] João Higino Ferraz
10 gramas de borras deu 1,440 gramas de materias seccas =
As borras contem 85,6% agua. //
[92] a evaporar na 3ª e 4ª caixa e cuites para a transformação em Melasse Cuite com densidade 1500.
230
Mas como 500 toneladas de canna dá (a 17 litros % = 25,5 kilogramas) 127500 kilogramas de Melasse Cuite resta-nos
agua a condensar no condensador central 96450 kilos d’agua ou 96450 kilogramas de vapor em 24 horas:
Por hora será 4019 kilogramas de vapor
Qual a quantidade d’agua a 18º temperatura para condensar no condensador central esta quantidade de vapor por hora?
Calculo em 70 litros por segundo. //
230 Sobre os próximos dois parágrafos, grafou Higino Ferraz, com letras maiores e obliquamente: «Não deve ser feito o calculo d’esta forma Vede
adiante».
209
[93] Agua pura necessaria para a diffusão, fazendo a reentrada dos petits eaux.
Trabalho de 450 toneladas canna.
Deffusores por 24 horas = 320
Carga por diffusor = 1400 kilogramas
Soutiragem – 100 litros % kilogramas = 14 Hectolitros deffusor
Garapa por diffusor = 9 Hectolitros
Petits eaux % kilogramas canna = 100 litros
Considerando a bateria carregada e um trabalho constante, tirando 14 Hectolitros de jus á densidade de 8º Baumé, e
mettendo 9 Hectolitros de garapa a 10º Baumé = 11,2 Hectolitros a 8º Baumé, quer dizer que 9 val 11,2 em jus foi necessario
2,2 Hectolitros d’agua para a dissolver, ora 14 – 9 = 5 + 2,2 = 7,2 Hectolitros d’agua // [94] por diffusor <e como necessitamos
6326 Hectolitros de liquido e apenas temos de petits eaux 4130 Hectolitros falta-nos 2196 Hectolitros d’agua pura> ou seja em
320 diffusores = 2304 Hectolitros. Mas como temos em petits eaux, 4500 Hectolitros temos necessidade de 2196 Hectolitros
d’agua pura por 24 horas, o que dá por diffusor 680 litro.
Ora como depois de feitas as liquidações ao alambique nos resta 4130 Hectolitros dará por diffusor 13 Hectolitros com os
6,8 Hectolitros d’agua pura = 19,8 Hectolitros, isto é, a carga d’agua necessaria para encher um diffusor cheio de bagaço.
2196 em 24 horas = 91,5 Hectolitros por hora ou 1,5 Hectolitros por minuto ou 2,5 litros hora //
[95] Por conseguinte devemos contar que persisamos para a diffusão com 3 litros por segundo.
17 outubro 1910
Agua necessaria para o alambique contando que trabalha continuadamente o destillador alemão e um retificador.
A agua quente serve á alimentação das caldeiras de vapor.
Apparelho de destillação A <(Nº1)> = 0,75 litros segundo
Retificador – (Nº 2) = 2,8 “ “
Agua para a fermentação = 0,2 “ “
Lavagem dos sacos dos feltros = 0,5 “ “
Apparelho F (Nº 3) ——————- = 2,5 “ “
Total 6,75
Sô o destillador e retificador 4,25 litros por segundo //
[96] Capacidade do tanque da agua quente do alambique que alimenta as Caldeiras de Vapor: 8160 litros = Centimetro
64,76 litros
Agua para os Condensadores
Destillador R (Nº 2) – 10.000 litros hora
“ A (Nº 1) – 2.700 “ “
“ F (Nº 3) – 9.000 “ “
Total 21.700 “ “
Será por segundo 6 litros media.
Fermentação e fermentos 0,75 “
Diffusão fazendo a
reentrada petits eaux 3 “
Condensador central
trabalhando o refrigerante 5,25 “ ?
Total 15,00 litros por segundo // [97] isto é, 1/4 da Levada de Santa Luzia correndo sempre
regularmente.
Triple-effet:
Em 1910 quando o trabalho era maximo (450 toneladas), a passagem do jus da 1ª caixa á 2ª fazia-se dificilmente devido ao
pouco vacuo que existia na 2ª e pouca perção na 1ª sendo necessario regular a comonicação pelas torneiras inferiores, o que é
pessimo.
Para auxiliar essa passagem deve-se montar uma bomba centrifuga entre a 1ª e 2ª caixa. 10-8-910 //
210
detrioradas isto é, a parte interior onde trabalha as penas havia uma fuga de 1/4 de polgada entre essas penas e a chapa postiça da
turbina. Isto dava o resultado de a turbina não dár a perção requerida na bateria e n’esse caso lentidão na circulação da bateria.
Compreendo agora porque <em 1910> nunca se podia obter senão 800 gramas de perção e raras vezes 1 kilograma, // [99]
quando <que> a beteria[sic] trabalhando com 6 diffusores deve ter pelo menos en cue de bateria 1,200 kilogramas a 1,500
kilogramas para que o trabalho seja bom e a bateria tire bem.
Fez-se o concerto nas bombas mettendo-lhe chapas de latão trabalhando as penas justas ás chapas, e deu o resultado de
experiencia que com 800 voltas por minuto fazia uma perção de 1,500 kilogramas. Ora dando estas bombas 1000 a 1100 voltas
por minuto deve dar uma perção de 1,800 kilogramas mais que suficiente para o trabalho. //
211
Perção no regulador <da columna de distillação> 1,02 metros.
Temperatura media do vinho entrado no apparelho 95º centigrados
Mettendo mais vinho que o maximo que se mette em fleugma, a prova do vinhão mostrava alcool (3 a 5º), e a barbotagem
do vinho na columna de destillação torvava a columna dos ethers com vinho de melaço.
Vejo pois: 1º o apparelho deve trabalhar com vinho de melaço com uma perção no regulador de 1,15 metros para que o
épuissement // [106] do vinho seja completa na parte inferior da columna, quando se queira destillar meior quantidade de vinho.
2º No condensador parcial dos vapores alcoolicos devemos metter pouca agua, de forma a formar uma certa perção na
columna dos etheres, para evitar a moussagem do vinho na ultima bandaja da columna de destillação, devido ao vacuo formado.
3º a ultima bandaja da columna de destillação (da cabeça) deve ter mais 0,10 metros de altura do que tem actualmente. //
[107] 4º O vapor directo para o apparelho deve vir n’um tubo de 2 1/2” e não em um de 2”, e deve ser vapor constante e
regular, para que o regulador trabalhe sereno. //
[108] Calculo de rendimento em alcool entre a analyse do vinho de melaço a 8º Baumé e o rendimento real, em um lote de
fermentação, em que o destillador Paulmann, trabalhou como mais atraz explico, isto é, metade trabalhando a pouca perção e
a outra metade á perção maxima regular.
Media das analyses = 5,585 litros alcool a 100º a 15 temperatura por Hectolitro vinho
Rendimento medio real = 5,563 litros alcool a 100 a 15
Mas se todo o rendimento fosse como o da 2ª parte deveria dár 5,570 litros alcool a 100 – Temos por isso uma differença
no rendimento de 0,187 litros a menos no rendimento real.
Inventario Nº 3 – 1910 19-11-910 [Ass:] Ferraz //
[109] Calculo para o vapor ao condensador central. Transformação do calculo feito mais atráz. 17-11-90
Vimos que a agua evaporada até á 2ª caixa era de 60,71% do volume do jus, ou seja em 500000 litros de jus 303550 kilos
d’agua 500000 litros = 527500 kilogramas de jus
527500 – 303550 = 223950 kilogramas d’agua e Materias Secas. Ora:
100 kilogramas canna dá 9,700 kilogramas assucar
“ “ 5,100 melaço
Total 14,800 kilogramas em 100 kilogramas canna em 500 toneladas será 74000 kilogramas;
teremos 223950 kilogramas agua e Materias Seccas – 74000 kilogramas assucar e melaço = 149950 kilogramas d’agua a
evaporar por 24 horas; por hora será 6247 kilogramas vapor //
212
[114] 3 Dezembro
Analyse de um mosto de melaço de 1910, desfeito a 8º Baumé para fermentação (Poço das Caldeiras), com o fim de ver o
rendimento em alcool do assucar contido n’elle.
1ª analyse: 50 centimetros cubicos de mosto a 8º decolorado pelo permanganato, e percipitação por 5 centimetros cubicos
de acetato neutro, completado a 200 centimetros cubicos
Polarisação – 7,6º x 2
= 2,476 kilogramas%
Glucose no mosto x 2
= 2,040 kilogramas %
} Saccarose
x2=
= 4,952 kilogramas % saccarose total = 9,032 kilogramas
= 4,080 % glucose }
2º analyse: 50 centimetros cubicos da preparação acima com 5 centimetros cubicos acido chlorydrico puro. Inversão a banho
maria fervendo durante 13 minutos
Glucose total = 4,890 kilogramas % x 2 = 9,780 kilogramas glucose % = 9,291 kilogramas % saccarose //
[115] Rendimento de 100 litros vinho a 8º Baumé 5,329 litros alcool a 100º a 15 temperatura
Infermenticiveis % litros = 0,900 kilogramas
Glucose total 9,780 – 0,900 = 8,880 kilogramas % de glucose total = 8,436 kilogramas % saccarose
Teremos pois rendimento por 100 kilogramas saccarose em alcool puro:
5,329 x 100 = 63,10 litros % kilogramas saccarose
8,436
Como 100 litros de mosto a 8º Baumé representa 18 kilogramas de melaço e se 18 kilogramas contem 9,291 kilogramas
saccarose, 100 kilogramas deve conter 51,61 kilogramas de saccarose total (saccarose + glucose) segue //
[116] Por esta esperiencia se vê que o rendimento de 63,10 litros d’alcool puro por 100 kilogramas de saccarose é o mais
aproximado possivel do rendimento theorico, que é segundo Pasteur de 65 litros d’alcool puro % kilogramas saccarose não
contando os infermenticiveis e as perdas pela fermentação. Por isto se vê que o nosso trabalho de fermentação nos mezes de
outubro novembro e dezembro são o mais perfeito possivel, e se o rendimento real se não aproxima d’este rendimento obtido
é tudo devido aos apparelhos de destillação que // [117] não trabalhando regularmente deixam perder alcool dando causa á baixa
de rendimento. O maximo cuidado deve pois haver na destillação para evitar estas perdas. [Ass:] João Higino Ferraz
O rendimento de 63,10 litros d’alcool puro representa 97% do rendimento theorico, maximo que industrialmente se pode
obter.
9 Dezembro 1910
N’este dia verifiquei que o vinhão mostrou 0,2 alcoolicos e que o grau do alcool a 15 temperatura foi de 81,3º <e 83,4> o
que prova que a alimentação foi demasiada (maximo deve ser 79. //
[120] Instrucções para o mise en route do preevaporador Kestner. Enviado por Monsieur P. Kestner 1910
Rechauffagem do apparelho antes do mise en route:
1º Abrir a purga d’ár completamente enviando o ar para o exterior.
2º Abrir a sahida da agua condensada quando não há um condensador automatico.
3º Abrir muito pouco a valvula da entrada de vapor a fim de deixar passar uma pequena quantidade de vapor, permitindo a
rechauffagem muito lenta evitando as dilatações // [121] bruscas.
213
4º Fechar a torneira de alimentação sobre o refoulement da bomba centrifuga e poul’a em marcha. Isto permitte que no
momento da mise en route real, ter somente de abrir esta torneira; pode-se tambem establecer uma commonicação entre a
aspiração e o refoulement (como temos establecido) da bomba, o que permitte d’amorcer esta, e de a metter realmente em
marcha com jus mantendo a torneira fechada a tubuladura de // [122] refoulement ao Kestner.
Mise en route:
O apparelho estando bem quente e a bomba prestes a funcionar, fechar a valvula de entrada do vapor.
1º Enviar o jus ao apparelho moderadamente.
a) para não ter uma muito grande condensação que obstruirá os tubos d’agua condensada,
b) para açelerar a Mise en route da evaporação,
c) para permittir ao jus de tomar sua condensação normal // [123] e o mais rapidamente possivel.
Esta percaução é mesmo tomada tendo em conta que o jus será levado quasi ao ponto de ebulição nos rechauffeurs aquecidos
ao principio da mise en route pelo vapor vivo.
2º Abrir a valvula de entrada de vapor de aquecimento progressivamente.
3º Abrir a commonicação de vapor do jus para prélévements, principiando pelos rechaufeurs, pois que o apparelho não se
mette em marcha que progressivamente e não dá // [124] toda a sua força evaporadora senão ao fim de alguns minutos.
4º Regular a purga d’agua condensada, se se não tem purgador automatico (é perferivel ter um) Devemos-nos sempre
assegurar por este regulamento que nos passe vapor mas simplismente agua e tomar um ponto fixo de altura d’agua no
vivel[sic].
5º Regular a alimentação do vapor até ao debit normal do apparelho.
6º Metter a purga d’ar // [125] (abrindo a torneira inferior) á alimentação.
Durante a marcha.
Verificar que a bomba marcha d’uma maneira normal, e nunca diminuir essa marcha ou paral’a sem diminuir ou fechar
completamente o vapor sobre o Kestner.
Verificar no tubo de sahida do jus do Kestner que atravez a boite á regarde passa bem o jus. Se elle não passa, isto indica
uma paragem da bomba.
Constata-se tambem que a // [126] alimentação não é suficiente quando a perção do vapor de aquecimento sobe e que a
perção do vapor d’echappement do Kestner diminui.
A falta de alimentação pode provir não somente d’um mau funcionamento da bomba por poder estar obstruido os tubos por
corpos estranhos, mas tambem d’uma falta de jus no deposito onde ella aspira. É pois indispensavel que o nivel d’este deposito
seja visivel do operario que conduz a estação // [127] da evaporação, establecendo-se um flotuador munido d’um cabo tendo
um contra-pezo.
Este contra-pezo e[sic] trazido por pequenas polés tornantes até á vista do evaporador.
Pode-se ainda establecer dois taquets em cima e em baixo da escala graduada sobre a qual se pôe este contra-pezo indicador
de nivel e que representa que o deposito esta cheio ou vasio. Estes taquets são ligados a campainhas eletricas bastante fortes
para chamar a attenção do operario ao // [128] seu trabalho em um ou outro caso.
Para parar.
1º Fechar a purga d’ar (se há uma valvula de retenção, pode-se despencar[sic] n’este caso de uma paragem de pouco tempo).
2º Fechar o vapor
3º Parar a bomba (se a paragem é de pouco tempo, fechar somente a torneira de alimentação sem parar a bomba).
4º Fechar as communicações de vapor de jus, ou prelevements. //
[129] Lavagem.
Esta lavagem deve ser feita com agua pura, quer dizer agua de condensação, não contendo nem olio, nem cal, etc. Dura 5 a
6 minutos até que a agua sahia clara. Ella effectua-se nas mesmas condições que a marcha normal.
Se se constatar que o apparelho se incrusta (o que se reconhece n’este caso porque é necessario augmentar a perção do vapor
de aquecimento para uma mesma evaporação) é persiso deitar na agua de lavagem soda caustica, e depois lavar // [130] com
agua pura, recomeçar a lavagem com agua acidolada e terminar com agua pura. (Segundo a analyse das incrustações, o acido
pode preceder a soda). Estas lavagens que podem ser feitas em uma hora se se despôe de dois depositos, podem ser repetidas
todos os 4 ou 5 dias e termina por retirar completamente toda a incrustação, e é suficiente de repetir cada vez que a incrustação
reaparesse.
Se a incrustação está em // [131] camadas irregulares sobre os tubos,
214
1º Meior quantidade na parte inferior, é porque o apparelho trabalhou como rechauffeur, quer dizer que o jus sahido dos
rechauffeurs não estava bastante quente.
2º Meior quantidade na parte superior, é porque o apparelho faltou-lhe alimentação de jus, e que esse jus foi caramelisado
na parte superior.
Seguem as considerações segundo o trabalho effectuado em 1910 = //
215
Devemos porem contar que o bagaço sahido do mulin de repression // [140] ás caldeiras a sua percentagem em assucar está
na rasão directa do assucar deixado nos petits eaux:
1º com 1,25% assucar petits eaux [...] tem assucar 0,65% canna
2º “ 0,70% “ “ “ “ 0,45% “
Teremos differença perda % canna entre as duas 0,2% assucar que em 480 toneladas canna será 960 kilogramas
Vantagem n’este caso dos 50% dos petits eaux reentrados nula ou mesmo prejudicial. Por tudo isto vejo que toda a vantagem
será: ou empregar o total dos petits eaux // [141] filtrados (turbinados) o que não é possivel para 1911, ou empregar somente
agua pura.
Isto que aqui digo não quer dizer que se deixe de fazer a montagem como deseja, porque mesmo que a pratica dê o que
prevejo, essa instalação ficará para quando se fizer a turbinagem total dos petits eaux, e tudo será feito como deseja.
Necessitamos para isso 2 tanques de 80 Hectolitros cada um. Seram de ferro ou cimento armado? [Ass:] João Higino Ferraz//
[142] Societé des Brevets “Naudet” Enviado por Monsieur L. Naudet233 em 1910
Marcha do apparelho Kestner.
Este apparelho necessita uma circulação intensa de jus em volucidade, é por isso util para ter esta marcha que jus seja refoulé
nos rechauffeurs e por conseguinte no apparelho Kestner por duas bombas.
A primeira, uma bomba centrifuga, toma o jus filtrado sahido dos filtros depois da deffusão.
A segunda, uma bomba a vapor Worthington, ou simillar, toma o excedente do jus sahido do Kestner e que os filtros depois
do Kestner não podem tomar. // [143] Os refoulments de estas bombas reumem-se[sic] a uma tubuladura de 3 vias antes dos
rechauffeurs de 40 metros quadrados antes Kestner.
Plan Nº 1319 annexe.
Vê-se sobre este plano a tubuladura de 3 vias recebendo o jus da bomba centrifuga e da bomba Worthington antes dos dois
rechauffeurs de 40 metros quadrados (um antigo e um novo).
O aquecimento d’estes rechauffeurs fáz-se da maneira seguinte:
1º Na mise en route aqueçe-se os dois rechauffeurs com o vapor // [144] directo em 100 milimetros onde se vê a tomada
sobre o tubo que conduz o vapor ao Kestner entre o detendeur e a torneira de regular o vapor no Kestner.
2º Quando o Kestner foncciona, supprime-se este vapor directo aos rechauffeurs e abre-se a valvula de 170 milimetros que
traz o vapor do jus do Kestner.
Teremos assim sempre o recurso em caso de paragem ou de não fonccionamento do Kestner, poder aquecer
conveninentement os rechauffeurs.
No caso d’este apparelho // [145] não fonccionar, os rechauffeurs seram aquecidos sempre com o vapor directo; o jus sahido
d’elles entrará como precedentemente no fundo do Kestner onde elle fará grimpage e abandonará o seu vapor para aquecer os
apparelhos de coser absolutamente como se elle fonccionasse.
Vê-se sobre o plan um manometro a colucar sobre a conducta de vapor dos rechauffeurs que terá o double fim de indicar a
que temperatura sai o vapor do Kestner, se elle funcciona, e a do vapor directo se elle não funccionou //
[146] Considerações apresentadas por mim a Monsieur Naudet em carta de 19 Dezembro 1910
Compreendido a parte esquerda do plano. Quanto á sahida do jus do Kestner deveriamos adoptar a instalação actual isto é,
o ballão receptor do Kestner tendo á sahida d’este ballão a torneira de regular a sahida dos jus, o qual vai a um ballão separador
de vapor de jus que será aproveitado para aquecimentos e o jus sahido d’esse ballão a um deposito em carga sobre os filtros: É
d’esse deposito que a bomba Worthington toma // [147] o excedente do jus não filtrado para o levar á tubuladura de 3 vias. Entre
a bomba centrifuga e junto á tubuladura de 3 vias deve haver uma torneira para regular a entrada do jus sahido dos filtros que
cai n’um deposito, aos rechauffeurs, de forma a ter sempre esse deposito a uma altura constante, e o excedente do jus aos filtros
entrará no 3 [sic] vias pela forma seguinte:
216
[148] Propuz isto a Monsieur Naudet234 porque vejo que é a unica forma de poder regular o jus <filtrado> contido no tanque
a fim de não desamorçer a bomba centrifuga. Assim todo o jus produzido pela diffusão vai regularmente ao Kestner (como se
pode vêr pela descripção de marcha de Monsieur Kestner) mais o jus excedente que os filtros não poderam tomar, com entrada
livre. Mas... qual será esse excedente? A meu ver o apparelho sô recebe o que a diffusão pode produzir // [149] no maximo; mas
se os filtros ou o triple não poderem receber todo esse jus? naturalmente chegaremos a uma occasião em que a bateria tenha
que relantir a marcha, ou então regular a marcha da bateria pelo que os filtros podem dar ou o triple pode evaporar, e
chegaremos então ao caso em que não ha excedente.
Na visita de Monsieur Naudet em 1910 propôz elle a edêa de, quando se limpa o Kestner, e para não parar o trabalho // [150]
da percipitação a alta temperatura, fazer passar o jus simplesmente nos rechaufeurs indo o jus não ao Kestner mas sim ao ballão
separador de vapor do jus e de lá aos feltros. Para isso deve haver uma torneira na entrada do Kestner e um T no tubo tambem
com uma torneira, como se segue:
217
[151] Segundo Monsieur Kestner o seu apparelho deve ter <intercalado> na purga d’ar da Camara de vapor reonida á
alimentação um T com duas torneiras A e B
Nota: A altura maxima que temos para um syphão do chão das centrifugas á entrada no ballão separador de vapor no nosso
Kestner é de 6,50 metros //
[154]
218
[155] Descripção da montagem da feltração e percipitação pelo Kestner para 1911
A Medidores de jus de deffusão
B Tamis do jus antes dos filtros
C Filtros de 1ª filtração (da diffusão)
D Bac receptor do jus filtrado
E Bomba centrifuga da alimentação do Kestner
F Torneira de regular a entrada do jus
G Rechauffeurs de 40 metros quadrados do Kestner
H Tubuladura a 3 vois (Naudet)
U torneira de fechar a comunicação Kestner
J Kestner preevaporador
K Regardes
L Ballão regulador de sahida do jus Kestner[?]
M Torneira de regular a sahida do jus
N Ballão receptor do jus a 120º temperatura
O Ballão separador do vapor do jus
P Bac em carga sobre os filtros //
[156]
219
Despejo dos rechauffeurs ao bac de alimentação do Kestner
N Torneira de regulamento aos filtros (Naudet)
Q Bomba Worthington para o excedente ao Kestner
R Tamis antes 2ª filtração
S Filtros 2ª filtração (depois Kestner)
T Bac receptor do jus filtrado
U Bomba centrifuga alimentação Triple
V Rechauffeur do triple
X Torneira de comonicação ao ballão N
W Sahida d’agua de lavagem.
<W’ Despejo do ballão aos filtros>
Z Valvula de circulação no caso de se fechar a introdução no Kestner
1 torneira do vapor de prelevement Kestner
2 torneira de vapor directo reduzido do T
3 e 4 torneira dos rechaufeurs
5 manometro de perção.
6 Vapor de aquecimento do Kestner
7 Torneira de despejo do apparelho
8 “ para entrada d’agua de limpeza //
[160] Descripção de montagem da estação de evaporação, sulfitação, rechauffagem e filtração do xarope da 2ª caixa
A torneira de alimentação do Triple pelo jus filtração Kestner
B Dito dito a 2ª caixa
C Dito dito da 3ª caixa (sem filtração)
D Dita para fechar alimentação da 2ª á 3ª caixa
E Dito dito dito á bomba centrifuga
F bomba centrifuga extração do xarope da 2ª caixa
G torneira de regular a sahida do xarope
H Dito de regular a sahida do xarope da 2ª caixa
I tassise do xarope da 3ª caixa
J bomba de extração do xarope da 3ª caixa
K rechaufeur do xarope aos cuites
L Dito dito do xarope sulfitado
M bac do xarope sobre os filtros
220
N bateria de filtros
O Bac do xarope filtrado
P bomba do dito
Q bac do xarope filtrado á 3ª caixa
R rechauffeur do xarope á 3ª caixa
S Prelevement aos rechauffagens
T Vapor da 3ª caixa ao condençador central
U Xarope vinho do sulfitador
V Xarope aos bacs dos cuites Filtros Naudet
X Torneira d’ar do rechauffeur ao malaxeur dos égoûts
Z Bomba centrifuga para tirar o jus da 1ª á 2ª caixa
O xarope da 2ª caixa tirado pela bomba centrifuga vai ao sulfitador continuo Quarez regulado pela torneira H <tendo na
estremidade uma valvula de retenção> e do sulfitador pelo bubo[sic] U ao rechauffeur e depois ao bac M. //
[161] Para 1911
221
[162] Schema de trabalho para 1912
Diffusão em 2 sou-baterias 8 diffusores
1ª filtração Filippe
Kestner preevaporador
2ª filtração Filippe
Evaporação na 1ª e 2ª caixa
2ª 1ª
2º Egoûts
1º Egout riches
assucar export assucar consumo
ou B2 BB
[163] O assucar roux dos cuites malaxeurs pode-se no caso de convir ser redisolvido no xarope da 2ª caixa, no malaxeur dos
égoûts, tirando esse xarope pela torneira do ar do rechauffeur em pequena quantidade de forma a não faltar completamente a
alimentação da 3ª e 4ª caixa, ou mesmo pode-se tirar em grau mais fraço[sic] fazendo trabalhar a bateria <de diffusão> um
pouco mais. Essa refundição do assucar no xarope, <a 30º Beaumé> é sulfitado pelo anydrido sulfato liquido e filtrado sobre
arêa. Entra no cuite Freitag a seguir ao xarope. //
222
[164] Distillador d’aguardente de canna com columna de épuissement do vinhão
A Columna de destillação
B Dita de retificação
C Esquentador-condensador
D Refrigerante de 1ª
E Columna de épuissement
F dito de concentração
G Condensador
H Refrigerante de 2ª
I Proveta d’aguardente de 1ª qualidade
J “ “ de 2ª “
K Prova do vinhão
L tubo com nivel de perção
M “ de perção do destillador //
223
e um condensador G e refrigerante // [167] H. As columnas de destillação poderam ter somente 12 bandajas com 8 na columna
de retificação. A perção nas columnas de destillação são um pouco superiores á perção na columna de épuissement. Pela proveta
I sahi a aguardente de boa qualidade, emquanto que pela proveta J sahi a aguardente de 2ª qualidade que poderá ser mesturada
com o vinho a destillar.
Deve haver na base da columna de épuissement uma prova <K> do vapor do vinhão onde deve mostrar sempre 0 alcoolicos
segue //
224
Com canna destilla (segundo Lemos235) 1400 litros em 28º
Para destillar 230 a 240 Hectolitros vinho 24 horas =
N’uma columna de 21” <a 20> a capacidade de cada bandeja deve ser a seguinte:
225
Altura total da Columna
de destillação 2 metros
Caldeira —————————— 0,40
8 banda [sic]: Retificação a 0,10 = 0,85
Total 3,25 //
[170] Apparelho de fermentos puros de Barbet
226
[171] Descripção do Apparelho Barbet
A Cuba de fermentação
B a B”” pratos de aerobiose
C Columna emulsoura
D Injectores d’ar puro e entrado do mosto
E Loneta e separador d’ar
F Sahida do mosto ao apparelho
G Sahida do ar e gaz carbonico <do apparelho>
H Sahida do ar e gaz carbonico á athmosphera
I Injecção d’ar puro
J Cerpentina de aquecimento ou arrefecimento
K Sahida da serpentina
L Torneira de 3 vias para despejo
M Entrada de vapor e ar comprimido
N Calfato com bussine e valvula de segurança
O Broxas em todos os pratos de aerobiose
P Entrada d’ar puro comprimido (1 1/2 kilograma)
Q Entrada do mosto esterilisado
R mexidor //
[172] Capacidade do tanque do sulfitador
Largura 0,93 metros quadrados
altura 1,85
Capacidade 1600 litros
227
Para que a sulfitação seja vantajosa e não haja inversão é necessario que o xarope a 2ª caixa estaja ligeiramente alcalino,
sendo depois de sulfitado aquecido ou fervido sendo depois filtrado. //
228
N’estas condições o xarope deve sahir mais limpido, visto todos os percipitados formados // [175] na 3ª e 4ª caixa e ainda
os deixados passar nos filtros Filippe depois da sulfitação restarem no tanque e no sable. Pode trabalhar com dois filtros, e tendo
um sempre prompto a modar.
A Tanque do xarope a filtrar
B Filtro Naudet
C Junta estanque
D Torneira de comonicação
E Tanque de xarope filtrado
F Torneira de limpeza do tubo
G Torneira de despejo das borras.
H Troplein
Nas condições do trabalho propos-//[176]to a garapa e seus derivados teem as seguintes feltrações:
1ª filtração, garapa defecada, sobre o bagaço do deffusor.
2ª filtração do jus de diffusão antes do Kestner.
3ª filtração do jus evaporado no Kestner antes do triple
4ª filtração entre 2ª e 3ª 4ª caixa
5ª filtração do xarope da 3ª e 4ª caixa a 30º Beaumé
6ª filtração dos égoûts de 1ª nos feltros á sable Raimbert //
229
[179] Explicação da figura
Aspiração <e soutiragem> ao compensador
Forcagem da bomba
Soutiragem aos Medidores
Agua ou petits eaux
Meichagem
Garapa defecada
A valvula reguladora de meichagem
B Valvula de meichagem
Cheio o diffusor de bagaço faz-se a meichagem por B
fazendo o tassement do bagaço. O diffusor
completamente meichado é posto em circulação forçada.
Circulado o diffusor abre-se a torneira C do diffusor
correspondente, fechando antes a encarnada da forcagem
// [180] e o jus contido n’elle sai pela azul ao
compensador. Mettida a quantidade de garapa
correspondente é posto o diffusor em bateria e tirado o seu
contiudo correspondente á soutiragem aos depositos de
medida, e depois ao compensador a fim de <ter> jus
suficiente á meichagem do diffusor seguinte.
Trabalhando em duas baterias este trabalho faz-se
aternadamente em uma e outra, com[sic] mais atraz
explico. //
230
Pela imbibição simples perda 2,60 kilogramas
“ “ dobrada “ 2,10
Qual o rendimento que podem tirar em aguardente em 28º Cartier?
Theoricamente 100 d’assucar dá 65 litros alcool puro (100) = 88,27 litros em aguardente em 28º Cartier, mas como na
pratica osual das // [184]237 pequenas fabricas eu calculo que o maximo que se pode obter é 85% do rendimento theorico,
teremos que; 88,27 x 85 = 75 litros praticos pela simples perção: aguardente em 28º Cartier
100
1ª 9,4 x 75 = 7,05 litros % canna
100
Imbibição simples:
2ª 10,4 x 75 = 7,8 litros % canna
100
Imbibição dobrada:
3ª 10,9 x 75 = 8,175 % canna
100
Gallões de 3,6 litros
Por 30 kilogramas canna será em quartilhos:
gallões
1ª ———— 0,587 aguardente em 28º cartier
2ª ———— 0,639 “ “ “
3ª ———— 0,681 “ “ “ //
[185] Calculando o custo da canna na media a 480 reis por 30 kilogramas e o fabrico de 80 reis com perção simples
100 reis com perção e imbibição simples
120 “ “ “ “ dobrada ficará a aguardente em 28º pelos preços seguintes:
gallão de 3,6 litros
1ª perção simples fabrico 80 reis = 945 reis
2ª “ Imbibição simple[sic] – 100 = 908 “
3ª “ “ dobrada - 120 = 883 “
Nota: Estes calculos são feitos para o caso de as fabricas não matriculadas comprarem a canna pelos peços[sic] medios e
canna media, isto é, não canna escolhida. //
[187] Infermenticiveis % litros vinho media 0,671 kilogramas = 0,638 kilogramas saccarose, em 100 kilogramas melaço
será 4,75 kilogramas saccarose em infermenticiveis
237 Anotação na cabeça, que se estende até à cabeça da página seguinte: «Nota: Uma analyse do vinho de canna de João C. d’Aguiar (29 maio 1911)
mostrou o seguinte
Densidade – 0
Acidez – 2,5 gramas alcool puro a 100 a 154,60 litros = 6,70 litros em aguardente em 26º Cartier % vinho
Em ponche de 400 litros deveria dar 26,80 litros em 26º Cartier = 7,4 gallões (de 3,6 litros gallão).».
231
Saccarose total no melaço 55,67 – 4,75 = 50,92 kilogramas saccarose fermentada:
Sendo o rendimento theorico por % saccarose 65 litros alcool puro – 50,92 deveria dár theoricamente 33,09 litros d’alcool
a 100º
O rendimento pratico foi de 4,095 litros alcool a 100º a 15 temperatura Hectolitro de vinho a 6º Baumé;
teremos que 4,095 x 100 = 30,49 litros % kilogramas de melaço normal
13,430
Será 92,14% do rendimento theorico, ou 59,87 litros % kilogramas saccarose fermentada //
[189] O que pode dar uma fabrica de aguardente trabalhando pela diffusão:
Assucar na canna media 13%
Extração pela diffusão 97% do assucar = será 12,6 assucar extrahido.
Rendimento theorico 88,27 x 12,6 = 11,12 litros a 280 reis[?]
Rendimento theorico será: 100
Com uma boa fermentação e bons apparelhos de destillação pode-se obter 90% do rendimento theorico, será:
11,12 x 90 = 100 litros de rendimento pratico em aguardente em 28º por % kilogramas canna
100
Custo da aguardente em 28º
Custo da canna por 100 kilogramas – ..........1600 reis
Fabrico ...........................................................400 “
Total custo e fabrico .....................................2000 reis
Sai a aguardente a 200 reis o litro ou a 720 reis por gallão de 3,6 litros //
232
[191] Calculos para a Industrialisação do Vinho –:
Custo medio em mosto por 500
Preço ao
r liquido
viticulto
litros na Fabrica .........................................20.000
reis por
barril
1800
Despezas de industrialisação ..................... 5.000
Custo na Fabrica ........................................25.000
Despezas de Fabrico, juros, amortisação <quebra de 5%> etc: 3000 reis por 500 litros, ficará lucro liquido 2000 reis por 500
litros; em 8000 pipas será 16:000$
A quanto ficará o vinho feito a exportar ao Viticultor?
Custo de 500 litros vinho ...........................25000
uvas
Estufagem .....................................................2000
Despezas Fabrico etc ....................................2500
Lucro ..........................................................10000
Custo dos 500 litros feitos ..........................57250
ou 47500 reis por 110 gallões de 3,75 litros //
[192] Devisão das despezas para a industrialização do vinho.
Carretos de cascos Ida e volta –....................1500 reis
Acido sulfurico liquido para
500 litros 250 gramas.................................... 100 reis
Feria ao homem ............................................ 200 reis
Despeza até á Fabrica....................................1800 reis
Despezas na Fabrica: Para 500 litros vinho:
Amortisação do Capital ..................................250 reis
Fermento puro ................................................300 reis
Quebra do vinho esterilisado 5% ..................1000 reis
Ferias e combustivel etc................................1450 reis
Total despezas ...............................................3000 “
Em 8000 pipas (de 500 litros) será
Amortisação sobre 20:000$000 = ......................... 2:000$000
Fermento puro ...................................................... 2:400$000
Quebra de 5% (esterilisação borras etc) ............... 8:000$000
Ferias combustivel etc: ........................................ 11:600$000
Total em 8000 pipas .............................................. 24:000$000 //
[193] Custo aproximado dos apparelhos para a industrialização do vinho:
238
Desulfitador continuo para 100 pipas
24 horas todo de cobre estanhado........................................5:000$000 reis
5000 Hectolitros capacidade de cubas de fermentação
em cimento armado a 800 reis Hectolitro............................4:000$000 reis
Bombas, refrigerantes etc:....................................................5:000$000 “
Instalação predio etc .......................................................... 6:600$000 “
Total....................................................................................20:000$000
Para 2000 pipas será aproximado
15 Orse[sic] Power Caldeira de vapor installada.................2:000$000
Muton de 8 cavallos ................................................................500$000
Dessulfitador para 200 Hectolitros 24 horas........................2:000$000
Refrigerante para 250 Hectolitros 24 horas ............................600$000
Esterilisador 250 Hectolitros 24 horas.................................1:000$000
5 tanques para vinho 2000 Hectolitros cada ........................8:000$000
238 Sobre este cálculo, escreveu Higino Ferraz, em letras maiores e na diagonal: «Não está serto».
233
Bombas 3 para 250 Hectolitros cada ......................................600$000
10 cuba cimento armado para 1500 Hectolitros............
3 “ “ “ }
para 300 Hectolitros........... 1:500$000
Bomba d’ar comprimido ......350$000
2 filtros “Simeneton” para 200 Hectolitros cada ....................600$000
Laboratorio .............................................................................350$000
Installação no predio memoria .......................................... 3:500$000
21:500$000
2 filtros presse .........................................................................500$000
Segue adiante //
[194] Épuissement dos egouts da fabricação de 1911
Podendo despôr-se do tanque grande para guardar os égoûts que ficam dos malaxeurs, isto é, égoûts á recuire do Schema
atraz descripto, poderemos depois da laboração da canna fazer o épuissement muito mais completo d’esses égoûts, que fazel’o
durante a laboração, tendo a vantagem de tornar o fabrico muito mais facil e rapido; Alem d’isso, os égoûts tratados depois da
fabricação n’um trabalho racional, sendo sulfitados e filtrados, dão um rendimento em assucar muito meior de de [sic] melhor
// [195] qualidade.
Apenas poderemos levar a um épuissement completo, durante a laboração, os égoûts necessarios ao fabrico do alcool que
se necessitar fermentar durante esse tempo.
Depois da laboração, sô se fará o épuissement dos égoûts restantes no tanque grande, quando a necessidade de alcool assim
o exigir.
Com o fim da conservação d’esses égoûts poderemos juntar por Hectolitro de égoûts 20 gramas de Furmol a 40% //
[196] Diffusão da canna para o fabrico d’alcool a 42º Cartier Nas fabricas matriculadas.
Com canna de <de 13,5% extrahindo> 13% assucar o rendimento theorico sera
65 x 13 8,45 litros d’alcool puro ou retificado. Fazendo-se 90% do rendimento
100
theorico será 7,60 litros d’alcool % canna. Em 1903, o rendimento foi de 6,68 litros % canna, mas a canna continha somente
12,02% assucar
Tiramos a media d’estas duas, será: 7,14 litros alcool % canna
Contando estes 7,14 litros em alcool retificado a 96º ao preço de 2,60 reis por litro e por grau será 249,6 reis litro
249,6 x 7,14 = 1782 reis
Fabrico de 100 “
1682 “
Custo canna 1600 “
Lucro % 82 reis //
[forro da capa fim] O motor a petrolio (Gasolina) da tenda gasta em 24 horas 7 1/2 gallões de petrolio <(Gasolina)> ou 27 1/2
litros; será por hora 1,150 litros de petrolio.
Uma caixa de petrolio <Gasolina> ou 10 gallões = 36 1/2 litros custa termo media a caixa 3300 reis Custo do litro 90 a
91 reis
Motor = 7 Orse Power [sic] effectivos
Trabalho do motor no minimo da força 27 1/2 litros de petrolio <gasolina> = 2500 reis
Segue a industrialisação do Vinho para 2000 pipas
Juro do Capital a 6% sobre 27:000$ .............................................1:320$000
amortisação sobre 22:000$ ...........................................................2:200$000
Ferias e combustivel .....................................................................3:000$000
Fermento puro .................................................................................600$000
Acido sulfuroso liquido ...................................................................200$000
Outras despezas ............................................................................ 200$000
7:520$000
2000 pipas a 6000 reis =.........12:000$ Total arrendamento ...........1:000$000
Despezas ................................ 8:520$ 8:520$000
Lucro liquido .......................... 3:480$ //
234
Livro da Quinta do Seiceiro – S.to da Serra
e Cidreria 1913 a 1914
DESCRIÇÃO: Livro, papel, 17,6 cm x 11,1 cm, numerado a lápis por nós e em bom estado de conservação. As páginas
8 a 23, 29 a 43, 54 a 59, 62 e 63 e 70 a 91 encontram-se em branco.
235
236
[forro capa início até p. 97: informação sobre vinho publicada em volume separado]
O terreno preparado como indica as instrucções mais ou menos bem feito, adubado com adubo de corral, foi semiada a
Betterraba. O seu crescimento foi fraco devido ás grandes chuvas que deu em 1913. A demariage fez-se sendo as pequenas
plantas despostas em outros regos, a qual produzia bem.
Em fins de outubro arranquei uma betterraba para analyse, de forma pivotante; tinha algumas raizentas. Essa betterraba
tinha a folha ainda verde, e tinha 13 centimetros de comprido. //
[99] Analyse mostrou 15,247 assucar % de betterraba.
30 de novembro 1913
N’esta data fiz arrancar mais 7 betterrabas sendo 5 pivotantes e 2 redondas <com a folha amarellada> que pezarão depois
de lavadas
2,140 kilogramas = 300 gramas por betterraba. Cortados os collettes pezarão 85 gramas = 4% do peso da betterraba.
Analyse:
Jus: – Densidade a 20º ——————- 8,21
Brix-volume ————————- 21,94
“ pezo ————————— 20,25
assucar % centimetros cubicos jus —- 19,21
“ % gramas “ ——- 17,75
assucar % gramas betterraba (ao coefficiente 95) = 16,86
Pureza do jus de betterraba 87,55
Glucose % centimetros cubicos de jus 0,17
“ % assucar ———————- 0,88
Cinzas % centimetros cubicos de jus 0,61
Coefficiente salino ——————————- 31,49
“ organico ————————— 7,01
Analyse directa ao Zamaron 16,56 kilogramas assucar % kilogramas betterraba.
Augmento d’assucar em um mez 1,313 kilogramas //
[p. 100 e forro capa fim: informação sobre vinho publicada em volume separado]
237
238
Livro de Notas de fabricação assucar de 1915 N.º 2
DESCRIÇÃO: Estamos na presença de livro, em papel, cujas medidas são 17,4 cm x 11 cm, numerado por nós a lápis e em
bom estado de conservação.
239
240
[forro da capa início] Notas
1 kilograma de phosphogelose = 2 litros
1 “ de Kieselgouhr = 4,500 litros
1 “ de phosphato bibasico = 1,4 litros
241
[4] Raperie Lemos239 1915. Trabalho effectuado: 8-4-915
Sulfitação da garapa mesturada n’um Quarez a 0,6 gramas de SO2 por litro.
Chaulagem pelo leite de cal a 20º nos chauleurs de 1130 litros á rasão de 5 litros de leite de cal, e mais 1/2 kilograma de
Kieselgouhr por chauleur.
Garapa ligeiramente alcalina
Defecada, e decantação feita em 45 minutos
Proporcionalmente no Torreão, os nossos chauleurs de 38 Hectolitros levarião
5 x 38 = 16,8 litros de leite de cal a 20º – Com 0,6 gramas de SO2 por litro,
11,3
Torreão levava 15 litros de leite cal. // [5] A 0,8 de SO2 por litro, Torreão deveria levar 22,4 litros de leite de cal, para ficar
ligeiramente alcalina ao tournesol. O Kieselgouhr proporcionalmente, no Torreão, os nossos chauleurs de 38 Hectolitros
deverião levar 2,250 x 38 = 7,560 de Kieselgouhr. O Kieselgouhr porém no Lemos é unicamente com
11,3
o fim de ajudar a filtração das borras de decantação.
1130 litros de garapa mesturada, corresponde (87 litros % canna) a 1300 kilogramas de canna = Kieselgouhr por tonelada
canna 385 gramas isto é, metade do que se emprega no Torreão com a filtração total da garapa defecada.
O tourteaux das borras formava-se bem. Verifiquei uma garapa defecada e vi que estava ligeiramente acida. //
[6] Trabalho efectuado no dia 8 abril 1915, das 9 horas manhã de 8, ás 2 1/2 horas manhã de 9, isto é, 17 1/2 horas de trabalho
seguido fez-se 225 diffusores, moendo-se 280 toneladas canna [.] Carga por diffusor 1245 kilogramas canna.
Isto representa proporcionalmente 390 toneladas em 24 horas, quêr dizer, um trabalho minimo, o que não é isso que se
deseja. A causa d’este pouco trabalho foi devido unicamente á alimentação dos moinhos que é deficil de fazer bem este anno,
devido á Canna não ser direita, mas muito recorvada nas estremidade [sic] devido aos ventos que fizerão. //
242
minima, medir e fazer bem a mestura, fiz uma solução de 3 litros de formol % d’agua, o que representa Um [?] litro conter os
30 centimetros cubicos de formol. Ponche de 400 litros levará assim 12 litros de formol. //
[11] Trabalho effctuado[sic] no dia 9 abril 1915, das 8 horas manhã, até ao dia 10 ás 4 horas manhã.
20 horas de trabalho
Moeu-se 314.602 kilogramas de canna, fazendo-se 272 diffusores
Carga por diffusor 1157 kilogramas
Isto representa proporcionalmente 380 toneladas em 24 horas.
Vejo que, pelas folhas da diffusão, se pode fazer uma media por hora (trabalhando sem paragens) de 14 diffusores, que
tomando por media de carga 1200 kilogramas canna, dá em 24 horas um total de 336 diffusores = 403 toneladas de canna //
243
Torreão – 450 toneladas canna
Lemos242 70 “ “
Total 24 horas 520 “ “ //
244
[23] 14 abril 1915 Filtros-presses garapa
Segundo uma media feita até hoje, trabalhando 420 a 430 toneladas canna, com a mestura da garapa e jus de diffusão,
sulfitação, alcalinisação, phosphogelose e Kieselgouhr, fazêm-se em 24 horas 10 a 12 filtros presses, formando-se bem o
tourteaux, e duro. (Filtros <6> de 1000/1000 de 50 gramas)
Para este trabalho estão em funccionamento continuo 4 filtros, 1 com baixa perção de 200 a 600 gramas, pela bomba
centrifuga, e 3 a alta perção d’esde 1 1/2 a 4 kilogramas.
Fição[sic] 2, um em despeja das borras, limpeza e metter panos e outro prompto a funccionar.
segue243
[24] Na bomba centrifuga de alimentação dos rechauffeurs (3) e filtração a baixa perção, a perção que marca o manometro
244
da bomba é de 1 kilograma, e quando a perção baixa no manometro dos filtros a menos de 200 gramas devido a vapor formado
nos rechauffeurs, dá-se uma perção na bomba a 1,200 kilogramas a 1,300 kilogramas até que as perções se restableção normaes.
A valvula de segurança da bomba está regulada a 1,200 kilogramas.
Esta diferença de marcha é facil com um motor eletrico. //
[25] 14 abril 1915 Pureza dos jus; assucar nos petits eaux
1º dia
Garapa separada do jus diffusão alcalino
Vesou Torreão .................86,61
Petits eaux
assucar jus
carregadas
2 baterias
pouco
8[?]%
Jus diffusão .....................82,27
0,300
Vesou melangé.................86,66
Jus déféqué .....................86,06
2º dia – alcalino
Vesou Torreão .................86,22
assucar jus
diffusão
xarope
9,41%
245
6º dia – o mesmo – neutro. Trabalho em uma sô bateria diffusão
Vesou Torreão .................86,68
Jus diffusão .....................81,01
assucar jus
diffusão
10,95%
Vesou melangé ................84,03
Jus defeque .....................85,03
Xarope ............................83,88
Petits eaux .........................1,40
Notas: As aguas condensadas do Triple principiavão a ser acidas; alimentavão a bateria diffusão junto com petits
eaux
7º dia – o mesmo – neutro.
Vesou Torreão .................86,87
diffusão 9,26%
assucar jus
Jus diffusão .....................76,64 //
[28]245 Vesou melangé .....84,03
Jus déféqué .....................85,11
Xarope ............................83,64
Petits eaux .........................1,45
Nota: Esta baixa de pureza foi devido á entrada das aguas acidas do Triple-effet. Forão suprimidas
completamente. Analyses depois de suprimida:
Vesou Torreão .................86,94
diffusão 9,26%
assucar jus
246
No dia 15 ás 5 horas da tarde deu-se principio á filtração da Melasse Cuite de 2º jet nos filtros Dhen: Isto é, somente 7 dias
depois de principiar a laboração. Filtração boa, e formando bem o tourteaux, como em 1914. //
247
Calculos:
Aproveitando 90% dos petits eaux perde-se: 2,09 x 90 1,88
100
2,09 – 1,88 = 0,21 de perda <% petits eaux>: ou ganha-se 1,88 assucar mas não % canna
No bagaço á brulér, contando que 100 kilogramas canna dá 30 kilogramas bagaço será: 2,484 x 30 = 0,745 kilogramas
assucar % canna, (Bagaço 50% agua) queimado. 100
Por conseguinte, a perda com a reentra[sic] dos petits eaux será do total de 0,10 + 0,745 = 0,845 % canna
segue //
248
São 7 litros maximo por segundo //
[46] Calculo do rendimento em assucar em 19 abril 1915, quando se suprimio os petits eaux como reentrada:
248 Fabrica de destilação de álcool, denominada Companhia Nova, da firma José Júlio de Lemos, Sucessores.
249 Fabrica de destilação de álcool, denominada Companhia Nova, da firma José Júlio de Lemos, Sucessores.
250 Joseph Laalberg.
249
turbinado assucar
Assucar turbinado até hoje ás 6 horas manhã..............457.980 kilogramas
Refundido ......................................................................24.375 “
433.605 “
Na Fabrica em diversos ............................................... 76.900 “
Assucar total até hoje...................................................510.505 “
250
tonelada em Liverpool).
Como já tinhão vindo 10 toneladas que dá, (a 750 gramas por tonelada canna) para 13.300 toneladas canna. Assim o
phosphato e phosphogelose dará para 15000 toneladas canna a contar de hoje, ou seja (a 450 toneladas por dia) 30 a 33 dias. //
252 Fabrica de destilação de álcool, denominada Companhia Nova, da firma José Júlio de Lemos, Sucessores.
253 Anotação na cabeça da página: «Nota: A perda em assucar no bagaço em Lemos é da media (1914) de 1,500 kilogramas assucar % canna, ou 5,300
kilogramas assucar % bagaço.».
251
alcalina, 8 litros de phosphato bibasico e 20 litros de Kieselgouhr; defecada e passada aos filtros presses: O resultado foi ser
dificilima a filtração, e mesmo quasi impossivel. Vi-me na necessidade de metter essa garapa na bateria de diffusão, depois de
defecada.//
[55] 23 abril 1915
Calculo de rendimento de 22 abril ás 6 horas manhã de 23.
Canna entrada (Torreão e Lemos) 7.543.761 kilogramas
Stock ––– “ “ ––– 115.675
Trabalhada 7.428.086
Calculos:
Assucar turbinado ...........703.230 kilogramas
Malaxeurs .........................20.900 “
Cuites ...............................10.000 “
Egoûts ................................4.000 “
2º jet .................................16.000 “
Usina ................................11.500 “
765.630 “
Refundido 26.625 “
Producto 739.005 “
Rendimento 9,940% canna
Somente Torreão 10,050 % canna.
Calculo que no dia 22 a 23, o rendimento é 10,640%
segundo o augmento de 0,040 kilogramas em 7428086
kilogramas canna //
252
Deu bom resultado. Bôa e facil sulfitação. Apparelho sulfitador de xarope. Descripção adiante: Modificações ao actual
montado. //
253
dos engenhos até 0,80 gramas por litro em SO2, e juntando-lhe depois; 22 1/2 litros de leite de cal a 20º Baumé, 5 litros de
phosphato de Calcium e 25 litros de Kieselgouhr.
Ao jus de diffusão de 6 diffusores, isto é, 19 1/2 Hectolitros de jus deitei 2 1/2 litros de leite de cal <(um cangirão)> e um
pouco de carbonato de soda. Fervi e filtrei nos Phillippe //
[63] 25 abril 1915 Calculo de rendimento de 24 a 25 abril das 6 horas ás 6 horas nuite[?]
Canna entrada (Torreão e Lemos) – 8.622.725 kilogramas
Stock ————————————— 106.559 “
Trabalhada 8.516.166 “
Calculo:
Assucar turbinado ........................817.680 kilogramas
Malaxeurs .......................................18.800 “
Cuites .............................................15.700 “
Egoûts ...............................................4.000 “
2º jet ...............................................16.000 “
Usina ...............................................11.500 “
883.680 kilogramas
refundido 26.625 “
Producto 857.055 kilogramas
Rendimento 10,060 % canna
Somente Torreão 10,190 % canna
O melaço pela media dá 3,684 kilogramas % canna Total //
[64] 25 abril 1915 Calculo de rendimento medio de 7 dias <de 19 a 25> de trabalho seguido sem paragens.
Media canna Torreão por 24 horas – 441.372 kilogramas
“ “ Lemos “ – 81.080 “
522.452
“ do assucar turbinado “ – 58.414 “
“ do melaço “ – 19.250 “
Calculos: Rendimento 11,180 kilogramas % canna total
Tirando para Lemos um rendimento maximo de 9,500 kilogramas assucar turbinado % canna = 7.702 kilogramas assucar,
resta Torrão[sic] 50.712 kilogramas assucar turbinado Rendimento 11,480 kilogramas assucar % canna
Melaço (Torreão e Lemos) 3,684 kilogramas % canna
Qual será o assucar na canna?
Assucar turbinado —————- 11,480 kilogramas % canna
no melaço a 43% 1,584 “
Perda no bagaço 0,830 “
“ borras filtros-presses 0,220 “
Perdas indeterminadas 0,106 “
Assucar % canna 14,220 ?
255 Sobre o parágrafo que se segue, e com letras maiores que o habitual, grafadas na vertical, escreveu Higino Ferraz: «Nota. Está provado que esta má filtração
é devido ao fermento Leucnostroc que se forma em pouca quantidade nos tubos e depositos de garapa. É necessario as desinfeções [...] Fabrica [...]».
254
Em 1914 = Rendimento assucar 9,560; mais em 1915 = 1,920 kilogramas //
[66] 26 abril 1915 Turbinagem do tourteaux de Melasse Cuite 2º jet dos filtros-presses Dhen
Fiz a esperiencia da turbinagem do tourteaux dos filtros-presses pezando 65 kilogramas de tourteaux e diluindo com égoûts
pauvres da Freitag antiga até ficar uma maça comparavel a uma Melasse Cuite de turbinagem. Esta quantidade deu 2/3 da carga
regular da turbina. Lavado com agua e depois vapor, fez a turbinagem em 12 minutos.
O assucar produzido muito fino (farine) mas mole e sem melaço. Esta quantidade de tourteaux (65 kilogramas) deu em
assucar farine turbinado 36,400 kilogramas. //
[67]256 Assim o rendimento em turbinado é de 56% do tourteaux. Ora, como na media um filtro dá 1500 kilogramas de
tourteaux, cada filtro dará aproximado 840 kilogramas assucar farine. Polarisação d’este assucar foi de 92,9% assucar puro.
Fazendo na media por 24 horas 8 filtros-presses Dhen dará em assucar turbinado por 24 horas 6720 kilos. Em uma
Laboração dará 670 a 700 toneladas assucar
Para este trabalho será necessario um malaxeur Diniz da capacidade de 40 a 50 Hectolitros, e 2 turbinas Waston eguaes ás
existentes. (Pode-se aproveitar a bomba dupla das turbinas dos petits eaux). //
[68] 26 abril 1915 Calculo de rendimento de 25 a 26 abril das 6 horas ás 6 horas manhã
Canna entrada (Torreão e Lemos257) 9.169.290 kilogramas
Stock ————————————- 149.387 “
Trabalhada 9.046.905 “
Calculo:
Assucar turbinado ....................................868.830 kilogramas
Malaxeurs ..................................................21.500 “
Cuites .........................................................12.650 “
Égoûts ..........................................................4.000 “
2º jet ...........................................................16.000 “
Usina ..........................................................11.500 “
934.480 “
Refundido 26.625 “
Producto 907.855 “
Rendimento 10,030 % canna
Nota: Os rendimentos, como chegarão ao maximo, creo eu, devem oscilar d’esde estas data [sic]. [Ass:] Ferraz //
256 Anotação na cabeça da página: «Nota: Turbinando este tourteaux em logar de fazer a reentrada do xarope de tourteaux, o epuissement do melaço será
melhor.».
257 Fabrica de destilação de álcool, denominada Companhia Nova, da firma José Júlio de Lemos, Sucessores.
255
entre o xarope antes e depois da sulfitação,e vêr se há inverção da saccarose. No dia 27 baixou 1,5º de pureza
Analyses:
Pureza Coefficiente
1ª Das 7 horas a 5 horas tarde: Antes sulfitação = 85,81 – 2,96
Depois “ = 86,43 – 2,94 ?
2ª Das 5 horas de 26 ás 6 horas – 27 Antes “ = 86,30 – 2,82
Depois “ = 85,88 – 2,67
Por estas analyse [sic] vê-se que se há inversão da saccarose é ella muito pouca, e como a sulfitação tem grandes vantagens,
<sendo fracas> como, poder fazer o jus alcalino antes de evaporar, deve-se empregar //
[70] 26 abril 1915 Medias de 7 dias de 19 a 25 abril 1915 Comp.ª Nova (Nota de Marinho de Nobrega)
Canna moida ————- 569.993 kilogramas
Garapa e jus de imbibição a frio produzida – 505.391 litros
Jus defecado enviado ao Torreão, 493.970 litros – Recebido 488.770 litros
Diferença para menos 5200 litros
Jus defecado (Torreão) 85,7% canna
Garapa normal extrahia[sic] 72,36 litros % canna. Imbibição 16,29%
assucar bagaço 2,88%
Analyses:
Garapa –––– Vesou melangé Defecados
Densidade ——- 7,50 –––– 6,27 –––– 6,41
Assucar ——— 17,48 –––– 14,37 –––– 14,99
Pureza ———— 87,06 –––– 85,79 –––– 87,21
Coefficiente —- 1,50 –––– 1,74 –––– 2,06
Sulfitação a 0,64 em SO por litro //
2
[71] Calculos:
Como o jus recebido no Torreão representa 85,7 litros % canna com uma Pureza de 87,21 e 14,99% assucar, e calculando
que com uma tal pureza e bom fabrico no Torreão o rendimento em turbinado seja de 78% do assucar analysado, isto dará;
x = 85,7 x 14,99 = 12,84 assucar % canna extrahido. Rendimento turbinado 78%
100
será, x = 12,84 x 78 = 10,015 kilogramas assucar turbinado % canna.
100
Temos pois: Assucar turbinado = 10,015 % canna
Perda no bagaço a 2,88% = 0,807 % “ ?
“ nas borras = 0,220 % “
Melaço 4 kilogramas a 43% assucar = 1,720 % “
Perdas indeterminadas = 1,458 % “ ?!!
assucar na canna 14,220 % ? //
256
Extração
x = 14,99 x 85,7 = 12,846 % canna
100 0,220 % “ borras
Extração total 13.066 % “
Extração será 91,8 % do assucar canna
Assim, perda no bagaço 1,154 assucar % canna
Torreão – media d’hoje:
Jus mesturado media 85 litros % canna com 16,3 % assucar (0,3 pode ser devido aos xaropes entrados na bateria)
Extração:
x = 85 x 16,0 = 13,600 <assucar> % canna
100
Extração será 95,7 % do assucar da canna. Perda no bagaço assucar 0,620[?]% //
[74] 27 abril 1915 2ª Esperiencia de turbinagem do tourteaux d’assucar dos filtros Dhen
Pezo liquido de tourteaux 280 kilogramas
Produzio em assucar Farine 156 kilogramas
Este tourteaux foi proveniente aproximado de 9 quadros, e como o filtro contem 50 quadros, deverá dár aproximado 1555
kilogramas de tourteaux.
Pezado um quadro de tourteaux deu <31 kilogramas tourteaux por quadro> exactamente <50 quadros> 1550 kilogramas
Estes 280 kilogramas de tourteaux deu para 3 turbinas, mas não ficarão com carga completa para esta qualidade de Melasse
Cuite: Poderia levar 100 kilogramas de tourteaux por turbina. Turbinagem em maximo 15 minutos
O rendimento acima em turbinado foi n’esta esperiencia de 55,7% do tourteaux. Peneirado deu em caroço, ou grumos 33
kilogramas = 21% do assucar //
257
sulfitação do xarope? segue //
[77] Sulfitação acida do xarope
Não pode ser devido a outra causa, visto que a percentagem d’assucar na canna é identica ao primeiro calculo. Mas para se
poder produzir um assucar branco para venda directa ao consumo, é necessario sacrificar um pouco de assucar
Que as 500 gramas tenhão um valor de 125 reis (250 reis por kilograma em Lisboa ou Porto) será dividido pelos 10,60
kilogramas será 11,8 reis por kilo assucar, e o valor do assucar vendido directamente é meior que o vendido ás Refinarias
Para as refinarias porêm é minha opinião sulfitar <ligeiramente> o xarope e tel’o alcalino ligeiro. //
258
meia derregada; era a occasião propria para a modança da cal.
Melacinho: Fabrico
O tanque de aquecer o melaço leva aproximado 250 litros. Cada caneco = 30 kilogramas melaço toma no tanque o espaço
de 6 centimetros. O melaço para uma carga (98 kilogramas), toma o espaço de 20 centimetros. Para este melaço são 40
kilogramas de bagaço secco. //
[83] 28 abril 1915 Assucar no jus do Torreão ao Triple. Desde o 7º dia de Fabricação.
A media do assucar no jus filtrado á evaporação no Triple-effet <até hoje> é de 15,6%. Actualmente é de 16%.
Em 1914 a media do jus de diffusão em assucar foi de 12,66%.
A media do assucar no jus do Torreão de 1915 deve dár aproximado 15,9%.
Temos pois uma diferença a mais em assucar % de jus em 1915 de 3,24, isto é, uma 1/4 parta[sic] menos a evaporar no Triple
effet. Jus 85 litros %
Tendo a canna de 1915 aproximado 14,2% assucar a perda no bagaço será de 0,690 % cana; extração[?] 13,51%
Extração será 95% do assucar da canna, isto é, o mesmo de 1914 //
259
[87] Custo de venda. Melacinho.
Vendendo o melacinho a 30 reis por kilograma dá o seguinte resultado:
70 kilogramas melacinho a 30 reis kilograma = 2.100
50 kilogramas melaço a 30 reis por kilograma = 1.500
Fica para despezas 600 reis em 100 kilogramas ficará 850 reis para as despezas de fabrico
e bagaço, incluindo combustivel. Vi que dois unicos homens fáz bem o servisso, e pode perfeitamente fazer 20 cargas de 70
kilogramas de melacinho em 12 horas, tirando as horas de comer <e mais um para encher etc.>
Temos pois 20 x 600 = 12$000 reis
2 homens um dia 12 horas = 1$000 “
Ficará para o bagaço <e combustivel> 11$000 “ ou 27 reis por kilo de bagaço, combustivel etc.
20 cargas de 70 kilogramas = 1400 kilogramas por dia.
Melaço por dia será 1000 kilogramas //
260
Nota: O rendimento desceu novamente, mas a causa não parece ser outra senão por cana menos rica em // [91]262 assucar,
por isso que a quantidade de melaço % canna pouco augmentou <(vide Nota)> o que se fosse devido a defeitos de fabrico, essa
percentagem deveria augmentar muito.
Não digo porem, que devido á separação do jus de diffusão da garapa para a sulfitação e tratamentos subsequentes não tenha
influido um pouco n’esse rendimento, e alem d’isso a sulfitação acida <do xarope> feita durante 4 dias d’entro d’este prazo
tambem não tinha influencia um pouco no rendimento. O resto do trabalho, porêm, foi sempre normal. //
262 Anotação na cabeça da página: «Nota: O melaço augmentou 189 gramas % canna, o que dá 92 gramas assucar % canna contido a mais no melaço, depois
da ultima situação a 27 abril.».
263 Anotação na cabeça da página: «Nota: Extração maxima Torreão 96% do assucar
“ “ Lemos 92% “ ».
261
Assucar real turbinado ————— 1.161.445 kilogramas
Turbinado dos 2 cuites ————— 23.000 kilogramas
“ dos egouts do 2 cuites 6.000 kilogramas
“ 2º jet malaxeurs 16.000 kilogramas
“ do xarope de tourteaux,
egouts riche e pauvre 920 kilogramas
Total turbinado provavel 1.207.365 //
[95] Calculo do melaço
Melaço produzido real 343.000 kilogramas
“ do 2º jet nos malaxeurs 100.000 “
“ dos 2 cuites Freitag 38.000 “
“ do xarope de tourteaux,
egoûts riche e pauvres 3.120 “
Total melaço provavel 484.120 “
Torreão e Lemos (?)Calculo % canna: Torreão
Assucar turbinado —————————— 10,239 kilogramas %
Melaço 4,080 kilogramas a 43% assucar — 1,754 %
Perda nos tourteaux filtros ————— 0,220 %
Perda no bagaço ——————————— 0,820 %
Nos petits eaux e lavagens destilladas 0,080 %
Assucar reconhecido 13,113 %
Será talvez perda indeterminada 0,687 %
Assucar % Canna ? 13,800 % //
[96] José Julio de Lemos Succ. Gasto de productos chimicos em 1649 toneladas canna.
Kieselgouhr 61 sacos de 40 kilogramas 2440 kilogramas
Enxofaro 6 barricas de 150 kilogramas 900 “
Cal 12 barricas de 300 kilogramas 3600 “
Formol 12 gallões
Calculo por tonelada canna
Kieselgouhr ————— 1,440 kilogramas ?!!
Enxofaro ——————- 0,545
Cal ————————— 2,180
Como tinha dito, que o emprego do Kieselgouhr, deveria ser de 700 gramas maximo por tonelada canna, o gasto para a canna
acima trabalhada, deveria ser de 1154 kilogramas no maximo. //
[forro da capa fim] 27 abril 1915 Calculo da quantidade de borras dos filtros-presses.
Uso como adubo Chimico.
100 kilogramas de canna dá aproximadamente 2 kilogramas de tourteaux, com pouco mais ou menos 50% de humidade.
Secco a ficar com um maximo de 7% humidade dará aproximado um minimo de 1 kilograma de adubo secco % canna.
Uma tonelada canna dará 10 kilogramas
N’uma Laboração de 50000 toneladas canna dará 500 toneladas de adubo a 20$00 por tonelada = 10:000$00
Analyse : % Humidade
Acido phosphorico ————— 9%
Azote
Cal
264 Fabrica de destilação de álcool, denominada Companhia Nova, da firma José Júlio de Lemos, Sucessores.
262
Livro de Notas 1915-1916
Assucar, alcool e diversos Nº 2 – 1 de 1916
DESCRIÇÃO: Estamos na presença de livro, em papel, 17,4 cm x 11 cm, numerado por nós a lápis e em bom estado de
conservação.
263
264
[forro da capa início] Continuação das esperiencias em cubas fechadas, como do Livro de Notas de 1915 – Nº 1
Com fermentação a 10º Baumé
2ª Esperiencia Cuba Nº 9 – Temperatura maxima 36º
Grau Baumé final –..........3,25
Acidez por litro –..........2,00
Alcool % litros vinho –..........6,9
Infementiciveis % litros –..........0,446
Cuba aberta Nº 5
Temperatura maxima fermentação – ........35º
Grau Baumé final .........3,25
Acidez por litro .........2,43
Alcool % litros vinho .........6,6 litros
Infermenticiveis % litros –..........0,417
Vê-se pois que a acidez foi menor na cuba fechada em 0,43 por litro, e o alcool mais 0,3 litros, o que dá % melaço 1,25
litros alcool a mais. //
[1] Destillação – 8º Baumé
Com fermentação em 8º Baumé, o rendimento ao destillador A era na media de 5,1 litros alcool a 15º temperatura por
Hectolitros de vinho nas Cubas abertas, emquanto que na cuba fechada foi de 5,42 litros alcool a 100º a 15º temperatura
Vejo pois que o rendimento real pela destillação foi superior em 0,32 litros por Hectolitro de vinho em 8º Baumé, e como
cada Hectolitro contem 18,5 kilogramas melaço, % melaço será 1,7 litros alcool. Contudo vamos continuar as esperiencias com
fermentação a 10º Baumé para verificar se a diferença de rendimento é a mesma.
Nota: É bom notar que a cuba fechada com tampa de madeira não era ermeticamente fechada. //
[2] 14 Novembro 1915 Fermentação a 10º Baumé
Principiei a fermentação do melaço a 10º Baumé, nas seguintes condições:
Mostos fermentos a 8º Baumé nas mesmas condições que anteriormente, isto é, 40 litros d’acido chlorydrico por cada mex-
idor de 56 hectolitros.
Temperatura do mosto fermento – 27 a 28º
Mosto geral a 11º Baumé sem acido
Temperatura entre 23º a 24º maxima
Tive que descer a <esta> temperatura, devido a que as fermentações, feito o mosto a 25º 26º subião a 35º-36º, o que é
demasiado.
Ainda assim a temperatura maxima em cuba aberta foi de 34-35º
Fiz á temperatura normal da agua = 18 1/2 a 19º //
[3] Destillação – 10º Baumé
Com fermentação a 10º Baumé, o rendimento ao destillador A era na media de 6 litros, 6 alcool a 100º a 15º temperatura
por Hectolitro vinho nas cubas abertas no maximo.
Na cuba fechada, o rendimento ao destillador foi de 7,09 litros por hectolitro vinho em alcool a 100º a 15º
Vê-se pois que o rendimento em cuba fechada foi superior em 0,49 litros por hectolitro vinho com fermentação a 10º Baumé
e como cada hectolitro mosto a 10º Baumé contem 23,0 kilogramas melaço aproximadamente será % kilos 2,13 litros em alcool.
Pode-se bem contar um rendimento superior em cubas fechadas a <não ermeticamente> 2%. //
[4] Caracteriscas[sic] da fermentação a 10º
Mesmo com o mosto geral feito á temperatura normal da agua (18 1/2 a 19º), a fermentação subia a 34º-35º de temperatura;
isto é devido á fermentação ser muito activa.
Como o mosto fermento deve estar no maximo de 33º, e o mosto geral no maximo de 19º deveria dár na junção dos dois
24º graus; vê-se pois que o augmento de temperatura pela fermentação activa foi no minimo de 10º centigrados.
Como com fermentação ao maximo de 30-31º a perda em alcool é de 1 1/2% (segundo Reiss), qual será a perda com temper-
aturas de 34-35º? Deve ser de 1,7 a 2%, que corresponde ás esperiencias feitas. //
[5] Materia nutritiva para o fermento para substituir o malto-peptona.
Pelo milho saccarificado pelo acido chlorydrico ao ár livre.
Para cada hectolitro leva;
265
Milho moido fino – 25 kilogramas
acido chlorydrico – 2,500 kilogramas ou 5 kilogramas
2,2 litros ou 4,3 litros
Maneira de preparar:
Faz-se impapar o milho em agua quente (40 a 50º) separadamente durante algumas horas.
100 litros d’agua adcionada com 5 kilogramas d’acido chlorydrico <= 4,3 litros> faz-se ferver, e vai-se juntando pouco a
pouco o milho impapado <fazendo trabalhar o mexidor> continuando sempre a ebulição.
Quando todo o milho está junto, deixa-se saccarificar durante // [6]265 8 a 12 horas <(com 2 1/2 kilogramas acido)> conser-
vando sempre (Nota) uma pequena ebulição. Fez-se em 4 horas
Este mosto <(mostrou 8º Baumé filtrado)> de milho saccarificado <a saccarificação foi completa> é junto na taxa de
esterelisação do melaço para o apparelho Barbet de fermentos puro, que para uma carga representa 600 litros de mosto sem
acido algum <(deita-se 500 litros visto termos já 100 litros da saccarose)> visto que vamos juntar os 5 kilogramas d’acido chlo-
ridrico da saccarificação, que lhe dará a acidez requerida (8,5 gramas chlorydrico por litro) = 3 gramas a 3,3 gramas d’acidez
em SO4H2 por litro.
Esta materia nutritiva faz-se 2 a 3 vezes por semana, mas simplesmente para o Barbet. 25 kilogramas de milho rende 7 litros
alcool. //
[7] Liquifação do gaz CO2 das fermentações pelo processo Méeus. Descripto parcialmente no tratado de fabricação d’al-
cool de Bucheler e Légier Tomo I folhas 335
O systema Méeus é muito simplificado (praticado na destillaria a Wyneghem – lez – Anvers (?)):
Que o gaz CO2 contenha 5 ou 90% d’ár, não influi no processo, cujo gaz tomado por uma bomba ou um pulsometro, é absorvi-
do, passando por um apparelho especial, por uma solução de carbonato de soda para formar o bicarbonato de soda: esta solução é
em seguida desembaraçada do seu acido carbonico em um outro apparelho, e o gaz desprendido // [8] é recolhido em um gazometro.
D’ahi elle passa por apuradores que deixão sahir um gaz CO2 perfeitamente puro, que se envia ás bombas para o liquifazer.
A perção attingida para a liquidação não passa nunca de 65 a 70 atmospheras. É sempre a mesma solução de carbonato de
soda que serva[sic] para as captações subsequentes do gaz acido carbonico.
Vê-se pois que este processo é de facil execução, simplesmente é necessario saber as capacidades das bombas de liquifação,
a forma // [9] de absorpção pelo carbonato de soda, a forma do degagement d’esse acido carbonico absorvido e os filtros ou
purificadores de gaz a adoptar.
Para determinar os calculos para o nosso caso (Fabrica Torreão) basta saber o seguinte:
Trabalho maximo 400 hectolitros de mosto a 12º Baumé contendo por hectolitro 29 kilogramas melaço com 50% assucar
fermentavel será um total de 5800 kilogramas assucar, é como cada 100 kilogramas assucar fermentado produz 48 kilogramas
d’acido carbonico dará um total em 24 horas de fermentação 2700 kilogramas de CO2 em forma de gaz = 1.471.500 litros
Vede Livro Notas Nº 1 – 1915 – principio do livro. //
[10] Trabalho maximo: Destillaria do Torreão
Com fermentação a 10º Baumé contendo o vinho assim 7% alcool (cubas fechadas), e trabalhando continuadamente os dois
apparelhos de destillação A e F, pode-se fazer 600 hectolitros de mosto de melaço. 600 hectolitros a 7% alcool = 4200 litros
alcool por 24 horas.
600 hectolitros a 23,2 kilogramas melaço por hectolitro será por 24 horas = 13.920 kilos melaço.
Fazendo o mosto a 12º Baumé para dár esta mesma quantidade d’alcool quanto hectolitros se deve fazer?
Com fermentação a 12º = alcool % 9 litros 4200 = 467 hectolitros de mosto = 8 a 9 mexidores
9
Nota: Fica ethers e escencias a repassar do F //
[11] Fermento do apparelho Barbet
Este fermento que estava em condições razoaveis, depois de levar a saccarificação do milho jundo[sic] no mosto fermento,
estragou-se! Revendo a causa d’isto, vi que tinha sido devido ao acetato de Cobre da taxa onde fiz a saccarificação do milho,
porque o fermento estava granulado, a fermentação era pouco <activa>, e caso carateristico, o gosto do fermento era pronunci-
adamente do acetato de cobre.
Não pode ser devido senão ao acetato de cobre, visto todo o resto do trabalho ser normal.
265 Na cabeça da página: «Nota: Como se emprega 5 kilogramas d’acido, em logar de 2,5 kilogramas, a saccarificação deve-se fazer mais rapidamente, isto
é, em menos tempo.».
266
Vejo pois que a unica forma // [12]266 de ter um bom fermento é serem todos os apparelhos onde se faz as saccarificações e
esterilisações de madeira, para evitar este mal, ou então, logo que estes apparelhos de cobre estejão despejados, enchel’os com-
pletamente d’agua, afim de evitar o contacto com o oxigenio do ár, que deve ser essa a causa da formação do acetato de cobre.
É bom antes de empregar estes apparelhos e antes de enchel’os d’agua fazel’os ferver com agua acidulada pelo acido sulfurico
que dissolve mais facilmente os acetatos de cobre // [13]267 do que o acido chlorydrico, sendo então depois de lavados a agua,
conserval’os cheios d’agua fria, até a occasião de empregal’os.
Procedendo assim deu bom resultado, não formando o acetato de cobre nas taxas. Enchia tambem d’agua o refrigerante do
Barbet.
Pelas medias feitas da quantidade de mosto feito a 8º e 11º Baumé, vê-se que se emprega em fermentos mãe 35% da capaci-
dade total das cubas de fermentação, isto é,
35 Hectolitros de mosto fermento em 100 hectolitros
65 “ de mosto geral “ “ “
Dará uma media de 9,95º Baumé.segue //
[14] Fermentação a 12º Baumé
Para termos fermentação geral a 12º Baumé, deveremos fazer:
35 hectolitros a 8º Baumé para fermentos mãe:
65 “ a 14º Baumé para fermentação geral.
Porque: 100 Hectolitros a 12º = 1200º
35 hectolitros a 8º Baumé = 280º
65 hectolitros a 14º “ = 910º }
1190º
Falta porêm 10º <em 100> que não se pode dár 0,1º no mosto geral, e assim o mosto geral, e assim o mosto geral dará 11,9º
Baumé que bem pequena diferença faz de 12º.
Como o mosto fermento é acidutado[sic] pelo acido chlorydrico á rasão de 8,5 gramas por litro (40 litros em 56 hectolitros)
dará assim no total do // [15] mosto 2,9 gramas por litro em acido chlorydrico que deve representar uma acidez em SO4H2 1,13
gramas por litro: Como o melaço de 1915 tem uma acidez organica de 0,3 gramas por litro <de mosto a 12º>, dará assim uma
acidez total de 1,43 gramas por litro em SO4H2. N’estas condições cada 100 kilogramas melaço por este processo de fermen-
tação, necessita, com fermentação a 12º Baumé, leva 1,036 kilogramas d’acido chlorydrico.
O retificador faz uma media por dia (24 horas) em alcool retificado de 3040 litros, que corresponde aproximado a 10.500
kilogramas de melaço (rendimento de 29%). Em 30 dias fará 91.200 litros, correspondente a 315.000 kilogramas melaço. //
[16]268 Como o retificador deve tirar somente 90% em alcool puro, resta assim 335 litros alcool em 96º por 24 horas em etheres
e escencias, a repassar no apparelho <F> 269 que corresponde aproximado a 1160 kilogramas melaço: Vê-se pois que apenas
podemos trabalhar (em uma fabricação seguida) 9340 kilogramas a 10.000 kilogramas de melaço por 24 horas, que sendo em
mosto melaço a 12º Baumé são aproximados 334 hectolitros a 340 hectolitros em 24 horas, ou seja uma cuba grande por dia.
Não é assim
Como temos em cubas grandes de ferro (contando a Nº 1 ou 2 em tra-//[17]balho de fermentação geral alternadamente) 1661
hectolitros totaes (5 cubas) que dividido por 4 dias, desde o seu enchimento até terminar a fermentação, dá 415 hectolitros por
dia, que é mais que suficiente para o trabalho que pode fazer o retificador no maximo.
Vê-se assim que o apparelho A pode somente fazer todo o trabalho, ficando o F para repassagem dos etheres e escencias de
retificador. Resumindo será;
Hectolitros de mosto a fazer por 24 horas
400 hectolitros no maximo (a 8º e 14º Baumé) que é egual a 7 mexidores de 56 Hectolitros //
[18] Rendimento da cuba Nº 9 fechada.
Com fermentação a 10º Baumé esta cuba deu um rendimento no dia 23 novembro (1915) 7,13 litros em alcool a 100º a 15
temperatura por hectolitro de vinho. Vê-se pois que continua o bom rendimento em cuba fechada, como a anterior mais atraz
dita, dando esta uma diferença a mais de 0,5 litros alcool por hectolitro, que % melaço será 2,17 litros alcool.
266 Na cabeça da página: «Nota: A limpeza a acido sulfurico, sô se deve fazer quando se veja que o cobre contem partes verdosas nas taxas.».
267 Anotação na parte superior da página: «Nota: A dose de acido sulfurico deve ser no minimo de 3 gramas por litro = 300 gramas hectolitro».
268 Na cabeça da página: «O retificador pode fazer no maximo 3200 litros alcool = 380 a 370 Hectolitros vinho (fermentação a 12º Baumé)».
269 Daqui até ao fim do parágrafo, toda a informação foi rasurada, à excepção da observação «Não é assim», que mostra a razão pela qual Higino Ferraz
obliterou tais informes.
267
Se o rendimento em cuba aberta é de 28,4 litros melaço, dará em cuba fechada um minimo de 30,5 litros % melaço.
Como o melaço de 1915 contem em assucar total 53%, e os infer-//[19]menticiveis por hectolitro de vinho dá uma media
de 0,450 kilogramas (em 10º Baumé) será % melaço 2 kilogramas assucar infermenticivel, restando pois assucar fermentavel
51%. É pois o rendimento real % assucar fermentado de 60%, que é o normal.
Em uma laboração de 1500 toneladas de melaço, dará em cuba fechada um rendimento a mais de 30.000 litros alcool, que
a 250 reis por litro será um lucro total de 7:500$000 reis
Sendo em cubas fechadas hermeticamente e recoperando o alcool levado pelo CO2, dará mais 3000 litros = 750$000
Vede Livro Nota Nº 2 – 1914 //
[20] Materia nutritiva do fermento pelo milho saccarificado Analyse
Fazendo a saccarificação como mais atraz explico (com 5 kilogramas acido chlorydrico) fez-se em menos de uma hora (pela
analyse pelo Iode).
Medido a quantidade de liquido saccarificado vi que continha 140 litros: Analysado mostrou:
Densidade a 20º ................................1.0494 = 6,9 Baumé
Brix ...................................................12,70
Glucose .............................................10%
Assim os 140 litros contem 14 kilogramas de glucose, que a 58% de rendimento theorico dará 8,12 litros em alcool puro
para os 25 kilogramas de milho. Em 100 kilogramas dará pois 32,4 litros alcool puro.
Na pratica tira-se 30 litros % //
[21] Medias da destillação dos apparelhos A e F em 24 horas
Segundo a media de destillação de 9 dias vejo que; Fermentação a 10º Baumé
o apparelho A destillou 460 hectolitros vinho
“ F “ 145 “ “
Total 605 “ “
Vê-se pois que o F destilla 24% do do [sic] vinho total destillado.
Experiencias de gasto de combustível Novembro 1915
A media do gasto de carvão de pedra com um trabalho maximo da destillaria, por isso que a caldeira de vapor sô dava para
esse serviço, trabalhando continuadamente os dois destilladores A e F e o retificador bombas etc., foi 5 1/2 toneladas de carvão
por 24 horas = 9 kilogramas de carvão por hectolitro de mosto feito a 10º Baumé. //
[22] Fermentos mãe com materia nutritiva (milho sacarificado)
Feita a analyse do fermento mãe de uma das cubas de 2000 litros que tinha sido cultivada com o fermento do Apparelho
Barbet que tinha levado o milho saccarificado, visto 3 horas depois de completa a cuba, mostrou um fermento muito puro, bas-
tante activo e muito bem desenvolvido, sem fermentos granulados.
Vê-se pois que esta maneira de proceder para a alimentação da levadura, é de grande vantagem, para uma fermentação acti-
va e pura. //
[23] Gasto de combustível Esperiencias (Novembro 1915)
Como mais atraz digo o gasto de combustivel é de 9 kilogramas carvão por hectolitro de mosto a 10º Baumé (tudo inclui-
do, ou gasto geral de vapor na destillaria), o que dá por 100 kilogramas melaço 40 kilogramas de carvão no maximo = 140 kilo-
gramas por hectolitro alcool reteficado
Em uma laboração de 1500 toneladas de melaço n’um anno, o gasto será pois de 600 toneladas de carvão.
Notar-se-ha que n’este gasto não está incluido a destillação das borras de vinho.
Pessoal 8 a 10 homens diarios, incluindo a medição do alcool para venda.
2 homens mais na meias cuites.
Destilladores 24 horas – Reis – 2$800 reis maximo
Fermento e armazem “ “ – 4$800 “
Total – Reis 7$600 ou 8000 reis maximo //
268
11.000 kilogramas melaço:
Combustivel – 4 1/2 toneladas a 15$000 reis = 67$500 reis
Pessoal (maximo) com caldeiras vapor 10$500 “
Acido chlorydrico a 1,036 kilogramas % a 60 reis 6$840 “
Olio, azeite, permanganato etc. 2$000 “
Total gasto 86$840
Será 27 a 28 reis por litro alcool. //
[25]270 Contando pois os 35 reis por litro alcool para fabrico, resta assim 8 reis por litro alcool, que em um anno de labo-
ração ou seja 450.000 litros alcool, será 3:600$000 reis para deterioração d’apparelhos, etc.
Este calculo está feito para este tempo da guerra, em que o carvão está pelo dobro, e caldeira suja.
Com carvão a 7$500 toneladas
Carvão 4 1/2 toneladas a 7500 reis = 33$750 reis
Pessoal (maximo) = 10$500 “
Acido chlorydrico 114 kilogramas a 60 reis = 6$840 “
Luz electrica = 1$600 “
Olios, azeite etc = 2$000 “
Gasto total 54$690
Será 17 a 18 reis por litro alcool
Com o carvão a 21$000 tonelada = 33 reis litro alcool //
270 Anotação na cabeça: «Nota: No etc. está incluido o gasto de luz electrica do alambique, que se pode calcular em 1/2 reis por litro alcool.».
271 No pé da página: «Nota: Com o rendimento 29% no melaço, e tirando o fabrico de 35 reis por litro alcool sai o melaço a 62-63 em kilogramas».
272 Na cabeça:
«Nota: 29,8 litros alcool = 46,6 kilogramas saccarose fermentada % melaço
1,880 kilogramas glucose = 1,78 “ infermenticivel “
48,38
4,6 kilogramas saccarose perda pela fermentada = 2,76 litros % melaço».
269
DD’ 2as cubas mãe de 200 hectolitros uteis
EE’’’’ Cubas de fermentação geral <6 a 5 de> 600 hectolitros uteis
F Torneiras <de latão> de isolamento das cubas.
G Recoperador do alcool levado pelo CO2
H Torneiras de entrada d’ar ou sahida
I Thermometro á cadran de 0º a 110º
J Vidros de nivel em caixilo de latão.
K Porta de entrada d’homem (limpeza)
L Torneiras de despejo das cubas á Distillação
M e O Tubo e torneira de comonicação e enchimento <com mosto das cubas>
N Tubo de despejo vinho ao destillador directamente
O Torneiras de comonicação para enchimento das cubas e passagens do fermento mãe
Nota: No fundo da cuba, isto é, na parte mais baixa da parte conica, tem a sahida das borras //
[29] Fermentação em 72 horas (3 dias) depois da cuba completa. Trabalho de 600 Hectolitros vinho 24 horas
Schma de montagem para 600 Hectolitros mosto a 12º Baumé por 24 horas Vede livro notas Nº 1 – 1915 – principio do livro
Modificação nos emousseuses. Suprimido
270
establecidas para este trabalho.
2º As pequenas cubas mães de 20 hectolitros conservadas no maximo de limpeza, trabalhão fechadas com injeção d’ar do
ballão geral (ár não filtrado).
Estas cubas são despejadas totalmente de 3 em 3 dias, lavadas e desinfectadas com agua formolisada a 2%: N’estas
condições, passa-se o fermento (1/2) do aparelho Barbet <2 vezes em 24 horas> para ellas fazendo-as alimentar com mosto a
8º Baumé acidulado pelo chlorydrico a 3,3 gramas a 3,5 gramas por litro em SO4H2. Assim o fermento é sempre renovado n’es-
tas cubas de 3 em 3 dias, com um fermento bastante puro e activo. É com 273 // [32] este fermento que se cultiva as grandes cubas
mães.
3º Nas grandes cubas mães de 240 a 250 hectolitros, o fermento é conservado puro pela injecção d’ár continuada e pela
acidez do mosto a 8º Baumé a 3,3 gramas a 3,5 gramas por litro em SO4H2 pelo chlorydrico, seguindo as mesmas regras do
processo Molhant
É d’estas cubas que se tira o fermento para as cubas de fermentação geral na proporção de 30%, e como cada cuba de fer-
mentação tem a capacidade de 400 hectolitros devemos tirar em fermento das grandes cubas mãe 120 hectolitros, será assim 1/2
cubas do fermento mãe. Logo que se termine // [33]274 uma tiragem de fermento, torna-se a alimentar com novo mosto nas mes-
mas condições, mas pouco a pouco, isto é, um mexidor preparador de mosto de melaço de 40 hectolitros (o do Torreão é de 56
hectolitros) de 6 em 6 horas. Procedendo d’esta forma, e como a cuba é fechada e não está em contacto com o ár exterior, quan-
do se despeja para uma cuba grande, uma parte de CO2 do tubo geral do CO2 passa á cuba de fermento mãe que a faz conser-
var aceptica; não é necessario pois desinfectal’a pela agua formolisada, como se procede actualmente com as // [34]275 cubas
abertas. Estas cubas mãe devem ser desprezadas para esse fim uma vez em 7 dias, passando a cuba de fermentação geral, como
com no processo Molhant.
Parada que seja a fermentação e destillada, essa cuba é lavada a grande agua. Dá-se-lhe uma injecção de vapor para ester-
ilisal’a, e quando esteja bem quente deita-se pela torneira H uns 100 centimetros cubicos de formol puro (40%) que se volatil-
isa, acabando assim a sua completa desinfecção. Fica assim prompto a servir. //
[35]276 4º Ás cubas de fermentação geral segue-se as mesmas regras do que no processo Molhant, mas as cubas não se devem
encher senão até 1/2 altura do vidro de nivel J, e n’esta altura a capacidade deve ser então de 400 hectolitros.
É de grande conveniencia que a espuma da fermentação não chegue ás tampas conicas, para as não sujar muito e mesmo
para não sahir pelo tubo geral do CO2. Estas cubas são tambem providas com tubo de ár transfurado no fundo da cuba, e tubo
de vapor transfurado na parte 277 // [36]278 superior das tampas. O processo de limpeza d’estas cubas é a mesma que nas cubas
mãe.
A torneira F é fechada somente quando a cuba está completamente distillada, e que se vai proceder á sua limpeza. Assim o
vinho não está em contacto com o ár exterior não havendo pois nenhuma evaporação d’alcool, nem acetificação. O tubo de
despejo do vinho N deve ser ligado directamente á bomba, passando primeiro em um tamis dobrado, para evitar obstrução da
bomba do destillador. Um d’estes tamis é limpo quando não trabalha bem. //
[37]279 Estas cubas antes de serem alimentadas com o fermento mãe, devem ser primeiro alimentadas com mosto de fermen-
tação geral a 14º Baumé (fermentação a 12º) á temperatura de 25º a 27º; (as outras á temperatura normal da agua) seja pois um
mexidor de 56 hectolitros
Depois de uma hora de fermentação, vai-se fazendo regularmente a alimentação com novo mosto a 14º Baumé á temperatu-
ra normal da agua, ou seja 56 hectolitros todas as 6 horas até o seu completo enchimento, como digo mais atraz. //
[38]280 5º O Gaz CO2 + alcool + ár sai pelo largo tubo em comonicação com todas as cubas, ao recoperador do alcool leva-
do pelo CO2 e ár no apparelho G (Vede livro Nota Nº1 – 1915), onde corre sempre uma muito pequena quantidade d’agua fria
que sai pelo syphão, para ser aproveitada na dessolução do alcool a <repassar ou> retificar.
O CO2 + ár sai pela parte superior do recoperador, podendo pois ser aproveitado para a produção do CO2 liquido, ou deixan-
271
do sahir para a atmosphera. Nota: 1 kilograma de CO2 dá, ou representa 545 litros de CO2 gazozo. //
[39]281 As condições assim perfeitamente establecidas, e que o fermento seja puro e activo, o rendimento em alcool deve ser
o maximo, mesmo quasi o theorico <(64 litros % assucar)> visto se evitar d’esta forma as acetificações pelo contacto com o ár
exterior que contem microbios diversos, que se desenvolvem facilmente n’um liquido alcoolico depois de parada a fermentação
activa, não haver evaporação do alcool á atmosfera, porque todo elle é recoperado totalmente, podendo-se tirar bom resultado
do aproveitamento do CO2 em liquido. //
[40] Qual será o resultado industrial com este systma de fermentação com melaço de 51% d’assucar fermentavel?
Laboração de 1500 toneladas melaço: Rendimento de 32 litros alcool puro % melaço.
Calculando que actualmente o rendimento maximo % melaço seja 29 litros alcool puro % melaço, tiramos pois mais 3 litros
alcool % melaço, o que dá nas 1500 toneladas um excedente de 45.000 litros, que em alcool reteficado, a 250 reis por litro será
11:250$000 reis
Que pelo aproveitamente do acido carbonico (CO2) se obtenha 50% em CO2 liquido, ou seja 12 kilogramas de CO2 liquido
% melaço, será assim nas 1500 toneladas 180.000 kilogramas de CO2, 282 // [41]283 que a
100 reis por kilo = 18:000$000 reis
Do alcool a mais = 11:250$000 “
Total obtido 29:250$000
Qual será a despeza?
Da retificação <do excedente> do alcool 15 reis litro = 675$000 reis
Do CO2 liquido (?) a 30 reis por kilograma = 5:400$000 reis
Total despezas (?) 6:075$000
Resta Lucro liquido 23:000$000 reis por anno ou Laboração.
É o juro de 20% de um capital de 115:000$000 reis.
Qual será a despeza de instalação? <Vede adiante>
Nota: Pode-se tambem empregar com grande vantagem este CO2 gazoso na Carbonatação da garapa da canna, é como no
caso de não ter venda o CO2 liquido, // [42]284 285se sabe que alcalinisando a 12 gramas de cal por litro <alcalinisação a 1%>
admitindo que % de canna dá 85 litros de jus, n’um trabalho de 500 toneladas canna se gasta 5100 kilogramas de cal (CaO), e
que para neutralisar estes 5100 kilogramas de Ca= são necessarios 5100 x 0,785 = 4000 kilogramas de CO2. Vede Nota acima.
Como temos no trabalho das fermentações 2700 kilogramas de CO2 gazoso faltará ainda aproximado 1300 kilogramas de
CO 2
Vede adiante forma de aproveitar o CO2 da fermentação na carbonatação da garapa, e descripção de marcha. //
[43] Gelatinisação dos cascos d’alcool pelo grude ordinário Novembro 4 de 1915
Fez-se varias esperiencias, ficando definitivamente acente que o grude parecia não pôr gasto algum no alcool e assim a gela-
tinisação era muito mais barata.
Os cascos forão aquecidos, mas não á temperatura de 80º, por isso que não foi possivel, mesmo com o ár quente a 95º, mas
vio-se não haver necessidade d’isso, bastava somente aquecel’os durante 4 a 5 horas <em estufa fechada a 90º> e assim a
madeira secava sendo mais facil aderir a cola. 286 //
[44]287 O que se fêz foi fazer uma meior quantidade de cola na proporção de 3 kilogramas de grude para 5 litros d’agua <1
kilograma de grude 1 1/2 litros agua> fazendo assim uns 50 a 60 litros d’esta solução, que se deita <uns 20 a 30 litros>, n’um
casco de 600 litros fazendo rolar em todos os centidos por uns 5 minutos <Vede nota acima>; põe-se a escorrer por uns 5 min-
utos e dá-se-lhe depois uma perção d’ár a 300 gramas <rebatidos e> lavado com alcool a 95º. Este tratamento pelo alcool que-
bra 1/2 litro.
281 Anotação na cabeça da página: «Nota: O rendimento maximo deve ser de 63 litros alcool puro % assucar fermentado. 100 kilogramas melaço contendo
51% assucar fermentavel = 32 litros % melaço».
282 Apontamento no pé da página: «Ver livro de Notas de 1914 – Nº 2 – Calculos de Pasteur».
283 Na cabeça da página: «Nota: 30 reis por kilograma de CO2 liquido, do fabrico, será por dia; 11.000 kilogramas melaço a 12 kilogramas CO2 % = 1320
kilogramas a 30 reis = 39$600 reis
Custo maximo instalação completa = 20:000$000 reis».
284 Anotação na cabeça da página: «Nota: Vede Livro Notas Nº 2 – 1914 fim. carbonatação do jus: Marlier».
285 Sobre o texto dos dois próximos parágrafos, escreveu o autor, com letras maiores que o usual, e na vertical: «Apenas se aproveita na carbonatação 55%
do CO2 empregado, no maximo 60% com caldeira altas [sic].».
286 No pé da página: «Nota: O cascos [sic] devem ser novamente rebatidos á sahida da estufa depois da cola.».
287 Na cabeça da página: «Nota: Esta cola quente forma uma certa perção no interior do casco, devendo-se ter cuidado n’isso. Deve ser espumada.».
272
O alcool da lavagem sai um // [45] pouco esbranquiçado e turvo. O alcool porêm no casco conserva-se brilhante, sem gosto
algum, conservando o mesmo grau.
Estes cascos, antes do tratamento pela cola <não> devem ser escaldados a vapor <secco a 3 a 4 kilogramas>: deixar secar
por 8 ou 10 dias ou mais sendo novamente rebatidos muito bem e emendados os alços. São depois lavados a agua limpa com
corrente para lhe retirar todas as imporezas desagregadas; são depois levadas ao ár quente para se proceder á gelatinisação,
como já disse.
É necessario rebater novamente os cascos <mesmo> no caso de serem bem rebatidos depois de escaldados e frios e seccos.
Renovou-se as aduellas partidas. //
[46] Descripção da Carbonatação da garapa
A – Aspiração do CO2 + ár do recoperador da instalação da fermentação.
B – Ventilador apropriado, que aspira o CO2 + ár para o levar ao gazometro:
C – Gazometro com uma perção de gaz de 1/4 kilograma minimo.
D – Sahida do CO2 + ár ás caldeiras de carbonatar por bomba L
EE’ – Caldeiras de carbonatação
FF’ – Rechauffeurs do jus a 50-60º
GG’ – Entrada do jus quente nos carbonatadores
H – Entrada do jus diffundido e garapa mesturados e alcalinisados.
I – altura de 2 metros de jus
J – Clocação de pezos para a perção //
[47] Schema de <sulfitação> carbonatação pelo CO2 da fermentação.
273
Depois de uma boa malaxagem a frio este jus muito alcalino (destroi a glucose) passa em rechauffeurs para aquecel’o ao max-
imo de 50º e de lá aos carbonatadores – sulfitadores <(3)>, onde se dá a injecção de CO2 e ao 288 // [49]289 mesmo tempo SO2
gazoso, afim de fazer a sulficarbonatação até o jus ficar ligeiramente alcalino ao phenolphalina, isto é, ficar ligeiramente rosado.
Como pelo SO2 se percipita <no minimo> 20 gramas de cal <% canna>, será necessario percipitar pelo CO2 a ficar alcalino
ao phenolphalina 0,800 cal % canna, ou seja em 500 toneladas canna 1% = 3200 <1/2 = 1600> kilogramas de CO2. Como temos
pela fermentação de 400 hectolitros de mosto de melaço 2700 kilogramas de CO2, falta-nos pois 500 kilogramas de CO2 para
esta carbonatação que corresponde a 75 hectolitros mosto = 2170 kilogramas melaço em 24 horas. Vê-se pois que, // [50]290 com
os 2700 kilogramas de CO2 se pode somente fazer 400 toneladas canna. Temos pois necessidade de fermentar 500 hectolitros
de mosto a 12º Baumé para dár suficiente para a carbonatação de 480 toneladas canna 24 horas.
O jus assim sulfi-carbonatado é aquecido no proprio carbonatador a 90º <ou em rechauffeurs> e é depois passado aos fil-
tros-presses.
O jus filtrado vai aos clarificadores onde se junta, sendo necessario, o Carbonato de soda ou o baryte para lhe dár uma ligeira
alcalinidade (sendo necessaria), e é fervido durante alguns // [51]291 minutos para precipitar os bicarbonatos existentes, sendo
depois filtrado novamente em filtros mechanicos, e de lá á evaporação. N’estas condições não se formará os sulfatos de cal
incrustantes, não haverá inversão da sacarose porque o jus é conservado alcalino durante a evaporação, a pureza será meior e
em resultado o rendimento em turbinado muito superior, dando um assucar muito mais branco, xaropes muito fazeis de trabal-
har, e cuite de bom trabalho.
Vêr Livro Notas de 1913 Nº 2 esperiencia de carbonatação //
[52] Qual será a despeza a mais?
Sem carbonatação, a despeza <em 1915> por tonelada canna é de:
Cal 1,200 kilogramas maximo a 30 reis kilo 36 reis
Enxofaro – 550 gramas a 90 reis kilo 50 “
Phosphato-bibasico 1,200 kilogramas 130 reis kilo 156 “
Kieselguhr – 1,300 kilogramas a 70 reis kilo 91 “
Carbonato de soda 400 gramas 35 reis kilo 14 “
Total sem carbonatação 247 reis
Pela carbonatação:
Cal 10 kilogramas a 30 reis 300 reis
Enxofaro 550 gramas 50 “
Carbonato de soda 200 gramas (?) 7
Total pela carbonatação 357 reis
Custa pois mais somente 10 reis por tonelada canna, com todas as vantagens atraz ditas. //
[53]292 Em uma laboração de 45000 toneladas canna, temos que importar em cal cozida 450 toneladas a 500 toneladas no
maximo. Será um valor Reis 15:000$000 no Funchal.
Pelos dados adiante vê-se que não se pode empregar este processo senão empregando somente 5 kilogramas cal por tonelada.
Em fabricas de assucar de beterraba o gasto em cal é de 2 a 2 1/2% ou seja 20 a 25 kilogramas cal por tonelada beterraba,
com todos os trabalhos de forno de cal, bomba de gaz, lavadores etc. Emquanto que por este systema temos um CO2 mais puro
sem ter despesa quasi nenhuma. //
[54] Vantagens d’este processo:
Resumindo teremos:
1º Decoloração mais intensa dos productos
2º Filtração e lavagem mais facil dos tourteaux dos filtros-presses, e assim muito menos perda em assucar no tourteaux.
288 No pé da página 48: «Nota: Pela junção do leite de cal augmenta uns 5 a 6% d’agua a evaporar a mais.».
289 Na cabeça da página 49: «Nota: A perda em assucar nas borras do filtros [sic] presses não pode ser superior a 2%, o que dá % canna 0,100 kilogramas
assucar em logar de 0,200 assucar».
Sobre a mancha de informação manuscrita desta página escreveu Higino Ferraz, a vermelho, na vertical e com letras de corpo grande, o seguinte:
«Apenas se pode calcular que 55 a 60% do CO2 é aproveitado na carbonatação. Sô poderemos empregar 500 gramas de Cal % de canna, empregan-
do a aluminato de baryta. Assim os 450 Hectolitros de mosto a 12º dá para a carbonatação da garapa».
290 Na cabeça da página: «Nota: Devemos contar uma perda em CO2 na carbonatação de 40% minimo.
500 hectolitros produz 3500 kilogramas de CO2 – 40% = 2100 kilogramas CO2».
291 Na cabeça da página: «Nota: As incrustações no triple e cuites serão muito diminuidas, por não conter os jus e xaropes o sulfato de cal.».
292 Na cabeça: «Nota: O melaço de 480 toneladas canna a 2,5 kilogramas será 12.000 kilogramas por 24 horas. Necessitamos fazer 500 hectolitros mosto
a 12º Baumé que são (a 29 kilogramas hectolitro) 14.500 kilogramas melaço; falta pois 2500 kilogramas melaço, que será da garapa Lemos.».
274
3º Evaporação mais facil, sem espumas, e muito menos incrustações no triple-effet e cuites devido á não existencia dos
sulfatos de cal.
4º Cosimentos rapidos, dando um bom grão em 1º e 2º jet facil de turbinar, um rendimento superior em 1er jet branco e //
[55]293 do rendimento em geral, os melaços provenientes d’este trabalho ficão mais épuissees.
5º Todos os productos provenientes da sulficarbonatação são francamente alcalinos, conservão-se muito tempo sem se alter-
ar, não dando pois augmento no coefficiente glucosico.
6º Simplificação do trabalho por supreção da sulfitação do xarope e mesmo de duas estações nas fabricas que sulfitão os
égoûts, porque a sulficarbonatação bem aplicada não há necessidade de sulfitar os subproductos, para bem se comportarem na
cristallisação. //
[56] Calculo aproximado do rendimento da canna: com 13,5% assucar com extração de 95%
Assucar entrado em fabricação 12,7 kilogramas % canna que deve dár por este processo um rendimento em turbinado de
90%, será pois:
Assucar turbinado real = 11,430 kilogramas %
2,500 kilogramas = “ no melaço <50%> assucar total = 1,250 “
Perdas bagaço 0,560 “
“ borras 0,100 “
“ Indeterminadas? 0,160
assucar na canna 13,500
Productos em Reis
11,430 kilogramas a 200 reis por kilo 2$286 reis
0,8 litros alcool melaço <em cubas fechadas> a 250 reis litro 200 “
Total dos productos 2$486
Custo canna a maximo 1600 reis %
Fabrico maximo 300 “ 1$900
Lucro % canna 586 reis
Em 45.000 toneladas será 263:700$000 reis
Vede fim do livro rendimento provavel 1916 //
[57] Nota: Com o emprego do aluminato de baryta pode-se, talvez, diminuir 50% da cal, isto é, empregar somente 1/2 kilo-
grama % canna.
O CO2 dará assim.
Vede Bulletin XXI – pag 59 sobre aluminato de baryta
293 Na cabeça da página: «Nota: O rendimento em turbinado por hectolitro de Melasse Cuite, não deve ser inferior a 67 a 68 kilogramas assucar a 17 litros
de Melasse Cuite % canna = 11,475 kilogramas em turbinado».
275
Schema completo da montagem da sulficarbonatação //
[58] Segundo esperiencia de 1916 (sem carbonatação) pode-se mesturar a garapa no grande mexidor com a do Torreão.
276
segue 295 //
[62] 1 bomba de CO2 para 3000 metros cubicos de gaz 24 horas
1 aspirador “ “ “ “
Sucrerie:
4 malaxeurs – chauleurs de 50 hectolitros
1 “ de 60 hectolitros
2 rechauffeurs de 40 metros quadrados Surface chauffe
3 carbonatadores de 100 hectolitros total
1 malaxeur de 60 hectolitros
4 rechauffeurs de 40 metros quadrados Surface chauffe
8 filtros-presses de 1000:1000 de 50 [...]
1 bomba de jus turvo de 6000 hectolitros em 24 horas
3 bombas centrifugas da mesma capacidade
1 tanque de 50 hectolitros
3 clarificadores de 50 hectolitros
Uma bateria de 10 filtros Fillippe de 20 poches
filtrantes. Etc.
Um forno duble de SO2 que possa queimar 300 a
350 kilogramas de enxofaro <cada um> em 24 horas
//
[63] Como establecer o trabalho? Ver Livro
Nota – 1914 – Nº2
296
Temos pois de laborar por dia de 24 horas 500
toneladas canna:
Em 100 dias de trabalho consecotivo serão
50.000 toneladas canna que dando um producto
<maximo> em melaço a 2 1/2% será 1250 toneladas
melaço, que fermentado produzirá em CO2 300.000
kilogramas
Como se necessita por dia de trabalho de 500
toneladas canna 3800 kilogramas de CO2, <+ 45%
para perdas = 5000 kilogramas CO2>, este CO2 total
dará pois para 78 <54 dias> dias:
Teremos que trabalhar 22 a 23 <46> dias dias
sem a carbonatação, para se poder obter melaço sufi-
ciente para o resto da Carbonatação e dár principio á
fermentação. //
[64] Corte do sulficarbonatador Dezembro 1915
295 No pé da página: «Produção de 3800 kilogramas de CO2 = 2071 metros cubicos de gaz CO2».
296 Sobre o texto dos dois seguintes parágrafos, escreveu o autor, na diagonal, e com letras maiores que as normais: «Não se pode empregar este proces-
so devido à grande produção que é necessaria de CO2 a não ser que se empregue 1/2% de cal em logar de 1%.».
277
Nota importante: Na carbonatação apenas aproveitamos, ou faz ação sobre a cal, 55% do CO2 empregado.
[65] Descripção do apparelho
A – Sulficarbonatador de 1,5 metros x 5 metros
B – Valvula d’entrada do CO2
C– “ “ do SO2
D – Cruz de barbotagem do CO2
E – Volta de cerpentina de barbotagem do SO2
FF1 – 1º e 2º tamis ou chapa furada
G – Torneira de prova da carbonatação
H– “ de altura maxima
I– “ de entrada do jus ao <fundo do carbonatador>
J – Vidro de vêr a espuma e tubo <de limpeza a vapor>
K – Torneira de vapor emousseuse
L – Engraxador para abater espuma
M – Manobra da torneira de despejo
N – Torneira de despejo do jus
O – Entrada d’homem
P – Chaminé de sahida dos gases
R Nivel do jus maximo //
[66] Diversas formas como forão tratados os cascos para alcool de exportação
Os 1os cascos depois de construidos forão escaldados a vapor. Um a dois dias depois e frios forão rebatidos e emendados os arcos.
Aquecidos em estufa aberta com ár quente a 90º <durante 3 horas> forão depois gelatinados com o grude a 1 kilogramas
para 1 1/2 litros d’agua. 24 horas depois forão novamente rebatidos, lavados com alcool e cheios depois.
Estes cascos passado uns 4 a 5 dias principiarão a deramar por algumas juntas.
Fiz com cascos não escaldados sendo rebatidos antes de entrar na estufa. Aquecidos na 297 // [67]298 estufa fechada nas mes-
mas condições que anteriormente mas durante 4 horas.
Á sahida da estufa forão gelatinados com o grude na proporção de 1 kilograma de grude 1 1/2 litro d’agua, feito o trabalho
nas mesmas condições anteriores, mas os cascos depois da perção com o ár a 300 gramas forão muito bem rebatidos. 24 horas
depois novamente rebatidos, lavados com alcool e cheios.
Este tratamento parece ser o melhor, porque se vê não derramão nada 4 dias depois.
a6 segue //
[68]299 Estes cascos não escaldados e aquecidos na estuda durante 4 horas, abrião as juntas de tal forma, que a cola sahia
por ellas quando se mexia o casco, mas isto em logar de ser um mal acho que é bom, por isso que a cola metendo-se nas jun-
tas, e como depois da perção d’ár elles são rebatidos muito bem, forma uma camada de cola nas juntas que deve ficar como
colada uma façe a outra depois do casco frio e com alcool.
Estes cascos não devem ser molhados <exteriormente> pela chuva ou outro, antes de cheios de alcool. //
[69] Calculo do volume do alcool pelo pezo
Pezo de um litro d’agua destillada 1 kilogramas a +4º
Para evitar todas as contestações, é bom sempre controlar o volume do alcool expedido, pelo pezo. É suficiente determinar
a tara ou pezo do casco vazio e pezar em seguida o casco cheio para obter o pezo do liquido expedido, cifra que deve estar
<mais ou menos> em comparação com o volume e o grau lançado na factura.
Seja; C a quantidade bruto do casco e c o vazio, o volume é C – c.
Seja P o pezo do casco cheio, T a tara, e p o peso apparente do litro correspondente ao grau apparente.
Tem-se: P – T = C – c
p segue //
[70]300 Ex: Seja um casco de alcool de 635 litros cheio com 633 litros <medidos> marcando 96,5º a 18 1/2º = 95,4º a 15º
297 No pé da página: «Nota: A madeira para os fundos dos cascos deve ser bem secca á estufa.».
298 Na cabeça da página: «Nota: Os cascos não escaldados levão 3 rabaticões[sic], como digo abaixo.».
299 Anotação na cabeça: «Nota: A cola que sai pelas juntas, depois de fria, fica dura como o grude. Deve ser espumada sempre no banho-maria.».
300 Na cabeça da página: «Nota: A medida exacta das nossas medidas de 20 litros contem somente 19,865 litros (medida a agua a 16º temperatura)
Differença pois á 135 centimetros cubicos a menos cada medida = 0,675% a 16º temperatura».
278
segundo a tabella usual de la Regie. O pezo apparente do litro correspondente a 1 grau de 96,5 é 0,8109 kilogramas; ora, peza-
do o casco deu liquido 508 kilogramas, será pois 508 x 10000 = 626,4 litros d’alcool a 96,5 a
8109
18 1/2º medida real, e não 633 litros com deu pela medida. Dá pois uma quebra de 6,6 litros ou 1,04 entre a medida e o pezo.
Calculando pois a media do nosso alcool a 96º a 17º Pezo do litro = 813 gramas 96º a 17º = 95,4 a 15º //
[71] Venda do alcool a 95º a 15º
Para o calculo do alcool a 95º a 15º, deve-se reduzir todo o alcool a 100º a 15º, sendo depois augmentando 5% que é a dif-
ferenca[sic] de grau de 100 a 95.
Ex: Assim o casco d’alcool atraz dito que pelo pezo mostra conter 626,4 litros d’alcool a 96,5 em 18º = 95,4 a 15º, contem
pois, x = 626,4 x 95,4 = 597,58 litros em
100
alcool puro a 100º a 15º, com mais 5% será = 627,45 litros em alcool a 95º a 15º que contem no casco.
Vê-se pois que não havendo derrame <nem quebra no grau> a diferença entre a medida na Fabrica e local de venda é peque-
na. //
279
Soda Caustica – 6 barricas com 1700 kilogramas
Chloreto de cal – 8 barricas <completo> com 2000 kilogramas
Dehn – 13 peças = 1170 metros
Pano 5 fardos Harvey – 23 “ = 2070 metros }
completo
24/2/916 Foi para Lemos301 100 toalhas usadas Filtros-Presses
Temos em 1916 –24 barricas grandes de Baryte
9 “ “ pequenas
a 300 kilogramas cada uma = 7.200 kilogramas totaes
a 200 “ cada “ = 1.800
Sendo um gasto maximo de 180 kilogramas por 24 horas dá para 50 dias laboração
Preço do Baryte no Funchal em 1909 = 85 reis kilo
Em 1916 será 75% mais ? = 150 reis kilo? //
[75] 1915 Custo actual das cubas fechadas
Segundo orçamento Cardoso e Dargent em Dezembro 1915
Cuba de 400 hectolitros – 987$500
Preço antes guerra 592$500 70% +
Cuba de 240 hectolitros – 730$000
“ “ 438$000 70% +
Custo total:
5 cubas de 400 hectolitros – 4:937$500
2 “ de 240 “ – 1:460$000
Total cubas 6:397$500
preço antes da guerra 3:838$500
Resto instalação aproximado
Recoperador <de ferro> do alcool 200$000
Tubagem <cobre de 150 milimetros> do CO2 + ár 500$000
7 torneiras latão <de 100 milimetros> a 50$000 reis 350$000
Tubagem geral <de cobre> de ligação 500$000
14 torneiras <de 2”> latão de macho 70$000
7 thermometros á Cadran 175$000
Montagem 600$000
Custo total aproximado 8:792$500
Deve-se contar 9:000$000 reis
Liquifação do CO2 aproximado 10:000$000 reis segue //
301 Fabrica de destilação de álcool, denominada Companhia Nova, da firma José Júlio de Lemos, Sucessores.
280
Densidade inecial – 1090
“ final – 1028
fermentado 1062
Densidade final ........................3,9º Baumé
acidez litro (em H2SO4) ............2,7 gramas
Infermenticiveis % litros ..........0,525
Rendimento % melaço
x = 8,59 x 100 = 29,86 litros alcool % melaço
28,800
Infermenticiveis % melaço = 1,831 kilogramas segue adiante //
[78] Descripção de apparelho que pode destillar 250 a 270 hectolitros de vinho uvas ou 340 a 350 hectolitros de vinho
melaço com 8% alcool
A – Columna de destillação com pratos de barbotagem
B – Dita de retificação com pratos transfurados
C – Esquentador-analysador tubular.
D – Condensador-analysador (Vede adiante)
E – Refrigerante-condensador do alcool <de 9 a 10 metros quadrados surface chauffe>
F – Tubo de vapor alcoolico de comonicação de A a B
G – Tubo de “ “ para tirar alcool fraco
H– “ “ “ “ “ “ “ forte
I – Torneira de fechar ou abrir comonicação
J– “ “ “ “
K– “ “ “ “
L– “ “ “ “
M – Entrada do vinho a destillar no esquentador
m – Vidre de verificar a passagem do vinho ao esquentador
N – Sahida do vinho a destillar a columna
O – Torneira de entrada da agua de refrigeração
P– “ “ “ de condensação
Q – Tubo de perção na columna
R – Entrada de vapor directo na columna A
S– “ “ “ “ B
T– “ “ exausto “ A
U – Syphão de sahida do vinhão – exaustos
V– “ “ das aguas “
X – Proveta do alcool destillado
Y – Sahida das aguas quentes dos condensadores e refrigerante
X’ – Prova do épuissement das columnas.
Vede Livro de Notas de 1912 primeira descripção
Este aparelho tanto pode tirar alcool fraco ou forte a 90-92º maximo. //
281
[79] Apparelho destillação continua de Leacock Destilla 2400 litros alcool em 24 horas Em 95º Gay-Lussac
282
[80] Calculo do rendimento provavel que deveria dár o melaço atraz, sendo feita a fermentação em cuba fechada hermeti-
camente e com recoperação do alcool como do systema proposto.
Vê-se que este melaço com 52% assucar feita a fermentação em cuba aberta o rendimento maximo é de 28 1/2 a 29 litros
alcool 100º
Com as cubas fechadas com tampas de madeira o rendimento chegou a 29,86 litros, isto é, quasi 30 litros alcool % melaço.
Se fosse a fermentação em cubas fechadas acepticas, com recoperação do alcool levado 302 // [81]303 pelo CO2 + ár, e não
tendo o vinho fermentado contacto com o ár exterior, qual seria o rendimento?
Que o rendimento fosse nas melhores condições, (em vista da instalação apropriada), de 63 litros alcool a 100º por cada 100
kilogramas assucar total entrado em fermentação ou assucar fermentavel, e como temos em infermenticiveis uma media de 2
kilogramas % melaço, restaria assucar fermentavel 50% no melaço, que ao rendimento de 63 litros alcool % assucar = 31,5
litros alcool a 100º % melaço, isto é, mais 2 1/2 litro alcool, do que em cubas abertas. //
[82] Condençador do apparelho de destillação de Leacock (Fabrica de São Lazaro) Para a produção de alcool forte
283
[83] Apparelho destillação Leacock em columnas Jumelle.
284
[84] Rendimento do melaço da Trindade em 1909 e da Fabrica medias:
O rendimento medio d’este melaço <Trindade> era de 8,4 gallões a 100º a 15º % = 30,66 litros
O rendimento medio do melaço da Fabrica (Torreão) era 6,72 gallões a 100º a 15º % = 24,53 litros
Com o trabalho actual qual deve ser o rendimento?
Da Trindade será 34 litros a 100º a 15
“ Torreão “ 28,53 “ “
Em cubas fechadas mais 2 1/2% será:Trindade = 36,5 litros a 100º a 15
Torreão = 31 “ “
36,5 litros representa (a 63 litros % assucar) 57,9 kilogramas assucar
Total no melaço = saccarose – 42%
glucose – 17,9%} Trindade
//
285
[85] Apparelho de Destillação de Leacock
286
1916
Modificações no esquentador do vinho.
Uma caixa tubular B de 2,20 metros de comprimento que possa comportar <por 0,45 diametro> 40 tubos de 0,035 metros
de diametro, para dár uma superfice de aquecimento de 8 metros quadrados.
Para destillar 480 Hectolitros <a 500 Hectolitros> de vinho a 8,5% alcool por 24 horas. (12º Baumé)? //
[88] Rechauffeur de vinho a 4 zonas para o apparelho Paulmann modificado 1916
287
Feito de um antigo condensador (ferro fundido)
tendo 42 tubos <de latão> de 0,035 metros diametro (usados do Kestner) = 10 metros quadrados de Surface chauffe Vêr
desenho atraz //
[89]
288
[90] Dspusição[sic] de entrada de vapor no apparelho Paulmann, regulado por um unico regulador de Vapor. A ás duas clum-
nas[sic].
289
[91] Novo evaporador Barbet S. G. D. G – 1914
(Parece uma emitação do apparelho Prache et Buillon) Descripção Bulletin Association do Cimiste[sic] Julho e Agosto 1914
290
[92] 19 Janeiro 1916 Destillaria:
As medias feitas tem sido de 456 hectolitros de mosto de melaço a 12º Baumé por 24 horas correspondente aproximado a
13.200 kilogramas de melaço.
O destillador A tem dado vencimento a esta quantidade de vinho a destillar, cujo rendimento medio é de 8,42 litros em alcool
puro a 100º a 15º por hectolitro o que dá um rendimento de 29 litros alcool % melaço aproximado.
A capacidade util das cubas de fermentação geral é de 2500 hectolitros, e duas cubas de fermento mãe de 474 hectolitros.
Nota: Cubas fechadas com tampas de madeira //
304 Anotação na cabeça da página: «Nota: Este trabalho foi feito por uma caldeira de vapor de 200 cavallos, consumindo 6 toneladas carvão em 24 horas.».
291
Consumo maximo e Torreão – 400.000 litros
Resta exportação “ 770.000
Total 1.170.000
770000 litros = 1232 cascos de 625 litros //
[98] Notas dadas ao Senhor Bardsley sobre o Destillador da fabrica de São Lazaro:
25 Janeiro 1916
1º O destillador pode produzir alcool a 40º Cartier <directamente do vinho> sendo bem conduzido na sua forma de trabalho.
2º A quantidade de vapor para a distillação directa do vinho de uva produzindo alcool a 40º Cartier é aproximadamente de
20 kilogramas de vapor por hectolitro de vinho destillado, e como este destillador pode fazer 10 hectolitros de vinho por hora
// [99]305 produzindo o alcool a 40º Cartier o gasto será por hora 200 kilogramas de vapor = 25 kilogramas de carvão por hora
= 600 kilogramas por 24 horas
3º – O alcool produzido não pode ser considerado neutro, visto ser de produção directa, mas deve ser um alcool de bom
gosto, se o vinho destillado não está estragado.
4º A quantidade d’agua necessaria a este apparelho deve-se aproximar de 2700 litros por hora, e a agua quente sahida serve
á alimentação da caldeira de vapor segue //
[100] 5º Este apparelho pode tirar o alcool na graduação desejada, isto é, a 77º centigrados ou menos. Pode tambem, tra-
306
balhando com uma sô columna, tirar aguardente fraca a 48º a 50º centigrados.
6º Uma caldeira de 50 cavallos-vapor nominais pode produzir 700 kilogramas de vapor por hora, e como necessitamos para
o destillador somente uns 200 kilogramas de vapor, ella é suficiente, dando ainda 307 // [101]308 vapor para bombas, etc. O vapor
exausto d’estas bombas pode ser aproveitado no destillador. É despensavel hir assim a caldeira de São Lazaro. Na montagem
do destillador, deve haver o maximo cuidade que as columnas fiquem bem a prumo, e para isso será melhor nivelalas com a
agua nos pratos porque assim temos a certeza de estar bem nivelada. //
[102] Trabalho a effectuar na Fabrica de assucar Torreão 1916 no caso de não vir o filtro-presse da Melasse Cuite 3º jet
Trabalho das Melasses Cuites
Duas series de malaxeurs de 2º e 3º jet.
1ª serie – 4 malaxeurs e um preparador para a Melasse Cuite 2º jet a passar aos dois filtros-presses existentes
2º serie [sic] – O malaxeurs [sic] e um preparador para a Melasse Cuite
2º jet a turbinar nas duas centrifugas que vão vir. (?) Aquecendo previamente a Melasse Cuite a 45º
Os égoûts das Freitags // [103]309 será: 1º égoûts riches a reentrar, 2º égoûts pauvres, parte a reentrar, e outra parte (a meior)
a coser em 2º jet para a 1ª serie, que passado aos filtros dará, tourteaux a refundir, e égoûts a coser em 3º jet para a 2ª serie de
malaxeurs: Esta Melasse Cuite será turbinada sendo os égoûts pauvres considerados melaço épuissée e os égoûts riches a reen-
trár
O assucar produzido em Farine.
Turbinagem sem vapor emquanto dá melaço segue //
[104] Os égoûts <riches> da turbinagem d’esta Melasse Cuite de 3º jet, são mesturados com os égoûts pauvres das Freitags
a coser em 2º jet para os filtros-presses.
Como pelas esperiencias de 1915 se vio que o tourteaux de Melasse Cuite de 3º jet dá em assucar “Farine” 50% minimo, e
que cada 100 kilogramas de canna (Livro de Notas de 1915 – Nº1) deve dár aproximado 1,025 kilogramas assucar “Farine”, e
trabalhando Torreão e Lemos310 um maximo de 550 toneladas canna em 24 horas, dará um total em assucar “Farine” por 24
horas 5640 kilogramas // [105]311 assucar, que sendo a turbinagem feita directamente da Melasse Cuite de 3º jet nas 2 novas
turbinas, dará para cada uma 2820 kilogramas assucar por 24 horas ou 118 kilogramas por hora para cada uma.
305 Na cabeça da página: «Nota: Um destillador continuo com columna de retificação, gasta por hectolitro de vinho a 5% alcool 18 a 19 kilogramas vapor,
ou 37 a 38 kilogramas vapor por hectolitro alcool produzido».
306 Na cabeça da página: «Nota: Caldeira de 50 cavallos vapor produz 700 kilogramas de vapor por hora. Uma de 70 cavallos = 1000 kilogramas vapor por
hora».
307 Apontamento no pé: «O cavallo-vapor = evaporação de 13,61 kilogramas por hora (30 libras)».
308 Na cabeça da página: «Nota: As caldeira [sic] de São Lazaro tem 70 cavallos-vapor de força (numinaes)».
309 Anotação na cabeça da página: «Nota: A quantidade d’égoûts de 1ª a reentrar, deve ser calculado conforme as pureza [sic] dos melaços a obter, ou da
Melasse Cuite das Freitags.».
310 Fabrica de destilação de álcool, chamada Companhia Nova, da firma José Júlio de Lemos, Sucessores.
311 Na parte superior da página: «Nota: Esta quantidade de assucar Farine é o maximo que se poderá obter.».
292
Se se fizer a turbinagem de uma carga em 15 minutos, dará 30 kilogramas assucar por carga.
Para fazer bem este trabalho deve a turbinagem ser continua, continuando as turbinas regularmente com a sua velocidade
regular, não dár vapor na turbina (a não ser muito pouco) senão depois da sahida do melaço, e separar bem os égoûts pauvres
<(melaços)> e riches. //
[106] Novo condensador da caldeira da borra 26 Janeiro 1916
Capacidade util da Caldeira de borras = 1100 litros (60 almudes)
Condensador tubular de 2,50 metros por 0,40 metros diametro, com 35 tubos de 2,34 metros x 0,035 metros de latão do
Kestner. Capacidade total de condensador 9 metros quadrados
Principiou a trabalhar em 1 de fevereiro 1916
293
[107] Fabrica de Destillação de Pedro da Cunha Pires
Capacidade util dos poços de fermentação da garapa 13590 litros
As cubas de fermento mãe para 30% devem ter (2) de 4000 litros
Tamanho da cuba:
Montar um esterelisador e um refrigerante (de São Lazaro), para a esterilisação da garapa antes da fermentação. Empregar
o fermento de Molhant do Torreão. Filtração da garapa fermentada antes destillação //
[108] Experiencia de alcalinisação do jus antes da evaporação pelo Baryte, segundo Dupont Para 1916
Dupont substitui <pelo> baryte a cal ou carbonato de soda, basiando-se em que os sulfitos de baryum são totalmente insolu-
veis, e como filtramos entre a 2ª e 3ª caixa do triple, os percipitados formados ficão no filtro <(?)>, e então o xarope sulfitado
percipita a cal e outra imporezas [sic] sem prejudicar os rendimento [sic] tanto do 1º jet como dos 2º e 3º jet.
Alcalinisar pelo baryte o jus filtrado (ou antes de se não prejudicar a filtração) ate uma reação ligeiramente alcalina (30 <a
60> gramas por hectolitro maximo.) //
[109] Solução de baryte maximo 5% a 40 a 50º temperatura
Fazer uma solução a 50 gramas por litro = 20 kilogramas em 400 litros
Cada litro pois d’esta solução contem 50 gramas de baryte
Nota: O baryte é de dificil solução a frio – Agua fervendo 80%
Nota: O Carbonato de soda (segundo Dupont) para a alcalinisação do jus antes da evaporação, não faz nenhuma apuração
porque todo o sulfito de soda produzido fica integralmente dissolvido no jus ou xarope. O coeficiente salino não diminui, e o
rendimento final é diminuido. Faz incrustar os apparelhos é é [sic] melacigenico.
segue //
[110] Gasto de Baryte
N’um trabalho no Torreão e Lemos312 por 24 horas de 550 toneladas canna a 85 litros % em jus, e empregando uma media
de 40 gramas de baryte por hectolitro será o gasto seguinte:
5500 x 85 = 4675 hectolitros de jus a 40 gramas = 187 kilogramas <10 tinas de 400 litros de solução de baryte> de baryte
por 24 horas.
Em 90 dias será 17 toneladas baryte
312 Fabrica de destilação de álcool, chamada Companhia Nova, da firma José Júlio de Lemos, Sucessores.
294
Por tonelada canna = 340 gramas baryte
Agua de solução junta ao jus é de 1% maximo
O baryte percipita os sulfatos formando o sulfato barytico que é insoluvel.
O baryte carbonatado não serve. //
[111] Extração dos salinos do melaço
Se por este processo, (o rendimento em assucar mesmo sendo o mesmo) percipitar os sulfatos e não incrusta os apparelhos
de evaporação, e se na filtração entre a 2ª e 3ª caixa todos os percipitados ficão no filtro (que passarão á filtração sobre o bagaço
da diffusão), deve evitar as incrustações no apparelho de evaporação do vinhão da destillaria, e assim poder-se-ha fazer a
extração dos salinos do melaço.
Verificar pela analyse se contem sulfatos. //
[115] Laboração de 1916 Vêr Livro de Nota de 1915 – Nº1 Trabalho de 1915
Forma de trabalho a adoptar:
1º Canna o mais fresca possivel, fazendo o maximo de trabalho, isto é, 470 toneladas em 24 horas.
2º Desinfeção dos engenhos, tamis da garapa e tubo até aos sulfitadores, tubo de sahida da garapa fria ao mexidor, mexidor
de garapa fria e bomba centrifuga até á entrada nos rechauffeurs, duas vezes em cada 24 horas (ás 6 horas manhã e 6 horas
tarde).
3º Diffusão do bagaço em uma sô bateria, isto é, trabalho da bateria de diffusão o mais rapido possivel; desinfeção contin-
ua da bateria, juntando a cada diffusor meichado // [116]314 um litro da solução seguinte:
313 Na cabeça da página: «Nota: Pessoal em 24 horas para este trabalho total – 10$500 reis aproximado = 77 reis % melaço. Maximo 100 reis».
314 Na cabeça da página: «Nota: Empregando o baryte ou aluminato de baryte no jus a evaporar, pode-se fazer a esperiencia de empregar 2 litros de solução
de soda e formol por diffusor.».
295
Para 400 litros de solução:
Carbonato de soda 40 kilogramas = 10%
Formol a 40% 10 litros = 2,5%
Cada litro contem pois:
Carbonato de soda – 100 gramas
Formol ———————- 25 centimetros cubicos
Isto é, cada tonelada canna leva assim
Carbonato de soda maximo 70 gramas ou por 285
Formol —————————— 14 centimetros cubicos }
litros de jus
Todos os 2 ou 3 dias <quando os petits eaux baixem a 55 de pureza> liquidação da bateria de diffusão, petits eaux <quan-
do a pureza seja menos de 55º> e lavagem a fundo do engenho do bagaço, tanques de petits eaux etc. Trabalhar a bateria sô
com petits eaux emquanto houver, e depois // [117]315 sô a agua pura, ou junta com as aguas condensadas do Triple se não man-
tiverem acidas.
Todos os dias ás 6 ou 8 horas manhã lavagem do engenho do bagaço, conducto etc, e desinfeção a cal com formol. Não
deixar nunca amontuar bagaço debaixo da cangarra. Conservar os petits eaux sempre ligeiramente alcalinos.
Evitar pois o mais possivel com estas desinfeções na garapa, jus e petits eaux a formação do pessimo Lenconostoc, que prej-
udica a filtração e inverte a saccarose. //
[118]316 4º Garapa e jus de diffusão mesturados vão á sulfitação até 0,8 gramas em SO2 por litro.
Alcalinisação pelo Leite de Cal a 20º Baumé nas proporções entre 20 a 30 litros por sulfitador. <Nota abaixo>
Phosphato bicalcique – 5 a 7 litros
Kieselguhr – 20 a 28 “
Deixar as garapa [sic] muito ligeiramente alcalina ao tournesol.
5º A garapa e jus diffusão mesturados, sulfitados, alcalinisados e phosphatados, é defecada nos rechauffeurs até á temper-
atura de 100º-105º, é passado aos filtros-presses com perção 317 excen-//[119]dente. 318 Tourteaux lavado, sendo possivel, com o
minimo d’agua.
6º O jus filtrado nos filtros-presses aquecidos nos rechauffeurs correspondentes até á temperatura de 95º – 100º e filtrado
nos Seitz ou mechanicos. (Vede Nota atraz acima).
7º O jus filtrado mechanicamente vai a dois tanques que trabalhão alternativamente, onde se junta o Baryte ou <aluminato
de baryta> (esperiencias) ou o carbonato de soda a ficar ligeiramente alcalino ao tournesol. É depois evaporado no Kestner e
triple, fazendo a filtração entre a 2º e 3º caixa <com panos novos e bons>.
Xarope da 3ª sulfitado. //
[120] Lemos319 (raperie)
Fará o mesmo trabalho que em 1915, isto é, sulfitação, alcalinisação, phosphatagem, defecação nos clarificadores,
decantação e filtração das borras. Jus enviado claro.
No Torreão, a garapa fervida e junta ao nosso jus para filtrar nos filtros mechanicos. Doses em Lemos por Chauleur de <1130
litros:>
Leite de cal a ficar ligeiramente alcalino
Phosphato bibasico – 1/2 litros.
Kieselguhr – 2, 1/4 a 2 litros.
Defecação nos clarificadores, e decantação nos mesmos.
Filtração das borras em filtros-presses, os claros juntos ao jus decantado. //
[121] Trabalho dos cuites.
1º Cuite virgem, sô com xarope para a produção de assucar BB. D’este cuite pés de cuite para as Freitags. A turbinagem é
315 Anotação na cabeça da página: «Nota: Deve-se lavar os panos dos filtros de tempos a tempos com agua acidulada pelo chlorydrico a 7 a 8%, depois a
agua e no fim com agua contendo carbonato de soda, para neutralisar a acidez.».
316 Na cabeça da página: «Nota: Não evaporar o jus acido, mas sim alcalino ou ligeiramente alcalino.».
317 Anotação no pé da página 118: «Nota: Deixar mexer com a cal durante 5 a 6 minutos antes de juntar os phosphatos». Na mesma página remete-se para
esta Nota, através de «Nota abaixo».
318 Na cabeça da página: «solução de Baryte – 5% maximo
“ carbonato de soda – 10% “
“ aluminato de Baryta 5 Baumé “ ».
319 Fabrica de destilação de álcool, chamada Companhia Nova, da firma José Júlio de Lemos, Sucessores.
296
feita não caindo a Melasse Cuite no grande malaxeur das turbinas, mas directamente a ellas.
2º O trabalho das Freitags para a produçao de assucar B2 e exportação, fazendo n’elles somente a reentrada dos égoûts rich-
es, xarope de tourteaux, égoûts da Cail virgem e um pouco de égoûts pauvres das mesmas Freitags. Os cuites caiem nos grandes
// [122]320 malaxeurs de 250 hectolitros (4), e é depois de um certo tempo a determinar pelo trabalho, bombada para o grande
malaxeur das turbinas, podendo ser junto os Melasses Cuites das duas Freitags que são edenticas.
3º Os égoûts dos Freitags (pauvres) que não são reentrados (devem reentrar o menos possivel <Nota>), são cosidos na
Caldeira Franceza sem adição d’agua e sem pé de cuite, a formar um grão muito fino, e depois correm // [123]321 <ao seu
malaxeur fermé e de lá> para a 1ª bateria de Malaxeurs de 2º jet (4) para serem passados aos filtros-presses de Melasse Cuite
4º Os égoûts da filtração d’esta Melasse Cuite é cosido novamente na Franceza com pé de cuite d’egouts riches ou xarope,
a formar um grão fino, são passados ao seu respectivo malaxeurs fermée e de lá á 2ª bateria de malaxeurs de 3º jet (7). Esta
Melasse Cuite é passada ao filtros presse de 3º jet (caso vinha a tempo) <depois de aquecida a 40-45º no malaxeur> ou turbina-
da directamente nas novas turbinas <com aquecimento previo a 45º> (2). Os egouts pauvres são considerados melaços. O égoûts
[sic] riches a reentrar. //
[124]322 No caso de trabalhar o filtro-presse de 3º jet, o tourteaux cai no malaxeur das turbinas de 3º jet, e é preparado em
forma de Melasse Cuite com os égoûts pauvres que saiem dos filtros-presses de 2º jet. Nota.
No caso de turbinagem directa da Melasse Cuite de 3º jet, fazer bem a separação dos égoûts pauvres (melaços ao tanque
para destillar) dos égoûts riches, que reentrarão nas Freitags. Egual Nota
Os égoûts que saêem das turbinas pela turbinagem do tourteaux, vão, os pauvres a coser em 3º jet, os riches a reentrar nas
Freitags. //
[125] Resumindo temos:
1º Cail = turbinado em BB separada: Egouts riches e pauvres a reentrar nas Freitags (mesturados).
2º Freitags – Turbinado em B2 e exportação: Égoûts riches a reentrar nas mesmas; égouts pauvres <uma pequena parte a
reentrar nas Freitags, resto> a coser em grão fino sêm pé de cuite <(2en jet)> aos malaxeurs de 1ª serie (4): Filtros-presses;
tourteaux a refundir com jus e reentrar nas Freitags: Égoûts dos filtros-presses, uma pequena parte a reentrar fin do Cuite <(?)>
(Nota: Os egoûts da turbinagem do 1er jet para clairce aos maximos 1º jet e 1ª serie, o restante a coser em grão fino com pé de
cuite de xarope de égoûts riches, aos malaxeurs de 2ª serie, a passar ao filtro-presse, ou turbinado directamente em assucar
Farine. //
297
do no jus não se dissolve senão imperfeitamente
Pode-se talvez empregar no estado de pô na 1ª caixa do apparelho de evaporação, onde elle terá provavelmente o tempo nec-
essario a se dissolver e onde elle impedirá e destruirá as incrustações, como se dá nas caldeiras de vapor. Filtração entre a 2ª e
3ª caixa
A dose a empregar é de 26 a 40 gramas <com 60 a 65% aluminato puro> por hectolitro de jus a evaporar (= 220 a 340 gra-
mas por tonelada canna)
Solução de 4,8 a 5 Baumé em agua (?) para 400 litros – Litro = 40 gramas aluminato maximos. Nota //
[129]325 O aluminato de baryta parece que nunca foi empregado em fabricas de assucar de canna, mas em fabricas de assu-
car de beterraba é empregado com vantagem (Vede tratado de fabricação de assucar de beterraba e de canna de M. Grobert –
1º Volume pag. 420). <Tomo XXI pg 59 Bulletin>
Vou porêm fazer esta esperiencia em canna, e como o jus passa durante uns minutos entre o Kestner e 1ª caixa do triple a
uma temperatura superior a 100º, dará a forma de trabalho requerida e tendo a vantagem de haver filtração entre a 2ª e 3ª caixa
para eleminar os percipitados formados. Assim a evaporação do vinhão será facil e viavel.
segue //
[130] Solução do aluminato de baryta Producto neutro
Para fazer a dissolução do aluminato de baryta, que é de dificil solução a frio, deve-se empregar um ponche desfundado
de <400 litros uteis> tendo no interior um tubo de vapor; deitar uma certa quantidade d’agua, dár o vapor até que a agua
ferva, e juntar pouco a pouco os <40 a 50 kilos de> aluminato <(frite)> mexendo sempre até completa solução <(3/4 hora é
suficiente)>.
Depois completar com agua fria até que a densidade seja de 4,8º a 5º Baumé a frio, e tapar o ponche, porque o ár atmosphe-
rio carbonata a solução. Devemos pois ter dois ponches – 1º em preparação – 2º empregando <tirando por torneira>. Esta
solução contem assim 40 a 42 gramas por litro de aluminato puro //
[133] Resultado final da Fermentação em cubas tapadas com tampas de madeira: 16/3/916 (não ermeticamente)
Em cuba aberta o rendimento foi de 28,17 litros alcool a 100º a 15º% melaço contendo 50% assucar total fermentavel, isto
é, 56,34 litros alcool % assucar fermentavel ou 87,75% do rendimento theorico segundo Pasteur (64,2 litros <puro> alcool %
assucar <saccarose>)
O melaço contem 2 a 3,3% de infermenticiveis
325 Na cabeça da página: «Nota: A solução de aluminato de baryta não deve ter uma densidade superior a 5º Baumé a frio. Tirar sem o percipitado».
326 Saillard, Émile, Technologie agricole : sucrerie, meunerie, boulangerie, féculerie, amidonnerie, glucoserie, par Émile Saillard avec la collaboration de
Jean Beziat. Introduction par le Dr P. Regnard, Paris: J.-B. Baillière et fils, 1904.
327 Na cabeça da página: «Nota: O formol empregado como antiseptico substituio com vantagens o acido fluorydrico [.] Dose minima 0,02 litros % litros
mosto. Maximo 0,04%».
298
Em cubas tapadas <sem recoperação do alcool levado por CO2> o rendimento foi de 29,56 litros alcool a 100º a 15º %
melaço contendo os mesmos 50% assucar total fermentavel, isto é, 59,12 litros alcool % assucar fermentavel ou 92,08 % do
rendimento theorico acima.
1,39% mais que em cuba aberta.
Qual será o rendimento em cubas ermeticamente fechadas e com recoperação do alcool levado 328 // [134]329 pelo CO2 + ár,
e não tendo o vinho contacto com o ár athmospherico?
Segundo esperiencias feitas por M. Lühder na destillaria de Brahnau <Bolletin Tomo XXX pag 894> com mosto de pommes
de terre em cubas de 35 hectolitros com refrigeração, cuja temperatura maxima de fermentação era entre 27º a 28º e o mosto a
18 Brix (10º Baumé) em cubas ermeticamente fechadas e rcoperação[sic] do alcool levado pelo CO2, o rendimento foi de 95 a
96% do theorico.
Dando em fermentação de melaço <(com mosto a 12º Baumé e cubas de 400 Hectolitros)> o mesmo resultado, o rendimen-
to seria de (<61,31% saccarose> a 95,5%) 30,655 litros % melaço, isto é, dá 2 1/2% mais que em cuba aberta.
(Em 1300 toneladas melaço = 32.500 litros a 250 reis = 8:125$00) //
[135]330 Segundo o resultado do inventario Nº 1-1916, a quantidade de melaço por hectolitro de mosto a 12º Baumé foi de
28,750 kilogramas, levando em fermentos mãe 33% da capacidade das cubas de fermentação geral <em 8º Baumé,> e sendo
67% de mosto a 14º Baumé.
Sendo assim, como o melaço contem em saccarose total 53,5%, e pelas analyses do vinho fermentado mostrou uma media
de 0,569 kilogramas de infermenticiveis (em saccarose) por hectolitro será 2 kilogramas de infermenticiveis % melaço, restará
% melaço fermentavel 51,5 kilogramas saccarose. Cada hectolitro mosto contem pois 14,8 kilogramas fermentavel: Por hec-
tolitro <(21,4% Materia Secca – 14,8 saccarose = 6,6% Materia Estrahida [?])>
Ao rendimento de 60% daria = 8,88 litros alcool a 100º a 15º
“ “ de 61% “ =9,03 “ “ “
“ “ de 62% “ =9,17 “ “ “
O rendimento real foi de 8,5 litros alcool a 100º a 15º = 58% de rendimento da saccarose fermentavel Nota: //
328 Apontamento no pé da página: «(60 litros % assucar = 93,46% do theorico)= 30 litros % melaço.».
329 Na cabeça da página: «Nota: Temperatura maxima de fermentação em cubas fechadas foi de 34º a 35º com a athmospherica a 20º.».
330 Na cabeça da página: «Nota: Ao rendimento theorico de 64,2% saccarose fermentavel o rendimento por hectolitro seria de 9,5 litros alcool a 100º o qual
praticamente é impossivel obter.». No fim da página remete-se para esta nota.
299
[137] Apparelho Descamps (Francez) ou Humphries & C.ª (Inglez) SO2
[138] Preparação do fermento, pelo fermento Molhant secco, (de março de 1915)
27 março 1916
Fermento pelo Formol a 0,1 – 0,2 – 0,3 centimetros cubicos por litro
1º fermento – Malte sacarificado – um litro
Juntar o fermento e fermentar á estufa procedendo como no processo Molhant.
2º fermento – 2 litros solução de melaço a 6º Baumé,
juntando-lhe: acido chlorydrico ——— 5 gramas
Devidir Sel nourriciere – 3 gramas
em 3 ballões Malto-peptona 5 gramas
Formol ———————- 0,2 centimetros cubicos = 2 centimetros cubicos da solução abaixo
Nota: Para facilidade do emprego do Formol, faz-se uma solução de 100 centimetros cubicos de formol a 40% em um litro
d’agua <=10%> = 0,1 centimetros cubicos de formol por centimetro cubico de solução.
Esterelisar, arrefecer a 30º e juntar o fermento 1º. Clocar na estufa a 29-30º.
3º fermento: – 20 litros de solução de melaço a 7º Baumé, juntando-lhes o seguinte: //
[139]331 acido chlorydrico ——————100 gramas
sel nourriciere ——————————- 60 gramas
Formol – – 2 centimetros cubicos <= 0,1 centimetros cubicos por litro> = 20 centimetros cubicos da solução de 10%
Juntar o fermento Nº 2 e clocar a uma temperatura de 30º aproximado devidido em 3 garrafões <de 10 litros>
4º fermento: – 40 litros de solução de melaço a 7º Baumé, juntando-lhe o seguinte:
300
acido chlorydrico ....................................200 gramas
sel nourriciere .........................................120 gramas
Formol 8 centimetros cubicos <= 0,2 centimetros cubicos por litro> = 80 centimetros cubicos de solução a 10%
Deitar na cuba aceptica (de 500 litros) e juntar o fermento Nº3. Deixar fermentar dando injeção d’ár.
Estando a fermentação bem activa, junta-se novas doses de mosto a // [140]332 7º Baumé contendo sempre 5 gramas d’aci-
do chlorydrico por litro, e Formol 0,2 centimetros cubicos por litro = 2 centimetros cubicos de solução de 10%, mas de 1/2 cuba
em diante juntar Formol a 0,3 centimetros cubicos por litro = 3 centimetros cubicos solução.
5º Fermento: – Estando a cuba de fermento (de 500 litros) cheia, faz-se mosto a 8º Baumé na quantidade de 1000 litros
levando:
Acido chlorydrico ...........................................5 kilogramas = 4 litros
Formol = 0,3 centimetros cubicos por litro ....300 centimetros cubicos que se deita n’uma das pequenas
cubas mãe (temperatura 30-32º) e onde se junta o fermento Nº 4. Deixa-se fermentar, e junta-se novamente quantidades até com-
pletar a // [141]333 cuba, passando-a depois a outra 1/2 por 1/2 e completando as duas
6º Fermento: – Estando as 1as cubas mãe bem activa [sic] faz-se pois mosto a 8º Baumé levando: Por 56 hectolitros
Acido chlorydrico .....................................30 litros
Formol ......................................................1,700 litros que se deita nas grandes cubas mãe e a seguir meia
cuba de cada uma das 1 cubas mãe, e a fermentação estando activa, junta-se pouco a pouco mosto nas mesmas condições até
as
complemento da cuba.
O formol e acido chlorydrico leva somente nos fermentos ás doses acima para cada mexidor de 56 hectolitros
Segue depois o processo Molhant. //
301
3 abril
Tirei fermento mãe para uma cuba grande, deitando-lhe mosto <de melaço> a 11º Baumé com o fim de fazer fermentação
a 10º Baumé geral. O Fermento n’este dia estava muito activo, mais do que com o fermento Molhant, mas a fermentação foi
muito lenta. //
[145] Resultados do fermento pelo Formol
Vejo que o resultado d’este trabalho não foi muito bom, isto é, o fermento não se desenvolvia bem: Qual a causa? Podem
ser duas; ou o formol ataca o fermento, e em parte devido á grande quantidade que tinha os égoûts da refinação, ou os égoûts
não teem materias nutritivas suficientes ao alimento do fermento, por ser égoûts muito puros, e se dár o mesmo caso que com
a fermentação do assucar puro, e vi isso bem porque juntando aos egoûts garapa ou jus, a fermentação fazia-se um pouco mel-
hor. Parece-me pois que a principal causa será essa, por isso que, sendo lenta, sempre se fazia. //
302
Sulfitado até á reação neutra para a produção d’assucar bruto para as refinarias de Lisboa. Dávao[sic] tambem um BB da
Cail branco para consumo. //
[151] Sulfitação alcalina final: ?
Nota: As inregularidades na alcalinisação da garapa fria, como mais atraz digo, vi que era devido ás torneiras do SO2 dos sul-
fitadores-alcalinisadores perderem um pouco, de forma que fazia baixar o titulo alcalimetrio, devido a seguir a forma <regular>
de marcha de despejar um quando outro estava cheio, e assim termos dois sempre cheios e alcalinisados e phosphatados, e durante
esse tempo o SO2 fazia ação ainda que pouco, percipitando a cal, mas juntando novamente uma muito pequena quantidade de
leite de cal (1 a 1/2 litro) antes uns 3 a 4 minutos de despejar dava o resultado desejado e não prejudicava a filtração. //
[152] Filtração da Melasse Cuite 2º jet – 1ª serie
A 1ª filtração d’esta Melasse Cuite feita a 13 abril 1916, deu aproximadamente o seguinte:
4 cuites na Franceza de 90 hectolitros cada um, deu justo para encher completamente os 4 malaxeurs da 1ª serie = 360 hec-
tolitros de Melasse Cuite
Os trop-pleins deixarão passar ao pequeno malaxeur preparador <47 a> 48 hectolitros de Melasse Cuite, que deu para dois
filtros-presses completamente cheios de tourteaux d’assucar. Os égoûts sahidos d’um dos filtros (o 1º) deu aproximadamente
15 hectolitros d’égoûts; assim cada filtro dará:
Tourteaux .........1500 kilogramas
Égoûts 1500 litros a 1400 gramas = ..........2100 kilogramas
Total ..........3800 kilogramas que devidido por 24 hectolitros
Melasse Cuite = 150 kilogramas por hectolitro Melasse Cuite ? //
[153]338 Phosphatagem do jus
Terminou o phosphogelose no dia 16 abril á nuite, dando pois principio ao emprego do phosphato nas doses seguintes:
1ª = Phosphato bibasico <1 litro = 715 gramas> —— 7 litros = 5 kilogramas
Kieselguhr <1 litro = 220 gramas> ———————- 20 “ = 4,400 kilogramas
Como passado 24 horas visse que o tourteaux não era tão duro como com o phosphogelose, empregei 25 litros de Kieselguhr
<5 /2 kilogramas>.
1
Com o emprego do phosphogelose, a dose contida em Kieselguhr no productos [sic] era 4,8 kilogramas, e como se juntava
mais 10 litros, dá um total de 7 kilogramas de Kieselguhr = 31,500 litros Kieselguhr para 38 hectolitros
As doses acima – Phosphato 7 litros + Kieselguhr 25 litros, a filtração é boa e o jus brilhante, mais o tourteaux são menos
duros do que com o phosphogelose Ver livro nota 1915 – Nº 1 fin
Nota: Empregando as doses acima ditas dá;
5 kilogramas = Phosphato bibasico 1,110 kilogramas por tonelada canna
5 1/2 kilogramas = Kieselguhr ———— 1,220 kilogramas “ “ “ //
[154] Trabalhos das Melasses Cuites
O trabalho dos cuites feitos como determinei deu bom resultado, dando um assucar turbinado das Freitags quasi branco, e
levando muito pouca agua nas turbinas. A Cail bom, mas fazendo pouca diferença das Freitags; era necessario dár-lhe mais agua
para diferenciar do das Freitags.
Os égoûts da turbinagem (pauvres) das Freitags é que servião como clairce para os malaxeurs de 1er jet e para a 1ª serie de
malaxeurs de 2º jet. Nas cuites quasi nenhumas reentrada se fazia d’egoûts do 1º jet. O resto tudo cosido em 2º jet sem pé de
cuite //
303
18-4-916
Principiei a empregar ás 6 horas manhã, 10 litros de aluminato de baryta (solução) por 50 hectolitros jus filtrado. Depois da
junção, o jus que era brilhante á sahida dos filtros, tornou-se turvo, o que prova que se fez um percipitado.
Esta dose representa 8 gramas de aluminato de baryta (frite) por hectolitro jus.
Os resultados forão muito melhores dando um xarope muito mais claro, mesmo sem sulfitação, e os filtros <da 2ª caixa>
com borras bastantes e 339 // [157] mais esbranquiçadas <e a filtração facil como d’antes,> o que prova uma percipitação meior
de sulfatos. No cuite cail, o pé de cuite feito com este xarope ficava mais claro do que com o Blanquite.
O Triple effet, mesmo com esta pequena quantidade de aluminato de baryta, hia-se desincrustando sensivelmente, em vista
da 2ª caixa têr um vacuo alto (devido á má condensação) e 12 horas depois, o vacuo descer bastante. Tivemos que fazer parar
a 4ª caixa, porque a 3ª dava suficiente á evaporação do xarope. N’um trabalho de 550 toneladas canna = 4750 hectolitros jus
24 horas será 38 a 40 kilogramas de aluminato de baryta. Em 90 dias = 3600 kilogramas //
304
[163] Alcalinisação pelo Carbonato de Soda 18-4-916 Esperiencias
Quiz fazer a esperiencia de juntar o carbonato de soda na garapa fria sulfitada, alcalinisada e phosphatada antes de cahir no
grande malaxeurs a frio, o que deu algum resultado emquanto se empregou o Phosphogelose, sahindo o tourteaux duro e fil-
tração bôa, mas quando principiei a empregar o phosphato bibasico, a filtração já não se fez tambem e o tourteaux era um pouco
mole e algumas vezes bastante mole. Suprimi pois o emprego do Carbonato e Soda nos chauleurs, e passei novamente a empre-
gal’o depois da filtração nos dois tanques. D’esde esse momento o tourteaux foi bom. //
[164] Destillaria. Trabalho de destillação feita com o vapor de prelevement do Kestner Fabrica assucar = Preevaporador
Kestner
Trabalhei durante 4 dias consecotivos na destillaria com o vapor de prelevement do Kestner da Sucrerie, trabalhando este
apparelho com o injector Kestner a torneira de vapor a 6 kilogramas toda haberta, dando o seguinte resultado:
Destillador A trabalhando sô com o vapor do Kestner, destillando 480 hectolitros de vinho em 24 horas produzindo aprox-
imado 3800 litros alcool a 6 kilogramas vapor por litro alcool produzido, será um total 228 hectolitros d’agua vaporisada no
Kestner por 24 horas. Retificador R trabalhando 70% // [165]343 com o vapor do Kestner e 30% com vapor directo. Produção
diaria em alcool 3000 litros a 4 kilogramas vapor por litro alcool produzido = 120 hectolitros d’agua vaporisada, 70% = 84 hec-
tolitros d’agua vaporisada no Kestner.
Total de vapor do Kestner á destillaria será, 31.200 kilogramas vapor ou agua.
Ora, este apparelho <Kestner> n’estas condições de trabalho debita 5000 kilogramas de vapor por hora, em 24 horas será
120.000 kilogramas vapor, empregando 67.200 kilogramas vapor a 6 kilogramas.
Passou pois ao ballão do exausto para as evaporações na sucrerie aproximado 88.800 kilogramas vapor por 24 horas
Deve-se pois ter feito uma economia de aproximado 3 1/2 toneladas carvão 24 horas. // Nota acima
343 Apontamento na cabeça da página: «Nota: Faço assim este calculo, porque o apparelho tem forsosamente de trabalhar durante a laboração». Remete-
se para esta Nota no fim da página: «Nota acima».
344 Fabrica de destilação de álcool, chamada Companhia Nova, da firma José Júlio de Lemos, Sucessores.
305
Xarope:
Baumé ———- 29,68º
Pureza ———- 87,63
Assucar em turbinado, calculo: % canna
(?) Turbinado ———————— 10,982 kilogramas %
No melaço (3,940 kilogramas melaço) (?) — 1,810%
Perda no bagaço ......................0,496%
“ nas borras ......................0,168%
“ Indeterminada ...............0,000 ?!
Vede rendimento Livro Nº 2 – 1916
Vê-se pois que o calculo do assucar no melaço é exagerado, não devendo ser mais de 1,590 kilogramas = 3,500 kilogramas
melaço.
Perdas indeterminadas será: 0,203 % //
[168] Consumo d’agua em uma fabrica de assucar de beterraba ou canna
O consumo d’agua total em uma fabrica que emprega a diffusão é aproximadamente 15.000 litros por tonelada de beterra-
ba ou canna, assim destribuida:
Na diffusão (sem reentrada Petits Eaux) – 5.000 litros
Na condensação (em triple-effet) – 10.000 “
Isto dá no total e por segundo 0,18 litros por tonelada beterraba ou canna, (não tendo a refrigeração da agua quente em torre
ou outro)
Em uma Fabrica bem montada (?) deveremos contar uma superfice de caldeiras de vapor, (com triple-effet e com muitos
motores) é necessario ter, em superfice de aquecimento, o dobro da superfice de aquecimento do Triple-effet //
[170] Força em Caldeiras de vapor para uma Fabrica de aguardente de canna. Extração de 90%
Empregando o bagaço directamente (sem seccagem) nas caldeiras de vapor são necessarios 2 1/2 a 3 cavallos-vapor em
caldeiras por tonelada canna, empregando o vapor exausto dos engenhos, no trabalho do destillador. (Será 980 kilogramas vapor
por tonelada canna)?
Ex: Em uma Fabrica de 10 toneladas canna em 24 horas é necessario uma caldeira de 30 cavallos-vapor, e como cada cav-
allo-vapor evapora 13,61 kilogramas por hora, em 24 horas será 9800 kilogramas vapor para a caldeira de 30 cavalos-vapor. 10
toneladas de canna dá 2900 kilogramas bagaço, com um valor de 3 1/2 kilogramas para 1 kilograma carvão,
dará em vapor x = 2900 = 830 kilogramas carvão, a 8 kilogramas
3,5
vapor por kilograma Carvão = 6640 kilogramas vapor – falta 400 kilogramas carvão //
[171] Força em caldeiras de vapor para uma Destillaria de melaço com retificação
Pelos calculos feitos sabe-se que cada hectolitro d’alcool retificado produzido gasta na media entre 1150 a 1200 kilogramas
vapor = 333 kilogramas melaço ou seja 360 kilogramas vapor % melaço, isto representa 1,2 a 1,3 cavallos-vapor % melaço tra-
balhado.
306
Ex: Uma Fabrica de 10 toneladas melaço em 24 horas
Caldeira de vapor será de 130 cavallos
Uma de 15 toneladas melaço será – 200 cavallos
Uma de 20 “ “ “ – 260 “
Uma de 13 “ “ “ – 170 “
Nota: A Fabrica de William Hinton & Sons pode fazer 13 toneladas melaço em 24 horas, e trabalha perfeitamente com uma
caldeira de 200 cavallos-vapor, dando ainda excesso de vapor. //
[172] Força em caldeiras de vapor para uma Fabrica de assucar (canna ou beterraba)
Extração 95%
Como se sabe que praticamente um cavallo-vapor representa a evaporação de 13,61 kilograms por hora (30 libras), e como
cada tonelada de canna ou beterraba <com extração 95 a 96%> gasta no maximo 1000 kilogramas vapor, isto representa 3 ca-
vallos-vapor em caldeiras por tonelada canna ou beterraba (caldeiras em bom estado).
Como porêm devemos contar que as caldeiras se sujão pelas faulhas do carvão ou bagaços, devemos augmentar 3% em força
de cavallos.
A incrustação de 1 1/2 milimetros = perda combustivel 13%
“ de 5 milimetros = “ “ 32%
“ de 10 milimetros = “ “ 50%
Devemos ter uma caldeira desponivel para limpeza ou reparação d’alguma. //
[173] Gasto total de vapor na Fabrica do Torreão nos annos 1913-1915 550 toneladas canna 24 horas
Como pelos dados se gasta por tonelada de canna 55 kilogramas
carvão na fabricação do assucar e alcool será = 440 kilogramas vapor
Na destillaria trabalhando o maximo são 5400
kilogramas, que devidido por 550 toneladas canna dá
aproximado 10 kilogramas carvão tonelada canna = 80 kilogramas vapor
Na sucrerie 45 kilogramas tonelada canna = 360 kilogramas vapor
Tonelada canna dá 290 kilogramas bagaço <com 54%
Humidade> com um valor de 4 kilogramas bagaço =
1 kilograma carvão será 72 kilogramas carvão = 576 kilogramas vapor
Total 117 kiogramas carvão (e bagaço) 936 kilogramas vapor
Em sucrerie de beterraba consome 1000 kilogramas vapor por tonelada betterraba
Segundo os dados adiante dádos o vapor directo consumido <em uma sucrerie de canne> utilisando o vapor exausto <sem
diffusão do bagaço e assucar bruto> é de 506 kilogramas vapor por tonelada canna <= 64 kilogramas carvão>, vê-se que se
gasta a mais 430 kilogramas vapor = 53,700 kilogramas carvão por tonelada canna, o que não é possivel. //
[174] Calculos do custo do vapor por kilograma, contando que 1 kilograma carvão dá nas caldeiras Babck 8 kilogramas
vapor, e aos preços abaixo do carvão:
Carvão a 7000 reis tonelada = kilograma vapor 0,875 reis
1 cavallo-vapor = evapo-
“ a 15.000 “ = “ 1,875
“ a 20$000 “ = “ 2,5
“ a 25$000 “ = “ 3,125
“ a 27$000 “ = “ 3,375
“ a 30$000 “ = “ 3,75
“ a 32$000 “ = “ 4
“ a 35$000 “ = “ 4,375
Calculando que na fabricação do assucar de canna <e destillaria> se gasta um maximo de 60 kilogramas carvão por tonela-
da canna, teremos que multiplicar 480 kilogramas vapor por tonelada canna, pelo preço do vapor acima:
307
Ex: Vapor a 0,900 = 432 reis por tonelada canna 1913
“ a 3,750 = 1.800 “ “ “ “ 1916 //
[175] Calculo de rendimento aproximado da canna fazendo a separação, Garapa normal para assucar, jus de diffusão para
alcool retificado
% canna:
62 litros garapa normal contendo 17% assucar cristalisavel a 86% em turbinado = 9,064 kilogramas assucar turbinado.
Melaço 2,150 kilogramas % canna = 0,64 litros alcool a 96º
22,5 litros jus diffusão contendo 10% assucar cristalisavel a 60% rendimento em alcool = 1,35 litros alcool retificado a 96º
Calculos em Reis %
Custo da canna maximo – 1600 reis
Fabrico 300 “
1$900
Nota: O alcool vendido a 300 reis litro dá o mesmo lucro que reduzir o jus a assucar
9,064 kilogramas assucar a 250 reis kilogramas = 2266 reis
1,99 litros alcool a 250 reis litro = 497 2$763
Lucro % = 863 reis
Sô podemos fazer 1/4 do jus de diffusão //
[177] Gasto combostivel n’um destillaria [sic], com retificação do alcool e repassagem d’etheres e escencias. Torreão.
1916
Trabalho maximo – 456 hectolitros de vinho com 8,75% alcool = 3990 litros alcool puro (100º a 15º) combustivel total gasto
em 24 horas, com fermentações, bombas, destillação, retificação e repassagens, é do <maximo> 6 toneladas de carvão em uma
caldeira de 200 cavallos-vapor = 150 kilogramas carvão por hectolitro alcool retificado. Vapor total produzido = 48000 kilo-
gramas <(1 kilograma carvão = 8 kilogramas carvão)> será 105 kilogramas vapor por hectolitro de vinho destillado no trabal-
ho total da destillaria = 45 kilos carvão % kilogramas melaço //
308
maximos
Carvão 100 kilogramas por tonelada = 5000 toneladas a
8$000 reis será um total de = 40:000$000
Pessoal 100 diarios a 700 reis 7:000$000
“ technicos 5:000$000
“ Escriptorios 1:000$000
Productos chimicos etc 20:000$000
73:000$000
Juros, amortisações, etc ———- 77:000$000 //
[179] França:
Cultura da beterraba em 1903 Estudo de Maurus Deutsch 18-2-903 Por Hectare de beterrabas:
Impostos do Governo 25 francos a 200..............................................5$000
Aluguer da terra – 100 francos a 200 reis ........................................20$000
Estrumes (500 francos onde 200 francos para as outras
culturas <intermediarias>) 300 francos a 200 reis 60$000
Adubos chimicos 100 francos a 200 reis..........................................20$000
Cemente beterraba 20 francos a 200 reis ...........................................4$000
Lavrar profundo, trabalhos da primavera antes
da cementeira = 100 francos a 200 reis............................................20$000
Tratamento da cultura e apanha betterraba
120 francos a 200 reis .................................................................... 24$000
Total – 765 francos a 200 reis ...............153$000
Rendimento de 30.000 kilogramas beterraba por
Hectar, sai a 25,50 francos = .............................................................5$100 reis por tonelada beterraba
Transporte á fabrica 2 francos 200 reis = ......................................... 400
Total.............................................................5$500 por tonelada //
[180] Calculos para a cultura da beterraba
Segundo dados de 1903 em França, com augento[sic] de 15% em Portugal, calculando em Portugal um rendimento por hec-
tar de 30.000 kilogramas beterraba a 14% açucar. 1º Por tonelada beterraba:
Cultura 24,85 francos + 15% <francos 200> = Reis = 5$720
Transporte 2,09 + 15% = “ 480
Custo da tonelada beterraba 6$200
A deduzir 500 kilogramas de polpa a 6 francos
a tonelada = 1200 reis – 500 kilogramas 600
Resta agricultura 5.600 reis por tonelada beterraba na Fabrica.
2º Pagando a beterraba a 6000 reis a tonelada deixa lucro 400 reis por tonelada.
Em um hectar com 30 toneladas beterraba
será um lucro de 12$000 reis por Hectare
com o aluguer teremos 20$000 “ “
Total 32$000 “ “ //
[181] Vê-se pois que o preço de 6000 reis por tonelada beterraba é o minimo que se pode pagar, e que se as despezas tem
345
um augmento <superior> a 15%, deve a beterraba ser paga a 7$000 reis por tonelada.
Assim o lucro por Hectare <com 20% mais despezas> será de 42$000 reis. (betteraba a 7$000 reis) [.] Calculando os impos-
tos em <mais> 10$000 por hectare – resta 37$000 reis
Em 100 hectares cultivados por um agricultor dará 3:700$000 reis
Calculando o hectare um valor de <mais> 25$000 reis, em 100 hectolitros = 2:500$000 reis
Ficar-lhe-ha um lucro livre de 1:200$000 reis em 100 hectares = 12$000 reis por hectare. //
345 Anotação na cabeça da página: «Nota: Com a beterraba a 7000 reis por tonelada na Fabrica <e imposto de 60 reis por kilograma assucar> fica o açucar
a 182 reis por kilo
É para vender ensacado a 200 reis por kilo».
309
[182] Calculo de rendimento em uma fabrica de açucar de beterraba contendo na beterraba decoletada 14% acucar[sic]
com uma pureza de 90
Rendimentos minimos
Açucar entrado na fabrica ou açucar extrahido pela diffusão– 13,66%
Perda nas cossettes .....................................0,34
}
“ Petits Eaux ......................................0,09
0,33
Total ..................13,99
Perda desconhecida na diffusão ................................... 0,01
14,00%
Açucar entrado em fabricação 13,66
“ 1er jet ————- 8,93
mento
Rendi
turbinado é
entrado em
kilogramas
fabricação.
acucar[sic]
gramas %
um rendi-
84,4 kilo-
mento de
A 11,53
açucar
Perdas nas borras 0,10
de
“ diversas 0,40
13,66 //
[183] Resumo das perdas
Perdas na diffusão .............................0,34
“ nas espumas ..........................0,10
“ desconhecidas, fabrica ..............0,40
Total das perdas ........0,84
Temos assim por tonelada beterraba:
Açucar branco turbinado ..........................115 kilogramas
Melaço a 50% açucar ..........................32,600 kilogramas
Valor minimo em Reis por tonelada
Lucro por tonelada beterraba.................4$000 reis
Fabrico maximo tonelada ......................3$000 “
Imposto de fabrico (?) 60
reis kilograma açucar.............................6$900 “
Custo da beterraba, fabrica (?) ..............6$000 “
Total custo ...........................................19$900 seja 20$000
Custo do açucar 175 reis por kilograma
Valor do melaço a 20 reis kilograma = 620 reis por tonelada beterraba.
Cossetes entregue ao agricultor <50 a 55%> //
[184] Gasto de vapor nas fabricas de assucar de canna, trabalhando com triple perção <com imbibição> e um triple effet
com preevaporador Kestner.
Uma fabrica trabalhando n’estas condições, está relativamente boa: 1000 kilogramas de canna contendo 14% assucar pode
dár com uma imbibição de 15% os productos seguintes: Canna normal:
agua 50
Bagaço produzido 248 kilogramas contendo
{
assucar 5,60
Linhoso e diversos 44,35
Extração 90% do assucar
Perda em assucar na extração %
de canna —— maximo ———- 1,400 kilogramas
Jus dos moinhos 14% assucar —— 840 litros
Espumas (?) —- 10% assucar ——— 84 “
Xarope a 30º Baumé = 228,4 litros, evaporação de 611,61 litros agua com canna de 13 1/2% dará 220,2 litros de xarope. //
310
[185] Assucar branco e melaço:
Melasse Cuite 1er jet = 115 litros, evaporação de 108 litros agua
“ 2en jet = 28,6 “ “ 27 “
As Melasses Cuites de 2º jet dão melaço depois da malaxagem simples.
Melasse Cuite total % canna 14,36 litros ao rendimento
de 70% (?) em turbinado <branco> = .........10,052 kilogramas assucar?
Perda bagaço.........................................1,400 “
Borras ...................................................0,200 “
Indeterminadas......................................0,200 “
Resta melaço assucar total................... 2,148 “
Assucar na canna ................................14,000 “
Os 2,148 kilogramas assucar total no melaço a 50% = 4,300 kilogramas melaço
Pela diffusão do bagaço a perda n’elle é de 0,700 (com reentrada dos Petits Eaux), teremos pois mais 700 gramas assucar
que ao rendimento de 80% em turbinado dará mais 560 gramas % canna. segue //
[186]346 Dará pois em turbinado 10,612 kilogramas assucar, e em Melasse Cuite total 15,16 litros % canna.
Em melaço dará pois 4,580 kilogramas = 2, 290 kilogramas assucar
Gasto de vapor.
O pezo de vapor directo a 6 kilogramas de perção necessario para o trabalho d’estes 1000 kilogramas canna não pode ser
inferior a 505,50 kilogramas decompondo-se como segue:
Kilogramas
Moinhos e machinas diversas ........................259
Defecação (aquecimento de 25º a 100º) ........123
Espumas .............................................................1,50
Evaporação .....................................................171
Cuite 1er jet .....................................................132
“ 2º jet .......................................................33
Turbinagem .................................................... 5
Total ............724,50 //
[187] Transporte .............................................724,50
Vapor exausto utilisado ..................................219
Vapor directo consumido ...............................505,50
1 kilograma de bagaço a 50% d’agua, vaporisa 1,6 kilogramas a 2 kilogramas agua. Com uma vaporisação de uma media
de 1,8 kilogramas obtem-se por 1000 kilogramas canna ou 248 kilogramas bagaço = a carvão 55,8 kilogramas com Vaporisação
de 8 kilogramas agua por kilograma carvão
1,8 x 248 = 446,4 kilogramas de vapor
Achamo-nos assim em presensa de um deficite de vapor de 505,5 – 446,4 = 59,1 kilogramas ao qual é necessario remediar
pôr um suplemento de combustivel aproximado 8,5 kilogramas de carvão, por tonelada canna = Total 64,3 kilogramas <carvão
e bagaço>
Com a diffusão do bagaço temos um deficite de 132,8 kilogramas vapor por 1000 kilogramas canna que é necessario sub-
stituir por 18 kilogramas carvão. Bagaço com 55% agua = carvão 20 kilogramas por tonelada canna //
[188] Calculo para a produção d’alcool de cereal (Milho)
Cada 100 kilogramas de milho amarello de boa qualidade rende na media 30 litros alcool bruto a 100º, ou seja 30 litros a
95,3 retificado, feita a sacarificação pelo acido chlorydrico. Temos pois para uma laboração por dia de 10.000 kilogramas de
milho: Custo do milho 400 reis por 10 kilogramas
10.000 kilogramas custo Funchal 400$000 reis
1.000 kilogramas acido chlorydrico a 60 reis 60$000 reis
Fabrico de 35 reis litro alcool 105$000
Total do custo 565$000
346 Anotação inscrita na cabeça da página: «Nota: Se com 14% assucar na canna dá 10,612 kilogramas, com 13 1/2% assucar dará = 10,232 kilogramas %
em turbinado, isto é, quasi egual ao rendimento de 1915.».
311
Vendas:
3000 litros alcool a 250 reis litro 750$000 reis
Lucro por 24 horas 185$000 reis
Em 6 mezes será 33:300$000 reis
Alcool em 6 mezes = 540.000 litros //
[189] Resultado industrial para Torreão em tempo normal
Instalação de 1916
Trabalho maximo 45.000 toneladas canna
45000 toneladas canna a 16$000 reis tonelada = 720:000$000
Fabrico de 300 reis % canna assucar = 135:000$000
“ do alcool <do melaço> a 35 reis litro = 12:350$000
Total materias primas e fabrico 867:350$000
Venda dos productos:
4815 toneladas assucar a 200 reis kilo 963:000$000
352.000 litros alcool a 250 reis 88:000$000
Liquidado 1.051:000$000
Custo materias primas e fabrico 867:350$000
Lucro liquido 183:650$000
Ou seja 408 reis % kilogramas canna
Nota: O alcool a 250 reis litro, fica o melaço a 60 reis kilograma
Notas: O calculo em turbinado é feito a 85% do assucar entrado <10,700 kilogramas % canna>. O melaço a 2,700 kilogra-
mas % canna. Vede Livro Nº 1 – 1915, – Fim do Livro//
[190] Resultado industrial como em 1915 em tempo normal
80 toneladas canna 24 horas Comp.ª Nova
Garapa e jus imbibição para assucar
melaço para alcool.
80 toneladas canna a 16$000 reis tonelada = 1:280$000
Fabrico de 100 reis por % kilogramas = 80$000
“ Torreão do a 250 reis % = 200$000
“ do alcool a 35 reis litro = 34$000
Custo total materias primas e fabrico 1:594$300
Vendas dos productos
8000 kilogramas assucar a 200 reis por kilo = 1:600$000
980 litros alcool <melaço> a 250 reis litro = 245$000
Liquidado 1:845$000
Custo materias primas e fabrico 1:594$000
Lucro liquido 250$000
Em 80 dias = 6400 toneladas canna
Em 80 dias será = 20:000$000
Por % canna = 312 reis lucro. //
[191] Qual será o resultado industrial em Reis Comp.ª Nova Em tempo normal por 24 horas.
Segundo os calculos adiante? Garapa para assucar, jus imbibição para alcool.
120 toneladas ao maximo 16$000 reis tonelada = 1:920$000
Fabrico de 30 reis por 30 kilogramas canna
<100 reis % kilogramas> = 120$000
Fabrico no Torreão do assucar a 200 reis % = 240$000
“ do alcool a 35 reis por litro = 91$000
Custo total materia prima e fabrico 2:371$000
Venda dos productos:
312
10.353 kilogramas assucar a 200 reis por kilo = 2:070$600
2590 litros alcool <jus e melaço> a 250 reis = 647$500
Liquidado 2:718$100
Custos materiais etc 2:371$000
Lucro liquido 347$000
Em 80 dias = 9600 toneladas canna + 3200 toneladas do que fazendo 80 toneladas
Em 80 dias será = 27:760$000
Por % canna = 289 reis lucro.
Lucro a mais por esta – 7:760$000 por anno de trabalho. //
[192] Qual será o rendimento de Lemos347 trabalhando o seu maximo de 120 toneladas canna, como adiante digo?
Calculo por 24 horas
120 toneladas canna com 13,5% assucar dará um total de 16.200 kilogramas assucar
Enviando sô a garapa defecada, e que a extração seja de 58 litros defecada clara, com um minimo de 17,5% assucar <=
10,150%> são total 12.180 kilogramas assucar, que ao rendimento em turbinado de 85% do
assucar enviado ao Torrão = .....10.353 kilogramas assucar
Perda no bagaço e borras – .........1.200 kilogramas “ 0,82% 0,18%
“ indeterminada ......................240 kilogramas “ 0,20%
Jus imbibição para alcool –.........3.207 kilogramas “ 2,66%
No melaço 2 kilogramas %
a 50% assucar – ....................... 1.200 kilogramas “ 1,00%
assucar total canna ....................16.200 kilogramas
O rendimento em turbinado de 10.353 kilogramas assucar dá 8,627% canna. Fica de lucro para Lemos por litro alcool 100
reis
Nota: 1920 litros alcool do jus por dia = 7000 kilogramas melaço; em 80 dias será um correspondente a 560 toneladas
melaço //
[193] Qual será o rendimento em alcool?
Do jus de imbibição 3270 kilogramas assucar
a 60% de rendimento em alcool = 1.920 litros
Do melaço 2400 kilogramas melaço a 28 litros alcool % = 670 “
Total 2.590 litros
Productos serão pois:
Assucar turbinado – 10.353 kilogramas
Alcool a 95,5º – 2.590 litros
Em 80 dias alcool será = 207.000 litros, correspondente a 730 toneladas de melaço. Lucro Lemos348 100 reis litro =
20:700$000 reis
Como Nóbrega diz que o seu apparelho pode fazer no maximo 2700 litros alcool, vê-se que não é possivel enviar as liq-
uidações dos Petits Eaux que representa mais em alcool (com o melaço a juntar) 756 litros. //
[194] Caso proposto por mim em 16-11-915, para Lemos trabalhar o seu maximo de 120 toneladas canna em 24 horas,
enviando a garapa normal defecada para assucar e o jus de imbibição para alcool feito na Comp.ª Nova com Petits Eaux liqui-
dos
120 toneladas canna dará (?) 48 litros de garapa defecada % canna = 696 hectolitros para assucar [.] O jus de imbibição com
um maximo de 30 litros % canna a 5º Baumé (?) em 120 toneladas será 360 hectolitros em 24 horas
Para elevar a densidade a 8º Baumé, contando que cada grau são necessarios 2,400 kilogramas melaço por hectolitro = 2520
kilogramas melaço ou seja 18 hectolitros de melaço.
Como Lemos tem uma capacidade de destillação de 500 hectolitros de vinho em 24 horas <no maximo com fermentação a
8º Baumé> e como assim somente temos 378 hectolitros, falta para // [195]349 a capacidade de trabalho maximo 122 hectolitros,
347 Fabrica de destilação de álcool, chamada Companhia Nova, da firma José Júlio de Lemos, Sucessores.
348 Fabrica de destilação de álcool, chamada Companhia Nova, da firma José Júlio de Lemos, Sucessores
349 Anotação na cabeça da página: «Nota: O regimen de marcha do apparelho da Comp.ª Nova é com vinho a 5% alcool (8º Baumé) destillando 2400 litros
alcool total 24 horas = 480 hectolitros vinho. Forçando a destillação dá 520 hectolitros vinho em 24 horas».
313
que pode ser substituidos pelos Petits Eaux do Torreão que contem na media 1,7% assucar e cujas liquidações de Petits Eaux
regula 200 hectolitros em 24 horas: Poderemos assim aproveitar 40% dos Petits Eaux de liquidação
Estes petits eaux devem ter uma densidade de 2º Baumé e para elevar a 8º Baumé são necessarios 6º = 14,400 kilogramas
melaço por hectolitro, que em 122 hectolitros será 1756 kilogramas de melaço = 13 hectolitros
Teremos assim: Jus imbibição – 360 hectolitros
2520 kilogramas Melaço para elle – 18 “
Petits Eaux Torreão – 122 “
1756 kilogramas Melaço para elle – 13 “
4276 Total 513 hectolitros //
350 Fabrica de destilação de álcool, denominada Companhia Nova, da firma José Júlio de Lemos, Sucessores.
314
Livro de Notas 1917
Assucar, alcool e diversos Nº 1
Composição dos phosphatos e do aluminato baryta
DESCRIÇÃO: Livro, papel, 17,3 cm x 11,1 cm, numerado a lápis por nós e em bom estado de conservação.
315
316
[forro da capa início] Fevereiro de 1917
Notas tiradas do Bulletin de l’Association des Chimistes Nº 10 a 12 – 1915 – 1916 – Pag. 227.
Etudes sur la sucrerie de Cannes Por. Charles Fribourg. Vêr o Bulletin notas completas.
Algumas conclusões sobre o emprego combinado do phosphato bicalcique e do Kieselgouhr:
O phosphato bicalcique deve ser insoluvel na agua, mas suluvel no citrato. A sua composição deve ser aproximada a
seguinte: //
317
fazer a comparação ao ponto de vista da sua fineza e ligeireza, com um typo que tenha dado resultado.
Ensaios com o phosphato bicalcique:
Diremos primeiro que, segundo as formulas chimicas, 1 grama de // [5] phosphato bicalcique exige 0,160 gramas de cal
(CaO) para formar o tricalcique. Não se deve pois empregar o phosphato n’um meio acido, porque teremos uma dissolução par-
cial.
Sulfiphosphatação:
Depois de varias esperiencias, en petite, chegamos ás conclusões seguintes:
1º A sulfidefecação em movimento, com o emprego do Kieselgouhr, á dose maxima de 2,500 kilogramas por 1000 litros de
jus (2 kilogramas para os jus de media pureza), permite a filtração directa nos filtros presses (2,500 kilogramas = 12,5 litros)
Kieselgouhr a 200 gramas por litro
A 220 gramas por litro, será = 11,36 litros //
[6]351 No Torreão empregamos 1,600 kilogramas de Kieselghr[sic] por 1000 litros.
2º Os phosphatos empregados na defecação dos jus sulfitados dão um pouco de apuração, e melhorão a filtração. A subida
de pureza varia de 0,5 a 1,5 conforme a natureza do jus, e as proporções de phosphato empregado.
3º O emprego unico de phosphatos sem Kieselguhr, não permitem a filtração directa nos filtros-presses.
4º Os phosphatos soluveis (na agua) para premitir as filtrações // [7] nos filtros-presses, reclamão doses importantes de
Kieselguhr, e assim, o processo falta-lhe interesse.
5º O phosphato bicalcique, agindo da mesma maneira dos phosphatos soluveis, não impedem a filtração directa obtida pelo
emprego do Kieselguhr.
6º Diremos que se empregará 2 kilogramas a 2,500 kilogramas Kieselguhr por 1000 litros de jus, e 1 ou 2 kilogramas de
phosphato bicalcique (Torreão emprega 1,420 kilogramas por 1000 litros jus de phosphato), e aconselhamos uma mestura con-
tendo:
2 partes de Kieselguhr
1 parte de phosphato bicalcique, 352 // [8] da qual mestura se empregará 3 a 4 kilogramas por 1000 litros de jus. Com 3 kilo-
gramas obtem-se a filtração directa em filtros-presses do jus de pureza media (84 a 85º). Para as baixas pureza, chegar-se-ha a
empregar 4 e mesmo 5 kilogramas.
A superfice filtrante necessaria será ao maximo (não contando um ou dois filtros a mais para as limpezas) de 50 metros por
100 toneladas canna e por 24 horas e au[sic] minimo de 25 metros quadrados para muito boas purezas, (extrações de 90 a 92%).
Vou calcular (Ferraz) qual a // [9]dose recomendada por Fribourg e a que empregamos no Torreão:
Phosphato e Kieselguhr importados:
1 kilograma de Kieselguhr = 4,545 litros ou 1 litros = 220 gramas
1 kilograma de phosphato = 1,408 ou 1 litro = 710 gramas
Fribourg diz: Com Kieselguhr a 200 gramas litros deve ser 29 litros
32 litros Kieselguhr por 35 Hectolitros – Torreão 25 litros
7,3 “ Phosphato “ “ – “ 7 litros
Torreão tem 109 metros quadrados de superfice filtrante em filtros-presse (por 24 horas) por 100 toneladas canna <Extração
97% diffusão bagaço>, não contando 2 filtros a mais para as limpezas, etc.
Fribourg diz que de cada 1000 litros de jus tira 31 kilogramas de tourteaux dos filtros-presses (com 60% humidade), // [10]
com extração de 92% (imbibição), Torreão (com diffusão bagaço), extração 96,5 a 97º %, tira 2,100 kilogramas % canna =
24,700 kilogramas por 1000 litros jus, = 9,200 kilogramas tourteaux secco.
Fribourg empregou nos seus ensaios 12 litros de leite de cal a 10º Baumé = 6 litros a 20º Baumé, por 1000 litros de jus, será
aproximados 1,200 gramas CaO por litro jus;
Torreão emprega (25 litros a 20º Baumé por 35 Hectolitros) 7,1 litros a 20º Baumé por 1000 litros jus = 14,2 litros a 10º
Baumé.
Isto é, empregamos mais 1,10 litros de leite de cal a 20º Baumé, do que Fribourg.//
[11] Fribourg recomenda a lavagem do tourteaux, mas com um maximo de 80 litros por cada 100 kilogramas de tourteaux,
o que para o Torreão (720 kilogramas tourteaux por filtro) 580 litros de lavagem.
351 Nota na cabeça da página: «Nota: Pelas esperiencias praticas no Torreão d’esde o momento que não se sulfite a 0,8 gramas a 1 grama por litro, a fil-
tração é dificil e quasi impossivel».
352 Apontamento no pé: «(uma especie da phosphogelose)».
318
Para os nossos filtros é a bica cheia uma vez?
Fribourg recomenda conservar a alcalinidade <ligeira> no jus até o xarope e productos subsequentes a uma dose de entre
neutro e 0,5 alcalinidade por litro jus, mas que não deve ser inferior (para os jus de dificil filtração) a 0,05 gramas por litro. A
cal a juntar durante a defecação a frio, deve-se calcular pela pratica do trabalho. [Ass:] João Higino Ferraz //
“ phosphorico ...................13,25
Cal .............................................18,06 46,00
Oxido de ferro .............................0,76
Não dosados ................................2,43
100,00
Acido total —————- 1,34%
Acido phosphato (solublisado[?] citrato) 7,98%
Tourteaux 27 kilogramas com 55-60% humidade por 1000 litros jus = 11 a 12 kilogramas tourteaux secco.
Será 2,200 kilogramas a 2,300 kilogramas tourteaux a 60% humidade % canna //
[13] Composição aproximada do aluminato de baryta
Aluminato de baryta ..................................60
Alumino .....................................................10
Peroxydo de ferro ......................................22
Silice ............................................................2
Sulfato de baryte não decomposto ........... 6
100
Ao contacto do non-sucre dos jus assucarados e a partir da temperatura de 70-75º Centigrados o aluminato de baryta decom-
põe-se. O baryte forma com certos acidos insoluveis; o alumino combina-se á cal, á magnesia, ao cilice, ao oxido de ferro dando
percipitados avulta-//[14]dos 353 que teem um grande poder clarificante e facilita a filtração ulterior.
A solução de aluminato de baryta que se junta ao jus prepara-se aquecendo por barbotagem a vapor o producto bruto (Frite)
com a agua. O liquido decantado deve conter 4% de aluminato puro; marca 4,8º Baumé, e deve-se conservar ao abrigo do ár.
Ora empregando no jus á razão de 25 litros de solução para 5000 litros de jus, será em 1000 litros 5 litros de solução. Como
estes 5 litros de solu-//[15]ção contem (a 85 gramas por litro) 425 gramas de aluminato de baryta em frite, cujas materias solu-
veis serão aproximdas[sic] 76% (aluminato 60% – alumino 10% – sulfato de baryta 6%), os 1000 ficarão assim com 323 gra-
mas de saes insoluveis que restarão nas borras dos filtros mechanicos, e como estas borras vão á diffusão do bagaço, esses saes
tornão pelo jus de diffusão a reentrar no trabalho (os percipitados ficarão no bagaço), mas como são insoluveis ficarão elemi-
nados nas borras (tourteaux) dos filtros-presses.
N’estas condições do emprego // [16] do aluminato de baryta nos jus, a composição do tourteaux das borras da defecação
atraz dita, será um pouco modificada, contendo um pouco de baryta, que não é bom para a fertilisação das terras, mas a sua
dose será tão minima (280 gramas baryte por 1000 litros) que não poderá fazer grande mal.
Que 1000 litros jus dê 10 kilogramas de tourteaux secco, estes 10 kilogramas conterá no maximo provavel 200 gramas de
baryte (?). 100 kilogramas tourteaux 2 kilogramas.
Uma parte do baryte deve ser decomposto durante o emprego, e mesmo na desidratação pela cal, ficara com 1,320 kilogra-
mas baryte % kilogramas tourteaux? //
353 Anotação na cabeça da página 14, que se estende à cabeça da página seguinte: «Nota: Fribourg diz que apenas se pode contar com 58% de aluminato
dissolvido em geral. Dez partes d’agua quente dissolve aproximadamente uma parte de aluminato de baryta para dár uma solução a 4,8º Baumé, con-
tendo 40 gramas de reativo por litro.».
319
[17]354 Segundo E. Rembert a riqueza em aluminato de baryta do producto bruto (frite) pode-se elevar a 62%. É necessario
notar que se deixa praticamente aproximados 2% d’aluminato nos residuos percipitados; é pois necessario contar que
<somente> sobre 58% utilisaveis em geral. Dez partes d’agua fervente dissolve aproximadamente uma parte d’aluminato de
baryta para dár uma solução a 4,8º Baumé (a frio), contendo 40 gramas de reativo por litro <ou 4%>, que é a solução estavel
que não tem senão de a proteger do contacto do ár. //
[18] Para o nosso caso em 1917
Como os nossos preparadores de solução de aluminato teem a capacidade util total de 2200 litros, deve-se empregar aprox-
imadamente, quando vazios, 180 a 187 kilogramas frite, e assim a solução terá 100 a 180 kilogramas dissolvidos, restando nos
percipitados 79 a 80 kilogramas não dessolvidos. Na 2ª vez (deixando os 1os percipitados) como a parte conica tem a capaci-
dade de 600 litros, teremos que empregar 130 a 136 kilogramas frite será dissolvidos [sic] 75 a 76 kilogramas restando pois (da
1ª e 2ª vez) 135 kilogramas de insoluveis em 600 litros. Vede nota acima adiante. //
[19]355 Assim cada litro de solução empregado no jus contem 40 gramas de reativo <puro> por litro, que em 25 litros para
50 Hectolitros jus, conterá 1 kilograma de reativo <puro> utilisavel, e não 2 kilogramas como no livro anterior dizia <e assim
deveriamos empregar 50 litros>; mas devemos contar que para cada 50 Hectolitros de jus necessitamos de 2 kilogramas de frite.
Parece-me que os residuos tirados dos preparadores, se devem empregar de preferencia nos decantadores dos petits eaux,
porque assim farão talvez mais acção sobre os jus de diffusão, ou então nas borras dos filtros mechanicos.
Esperiencias a fazer. //
[20] Rembert, fez varias esperiencias sobre jus de beterraba empregando varias doses (jus de 2ª carbonatação filtrado) desde
0,26 gramas frite por litro, até 0,5 gramas, e diz que não se deve passar além de 0,4 gramas d’aluminato por litro (frite), que
para o nosso caso será 0,4 x 5000 = 2 kilogramas aluminato de baryte (frite) para 50 Hectolitros ou seja 25 litros de solução a
4,8º Baumé.
Com dose mais elevada (além de 0,45 gramas por litro) o jus depois de filtrado, fica turvo porque contem excesso de
baryum.
Deve-se pois em 1917 fazer esperiencias a vêr qual deve ser a dose maxima. //
[21] Considerandos:
Como pelos meus calculos, são necessarios 136 kilogramas de aluminato (nos mexidores deixado o pé no fundo), para 1600
filtros (1 metro de mexidor) <da parte direita>, e como, segundo Rembert, 10 litros agua quente (100º) dissolve 1 kilograma
de aluminato, os 136 kilogramas necessitão 1360 litros agua, que nos mexidores preparadores será 85 centimetros <da parte
direita>. Restará pois, segundo os meus calculos, 15 centimetros a completar com agua fria para termos uma densidade de 4,8º
Baumé (frio).
Quando o mexidor vazio, que calculo 187 kilogramas aluminato, serão 1870 litros agua quente (100º) para esta dissolução
<ou seja 80 centimetros da parte direita>.
Estes calculos nos mexidores-preparadores, é contando deixar 20 centimetros de vazio. <Centimetro = 16 litros>.
O fundo conico, capacidade = 600 litros //
[22] Desidratação das borras dos filtros presses pela cal virgem em pô:
Pelas esperiencias feitas em maio (17) de 1916 (Livro Notas Nº 2 – 1916), vi que cada filtro presse dá aproximadamente
1000 kilogramas de tourteaux, e que cada 100 kilogramas canna dá 2,100 kilogramas de tourteaux (com 60% humidade).
Para fazer a desidratação completa do tourteaux, são necessarios 38 a 40% de cal virgem moida em pô.
A mestura de tourteaux e cal depois de reduzida a pô (como um adubo) e tamisada, deu 21% de quebra.
Com estes dados, qual será o resultado?
Nota: O preço da cal é um pouco menos, do que o valor de venda do adubo. //
[23] Calculos para 550 toneladas canna em 24 horas (Torreão 470 + Lemos356 80 = 550)
Dando cada 100 kilogramas canna um minimo de 2 kilogramas de tourteaux, as 550 toneladas devem dár 11.000 kilogra-
mas de tourteaux; que se conte porém somente com 10.000 kilogramas.
354 Anotação na cabeça: «Nota: O preço do aluminato de baryta em 1903 era de 40 francos 100 kilogramas com 58 a 60%. Hoje (1917) custa a 173 fran-
cos 100 kilograma!! 4 vezes mais!».
355 Apontamento na cabeça da página: «Nota: Se 10 litros d’agua dessolve 1 kilograma aluminato (frite), os 2200 litros será 220 kilogramas e os 1600
litros 160 kilogramas. Deve-se fazer a esperiencia».
356 Fabrica de destilação de álcool, denominada Companhia Nova, da firma José Júlio de Lemos, Sucessores.
320
<Somente a garapa Torreão em 1917 sera 1,600 kilogramas tourteaux % cana em 480 toneladas devem dár 7.680 kilogra-
mas de tourteaux; que se conte porém somente com 7.000 kilogramas.>
A cal em pô (virgem) necessaria para a desidratação a uma media de 39%, será para os 10.000 kilogramas
= 10.000 x 39 = 3900 kilogramas de cal virgem
100
nos 7000 kilogramas = 7000 x 39 = 2730 kilogramas
100
A mestura 10.000 + 3900 = 13.900 kilogramas, dá 21% de quebra, dará pois em adubo alcalino 10.980 kilogramas. Que dê
pois somente 10.900 kilogramas. (Cal azotada)
<A mestura 7000 + 2730 = 9730 kilogramas, dá 21% de quebra, dará pois em adubo alcalino 7687 kilogramas. Que dê
pois somente 7.600 kilogramas>
Calculos em escudos: por 24 horas
10.000 kilos tourteaux a 20 reis kilograma =..................200$00
3.900 “ de cal a 35 reis kilograma = ......................136$50
Fabrico 5 reis kilograma tourteaux................ 50$00
Custo adubo 35,5 reis kilo. ............................386$50 segue //
[24] Laboração de 48.000 toneladas canna dará:
Cada tonelada canna dá assim uns 19,800 kilogramas de adubo alcalino, as 48000 toneladas devem dár 950 toneladas adubo.
Cal em pô necessaria 7 kilos tonelada canna, em 48000 toneladas será 336 toneladas cal.
O lucro para a industria será no minimo os 20 reis por kilograma tourteaux, e como cada tonelada canna dá 18 kilogramas
tourteaux = 360 reis, nas 48000 toneladas canna = 17:280$00
Calculos totaes:
336 toneladas cal a 35$00 tonelada =....................11:760$00
Fabrico 5 reis kilo tourteaux = .............................. 4:320$00
16:080$00
Vendendo as 950 toneladas adubo (a 36 reis kilo) a 36$00 tonelada = ...34:200$00
Lucro será 18:000$00 //
[25] Incineração das borras:
Poderia-se talvez fazer a incineração das borras no forno da potassa, mas n’este caso dará aproximadamente o seguinte
10.000 kilogramas de borra a 60% humidade, dá 4000 kilogramas borra secca: Que pela incineração se obtenha 50% de cinzas,
mas assim todo o azote seria perdido (8 a 8,5%), assim como todas as materias organicas (46%), e adubo chimico perdia um
pouco do seu valor, daria 2000 kilogramas de cinzas para adubo.
Calculando pois por 24 horas de trabalho 550 toneladas canna que daria em cinzas (adubo) 2000 kilogramas, e tirando o
mesmo fabrico atraz como pela desidratação pela cal, e o valor da borra // [26]357 os mesmos 20 reis por kilograma dará o
seguinte:
10.000 kilogramas borras a 20 reis kilograma = 200$00
Fabrico 50$00
250$00
Sai a cinza a 125 reis kilograma o que não posso vêr tenha esse valor.
A desidratação pela cal tem pois todas as vantagens, e além d’isso como se emprega uma grande quantidade de cal, ella hirá
influir nas culturas obrigando o propriatario a alcalinisar os terrenos voluntariamente.
Com este adubo pode o lavrador empregar 100/100 mais do que um adubo chimico ordinario, nas condições actuaes do
custo. //
[27]358 Comparando com a analyse atraz da borra secca, este adubo deve ter a composição seguinte aproximada:
357 Anotação na cabeça: «Despeza da moagem da cal em pô: Real
240 kilogramas carvão em 10 horas = 10$00
4 homens a 500 reis = 2$00
Total 12$00
Carretos 3$60».
358 Na cabeça da página: «Nota: Vendendo ao lavrador a 50 reis kilo (adubo chimico está a 110 reis kilograma), lucro ao revendedor 14 reis kilo.
Em 950 toneladas dará um lucro de 13:300$00
A 40 reis kilograma (10% lucro) Deixa ——- 3:800$00 (é mais conveniente)».
321
Materias organicas –................................. 34 %
“ mineraes –................................. 66 %
100
Tendo: acido phosphorico – ....................... 5 %
Cal ........................................34 %
Materias azotadas ................. 5,19
Productos fertilisantes = .......44,19%
A Cal do Porto Santo apenas contem no maximo 60% CaO, e assim os 39% de cal juntos ás borras = 23,4 de CaO.
Deve-se empregar d’este adubo 300 gramas 225 kilos por alqueire por metro quadrado de terra, e assim dará 100 gramas de
cal para cada metro quadrado – Adubo 50 reis kilograma = 15 reis metro quadrado
Por alqueira tera [sic] = 11$250 reis //
[28] Sechema Mesturador do tourteaux filtros-presses com a cal virgem em pô
Desidratação
Producto a mesturar 24 horas = 14.000 kilogramas maximo,
será por hora 580 kilogramas (borra 420 kilogramas + cal 160 kilogramas)
por minuto 10 “
São aproximados 10 baldes de borra (42 kilogramas) por hora, ou 2 1/2 baldes cada 1/4 hora, levando 40 kilogramas cal.
322
[29] Transformações no fabrico em 1917
Não teremos, (talvez), enxofre para toda a Laboração de 1917, como no livro Nº 3 – 1916-1917 eu já dezia, mas temos o
aluminato de baryta para quasi toda a Laboração.
Como proceder pois com a garapa, que, segundo esperiencias já feitas em 1915-1916 não era possivel filtrar em filtros-
presses o jus total, desde o momento que não seja sulfitado á dose minima 0,8 gramas SO2 por litro?
Como a garapa defecada tem que entrar na bateria de diffusão para ser filtrada sobre o bagaço, não deve entrar muito alcali-
na, // [30]359 deve-se pois fazer as seguintes esperiencias:
1º A garapa dos engenhos aos mexidores-chauleurs é ahi junto um leite de cal a ficar neutro ao tornesol. Junta-se-lhe depois
a solução de aluminato de baryta 0,480 litros por Hectolitro garapa, que será para os 36 Hectolitros = 17 1/2 litros.
A garapa depois da malaxagem cai no grande malaxeur, onde a bomba centrifuga a toma para fazel’as [sic] passar no
rechauffeurs e aquecer a 98º-100º, e de lá aos tanques da diffusão para dár entrada na bateria. //
[31] A marcha da bateria conforme a expliçação dáda no livro Nº 3 – 1916-1917. Ao jus de diffusão obtido juntar leite de
cal a ficar ligeiramente alcalino.
Esta junção de leite de cal pode ser feita nos clarificadores (4).
Faz-se ferver por 15 minutos e filtra-se nos filtros mechanicos, e de lá á evaporação.
2º – A garapa dos engenhos aos mexidores, alcalinisal’a muito ligeiramente e defecal’a como da 1ª forma e enviar á bateria
de diffusão. O jus de diffusão obtido enviado aos // [32]360 clarificadores, onde se junta um leite de cal a ficar alcalino ligeiro,
fazer ferver por uns 5 minutos, e juntar depois 25 litros de solução de aluminato de baryta por 50 Hectolitros, fazer ferver nova-
mente por uns 15 minutos e filtrar.
3º Fazer a esperiencia de juntar o aluminato de baryta ao jus total <7,2 litros para 36 Hectolitros a 8 litros> (garapa e jus de
diffusão do bagaço), que tem sido muito ligeiramente alcalinisado pela cal antes d’esta junção, incorporar depois, Phosphato
bicalcique 5 a 6 litros, Kieselguhr 25 litros, 361 // [33]362 defecar nos rechauffeurs a 98º-100º, e vêr se a filtração é facil e se forma
o tourteaux. Ao jus dos filtros presses, nos clarificadores, juntar 11 litros de solução de aluminato para 50 Hectolitros, e fazer
ferver por 15 minutos. Filtrar, e os filtrados á evaporação.
Nota: Esta 3ª esperiencia deve ser a 1ª a fazer logo que termine o enxofre <Nota>. Podemos tambem, no caso de ser deffi-
cil a filtração, juntar todo o aluminato na garapa (18 litros para 36 Hectolitros), e não juntar pois nenhuma nos clarificadores,
mas somente ferver e filtrar. Jus ou garapa sempre ligeiramente alcalina. //
359 Na cabeça da página: «Nota: Quando se juntar o aluminato de baryta á garapa que vai entrar na bateria de diffusão, fazer a esperiencia de não deixar
percipitar os insoluveis e juntar tudo á garapa para não dár perda de aluminato. Ficará no bagaço.». Esta Nota estende-se até à cabeça da página
seguinte.
360 Na cabeça da página: «Nota: Temos aluminato de baryta para 1917 15.860 kilogramas, que calculando 46.000 toneladas canna dá 344 gramas por
tonelada canna =
Diffusão = 20 litros solucção por 50 Hectolitros
Sem[?] = 22 }
361 Apontamento no pé da página: «Torreão e Lemos (diffusão bagaço) dá uma media de 980 litros jus por tonelada canna trabalhada (Torreão 450
toneladas Lemos 120 toneladas)».
362 Na cabeça: «É melhor fazer a esperiencia 3ª mesmo antes de empregar a sulfitação e vêr o resultado.». Mais adiante na página, remete-se para esta
mesma nota, através de «Nota».
363 Na cabeça: «Nota: As despezas totaes do Funchal até Lisboa do assucar exportado em 1917, está calculado em 50 reis por kilo assucar..!!!».
323
Rendimento em 1917 (?): % canna
Rendimento em turbinado – 8,200 kilogramas a 250 reis = ....................2$050
Melaço 3 kilogramas a 50 reis kilo .............................................................150
Alcool do jus imbibição 1,37 litros a 260 reis ............................................356
“ das borras defecação contando-as a 10% deixado,
em assucar = 900 gramas assucar = 0,54 litros alcool = ......................... 140
Productos totaes .........2$696
Menos fabrico e despezas canna .........2$180
Lucro % canna ......... 516 ?
Assucar na canna 13,800 kilogramas % (?)
Assucar turbinado no Torreão ..................................................................8,200 kilogramas %
“ nos 3 kilogramas melaço a 50% total.........................................1,500 “
“ em alcool ...................................................................................2,980 “
Perdas totaes como em 1916................................................................... 1,120
.................................................................................................................13,100 segue //
[36] Considerandos:
Como em 1916, a garapa normal bruta % canna <da Comp.ª Nova>, enviada ao Torreão, era de 57,4 litros, que em 120
toneladas canna seria 68.900 litros, o que dará em 1917 enviando as borras de decantação á destillaria (filtrada)? (Tratanto[sic]
150 toneladas)
Como eu calculo em 10% da garapa bruto em borras, será o seguinte:
150 toneladas canna a 57,4 litros % = 86.100 litros
Menos 10% em borras = 8.610 “
Jus claro enviado Torreão 77.490 “
Temos pois somente mais 8590 litros do que em 1916 por 24 horas = 358 litros por hora.
Fazendo as 150 toneladas canna por 24 horas tiramos em alcool (1,9%) 2850 litros que é o trabalho regular do retificador.
Em 90 dias será 256.500 litros alcool. //
[37]364 Que o lucro maximo seja somente de 500 reis % canna, em 13.500 toneladas canna ou Laboração de 90 dias =
67:500$00
Calculando pois Torreão uma media de 450 toneladas em 24 horas, e Comp.ª Nova 150 toneladas será um total de 600
toneladas 24 horas.
Que fazendo uma Laboração egual a 1916 (46.000 toneladas), serão 77 dias de trabalho. <Isto é, 3 mezes Laboração>
Poder-se-ha em 1917, obter 600 toneladas por 24 horas?
Não me parece, devido á falta de meios de transporte.
Filtração total do jus
Este trabalho porém sô se poderá obtêr, se o emprego do aluminato de baryta dêr o resultado de evitar as incrustações do
triple em grande parte.
Em 1916, o trabalho medio foi:
Torreão ................................437 toneladas canna
Comp.ª Nova ......................120 “ “
557 //
[38] Aluminato de baryta para 1917
Veio Fevereiro 1917 pelo San Miguel <74 sacos> – Pezo liquido 7.190 kilogramas
Stock de 1916 – <85 sacos> Armazem despeza 8.670 “
Total 15.860 “
Dose a empregar:
Este aluminato dá para aproximados 46.000 toneladas canna <(340 gramas por tonelada)>, empregando uma solução de 85
364 Na cabeça da página: «Nota: Empregando o processo Naudet em 1917, teremos das 450 toneladas cana (100 litros jus % cana)
4500 Hectolitros
Comp.ª Nova 775 “
Total 5275 “
Teremos pois assim em 1917 mais 975 Hectolitros a evaporar 24 horas.».
324
gramas por litro?, 20 litros para 50 Hectolitros quando jus de diffusão do processo Naudet, e 22 litros para 50 Hectolitros quan-
do jus mesturado por filtração total.
Nos preparadores da solução: a 4,8º Baumé
Quando vazios ———————- 187 kilogramas frite.?
“ com o pé —————- 136 kilogramas “ ?
Esperiencia a fazer a vêr se são estas doses as regulares para a densidade de 4,8º Baumé. //
Temos pois que os 112 centimetros a 16 litros = 1792 litros + 600 = 2392 litros a quente, em que se desfizerão 200 kilogra-
mas de aluminato de baryta = 83,6 gramas por litro a quente, ficando com 4º Baumé a frio.
Como porém esta medida é a quente, e que sendo frio quebra 3%, será pois a frio = 2320 litros. Para ficar na densidade
estavel, deve-se desfazer á razão de 85 gramas por litro, isto é, segue //
[40] fazendo da seguinte forma:
Quando o mexidor frio; deitar agua fria até á altura da torneira de prova, dando-lhe o vapor desde o principio; estando a
agua a ferver, faz-se trabalhar o mexidor e vai-se deitando o aluminado, pezando antes 228 kilogramas de aluminato, concer-
vando sempre o vapor durante 2 1/2 horas; faz-se parár o mexidor, verificando primeiro se o mexidor tem 20 centimetros de vazio
e no caso de não o ter juntar agua; assim a capacidade total será de 2680 litros a quente = 2600 litros a frio. //
[41] Quando deixado o pé: Assim teremos 2680 – 600 = 2080 litros a 85 gramas litro, será 177 kilogramas de aluminato.
Os 2600 litros a frio, contendo 228 kilogramas de aluminado será, 88 gramas por litro <a 4º Baumé>, e como está calcula-
do 340 gramas aluminato por tonelada canna, será 3,86 litros de solução por tonelada canna.
Como 50 Hectolitros de jus corresponde a 6 toneladas canna será, 3,86 x 6 = 23 litros de solução para cada 50 Hectolitros jus.
Com a diffusão Naudet 20 litros por 50 Hectolitros jus.
Densidade 4º Baumé.
Resumindo será – Vazio – 228 kilogramas aluminato
Para 4,8º Baumé será —— “ 270 kilogramas
Com o pé – 177 kilogramas “
“ “ “ —— “ 210 kilogramas “
Deixando 20 centimetros de vazio no mexidor.
Pode-se fazer 3 vezes sobre o pé. = 4 mexidores //
325
[42] 8 março 1917. Principio da Laboração
Garapa e jus de diffusão mesturados:
Junção nos chauleurs de 17 litros de solução de aluminato de baryta por cada 36 Hectolitros jus.
Alcalinisação a ficar ligeiramente alcalino.
Junção, de Kieselguhr – 25 litros
Phosphato bibasico 7 “
Defecação e filtração no filtros-presses [sic].
Resultados:
Emquanto se trabalhou somente a garapa tratada como acima, a filtração foi bôa, mas logo que se lhe mesturou o jus de dif-
fusão, principiou a filtração a ser dificil e mesmo // [43]365 quasi impossivel. Diminui a cal para vêr se era devido a estar muito
alcalina, mas o resultado foi o mesmo.
Vejo pois que, na 2ª moenda devo separar o jus de diffusão, e envial’o directamente aos clarificadores, juntando contudo
primeiro nos depositos de medida do jus, um leite de cal na proporção de 0,7 litros por diffusor soutirado, ou seja 5,6 litros
pour[sic] cada bac de soutiragem de 24 Hectolitros, (8 diffusores de 3 Hectolitros). Na garapa tratada como da 1ª esperiencia =
17 litros aluminato por 36 Hectolitros e depois juntar nos clarificadores de 50 Hectolitros de jus mesturado, 6 litros de alumi-
nato. Ferver por 15 minutos e filtração mechanica segue //
[44] 9 março 1917
Aberto porém os dois primeiros filtros onde passou somente a garapa normal, vi que não tinha formado tourteaux algum,
estando somente os panos com uma pequena camada de borras. Vejo pois que não temos meio de filtrar sem a sulfitação. Como
porém temos ainda uns 9000 kilogramas de enxofre, vou fazer a sulfitação somente da garapa normal <(27% menos no jus
total)>, e o jus de diffusão tratado como atraz digo.
O aluminato de baryta todo junto nos clarificadores, isto é, 23 litros solução por 50 Hectolitros jus mesturado.
Assim o enxofaro deve dár para umas 23000 toneladas canna, 1/2 laboração. //
[forro da capa fim]366 N’Esta 1ª esperiencia do emprego do aluminato de baryta, o que eu constato é que o jus mesmo sem
sulfitação, é de boa qualidade, sendo brilhante, e o xarope obtido muito mais claro, e a dissolução do xarope feita á densidade
do jus mais claro que o proprio jus defecado.
Purezas mais elevadas 2 1/2º a 3º conservando-se até ao xarope.
Cuite de facil grenage, <secco> e claro.
Os filtros mechanicos Filippe tinhão bastante borra, o que prova ter havido uma boa apuração nos clarificadores, pela fer-
vura dos jus dos filtros-presses.
365 Na cabeça desta página: «Nota: Os 50 Hectolitros de jus mesturado, contem 27% de jus de diffusão do bagaço, isto é, contem 13 1/2 Hectolitros de jus
diffusão nos 50 Hectolitros.».
366 Na cabeça do forro da capa:
«Purezas: Jus mesturado = 84,60º + defecado 3,23º
“ defecado = 87,83º }
xarope = 87,73º»
326
Livro de Notas 1918-1919
Sobre vinhos e xaropes d’uvas Nº 1
DESCRIÇÃO: Livro, papel, 16,9 cm x 10,6 cm, numerado a lápis por nós e em bom estado de conservação.
327
328
[forro capa início até p. 256: informação sobre vinhos publicada em volume separado]
[p. 258 até forro capa fim: informação sobre vinhos publicada em volume separado]
329
330
Livro de Notas 1919
Assucar, alcool e diversos Nº 1
DESCRIÇÃO: Livro, papel, 17,4 cm x 11,2 cm, numerado a lápis por nós e em bom estado de conservação.
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[forro da capa início] Destillaria. Torreão Mexidor-preparador de mosto a fermentar. 56 Hectolitros
Cada mexidor-preparador de mosto a fermentar em que leve aproximados 5200 litros de jus de deffusão frio a 6º Baumé,
tem que levar em melaço para elevar a 10º Baumé 526 kilogramas ou seja 375 litros melaço no minimo ou 400 litros redondos
= 9,4 kilogramas por Hectolitro.
5200 + 400 = 5600 litros.
Devemos fazer 8 mexidores em 24 horas = 448 Hectolitros = 3 horas para cada mexidor.
Será 7 1/2 tanques <medidores> jus em cada 3 horas. //
[1] Tanques de medição (2) do jus de diffusão frio para a destillaria Torreão
Cada tanque de ferro fundido com uma altura de liquido de 0,85 metros tem a capacidade de 700 litros, até escorrer pela
torneira (fica uns 20 litros)
Gastando aproximadamente uns 420 Hectolitros de jus diffusão por 24 horas, dará 60 tanques a medir nas 24 horas ou seja
3 tanques por hora minimo.
Será um tanque cheio em 20 minutos.
Cada mexidor de preparação do mosto a fermentar deve levar (contando o melaço) aproximados 5200 litros jus (mosto total
a 10º Baumé) ou aproximadamente 7 1/2 tanques.
Vêr livro Notas 1918-1919 Nº 3 fim do livro. //
[2] Fermentação.
A alimentação das cubas de fermentação geral será de 300 Hectolitros por 24 horas (120 a 130 Hectolitros é de mosto fer-
mento), o que dá aproximados 20 litros por minuto, repartidos em 2 ou 3 cubas (fermentação continua).
Um garrafão d’acido chlorydrico por 24 horas.
Phosphato de cal 12 a 13 kilogramas – “ –
Todas as 24 horas teremos que fazer 2 a 2 1/2 mexidores de mosto a 8º Baumé para os fermentos mãe, com jus diffusão e
completo com 420 kilogramas melaço.
Teremos que esterilisar pelo calor e arrefecer 30 Hectolitros mosto-fermento por 24 horas para os 1os fermentos-mãe, o que
dá aproximados 3 litros por minuto. //
[3] Cada tanque <(2)> para a alimentação continua das cubas, tanto do mosto-fermento como do mosto geral, teem a capaci-
dade aproximada de 40 Hectolitros
O tanque superior para o mosto-fermento a esterilisar tem a capacidade aproximada de 20 Hectolitros, que dará para 11 a
12 horas de trabalho.
Todas as 24 horas temos que fazer 5 1/2 a 6 mexidores de mosto de fermentação geral a 11º Baumé com jus deffusão a 6º
Baumé e completo com 580 kilogramas melaço = 425 litros
Acido sulfurico 12 kilogramas por 24 horas.
Um tanque de 40 Hectolitros (mosto geral) dá para 3 horas. //
333
Emquanto se trabalhar somente o jus de diffusão a 6º Baumé, pode-se talvez fazer uns 600 Hectolitros de jus o que dará
aproximados 3000 litros alcool a 100º. N’estas condições o destillador Paulmann poderá talvez destillar uns 500 Hectolitros de
vinho, tendo pois os restantes 500 Hectolitros de vinho de ser destillados no Destillador-retificador Barbet deve trabalhar sem
paragens, o restante do vinho será destillado no Paulmann. //
334
4,9º “ = 6,5º “ = 4,9 x 1,2 = 5,88 %
5,1º “ = 7,1º “ = 5,1 x 1,2 = 6,14 %
5,5º “ = 7,6º “ = 5,5 x 1,2 = 6,60 % //
[9] Rendimento do mosto de melaço de canna Melaço a 42º Baumé: Com 50% assucar fermentavel
Mau rendimento 0,8 litros alcool a 100º <por grau de densidade> e por Hectolitro
mosto
bom “ 0,9 “ “ “
muito bom “ 1 litro “ “ “
Este calculo é feito pela densidade do mosto.
Ex: Mosto a 7,3º Densidade = 10º Baumé dará:
mau rendimento = 7,3 x 0,8 = 5,84 litros alcool Hectolitro
bom “ = 7,3 x 0,9 = 6,57 “ “
muito bom “ = 7,3 x 1 = 7,3 “ “
Com mosto melaço a 10º Baumé = 23,5 kilogramas melaço Hectolitro
mau rendimento = 25 litros alcool % kilograma melaço
bom “ = 28 “ “ “ “
muito bom “ = 31 “ “ “ “
Ou seja 100 kilogramas assucar fermentavel:
Na 1ª 50 litros alcool a 100º % assucar
Na 2ª 56 “ “ “ “
Na 3ª 62 “ “ “ “ //
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[12] Relação entre o Baumé e Densidade
Baumé Densidade
29º 1.252
Baumé?
36 1.333
1,333 – 1
37 1.344
38 1.356
39 1.368
40 1.380
41 1.392
42 1.404
43 1.417
[13] Para a evaporação do vinhão:
Temos 400 Hectolitros de vinhão de melaço a 3º Baumé = 1,022 densidade, quanto dará em xarope a 30º Baumé = 1,263
Densidade?
x = 400 x (1,022 – 1) = 33,5 Hectolitros de xarope a 30º Baumé
1,263 – 1
Este xarope a 30º Baumé contem 55% de materias seccas (Brix): Ora, os 3.350 litros de xarope = 4230 kilogramas xarope
contendo 2.326 kilogramas de materias seccas, e 1.904 kilogramas agua.
Produzindo as borras dos filtros-presses da garapa 9000 kilogramas de borras (tourteaux) por 24 horas, quer dizer que, ter-
emos quasi tanto pero de xarope como <o dobro das> borras.
Livro Notas Nº 4 – 1917 e Nº 3 – 1917 segue //
[14] As borras contem aproximados 60% humidade e assim os 9000 kilogramas borras contem 5400 litros agua.
Como se emprega na media 40 kilogramas de cal virgem moida por 100 kilogramas borras, será nos 9000 kilogramas bor-
ras 3600 kilogramas cal. Isto quer dizer que cada 100 litros agua é absorvida por 67 kilogramas de cal.
Para pois absorver os 1904 kilogramas agua do xarope do vinhão, seram necessarios aproximados 1276 kilogramas de cal.
Fazendo a mestura do xarope do vinhão com as borras da garapa e fazendo depois a desidratação pela cal virgem moida,
quanto 367 // [15]368 dará em adubo alcalino total?
As borras daram adubo 9000 kilogramas
Em pô
penei-
rado
367 Apontamento no pé da página: «Mestura das borras com o vinhão e cal n’um Diniz de grande capacidade.».
368 Anotação na cabeça da página: «Nota: 260 Hectares a 50 toneladas canna por Hectare = 13.000 toneladas canna que será adubado por este adubo
alcalino.».
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Empregando 300 gramas adubo por metro quadrado, dará os 780.000 kilogramas para 260 Hectares de terra = 3500 alqueires//
[16] N’estas condições de trabalho do vinhão, todas as materias azotadas ficaram nos adubos assim como as materias organ-
icas, o que não acontece sendo o vinhão incinerado no forno de potassa.
Estes adubos contem pois uma grande percentagem de cal (50% aproximado), materias azotadas, phosphatos, potassas e out-
ros productos fertilisantes proprios á canna de assucar e outras culturas.
Por uma esperiencia feita no meu predio do Socorro, em que adubei um poio de cannas com adubo alcalino das borras de
369
defeca-//[17]ção 370 em 1917, deu esse mesmo poio em 1918 20% mais no pezo da canna do que em 1917. Quando isto foi
assim somente com o adubo alcalino das borras, sendo com o adubo alcalino das borras e vinhão do melaço, deve dár ainda
melhor resultado.
Mas mesmo que dê os mesmos 20% a mais, já isto dá perfeitamente para o custo do adubo, por isso que:
50 toneladas canna por Hectare a 15$00 = 750$00
60 “ “ “ (20% mais) “ = 900$00
Differenças a mais 150$00
Custo de 3000 kilogramas adubo a 50 reis kilo = 150$00
Valor egual. Mas melhora muito a canna e terreno. //
337
70 kilogramas canna a 16$00 tonelada ——— 1$12
Despezas de moenda e fabricação alcool = 0$54
Custo de 5 litros alcool 1$66
Custo por litro 332 reis //
[21]373 Gastando-se no Torreão uma media de 420 Hectolitros de jus, que corresponde a 2100 litros alcool ou seja 29.400
kilogramas canna por 24 horas, dará em 60 dias de trabalho seguido: (27.000 toneladas canna Torreão)
Canna correspondente a jus = 1.764 toneladas alcool a 100º = 126.000 litros.
Preço do custo do alcool (332) = 41:832$00
“ de venda a 500 reis litro = 63:000$00
Lucro bruto 21:168$00
Lucro por tonelada canna = 12$00
O Lucro fabricando em assucar e alcool não é superior (1919) a 8$00 tonelada canna.
Teremos pois fabricando em alcool um lucro superior de 4$00 por tonelada canna que em 1764 toneladas será 7:000$00
Comp.ª Nova: 50 dias a 80 toneladas canna = 4000 toneladas canna dará em alcool do jus imbibição 40.000 litros alcool//
[22] Densidades de fermentação.
Densidade mosto fermento – Densidade mosto geral
Fermentação a 10º Baumé = 8º Baumé – 11º Baumé
“ a 11º “ = “ – 12,3º Baumé
“ a 12º “ = “ – 14º Baumé
Fazendo a fermentação com o jus de diffusão a 6º Baumé, leva em melaço cada Hectolitro para as densidades de fermen-
tação abaixo o seguinte:
Fermentação a 10º Baumé = 9,400 kilogramas melaço
“ a 11º “ = 10,340 kilogramas “
“ a 12º “ = 11,280 kilogramas “
Rendimento 5% litro Rendimento 29% kilograma Hectolitro
A 10º Baumé = 93,3 litros jus + 6,7 litros melaço = Rendimento 7,39 litros alcool
11º “ = 92,62 “ + 7,38 “ = “ 7,63 “
12º “ = 92 “ +8 “ = “ 7,87 “
Estes são os rendimentos medios. //
[23] Nova instalação de cubas de fermentação fechadas e acepticas.
Capacidade total de cubas fermentação = 2400 Hectolitros
Cubas de fermento mãe 30% da capacidade cubas.
Torreão – Para 1920 (?) Fermentação continua.
373 No pé da página: « Nota: Melaço canna Torreão 900.000 kilogramas a 29% rendimento em alcool = 260.000 litros alcool a 100º
Total alcool Torreão melaço e jus = 386.000 litros alcool.».
338
[24] Medida comparada das cubas fermentação 400 Hectolitros uteis
339
posto de:
Assucar 85 gramas por litro solução;
Acido tartarico 1,5 gramas “ “
Sel nourriciere 3 gramas “ “
Phosphato d’ammoniaco 0,1 gramas “ “
Malto-peptona 5 gramas “ “
Juntei-lhe para principio de habituamento ao Milton 1/2 centimetro cubico de Lactomilton por litro e deitei n’um pequeno
vidro // [26] uma porção d’este liquido nutritivo, juntando-lhe um pouco de fermento de usos medicinaes.
Deixei fermentar até ao dia seguinte (10 Janeiro) este 1º fermento n’uma quantidade aproximada de 150 centimetros cubicos
Fiz nova solução nutritiva como atraz mas juntando-lhe 1 centimetro cubico de Lactomilton e deitei o fermento (150 cen-
timetros cubicos) em um vidro em que se podia vêr a barbotagem do CO2, juntando-lhe n’esse dia metade do liquido nutritivo
(1/2 litros aproximado).
Examinado o fermento dos 150 centimetros cubicos ao microscopio, vi que o fermento estava bem puro e activo. //
340
N’este dia, depois de bem mexer o ballão do fermento e deixar percipitar um pouco os fermento [sic] cahidos ou fracos, tirei
metade do liquido fermento pelo fundo, e juntei de manhã (10 1/2 horas) aproximado 500 centimetros cubicos do liquido nutri-
tivo de 14.
Analysado ao microscopio o liquido deixado nos dois vidros tirados do ballão e exposto ao ár <a 14> verifiquei que se
conservou puro, o fermento percipitado e a fermentação completa: O seu gosto era bem puro e vinhoso. A analyse da garapa de
14 conservada com 2/1000 de lactomilton não se conservou bem havendo principio de fermentação pela torulas [sic] //
[32] 15 Janeiro
De tarde tirei uma parte do liquido fermentando do ballão e juntei os restantes 500 centimetros cubicos do liquido nutritivo de 14.
Fiz n’este dia um novo liquido nutritivo com a garapa, mas sendo muito bem esterilisado pelo calor para matar todos os fer-
mentos da dita: A composição a seguinte:
Garapa conservada....................470 centimetros cubicos
Agua de diluição .......................470 centimetros cubicos
Melaço.......................................100 gramas
Acido chlorydrico .....................5 gramas ou 4 centimetros cubicos
Sel nourriciere, maltopeptone, phosphato amoniaco o mesmo.
Lactomilton 3 centimetros cubicos = 3/1000
Conservei esterilisado até o dia seguinte. //
[33] 16 Janeiro
N’este dia tirei uma parte do fermento de manhã e juntei metade do liquido nutritivo feito a 15. De tarde tirei novamente
mais uma parte e juntei o restante liquido nutritivo. A fermentação mostrou-se sempre activa.
O Lactomilton deve estár actoalmente á dose de 3/1000
17 Janeiro
Liquido nutritivo para hoje:
Melaço —- 200 gramas por litro
Acido chlorydrico – 6 gramas ou 5 centimetros cubicos por litro
Sel nourriciere 3 gramas por litro
Maltopetona 5 gramas “
Phosphato d’anomiaco[sic] 0,1 gramas “
<10 gramas acido chlorydrico = 5 centimetros cubicos>
Lactomilton – 3 centimetros cubicos por litro = 3/1000 //
[34] 17 Janeiro
As 11 horas manhã tirei metade do fermento do ballão e juntei-lhe 1/3 do liquido nutritivo de 16. A fermentação estava ainda
activa.
Analysei ao microscopio o fermento do ballão que mostrou um fermento muito activo, globolos bem desenvolvidos sem
granulações, e apenas pude vêr 2 bacterias laticas mas muito curtas e fracas.
Analysei ao microscopio o fermento deixado n’uma taça larga do dia 16 (tirado do fermento do ballão), e vi que se conser-
vava bastante puro. Os vidros do liquido fermento deixado do dia 14 ainda se conserva bem // [35]374 sem moississeurs á super-
fice, e o liquido vinhoso perfeitamente brilhante tendo os fermentos bem percipitados. Nota acima.
Ás 5 horas da tarde juntei ao ballão do fermento mais 1/3 do liquido nutritivo de 16, deixando o restante para o dia seguinte.
18 Janeiro
Tirei uma pequena parte do fermento do ballão (ás 11 horas manhã) e juntei o restante do liquido nutritivo de 16, deixando
o vidro cheio (quasi); deixei completar a sua fermentação até 21 Janeiro, mas não completamente. //
341
Acido chloridrico 6 gramas = ...........5 centimetros cubicos
Sel nourriciere....................................3 gramas
Mlto-peptona[sic] .............................5 “
Phosphato d’ammoniaco .................0,1 gramas
Lactomilton .......................................3 centimetros cubicos //
[37] Este liquido nutritivo juntei ao fermento do ballão por partes de 1/3, deixando depois fazer-se a fermentação comple-
375
ta e percipitar o fermento.
24 Janeiro
Novo liquido nutritivo como o do dia 21, mas com 300 gramas de melaço por litro. Tirei novamente o liquido claro do bal-
lão, e juntei, como anteriormente, por partes este liquido nutritivo, deixando fazer a fermentação completa.
Analysado o mosto claro ao microscopio apenas tinha fermentos puros e ainda em estado borgionement. //
375 Na cabeça da página: «Nota: Dei uma pequena injeção d’ár passado pelo algodão hydrophilo».
376 Na cabeça da página: «Nota: 200 gramas melaço por litro = 10% assucar na solução do melaço (50% assucar fermentavel no melaço)». Mais adiante
remete-se para esta anotação.
377 No pé da página: «Solução a 25 kilogramas melaço Hectolitro = 12,5% assucar fermenticivel.».
378 Na cabeça da página: «Nota: Mosto a 8º Baumé = 18,800 kilogramas a 19 kilogramas melaço por Hectolitro mosto.
Mosto a 10º Baumé = 23,5 kilogramas melaço
“ a 11º “ = 25 “
“ a 12º “ = 28,2 “ ».
342
[41] O dois [sic] copos deixados com o vinho fermentado de 14, isto é, 8 dias exposto ao ár do Laboratorio, principiava no
dia 22 a formar uma voile superior, que analysada ao microscopio era composto de fermentos ovaes, naturalmente fermentos
superiores aerobicos, mas não continha outros fermentos nem acéticos nem butiricos, conservando ainda brilhante o liquido
claro e com bom gosto vinhoso.
É a notar que cultivando uma levadura (fermento) em um liquido muito assucarado, em excesso, o fermento se épuisé. É
por isso que fiz o liquido nutritivo a 10% assucar. //
[42] Este épuisement porém não quer dizer que o fermento se perde por completo, porque fazendo-o cultivar em um liqui-
do nutritivo <acido> apropriado contendo 10% assucar e as substancias proprias á nutrição do fermento, elle volta ao seu esta-
do fermentativo, por cultivos sucessivos.
É esta forma de conservar um fermento puro seleccionado duarente[sic] um anno ou mais.
Para o desenvolvimento do fermento épuisé, é necessario empregar a barbotagem d’ár puro. A presença do oxigenio é nec-
essario á germinação d’estas cellulas-germes. //
379 Anotação na cabeça da página: «Nota: A agua assucarada é feita com assucar puro cristalisado, isto é, solução simples sem inverção alguma.».
380 Na cabeça da página: «Nota: Cada 2 gotas de um liquido = 0,1 centimetros cubicos ou 1/10 centimetros cubicos».
381 Cf. Gimel, G. Guide de l’emploi de l’acide sulfureux en vinification. Applications diverses en oenologie, ingénieur agricole, chimiste, lauréat de
l’Association des chimistes, de la Société des agriculteurs de France et de la Société nationale d’agriculture, directeur de l’Institut Jacquemin à
Malzéville. Ouvrage récompensé d’une médaille d’or, avec demande d’impression au concours agronomique de 1911 de la Société des agriculteurs de
France. 2e édition, Saint-Amand (Cher), impr. Bussière ; Malzéville, près de Nancy, en vente, à l’Institut Jacquemin ou en librairie, 1923.
343
É pois indespensavel de por em prova, e procurar se este fermento dá o resultado desejado. //
344
[53] Sechma Apparelhos de produção de fermentos acepticos.
A Tanque de mosto a esterilisar.
B Esterilisador pelo vapor a 85 a 90º
C Esquentador-recuperador. D Refrigerante Guillebeaud.
E apparelho de fermentos puros typo Barbet.
F 1as cubas mães hermeticamente fechadas.
G Sahida do fermento puro das 1as ás 2as cubas mães.
C = 5 metros quadrados surface 19 tubos 35 milimetros
D = 6 metros quadrados “ 19 “ 50 milimetros
345
Cada 100 litros = 50 centimetros
[56] Novo fermento habitudo[sic] a alta densidade, alta acidez e alta alcoolicidade
Habituado o fermento puro de uva <ricas [sic] em assucar> de payses quentes, selecionadas pelos processos atráz descrip-
tos, ás densidades, acidez e alcoolicidade altas, podem depois fermentar em mostos a altas densidades, baixa acidez e alta
346
alcoolicidade.
Antes julgava-se que para fermentar liquidos diferentes, em vista de obtêr o maximo rendimento alcoolico, era sempre nec-
essario empregar raças de fermentos diferentes cujas condições d’existencia seriam perfeitamente apropriadas á natureza do
mosto a fermentar. //
[57] Não havia excepções senão para os fermentos aclimatados aos anticepticos, mas que obrigava os destilladores a empre-
gar enormes quantidades de productos anticepticos nos mostos totaes a fermentar.
Achou-se pois o meio de obter todas as vantagens das fermentações puras em mostos não esterilisados e mesmo contami-
nados de bacterias, suprimindo completamente a addição de anticepticos no mosto geral a fermentar, e pelas caracteristicas
d’este processo, a diminuir mesmo a acidez do mosto geral ao limite maximo de 0,25 gramas (em SO4H2) por litro. //
[58] Os fermentos puros aclimatados cultivados em mostos esterilisados contendo uma densidade media de 8º a 8 1/2 Baumé
(10% assucar), uma acidez de aclimatação (5,5 a 6 gramas acido chlorydrico por litro), e com o anticeptico correspondente á
aclimatação, sendo tratados e cultivados em apparelhos ermeticamente fechados, empregando o ár esterilisado, e com todos os
cuidados anticepticos, e empregando esse fermento em culturas sucessivas em cubas de mais em mais meior volume, (vêr dese-
//[59]-hos[sic] atráz de montagem), esses fermentos em fermentação muito activa e pura podem ser empregados na fermentação
de mosto geral na proporção minima de 30% da capacidade da cuba geral a fermentar, sem que esse mosto geral seja esterilisa-
do nem leve acido algum (sendo ligeiramente acido), e mesmo com alta densidade (12º a 14º Baumé), empregando a fermen-
tação continua já descripta, dando assim uma fermentação rapida, activa e pura, por isso que a quantidade de fermento é tál que
tomará // [60] posse emediata do meio fermentativo, prejudicando o desenvolvimento das bacterias, mesmo que o mosto geral
as tenha em quantidade relativamente grande.
Para que este processo dê bom resultado, isto é, bom rendimento em alcool, é necessario empregar o fermento quando na
sua maxima actividade e na proporção minima de 30% do mosto a fermentar.
A acidez elevada do mosto fermento e o ár puro são dois meios de conservar a pureza // [61] do fermento mãe e a sua max-
ima actividade.
É indispensavel pois que nos fermentos mãe se lhe dê o ár puro de continuo, para que o seu oxigenio fassa desenvolver bem
o fermento dando-lhe toda a sua actividade maxima.
Nas cubas de fermentação geral não é necessario o emprego do ár, e mesmo esta fermentação tem toda a vantagem de sêr
feita em cubas hermeticamente fechadas, fazendo assim a recoperação do alcool levado pelo CO2 durante a fermentação. //
[62] Torneiras em metal não oxidavel.
Tubagem de cobre em contactos com os mostos estanhados exterior e interiormente
347
Apparelho para pequenas producções em cobre estanhado. //
348
E Sahida das aguas condensadas da cerpentina de vapor
F Vapor ao esterilisador por cerpentina
G Entrada do fermento puro no mosto esterilisado e frio.
H Manometro de perção.
I Batoque de introdução liquido nutritivo
J Sahida do CO2 em aspiral. (Pasteur)
K Vidro de vêr a fermentação.
L Thermometros //
[64] Regulador de vapor para apparelhos de destillação, a regímen variavel e trabalhando com vapor a alta e baixa perção.
Fiz para 1919 esta modificação no regulador que deu bom resultado. N’estas condições o regulador trabalha com o vapor
escapa a 0,700 kilogramas pouco mais ou menos pela valvula A, deixando passar algum vapor directo para complemento do aque-
cimento da columna pela valvula de vapor B. A proporção é de aproximado 80% vapor escape e 20% vapor directo a 4 kilogra-
mas. Antes de A deve haver uma valvula de retenção. Quando B fecha, A deve estar ainda 1/2 haberta pouco mais ou menos //
[65] 0,95 metros a 1 metro
Regimen de Trabalho
Apparelho Paulmann Torreão
Montado em 1919
Deu bom resultado
Regulador de vapor a alta e baixa perção
a regimen variavel.
Proporções para o apparelho do Torreão
400 a 500 Hectolitros vinho em 24 horas.
//
349
[66] Regulador d’agua
Para um apparelho de destillação continua ou retificador que tenha um condensador e um refrigerante dos vapores alcooli-
cos da columna.
Apparelhos Barbet ou semilhares.
A – Entrada por tubo de 3/4” vindo do meio do condensador.
B – Sahida d’ár do Syphão.
C – Comonicação á parte media da columna de retificação.
D – Despejo do regulador comonicado a C.
E – Batoque de introdução d’agua
F – Aste para ligação á valvula de borboleta de entrada d’agua.
G – Roscado na aste com 200 milimetros //
[67] Escalla 1/10
Corte.
Deu bom resultado
Ver Livro de Notas Nº 8 – 1917 Detalhes de montagem.
350
[68] Regulador de entrada de vinho n’uma columna de destillação retificação continua.
A – Perção do vapor alcoolico tirada da parte superior da Columna de destillação, com 0,5 metros altura entre a e a parte
superior da Columna.
B – B’ Esta medida não está pela escalla mas deve ser aproximados 150 milimetros em B, e 250 milimetros a parte da aste
roscada B’
C Ligação á valvula de borboleta como ordinariamente se usa nos reguladores. //
[69]
351
[70] Desenho systematico de uma columna de destillação de 500 millimetros de 4 capacetes.
Escalla de 1/5
Mostrando o plano A e o corte em elevação B.
O tubo C pertence ao prato superior.
D é a devisão do prato em dois.
————— Altura do vinho nos pratos.
a, b., c e de [sic], são os pés dos capacetes.
Com uma columna n’estas condições, pode-se diminuir 3 pratos na Columna, isto é, em logar de 15 será 12. //
[71]
352
[72] Desenho systmatico[sic] de uma columna de destillação de 500 millimetros com um unico capacete.
Escalla de 1/5
Mostrando o plano A e o corte em elevação B.
O tubo (troplein) C pertence ao prato superior.
D é a devisão do prato em dois.
a e b <c e d>, são os pés dos capacetes que ficão 2 defronte dos trop-pleins, para evitar que a barbotagem evite a passagem
do liquido de um a outro prato.
————— Altura do vinho nos pratos. //
[73]
353
[74] 11 Fevereiro 1919
Procedi á analyse do mosto fermento (conservação do fermento puro), feito em 21 Janeiro, e conservado diariamente em
fermentação, como da explicação mais atraz dita, isto é, solução de 200 gramas de melaço por litro, que deu o seguinte resul-
tado:
Densidade Baumé 3,40º
Acidez 3,58 gramas por litro
Alcool % = 6 litros a 100º;
Isto dá o resultado de rendimento de 30 litros alcool a 100º por 100 kilogramas melaço.
Fermentação longa e a baixa temperatura (16º a 17º). //
Escalla 1/5 //
354
[78] 17 Fevereiro 1919
Analyse do vinho do mosto fermento (feito a cultura a 21 Janeiro) com atraz 11-2) [sic]
Densidade Baumé a 20º = 3,30º
Acidez por litro = 3,52 gramas
alcool % 6,1 litros a 100º
Isto dá o resultado de 30,5 litros alcool a 100º por 100 kilogramas melaço.
Deu pois mais 0,5 litros % melaço que a analyse anterior feita a 11 Fevereiro.
Continuei o desenvolvimento do fermento com as mesmas percentagens, mas com 4/1000 de Lactomilton = 4 centimetros
cubicos por litro solução. //
[79] Recoperação do azote do vinhão de melaço ou outro. Tirado do Livro d’Effront382 (Les Catalyseurs Biochimiques) pg
734.
Este processo (breveté Belgue Nº 189.212) consiste 1ª, na transformação do azote organico, tal como o contido nas vinhaças
de destillaria ou nas espumas (touteaux) de sucreries, em ammoniaco e acidos gras volateis; 2ª na utilisação das substancias
organicas não azotadas d’estes rediuos[sic], para fixar o azote atmospherico por via microbiana <tornando-o em azoto organi-
co>. Duas operações pois são necessarias. Segue //
[80] A transformação das materias residuarias em amoniaco e acido gras pode ser realisado pelas amidases das bacterias,
assim como pelos fermentos.
De todos os fermentos putridos, é o B. Sporogenes que produz o maximo d’ammoniaco; a quantidade contudo não transpas-
sa 40%. Uma acção muito mais profunda é realisada com o B. butyricus, que dá 79,59% nas mesmas condições de tempo e de
meio. Contudo esta forte proporção d’ammoniaco não pode ser reavida quando // [81] se augmenta o contiudo em azote do liq-
uido; os productos formados se mostram muito nucivos no fermento.
Vê-se pois que a produção d’ammoniaco depende não somente da especie bacteriana, mas tambem da concentração do meio
em substancias azotadas. Ainda mais, ella está ligada tambem á temperatura em que se opera a fermentação bacteriana. A tem-
peratura regula entre 40º a 55º, habituando o fermento pouco a pouco a esta alta temperatura (55º) optima, com uma forte are-
jação pelo ár comprimido. //
[82] Industrialmente, o processo é aplicado da maneira seguinte:
As vinhaças de destillaria, de uma densidade de 10º a 13º Beaumé, são alcalinisadas á rasão de 10 a 12 gramas por litro
(exprimido em SO4H2), levadas á temperatura de 55º, depois postas a fermentar, ou seja com um fermento preparado, ou seja
por corte de cuba, como se usa em destillaria. A fermentação dura 4 a 6 dias. O fermento aclimatado, uma vez introduzido na
fabrica, toma uma <grande> preponderancia // [83] sobre todos os fermentos extranhos, e a fermentação effectua-se com uma
grande regularidade. O rendimento em ammoniaco mesturado d’uma certa quantidade de triméthylamina, é ao maximo de 85%
do azote total posto em fermentação.
Para produzir exclusivamente o ammoniaco e a triméthylamina, as vinhaças, depois da fermentação ammoniacal, sam des-
tilladas em vista da recuperação dos productos azotados volateis, depois o liquido destillado (vinhão) // [84] é adecionado com
terra de cultura rica em azotobacterias e deixa-se fermentar tudo a 40º, fazendo passar uma corrente ár continuo por barbotagem.
N’esta faze do trabalho produz-se ao mesmo tempo uma combustão intensa das substancias hydrocarbonadas e uma fixação
do azote atmospherico, que é levado ao estado organico: constata-se assim que em uma fermentação de 5 a 6 dias, a mestura se
enriquesse de 3 a 4 gramas d’azote por litro.
Terminada que seja a fermen-//[85]tação, 383 utilisa-se o azote fixado deixando decantar o liquido por reposo, e tira-se o liq-
uido claro (sem valor algum), e as borras da decantação sam enviadas aos filtros presses: os tourteaux obtidos, dessecados, con-
stituem então os adubos azotados complexos, d’um grande valor fertilisante. Nota acima.
Cada 100 litros de vinhão de melaço a 1.022 densidade (3º Baumé), dará pela concentração a 13º Baumé (1.097 densidade)
23 litros, isto é, 23%, ou seja em 400 Hectolitros de vinhão 92 Hectolitros de concentrado a 13º. //
[86] Capacidade de cubas para um trabalho de 400 Hectolitros vinho
de melaço e borras da defecação (tourteaux) de 450 toneladas canna.
382 Effront, Jean, Les Catalyseurs biochimiques dans la vie et dans l’industrie, Ferments protéolytiques, Paris, H. Dunod et E. Pinat, 1914.
383 Nota na cabeça da página: «Nota: Para a dessecação do tourteaux pode-se usar a desidratação pela cal virgem, como já empreguei para as borras dos
filtros-presses.». Remete-se para esta Nota mais adiante na página 85.
355
Cada 400 Hectolitros de vinhão dará depois de evaporado a 13º Beaumé 92 Hectolitros de xarope vinhão. 450 toneladas
canna dará em borras dos filtros-presses (tourteaux) aproximados 9000 kilogramas = 60 Hectolitros
Teremos pois em 24 horas um maximo de 160 Hectolitros a fermentar duas vezes. Calculando para a 1ª fermentação 6 dias,
será necessario uma capacidade de cubas de 1000 Hectolitros, ou seja 6 cubas de 170 Hectolitros cada uma. //
[87]384 Para a 2ª fermentação calculando 6 dias, e para a decantação 4 dias = 10 dias, será necessario uma capacidade de
cubas de 1700 Hectolitros, ou seja 10 cubas de 170 Hectolitros cada.
O total sera 16 cubas de 170 Hectolitros.
Apparelhos:
Uma columna de destillação para a produção do ammoniaco volatil e do triméthulamina, da capacidade de 200 Hectolitros
(maximo) de producto a destillar por 24 horas.
2 mexidores preparadores de 20 Hectolitros com cerpentina vapor para a mestura da borra com o vinhão e alcalinisação
6 filtros-presses 60 x 60 com 30 quadros.
ou 2 “ “ 100 x 100 com 50 “ //
[88] Resumindo, as operações são:
1º Destillado que seja o vinho de melaço para a recoperação do alcool, o seu vinhão residuo é evaporado no apparelho á
duble-effet Kestner até á densidade de 13º Beaumé:
2º Sendo o trabalho feito durante a Laboração da canna (ou beterraba), o xarope do vinhão cai em um deposito de onde se
vai tirando para o mexidor preparador e ahi se lhe mestura as espumas da defecação (trourteaux[sic]) em proporção relativa ás
quantidades a trabalhar, fazendo depois alcalinisal’as por // [89] um leite de cal a 20º Baumé até que a percentagem de Ca seja
de 10 a 12 gramas por litro (em SO4H2).
3º Eleva-se á temperatura de 55º Centigrados e envia-se as cubas de 1ª fermentação, onde se produz a fermentação amoni-
acal por um fermento previamente feito ou por capagem das cubas.
4º Terminada que seja a fermentação o liquido é destillado para a obtenção dos productos azotados volateis.
5º O vinhão sahido da columna é adecionado com terra de cul-//[90]tura rica em azotobacterias, aquecido a 40º-45º e mandá-
do ás cubas de 2ª fermentação.
6º 2ª fermentação em que se lhe dá o ár de continuo onde se produz uma combustão intensa das substancias hydrocarbonadas
e a fixação do azoto atmospherico, que é levado ao estado organico.
7º Terminada que seja a fermentação, deixa-se o liquido clariar e percipitar, e decanta-se a parte clara que é despresada. //
[91] 8º As borras da decantação são mandadas aos filtros-presses afim de formar um tourteaux.
9º Esse tourteaux é dissecado ou desidratado pela cal virgem moida, e é este o producto adubo azotado complexo, d’um
grande valor fertilisante.
Nota: Fazendo a dissecação pela desidratação pela cal virgem moida fina, este adubo conterá em si 40% pelo menos de cal
(caustica), que deixando carbonatada, dará aos terrenos a quantidade de carbonato de cal necessaria //
[92] 24 Fevereiro 1919
Analyse do vinho do mosto fermento como atraz (dia 17 Fevereiro):
Densidade Baumé a 20º = 3,23º
Acidez por litro = 3,50
Alcool % = 6,1 litros a 100º
Dá como atraz o rendimento de 30,5 litros alcool a 100º por 100 kilogramas melaço.
Rendimento 61 litros alcool % assucar fermentavel.
Continuei o desenvolvimento e conservação do fermento com as mesmas doses, conservando sempre habituado a 4/1000 de
Lactomilton.
Vê-se por estas analyses periodicas que o fermento se habituou bem ao Lactomilton, e que se conserva puro. //
[93] 2 março 1919
Analyse do vinho do mosto fermento como atraz:
Densidade Baumé a 20º = 3,18º
Acidez por litro = 3,7 gramas
Alcool % = 6 litros a 100º
384 Na cabeça da página: «Nota: Pode-se talvez, pela desidratação pela cal, produzir por 24 horas 9 a 10.000 kilogramas adubo azotado, além do que pro-
duz pela destillação em ammoniaco volatil.».
356
Dá o rendimento de 30 litros alcool % melaço
Analyse bacteriologica:
Esta analyse feita no vinho claro, mostrou grande quantidade de bactonites[?], longas como do acido lactico ou fermentação
putrida (?), cuja causa não posso bem dizer qual seja, mas crêio ser devido á fermentação longa a baixa temperatura, ou talvez
por contaminação do mosto fermento adccionado[sic] em 2 vezes em 2 dias. //
[94] Lavagem do fermento contaminado.
Tirei do ballão do fermento todo o liquido alcoolico do melaço, e sobre o percipitado do fermento (que era em grande quan-
tidade) deitei agua para o lavar e deixei percipitar o fermento até ao dia seguinte (4 março).
4 março
N’este dia tirei uma parte d’esse fermento percipitado e deitei em um ballão mais pequeno (de 2 litros), juntando-lhe depois
uma solução <simples> de assucar a 10% (1 litro) <esterilisado>, para fazer o épuissement do fermento e bacterias como
recomenda Pasteur para as selecções. //
[95] 5 março 1919
Pouco tempo depois a fermentação fez-se, e n’este dia (dia seguinte a 4) tirei o liquido quasi claro de sobre o percipitado
do fermento e juntei ao fermento percipitado nova solução d’assucar a 10% (um litro) esterilisado n’este mesmo dia.
Analysado o vinho fermentado ao microscopio, vi que tinha diminuido em grande quantidade as bacterias, tendo contudo
ainda algumas. O fermento sem granulação.
Densidade do vinho = 0º
Alcool % = 4,1
Esta 1ª analyse do alcool é feita sobre um liquido diluido pelo fermento lavado (30% fermento pouco mais ou menos). //
[96] 7 março 1919
A fermentação no dia 5 fez-se um pouco mais dificilmente, e a 6 ainda fermentava, de forma que somente a 7 é que estava
parada. Tirei o liquido alcoolico quasi claro e juntei novamente mais um litro de solução assucar esterilisado, a 10%. A analyse
bacteriologica mostrou menos bacterias que raramente se encontravam, e o fermento principiava a granular.
Densidade do vinho = 0º
Alcool % = 5,2º
Nota: É esta a percentagem d’alcool que nas suas esperiencias Pasteur obtem de uma solução d’assucar simples a 10%. //
[97] 8 marco[sic] 1919
Fiz um novo fermento em uma pequena garrafa (1 litro), feita uma solução assucar a 10%, um 1/2 litro em que lhe juntei 21/2
centimetros cubicos de solução de acido phenico a 10%, juntando-lhe depois um pouco de fermento (200 centimetros cubicos
pouco mais ou menos) da garrafa grande que estava sendo tratada (épuissement) e que ainda fermentava (fermento dia 7), para
verificar a selecção recomendada por Pasteur.
O fermento da garrafa grande (de 7) <visto ao microscopio> estava quasi puro, sendo raro vêr uma bacteria. Sobre o mosto
fermentante juntei n’este dia mais um litro de solução assucar a 10%.
Fico com dois fermentos para esperiencia. //
[98] 11 março 1919
Nova solução tanto na garrafa grande (solução a 10% assucar simples) como na pequena (a mesma solução com 2 1/2 cen-
timetros cubicos de solução de acido phenico a 10%).
Em qualquer das duas, a fermentação era já um pouco dificil, o que prova o épuissement do fermento.
13 março 1919
Na garrafa pequena juntei (depois de tirar a parte clara) a solução de assucar a 10% mas sem levar o acido phenico. A analyse
bacteriologica dos dois fermentos, mostrou um fermento puro. //
[99] 13 março 1919
Analyse do vinho do fermento (parte clara) tirado no dia 11 março
Densidade Baumé – 0,4
Alcool % = 5,1
Da solução sem acido phenico.
15 março 1919
Tirada a parte clara de sobre o fermento percipitado, juntei a solução nutritiva abaixo para desenvolvimento do fermento
puro (na duas [sic]):
357
Para 2 litros: Saccarificação de 200 gramas de malte
1 litros de solução assucar ..................a 10%
Esterilisado
Acido chlorydrico ...............................10 centimetros cubicos
Sel nourriciere .....................................6 gramas
malto-peptona.......................................10 gramas
Phosphato ammoniaco .........................0,2 gramas
Lactomilton .........................................6 centimetros cubicos }
//
[100] 18 de março 1919
O fermento percipitado tratado pela solução nutritiva do dia 15, fermentou muito bem, melhor na garrafa grande que na
pequena que foi tratada pelo acido phenico, e isso é rasoavel.
Fiz n’este dia nova solução seguinte que juntei ao fermento percipitado, depois de tirados os claros:
Para 2 litros solução: Saccarificação de 200 gramas de malte
200 gramas de melaço = ......................100 gramas assucar fermenticivel
Acido chlorydrico ...............................10 centimetros cubicos
Sel nourriciere .....................................6 gramas
malto-peptona ......................................10 gramas
Phosphato amoniaco ...........................0,2 gramas
Lactomilton .........................................6 centimetros cubicos //
[101]385 Este novo fermento foi feito na garrafa grande de 10 litros, para continuar o desenvolvimento do fermento em
grande.
Nos dias seguintes juntar por dia uma solução por litro de: (2 litros):
melaço .................................................200 gramas
acido chlorydrico .................................5 centimetros cubicos
Esterilisado
Sel nourriciere .....................................3 gramas
malto-peptona ......................................5 gramas
Lactomilton .........................................4 centimetros cubicos
Phosphato amoniaco ............................0,1 gramas
Esta solução deve ser junta ainda com a fermentação activa, e completa que seja a garrafa, fazer em um garrafão de 60 a 70
litros. Nota acima: //
[102] Notas sobre a contaminação do fermento puro.
Não podendo vêr de onde poderia provir a contaminação do fermento atraz dita, verifiquei ao microscopio o Lactomilton,
no qual vi que se tinha desenvolvido um fermento em globolos redondos que não posso bem dizer o que são, mas deve ser o
fermento do leite, que junto ás soluções de melaço se tornaram em bacterias laticas ou outras que mostraram no fermento. O
Lactomilton tinha cheiro a queijo.
O Lactoformol de 2 annos não tinha cheiro algum a fermentação, e não se via fermento algum seja de que espece fôsse. //
[103] 19 março 1919
Verificado ao microscopio o fermento do dia 18, mostrou um fermento puro, tendo muitas cellulas de fermento (redondas)
morto, ou épuisée, e tendo bastantes cellulas ovaes em bourgeonement e bem activas, o que prova que a selecção se fez bem
resistindo o fermento mais activo e puro, isto é, o fermento alcoolico puro. Não pude vêr nenhuma bacteria.
Para evitar a contaminação pelo Lactomilton, devido aos fermentos que contem, juntei o Lactomilton na solução antes de
esterilisar pelo calor.
Fiz barbotagem d’ár 3 vezes por dia. //
[104] 22 março 1919
Obtidos 8 litros de fermento na garrafa grande, preparei n’este dia melaço para se poder fazer 60 litros de solução, a deitar
20 litros por dia n’um garrafão grande de 70 litros:
60 x 200 = 12 kilogramas melaço:
60 x 5 = 300 centimetros cubicos acido chlorydrico:
385 Nota na parte superior da página: «Nota: A primeira solução abaixo foi deitada no dia 20 março.». No fim da mesma página remete-se para esta obser-
vação.
358
60 x 4 = 240 centimetros cubicos Lactomilton:
60 x 3 = 180 gramas sel nourriciere:
60 x 5 = 300 gramas malto-peptona:
60 x 0,1 = 6 gramas Phosphato ammoniaco
Dissolvido o melaço a 25º Baumé tendo em solução as substancias acima foi esterilisado, sendo guardado em um garrafão,
de // [105]386 onde se tirava esta solução para fazer os 20 litros de liquido nutritivo a 9º Baumé feito com agua pura de fonte sem
esterilisação.
Malte verde para liquido nutritivo para os fermentos:
Fazer germinar a cevada como usualmente 20 kilogramas por dia. Este malte verde estreçuado em um moinho é saccarifi-
cado, e a parte liquida junto ao melaço desfeito antes da esterilisação para a preparação dos fermentos do apparelho Barbet, 20
kilogramas em cada dia. //
[106] 24 março 1919
N’este dia ficou o garrafão cheio com 60 litros pouco mais ou menos de fermento.
Esterilisei a pipa de 500 litros de desenvolvimento de fermento em grande, <e> fiz uma solução (80 litros) de melaço, ester-
ilisado previamente, a 8º Baumé com agua pura de fonte em que levou: Para 80 litros:
Acido chlorydrico ........................... 400 centimetros cubicos
Sel nourriciere ................................. 160 gramas
malto-peptona ................................. 300 gramas
Lactomilton ..................................... 250 centimetros cubicos (?)
Phosphato ammoniaco .................... 8 gramas
que deitei na pipa, juntando-lhe depois o fermento (60 litros), e dando uma injecção d’ár filtrado de continuo durante o dia. //
[107] 25 março 1919
Continuei a alimentação da pipa com solução e melaço a 8º Baumé 80 litros de cada vêz com as materias nutritivas atraz
ditas, duas vezes por dia, continuando a injecção d’ár filtrado, e assim a pipa ficará cheia com 460 litros de fermento activo no
dia 26.
26 março 1919
N’este dia fiz a esterilisação ou <lavagem> dos apparelhos de esterilisação do jus de melaço e apparelho Barbet com agua
acidulada, 20 Hectolitros em que levou 10 litros acido chlorydrico (5 centimetros cubicos por litro), fazendo depois ferver esta
agua no apparelho Barbet para esterilisal’o. O liquido não era arrefecido, //
[108] 27 março na sua passagem no refrigerante:
Fiz uma solução de melaço a 8º Baumé no grande mexidor aproximados 20 Hectolitros, em que levou o seguinte: (= 43 cen-
timetros altura).
Acido chlorydrico ............................ 10 litros
Lactomilton ...................................... 8 “
Phosphato de cal .............................. 2 kilogramas
Quando o apparelho Barbet estava frio, fiz esterilisar este mosto acima e arrefecer a 30º, deixando correr para o apparelho
Barbet até á altura de levar o fermento da pipa, juntando-lhe depois o fermento, mas conservando na pipa um pé de fermento,
e continu-//[109]ando 387 a alimental’a com o liquido nutritivo como do dia 24, para têr sempre um fermento activo no caso do
fermento do apparelho Barbet se perder por qualquer rasão.
Tambem conservei a garrafa de fermento do Laboratorio para o mesmo fim.
Trabalhando bem o apparelho Barbet sem acidentes, devo têr as duas cubas de 20 Hectolitros de fermento puro cheias no
dia 30 de março, e no dia 31 devo têr uma das grandes cubas mãe cheia de fermento, podendo dár principio á moagem da canna
a 31 março, ou 1 abril. //
[110] Pode seguir pois o trabalho das fermentações, como no principio d’este livro explico, levando o mosto para o fermen-
to, por cada 56 Hectolitros de mosto:
Acido chlorydrico .......................... 28 litros
Lactomilton .................................... 17 “
Phosphato de cal ............................ 5,6 kilogramas
386 Anotação na cabeça da página: «Nota: A solução de 200 gramas melaço por litro com as substancias nutritivas ditas, dá 9º Beaumé frio.».
387 Anotação na parte superior da página: «Nota: No dia 31 março posso enviar fermento á Comp.ª Nova.».
359
O Phosphato deve ser na dose de 100 gramas por Hectolitro
O mosto de fermentação geral não leva cousa alguma, a não ser que esteja alcalino, e n’esse caso será acidulado pelo acido
sulphurico a ficar com uma acidez de 0,25 gramas por litro em SO4H2. (Deve levar entre 1 a 2 kilogramas acido sulfurico para
cada 56 Hectolitros de mosto ou jus.). //
[111] Considerandos sobre o desenvolvimento do fermento
O fermento da pipa estava bem activo, mas passado que foi ao apparelho Barbet depois de têr sido o mosto esterilisado nos
apparelhos de esterilisação, o fermento não desenvolvou[sic]!! Verifiquei que a causa era sempre a mesma, isto é, o mosto fer-
mento ficou depois de passado no apparelho de esterilisação com um gosto a <sulfato> cobre devido ao esterilisador, tubos e
refrigerante que não são estanhados interiormente.
Vejo pois que mesmo com o apparelho Barbet bem estanhado, não o sendo todo o apparelho de esterilisação, esta pessima
cousa prejudica o fermento. segue //
[112] Como se deve proceder? Em todos os apparelhos de cobre
É pois sempre indispendavel fazer passar durante uns dias (2 a 3) no apparelho de esterilisação e apparelho Barbet o mosto
fermento acidulado (esterilisando-o) e fazendo fermentar no Barbet, e somente depois de 3 a 4 dias de fermentação n’este appar-
elho e esterilisação, fazer a esterilisação do Barbet, e cultivar o fermento da pipa n’elle.
Para primeiro fermento faz-se na 1as [sic] cubas de fermento mãe de ferro com mosto não esterilisado, e o mosto que pas-
sou no esterilisador para a lavagem d’este, vai á fermentação geral. //
[113] Em caso de paragem:
Terminada que seja a fermentação, ou por uma paragem um pouco longa (mesmo 2 a 3 dias), faz-se passar nos apparelhos
agua contendo em solução 1% de carbonato de soda, em quantidade suficiente que dê para 1 1/2 ou 2 horas de trabalho, (no
Torreão será 56 Hectolitros contendo 56 kilogramas de carbonato de soda), deixando os apparelhos cheios <e todos os tubos>
com esta agua alcalinisada (os apparelhos deve trabalhar a quente), a fim de bem neutralisar os acidos para não se formar os
sulfatos em grande quantidade. Para metter em trabalho novamente procede-se como atraz para evitar surprezas.
Nota: O carbonato de soda a 1% tirou a tinta do tanque pintado!
Deve pois limpar bem os sulfatos de cobre. //
360
[117] Fermento conservado de 1918 Livro de Notas Nº 2 – 1918
Este fermento guardado d’esde 10 abril de 1918 a 10 abril de 1919, iste[sic] é, um anno, nas condições descriptas no livro
de Notas de 1918 – Nº 2, fiz cultivar n’um liquido nutritivo composto de:
180 gramas de malte saccarificado, juntando-lhe 40 gramas assucar a fazer um litro, e esterilisado.
48 horas depois estava em fermentação activa. 72 horas depois fiz cultivar este fermento activo em dois vidros com um litro
solução seguinte:
melaço — — — — — — — — — 200 gramas
acido chlorydrico — — — — — 5 centimetros cubicos
malto-peptona — — — — — — 5 gramas
sel nourriciere — — — — — — — 3 gramas
Lacto-formol — — — — — — — 6 centimetros cubicos que corresponderá a 3
centimetros cubicos (3/1000) por litro. //
[118] Schma de instalação para o emprego do Norit: com recoperação do Norit
361
8º Cuite do xarope brilhante.
Recoperação do Norit:
Para a recoperação, o Norit não deve conter assucar algum, isto é, bem epuissée.
1º O Norit dos Filtros-Presses em tourteaux, bem desfeito <com agua> a não ficar em pastas.
2º No mexidor juntar uma solução de soda caustica a 40º Baumé na proporção de 10% do volume (Norit e agua).
3º Depois de bem mexido <durante tempo suficiente> passar aos filtros presses de recoperação (a solução de soda evapo-
rada serve novamente), e lavar o tourteaux a agua até á neutralidade.
1º a vapor
2º a agua
4º De tempos a tempos lavar o Norit (quando não declora bem) com uma solução de acido chlorydrico = 1 kilograma por
100 kilogramas Norit. Lavagem. <á neutralidade> //
362
[124] Desenho Systemetrico de uma columna de destillação retificação a alto grau <(?)>, podendo tirar alcool bruto por A
A’, ou tambem tirar alcool pasteurisado por B a um refrigerante fazendo a extração dos Etheres por A’ e das escencias por C.
D torneira de alimentação do vinho a destillar.
E entrada da agua de refrigeração e condensação.
F prova do vinhão.
Columna de 500 milimetros com escalla regular.
Para destillação do vinho d’uvas ou outro liquido fermentado de bons aromas, vêr Livro de Notas sobre vinhos e xarope
1918-1919. //
[125]
Escalla 1/50 Vêr detalhes construção nos principios d’este livro de Notas. //
363
[126] Medida de um circulo em milimetros quadrados Escalla 1/10
364
Calculando pois 0,120 decimetros quadrados de columna para destillar 100 litros vinho <24 horas> com 7 a 8% alcool, será
em uma columna de 1,960 decimetros x 15 pratos = 29,4 decimetros quadrados
x = 29,4 = 245 Hectolitros vinho que destilla.
0,120 //
[127] Proporções das columnas de Destillação
Nas columnas de destillação para vinhos com 7 a 8% alcool, a secção dos pratos da columna varia entre 0,100 decimetros
quadrados a 0,150 (em decimetros quadrados <Total da columna>) por Hectolitro de vinho a destillar por 24 horas.
É necessario têr o cuidado de têr muito grandes secções de passagens de vapor. A comparação d’esta secção á do prato é
pouco mais ou menos de 1:8?. 1/4 parte
Os trop-pleins devem ser construidos de tal forma que tenham uma grande linha de esvaziamento, isto, para evitar que o liq-
uido não suba muito alto por cima do trop-plein. O perimetro de este //[128] trop-plein terá <1/8 parte pouco mais ou menos>
a metade do diametro da columna. (?)
A altura do liquido sobre os pratos é pouco mais ou menos de 40 a 50 milimetros
A altura do fundo do prato ao bordo do calotte é de 25 milimetros.
A altura das passagens de vapor debaixo dos calottes é pouco mais ou menos de 50 a 60 milimetros.
A altura de barbotagem dos vapores no liquido alcoolico é de 15 a 25 milimetros
A destancia ou afastamento dos pratos 0,180 metros a 0,250 metros. +
A extremidade de um trop-plein 388 // [129] d’um prato no liquido d’aquelle que o precede, fica a 20 milimetros do fundo
d’este.
Com estes dados o numero de pratos necessarios para obter o épuissement varia de 15 a 17 pratos.
O diametro do regulador de vapor é geralmente 1/2 do diametro columna. Os chauffe-vins regula por Hectolitro vinho por 24
horas uma superfice de <arrefecimento> 0,1 centimetros quadrados; O refrigerante 0,2 centimetros quadrados.
Ex: Para 500 Hectolitros em 24 horas:
365
[131] Esterilisador d’ár Barbet Escalla 1/10 Corte Para 500 Hectolitros vinho por 24 horas para cima
366
Livro de Notas 1919
Sobre assucar alcool e diversos Nº 2
DESCRIÇÃO: Livro, papel, 17,4 cm x 11,2 cm, numerado a lápis por nós e em bom estado de conservação.
367
368
[forro da capa início] Fermento conservado de 1918
Continuação do Livro Notas Nº 1 – 1919
A fermentação fez-se bem, e o fermento visto ao microscopio mostra um fermento activo, mas não pude ainda bem apreciar
a sua pureza.
14 abril 1919
Procedi á analyse microscopia do mosto fermentante e vi que o fermento continha grande quantidade de bacterias lacticas
e algumas butyricas, e que o fermento estava um pouco granulado, isto é, um fermento impuro. Não o aproveitei pois. Quanto
ao fermento de vinho guardado na garrafa estava puro e activo. //
[2] Analyse do Phosphato de cal Feito por Monsieur Marliere389 12 – Abril 1919
Phosphato de cal de 1918:
Cal por % grama ..............................74,48
Acido phosphorico ..........................25,52
Não é pois um phosphato bicalcique como deveria ser, porque para ser bi-calcique deveria conter
Cal ...................................................67%
Acido phosphorico ..........................33%
Phosphato de 1919
Cal % grama ....................................72,96%
Acido phosphorico ...........................27,04%
O acido phosphorico nos dois é insoluvel na agua, mas soluvel nos acidos (citrato, chlorydrico e SO2). //
369
Nota: Esta percentagem de melaço <Indigena> por Hectolitro ás densidades ditas, corresponde a uma solução a frio con-
tendo todas as substancias nutritivas para o fermento n’um mosto fermento.
100 kilogramas melaço (para 500 litros mosto a 9º Baumé) contendo materias nutritivas
Acido chlorydrico ..................2,5 litros = 5 centimetros cubicos litro
Maltopeptona ........................1,500 kilogramas = 3 gramas “
Sel nourriciere .......................1,500 kilogramas = 3 gramas “
phosphato de cal ...................500 gramas = 1 grama “
Lactoformol ..........................1 litro = 2/1000 “ //
[5] Esterilisado tudo junto, menos o Lactoformol que juntei depois da esterilisação.
Este melaço assim preparado e esterilisado, dissolvido em agua pura e limpida a ficar na densidade de 9º Baumé, contem
por litro solução as doses regulares de materias nutritivas, podendo-se fazer com elle as doses de mosto que se necessitar, para
a alimentação dos fermentos.
O Lactoformol deve-se augmentar gradualmente a dose até 5/1000, afim de habituar o fermento pouco a pouco a este anti-
ceptico, e conservar a pureza do fermento, que com elle se obtem esse desideractum. //
[7] Fabrico do alcool a 40º Cartiere de canna. Nas fabricas novas na matricula.
Nota: Torreão e Comp.ª Nova tira 2,16 litros alcool a 100º por 30 kilogramas canna.
Calculando n’estas fabricas o mesmo rendimento que em aguardente, mas em alcool em 40º Cartiere, e com quebra mini-
ma de 5% (?) na retificação da aguardente, a como sai o alcool?
7 1/2 quartilhos em 27º Cartiere, dará em alcool em 40º Cartiere, com quebra de retificação de 5% aproximados 5,26 quar-
tilhos em 40º = 1,9 litros alcool <= 1,8 litros a 100º> Nota
Custo de 30 kilogramas canna ....................... 600 reis 63 litros por tonelada cana
Fabrico aguardente e retificação .................... 300 “
Custo de 1,9 litros alcool ................................ 900 “
ou seja 474 reis por litro alcool em 40º <95º Centigrados> Cartiere. Vendendo a 600 reis litro deixará lucro por 30 kilogra-
mas canna 239 reis. //
370
Lemos390.
O trabalho dos moinhos da canna muito melhor do que em 1918, devido á apleinagem dos cylindros dos engenhos. //
390 Fabrica de destilação de álcool, denominada Companhia Nova, da firma José Júlio de Lemos, Sucessores.
391 Anotação na cabeça da página: «Nota: Medido o tanque do jus com agua fria, até escorrer pela torneira todo o liquido (fica um resto) deu exactamente
702 litros de capacidade com 0,85 metros altura.».
371
Jus 96 litros = 4,2 litros alcool
Melaço 5,8 kilogramas a 30% =1,74 “
Total alcool Hectolitro vinho 5,94 “ a 100º que em 450 Hecto-litros = 2673 litros alcool 24 horas
Tendo melaço suficiente a fazer a fermentação a 10º Baumé, será por Hectolitro mosto (conservando o jus a mesma densi-
dade actual):
5 1/2º a elevar, % será = 12,600 kilogramas melaço em 91 litros jus a 4 1/2º Baumé = 700 kilogramas por 56 Hectolitros.
Rendimento do melaço = 3,78 litros alcool a 100º
91 litros jus = 3,98 “ “
Total alcool Hectolitro 7,76 “ “ (?)
Em 450 Hectolitros = 3491 litros alcool por 24 horas.
Será aproximado 5600 kilogramas melaço por 24 horas. //
6º Baumé
140 “ melaço = 195 kilos “ “
5600
Rendimento será:
5460 litros jus a 4,38 litros alcool % = 239 litros
195 kilogramas melaço a 30% = 58 “
Total em 56 Hectolitros 297 “ ou seja 5,3 litros alcool a 100º por Hectolitro vinho.
Em 450 Hectolitros 24 horas = 2385 litros alcool.
Pode-se porém talvez n’esta densidade fazer por 24 horas 500 Hectolitros, e então dará em alcool a 100º = 2650 litros.
600 Hectolitros vinho dará = 3180 litros alcool. //
372
[19] Boletim d’analyse do Adubo, Feito em Lisboa 6/8/917 por C. Lapierre
Azote total ..........................................................1,40%
Nitrico ................................................................2,50 “
Acido phosphorico .............................................2,67 “
Cal (CaO) .........................................................38,30 “
Materis organicas, agua, etc. por diffusão ...... 55,13
100,00
1920 – Custo? Vêr Livro Notas Nº 1 – 1919
Valor de 11500 kilogramas tourteaux a 20 reis kilograma = 230$000
4600 kilogramas cal a (?) 60 reis kilograma <1920 100 reis> = 276$000
Despezas moer a cal a 5 reis kilogramas = 23$000
“ preparação adubo a 3 reis kilograma = 48$000
577$000
Custo por kilograma 52 reis aproximado
Cal a 100 reis = Para vender a 80 reis kilograma adubo feito //
373
[22] Fermentação 3/5/919
Com fermentação, feito o mosto medio a 10º Baumé (8º fermento, 11º mosto geral), a fermentação é excessivamente longa,
e o aquecimento vai até 38º-39º temperatura, e como temos uma capacidade de cubas de fermentação geral somente de 2000
Hectolitros, não suficiente á alimentação da destillaria. Vou pois passar (a 3 maio) a fezer o mosto, tanto dos fermentos como
geral, a 8º Baumé para que a fermentação se fassa mais rapidamente, e se possa gastar mais jus de deffusão.
Para fermentar a 10º Baumé, necessitava 6 cubas de 500 Hectolitros = 3000 Hectolitros totaes, com fermentação de jus def-
fusão e melaço. //
374
Este apparelho pode destillar uma media de 17 Hectolitros vinho por hora = 420 hectolitros em 24 horas
Esperiencia feita. 5/5/1919 //
[26] Rasões da modificação 5 maio 1919
Como este apparelho pela modificação feita em Janeiro 1919 não dava o maximo de destillação por isso que era deficil reg-
ular a agua em A para apenas entrar a suficiente ao condensador B, o que dava em resultado aquecer muito o alcool sahido em
C, e dando mais agua parava a destillação carregando o thermometro <D> a 95º, quando elle deveria trabalhar entre 98º a 100
para dár o epuissement completo, fiz separar a refrigeração por a torneira E que dava somente a agua necessaria á condensação
em B. //
[27] Schma do apparelho Paulmann (modificado) 1919
375
Não deu ainda assim bom resultado. Vede modificações adiante. //
[28] Columna retificadora apparelho Paulmann.
376
[30] Esperiencia de destillação no apparelho Barbet destillação-retificação Directa do vinho 7/5/919
Cuba Nº 9 de 344 Hectolitros capacidade. Vinho com 7,4% alcool a 100º, 15º
Principiou ás 5 horas 1/4 manhã 7 = 20 horas
Terminou 1 hora 1/2 “ 8
Nos do Contador achado = 7435
Nº de destillado = 9372
Produzio Litros alcool 1937
Grau a 15º temperatura 95,5º
Litros alcool a 100º = 1850 litros
Etheres ——————— 760 litros a 95,2 a 15º
Etheres a 100º a 15º temperatura = 723 litros
Os olios sahiam no apporador em olio puro lavado.
Alcool na cuba pela analyse = 2545 litros a 100º.
Alcool total produzido = 2573 “ “
Acrescimo 28 “ “ //
[31] Vê-se pois que o apparelho trabalha nas melhores condições, dando um bom producto de destillação directa, sem per-
das, com lavagem dos olios no seu respectivo apparelho, podendo destillar uma media de 410 a 420 Hectolitros de vinho com
7,4% alcool: O producto sai nas proporções seguintes:
Alcool bom gosto 1850 litros a 100º = 71,9%
“ Etheres 723 “ = 28,1%
2573 100
Comp.ª Nova no seu apparelho Barbet pode produzir 2700 litros alcool a 100º de todos os jets, dando 90 a 91%, de bom
gosto, mas sem lavagem d’olios. //
377
Em alcool = 322.500 litros a 100º
Comp.ª Nova:
90 toneladas canna 24 horas, 60 dias = 5.400 toneladas
Dará: Assucar a 6,4 kilogramas % = 345.600 kilogramas assucar
24,3 litros (tonelada) = alcool jus e melaço = 131.200 litros a 100º
Total em assucar Torreão e Lemos392 = 2.670 toneladas
“ em alcool “ “ = 453.700 litros
Para produzir 650.000 litros alcool, faltará pois adquirir 2740 toneladas canna alcool directo. //
[36] Destillaria
Como a media do assucar no jus diffusão é de 6,5% assucar, os 93,57 litros de jus em um Hectolitro de mosto, devem con-
ter aproximados 6,082 kilogramas assucar,
que ao coefficiente 0,58 dará alcool 3,527 litros = 58%
9 kilogramas melaço a 29% rendimento = 2,610 = 42%
Total provavel alcool Hectolitro 6,137
A media da 1ª situação deu para o jus diffusão 6,96% assucar, e assim o mosto em 8º Baumé dará:
93,57 litros a 6,96% assucar = 6,512 kilogramas a 0,58 = 3,777 litros = 59%
9 kilogramas melaço a 29% rendimento = 2,610 = 41%
Total alcool Hectolitro 6,387 por Hectolitro posto em fermentação.
100 litros jus dará aproximado 4,03 litros alcool 100º
Em 1918 deu o jus 5 litros alcool % litros //
378
Teremos assim que nos dois apparelhos, Nº 1 e 2 se pode destillar aproximados 800 Hectolitros vinho que dará 5000 litros
alcool 100º segue //
[38] Torreão – Calculos destillaria
Segundo os calculos atraz, a destillaria do Torreão pode destillar 5000 litros alcool por 24 horas, tendo uma capacidade de
cubas de fermentação geral de 4000 Hectolitros
Cada 100 kilogramas cana, pela esperiencia de 1919, com a imbibição do bagaço entre o 1º e 2º moinho, e tirando 250 litros
jus por diffusor, dá 20 litros jus, que em 460 toneladas canna por 24 horas dará 920 Hectoltiros jus diffusão.
Ora, 920 Hectolitros jus dará (4,03 litros %) 3700 litros alcool, restando pois para o melaço 1300 litros alcool, ou seja 4500
kilogramas melaço. Como // [39] <porém> cada 100 litros jus leva aproximados 10 kilogramas melaço para ficar em 8º Baumé,
os 800 Hectolitros deve levar 8000 kilogramas melaço, e assim será:
Jus 740 Hectolitros ou 80% do jus:
melaço 8000 kilogramas ou 5700 litros.
460 toneladas canna dará 16.500 kilogramas melaço
Gasta-se 8.000 “
restará 8.500 “ que em 60 dias será 510.000 kilogramas = 148000 litros alcool
ou 30 dias de trabalho na destillaria a mais da Laboração.
Isto é que, em 90 dias fazer-se-ha 27.600 toneladas canna, e todo o alcool de jus e melaço correspondente aproximado a
448.000 litros. //
Calculos em escudos
92 kilogramas assucar a 260 por kilo 23$92
15,8 litros alcool jus e melaço
a 320 por litro a 100º 5$05,6
Total 28$97,6 //
[41]393 Calculando a tonelada de canna posta na Fabrica e em concorrencia a 17$00 por tonelada = 510 por 30 kilogramas,
e as despezas de fabrico em 6$00 por tonelada canna <media dos 5 annos>, dá um total 23$00
Teremos pois:
Venda dos productos = 28$97,6
Custo da canna e fabrico = 23$00
Lucro por tonelada, cana 5$97,6
Fazendo somente alcool do melaço, lucro = 6$77,6 por tonelada
Calculando um minimo de 20.000 toneladas canna no Torreão para assucar e alcool, lucro será 119:520$00
Será 45 dias de Laboração assucar e mais 30 dias alcool melaço = total 75 dias
Dará em assucar turbinado – 1.840.000 kilogramas
Em alcool a 100º – 316.000 litros
Sendo sô do melaço = 232.000 litros alcool. //
393 Na cabeça da página: «Nota: Não empregando o jus diffusão para alcool mas sim para assucar, dará 100 kilogramas assucar por tonelada e 40 kilo-
gramas de melaço.».
379
[42] Calculo para uma Fabrica de 150 toneladas canna com extração de 92% Como Comp.ª Nova
Nos mesmos 50 dias do Torreão.
Em turbinado 95 kilogramas
Em melaço 3,830 kilogramas a 50% 19,10 “
No bagaço e borras 12,50 “
Perdas
{
Indeterminados 3,40 “ ?
130,00
? Calculos nas mesmas condições Torreão:
95 kilogramas assucar turbinado a 260 por kilograma = 24$70,0
Alcool do melaço a 28% 320 reis = 3$42,4
1
Total venda productos 28$12,4
Custo da canna e fabrico 23$00,0
Lucro liquido 5$12,4
150 toneladas 24 horas = 50 dias 7.500 toneladas canna
Uma Fabrica de 150 toneladas custará 300:000$00 a 10% Amortisação 30:000$00 no 1º anno
Lucro liquido em 7.500 toneladas = 37:500$00 //
[43]394 Torreão pode porém junto com Comp.ª Nova fazer 600 toneladas canna 24 horas, que dará em 50 dias 30.000
toneladas.
Que das 10.000 toneladas a mais das 20.000 não queira tirar lucro algum para combater a de 150 toneladas, terá pelo menos
20:000$00 dos lucros das 10.000 toneladas no Torreão e Comp.ª Nova (pagando 30:000$00 Comp.ª Nova) para esse fim.
Assim Torreão terá 20:000$00 contra 7:500$00, do lucro depois amortisação, da Fabrica de 150 toneladas
Será pois: 20:000$00 em 5 annos 100:000$00
E o juro capital? 37:500$00 “ “ 187:500$00
Nunca poderá pois a Fabrica de 150 toneladas ser amortisada. [Ass:] João Higino Ferraz //
[44] Emprego do bisulfito de soda no trabalho das fermentações do melaço e tratamento das vinhaças. Por Monsieur
Vasseux Bulletin Association des Chimistes Nº 10 a 12 – 1917-1918
O emprego do bisulfito de soda nas fermentações é para substituir o acido sulfurico nos mostos de melaço e tratamento das
vinhaças, ou mesmo o acido chlorydrico
O bisulfito de soda que é obtido em grande quantidade como resido da fabricação do oléum, é vendido actualmente ao preço
de 1 franco os 100 kilogramas.
Não se observa nenhum inconveniente na substituição de bisulfito pelo acido sulfurico ou chlorydrico //
[45]395 As fermentações sam boas, o rendimento de 61 a 62 litros d’alcool a 100º por 100 kilogramas de assucar é mantido.
Os melaços sam tratados a frio, sem demitragem, os mostos sam postos em fermentação a densidades elevadas, 1100 e mais, e
os vinhos contem aproximado 10% alcool.
Sobre as vinhaças vêr o Bulletin.
Como usar o bisulfito? Naturalmente habituando o fermento a esse antiseptico até á dose de 0,3 gramas de SO2, ou seja <16
centimetros cubicos por litro alcool> 1 centimetro cubico por litro mosto (o bisulfito de soda deve talvez conter 300 gramas
SO2 por litro), ou seja 100 centimetros cubicos de bisulfito por Hectolitro.
Nota: Para cada 100.000 litros alcool = 1600 litros bisulfito //
380
Cuite por 24 horas, com 16.720 kilogramas melaço.
Canna trabalhada por 24 horas = 460 toneladas
Torreão + 80 toneladas para assucar Comp.ª Nova = 540 toneladas
Dá pois 3,100 kilogramas melaço % canna. //
381
Nota: Esta modificação tem por fim evitar que os tubos inferiores se sugem mais rapidamente, evitar o deposito de borras. //
dando n’este estado uma fermentação longa ainda que activa, mas formando muita espuma (liquido nutritivo, jus diffusão e
melaço).
Para poder tirar os fermento regu-//[51]larmente 396 dos apparelhos Barbet e pequenas cubas (20 Hectolitros) de fermento
mãe, todas as 12 horas, terminei com as grandes cubas mãe (240 Hectolitros), tirando directamente das pequenas cubas mãe á
cuba de fermentação geral, alimentando cada cuba, conforme a sua, capacidade, com 2 a 4 cubas fermento mãe, isto é, de 30 a
396 Nota na cabeça da página: «Os fermentos devem ser tirados todas as 12 horas, para não enfraquecer.».
382
70 Hectolitros de fermento activo e puro.
Todas as 24 horas deitava no mosto fermento a esterilisar para o apparelho Barbet, o seguinte:
Malto peptona 300 gramas
Sel nourriciere 180 gramas //
383
[57]398 A bomba que eleva o mosto do mexidor á salla das fermentação [sic] fáz os 56 Hectolitros em 45 minutos n’uma mar-
cha regular continua, mas trabalhando um pouco mais rapido pode fazer em 40 minutos, mas isto para um trabalho maximo de
500 Hectolitros vinho 24 horas, e nunca para 800 Hectolitros = 60% mais.
Necessita pois para o trabalho de 800 Hectolitros uma bomba maior <e 2 mexidores>
Temos pois: 8 medidores a 15 minutos 120 minutos
Elevar o mosto 40 “
Tempo total para 56 Hectolitros 160 “ ou seja 2 horas e 45 minutos, dará pois segundo estes calcu-
los para 500 Hectolitros no maximo por 24 horas.//
398 Anotação na cabeça da página 57: «Nota: O mexidor do assucar (Fabrica) de 40 Hectolitros pode servir.».
399 Na cabeça da página: «Nota: Jus diffusão entre 4 1/2 a 5º Baumé.».
384
[62] Refrigeração do jus de diffusão 23 maio 1919
Com a montagem do Kestner de 100 metros quadrados de superfice de refrigeração (antes superfice aquecimento), que tra-
balha como refrigerante, e passando o jus além d’isso nos dois rechauffeurs servindo de refrigerantes, o que sai aos medidores
entre 24º a 25º temperatura, emquanto que somente nos rechauffeurs sahia a 33º-34º.
A superfice de refrigeração é assim a seguinte:
Jus incecial[sic] a 80º a 85º temperatura
Kestner ..............................100 metros quadrados superfice refrigeração
2 rechauffeurs..................... 70 metros quadrados “
Total ...............170 metros quadrados “
500 Hectolitros por 24 horas de jus = 3 Hectolitros metro quadrado 24 horas //
385
[66] Rendimento real da Cuba Nº 10 sem barbotagem do CO2 na agua
Destillada a cuba nos dois apparelhos Nº 1 e 2 levou 19 horas a sua destillação (615 Hectolitros), nas condições seguintes:
Apparelho Nº 1 – alcool a 100º a 15 = 2184 litros
“ Nº 2 “ “ = 2121 “
Total do alcool a 100º 4305 “o que dá 7 litros alcool a 100º a 15º por 100 litros vinho destil-
lado, isto é, mais 0,2 litros do que a analyse, o que faz um rendimento superior em cuba fechada de 8 1/2% alcool.
A agua de barbotagem mostrou 9,2% alcool!!401
Apparelho Nº 1 destilla <440 Hectolitros> em 24 hora [sic] 2780 litros 100º
“ Nº 2 “ <417 Hectolitros> “ 2670 “ “
Total alcool em 24 horas dos dois 5450 “ “
Corresponde aproximado 790 Hectolitros vinho. //
386
[70] Destillaria – Jus diffusão melaço
Com o emprego do jus diffusão em 1919 para fabrico do alcool, cujo jus tinha a media entre 4 1/2 a 43/4º Baumé, para fazer
a fermentação a 8º Baumé, em que levava melaço, o rendimento por Hectolitro vinho era 6,3 litros alcool a 100º a 15º temper-
atura
O alcool do jus representava 58%
“ do melaço “ 42%
A media do assucar no jus = 7,333%, o que equival (ao coefficiente 0,58) = 4,253 litros
Nota: Esta fraca densidade do jus de diffusão <em 1919>, era devida á imbibição de 12% entre o 1º e 2º engenho com agua
quente, e além d’isso á tiragem regular por bateria 28 Hectolitros jus todas as 6 horas além dos 2 1/2 Hectolitros por diffusor //
[75] Qual será o resultado industrial em 1920, trabalhando n’estas condições e empregando o jus diffusão para alcool (?)
Comparativamente a 1919: Trabalhando 30.000 toneladas canna: Canna com 12,7% assucar na cana: Por % canna será:
402 Anotação na cabeça da página: «Nota: Os engenhos necessitam um Krajuski em logar do esmagador Harvy.».
387
Assucar turbinado real ...........................................10,00
Para alcool do jus ................................................... 0,40
3 kilogramas melaço (minimo) a 50% assucar ....... 1,50
No bagaço ........................................ 0,35
Perdas
{ Na borra ........................................... 0,23
Indeterminados................................. 0,22
} 0,80
12,70
10 kilogramas assucar a 280 reis kilo ?............2$800
Lucro 195:000$00
alcool do jus 0,232 litros a 320 litro ?................$074
Em 30.000
toneladas
“ do melaço 0,87 litros “ “ .................. $278
3$152
Custo canna e fabrico .......................................2$500
Lucro % .......................................$652 //
[76] Resultado comparativo geral da imbibição entre 1º e 2º moinho. 1918-1919 Extração media 96% do assucar da canna
Com a imbibição entre o 1º e 2º moinho feito em 1919, com uma imbibição de 12% aproximados, mas somente pela parte
superior do bagaço, o resultado comparativo entre 1918 sem imbibição e 1919 com imbibição, foi o seguinte
Campagne 1918 – Assucar % bagaço 7,420
“ 1919 – “ “ 4,805
Extração a mais 1919 = 2,615 o que dá, calculando 30 kilogramas d’este bagaço % canna, 0,784 kilo-
gramas assucar extrahido a mais pela imbibição (junto á garapa normal) % canna em 1919, // [77]403 que não entrou na bateria
de diffusão do bagaço, o que calculando uma media de 1360 kilogramas canna por diffusor dá menos 10,662 kilogramas assu-
car por diffusor, correspondente (1919) a 140 litros jus por diffusor, o que calculando uma media de 24 horas de 350 diffusores
= 3730 kilogramas assucar ou 490 Hectolitros de jus diffusão a menos por 24 horas.
Em 1930, com a imbibição superior e inferior do bagaço, e com a montagem do Krajeuski, deveremos têr melhor imbibição,
e tirar somente 2 Hectolitros jus por diffusor, que em 350 diffusores dará 700 Hectolitros – 500 Hectolitros á destillação resta
200 Hectolitros para assucar, ou Comp.ª Nova. //
388
Analyse do tourteaux:
Saccarose ................................................77,94%
Glucose .....................................................5,50%
Pureza .....................................................77,55
Coefficiente glucosico ...............................7,05
Saccarose total 83% (saccarose e glucose)
100 kilogramas de tourteaux deve produzir 48 litros alcool a 100º, e assim para fazer 450 litros de mosto ou vinho a 12%
alcool será 113 kilogramas de tourteaux d’assucar = 142 litros xarope a 34º //
389
Em turbinado real ..........................................................................9,444 kilogramas
Jus diffusão ás destillarias 8 litros (40%) com 6,97% assucar =..0,563 = 0,326 litros alcool
Melaço 3,700 kilogramas a 50% assucar total ............................ 1,850 = 1,073 litros “
No bagaço ....................................................................0,483 1,399
Perdas
{ }
Nas borras ....................................................................0,225
Indeterminadas ........................................................... 000
0,708
12,565 //
390
[86] Apparelho Paulmann Limpeza 23 Junho 1919
Fiz a limpeza d’este apparelho com 50 a 60 kilogramas soda caustica dissolvida em agua quente, fazendo a alimentação com
esta solução <e agua>, e quando principiou a sahir a soda pela descarga do vinhão foi-a aproveitando e deitando novamente na
alimentação junto com a solução de soda fresca, até que a agua e soda sahia groça de borras. Terminada a introdução da solução
de soda <que levou 4 horas>, fiz alimentar com agua durante uma hora. Fechei o vapor da columna.
Fiz entrar na columna pela // [87]405 bomba de alimentação, agua em grande quantidade, trabalhando a bomba a toda o volu-
cidade [sic], afim de limpar bem a columna.
Resultados:
A columna estava perfeitamente limpa, e não foi necessario pois laval’a. Vi 3 pratos em 3 corpos.
A caixa tubular de vapor estava um pouco incrustada, mas facil de raspar. Foi raspada. Tinha alguns tubos tapados com bor-
ras.
O esquentador tinha algumas incrustações mas moles. Foi limpo.
O resto do apparelho (menos a columna de retificação) foi limpo, isto é, o refrigerante que tinha lameiro. //
{
Dá para
405 Anotação na cabeça da página: «Nota: A alimentação da soda feita por cargas fortes, para limpar bem a columna.».
406 Anotação na cabeça da página: «Nota: Em cuba fechada com recoperação do alcool levado pelo CO2, o rendimento é aproximado 61,4 litros alcool %
assucar fermentavel.».
391
[91] Diffusão do bagaço em 1919
Com a imbibição entre o 1º e o 2º engenho na proporção de 12,9%, em que se tirava somente 2 1/2 Hectolitros de jus por dif-
fusor com um Brix de 8,62 (5º Baumé), pude trabalhar em uma sô bateria de 8 diffusores (6 em trabalho) com um trabalho max-
imo de 480 toneladas canna por 24 horas (uma hora de paragem para limpar) e uma carga de 1362 kilogramas canna por diffu-
sor (54,5 kilogramas por Hectolitro capacidade) ou 352 diffusores por 23 horas = 15 diffusores por hora, com um épuissement
de 0,5% ou perda no bagaço. Este trabalho rapido em uma bateria de 25 Hectolitros deu muito melhor resultado do que em 2
baterias de 8 diffusores cada uma. //
392
[forro da capa fim] Cana Violleta 16/5/919 C. Fernandes407 Canna curta:
Baumé a 20º .......................................................12,10º
Saccarose % centimetros cubicos ......................21,42
Pureza ................................................................91,93
Glucose % centimetros cubicos ..........................0,15
Coefficiente glucosico .........................................0,70
Calculando um coefficiente de sumo 0,77 (?) dá assucar % canna = 16,493
Com uma extração de 96% dará assucar extrahido = 15,833 kilogramas, ao rendimento de 80% em turbinado = 12,666 kilo-
gramas.
Mas com a pureza de 92 dará 85% em
90%
turbinado ? dará: = 13,458 kilogramas 14,249
melaço 2,750 kilogramas a 50% = 1,375 1,250
Perdas totaes? 1,660 ? 0,994
Deve dár 90% em turbinado 16,493 16,493
393
394
Livro de notas 1920-1921
assucar, alcool e diversos Nº 3
Especialmente sobre a saccharificação do milho
– cubas fechadas e fermentação
Laboração de 1921
DESCRIÇÃO: Estamos na presença de livro, em papel, 17 cm x 11 cm, numerado a lápis por nós e em bom estado de con-
servação.
395
396
[do forro da capa início até p. 7: textos sobre vinho publicados em volume separado]
[8] 1ª Analyse do melaço importado em 30/11/920 Melaço de refinação assucar canna Amaricano: Nova York [?]
Saccharose directa ......................................36,19%
“ clerget .....................................39,06%
Glucose .......................................................28,95%
Saccarose e glucose em saccarose ..............66,56%
Pureza (assucar directo) – ...........................42,90
Calculando em infermenticiveis 3,56% (?), e calculando o rendimento ao coefficiente 0,60, dará 37,8 litros alcool a 100º por
100 kilogramas melaço.
Como porém este melaço deve conter rafinose, deve-se calcular em 4,56% de infermenticiveis, e assim o rendimento ao
coefficiente 0,60 será de 37,2 litros alcool a 100º por 100 kilogramas melaço.
Ao coefficiente 0,58 = 35,96 litros alcool %. //
[11] 3 Dezembro
A cuba de 240 hectolitros, o seu mosto não tinha gosto a cobre. Depois de aquecida principiou a fazer-se alguma fermen-
tação. Juntei-lhe as duas cubas de 20 hectolitros, deixando um pé n’elles e alimentando novamente.
4 Dezembro
A cuba mãe de 240 hectolitros fermentava bem, assim como as cubas mães de 20 hectolitros. Dei principio á fermentação
geral a 10,5º Baumé.
N’este dia fiz uma saccharificação de milho, como atraz explico, enviando o 1º saccarificador para o mosto geral, e empre-
gando o 2º saccarificador no mosto-fermento, não tendo assim cobre que o prejudique. segue //
397
[pp. 12 a 53: textos sobre milho publicados em volume separado]
[54] Calculo do trabalho do melaco[sic] importado (1920) Refinação assucar canna Fermentação de 5 dias maximo.
Temos capacidade de cubas de fermentação de 2600 hectolitros, e calculando por dia 35 hectolitros para o mosto nutritivo
do milho, sendo 60% para Torreão = 21 hectolitros ou 0,8% da capacidade das cubas, ou seja 105 hectolitros em 30 dias de fer-
mentação, ou 6 vezes <no mez> Teremos:
2600 x 6 = 15.600 – 105 = 15490 hectolitros para melaço todas as 6 vezes mez. Com fermentação a 9,3º Baumé é 21,700
kilogramas melaço por hectolitro, o que dá-nos 15.490 hectolitros pouco mais ou menos = 336900 kilogramas melaço em 30
dias, ou seja 11.200 kilogramas melaço por dia.
5 dias x 6 vezes no mez = 30 dias //
[55]408 Companhia Nova fará por dia 7.500 kilogramas melaço. = 350 hectolitros mosto por dia.
Melaço por dia nas duas Fabricas será 18.700 kilogramas = 6000 litros alcool.
Que os dois carregamentos correspondão a 1800 toneladas melaço, levará assim a fermentar nas duas fabricas 96 dias, e 100
dias para a destillação completa.
Contando de 10 dezembro 1920 a 30 de março 1921 = 110 dias.
Tirando os feriados dá 106 dias. Deve ficar pois terminado o melaço e destillado em 30 de março 1921. //
[72] Em todo o melaço a destillar no Torreão e Comp.ª Nova = 1234 toneladas, deve-se gastar aproximado 34 toneladas de
milho, que produzirá 12.200 litros alcool.
O melaço na media de 32 litros alcool % = 394.800 litros
alcool do milho = 12.200 “
Total 407.000 “
O restante melaço que ficará para a Laboração, a fermentar junto com o melaço da canna = 567 toneladas? dará aproxima-
408 Na cabeça da página: «Nota: Com o melaço da Laboração, Torreão faz por dia 16.000 kilos melaço.».
398
do em alcool = 181.440 litros
Este alcool corresponde a 2600 toneladas canna //
[73] Custo do melaço importado em 1920 E.U.A. Norte. melaço de refinação assucar de canna £ 30$000 reis
Custo por tonelada depachado na Fabrica —- 550$000
Rendimento medio do melaço 32 litros %
É este mesmo o custo actual do milho banco[sic] boa qualidade, cujo rendimento minimo é de 33 litros alcool a 100º %
milho.
A despeza porém do fabrico do alcool de milho é superior em 30% ao do alcool de melaço.
Tem porém o milho que, a sua saccharificação ou mosto sendo filtrado <depois de neutralisado>, produz um minimo de
500 kilogramas tourteaux comestivel para gado, por tonelada milho. //
[76] Inventario Nº 6 – 1920 melaço importado E.U.A. Norte Calculos aproximados antes de terminar a destillação
23/12/920
Alcool realmente produzido = .....................................................38.314 litros
Carga do retificador = ....................................................................1.000 “
Enviado á Comp.ª Nova em fermentos e milho saccarificado ......1.555 “
2716 hectolitros vinho a destillar com 6,8% alcool ....................18.469 100º
Total provavel = ...........................................................................59.338 litros
Rendimento de 5758 kilogramas Cereal a 33 litros % ? ..............1.900 “
Rendimento de 171.500 kilogramas melaço = ............................57.433 litros
Rendimento % melaço = 33,5 litros alcool 40º = 32,06 litros a 100º a 15º temperatura
Nota: Este 1º inventario, as primeiras cubas a sua fermentação não foi regular. Vêr adiante rendimento real. //
399
Calculando 500.000 litros alcool por anno para as fabricas matriculadas, restará para o Torreão 350.000 litros; como em
cubas fechadas dá um rendimento superior em 3% <5%> = 10.500 litros = <17.500> alcool a mais por anno que a uma media
de 3 annos (921-922-923) a 1$50 por litro = 47:250$ <57:000$00>
Deve levar 4 annos a pagar a despeza. //
400
[90] Liquifeção do CO2 produzido
Theoricamente 100 de assucar dá 45 a 46 kilogramas de CO2. Que praticamente se possa obter 50% do CO2 um liquido, dará
% kilogramas assucar fermentavel 22 1/2 a 23 kilogramas CO2 liquido.
N’um trabalho diario de 14.000 kilogramas de melaço com 53% assucar fermentavel = 7.420 kilogramas assucar
Que se calcule em 20% d’este assucar produzir o CO2 nas cubas de fermentos mães não aproveitavel, restará aproximado =
5900 kilogramas assucar, que a 22 1/2 kilogramas CO2 liquido % = 1327 kilogramas CO2 liquido por 24 horas de fermentação
em cubas fechadas. //
[91]409 Para estes 1300 kilogramas CO2 liquido a comprimir, são necessarios 100 obus de 13 kilogramas de CO2 liquido, tym-
brado a 250 atemospheras, por 24 horas.
Deverêmos ter pelo menos um stock de 30 dias, isto é, 3000 obus; mas como este CO2 é a maior parte para exportação, deve-
se calcular o dobro d’esta quantidade.
Calculos: 1922
Custo de 6000 obus a 30$000? = 180:000$000
Fabrico de 90 dias de 117.000
kilogramas CO2 a 50 reis por
kilograma CO2 liquido = 5:850$000
Juro de 6% sobre 180:000$000 = 10:800$000
Amortisação capital 10% = 25:000$000
Custo de 117.000 kilogramas CO2 41:650$000
Custo por kilo CO2 = 356 reis ?!!
Sai a 4$500 por obus de 12 kilogramas //
401
[94] Temperatura de fermentação em cubas habertas 8-1-921
Mesmo com temperatura do mosto geral feito a 29º-30º, a temperatura maxima da fermentação (temperatura atmospherica
a 19-20) era de 33 1/2 a 34º na fermentação activa.
Com a fermentação complementar quasi parada verifiquei uma grande evaporação nas superfices das cubas, mesmo com
temperatura maxima (fin da fermentação) 31 a 32º, o que se vê que, a evaporação em cuba haberta é enorme, e é essa a causa
principal da baixa de rendimento em cuba haberta, o que não acontece em cuba fechada com recooperação, do alcool evapora-
do com o CO2. //
[106] 18-1-921 Medias de 13 dias de trabalho destillaria com melaço importado E.U.A. Norte, mestura dos dois carrega-
mentos: Destillação no apparelho A.R. somente Media de melaço gasto 24 horas = 10.770 kilogramas
“ de hectolitros mosto feito = 550 hectolitros
“ do alcool bruto produzido = 3650 litros a 100º
Teremos:
Melaço por hectolitro mosto a 9º Baumé <com 6,6 litros mosto nutritivo> = 19,600 kilogramas
Media do alcool por hectolitro vinho = 6,63 litros a 100º
Media rendimento melaço = 33,8 litros alcool a 100º
402
N’esta condição de media dá 3456 litros <3594 litros a 96º> destillado vendavel, e 194 litros alcool a repassar (Escencias
somente). segue //
[108] Montagem Filtro-Presse de 1000/1000 Filtro Harvey de 50 quadros: Para filtração de pés de cuba. 21-1-921
Fazendo-se actualmente 550 hectolitros de mosto por 24 horas, em que cada hectolitro contem 6,6 litros de mosto de milho
saccharificado, dará do milho 0,500 kilogramas de borras por hectolitro, e mais 0,300 kilogramas dos fermentos percipitados,
fáz um total de 0,800 kilogramas por hectolitro, em 550 hectolitros será 440 kilogramas.
Que se calcule porém somente 400 kilogramas de tourteaux mole.
No 1º filtro de esperiencia, passou a borra de 580 hectolitros de vinho, mas o filtro não ficou cheio. //
[pp 109 a 114: textos sobre vinho e milho publicados em volume separado]
403
Dará um total – Torreão = 14.000 litros
Comp.ª Nova = 2.350 “
Total alcool cereaes = 16.350 “
Será necessario ———- 50 toneladas milho:
“ “ 1000 kilogramas malte:
Terá que trabalhar os dois destilladores. //
[130] Montagem do Preevaporador Kestner em circulação com a 1ª caixa do Triple-effet, produzindo vapor de jus a baixa
perção para aquecimento dos rechauffeurs (diffusão etc.)
Descripção do Schma:
A Entrada do jus no rechauffeur a evaporar
B Torneira de regular o jus no triple.
C Torneira e tubo de alimentação da bomba D de circulação.
E Sahida do jus evaporado no Kestner <com tubo de nivel e> por syphão á torneira F de introdução no Triple.
G Valvula de redução de vapor directo a H. I vapor exausto.
JJ’ vapor do jus aos rechauffeurs diffusão, ou ao exausto //
404
[131]
Montagem para um trabalho maximo de 600 toneladas canna 24 horas. Torreão e Comp.ª Nova //
405
Restará pois 44000 kilogramas égoûts que produzirão 16.000 kilogramas assucar B2 bruto = 2,990 kilogramas % canna.
N’uma Laboração de 25.000 toneladas canna, teremos:
Assucar 1er jet virgem = 1.750 toneladas assucar
Egoûts a recoser = 2000 toneladas que produzirão 74 toneladas assucar turbinado bruto = 687 toneladas em refinado.
Total produzido em branco = 2.437 toneladas
Rendimento % canna 9,750 kilogramas em branco.
Dará em melaço 1.125 toneladas.
Pode porém reentrar nos cuites 50% dos égoûts ricos e pobres, e tratar os restantes como se segue: //
[136] Reentrada de parte dos égoûts pauvres na garapa dos engenhos: Ver adiante calculo exacto.
Fazendo a reentrada nos cuites de 50% somente dos égoûts ricos e pobres, restará aproximados 24.000 kilogramas égoûts
(?), ou 20.000 litros a 1.300 densidade.
Estes 20000 litros diluidos com 20.000 litros agua, dará um xarope a 19º Baumé = 40.000 litros (são 10 mexidores de 40
hectolitros).
Estes égoûts diluidos, cahindo sobre o bagaço dos engenhos em logar da agua dará, para o trabalho de 450 toneladas canna
por 24 horas (Torreão), 14 litros de solução para cada hectolitro de garapa 411 produ-//[137]zida 412 pelos engenhos (30 litros por
minuto)
N’estas condições, a solução de égoûts será tratado [sic] como a garapa, isto é, sulfitada, alcanilisada, etc, e passado aos fil-
tros presses <+> e tratamentos subsequentes. Dará mais 11 a 12 sulfitadores por 24 horas, sendo 80 sulfitador da garapa + 12
da solução dos égoûts = 92 sulfitadores em 24 horas.
Esta quantidade de 40.000 litros de xarope d’égoûts, mesturado ao jus total (garape e jus diffusão) = 3820 hectolitros e mais
850 hectolitros da Comp.ª Nova = total 4670 hectolitros, dá 8 1/2 litros solução por hectolitro jus = 85 centimetros cubicos por
litro.
+ É indespensavel que a filtração em Filtro-Presse da garapa se fassa bem. //
406
Cuites 1er jet ....................................................................... 150 “
“ 2º “ ........................................................................ 28 “
Turbinagem ........................................................................ 6 “
Gasto normal .......................................................................857 “
Pelo carvão, Torreão gasta,
(produção 8 kilogramas vapor por kilo carvão) = ............. 844 “
Gasto pois a menos ............................................................. 13 “
que corresponde a 24,600 kilogramas de carvão por tonelada canna (Torreão), ou 20 kilogramas com as 100 toneladas por
24 horas da Comp.ª Nova.413
Utiliza-se 220 a 230 kilogramas vapor exausto. //
[141]414 N’uma installação em boas condições, deveria-se gastar em carvão além do bagaço somente: x = 857 – 450 = 407
kilogramas vapor produzido pelo carvão, que a 8 kavalos vapor por kilograma carvão = 50 kilogramas carvão a 55 kilogramas
por tonelada canna, isto é, mesmo em carvão do que se gasta actualmente.
Vapor exausto utilizado = 220 kilogramas vapor
Como porém n’um trabalho regular, quasi todo o vapor exausto é aproveitado nas evaporações e aquecimentos, vê-se que
este mau resultado é em grande parte devido á má instalação da fabrica.
Com o preço do carvão actualmente (1920-1921) é uma diferença enorme. //
[142] Schma de montagem de um fenisseur de evaporação do xarope ou jus, com os vapores perdidos do Triple e cuites, em
evaporação gratuita.
Nota: A diferença entre o grau do xarope entrado no apparelho e o sahido, regula 4º a 5º Baumé. //
413 Higino Ferraz procedeu à rasura destas últimas palavras, de «que corresponde» a «Nova.».
414 Na cabeça da página: «Nota: Em fabricas de assucar de beterraba, o gasto de vapor por tonelada beterraba chega a 1000 kilogramas.».
407
[143] Casos em que se deve empregar esta montagem e como deve ser feita
1º Caso de uma fabrica de assucar com um multiplo effet sem preevaporador mas cujo xarope sai a uma densidade inferior
a 23º Baumé, deve-se montar como fenisseur da evaporação do xarope do multiplo effeito.
2º Caso em que o multiplo-effeito não sendo suficiente ao augmento do trabalho desejado, pode-se empregar como fenis-
seur de evaporação do xarope, o que é mais economico no gasto de agua no condensador barometrico, ou tendo agua suficiente
ao trabalho da condensação, montar como preevaporador do jus como 1ª caixa de multiplo.//
[146] Laboração de 1921 Forma aproximada de trabalho Para a produção de assucar branco
1º
Moagem da canna <com> imbibição entre o 1º e 2º engenho, com agua.
2º Imbibição 12,5%
Diffusão do bagaço fazendo uma extração de 300 a 350 litros
de jus soutirado por diffusor = 230 a 250 litros por tonelada
canna, que em 450 toneladas = 1.050 hectolitros.
Garapa com imbibição = 3.100 “
Total jus 4.150 “ que corresponde a 120 sulfitadores = 5 por hora, ou 12 minutos cada um.
Se a sulfitação fôr rapida, pode-se sulfitar todo o jus de 450 toneladas canna, com dois fornos do SO2 (Temperatura 38º centi-
grados) //
[147]416 A bateria é alcalinisada a ficar o jus muito ligeiramente alcalino ao papel tournesol sencivel. Tirar todas as 6 horas
25 hectolitros jus alem da soutiragem regular
3º. Sulfitação da garapa (e jus) a 0,8 gramas SO2 por litro.
Alcalinisação com leite de cal a 20º Baumé a ficar ligeiramente alcalino.
Junção de Kieselgouhr 25 a 30 litros
phosphato bicalcique 6 a 7 litros
por cada sulfitador de 35 hectolitros.
4º. Filtração do jus total, ou somente a garapa, se a filtração nos Filtros-Presses se fizer mal, mas n’esse caso // [148]
pode-se empregar até 35 litros de Kieselguhr por sulfitador, o que corresponde a 2 kilos por 1000 litros de jus total: Se a
415 Anotação na cabeça da página: «Nota: Maximo de sulfitadores feitos em trabalho normal da garapa 102 por 24 horas.».
416 Na cabeça da página: «Nota: Decantação dos petits eaux alcalinisados para reentrada na bateria.».
408
fitração se fizer bem assim, deve-se sulfitar todo o jus, isto é, garapa e jus diffusão.
Temperatura de defecação entre 97º a 98º, mas nunca além de 100º
5º. Junção ao jus total filtrado junto com o jus da Comp.ª Nova, do Aluminato de baryte na proporção de 20 a 25 litros de
solução de aluminato a 88 gramas por litros, para cada 40 hectolitros de jus. Fazendo a Comp.ª // [149] Nova 100 toneladas
canna por 24 horas, dará Torreão e Comp.ª Nova um total de 4985 a 5000 hectolitros de jus, e assim dará 125 tanques de 40
hectolitros, em que se emprega um maximo de 3125 litros de solução de aluminato de baryta = 275 kilogramas por dia. Este
jus é depois fervido á temperatura de 100-105º no espaço de tempo de 15 minutos no apparelho apropriado.
6º Filtração do jus barytado em filtros mechanicos, e as borras descarregadas d’esses filtros á diffusão do bagaço, cujo per-
cipitado ficará no bagaço. //
[150] 7º Evaporação no triple-effet junto com o Kestner preevaporador-circulador, quando o trabalho seja maximo, afim de
obter xarope a 32º Baumé
8º Sulfitação do xarope obtido a ficar ligeiramente acido ao papel tournesol sencivel.
9º Cuites feitos como ordinariamente, fazendo as reentradas regulares dos égoûts ricos e pobres. Quando a Freitag grande
(250 hectolitros) dê assucar que não esteja nas condições de venda directa ao consumo, esse assucar pode ser // [151]417 refun-
dido, e o xarope junto com o xarope do Triple para ser sulfitado junto com elle. Os égoûts pauvres da Freitag de 250 hectolitros,
para cuites de 2º jet para a filtração em Filtros-Presses de Melasse Cuite. Os égoûts dos filtros-presses de Melasse Cuite con-
siderados melaços épuissée.
10º A turbinagem das Melasses Cuites feito o mais possivel em assucar branco com lavagem a agua e secagem com vapor
surchauffie, e separação d’egoûts ricos e pobres.
Quando a Freitag Grande dê somente assucar bruto, não será lavado, porque será para refundir. Nota acima //
[152] Calculando para Torreão uns 50 dias de Laboração regular continua a 450 toneladas canna por dia =
22.500 toneladas canna
Comp.ª Nova = 5.000 “ “
Total 27.500 “ “
Dará uma produção diaria em assucar turbinado de 53 a 54 toneladas assucar
Melaço 22 a 23 toneladas por dia
Para 27.500 toneladas canna maximos Gasto em productos chimicos: total;
Cal virgem para jus – maximos <1,500 kilogramas tonelada> = 42 toneladas
kilogramas tonelada
Enxofre a 550 gramas tonelada canna = 13 “ pedra calcaria 20
toneladas = Total
desidratação dos
Cal virgem para
tourteaux = 100
409
[154] Calculos dos resultados Industriaes:
Custo da tonelada canna = 70$00
Fabrico assucar —————— = 25$00
Fabrico alcool do melaço = 6$00
Custo total tonelada = 101$00
Venda minima dos productos:
105 kilogramas assucar turbinado a 1$26 = 132$00
12 litros alcool a 3$00 = 36$00
Producto total = 168$00
Custo = 101$00
Lucro bruto por tonelada canna = 67$30
Que se Labore em 1921 (Torreão e Comp.ª Nova) 27.000 toneladas canna, dará Lucro bruto = 1.817:000$00
Para despezas de fabricos totaes, temos assim = 837:000$00. //
410
Podendo porém guardar o vinho fermentado em 500 barricas de 200 litros = 1000 hectolitros, fará mais 8.200 litros
aguardente.
Poderá fazer pois assim, com uma paragem, uns 48.000 litros aguardente, ou seja mais 11.000 litros do rateio.
Notas de Pedro Pires: (Pratica): de cada 160 hectolitros vinho tira 1.170 litros aguardente em 26º Cartiere = 819 litros
alcool a 100º
Alcool por hectolitro vinho = 5,1 litros a 5,2 litros a 100
Tem 11 poços de 160 hectolitros = 1760 hectolitros totaes. //
[160] Nas condições de Pedro Pires, como cada hectolitro contem 5,1 a 5,2% alcool puro, deve corresponder a 7,3 litros
aguardente em 26º Cartiere por hectolitro capacidade, ou seja 2 gallões aguardente.
Cada hectolitro de vinho de canna deve corresponder aproximadamente a 90 kilogramas canna, fazendo a aguardente de
bagaço, isto é, a garapa junta com a imbibição do bagaço. (Rendimento 7/10 gallões por[?] 30 kilogramas).
Para produzir pois um litro de aguardente em 26º Cartiere, será necessario 12,330 kilogramas de canna a 12,500 kilogramas.
Temos porém que, n’um bom trabalho de extração e fermentação, se pode obter com 11 kilogramas canna um litro
aguardente em 26º. //
411
Kieselguhr – 7.000 “ + 5 toneladas = 12 toneladas
Enxofre – 1.500 “
aluminato – 2.000 “ //
419 Na cabeça da página: «Nota: O aquecimento da bateria de diffusão no maximo 70º (entre 65º a 70º).».
420 Na cabeça da página: «Nota: Aluminato de baryta = 230 kilos por malaxeur de 26 hectolitros, filtrado em Filtros-Presses = 5º Baumé frio. 88 gramas
aluminato por litro solução.».
412
1920 sem a sulfitação e defecação do jus diffusão, e mais brilhante (xarope sulfitado <á neutralidade>).
Turbinado o assucar da Cail deu um assucar muito branco e norvoso, (Esperiencia da turbina do Laboratorio), com lavagem
sô a agua. Nas turbinas da Fabrica, porém, deu menos branco devido á sugidade dos tubos, bombas, centrifugas e malaxeurs. //
413
[173] Fabrico assucar em 1921 custo da canna a 2$50 por 30 kilogramas?
Custo da tonelada canna – 83$35
Fabrico aguardente ———— 26$00
“ do alcool melaço – 6$00
Custo total 115$35
Productos:
100 kilogramas assucar a 2$00? = 200$00
12 litros alcool a 3$00 = 36$00
Producto total = 236$00
Custo total = 115$35
Lucro bruto 120$65 por tonelada canna.
Vendendo o assucar a 1$50 por kilograma, deixará um Lucro bruto de 70$65 por tonelada canna, isto somente no caso de
uma baixa de Cambio, em que o assucar tenha probabilidades de baixar.
1
/2 a 2$00 + 1/2 a 1$50 = 1$750 = Lucro = 95$00 por tonelada //
414
Comp.ª Nova envia canna e não garapa defecada. Cannas vindas pelo cabo aerio, sendo transportadas ao cabo por corças
de bois.
Carga media (1 a 4 abril) 1490 kilogramas canna por diffusor
Trabalho a effectuar no Torreão:
300 toneladas canna 24 horas = 9 diffusores por hora
350 “ “ “ = 10 “ “ “
400 “ “ “ = 12 “ “ “
450 “ “ “ = 13 “ “ “ <maximo> //
tolitros dá 4500
Venda productos
82,5 kilogramas assucar turbinado a 2$00 = 165$000
9 litros alcool a 3$00 27$000
192$000
custo 115$000
Lucro bruto 77$000 //
415
lhe juntei furmol, e no tanque de destillaria 7 gramas de fluorure de soda por hectolitro, para que não // [182]422 fermentasse e
se estragasse emquanto não tinha fermento Vasseux.
Qual a minha surpreza, quando vi que, 3 dias depois, este mosto a 11º Baumé estava em fermentação activa?! Analysei ao
microscopio, e vi que o fermento era activo e quasi puro!! Donde proveio este fermento? Será de original da canna? Será um
fermento qualquer?
Em todo o caso cultiveio no Laboratorio, habituando-o pouco a pouco ao fluorure até 15 gramas fluorure de soda por hec-
tolitro.
A fermentação sempre activa e facil de se habituar ao fluorure. //
[183] Assucar turbinado
Em 1.115.550 kilogramas assucar turbinado dos cuites Cail, Freitag pequena e Freitag Grande, corresponde á percentagem
seguinte:
Cuite
Cail virgem .................20% 4650 kilogramas
Freitag pequena ..........37% 9000 kilogramas
“ Grande ............43% 10.200 kilogramas
Temos assim que, da Cail e Freitag pequena se tira 57% assucar branco, restando 43% da Freitag grande, que poderá dár em
assucar vendavel 50% dos 43% = 22%, restando assim a refundir 21%:
Em 2700 toneladas assucar restará para refundir 570 toneladas assucar
Vendavel 79% = 2130 toneladas //
[186] 1921 Calculos para o rateio entre Torreão e São Filippe, no caso de Acordo (?)
Este rateio, para ser regular e de facil fescalisação, deve ser feito pelo assucar produzido que entrar nas notas da Alfandega,
sendo a fiscalisação rigurosamente feita nas duas Fabricas. (Pezo centrifugação e pezo Alfandega)
Calculemos pois que a base do rateio seja a seguinte:
422 Anotação na cabeça da página: «Nota: A analyse das empolas ao microscopio mostrava os microbios em actividade.».
416
Torreão e Comp.ª Nova .............. 84%
São Filippe .................................16%
Qual o resultado que dará? Ficará pois assim destribuido:
Torreão .......................................70% do assucar turbinado
Comp.ª Nova ..............................14% “ “ “
São Filippe .................................16% “ “ “
100 //
[187] Calculemos assim que, a canna para o fabrico de assucar seja calculada em 30.000 toneladas, caberá: Torreão, Comp.ª
Nova e São Filippe; uma media de rendimento de 9,68% em assucar, por isso que;
84% a 10 de rendimento = 8,40
16% a 8 “ = 1,28
media = 9,68% rendimento
Em 30.000 toneladas dará = 2900 toneladas assucar
sendo para Torreão 84% = 2.436 toneladas
São Filippe 16% = 464 “
2.900
São Filippe dá 200 toneladas melaço = 54.000 litros alcool
São Filippe poderá pois moêr no maximo 5800 toneladas canna, que dará, a 100 toneladas por 24 horas, 58 a 60 dias de
Laboração seguidas.
Maximo que calculo poderá fazer, 100 toneladas 24 horas. //
417
Assucar para Industrias 315 “ ?
Para consumo 1.400 “ que é o maximo que se deve calcular//
[191]423 Pode-se assim calcular 18% assucar para industrias.
Como restará no Torreão, do assucar exportado, 1250 toneladas (50%) e mais <restante> 7% da Freitag Pequena, dará um
total de 1250 toneladas – 18% = 965 toneladas, sendo para refinar 300 toneladas aproximados para depois da Laboração, e as
restantes 665 toneladas vendidas para o consumo ou refundidas durante a Laboração. Quebra 2%? = 13 toneladas
Calculemos que a refinação nos dá 93% em turbinado branco, dará 279 toneladas. Quebra maxima 3% = 9 toneladas melaço
26.000 kilogramas.
Dará em assucar vendavel, em logar de 2500 toneladas, 2457 toneladas = 9,8% rendimento, e mais 0,100 kilogramas de
melaço % //
[192] Teremos pois em 1921 – Trabalho calculado 25.000 toneladas canna:
Assucar branco exportação 1.250 toneladas
Assucar para industrias 285 “
Assucar consumo e refundido durante Laboração 652 “
Assucar a refinar depois 270 “
2.457 “
Assucar bruto produzido 2.500 “
Quebra refinação 43 “
Quebra sobre o assucar bruto total = 1,72%
No maximo 2%
Nota: Esta quebra de 43 toneladas não é perda total em assucar por isso que dará melaço; A perda real será talvez somente
de 0,6% = 15 toneladas assucar
Dará mais em melaço 50 a 52 toneladas //
[194] Rendimento da Fabrica de São Filippe dito mesmo por H. F.424 18-4-921
H. F. reclama do rateio do alcool e quêr 80.000 litros em logar dos 30.000 litros, isto é, 50.000 litros mais: Diz elle que W. H.425
ganha 400 contos que lhe são tirados, visto que 50.000 litros alcool corresponde a 400.000 kilogramas com um lucro de 1$00 por kilo.
Como fêz elle este calculo?
Rendimento em assucar H. F. = 8% canna
Melaço a destillar 3,8% canna teremos: 8 : 3,8 : 400.000 : x ou 3,8 x 400.000 = 190.000 kilogramas melaço, que divididos
8
pelos 50.000 litros alcool dá um rendimento de 26,3 litros alcool % melaço
Está certo? //
[195] Quanto lhe dará assim os 80.000 litros d’alcool, ou qual a correspondencia a assucar?
Se 50.000 : 400.000 : 80.000 : x ou x = 400.000 x 80.000 = 640.000 kilogramas assucar, ou 640.000 = 8.000 toneladas
50.000 8 canna
Ora, calculando para as 3 fabricas matriculadas uma Laboração total de 30.000 toneladas canna, quer dizer que H. F.426 recla-
423 Na cabeça da página: «Nota: 18% para industrias Torreão = 285 toneladas».
424 Henrique Figueira da Silva.
425 William Hinton. Higino Ferraz refere-se certamente à sua firma, William Hinton & Sons.
426 Henrique Figueira da Silva.
418
ma 26 a 27% da canna, ou do assucar produzido, será 21,8%. Elle calcula 1% da canna em alcool tirado do melaço da canna.
Eu calculo 0,9 litros % canna. //
[197] Dificuldade de filtração dos jus nos filtros mechanicos (depois de levar o aluminato) De 15 a 19 abril 1921
Devido naturalmente ás chuvas que deram entre 13 a 16 abril, a canna cortada ou colhida durante esse tempo e mesmo
depois, deu em resultado que o jus dos filtros mechanicos sahia turvo, quando mesmo se não tinha feito modança alguma nas
doses de productos chimicos, e sendo os mesmos empregados antes d’isso, e alguns, como o aluminato, ser o mesmo de 1920.
Depois de varias esperiencias de diferentes doses de productos chimicos e formas de emprego o resultado foi sempre o mesmo.
Deitado o aluminato na garapa // [198]427 fria (nos sulfitadores), depois de sulfitada e alcalinisada, deu bom resultado na fil-
tração mechanica, sahindo o jus brilhante.
Vê-se pois que esse percipitado fino que passava nos filtros Filippe ficou retido nos Filtros-Presses
O apparelho Triple-Effet sujava muito rapidamente, porque esse turvo que era o sulfato de baryte insoluvel hia incrustar os
tubos do Triple. Na beterraba dá-se o mesmo caso.
Temos porém uma grande dificuldade que é a filtração nos Filtros-Presses que não formou tourteaux tendo somente os
panos sujos de borra.
Suspendi esta forma de trabalho. //
427 Nota na cabeça da página: «Nota: De 22 a 23 abril, o jus principiava a sahir mais brilhante (não chuvia).».
428 Henrique Figueira da Silva.
419
[201] Devido á refonte do assucar bruto durante a Laboração, vejo que as medias dos cuites é aproximados os seguintes:
Cail virgem = 23% do assucar total + 3%
Freitag Pequena = 44% “ “ + 7%
“ Grande = 33% “ “ – 10%
Como a media porém foi feita sobre uma pequena bazes [sic], deve-se calcular pelo seguro o seguinte
Cail ———— = 22% + 2% que em 1920
Freitag Pequena = 42% + 5% “ “
“ Grande = 33% – 7% “ “
Assim a produção em assucar BB de exportação será de 64%, e a refundir e venda local 36%
Temos pois grande vantagem na refundição durante a Laboração. //
420
Tem em poços de cimento – 1760 hectolitros
Deposito de ferro (aguardente) 900 “
Total actual 2660 “
Falta-lhe pois 340 “ ou 170 a 200 barricas de 200 litros.
Para fazer 20% mais em aguardente em cada periodo, necessita mais 300 barricas de 200 litros.
Fazendo os 20% mais dará 53.270 litros aguardente, que ao lucro de 1$490 por litro = 79:370$000 //
[209] Kieselguhr
Como no jus total (garapa e jus diffusão) do Torreão se emprega 27 litros Kieselguhr por cada 34 hectolitros = 6 kilogra-
mas, representará 1,500 kilogramas Kieselguhr por tonelada canna. No jus dos filtros mechanicos 250 gramas por tonelada
canna; será total por tonelada canna 1,750 kilograma
Phosphato bicalcique = 7 litros por 34 hectolitros = 5 kilogramas, representará 1,250 kilogramas por tonelada canna.
Aluminato de baryta = 20 litros solução (88 gramas por litro) por 40 hectolitros = 400 gramas por toneladas canna.
Enxofre = 550 gramas por tonelada canna, com a sulfitação do xarope do Triple-Effet //
421
[210] Canna da Fazenda do Soccorro (sômente Ferraz) 1921
A propriadade deu 150 molhos de cannas com o pezo de 13,480 kilogramas
Quasi 90 kilos por molho.
Calculando <na media> os carretos actualmente
corçados
de canna
corçada.
a 7 reis por kilograma = 94$360
a 7 [...]
= 4700
Dá 20
por
Despezas pessoal de apanhar. 5 [...] por homem <3$000> 90$00
Total despezas 184$360
Preço da canna em 1921, será media 2$200 por 30 kilogramas,
que em 13.840 kilogramas = 988$533
Despeza = 184$360
Liquido = 804$173
Resta para cada 30 kilogramas = 1$790
Antes da Guerra 480
Differença a mais actualmente 1$310 !! //
422
Pode pois fazer um maximo de 600 toneladas canna por 24 horas. //
Injector de vapor para columna destillação (compreçor de vapor) Escalla 1/5 milimetros //
423
hora 2540 litros agua = 60.960 litros agua em 24 horas.
Querendo evaporar o jus de canna da Comp.ª Nova de uma densida-//[222]de 1.0600 <8,5º Baumé> a 1.200 <24,5º Baumé>,
e n’uma quantidade de canna de 100 toneladas que corresponde a 85.000 litros de jus, que quantidade de agua tem que ser evap-
orada?
Evaporação de 850 hectolitros jus:
x = 850 x 1.200 – 1.060 = 595 hectolitros agua a evaporar por 24 horas.
1.200 – 1
Como o duble-effet <com vacuo> evapora aproximados 600 hectolitros em 24 horas, dá por conseguinte para o jus total de
100 toneladas de canna para a produção de xarope a 24º a 25º Baumé, ou n’um minimo de 80 toneladas canna em 24 horas. //
Sendo a Laboração de 25.000 toneladas canna dará lucro total bruto = 2.125:000$00
Lucro liquido 2.000:000$00 //
424
3,800 kilogramas melaço a 55% total = 2,090 % “
Perda na borras [sic] Filtros-Presses = 0,190 % “
“ indeterminada = 0,290 % “
assucar na canna 13,000 % “
Em turbinado vendavel = 10 kilogramas assucar
Em alcool do melaço = 1,2 litros em 40º
Com o preço do alcool a 3$300 por litro, o assucar para usos industriaes não deve ser vendido a menos de 1$900 por kilo-
grama //
[226] Calculos:
Fazendo Pires430 20.000 gallões, dará um Lucro bruto de 110:000$00
Pires 1/4 = 82:500$00
Hinton 3/4 = 27:500$00
Total 110:000$00
Temos porém que Hinton manda vender, na Laboração, a aguardente a 10$00 gallão, e que assim venderá 50% da
aguardente = 10.000 gallões: terá pois Hinton um prejuizo de 20:000$00
Depois da Laboração poderá vender a 12$00 ou mais por gallão.
Terá pois sempre um lucro de 7:500$00, que é um juro de 8,8% do capital de 85:000$00. //
[229] Pelos calculos adiante feitos, qual será o trabalho diario nas trez fabricas?
Torreão = 450 toneladas canna = 41.400 kilogramas assucar
Comp.ª Nova 100 “ “ 9.200 kilogramas assucar
São Filippe 76 “ “ 6.245 kilogramas assucar
Totaes 626 “ “ 56.845 kilogramas assucar
Se São Filippe porém, em 1921, fizer um maximo de 130 toneladas por 24 horas, ou terá que reduzir a Laboração diaria á
conta acima, ou parára[sic] durante um mez 12 1/2 dias.
430 Pedro da Cunha Pires.
431 Pedro da Cunha Pires.
425
Estes calculos são feitos pela produção de 1920, fazendo o rateio pelo assucar produzido pela conta da Alfandega. //
[230] Como eu vejo que deve ser feito o rateio da canna pelas fabricas matriculadas para 1921. Calculo sobre a produção
de 1920. Sobre o assucar produzido
Torreão = 74% = 28.120 toneladas canna.
Comp.ª Nova 15% = 5.700 “ “
São Filippe 11% = 4.180 “ “
Base de produção = 38.000 toneladas canna?
Calculo de produção canna de C. Fernandes.432
Por estas bases, e calculando pelo rendimento real provavel (calculo adiante), quanto terá que produzir em assucar a fabri-
ca de São Filippe, para dár o calculo acima, e quanto corresponde em canna realmente?
Temos para o Torreão e Comp.ª Nova um rendimento medio de 92 kilogramas assucar ven-//[231]davel 433
por tonelada canna = 3.111 toneladas assucar
São Filippe devia fazer = 384 “ “
Total 3.495 “ “
Como porém São Felippe pode tirar no maximo um rendimento de 83 kilogramas assucar por tonelada canna, terá que tra-
balhar um minimo de 4630 toneladas canna para lhe dár o assucar acima, isto é, mais 450 toneladas do rateio de canna calcu-
lada. Rateio no assucar produzido.
Quanto poderá dár em alcool do melaço?
Torreão e Comp.ª Nova = 456.300 litros
São Filippe = 42.130 “
Total alcool melaço 498.430 litros
Teremos assim que o alcool de melaço dará aproximado o alcool establecido pela lei (500.000 litros), trabalhando esta quan-
tidade de canna (38.450 toneladas?). //
426
92,740 kilogramas assucar turbinado vendavel .116$850
9,1 litros alcool melaço ..................................... 42$000
158$850
Lucro bruto tonelada canna = 67$184
Nota: Com alcool a 2500 litro = Lucro = 60$000
Nota: O rendimento em alcool do melaço calculado a 31%. //
[236] 1921 Rateio entre as Fabricas matriculadas, pela base de trabalho de 1920. Assucar 2000 toneladas consumo:
Torreão ———— 74% = 1480 toneladas assucar
Comp.ª Nova – 15% = 300 “ “
São Filippe – 10% = 220 “ “
Para o alcool será ? 500.000 litros:
Torreão ———— 72% = 360.000 litros
Comp.ª Nova – 22% = 110.000 “
São Filippe – 6% = 30.000 “
16.610 toneladas canna, dará 1495 toneladas assucar
Nas condições acima, a canna trabalhada e o alcool do melaço será para cada:
Torreão = 15.580 toneladas canna – 206.460 litros alcool
Comp.ª Nova = 3.230 “ “ – 42.250 “
São Filippe = 2.600 “ “ = 27.020 “
21.410 275.730
Fata[sic] = 16.610 “ “ = 224.270 “
38.020 500.000 //
427
[237] Custo da aguardente de canna em 1921, com canna a 2$00 por 30 kilogramas
Rendimento medio de 7/10 gallão por 30 kilogramas
Toneladas canna dá 23,33 gallões = 83,98 litros
Custo tonelada canna = 66$666
Despezas de fabrico ? = 20$000
Imposto de 800 litros = 67$200
“ municipal 120 litros = 10$080
Custo de 23,33 gallões 163$946
Custo por gallão em 26º = 7$030
Como porém as Fabricas produzem na media mais 20% aguardente que não paga imposto, deve-lhe sahir a aguardente a
6$450 gallão com alcool a 3$300 por litro em 40º; desdubrado em 26º = 8$460 gallão.
Falta as gratificações... 500 reis[?] litro alcool? //
[238] 11-12-920
Verificação das barricas <levadas> que transportarão o melaço de refinação de assucar de canna da America do Norte em
Dezembro de 1920. Melaço aderente 4 a 4 1/2 kilogramas
Pezo da madeira 23,500 kilogramas
“ dos arcos 5 kilogramas
Total 28,500 kilogramas
O valor da madeira como combustivel equival
a 6 kilogramas carvão, a 250 reis kilo = 1$500 reis
Valor do arco a 1$500 kilo <mercado = 1$800> = 7$500
Barrica Valor total 9$000
Valor minimo.
Capacidade <verificada> da barrica 205 litros <cheia = 207 litros>. Como a media dá 295 kilogramas melaço por barrica,
densidade = 1440 gramas litro melaço. //
428
Escalla 1/200 milimetros
Contem 37 tubos de 0035 metros
Capacidade = 4,8 metros quadrados superfice aquecimento. //
[241] Calculos de João Higino Ferraz Rateio da canna em 1921? Calculando a Fabrica de H. F.435 a capacidade que terá
em 1921
Capacidade Torreão – 500 toneladas 24 horas
Comp.ª Nova —————- 110 “ “
São Filippe (H. F.) 150 “ “
Total canna 760 toneladas 24 horas
429
Calculando, será:
Torreão cabe-lhe 65,8% 65
Comp.ª Nova cabe-lhe 14,4% 15
São Filippe cabe-lhe 19,8% 20
Pela capacidade de 1920, dá:
Torreão ————————- 74%
Comp.ª Nova —————-
São Filippe
15%
11%
} assucar
[242] O mesmo que se deve dár a V. J. S.436 Notas dadas para Lisboa Por pedido de Carlos Fernandes Em 2/12/920
Rendimento por 30 kilogramas canna:
Em assucar turbinado = 2,550 kilogramas
“ Alcool do melaço = 0,36 litros em 40º
Em alcool directo da canna = 1,798 litros em 40º
corresponde a 2,515 litros agurdente[sic] em 26º
Em aguardente de canna = 2,5 litros em 26º
corresponde a 0,695 de gallão de 3,6 litros
Por tonelada canna será:
Em assucar turbinado = 85 kilos
“ alcool do melaço = 12 litros em 40º
“ alcool directo = 59,93 litros em 40º
“ aguardente canna = 83, litros em 26º
[Ass:] Ferraz //
[243] Fabrica H. Figueira437 em 1921 Fez compra de uma nova fabrica nas Canarias em 1920. Custo das duas fabricas:
1ª 1919 = 5000 £ a 9$300 = ............................................................46:500$000
2ª 1920 = 5500 £ a 23$00 = ..........................................................126:500$000
Uma caldeira vapor – ......................................................................30:000$000
Trabalho desmontagem e frete da 2ª fabrica 90.000 pesetas =.....100:000$000
Trabalho desmontagem e frete da 1ª fabrica = ............................. 30:000$000
Custo total na Madeira ..................................................................333:000$000
Instalação completa da fabrica assucar e alcool ?.........................250:000$000
Custo total tudo montado ..............................................................583:000$000
Montagem
Para 1921, ficará a fabrica com 2 moendas seguidas para a imbibição entre os moinhos, e poderá fazer uma extração // [244]
aproximada de 90%, como na Comp.ª nova (92%). Fáz 85% extração. Do novo triple vindo em 1920, vai montar somente um
dos corpos junto com o antigo, de forma a fazer um quadruplo-effet <170 metros quadrados>. Tem mais uma caldeira de vacuo
de 100 hectolitros, ficando pois com duas de 100 hectolitros.
3 centrifuga [sic] para 1º e 3 para 2ª.
Não tem malaxeurs para a Melasse Cuite, mas sim carros de transporte de Melasse Cuite ás turbinas. Adequirir 2 de 80
Hectolitros.
Nestas condições, a Fabrica poderá fazer 100 toneladas canna por 24 horas?
Fazendo a extração de 90% do assucar da canna com 12,5% assucar = 11,25 que com um rendimento de 75% em turbina-
do = 8,400 kilogramas assucar turbinado.
melaço 3,5 kilogramas % Torreão tira 78%
[forro da capa fim] Novo triple-effet de H. Figueira438 vindo Novembro 1920
430
Caixas eguaes:
43,5 metros quadrados x 3 = 130 metros quadrados total
Não tem tubo central de circulação.
Maximo de evaporação:
20 litros agua por metro quadrado hora = 670 Hectolitros jus em 24 horas que corresponde a 84 toneladas canna com
imbibição de 12% [.] Não pode porem na pratica fazer mais de 100 toneladas
Caldeira vacuo 100 Hectolitros
Em 1922 tem um quadruple = 172 metros quadrados
Destilla: Uma columna genero Paulmann de 0,60 metros diametro
300 Hectolitros vinho em 24 horas.
Adequirio de Inglaterra dois malaxurs[sic] de 9000 kilogramas Melasse Cuite cada um = 80 Hectolitros
431
432
Livro de Notas Vinharia
Nº 2 1922
DESCRIÇÃO: Livro, papel, 16,9 cm x 10,6 cm, numerado a lápis por nós e em bom estado de conservação.
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434
[forro capa início até p. 115: informação sobre vinhos publicada em volume separado]
[p. 117 até forro capa fim: informação sobre vinhos publicada em volume separado]
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436
[Livro de Notas 1922-1923,
açúcar, vinho e álcool]
DESCRIÇÃO: O título do livro encontra-se ilegível, pelo que o mesmo é atribuído por nós, de acordo com os temas nele
tratados – seguindo assim, de alguma forma, a prática mormente usada por Higino Ferraz (atribuição da denominação “Livro
de Notas”, seguida da referência ao contexto temporal ou datas limites, mencionando por fim os materiais ou processos indus-
triais tratados). Estamos na presença de livro, papel, 16,9 cm x 10,5 cm, numerado a lápis por nós e em regular estado de con-
servação.
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438
[forro da capa início] Calculos para despezas actuaes 1922-1923
Para assucar bruto de importação: 82º polarisação Sobre um Cambio de 110$00 £.
Descarga por tonelada assucar .............................................................6$00
Carretos á Fabrica “ ...........................................................5$00
Direiros[sic] 120 + 70% ouro a 204 kilogramas ..............................204$00
Imposto municipal 30 kilogramas .....................................................30$00
“ porto Lanxões £ 0.4.0 tonelada..............................................20$00
Emolumentos e despacho Alfandega ....................................................5$00
Imposto de transação 2% sobre custo e direitos ?..............................28$00
Despezas de refinação por tonelada assucar ................................. 110$00
Será £ 11 tonelada ou 11 sellings quintal (50,5 kilogramas).?
<11sellings = 50,5 = £ 10.1.6.0 tonelada> .......................................408$00
Custo do assucar de 82º polarisação £ 11 tonelada <cif> .............1:210$00
Custo tonelada assucar bruto .........................................................1:618$00
Custo do assucar refinado, com o alcool a 3$00 por litro = 2$60 por kilograma B2 claro.
Com alcool a 3$50 “ = 2$37 “ “ //
[2] Esperiencias: conservação do fermento em gelatina nutritiva, feito a 6/12/922. Forma adoptada:
Uma fermentação de melaço com fermento habituado ao fluorure de soda, quasi puro, feito no Laboratorio em fermentação
activa (Vêr livro de notas de 1922), deixei fermentar completamente <(5 litros aproximado)>, e o fermento percipitado lavado
com agua pura esterilisada (3 vezes), juntei a este fermento o preparado gelatinoso seguinte:
Saccharificação de 20 gramas de malte em 100 centimetros cubicos agua: Ebulição a 100º por 5 minutos, filtração e lavagem
dos residuos com agua quente até complemento dos 100 centimetros cubicos. A esta saccarose (100 centimetros cubicos) // [3]440
juntei 5 gramas assucar branco puro, 0,1 gramas de phosphato d’ammoniaco <e 0,5 gramas acido tartarico = 2 gramas litro em
SO4H2>. Para os 100 centimetros cubicos deitei 12 gramas de gelatina pura (12%).
Foi esterilisado a 100º ao banho maria em 3 esterilisações de 3 dias, por 10 minutos.
Quando a sua temperatura estava a 34º (mais ou menos) e ainda liquida, juntei ao fermento lavado (aproximado 50 centime-
tros cubicos), em um grande tubo de ensaio de 240 centimetros cubicos, e tapei com algodão flambé. Nota acima.
439 Anotação na cabeça da página: «Nota: 620 kilogramas melaço a 32% rendimento em alcool em 40º Cartiere = 198,4 litros alcool em 40º Cartiere por
tonelada assucar bruto.».
440 Anotação na cabeça da página: «Nota: Quanto[sic] juntei o liquido gelatinoso ao fermento, medi muito bem com um agitador de vidro esterilisado pelo
vapor a 100º.». Mais adiante na página remete-se para esta anotação.
439
Quando arrefecer, gelou completamente.
Resultados:
3 horas depois a gelatina principiou a gonflere, separando-se no tubo em pedaços, o que prova o desenvolvimento do fer-
mento no meio gelatinoso (6/12/1922). //
[4] 7-12-922
O fermento conservado na gelatina nutritiva, conservava o mesmo aspecto do dia 6/12, iste[sic] é, gonflée.
9-2-922
Os tubos da mesma forma (gonflées).
A capsula de cultura com desenvolvimento de fermentos (clonias) que se via a olho nú.
11 Dezembro 1922
Desenvolvimento do fermento da capsula com gelatina nutritiva:
Fiz uma saccharificação de 100 gramas malte em 500 centimetros cubicos agua, juntando ao mosto de saccharificação fil-
trado e lavado completando os 500 centimetros cubicos com a lavagem, //
[5] Para 500 centimetros cubicos
Acido tartarico ————————1,5 gramas
Phosphato d’ammoniaco —— 0,5 gramas
Sel nourriciere ———————— 5 gramas
Assucar de cana ——————— 25 gramas
Esterilisado, e arrefecido, sendo conservado tapado com algodão flambé.
Esterilisei 4 tubos de ensai[sic] de 20 centimetros cubicos, e depois de frios deitei 15 centimetros cubicos do mosto nutriti-
vo acima e esterilisar.
Piquei uns fermentos da gelatina nutritiva e cultivei nos tubos que continhão o mosto nutritivo: tapei com algodão hydrofi-
lo flambé, e cloquei na estufa a 27-30º temperatura. O restante mosto nutritivo acima foi devidido em 4 ballões <de 250 cen-
timetros cubicos> e esterilisado a // [6] 100º ao banho-maria durante uma hora, e guardados (esterilisando novamente todos os
dias) para o ensemencement do fermento dos tubos quando bem desenvolvido.
12-12-922
Trez dos tubos estavão de manhã em fermentação bastante activa, e um, um pouco mais fraco.
Fiz o ensemencement nos ballões de tarde em 3 ballões, deixando o tubo cuja fermentação era fraca, para o dia seguinte.
13-12-922
Os ballões estavão em fermentação (3).
Fiz o ensemencement do 4º ballão. //
[7] 13-12-922
O 4º tubo estava em fermentação muito mais activa do que os 3 primeiros, o que prova que se deve deixar em fermentação
nos tubos por 48 horas, e não 24 horas como esteve os primeiros.
Analysado o fermento dos tubos ao microscopio, mostrou um fermento muito activo e muito puro, não me dando no campo
do microscopio nenhuma bacteria, mas somente fermento cheio com poucas vacuelles e cellulas de grande volume, ainda que
muito ligeiramente alongadas.
Esta forma ligeiramente alongada deve ser devido ao meio nutritivo que continha o acido tartarico, e não acido chlorydrico
a que o fermento enecial estava habituado. //
[8] 13-12-922
3 horas depois de fazer o ensemencement do 4º ballão com o fermento do tubo de 48 horas, a fermentação estava cheia.
Vê-se pois bem que devemos têr os tubos em fermentação 40 a 44 horas antes de fazer o ensemencemant nos Ballões.
14-12-922
A fermentação dos 3 primeiros ballões estava completamente terminada, o 4º ballão fermentava ainda.
Fiz a decantação do liquido vinhoso por meio de cifão, e lavei o percipitado do fermento com agua pura esterilisada, os os
[sic] 1os 3 ballões. Lavagem e decantação de 3 dias, com todos os cuidados antisepticos. Liquido ao microscopio, estado de
pureza. //
440
[9] 16-12-922 Ultimo trabalho de conservação:
O deposito de fermento lavado foi mesturado a uma solução nutritiva gelatinada, e guardado em tubos de 30 centimetros
cubicos a 25 centimetros cubicos
A composição da gelatina nutritiva feita como atraz explico, isto é:
Saccharificação de 20 gramas malte —— 100 centimetros cubicos
Assucar de cana puro ............................................5 gramas Gelou bem, e era menos
Phosphato d’ammoniaco .......................................0,1 gramas denso do que a 12% gelatina
Acido tartarico .......................................................0,3 gramas
Gelatina pura <(Devia ser 12 gramas)> ..............10 gramas
Cada deposito de fermento lavado de um ballão, em cada tubo com gelatina nutritiva. = 4 tubos com fermento.
Nota: A saccharificação do malte, depois de saccharificada, fervida a 100º durante 5 minutos, e depois filtrada e lavados os
residuos com agua quente a fazer 100 centimetros cubicos //
[13] 19-12-922
Como a fermentação nos tubos estava quasi terminada, esterilisei á chama a parte superior dos tubos que continha o algo-
dão flambé, e cobri com uma camada de parafina, para evitar todo o contacto possivel com o ár exterior e garantir a pureza do
fermento. Os fermentos percipitaram no fundo dos tubos, a parte superior ficou Clara-avermelhada.
Estes fermentos conservados foram empregados no dia 13 Janeiro 1923, isto é, 28 dias de conservação. Deixei um tubo de
gelatina nutritiva liquida e um tubo de gelatina solidificada, para esperiencia de conservação longa. //
441
[14]
1923
Novo injector de vapor para a columna de destillação A
Deu muito bom resultado. //
442
Cultivei um ballão com o fermento conservado em solução d’assucar puro a 10%.
Analyse bacteriologica = Fermento não desenvolveu em 24 horas, como os de cima. Muito granulado mas puro. //
[17]441 Por estes resultados se vê que o fermento conservado em gelatina <nutritiva> liquida ou solidificada se conserva puro,
a não ser um dos tubos da liquida que não estava puro, mas tendo o cuidado de fazer varios tubos de fermento cultivado em
gelatina, podemos fazer a sua selecção.
Aproveitei pois os Nos 2 e 3 da gelatina liquida, e o da gelatina solidificada.
Mosto nutritivo de cultura:
Saccharificação de 200 gramas malte (um litro).
Levando: Melaço de cana a ficar a 8º Baumé.
Acido chlorydrico ....................................4 centimetros cubicos
Phosphato d’ammoniaco .........................0,2 gramas 0,5
Sel nourriciere .........................................3 gramas
Solução fluorure de soda a 4% 1 centimetro cubico = 4 gramas Hectolitro
(solução de fluorure de soda a 40 gramas por litro) //
[18] 13 Janeiro 1923
Este mosto nutritivo deitado na garrafa grande de 2 litros, juntando-lhe os trez fermentos seleccionados, e clorados na es-
tufa a 30º temperatura.
14 Janeiro 1923
O litro de fermento no ballão de 2 litros estava fermentando activamente. Juntei-lhe 2 centimetros cubicos de solução de
fluorure de Soda, ficando pois com 12 gramas fluorure por Hectolitro
15 Janeiro 1923
Fiz um litro de mosto de melaço a 8º Baumé em que levou 100 centimetros cubicos de saccarose de malte.
Por litro – Acido chlorydrico ........................4 centimetros cubicos
Phosphato d’amoniaco ................0,2 gramas a 0,5 gramas
Sel nourriciere .............................3 gramas
Solução fluorure de soda a 4% ...3 centimetros cubicos //
443
[21] Calorias do Combustível carvão (Jornal dés Fabricant de Sucre Nº 52 30/12/922
Em uma caldeira corrente, pode-se admitir que o calor fornecido pelo combustivel se reparte da maneira seguinte:
50% calor utilisado á produção de vapor:
2,5% calor perdido por erradiação:
1,5% “ “ pelo carvão não queimado:
24% “ levado pelo fumo (gasez de combustão):
15% “ gases não queimados:
2% “ pelo vapor d’agua levados no fumo:
5% “ pela cinzas [sic] levadas pelo fumo:
100
A primeira recooperação que vem ao espirito é a do calor perdido pelo fumo que são as mais importantes (25% aproxima-
do); Aquecendo pois o ár de combustão por esquentadores especiaes, fazemos uns 20% de economia de combustivel. //
[24] 22 Janeiro 1923 Importação de 250 toneladas assucar bruto de 82º polarisação
cambio – 103$00 Preço £ 13.0.0 por tonelada cif. Funchal.?!
Custo do assucar cif. Funchal por tonelada = ..............1:339$00
Direitos etc, e despezas de fabrico assucar = ..................408$00
Despezas fabrico alcool ............................................... 100$00
Total ..............................................................................1:847$00
Venda dos productos:
444
432 kilogramas assucar BB e B2 a 3$00 = 1:296$00
50 kilogramas = 4
bruto £ 12.2.0 cif.
Preço do assucar
selling tonelada
Total vendas 1:990$40
Custo total 1:847$00
Lucro bruto 143$40
Commição de 2% venda assucar 25$92
Lucro liquido 117$48
Em 250 toneladas assucar bruto = 21:220$00
Nota: Nas condições acima, sendo o lucro liquido de 90$00 tonelada assucar, dá lucro 450 reis por litro alcool fabricado
Fazendo em 1923 – 1600 toneladas assucar bruto = Lucro 144:000$00 //
[26] Custo em Janeiro 1923 do assucar branco cif Funchal a £ 21 por tonelada cambio a 103$00
Custo da tonelada assucar BB cif Funchal .............2:163$00
Despeza de descarga “ .....................6$00
Carretos ao armazem ....................................................5$00
Direitos de 145 reis + 65% ouro = 240 reis kilo .......240$00
Imposto municipal ......................................................30$00
“ porto Lanxões £ 0.4.0 ..................................20$00
Despezas alfandega etc. ................................................5$00
Imposto de 2% transação ...................................... 48$00
Custo tonelada assucar............................................2:517$00
Lucro minimo importador a 5% =.......................... 126$00
Preço da venda da tonelada assucar .......................2:643$00
Custo por kilograma ao comprador = 2$65
É para venderem ao minimo de 2$700 kilograma
Nas merciarias será a 3$00 por kilograma? //
[p. 27 até fim (forro da capa do livro): informação sobre vinhos, publicada em volume separado]
445
446
Livro de Notas Vinharia e outros 1923 N.º 2
DESCRIÇÃO: Livro, papel, 17 cm x 10,5 cm, numerado a lápis por nós e em regular estado de conservação.
447
448
[forro da capa início até p. 15: texto sobre vinho publicado em volume separado]
449
lucro no typo de 90º polarisação será de 471$15
Com o typo de 82º polarisação “ “ 115$50
Estes são os lucros maximos:
[19] Direitos por inteiro:
Calculando mesmo um minimo de lucro bruto (cambio de 105$00 por £) de 250$00 por tonelada bruto de 90º polarisação,
com o assucar vendido a 2$70 por kilograma e o alcool a 3$50 por litro, e fazendo n’um anno o minimo de 100 toneladas assu-
car bruto, dará 250:000$00
Em assucar refinado dá = 710.000 kilogramas
Em alcool a 40º “ = 100.000 litros
Para o assucar de 82º polarisação, somente dá lucro vendendo o assucar refinado a 3$00. Somente pagando 50% dos dire-
itos, e vendendo o assucar a 2$70 por kilograma e o alcool a 3$50, dá um lucro de 90$00 por tonelada
1000 toneladas dará = Em turbinado refinado = 432.000 kilogramas
Em alcool a 40º = 198.400 litros //
[20] Pelas analyses feitas do assucar bruto (media de todas as marcas), deu 81,7º polarisação
Como a base de compra é de 80º polarisação, tem mais 1,7º polarisação, a £ 0.2.6. por grau e por tonelada <= 30 pennes>,
dará mais do custo:
1,7 x 30 = 51 pennes ou seja £ 0.4.3. a mais tonelada
Custo do assucar bruto cif. Funchal a 80º polarisação = £ 12.7.0 + £ 0.4.3 do augmento polarisação = £ 12.11.3. por tonela-
da cif Funchal.
O rendimento theorico d’este lote de assucar medio está calculado em:
Por tonelada bruto:
Turbinado B2 amarello claro de 99,5 .........................480 kilogramas
526 kilogramas melaço a 52,7% saccarose total =.....277 “ saccarose
Perdas de refinação 7,3%= ......................................... 60 “ “
Media da saccarose por tonelada bruto =...................817 kilogramas saccarose //
526 kilogramas melaço rendimento = 170 litros alcool em 40º
Por estes rendimentos theoricos, qual o preço a que se tem de vender o assucar refinado? //
450
Custo do assucar cif. Funchal .......................1:319$05
Direitos, impostos etc ......................................298$00
Fabrico de 490 litros alcool a 500 reis litro .. 245$00
Custo de 490 litros alcool..............................1:862$05
Custo por litro = 3$86
O calculo do rendimento em alcool é feito na seguintes condições:
Saccarose % ———————— 81,7 saccarose
Glocose media 8,6 ———— 8,1 “
Saccarose total = 89,8 %
Infermenticiveis —————- 5%
Assucar fermentavel 84,8% a 59 litros % saccarose em alcool a 44º Cartier <100º
Centigrados[?]> = 500 litros, que retificado (quebra 2%) dará 490 litros em 40º Cartiere pelo rendimento pratico de 98% do
alcool puro.
Vendendo a 4$50 por litro = Lucro tonelada = 313$60
Preço do assucar 3$00 = preço alcool 4$50 //
[23] Proposição da venda do assucar bruto entre 85º a 90º polarisação ao preço de £ 13 tonelada, calculando a sua percent-
agem porém para base 80º polarisação, e sendo por cada grau a mais 30 pennes por grau e por tonelada assucar bruto:
O minimo da percentagem para o preço acima deve ser 85º polarisação, sendo menos, £ 12 tonelada
base de 80º polarisação Exemplos: Por tonelada bruto:
Assucar a 85º polarisação 5 x 30 = 150 pennes = £ 0.12.6 a mais
“ a 86º “ 6 x 30 = 180 “ = £ 0.15.0 “
“ a 87º “ 7 x 30 = 210 “ = £ 0.17.6 “
“ a 88º “ 8 x 30 = 240 “ = £ 1.0.0 “
“ a 89º “ 9 x 30 = 270 “ = £ 1.2.6 “
“ a 90º “ 10 x 30 = 300 “ = £ 1.5.0 “
Assucar a 90º polarisação rendimento em turbinado = 71% do bruto
“ a 85º polarisação “ “ = 50% “
“ a 80º polarisação “ “ = 40% “
Entre 90º e 85º, 4 kilogramas assucar mais por grau. Entre 85º e 80, 2º kilogramas por grau. //
[24] Nas condições atráz (proposta) pagando 50% dos direitos (proposta Pestana) qual o resultado na refinação?
Calculo sobre cambio £ = 105$00.................Por tonelada
Custo do assucar cif. Funchal ............................1:319$05
Direitos de 50% e impostos etc ............................196$00
Despeza fabrico refinação assucar...................... 120$00
“ “ alcool a 500 reis litro ............... 85$00
Custo total ..........................................................1:720$05
Vendas:
480 kilogramas assucar B2 a 2$70 por kilo = ....1:296$00
Comição de venda de 3% =................................ 38$88
Liquido do assucar ..............................................1:257$12
170 litros alcool a 3$50 ........................................595$00
1:852$12
Custo total .......1:720$05
Lucro ...................131$07 por tonelada assucar bruto importado. Seja 130$00 //
[25] Fazendo a importação em 1923 de 1.500 toneladas assucar bruto das condições atráz (Torreão) dará
Em assucar turbinado B2 = 720.000 kilogramas
Em alcool a 40º Cartiere = 255.000 litros
451
Lucro bruto seria de 195:000$00
Typos assucar bruto do Brazil e preços cif Funchal de Richard Crispin & C.ª, London (Fevereiro 1923)
82% saccarose 11/1 quintal (50,8 kilogramas) = £ 11 por tonelada (1016 kilogramas)
90% “ 16/1 “ “ = £ 16 “ “
96% “ 18/3 “ “ = £ 18.3.0. “ “
“ “ 19/1 “ “ = £ 19 ? “ “
Temos pois que entre o typo de assucar de 82º e 90º dá uma media de £ 13.2.0 por tonelada; sendo a base da analyse mini-
ma 85º, mas pagando <30 pennes por grau e tonelada> o excesso de percentagem de 80º polarisação, as £ 13 por tonelada é
bem garantido ao vendedor. //
452
mais assucar e menos alcool.
Val pois a pena dár mais 5 sellings por tonelada bruto, sendo o contracto feito como mais atraz digo. //
[32] Refinação em assucar areado com o typo de 96º polarisação ao preço de 1923 £ 19 por tonelada cambio de 105$00
por £. Calculo por tonelada bruto:
Custo cif Funchal a £ 19 tonelada...........................1:990$00
Descarga e carretos ......................................................12$00
Direitos 120 + 70% ouro <204> ...............................204$00
Imposto Municipal ......................................................30$00
“ porto Lanxões £ 0.4.0 tonelada .....................20$00
Imolumentos e despacho ................................................5$00
Imposto transação 2% sobre custo e direitos.......... 43$80
Custo tonelada despachado .....................................2:304$80
Custo por kilograma = 2$305
Despeza de refinação 200
Custo do assucar refinado 2$505
Está calculado que a refinação em areado dá 10% acrescimo no pezo, mas eu calculo sem acrescimo algum. //
453
Impostos totaes, emolumentos e despacho .............55$00
Imposto transação 2% ....................................... 51$12
Custo tonelada assucar despachado 2:674$12
Com lucro de venda será 2$70 por kilograma
Vê-se pois que se pode competir com o assucar branco importado, e vender assim a 2$70 por kilograma areado, o que dá
um lucro bruto de 200$00 por tonelada.
Fazendo somente 200 toneladas por anno, deixa lucro bruto 40:000$00
Será um trabalho de 700 kilogramas por dia. //
454
Quando o filtro deite pouco, é lavado a agua quente afim de fazer o seu épuissement, hindo o xarope rico até á densidade
5º Baumé ao xarope a evaporar, e abaixo d’esta densidade será agua douce para diluição de novo assucar bruto.
3º O xarope filtrado brilhante vai ao evaporador no vacuo, até que a sua densidade seja no maximo de 42º Baumé //
[39] 4º O xarope assim evaporado a esta densidade (42º) vai aos taxos de concentração para a formação do assucar areado.
5º O assucar areado é tamisado, e os gromeux são parte d’elles derretidos junto com o assucar a refundir, depois de tirar a
quantidade necessaria á amorçage nas taxas.
Como o pequeno evaporador no vacuo pode-se, como atráz digo, fazer xarope d’uva, ou ainda evaporar garapa tratada na
mesma refinaria a fazer, ou melado de canna puro (Golden xiroups), ou assucar integral? //
455
456
[64] Rendimento do assucar bruto de 90º a 96º polarisação [65] Nota: Para o melaço calcular um rendimento em alcool a 40º de 28%.
em turbinado e melaço: pelo minimo:
Rendimento theorico: (Para calculos). Rendimento alcool em 40º = 30% melaço. Calculos ficticios
90º polarisação = Rendimento turbinado = 79% do assucar puro. = 71,100 kilogramas % assucar bruto = 69 kilogramas turbinado % assucar bruto
Em melaço 30 kilogramas % assucar bruto. = 9 litros alcool em 40º = 28 kilogramas melaço “ “
91º polarisação = Rendimento turbinado = 79,8% do assucar puro. = 72,600 kilogramas % assucar bruto = 70,6 kilogramas turbinado “ “
Em melaço 28 kilogramas % assucar bruto. = 8,4 litros alcool em 40º = 26 kilogramas melaço “ “
92º polarisação = Rendimento turbinado = 80,7% do assucar puro. = 74,240 kilogramas % assucar bruto = 72,240 kilogramas turbinado “ “
Em melaço 26,4 kilogramas % assucar bruto. = 7,9 litros alcool em 40º = 24,4 kilogramas melaço “ “
93º polarisação = Rendimento turbinado = 83,2% do assucar puro. = 77,370 kilogramas % assucar bruto = 75,400 kilogramas turbinado “ “
Em melaço 22 kilogramas % assucar bruto. = 6,6 litros alcool em 40 = 20 kilogramas melaço “ “
94º polarisação = Rendimento turbinado = 84% do assucar puro. = 78,960 kilogramas % assucar bruto = 77 kilogramas turbinado “ “
Em melaço 20 kilogramas % assucar bruto. = 6 litros alcool em 40º = 18 kilogramas melaço “ “
95º polarisação = Rendimento turbinado = 85% do assucar puro. = 80,750 kilogramas % assucar bruto = 79 kilogramas turbinado “ “
Em melaço 19 kilogramas % assucar bruto. = 5,7 litros alcool em 40º = 17 kilogramas melaço “ “
96º polarisação = Rendimento turbinado = 86% do assucar puro. = 82,560 kilogramas % assucar bruto = 81 kilogramas turbinado “ “
Em melaço 18 kilogramas % assucar bruto. = 5,4 litros alcool em 40º = 15 kilogramas melaço “ “
Calculei todo o melaço a 53% saccarose total. Media entre 90º e 96º polarisação em turbinado = 75 kilogramas % “ “
Quebra maxima refinação 4% do assucar a 100º // { em melaço = 21,200 kilogramas % “ “
Preço de refinação 250 reis por kilograma assucar bruto. //
[66] Exemplos para um assucar de 96º polarisação £ 19 por tonelada Cambio de 105$00 por tonelada Ficticio:
Por tonelada assucar cif. Funchal
Custo da tonelada assucar despachado 2:304$80
Fabrico da refinação a 250 reis kilo ? 250$00
Custo por tonelada bruto 2:554$80
Vendas: Assucar BB a 3$20 por kilograma
810 kilogramas assucar turbinado BB a 3$20 – 2:592$00
Valor de 150 kilogramas melaço a 500 reis kilo = 75$00
Producto total 2:667$00
Custo por tonelada bruto 2:554$80
Lucro por tonelada bruto 112$20
Se o assucar custar £ 20 tonelada cif. = Lucro 7$00 tonelada bruto.
Custo por tonelada despachado (£ 20) = 2:410$00
Fabrico —————- 250$00
2:660$00
2:667$00
0:007$00
Em turbinado ————— 81%
Em melaço 15 kilogramas = 10%
Perda refinação = 5%
assucar a 100º 96% //
[67] Resultado real do assucar de 96º polarisação £ 20 tonelada Cif Funchal – Cambio 110$00. Para refinar
Custo cif. Funchal tonelada ——- 2:200$00
do despeza fabrico de 200 reis kilo-
Nota: Em assucar areado, calculan-
457
Uma tonelada assucar bruto de 79,8º polarisação dará pois:
Em assucar turbinado B2 – 340,500 kilogramas
Em melaço total de 50% saccarose total = 894 kilogramas que dará 268 litros alcool em 40º, (Rendimento de 30%), 50%
saccarose
Custo total (com despezas fabrico) da tonelada = 1:820$00
340,5 kilogramas assucar B2 a 3$00 = 1:021$50
268 litros alcool a 3$50 = 938$00 1:959$50
Lucro bruto 139$50 //
[77] Montagem do evaporador de 6,6 metros quadrados de superfice evaporação (200 litros agua evaporada por hora) com
vacuo de 26-27” com o “Ejecteau-air condenseur” de Wauquier & C.ie – Lille. ou, 2, rue d’Amsterdam, Paris.
Demanda os seguintes apparelhos:
Uma caldeira de vapor de 10 Horse Power e giffard de alimentação ou ballão alimentador.
Um evaporador simples de 6,6 metros quadrados de surface de chauffe: Uma bomba de vacuo “Ejecteau-air Condenseur”,
absorvendo directamente a agua refrigerada do poço-torre de arrefecimento para condensar 200 kilogramas de vapor por hora:
Uma bomba <centrifuga> de elevação da agua quente á torre de arrefecimento: 2 ballões de extração do xarope do evaporador.
Uma pequena bomba de alimentação do mosto debourbé ao tanque de alimentação do evaporador. A debourbage feita nos
poços de cimento armado. //
O Nº 1 do xarope, é xarope d’assucar puro <ou égoûts ricos> que cai sobre o Nº 5 do assucar, que depois de esgotado todo
o xarope, é turbinado ou derretido // [79]445 para a refinação ordinaria.
445 Anotação na cabeça da página: «Nota: Os Nº [sic] dos tanques do xarope são invariaveis na qualidade do xarope. O Nos [sic] dos tanques conicos do
assucar é que variam conforme a marcha continua.».
458
O Nº 1 do assucar é o assucar bruto a lavar, que recebe o xarope do Nº 5, proveniente da esgotagem do Nº 2 do assucar.
A esgotagem do Nº 1 do assucar é xarope a refinar em assucar amarello escuro (?), ou melaço a destillar?.
O Nº 4 do xarope, recebe esgotagem Nº 3 assucar
O Nº 3 “ , “ “ Nº 4 “
O Nº 2 “ , “ “ Nº 5 “
Os xaropes são diluido [sic] a frio a 37º Baumé.
Esta bateria é pois continua, seguindo as regras acima ditas, e assim o Nº 5 do Sechma é um assucar puro lavado, que sendo
turbinado ou refundido dará em assucar branco puro. Os tanques conicos devem têr uma porta de descarga do assucar lavado. //
446 Na cabeça da página: «Nota: O xarope do Nº 1 é feito com assucar puro lavado, ou com os egoûts ricos da turbinagem.».
459
Dará pois: assucar branco turbinado = 850 kilogramas = 960 kilogramas assucar puro obtido? =
assucar areado de 2ª = 127 “
}
Total em assucar = 977 “
Ficticia Quebra <2,3%> ——— 23 “ bruto.
960 kilogramas assucar puro = 1.000 kilogramas bruto
<£ 20 tonelada cambio 110$00> Custo e despezas totaes e fabrico = 2:625$00
977 kilogramas assucar a 1ª 3$00 – 2º 2$50 = 2:867$00
Lucro por tonelada bruto = 242$00
Em 200 toneladas por anno = 48:000$00 //
[84] Com a quebra ficticia maxima de 20%no assucar bruto, e 2% de quebra rial no puro tonelada assucar bruto de 96º
polarisação
Quebra na lavagem 15% = 150 kilos bruto
“ na turbinagem 5% = 50 “ “
Total 200 “ “ a 96ºpolarisação = 192 kilogramas assucar a 100º polarisação
447
Dará em turbinado de 99,5º polarisação = 768 kilogramas BB = 796 kilogramas assucar a 100º polarisação
1000 kilogramas assucar a 96º polarisação = 960 kilogramas assucar a 100º polarisação Quebra real de 2% =
19,200 kilogramas assucar 100º
Teremos pois: Em turbinado BB = 796 kilogramas assucar 100º
Quebra real = 19,20 “ “
Quebra ficticia 20% assucar bruto = 192 “ “
1007,20 ?!
Dará em turbinado de 99,5º polarisação = 753 kilogramas BB = 749 kilogramas assucar a 100º polarisação
1000 kilogramas assucar 96º polarisação = 960 kilogramas assucar a 100º polarisação //
460
Direitos 60 + 70% ouro = 102 reis –..................... 102$00
Impostos, etc. etc. ......................................................57$00
Impostos transação .....................................................44$00
Despeza refinação ....................................................110$00
“ fabrico alcool ........................................ 30$00
3:105$00
Venda productos:
825 kilogramas assucar BB a 3$50 (?) – 2:887$50
54 litros alcool a 4$00- 216$00
3:103$50
Vê-se que ao preço do assucar bruto acima, e o preço de venda do refinado, não dá lucro algum n’este trabalho de refinação.
É necessario de baixe um ou augmente outro.
Vendendo a 3$80 – Lucro bruto = 247$00 por tonelada bruto. //
[87] Cambio 110$00 Custo do assucar branco puro importado pagando os direitos por inteiro a £ 30 tonelada Cif. Funchal
Custo tonelada cif. Funchal .............................3:300$00
Direitos, impostos, etc. etc ..................................365$00
Commição ou lucro 200 reis kilo ?................... 200$00
Custo do assucar á venda ..................................3:865$00
Custo por kilograma = 3$865
Se este assucar refinado de venda directa fôr a £ 30 por tonelada Cif. Funchal, custará por kilograma a vender = 3$865 +
5% lucro <Venda> = 4$05,8
Vê-se pois que por cada £ por tonelada a mais ou a menos fáz uma diferença, com o Cambio a 110$00, de 110 reis por kilo-
grama.
Para o assucar bruto de 96º polarisação a refinar, cada £ a mais ou a menos, fáz uma diferença de 133,3 reis por kilograma
assucar refinado.
A diferença de custo entre o bruto de 96º e o refinado de consumo directo, é de aproximado 5 a 6 £ por tonelada //
[88] Para o assucar refinado systema Steffen e areado de 2ª Quebra refinação de 2% Custo cif. Funchal £ 25 toneladas
Cambio 110$00
Pagamento direitos por inteiro:
Custo tonelada assucar bruto cif. ......................................2:750$00
Descarga e carretos ................................................................12$00
Dereitos, impostos, etc .........................................................305$00
Despezas fabrico 200 reis kilograma bruto ? ................... 200$00
Custo total........................3:267$00
Venda producto:
753 kilogramas assucar BB cristalisado a 3$50 = .............2:635$00
213 kilogramas areado amarello a 3$00 =......................... 426$00
3:061$50
Vê-se que n’estas condições não se pode competir com o refinador que paga somente 50% dos direitos, a não ser que o refi-
nador carregue 200 reis de lucro por kilograma, e assim dará á refinaria de competencia ainda Lucro algum //
[89] Pagando porém a refinaria os direitos por inteiro, custará a tonelada assucar com despezas refinaria etc
3:207$00
Com lucro provavel ————— ? 200$00
3:407$00
Fica-lhe o assucar a 3$87 por kilograma a vender.
Assim a refinaria de competencia pode tirar um lucro de 84$30 por tonelada bruto.
Em qualquer dos casos pois, como a refinaria deve carregar o seu lucro, ainda que minimo de 200 reis por kilograma, a refi-
naria de competencia ficará para a outra:
461
Com pagamento de 50% dos direitos –207$70448 de lucro
“ “ de todo o direito – 84$00 “
Tirando a refinaria somente 100 reis por kilograma:
Com pagamento de 50% direitos = 109$00 de prejuizo á refinaria de competencia
“ “ total de direitos = 36$00 de lucro “ “ //
[90] Fabrico d’alcool em 40º retificado n’uma fabrica de aguardente ordinaria.
Uma tonelada canna dará 55 litros alcool em 40º Cartiere retificada: (5% quebra retificação).
Canna comprada a 4$00 por 30 kilos na Fabrica:
Custo da tonelada canna ......................................133$35
Despezas de môer, destillar e retificar ...................30$00
Amortisações, juros etc........................................ 30$00
Custo de 55 litros alcool ......................................193$35
Custo por litro = 3$52 (Para vender a 4$00)
Sendo a canna comprada a 5$00 por 30 kilogramas, sai
o alcool retificado a 4$13 por litro em 40º
(Para vender a 4$60 “ “ “)
Para uma fabrica com extração de 92%, sai o alcool a 2$74 com canna a 4$00; ou a 3$25 com canna a 5$00.
Vendendo o alcool a 4$00, deixa lucro no 2º caso
de 800 reis litro, que em 74 litros = 59$20 por tonelada canna.
alcool a 4$50 por litro Lucro 96$29 “ “ //
462
Lucro por tonelada 140$50, que em 12.000 toneladas será aproximado = 1:680:000$00
Para preparar o consumo de 2.000 toneladas assucar na Madeira, faltará 1.800 toneladas assucar refinado, que importando
o typo 90º polarisação, cujo rendimento aproximado é de 71% em refinado, e alcool 9 litros %, assim será // [93]449 necessario
importar 2.535 toneladas assucar bruto de 90º polarisação, dando em alcool 228.000 litros.
Faltará pois somente 2.000 litros alcool que corresponde somente a 30 toneladas canna <Prejuizo 3:600$00>.
Que o lucro bruto por tonelada assucar bruto importado seja somente de 100$00, as 2535 toneladas dará um lucro total de =
253:500$00
Lucro na canna = 1:680:000$00
Lucro bruto total – 1.933:500$00
Commição venda Madeira 3% = 240:000$00
1.693:500$00
A importação do assucar bruto a refinar será feito logo após a Laboração da canna, e a refinação logo após a ultima sahida
do assucar a exportar para Lisboa, fazendo a importação mensal de 300 toneladas bruto.
O preço do assucar refinado será o preço do mercado. //
[97] Refinação do assucar bruto typo 82º polarisação assucar de facil lavagem e bom rendimento em turbinado Por
tonelada assucar bruto
Rendimento em assucar lavado de 92,6º polarisação = 661 kilogramas
Melaço da lavagem a 1,400 Densidade = 350 “
Quebra na lavagem = 5 1/2 % do assucar a 100º?
Refinação do assucar lavado:
Por tonelada assucar lavado:
Assucar turbinado B e B2 = 793 kilogramas
Em melaço a 1.400 Densidade = 290 kilogramas
Por tonelada assucar bruto de 82º polarisação (Geral):
assucar turbinado B e B2 <99,5º polarisação> = 525 kilogramas
Em melaço de 1.400 Densidade = 582 “ 30% rendimento
Quebra total na lavagem e refinação 0,87% a 100º
Nota: N’esta refinação do assucar lavado, os égoûts de 1er jet foram cosidos em 2º jet ficando com uma pureza Clerget de....
1º jet = 80,19º pureza – 2º jet = 68,9º pureza. //
463
Cada litro alcool em 40º, deve levar no licor 1 kilograma assucar BB em calda = 1 litro.
Temos pois que os 188,5 litros aguardente em 20º levará 100 kilogramas assucar, e dará um total de 288 litros de licor, com
aproximados 40 litros de infuzões de excencias, dará um total de 328 litros de licor, que filtrado dará 320 litros: (Quebra 2 1/2%).
Custo de 100 litros alcool a 4$50 (?) 450$00
Custo de 100 kilogramas assucar a 4$00 (?) 400$00
Custo de 40 litros de escencias a 2$00 ? 80$00
Trabalho de preparação 20$00
Custo de 320 litros 950$00
Custo por litro = ? 3$00 //
[100] Alcool a 4$50 corresponde o assucar a 3$00, para o caso de transformação do assucar em alcool = 150% valor do
assucar para o preço do alcool.
Vendendo o licor atráz a 5$00 litro nú, ou a 6$50 engarrafado em litro, deixa lucro por litro 2$00, que em 320 litros = 640$00
ou por cada 100 litros alcool = 6$40 por litro. 5$00 por litro = 18$00 gallão de 3,6 litros.
Os 5.000 litros alcool restantes das 100 pipas de mosto do Norte comprados para fabrico de xarope d’uva, como mais atráz
digo, dará lucro de 32:000$00
Em Vinho Madeira deixa – 24:000$00 a 30:000$00
(5.000 litros dá para 80 pipas Madeira)
Para exportação em caixas, será: Duzia:
Custo de 12 garrafas litro a 6$50 = 78$00
£ 2.0.0 por
Cambio
medio
50$00
Custo da caixa de duzia = 5$00
caixa
Encaixotamento = 1$00
Custo de 12 garrafas 84$00
= 7$00 garrafa //
[101] Amostras de assucar bruto do Brazil de Pettit – 1/3/923 Offertas: Cif. Funchal?
Typo de 96º a £ 27.1.0 por tonelada (cif. ?)
Typo de 89,6º a £ 21.13.0 “ ( “ ?)
Para o typo de 89,6º polarisação Cambio 110$00:
Custo cif. Funchal (£ 21.13.0) = 2:381$50
Direitos e despezas totaes (direitos por inteiro) 315$00
Despezas fabrico assucar (refinação) 110$00
“ “ alcool 45$00
Custo total 2:851$50
710 kilogramas assucar refinado B a 4$00 2:840$00
90 litros alcool a 4$50 405$00
3:245$00
Vê-se que a este preço este typo assucar dá um Lucro de 393$50 por tonelada bruto. = 330$00 deduzindo comição de 2%.
Para o typo de 96º polarisação dava Lucro de 134$00 tonelada
Era necessario vender o assucar a 4$00, para dár lucro no de 89,6º polarisação 390$00 – e no de 96º = 130$00.
330$00 dando comição venda 2% = 57$00 //
464
mentação esteja bem declarada (no dia seguinte) tomar 10 centimetros cubicos de solução de metabisulfito e fazer 100 centimet-
ros cubicos = 0,01 gramas centimetros cubicos (10 vezes mais fraco) e juntar ao mosto em fermen-//[103]tação activa 1 cen-
timetro cubico. Quando a fermentação esteja novamente activa, juntar mais centimetros cubicos e no dia seguinte mais 1 cen-
timetro cubico. Ficará pois com 0,3 gramas metabisulfito por litro = 0,15 gramas SO2
Estando o fermento assim habituado ao SO2 e limpo de microbios, fazer uma solução de 1/2 litro de mosto seguinte:
Mosto de malte .................................................250 centimetros cubicos
Melaço de canna e agua a fazer 1/2 litro a 8º Baumé: = 90 gramas melaço
Acido chlorydrico ............................................2 centimetros cubicos
Phosphato d’ammoniaco ..................................0,1 gramas
Sel nourriciere ..................................................2 gramas
Junta-se o fermento acima. É este fermento <percipitado e lavado> que se conserva em gelatina nutritiva liquida já descrip-
ta. Livros Nota Nº 1 e 3 – 1922-1923 //
[128] Calculo para o assucar integral canna a 13% assucar extração de 90%
Sendo o valor do assucar branco cristalisado a 3$30 por kilograma com assucar a 99,5º polarisação, o assucar integral a 83º
a 85º polarisação deve valer a 2$50 por kilograma. O seu rendimento em assucar integral deve ser de 13%, ficando pois para
perdas:
No bagaço 1,300 kilogramas %
Nas borras 0,500 %
Indeterminadas 0,200 %
Em assucar puro no integral = 11,000 %
assucar % canna = 13,000
N’estas condições não há melaço, e assim não produzirá alcool.
Calculos de lucro: Por tonelada canna:
130 kilogramas assucar integral por tonelada a 2$50 = 325$00
Custo total 207$34
Lucro bruto tonelada 117$66
Commição de venda 2% 6$00
111$66 //
465
Custo da canna e fabrico 173$34
Despezas de fabrico 8 litros alcool 4$00
177$34
Juros e amortisações ? 30$00
Custo total 207$34
Venda productos:
82 kilogramas assucar a 3$30 – 270$60
8 litros alcool a 3$50 28$00
298$60
Commição venda assucar 2% 5$40
293$20
Custo total ————— 207$34
Lucro bruto 85$86 por tonelada canna.
Podendo moêr 5.000 toneladas canna = Lucro 429.300$00
Produzirá = 410 toneladas assucar, e 40.000 litros alcool
Poderá importar 400 toneladas assucar bruto.? //
[130] Calculo sobre o assucar bruto a refinar de 82º Pagando 50% dos direitos: (Proposta Dr. Pestana) 30/1/923
Assucar a £ 13 por tonelada cif Funchal; Cambio £ = 103$00
Custo tonelada assucar cif Funchal = 1:339$00
Descarga e carretos á fabrica 11$00
Direitos 50% = 102 reis kilograma (70% ouro) 102$00
Imposto municipal porto Lanxões etc. 55$00
Imposto 2% transação sobre custo e direitos 28$00
Despezas de refinação 112$00
Despezas fabrico alcool 100$00
1:747$00
Venda dos productos
432 kilogramas assucar BB e B2 a 2$70 = 1:166$40
198,4 litros alcool em 40º a 3$50 694$40
1:860$80
Commição de venda assucar 2% 23$30
1:837$50
Lucro por tonelada assucar bruto = 90$50
1000 toneladas de assucar dará 432.000 kilogramas assucar refinado
“ “ “ “ 198.400 litros alcool //
[131] Calculo sobre canna comprada a 4$00 por 30 kilogramas, assucar vendido a 3$30, alcool a 3$50
(Proposta a Dr. Pestana) 30/1/923
Custo tonelada canna na fabrica = 133$34
Despezas de fabrico assucar = 40$00
“ “ alcool = 7$00
Juros e amortisações 40$00
220$34
Venda dos productos
95 kilogramas assucar a 3$30 313$50
12,5 litros alcool melaço a 3$50 43$75
357$25
Commição de venda assucar 2% 6$27
350$98
Custo acima 220$34
Lucro bruto 130$64
466
por tonelada canna.
12.000 toneladas canna dará assucar 1140 toneladas
“ “ “ alcool 150.000 litros
Total assucar canna e refinação = 1572 toneladas
“ alcool “ “ = 348.400 litros
Podendo fazer 12.000 toneladas canna, Lucro bruto = 1.560:000$00
1000 toneladas assucar bruto = Lucro bruto = 90:000$00
Lucro bruto total 1.650:000$00 //
[132] O que dei ao Dr. Pestana Junior 30-1-923 Para o vinho de garapa:
Com alcool a 3$00 = 23 reis por grau e por litro a 100º
“ “ a 3$50 = 28 “ “ “ “
“ “ a 4$00 = 33 “ “ “ “
“ “ a 4$50 = 37 “ “ “ “
Como uma tonelada dá na media 55,83 litros alcool a 100º, e sendo o alcool a 3$50 em 40º Cartiere, receberam as fabricas
de aguardente 28 reis por grau e por litro do alcool contido no vinho de canna, e assim os 55,83 litros alcool a 100º contido no
vinho será x = 55,82 x 100 x 28 = 156$324
Como o custo da canna e despezas de moer e fermentar é do maximo de = 136$670
Differença a favor 19$654 para pagar o transporte do
vinho de canna á fabrica matriculada (1000 litros maximo), ficando-lhe ainda algum lucro. //
[134] Calculo do rendimento medio da canna em aguardente a 27º Cartiere nas Fabricas de aguardente. 1933
Rendimento medio de 6,5/10 de gallão de 3,6 litros por 30 kilogramas canna incluindo aguardente de bagaço: Cada 1000
kilogramas cana (tonelada) dará assim 21,6 gallões aguardente em 27º Cartiere = 77,76 litros
Proposta Pestana
Calculo da canna comprada a 3$50 por 30 kilogramas
Impostos totaes 1$00 por litro aguardente em 27º:
Custo tonelada canna na fabrica ..........................116$67
Despezas de fabrico maximo ................................20$00
Impostos de 100 reis litro em 77,76 litros .......... 77$76
Custo de 21,5 gallões ...........................................214$43
Custo por gallão = 10$00, ou 2$78 por litro
Para lucro minimo venda = 15$00, ou 4$17 “ “
Alcool a 4$00 por litro = 2$90 por litro em 27º Cartiere
“ a 3$50 “ = 2$60 “ “ “ “
“ a 3$00 “ = 2$20 “ “ “ “
Despezas para adequirir alcool é de 300 reis litro alcool. //
467
[135] Rendimento da canna em assucar e álcool Torreão (William Hinton & Sons) Desde a minha entrada como director
technico [Ass:] João Higino Ferraz
anno – assucar – Pureza – Rendimento Melaço = Rendimento
% cana assucar alcool
1900 – 12 ? – Não 7,116 3,374
}
antigo
analysada – kilogramas kilogramas = 24%
1901 – 12 ? – “ – 7,634 3,369 = 24,6
1902 – 11,808 – 80,51 – 7,183 5,329 = 27,8
diffusores
Naudet 8
1903 – 12,024 – 80,95 – 7,590 6,040 = 26,9
1904 – 11,536 – 80,64 – 6,930 5,878 = 26,1
1905 – 11,416 – 79,93 – 7,771 4,641 = 26,3
malaxeur
grandes
1906 – 11,768 – 80,03 – 8,750 6,831 25,6
}
11 e 4
1907 – 12,659 – 80,95 – 8,745 6,082 = 29
} Defecações bateria
2 baterias de 8 dif-
1909 – 12,480 – 80,08 – 8,832 5,280 = 29,5
fusores = 16
1910 – 13,608 – 80,83 – 9,665 6,512 = 29,3
diffusão
1911 – 12,933 – 82,43 – 8,260 6,378 = 30,5
1912 – 13,050 – 83,14 – 8,857 5,527 = 29,66
1913 – 13,963 – 85,93 – 9,640 5,374 = 29,15
1914 – 14,088 – 85,86 – 9,563 4,378 = 28,8 //
[136] Depois da introdução do Systema de filtração total do jus: meu processo (modificação do de Fribourg)
1915 – 13,397 – 86,98 – 10,216 kilogramas – 4,378 kilogramas = 28,17 litros %
1916 – 14,000 – 88,63 – 11,206 – 3,609 = 29,9
1917 – 12,360 – 85,18 – 9,883 – 4,164 = 28,3
1918 – 12,915 – 85,14 – 9,882 – 3,866 = 28,4
1919 – 12,560 – 85,11 – 9,895 – 3,700 = 20
1920 – 12,590 – 84,83 – 9,237 – 4,618 = 31
1921 – 12,583 – 84,90 – 9,323 – 4,739 = 30
1922 – 13,590 – 87,06 – 10,790 – 4,300 = 29,57
Medias de 1915 a 1922 (Filtração total jus):
Media 8 anos - 13% - 85,98 - 10,055 - 4,170 - 29,3 litros
Calculo pelas media % canna:
Em assucar turbinado = 10,000
4,17 kilogramas melaço a 50$ assucar total = 2,085
No bagaço ————————————- = 0,450
Perdas totaes
{
Nas borras ————————————- = 0,220 = 0,915 }
Indeterminadas <2% do assucar> = 0,245
Assucar % canna = 13,000
Extração = 96,5% do assucar
Rendimento em turbinado 80% do assucar extrahido. Extrahido = 12,55% //
[137]451 Calculos pelo custo actual do assucar B2 a 1$80 por kilograma, e alcool a 3$00 por litro.
Rendimento será:
490 kilogramas assucar turbinado B2, e 105 litros alcool.
Calculo:
468
490 kilogramas assucar a 1$80 por kilograma = 882$00
105 litros alcool (menos despezas fabrico) = 262$50
1:144$50
Custo total 1:244$75
Prejuizo 100$25 por tonelada. Em 200 toneladas será 25:550$00
Custo do assucar refinado sem lucro = 1$62 por kilograma.
Pode-se refinar por dia de 16 horas, 20 toneladas assucar bruto, que produzirão 14.000 kilos assucar B2
Em melaço dará 3000 kilogramas por dia.
Para despezas de fabrico 2:000$00 por dia.
Sendo Carvão 7 toneladas = 1:500$00 (500 gramas por kilo assucar refinado).
Pessoal (16 homens) = 130$00 (9 reis por kilo “ “
Productos chimicos = 370$00 (26 reis “ “ “ “
Total 2:000$00 //
[138] Fermento tirado do mosto de uva, tendo em solução tourteau d’assucar Fermentação activa 2 outubro 1922
1ª solução para habituação do fermento ao Fluorure de Soda:
Solução de melaço a 8º Baumé 1 litro:
Levando: Liquido de saccharificação do malte para diluir o
melaço a ficar em 8º Baumé ...............100 centimetros cubicos
Acido chlorydrico ...................................4 centimetros cubicos
Phosphato d’amonia .............................0,2 gramas
Sel nourriciere .........................................3 gramas
Fluorure de soda, solução 1 centimetro cubico da solução abaixo = 4 gramas fluorure por Hectolitro
Solução de Fluorure de soda 20 gramas em 500 centimetros cubicos agua = 0,04 gramas por centimetro cubico
A soluções [sic] seguintes, feitas da mês-//[139]ma forma, mas augmentando 1 centimetro cubico a cada solução feita, até
á dose de 6 centimetros cubicos, e continuando o fermento depois sempre a 4 centimetros cubicos a solução de fluorure por
litro, até á occasião de o empregar no fermento de 60 litros.
Fermento de 60 litros:
Em soluções de melaço a 8º Baumé, 20 litros de cada dose, levando:
Acido chlorydrico ..........80 centimetros cubicos
Phosphato d’amonia .........2 gramas
Sel nourriciere ................50 gramas
Fluorure de soda ...............3 gramas
Fermento de 500 litros
As mesmas soluções feitas como acima, nas doses requeridas. //
469
[141] Assucar Brazileiro de 80% assucar
2-10-922
Esperiencia de decoloração pelo carvão animal em pô impalpavel.
Fiz uma solução d’este assucar a ficar em 30º Baumé, o que deu a proporção de 120 gramas assucar = 160 centimetros cubi-
cos solução = 75 kilogramas assucar por Hectolitro.
Aquecido juntei-lhe 1,5 gramas de carvão animal em pô impalpavel = 100 gramas carvão por Hectolitro. Malaxagem por 1/2
hora e filtrado, deu uma côr ainda avermelhada, mas um pouco mais clara que a solução typo.
Na proporção de 100 gramas carvão por Hectolitro = 75 kilogramas assucar, dá para 100 kilos assucar = 134 gramas carvão
animal % assucar
As 200 toneladas assucar levará 270 kilogramas carvão. //
[142] O custo em França d’este carvão animal impalpavel Nº 6, é de 170 francos por 100 kilogramas, que ao Cambio actu-
al de 120$00 dá 3$40 por kilograma
Que seja, com fretes, despezas e direitos, a 4$00 por kilograma, os 270 kilogramas custará 1:080$00, que devidido pelas
200 toneladas assucar = 5$40 por tonelada assucar.
Fazendo pois 20 toneladas assucar por dia, dará:
Para combustivel 400 gramas por kilograma assucar 8 toneladas,
que a 200$00 por tonelada = ......................1:600$00
16 homens (em augmentos) ..........................150$00
Carvão animal 27 a 30 kilogramas ...............120$00
Enxofre etc. ................................................. 150$00
Custo em 20 toneladas assucar = ................2:020$00
Custo por tonelada = 101$00 //
452 Anotação na cabeça da página: «Nota: Se a filtração fôr dificil, junta-se um pouco de Kieselgouhr no ebulidor, periodicamente.».
470
Pureza Glucose Coefficiente
Xarope a 30º antes sulfitado 77,02 3,9 8,37
“ depois de sulfitado 53,89 12,5 38,36
Diminui pois a sulfitação ao minimo possivel.
Melasse Cuite – Pureza = 67,49 (?!!) //
[146] Feita analyse, mostrou a mesma inverção de Saccharose?! Qual a causa? Será dos melaços que involve o assucar? Não
posso comprehender! Formou a cristalisação no cuite mas com dificuldade, e o grão muito fino, o que me parece de dificil
turbinagem e mau assucar (?).
Procedi pois á esperiencia de lavagem d’este assucar bruto n’um malaxeur <de 250 Hectolitros> com um xarope a 30º-32º
Baumé, e transformado em Melasse Cuite, sendo turbinado e lavado a <vapor e> agua.
A turbinagem, ainda que dificil, fêz-se a 3/4 carga.
Polarisação d’este assucar turbinado = 88,2% saccharose
Assucar bruto no malaxeur 290 sacos a 65 kilogramas ? = 18.850 kilogramas
Produzio em turbinado bruto = 10.950 “
Quebra aproximada 7.900
Turbinagem do malaxeur 10 horas.
O assucar assim turbinado feito em xarope a 30º Baumé levando 4 kilogramas carvão animal, e solução de carbonato soda?
Sulfitado (?) e filtrado. //
[147] Calculo para o custo do assucar importado: Brazil ou outro: 1922
Preço medio de £ 18 tonelada c.i.f. Funchal
Para o calculo, juntar ao custo abaixo por tonelada o valor do assucar feito ao Cambio de ?
Calculos mais ou menos fixos:
Despeza de descarga ————— 6$00
Carretos ao armazem ————— 5$00
Direitos 145 + 50% ouro = 218 por kilograma ——— 218$00
Imposto municipal —- 30 reis kilo 30$00
“ transação sem custo e direitos 2%
“ porto Lanxões £ 0.4.0. tonelada ? $
Emolumentos alfandegarios 4 reis kilograma ——- 4$00
Despezas despacho Alfandega ————— 1$00
Custo do assucar ao Cambio de ? ———— $
Custo tonelada assucar importado $
Total fixo = 279$00
Nota: Os impostos e despezas medias por kilo assucar = 285 reis? //
471
[149] Compra da cana em 1923 Sendo o Cambio £ 80$00
Custo antes da guerra:
Cana 450 reis por 30 kilogramas x 6 = 2$700 por 30 kilogramas
Assucar 250 reis por kilograma x 10 = 2$500 por kilograma
Direitos 145 reis por kilograma assucar x ? Valor provavel.
Os dois valores acima devem ser fixos.
O valor dos direitos de importação, deve ser variavel comforme a alta ou baixa do Cambio da £.
Para o calculo dos direitos com a £ a 80$00
Deve ser multiplicado por 6.
Acima de 80$00 diminuir 0,06 por escudo
abaixo de 80$00 augmentar 0,06 “
Exemplos:
£ Cambio = 100$00 = 0,06 x 20 = 1,2; 6 – 1,2 = 4,8 x 145 = 696 reis de direitos por kilograma assucar importado.
£ Cambio = 70$00 = 0,06 x 10 = 0,6; 6 + 0,6 = 6,6 x 145 = 957 reis de direitos por kilograma assucar importado. //
472
[153] Assucar a refinar com 80% saccarose Seu custo 10/922
£ 9.1.0 por tonelada Cambio 80$00 ——— 724$00
Descarga e carretos etc. ——————- 14$00
Direitos, impostos e despezas Alfandega — 271$00
Despezas de fabrico ————————— 100$00
1:109$00
120 litros alcool a 3$00 (menos despezas fabrico) – 300$00
Custo de 560 kilogramas assucar B2 ? 809$00
Custo por kilograma = 1$445 (com comição = 1$460)
Podendo vender a 1$70, deixa lucro tonelada = 160$00
Nota: Reduzindo este assucar a alcool, e calculando um rendimento de 60 litros % saccharose, cada tonelada assucar dará
480 litros (40º) alcool a 3$00 = 1:440$00
Despezas fabrico alcool a 500 reis litro 240$00
Liquido em alcool 1:200$00
Custo do assucar na Fabrica 1:009$00
Lucro por tonelada 191$00
200 toneladas assucar dará 96.000 litros alcool //
[154] Calculo de despeza de turbinagem do assucar bruto para refinar depois. 2 Novembro 1922
453
Assucar bruto de 82,2 polarisação transformado em 88,2º polarisação
15490 kilogramas a 100º = 18.850 kilogramas a 82,8 polarisação
Gasto combustivel turbinado 2 toneladas —————— 340$00
Pessoal (calculo aproximado) ——————————— 80$00
Eletricidade ( “ ) ——————————— 20$00
Em 10 horas de trabalho =440$00
Custo por tonelada assucar bruto 24$40
Calcule-se porém em 25$00 por tonelada bruto importado.
Temos porém que cada 1000 kilogramas assucar bruto a 82 polarisação dá 580 kilogramas assucar a 88º polarisação deve
dár em refinado 77% = 446 kilogramas assucar B2 (?). Calculando uma quebra de 5% maximo total em assucar puro 100º, Qual
será o resultado? //
[155]454 Productos provaveis: Por tonelada bruto.
Em turbinado B2 = 440 kilogramas 99 polarisação = 435,6 kilogramas a 100º
Quebra de 5% do assucar bruto = 41 “
No melaço a 50% assucar 680 kilogramas = 343,4 “
Assucar total no assucar bruto = 820 kilogramas
Calculo: Por tonelada
Custo do assucar, direitos e despezas —————- 1:006$00
Despezas de turbinagem do bruto ———————- 25$00
“ de refinação do turbinado a 100 reis – 58$00
Custo total 1:089$00
680 kilogramas melaço a 30 litros % de rendimento em
alcool 40º 203 litros a 3$00 (menos fabrico) 500 reis litro. 507$50
Custo de 440 kilogramas assucar B2 605$50
Custo por kilograma = 1$38 (com comição 2% 1$42)
200 toneladas dará = 88 toneladas assucar B2, e 40.600 litros alcool em 40º
Vendendo a 1$70 por kilograma = Lucro tonelada = 24$60 //
453 Daqui até «tonelada bruto importado.», toda a informação foi rasurada, com dois traços oblíquos, à laia de X, e sobre a mesma informação escreveu-
se:«Errado».
454 Toda a informação desta página foi rasurada. Sobre a mesma, em letras maiores que o habitual, e na diagonal, escreveu Higino Ferraz: «Errado».
473
Brix = 73,4 = 39,5 Baumé
Analyse previa = Turbinagem Laboratorio = assucar = 46,59
Pureza = 63,47
Outra analyse media dos égoûts á destillaria:
Densidade —————— 1357
Saccarose directa 45,33
Saccharose Clerget 46,26
Glucose ——————- 13,75
Pureza Clerget ————- 62,82
Coefficiente ————— 30,33
Infermenticiveis 4,2%
Pureza dos égoûts ricos da lavagem do assucar bruto (agua de lavagem) = 69,88 (para rentrar).
Pureza dos égoûts <pauvres> do cuite feito directamente do assucar bruto – 44,55 (destillaria)
O assucar produzido d’este cuite directa do assucar bruto, deu um B2 fino (cristal fino). //
474
um lucro (56$00 tonelada) de 560:000$00
Lucro no assucar refinado 180:000$00
Lucro total provavel 740:000$00
Nota: Este calculo é comprando a cana a 70$00 tonelada (2$10 por 30 kilogramas), e vendendo o assucar a 1$70 por kilo-
grama e o alcool a 3$00 por litro.
Será assim em 1923? //
Ligeiramente
acido pelo
sulfitação
SO2 da
[162] Filtrado em pano felpudo. Sahia brilhante, levando um pouco <(5 litros)> de Kieselgouhr de hora a hora no ebulidor
do xarope.
O gasto de combustivel junto com a destillaria (2 apparelhos) e turbinagem do assucar bruto (antes da refinação) era de 5
1
/2 a 6 toneladas carvão por 24 horas, onde se vê que o gasto calculado de 4 toneladas em 18 horas para a turbinagem d’este
assucar, é o maximo de gasto, visto que somente para a destillaria não gasta menos de 4 toneladas em 24 horas.
O assucar bruto refinado, antes do processo da turbinagem d’este assucar, foi de 10 mexidores, que a 47 sacos de 65 kilo-
gramas = 3.050 kilogramas: total 30.500 kilogramas. Uma pequena parte d’este xarope foi para um cosimento, e a outra // [163]
parte para lavagem do assucar bruto a turbinar, empregando depois os proprios égoûts sahidos da turbinagem á lavagem do assu-
car bruto.
O total do assucar bruto importado do Brazil foi de 191 toneladas. Como se refundio 30.500 kilogramas ficou para turbinar
(lavagem do assucar) aproximados 160 1/2 toneladas assucar bruto; Este assucar = Porduzio[sic] em assucar turbinado lavado
um total de 102.000 kilogramas = 89.819 kilogramas a 100º
Rendimento em assucar lavado, por tonelada assucar bruto, foi de 635 kilogramas a 88º polarisação = 558,8 kilogramas a
100º
475
Melaço total produzido 78.900 kilogramas de todo o assucar
Kilogramas melaço por tonelada assucar bruto = 413 kilogramas
Rendimento em alcool d’este melaço = 129 litros em 40º Cartier por tonelada assucar bruto. (31,3 litros alcool em 40º %
melaço)
Saccarose total (saccarose e glucose) no Melaço = 59% – Infermenticiveis 5% Saccarose fermentavel 54%, a 58 litros alcool
% saccarose //
[167] Calculo do assucar Bruto do Brazil de 82º polarisação a £ 9.1.0 por tonelada c.i.f. Funchal
476
Calculo ao Cambio £ 80$00
Custo do assucar, direitos e despezas ——————- 1:010$00
Despezas 1ª turbinagem (lavagem assucar bruto) 32$00
Despezas refinação 635 kilogramas assucar
lavado a 100 reis por kilograma ————————- 63$00
Imposto transação pago no despacho —— 18$56
Custo provavel 1:124$06
Productos provaveis:
450 kilogramas assucar BB e B2 a 1$90 = 855$00
650 kilogramas melaço a 30% = 195 litros
alcool a 3$00 (menos fabrico 500 reis litro) 487$50
Vendas liquidas 1:342$50
Custo 1:124$06
Lucro por tonelada assucar bruto 218$44
Sendo o assucar a 1$80 por kilo = Lucro 173$44 //
[169] Calculos:
109.000 kilogramas assucar a 85º polarisação = 92.650 kilogramas assucar puro,
a 70% em turbinado B2 (puro) = 64.850 kilogramas assucar “
Quebra de 5% ——— ( “ ) = 4.640 “ “
Assucar no melaço — ( “ ) = 23.160 “ “
Total assucar 92.650 “ “ //
23160 kilogramas assucar no melaço = 46.300 kilogramas melaço. (50% assucar)
Rendimento em turbinado B2 de 99º polarisação = 65.500 kilogramas
Custo do assucar refinado:
Custo total do assucar na Fabrica = 161:064$33
Despezas de fabrico a 100 reis kilo bruto 10:900$00
171:964$33
46.300 kilogramas melaço a 30% rendimento
alcool em 40º Cartiere a 3$00 litro (menos despeza)
<500 litros> em 13.890 litros alcool 34:725$00
Custo de 65.500 kilogramas assucar B2 = 137:239$33
Custo por kilograma (sem lucro) = 2$10 //
477
[170] Produção total da 191 [sic] toneladas assucar bruto do Brazil, de 82º polarisação
Assucar turbinado da refinação directa .......................4.800 kilogramas
“ “ da refinação do assucar lavado ..........68.850 “
Melaços: Da lavagem do assucar bruto ......................70.290 kilogramas
“ do cuite refinação directa ...............................6.730 “
“ Lavagem de filtros e sacos .............................3.256 “
“ Resto xarope fraco ............................................126 “
Se todo o assucar fosse lavado com um xarope a 30º-32º Baumé feito com melaço pobre, afim de não dissolver o assucar,
e turbinando em bruto (de 88º polarisação), sendo este assim assim [sic] produzido, refinado em assucar BB ou B2, devia pro-
duzir 635 kilogramas assucar bruto de 88º polarisação = 558,8 kilogramas assucar <por tonelada de 82º> a 100º polarisação
O seu rendimento em turbinado B2 será 68,5%
Deu uma quebra de 3% na refinação. //
[172] Rendimento real das 191 toneladas assucar bruto do Brazil (1922) £ 80$00
Por tonelada assucar bruto de 82 polarisação
Em turbinado B2 —————————— 388,500 kilogramas
Em melaço 618 kilogramas a 32 1/2 % rendimento = 200 litros alcool em 40º
Calculos:
Custo do assucar, direitos, despezas e fabricos 1:113$00
200 litros alcool a 3$00 por litro 600$00
Custo do assucar totaes 513$00
Fabrico do alcool a 500 reis litro 100$00
Custo do assucar 613$00
Custo por kilograma = 1$580
Vendendo a 2$00 por kilograma = Lucro 420 reis por kilograma – Em 388 kilogramas = 162$96, ou lucro por tonelada assu-
car bruto:
Nas 1919 toneladas será = 30:000$00 liquidos.
Nota: As mercadurias importadas que pagam imposto de fabrico, é substituido pelo imposto de transação de 2% sobre valor
e direitos. //
478
Solução de 100 gramas em 500 centimetros cubicos: Resultado analyse
Brix .........................................................94,8 = 1.521 Densidade
Saccharose directa ..................................77,05
Pureza .....................................................81,27
Glucose .....................................................6,25
Coefficiente Glucosico .............................8,11
Cinzas .......................................................9,84
Polarisação directa ..................................81º
Rendimento em refinado:
Saccharose ..............................................81%
Glucose 6,25 x 2 = ..................................12,5
Cinzas 9,84 x 4 = 39,3.............................51,8
Rendimento theorico em refinado =........29,2%
Calculando uma quebra de refinação de 5%, deve restar em melaço 53 1/2 kilogramas % = 16 litros alcool. //
[174] Gasto de combustivel: refinação assucar bruto: Por tonelada assucar bruto. de 82º polarisação
Com a refinação directa do assucar, o gasto é de aproximados 280 kilogramas carvão.
Com a turbinagem previa (lavagem), do assucar bruto, o gasto é de 140 kilogramas carvão. Como esta turbinagem dá 635
kilogramas assucar bruto turbinado <de 88º polarisação> a 280 kilogramas carvão por tonelada, será na refinação d’este 178
kilogramas.
Gasto total refinação por tonelada bruto = 320 kilogramas carvão
Vê-se pois que, com a lavagem do assucar e depois refinação d’elle, se gasta mais 40 kilogramas carvão por tonelada assu-
car bruto.
O rendimento em refinado do lavado é de 68%, os 635 kilogramas dará 432 kilogramas assucar B2: Carvão por kilograma
assucar <refinado> 740 gramas
Melaço provavel por tonelada assucar bruto = 620 kilogramas //
479
[178] Trabalho a efectuar:
1º A garapa e o jus de diffusão mesturados são alcalinisados a 0,90 gramas CaO por litro. (malaxeurs dos petits eaux).
2º Sulfitação alcalina d’este jus até á reação ligeiramente acida ao papel de tournesol sencivel.
3º Junção de 40 a 50 gramas de carbonato de soda por Hectolitro até uma ligeira alcalinidade.
4º O jus assim tratado cai no grande mexidor, e a bomba centrifuga leva o jus aos rechauffeures da defecação para aque-
cel’os a 90º-95º, e de lá aos ebulidores (2) a vapor directo para ferver de continuo durante uns 5 a 8 minutos. //
[179]456 5º O jus defecado vai directamente á filtração mechanica nos filtros Filippe com sacos tapados (serrados, antigos
dos filtros-presses), e de lá o jus claro á evaporação.
6º O xarope do Triple-effet é eleminado no ebulidor, e sulfitado, se fôr necessario, e filtrado no Filtro Filippe a lavagem. As
borras d’estes filtros, depois de lavados a ficar a 15º Baumé, vai á diffusão do bagaço.
Nota: As borras dos filtros Filippe do jus defecado, vai á diffusão do bagaço durante o trabalho da bateria de diffusão, e as
descargas da nuite (quando a bateria não trabalhe) a um Filtro-Presse //
[180] Nas descargas das borras, quando um filtro deite pouco, dá-se uma descarga de borras e mete-se novamente o filtro
em marcha.
Trabalho do triple-effet:
Como este triple-effet é para um trabalho de 450 toneladas cana por 24 horas, e como terá de fazer somente 50% da evap-
oração, poderá trabalhar somente em duple-effet, isto é, a 1ª caixa será empregado como rechauffeur, e o jus principiará a evap-
oração na 2ª caixa que será assim considerada como 1ª caixa. A 1ª caixa deve ser isolada da 2ª, isto é, o tubo da comonicação
do vapor. //
[181] Gasto em productos chimicos Por tonelada cana
Enxofre ——— 1,500 kilogramas por tonelada cana
Cal virgem — 1,500 “
Carbonato de Soda 0,500 “
Processo (Marliere) sulfitação alcalina.
Calculo para 10.000 toneladas cana 1923?
Enxofre —————————— 15.000 kilogramas
Cal ————————————- 15.000 “
Carbonato de soda —————- 5.000 “
Existencias: 1922-1923
Carbonato de soda —————- 14.000 kilogramas
Enxofre ————————— 5.000 “
Devemos encomendar 15.000 toneladas canna encomenda
Enxofre ——————- 12.000 kilogramas 18 toneladas
Cal virgem ————- 18.000 “ 30 toneladas
Soda Caustica ——— 1 tonelada //
[182] Resultado geral do trabalho da refinação do assucar bruto do Brazil de 82º polarisação 1922
Calculado por tonelada assucar bruto:
O assucar bruto lavado dá 635 kilogramas assucar 88º. Refinado este assucar dá 430 kilogramas B2 (puro), ou 432 kilogra-
mas a 99,6 polarisação.
O melaço total resido á destillaria dará 620 kilogramas melaço com 58% saccarose total (saccarose e glucose) que deve ren-
der em alcool em 40º Cartiere 32 litros alcool % = 198,4 litros alcool em 40º Cartiere por tonelada assucar bruto.
Gasto em combustivel total = 320 kilogramas por tonelada
Trabalho diario (16 horas) 20 toneladas assucar bruto, com um cuite Freitag Pequena
Pessoal 22 homens em 16 horas.
2 caldeiras de vapor com 3 fugeiros e dois ajudantes
Total pessoal 26 homens na refinação. //
456 Na cabeça da pagina: «Vêr livro de Notas de 1922 (Vinharia e diversos) principio do livro, para ver o resto das explicações.».
480
[183] Por dia de 16 horas:
Que seja um total de 30 homens dia e meia nuite a 7$00 —— 210$00
6500 kilogramas carvão a 170$00 tonelada 1:105$00
Eletricidade ———————————— 75$00
Productos chimicos —————————- 110$00
Despeza total em 20 toneladas bruto = 1:500$00
Custo por tonelada bruto = 75$00
Calculo sobre £ a 95$00 (custo tonelada £ 9.1.0)
Custo tonelada c.i.f. Funchal ———— 859$75
Despezas totaes, direitos, etc. etc —- 290$00
Despezas de fabrico maximo ———— 80$25
1:230$00
432 kilogramas assucar a 1$90 por kilo = 820$80
198,4 litros alcool a 3$00 (menos fabrico) 496$00 }= 1:316$80
481
[187] Refonte dos assucares brutos:
Com a refinação do assucar bruto directamente (incluindo o tourteau assucar Laboração), deu para cada mexidor de refonte
3070 kilogramas assucar bruto de 85º polarisação
Com o assucar bruto lavado de 88º polarisação deu 3520 kilogramas por mexidor de refonte.
Refonte feita a 30º Baumé a 20º temperatura ou a 28º Baumé a quente.
Calculo sobre o assucar a 90º polarisação
Como o assucar de 88º polarisação deu 77,4% do assucar puro (100º) em refinado de 99,6º polarisação; o assucar de 90º
polarisação deve dár 79% em turbinado de 99,6º polarisação, ou 71% do assucar bruto.
Em melaço aproximados 29%
Vêr a seguir calculo do valor em £ ouro. //
482
Custo tonelada £ 2.6.0 ——— 241$50
Carretos e despeza ————— 7$50
Custo tonelada na Fabrica 249$00
Sendo o calculo feito por tonelada assucar bruto a refinar 325 kilogramas carvão = 81$00
Pessoal ——————————————- 10$50
Electricidade ———————————— 3$75
Productos chimicos etc —————— 5$50
Custo fabrico actual tonelada 100$75
Nota: Com o preço do carvão a 250$00 tonelada, e augmento de salarios enevitaveis, devemos calcular as despezas de fab-
rico para 1923 a 105$00 por tonelada assucar bruto a refinar. //
483
Saccarose total (saccarose clerget e glucos[sic]) = ......67,08 %
Pureza dos egoûts ricos = .............................................81º
Infermenticiveis ..............................................................4%
Saccarose fermentavel ..................................................63%
Quebra refinação 0,23% do assucar puro?!
Rendimento em alcool provavel 36,5 litros alcool em 40º!?
Os 60.520 kilogramas melaço deve produzir 22.089 litros em 40º, isto é, mais 2.723 litros alcool a 2$50 (deduzida falta =
6:800$00
Dará prejuizo de 7:785$50, em logar de prejuizo de 14:585$00 //
[194] Calculos sobre o assucar bruto do Brazil a 90º polarisação a £ 10.15.0. por tonelada c.i.f. Funchal, ao cambio maxi-
mo de 95$00 por £ ouro. Por tonelada
Custo cif. Funchal ................................1:021$25
Direitos, despezas totaes etc. ...................294$00
Despezas fabrico assucar .........................105$00
Despezas fabrico alcool ....................... 45$00
1:465$25
90 litros alcool a 3$00 litro (?) ........... 270$00
Custo de 710 kilogramas assucar B2 = ..1:195$25
Vendendo este assucar a 2$000 por kilograma = Lucro 315 por kilograma = 223$65 por tonelada assucar bruto importado.
Nota: Nas condições acima de rendimentos, calculei uma perda de assucar puro na refinação de 4 1/2%. Lucro liquido por
tonelada assucar, deduzido juros e amortisações, devemos calcular 200$00 por tonelada bruto.
Para consumo Madeira = 2100 toneladas assucar bruto de 90º //
484
Em turbinado B2 claro = 500 kilogramas a 99,5º
Em alcool a 40º Cartiere = 195 litros alcool. //
[197] O que convem pois melhor para 1923, em que se tenha que fazer 1000 toneladas assucar refinado, será: 1000 toneladas
bruto de 82º polarisação, que dará:
assucar refinado 432 toneladas
alcool em 40º Cartier 200.000 litros
1000 toneladas bruto de 90º polarisação, que dará:
assucar refinado 710 toneladas
alcool em 40º Cartier 90.000 litros
Dará pois os dois: assucar refinado = 1142 toneladas
alcool 290.000 litros
Ou então exportar todo o assucar da cana para Lisboa, e importar o assucar bruto para refinar para consumo da Madeira, do
de 90º polarisação umas 2.400 toneladas bruto, que dará:
assucar refinado 1704 toneladas
alcool 216.000 litros
Laboração alcool 126.000 “ ?
Total provavel = 342.000
Faltará rateio = 33.500 = 450 toneladas cana //
[201] Esta garrafa deve ser da capacidade aproximada de 8 litros, e todos os dias se junta novo litro ou 2 litros do mosto
nutritivo dito.
Quando a garapa contenha 7 a 7 1/2 litros de fermento, prepara-se 20 litros de mosto de melaço esterilisado contendo:
Acido chlorydrico —————————- 80 centimetros cubicos
Fluorure de soda ——————————- 3,2 gramas
485
Phosphato d’ammonia ——————— 3 gramas
Sel nourriciere ——————————— 60 gramas
Mosto de milho saccharificado —— 2 litros
Deita-se n’uma barrica de 100 litros e o fermento acima 6 1/2 a 7 litros.
(conserva-se a fermentação na garrafa).
Continua-se a alimentação da barrica. Este fermento é depois cultivado na // [202] pipa de 500 litros, alimentando-a com o
mosto-fermento do trabalho da destillaria esterilisado:
Composição para 60 Hectolitros mosto 80º
Acido chlorydrico ————————————— 20 litros
Fluorure de soda —————————————— 900 gramas
Sulfato d’ammonia ————————————— 5 kilogramas
Hermanite (acido phosphorico) ——————- 1 1/2 kilogramas
Mosto de milho saccarificado ———————- 230 litros
Este fermento é, depois de completa a pipa, deitado no apparelho de fermentos puros, esterilisado.
Recomeça-se depois o emprego do novo fermento, despresando o que está em trabalho, lavando e esterilisando bem todos
os apparelhos e tubos de condução de mosto e fermento. //
[203] Habituação, no Laboratorio, do fermento atráz dito, ao SO2, quando o melaço ou outro contenha sulfitos:
Ao fermento atráz (um litro) <quando> esteja em fermentação activa, junta-se 1 centimetro cubico de solução de metabisul-
fito de potassa a10%, mexe-se bem, e quando a fermentação esteja novamente activa junta-se mais 1 centimetro cubico solução,
e repete-se ainda uma vêz a mesma dose (1 centimetro cubico). N’estas condições o fermento ficará habituado á dose de 0,3
gramas metabisulfito por litro = 0,15 gramas SO2.
Continue-se depois a empregar nos mostos fermentos a dose de 0,3 gramas metabisulfito por litro, até que estando o fer-
mento no apparelho de fermentos puros, seja alimentado com o melaço contendo sulfito. //
486
Livro de Notas assucar vinhos e diversos N.º 5 1923
DESCRIÇÃO: Livro, papel, 17,5 cm x 11,3 cm, numerado a lápis por nós e em bom estado de conservação.
487
488
[forro da capa início] Tanques do alcool da Companhia Nova Desdobramento do alcool.
Tem 2 tanques de 75.000 litros, ou seja 70.000 litros uteis x 2 = 140.000 litros.
Levando cada tanque 40.000 litros alcool desdobrado com 16.000 litros agua, dá 56.000 litros d’aguardente em 26º Cartiere.
Juntando 20% aguardente de cana = 11.200 litros, dará um total por tanque de 67.000 litros aguardente em 26º, ou seja 18.160
gallões por tanque.
Calculos:
80.000 litros alcool a 6$50 por litro = 520:000$00
5945 gallões aguardente cana a 32$00 = 190:240$00
Carretos de 40 pipas aguardente a 5$00 = 200$00
Trabalho de desdobramento etc. etc = 560$00
Custo de 37.220 gallões 711:000$00
37.200 gallões a 30$00 1.116:000$00
Lucro bruto 405:000$00 //
[1] Para Comp.ª Nova fazer 80.000 litros alcool, são necessarios importar 500 toneladas assucar bruto de 82º.
Como necessitamos para Torreão 1500 toneladas assucar bruto para refinar, será um total a importar em bruto para refinar
2000 toneladas assucar
Como se pede a importação minima de 2.500 toneladas assucar bruto, ficará a 500 toneladas H. Figeira457.
Obtendo a conceção de 50% dos direitos,
as 2000 toneladas dará um lucro de 900:000$00
Da cana de 1923 “ “ “ 600:000$00
Total lucro = 1.500:000$00
nossa parte no desdobramento 300:000$00
Lucro bruto total no anno 1.800:000$00
Nota: Comp.ª Nova para fazer os 80.000 litros alcool para o desdobramento, será 30 dias de Laboração com melaço. //
489
gramas acido chlorydrico.
Para neutralisar 1 kilograma acido chlorydrico do comercio pelo carbonato de soda (alcalino puro) são necessarios
458
de carbonato de soda, para os 6,400 kilogramas será pois 459
Mesturando porém 100 litros d’este mosto de milho não neutralisado com 100 litros de mosto // [4] de melaço ou cana não
acetificado, dará o mesmo resultado que a neutralisação pelo carbonato de soda, porque desdobra o acido 100%, evitando a
despeza do carbonato de soda; ficando assim a acidez normal de 1,5 gramas a 1,6 gramas por litro em SO4H2.
O mosto de melaço pode ser feito a 12º Baumé, e dará uma mestura a 8,5º Baumé.
Temos pois que assim cada cosimento de 200 kilogramas milho = 1600 litros mosto, com 1600 litros mosto de melaço a 12º
Baumé = 3200 litros a 8 1/2º Baumé.
Fazendo 4 cosimentos em 24 horas = 128 Hectolitros de mosto a fermentar por 24 horas.
Por 24 horas empregar-se-há 1856 kilogramas melaço // [5] e 816 kilogramas de cereal (milho e malte), e dará em alcool
aproximados 812 a 815 litros alcool a 100º.
Em 30 dias será em alcool 24.400 litros.
Para 30 dias necessitamos 55.700 kilogramas melaço.
“ “ “ 24.000 “ de milho
“ “ “ 480 “ malte
“ “ “ 1.320 litros acido chlorydrico = 22 a 23 garrafões d’acido.
Alcool de milho feito em aguardente em 27º Cartiere. Desdobrada
Rendendo, nas condições acima, cada 100 kilogramas milho com 2 kilogramas malte, um minimo de 30 litros alcool a 100º,
corresponde a 42 litros aguardente em 27º Cartiere. Segue cálculos adiante //
490
[19] Fornecimento aos destilladores:
Fazendo este mosto de milho, nas condições atráz, para venda aos destilladores, pode-se pedir o preço de: x = 11,5 gallões
aguardente em 27º por 100 kilogramas milho ou 800 litros mosto, a 30$00 gallão aguardente = 345$00 = 430 reis por litro mosto
de milho. 800
O lucro por 100 kilogramas milho será de 200$00. Vêr calculo do custo atráz feito.
Durante a Laboração da cana nas fabricas de aguardente, que se fassa 4 cosimentos de 100 kilogramas milho por dia = 400
kilogramas, que em 30 dias de laboração regular dará lucro = 24:000$00
Empregando as fabricas de aguardente 2 kilogramas milho = 15 litros por tonelada cana, sendo a media nas fabricas de 15
toneladas cana, será por fabrica 240 litros mosto de milho por dia. Os 4 cosimentos = 3200 litros de mosto, dará para 13 fabricas.
16 litros mosto contem 128 gramas acido chlorydrico, em 1000 litros = 0,128 gramas por litro = 0,05 gramas em SO4H2 por
litro. Segue //
[21]460 Materias primas necessarias para uma Laboração (30 dias) e lucros provaveis: 30 dias:
12.000 kilogramas milho a 1$00 ....................12:000$00
240 kilogramas malte a 3$50 ..............................840$00
770 kilogramas acido chlorydrico a 800 reis .......616$00
600 kilogramas fluorure de soda a 5$00 ...........3:000$00
Despezas de fabrico a 300$00 tonelada milho 3:600$00
Custo de 96.000 litros mosto – ......................20:056$00
Vendendo a 500 reis litro, dará ......................48:000$00
Lucro provavel ................................................27:944$00
Fermentação mais rapida, e mais rendimento.
Nota: A despeza para o fabricante, com o transporte á fabrica, é de 250 reis por almude (30 kilogramas cana), mas o seu
rendimento deve ser superior a 0,5/10 gallão por 30 kilogramas canna, que com a aguardente a 30$00 gallão, será 1$50 de lucro
superior por 30 kilogramas cana (almude) <resta-lhe 1$25> empregando os fermentos puros e o mosto de milho fluoretado. //
491
alcool a 100º por tonelada cana. = 79,47 litros alcool em 40º Cartiere. //
[25] Estas 1850 toneladas assucar bruto dá turbinado = 971 toneladas assucar
Torreão fêz Laboração = 650 “ “
São Filippe “ = 300 “ “
1.921 “ “
Calculando consumo 2.300 toneladas ano 2.300 “ 12 mezes
Falta ainda ———— 379 “ “
Principiando a venda do assucar refinado de importação em agosto 1923, teremos até á nova colheita da cana, 9 mezes de
venda d’assucar refinado importado, que a 190 toneladas por mez = 1710 toneladas
N’estas condições deveriamos importar em assucar bruto de 82-85º polarisação 3250 toneladas assucar para garantir o con-
sumo. Este assucar porém daria em alcool 520.000 litros, e como apenas pelos calculos atraz necessitamos (com os 80.000 des-
dobrados) 296.378 litros, restar-nos-hia para 1924 égoûts da refinação que daria 223.000 litros alcool. //
492
N’estas condições vê-se que entre o jus bruto e o jus dos filtros-presses (F.P.) houve um augmento de pureza de 0,45º. Entre
o jus dos Filtros-presses e filtração mechanica (F.M.) houve uma baixa de pureza de 1,75º. Entre o jus dos Filtros Mechanicos
e xarope uma baixa de 0,73º de pureza. Temos pois que entre o jus Filtros-Presses e xarope tem uma baixa de pureza total de
2,48º. A baixa meior porém, é entre Filtros-Presses e Filtros Mechanicos que é de 1,75º de pureza.
Temos pois que, fazendo assucar bruto e sem tratamento do xarope, conservando o jus ligeiramente alcalino, evaporando
directamente dos Filtros-Presses, ganhamos 2,48º pureza = 300 gramas assucar % //
[29] Para o caso do preço do alcool não corresponder a 150% o preço do assucar; ou para competencia de qualidade d’as-
sucar
N’estas condições deveriamos obter em assucar directamente vendavel durante a Laboração, 50% do assucar, e os restantes
50% feito em bruto para refinar em BBR e B.B.
Calculando o rendimento da cana pelo systema de assucar branco e melaço em 100 kilogramas por tonelada cana, e que com
o systema de 50% branco e 50% bruto se tire 103 kilogramas por tonelada, com o assucar como em 1923 a 4$00 por kilogra-
ma, daria mais 12$00 por tonelada cana. Tirando pois 53 kilogramas em bruto <a 100º> e calculando sobre uma Laboração de
10.000 toneladas cana, ficará para refinar depois da Laboração 530.000 kilogramas assucar bruto (a 100º polarisação): Este
assucar bruto daria 89% em turbinado BBR e BB = 471.700 kilogramas (a 100º polarisação)
A differença de 12$00 por tonelada em 10.000 toneladas = 120:000$00
Quebra e despezas de refinação seria de = 80:000$00
Teriamos ainda assim um lucro 40:000$00 //
461 Anotação na cabeça da página: «Nota: Cada litro de mosto nutritivo de milho, contem 8 gramas de acido chlorydrico = 3,16 gramas por litro em SO4H2.
1 grama acido chlorydrico = 0,4 gramas acido sulfurico».
493
milho é de 4$80 por litro, e o preço de venda do alcool é de 5$25, deixando lucro 450 reis por litro alcool, fazendo dois cosi-
mentos de 200 kilogramas milho por dia = 3200 litros de mosto nutritivo, deve-se empregar por preparador de mosto geral de
60 Hectolitros 450 litros de mosto nutritivo de milho por 60 Hectolitros = 56 centimetros do tanque. Ficará o mosto geral com
0,23 gramas acidez por litro em SO4H2. (= 3,600 kilogramas acido chlorydrico por 60 Hectolitros)
Lucro no alcool de milho por dia (2 cosimentos) = 57$60 //
[32] Importação de um minimo de 2000 toneladas assucar bruto de 82º-85º polarisação 1923
Importando as 2000 toneladas assucar bruto, teriamos:
Em assucar refinado B e B2 – 1050 toneladas assucar
Em melaço á destillaria 1080 toneladas melaço, que daria em alcool em 40º Cartiere 324.000 litros alcool.
Fazendo por dia 10.800 kilogramas melaço, será 100 dias de fermentação, que a 400 kilogramas milho por dia (2 cozimen-
tos), dará em alcool nos 100 dias x = 128 litros x 100 = 12.800 litros alcool.
Total do alcool obtido = 336.800 litros
= 5:700$00
Lucro no
Necessitando para conclusão rateio total = 216.400 “
milho
Teremos um acrescimo de 120.400 “
Desdobrando para aguardente a 27º 80.000 “
Passará para o rateio de 1924 – 40.400 “
2000 toneladas, a 350 toneladas importadas por mez = 6 mezes aproximado de refinação (agosto a Novembro 1923 – Janeiro
a Março 1924)
Torreão produzio assucar Laboração 1923 – 650 toneladas
São Filippe “ “ “ – 300 “
Da refinação de 2000 toneladas Laboração 1924 1.050 “
Total assucar 1923-1924 2.000 “ //
[34] Importação assucar bruto de 82º polarisação £ 19.5.0 tonelada cif. 1923. Cambio £ = 105$00.Calculo pagando dire-
itos por inteiro:
Custo tonelada assucar bruto cif. Funchal –.....................................2:021$25
bruto a alcool, dará 480
494
Importando 2.000 toneladas, dá no 1º caso Lucro = 419:500$00
“ “ , da no 2º caso “ = 752:000$00 //
[39] Rendimentos provaveis em turbinado do assucar bruto das diversas polarisações abaixo: (Dado ao Senhor Hinton462
em 9/7/923): Para Lisboa
kilogramas kilogramas
Assucar de 80º polarisação rendimento provavel 33,9%; em Melaço = 85,4%
“ de 81º “ “ “ 34%; “ = 69%
“ de 82º “ “ “ 43,0%; “ = 54%
“ de 83º “ “ “ 53%
“ de 84º “ “ “ 54%
“ de 85º “ “ “ 55%; “ = 52%
“ de 86º “ “ “ 56%; “ = 54,4%463
Assucar de 80º polarisação rendimento turbinado provavel 33,9%; Melaço = 85,4%
“ de 81º “ “ “ 43%; “ = 69%
“ de 82º “ “ “ 52,5%; “ = 54%
“ de 83º “ “ “ 53%; “ = 55%
“ de 84º “ “ “ 54%; “ = 55,5%
“ de 85º “ “ “ 55% a 55,8; “ = 52%
“ de 86º “ “ “ 56% a 57; “ = 51%
Nota: O assucar de 80º a 81º polarisação de lavagem previa dá 3,5 a 3,7% quebra de refinação; os outros entre 2,5 a 3% de
quebra, com rifinação[sic] directa. Rendimento do melaço entre 30 a 31% alcool 40º //
[40] Rendimentos provaveis em turbinado do assucar bruto Das diversas polarisações abaixo
% bruto
Assucar de 87º polarisação rendimento turbinado provavel 59%; em Melaço 50%
“ de 88º “ “ “ “ 62,5%; “ 46%
“ de 89º “ “ “ “ 67,5%; “ 38%
“ de 90º “ “ “ “ 71,1 a 72% “ 30%
“ de 91º “ “ “ “ 72,6 a 73,9%; “ 28%
“ de 92º “ “ “ “ 74,25 a 76,9%; “ 26,4%
“ de 93º “ “ “ “ 77,4 a 79,2%; “ 22%
“ de 94º “ “ “ “ 78,96 a 80,8%; “ 20%
“ de 95º “ “ “ “ 80,75 a 82,6%; “ 19%
“ de 96º “ “ “ “ 82,56 a 84,2%; “ 18%
“ de 97º “ “ “ “ 85,3 a 85,6%; “ 17%
Nota: Estes typos de assucar são os de mais facil refinação e melhor rendimento, e a quebra de refinação é somente de entre
2 a 2 1/2 % do assucar bruto.
O rendimento em alcool é de 31 a 31 1/2 alcool % melaço. //
[41] Rendimento em assucar e alcool (40º Cartiere) por tonelada assucar bruto Provavel pelos calculos atráz.
99,5 polarisação 0,6 litros = 1 kilograma assucar
assucar 80º polarisação – turbinado = 339 kilogramas assucar – alcool = 238,2 litros – 40º
“ 81º “ – “ = 430 “ “ – “ = 197 litros “
“ 82º “ – “ = 525 “ “ – “ = 143 litros “
“ 83º “ – “ = 530 “ “ – “ = 149 litros “
462 Harry Hinton.
463 A informação anterior, nesta página 39, começando em «Assucar de 80º», foi rasurada através de dois traços obliquos, em jeito de X.
495
“ 84º “ – “ = 540 “ “ – “ = 160 litros ?! “
“ 85º “ – “ = 550 a 558 “ “ – “ = 156 litros “
“ 86º “ – “ = 560 a 573 “ “ – “ = 153 litros “
“ 87º “ – “ = 590 “ “ – “ = 147 litros “
“ 88º “ – “ = 625 “ “ – “ = 132 litros “
“ 89º “ – “ = 675 “ “ – “ = 129 litros “
“ 90º “ – “ = 711 a 720 “ “ – “ = 93 litros “
“ 91º “ – “ = 726 a 739 “ “ – “ = 88 litros “
“ 92º “ – “ = 7421/2 a 769 “ “ – “ = 82 litros “
“ 93º “ – “ = 774 a 792 “ “ – “ = 68 litros “
“ 94º “ – “ = 789,6 a 808 “ “ – “ = 62 litros “
“ 95º “ – “ = 807,5 a 826 “ “ – “ = 63 litros “
“ 96º “ – “ = 825,6 a 842 “ “ – “ = 60 litros “ //
[42] Rendimento commercial do assucar bruto em refinado, considerando um épuissement dos égoûts:
A base adoptada é a do rendimento em refinado, establecendo a regra do coefficiente 4 e 2, que é basiado sobre os princip-
ios seguintes:
Sabe-se, ou diz-se, que 1 parte de saes impede 4 de assucar de cristalisar, e 1 parte de glucose impede 2 de assucar de cristal-
isar.
Temos pois que, se da polarisação d’um assucar bruto se deduz 4 vezes as cinzas + 2 vezes a glucose, isto é, a quantidade
de assucar que ficará imobilisada no melaço da refinação, teremos a quantidade de assucar que se poderá retirar em assucar refi-
nado, deduzindo as perdas de refinação. (2 a 3%). Este calculo deve ser exacto para um assucar do minimo de 90º polarisação,
mas para os assucares com menos de 90º polarisação não dá certo. //
[43] Total em assucar a 100º polarisação, incluindo o melaço em assucar Das diversas polarisações abaixo (turbinagem
calculada a 99.5º polarisação)Por tonelada assucar bruto:
Turbinado assucar Assucar %
Do alcool Quebra
assucar 80º polarisação = 337,3 – 427 – 35,7 = 4,46
“ 81 “ = 427,85 – 345 – 37,15 = 4,58
“ 82 “ = 522,37 – 270 – 27,63 = 3,37
“ 83 “ = 527,35 – 268,3 – 34,35 = 4,14
“ 84 “ = 537,3 – 266,6 – 36,1 = 4,29
“ 85 “ = 547,25 – 260 – 42,75 = 5,03 ?!
“ 86 “ = 557,2 – 255 – 47,8 = 5,55 ?!!!
“ 87 “ = 587,05 – 250 – 32,95 = 3,78
“ 88 “ = 621,87 – 236,6 – 21,53 = 2,46
“ 89 “ = 671,62 – 196,4 – 21,78 = 2,45
“ 90 “ = 707,44 – 155 – 37,56 = 4,17 ?
“ 91 “ = 722,37 – 145 – 42,63 = 4,68 ?!
“ 92 “ = 738,78 – 136,6 – 44,62 = 4,85 ?!!
“ 93 “ = 770,13 – 113,3 – 46,57 = 5 ?!!!
“ 94 “ = 785,65 – 103,3 – 51,05 = 5,43 ?!!!
“ 95 “ = 803,46 – 98,3 – 48,27 = 5,07 ?!!
“ 96 “ = 821,47 – 93,3 – 45,2 = 4,7 ?! //
496
[44] Offerta d’assucar bruto de 82º polarisação a £ 17 tonelada cif. calculo ao Cambio de 106$00 10/7/923
Direitos por inteiro
Custo do assucar cif Funchal ———- 1:802$00
[47] Importação 1923-1924 (até fevereiro 1924) de 2500 toneladas assucar bruto de 85º a 86º polarisação (7 mezes a 350
toneladas)
497
Productos:
Assucar refinado B e B2 á media de 560 kilogramas tonelada dá = 1.400 toneladas
Alcool em 40º Cartiere á media de 154 litros tonelada dá = 385.000 litros
Lucro provavel bruto = 1.000 contos. (400$00 por tonelada bruto).
A 350 toneladas por mez = será 8 mezes de refinação (7 mezes refinação real.)
<(agosto a Novembro 1923 – Janeiro a março 1924)>
Como deveremos necessitar de agosto 1923 a abril 1924 (9 mezes) assucar para consumo, a 190 toneladas por mez = 1710
toneladas, ainda faltará para o consumo até abril 1924 = 310 toneladas
Em alcool necessitamos 216.400 litros para o rateio do Torreão e Comp.ª Nova. Cresce pois 168.000 litros para o rateio de
1924, ou desdobrando 80.000 litros, restará somente para o rateio de 1924 = 88.600 litros alcool.
Se a Laboração de 1924 fôr de 10.000 toneladas cana, dará em alcool de melaço aproximados 130.000 litros alcool, que com
58.000 litros feitos de cana directamente na Comp.ª Nova, será 188.000 litros alcool. Sendo em 1924 o rateio egual a 1923
(500.000 litros), faltará ainda ou 114.000 litros, ou 194.000 litros fazendo o desdobramento de 80.000 litros em 1923 //
[48] Alcool a produzir nas duas Fabricas, Torreão e Comp.ª Nova 1923-1924
Importação de 2500 toneladas assucar bruto = 385.000 litros alcool.
Comp.ª Nova falta-lhe para o rateio 1923 = 54.100 litros
Fazendo para desdobramento — ? ————— 80.000 “
Terá de produzir 1923-1924 134.100 “
Torreão falta para o rateio 1923 = 158.878 “
292.978 “
Torreão fará para rateio 1924 = 92.022 “
Alcool da refinação de 2500 toneladas assucar 385.000 “
Comp.ª Nova fará a conclusão do rateio de 1923, dentro do mesmo anno, isto é, 30 dias de trabalho. O alcool para desdo-
bramento feito em Janeiro ou Fevereiro de 1924, isto é, 40 dias de trabalho.
Torreão fará os 251.000 litros alcool, regularmente nos mezes de agosto a setembro – Novembro a 15 de Dezembro 1923 –
Fevereiro a Março 1924 = 100 dias.
Será 3 étapes de 30 dias destillação a 3000 litros = 270.000 litros. //
[50] Custo do assucar bruto de 86º polarisação para vinhos: Preço do alcool 1923 = 5$25 em 40º Cartiere.
Custo tonelada assucar cif. Funchal - 1:910$00
Despezas, direitos etc. - 425$00
Lucro por tonelada bruto —— 400$00
Custo total 2:735$00
1000 kilogramas assucar bruto a 86º polarisação ao rendimento do coefficiente 0,60 = 51,6 litros alcool a 100º %. Custo por
litro alcool = 5$30 a 100º ou 5$08,3 em 40º Cartiere, seja 5$10
Para fazer 100 litros vinho com 12% alcool, deve conter 23,600 kilogramas assucar de 86º polarisação no mosto:
23,600 kilogramas a 2$74 por kilograma = 64$67 mosto
}
por grau =
levará 118
Vendendo
mas assu-
a 100 reis
500 litros
car é[sic]
1$20 por
kilogra-
12%
litro
498
Custo de 450 litros vinho a 12% = 353$25
Para fazer vinho a 14% alcool, cada 100 litros do mosto deve conter 27,600 kilogramas assucar de 86º polarisação.
500 litros = 138 kilogramas assucar
Custo por litro a 14% alcool = 900 reis //
[52] Contracto das 1as 300 toneladas assucar bruto. Base do typo 82º polarisação a £ 19.5.0. por tonelada
Por cada grau acima ou abaixo 2 1/2 selling por grau e por tonelada.
Por ex: Se o assucar tiver 78º polarisação = 4º menos, a 2 1/2 sellings por grau = 10 sellings menos por tonelada
Ficará o assucar a £ 18.15.0 por tonelada cif Funchal.
Este assucar com 78º polarisação deve dár em turbinado 33% = 330 kilogramas por tonelada em assucar de 99,5º polarisação (B2).
Em alcool dará 243 litros em 40º Cartiere, pelos calculos seguintes:
330 kilogramas assucar a 99,5º polarisação = ——- 328,3 kilogramas a 100º
Quebra na lavagem e refinação do lavado 6% 46,8 “
Assucar nos 809 kilogramas melaço
(a 50% assucar total) 404,9 “
Total assucar a 100º por tonelada 780,0
Nota: Com assucar abaixo de 82º polarisação, a differença de preço por grau e por tonelada deveria ser de 5 sellings por
tonelada e por grau, devido á baixa pureza. //
[53] Calculo do resultado para assucar de 78º polarisação Cambio de 106$00 ny BG 14-7-923
Custo tonelada assucar 78º cif. Funchal = 1:987$50
Direitos por inteiro, despezas fabricos etc. = 650$00
Custo total ————— 2:637$50
330 kilogramas assucar a 4$50 = 1:386$00
243 litros alcool 5$25 = 1:275$75 2:661$75
Differença 24$25
Commição de 3% venda assucar ———- 41$58
Prejuizo por tonelada bruto = 17$33
Se o assucar tivesse realmente os 82º polarisação, feitos os calculos como acima, mas com o rendimento em turbinado de
525 kilos assucar B e B2 e 162 litros alcool, daria um lucro de 298$85 por tonelada bruto.
Nota: O assucar bruto abaixo de 82º polarisação, tem que ser fatalmente lavado antes de refinado, para lhe extrahir a grande
parte da imporezas [sic]. //
499
[54] Trabalho da Laboração de São Filippe 1923
São Fillippe deveria têr moido 4100 toneladas cana <(segundo o espanhol)> aproximado em 50 dias de laboração inrregu-
lar, o que dá uma media 82 toneladas cana por dia de 24 horas. (ou 100 toneladas com as paragens?).
Se produzio 330 toneladas assucar, o seu rendimento foi de 8,050 kilogramas % em turbinado? Que se calcule porém 8,2%:
Qual será o resultado?
Custo tonelada cana ————————- 170$00
Livro de Notas Nº 3 –
quadrados = 180 met-
4 caixas de 45 metros
1920-1921.
Custo total 246$50
hora.
82 kilogramas assucar 1ª e 2ª á media de 3$80 = 311$60
11 litros alcool a 5$25 ————— = 57$75
Vendas totaes 369$35
Custo ————- 246$50
Lucro bruto ——- 122$85 por tonelada cana.
Em 4100 toneladas cana, será = 490:000$00 //
[55] Analyse media do assucar bruto ny B.G. [?] Brazil (Vapor Déntrecousteux) 13 Julho 1923[?]
5100 sacos de 60 kilogramas = 300 toneladas assucar (?).
Polarisação —————— 81,2º (2 sellings menos tonelada)
Glucose % ——————- 5,10
Este typo d’assucar deve dár um rendimento de 430 kilogramas assucar B2 e 207 litros alcool, pelas razões seguintes:
430 kilogramas turbinado a 99,5º polarisação ——- = 427,85 kilogramas a 100º
Quebra total lavagem e refinação 5% ? = 40,60 “
Assucar nos 687 kilogramas melaço a 50% = 343,55 “
Saccarose % = 81,2 = 812,00 “
Calculos como atráz:
Custo tonelada assucar bruto a £ 19.5.0 – Cambio 106$00 = 2:040$50
Direitos por inteiro, despezas fabricos etc = 650$00
2:690$50
430 kilogramas assucar B2 a 4$20 = 1:806$00
207 litros alcool a 5$25 = 5$25 = 1:086$75 2:892$75
Differença 202$25
Commição de 3% de venda assucar 54$18
Lucro bruto 148$07 //
500
[57] Segundo a Lei, o assucar a refinar paga imposto de fabrico de 15 reis kilo, além dos direitos etc. O alcool fabricado
pagava 100 reis por litro a 100º a 15º Temperatura
N’estas condições qual será o resultado?
Custo tonelada assucar cif Funchal (como atráz) = 2:040$50
Direitos por inteiro, despezas fabrico etc. ———— = 650$00
Imposto fabrico assucar a 15 reis kilograma ——- = 15$00
Imposto fabrico alcool a 100 reis litro a 100º <(Repartição finanças)> ? 21$40
2:726$90
432 kilogramas assucar refinado a 4$00 = 1:728$00
214 litros alcool a 5$25 = 1:123$50 2:851$50
124$60
Commição de 3% venda assucar —————- 51$84
Lucro —————- 72$76
Nota: Este calculo é feito nas condições do Governo não auctorisar a refinação do assucar sem pagamento de imposto de
fabrico, assim como no fabrico do alcool dos residuos da refinação sem pagamento de imposto.
Conviria assim importar assucar de 86º a 90º polarisação. Segue considerandos: //
[58] Considerandos:
Como para completar o rateio do Torreão <1923> falta 158.878 litros alcool e para a Comp.ª Nova falta 54.100 litros alcool
= Total 212.978 litros.
Das 1as 300 toneladas assucar bruto devemos obter 64.000 litros, faltando pois ainda 149.000 litros alcool.
Importando depois somente assucar do minimo de 96º polarisação que dá 153 litros alcool por tonelada assucar bruto, será
necessario importar para conclusão do rateio 974 toneladas assucar bruto de 86º.
Teremos em assucar refinado de todo este assucar 680 toneladas
Importação do restante assucar para o complemento do consumo, e fabrico alcool:
Ora, 950 toneladas assucar retirado da cana (Torreão e São Filippe) com 680 toneladas tiradas do assucar bruto acima = 1630
toneladas
Calculando o consumo até a nova colheita em 2300 toneladas faltará 670 toneladas assucar branco.
(Deve-se calcular 2500 toneladas consumo) //
464 Na cabeça da página 60: «(Pedir a importação de 2500 toneladas assucar bruto) ».
501
Por esta forma, o Governo, Camaras etc. receberia mais importando o assucar bruto, 409:900$00, do que importando o assu-
car já prompto para consumo directo. Salvo Erro ou Omissão //
[61] Calculo pagando os direitos de 120 e 145 reis como da nova pauta: (Não pagamento em ouro).
As 2460 toneladas a 120 reis kilograma = 295:200$00
As 1350 toneladas a 145 reis “ = 195:750$00
Differença a mais pelo bruto = 99:450$00
(Rendimento de 54,89% em refinado tirado da media do assucar bruto)
“ em melaço 53,2% “ “ “
Lucro para os refinadores n’estas condições: Direitos que pagará (?): Por tonelada bruto de 86º;
Direitos a 120 reis kilograma —- 120$00
Imposto municipal 30 reis “ ——- 30$00
Sêlo ————————————————- 4$50
Trafego ——————————————- 10$10
Emolumentos ——————————— 4$20
Obras do porto ——————————- $10
1% —————————————————- 13$50
1% Caminhos Ferro [?] —————- $20
2% H.[?] —————————————— 1$20
Despacho, papel e selos (calculo de 100 toneladas) 4$00
187$80 //
[62]465 Para o assucar acima do typo 19 <(branco de importação)> pagará de direitos despezas Alfandega 213 reis por kilo-
grama em logar de 500 reis que pagava com os direitos em ouro, isto é, paga menos 287 reis por kilograma.
Para o assucar abaixo do typo 19, pagará de direitos, despezas Alfandega 188 reis por kilograma, em logar de 410 reis que
pagava com os direitos em ouro, isto é, paga menos 222 reis por kilograma
Resultados industriaes: 1ª 300 toneladas de 81,2º
Custo tonelada assucar cif Funchal (como atraz) 2:040$50
Descarga e carretos ———————————- 15$00
Direitos, impostos etc. ———————————- 188$00
Despezas fabrico assucar ——————————— 110$00
“ “ alcool (214 litros a 700 reis litro) 149$80
Custo total 2:503$30
Venda dos productos (como atráz) 2:851$50
348$20 //
[63]466 Nas 300 toneladas lucro bruto = 104:460$00
Do assucar de 86º polarisação £ 18 tonelada (Assucar importado BB a 3$800 kilograma)
Custo do assucar cif Funchal ......................................1:908$00
Descarga e carretos ...........................................................15$00
Direitos, impostos etc. ....................................................188$00
Despezas fabrico assucar ................................................100$00
“ “ alcool (153 litros, a 700 reis litro).. 107$10
Custo total........................2:318$10
Venda dos productos:
565 kilogramas assucar B e B2 a 3$30 = 2:147$00
153 litros alcool a 5$25 803$25 2:950$25
Lucro bruto tonelada 632$15
465 Anotação na cabeça da página: «Nota: A diferenças [sic] antes entre o assucar acima 19 escala e a baixo, era de 90 reis kilograma, com a nova enter-
pretação é de 25 reis.».
466 Anotação na cabeça da página: «Nota: O imposto de transação 2% sobre as vendas assucar e alcool, calcular 100:000$00 = Lucro liquido 1.200 contos.
(Cambio £ = 106$00)». Mais adiante na página 63 remete-se para esta anotação.
502
Assucar vendido a 3$80
Nas 2160 toneladas, lucro bruto = .............1.365:444$00
Nota acima.
Das 300 “ acima =.................... 104:460$00
Lucro bruto total.........................................1.469:904$00
Commição de 3% venda assucar ............... 154:677$60
Lucro liquido............................................1.315:226$40//
503
1ª caixa 200 metros quadrados
2ª “ 150 “
3ª “ 160 “
Total 510 metros quadrados
Prevaporador Kestner 110 metros quadrados evapora 50 litros agua metro quadrado hora
Vêr livro de Notas Nº 1 – 1921
Pezo da agua evaporada por toda a superfice do apparelho, será: (100 kilogramas cana dá 22 litros xarope a 31,5º) <evapo-
ração de 78 litros agua.> 114400 = 1/2 Não comprendo.
(606,5 + 0,305 x 60) – 30 (1 kilo carvão evapora 7 1/2 a 8 kilogramas agua)
Pelo calculo feito do livro de Siderky, um metro quadrado de superfice evaporação <de simples effeito> evapora por hora
124 kilogramas agua <(theorico?)> e 1 kilograma vapor, evapora 208 = 0,96 kilogramas agua por metro quadrado?
216,3
Sendo um evaporador de 2 metros quadrados = 248 litros agua por hora, e como um kilo vapor evaporado 0,96 agua, será
258 kilogramas vapor por hora, e será 32 a 35 kilogramas carvão hora = 770 a 840 kilogramas em 24 horas.
Caldeira de vapor de 9 a 10 Horse Power //
[68] Fabrica de São Filippe Maximo de moenda por 24 horas Fabricação assucar
Pelos exames feitos por mim na fabrica de São Filippe, e pelos seus rendimentos em assucar, e quantidade de cana que moeu
em 1923, vejo que o maximo de moenda somente para assucar foi de 100 toneladas cana por 24 horas. (Em 2 mezes Laboração
= 6.000 toneladas).
Calculando a media da cana na Madeira a 13% assucar, e fazendo elle uma extração maxima de 85% do assucar da cana,
tira 11,05 kilogramas assucar % cana. Para elle o rendimento em turbinado maximo em 1º e 2º jet, e talvez 3º jet, não é supe-
rior a 75% em assucar puro do extrahido = 8,290 kilogramas assucar turbinado puro (99,6º polarisação).
Quanto terá em melaço?
Em assucar puro a 100º turbinado – 8,280 kilogramas
Perdas
{ No bagaço =
Nas borras =
1,95 kilogramas
0,50
Indeterminados = 0,55
} = —— 3,000
[forro da capa fim] Custo na urigem dos productos abaixo maio-Junho 1923
Milho do Cabo Boa Esperança 27 settings[sic] tonelada
Centeio em França – 65 francos por 100 kilogramas
Glicerina a 80% – 300 francos por 100 kilogramas
As despezas de Laboração assucar e alcool da cana por tonelada cana, incluindo juros, amortisações, despezas de represen-
tação etc., é de aproximado 125$00
Calculando 10.000 toneladas cana será – 1.250:000$00
Despezas empregados anuaes ——————- 500:000$00
Total 1.750:000$00
O que dá 175$00 por tonelada cana, trabalhando somente em cana, no maximo de 10.000 toneladas cana.
504
Nº 1
Livro de despezas na construção da Vinharia e fabrico. 1923-1924
DESCRIÇÃO: Livro, papel, 20,4 cm x 15,9 cm, numerado a lápis por nós e em bom estado de conservação.
505
506
[forro capa início até p. 100: informação sobre vinhos publicada em volume separado]
[101]467 Notas sobre dissoluções de assucar de cana cristalisado: com 99,5º polarisação
20 kilogramas assucar diluidos em agua a fazer 100 litros, dá 10º Baumé.
Deve dár vinho com 11,5% alcool a 12%.
Para dár um vinho com 12% alcool, cada 100 litros de solução de assucar deve conter 20,870 kilogramas assucar ou seja 21
kilogramas
Na proporção de 1,800 kilogramas assucar para cada grau alcoolicos, seria 21,600 kilogramas assucar, e como acima será
(21 kilogramas) 1,750 kilogramas assucar em 100 litros por cada grau. O calculo theorico é de 1,700 kilogramas assucar puro.
Mosto de assucar a 11º Baumé contem 22 kilogramas assucar em 100 litros, e dá vinho com 12,5% alcool.
Maximo de assucar para poder fermentar:
O maximo de concentração em xarope d’assucar, é, para dár um vinho com 15% alcool, que corresponde a 26 kilogramas
assucar em 100 litros, com a condição que o xarope seja invertido pelo acido citrico (50 gramas), e que o fermento ou mosto
em fermentação seja <de 20%> bastante activo, empregando na solução assucar 20 gramas phosphato d’ammonico e 300
gramas de sel nourriciere em 100 litros de solução. 150 gramas acido tartarico. Com a solução de 26 kilogramas assucar em
100 litros agua = 13º Baumé.
Nota: Estes calculos são feitos sempre que, nos 100 litros está incluido o volume do assucar, que corresponde cada kilo
assucar ao volume 0,625 litros. segue //
[102] Custo provavel do vinho de assucar a 15% alcool: ?
Por 100 litros
26 kilogramas assucar a 3$20 (?) por kilograma e carretos –......84$00
50 gramas acido citrico a 50 reis por grama .................................2$50
150 gramas acido tartarico a 30 reis grama ..................................4$50
20 gramas phosphato d’ammonia a 20 reis grama ............................40
300 gramas sel nourriciere a 10 reis grama ..................................3$00
Trabalho de preparação, etc. ..................................................... 10$10
Custo total...................................................................................104$50
100 litros d’este mosto deve dár 94 litros de vinho a 15% alcool.
Custo por litro = 1$12 (= 75 reis por grau e por litro)
Val este vinho 120 reis por grau e por litro ? Dará total = 169$20
Uma pipa (470 litros) dará lucro = 323$50
Nota: Este vinho de assucar está em relação ao vinho de uvas, de 10% alcool, a 60$00 barril mosto, a 150 reis por grau e
litro.
Este vinho a 15% alcool para o elevar a 18% alcool, levará somente 4 litros alcool em 40º Cartiere em 100 litros vinho: Dará
97,5 litros vinho a 18º.
467 Anotação na cabeça da página: «Nota: Para o fabrico d’assucar a 35º Baumé, cada kilograma assucar de cana (99,5º polarisação) leva 450 centimetros
cubicos agua. Dará um litro clarificado.».
507
Em vinho Madeira estufado:
Custo de 450 litros vinho a 18% alcool ....................598$50
Estufamento e carretos ................................................60$00
15 kilogramas assucar em calda — a 3$20 ................48$00
Despeza de preparação etc. e quebra de 8% estufa ....80$00
Custo de 400 litros Vinho Madeira a 18%.................786$50
Custo por litro = 1$980 a 2$00 maximo. //
[p. 119 até forro capa fim: informação sobre vinhos publicada em volume separado]
508
Livro de Notas 1924 assucar, alcool e diversos Nº 1
DESCRIÇÃO: Livro, papel, 17,3 cm x 11,5 cm, numerado a lápis por nós e em bom estado de conservação.
509
510
[forro da capa início] Fermentação Melaço Cuba 1924
Fermentação feita com o fermento guardado da fermentação do melaço da refinação, conservado em solução simples de
assucar a 10%. (melaço com 61% saccarose total)
Este fermento conserva-se bem dando uma fermentação bastante activa e pura em Laboratorio, feito o mosto com o mesmo
melaço da refinação.
Para esperiencia de fermentação a alta densidade (11º a 12º Baumé), fermentei n’um vidro o mesmo melaço <de refinação>
augmentando gradualmente a densidade até que a media desse 11º Baumé no total, que corresponde a 25 kilogramas melaço
por hectolitro. Analyse do alcool = 8,9%, o que dá 35,6 litros alcool % melaço. (a 100º)
Infermenticiveis = 0,806 hectolitros vinho[?] – acidez 2,15 gramas – Baumé = 2,5º//
[1]468 N’um melaço normal, o pezo em melaço por hectolitro nas densidades abaixo é de aproximadamente: (Refinação)
Fermentação a 10º Baumé = 23 kilogramas melaço por hectolitro
“ a 10,5º “ = 24,9 kilogramas “ “
“ a 11º “ = 26,5 kilogramas “ “
“ a 12º “ = 29 kilogramas “ “
Empregando o systema das grandes cubas maes[sic] (70% da capacidade das cubas fermentação geral), em que se emprega
35% de mosto-fermento [,] 65% de mosto-geral
As densidades devem ser as seguintes: Mosto-fermento a 8º Baumé:
Fermentação a 10º Baumé = Mosto geral a 11º Baumé
“ a 11º “ = “ a 12,5º “
“ a 12º “ = “ a 14º “
Deve levar por hectolitro mosto 3,5 litros de mosto nutritivo de milho saccharificado pelo acido. //
468 Nota na cabeça da página: «Nota: Para as preparações dos mosto [sic] para desenvolvimento dos fermentos, vêr livro de Notas de 1923 – Nº 6 fim do
livro.».
511
Depois de estar habituado durante 4 a 5 dias a essa densidade alta, pode-se recomeçar a usal’o novamente a 8º Baumé. As
materias nutritivas a empregar, são:
Phosphato d’ammonia 10 gramas por hectolitro + sel nourriciere 300 gramas por hectolitro + mosto de milho 4 litros.
Acidez a 2,5 gramas por litro em SO4H2. //
[4] Esperiencia de Fluatoação das cubas de cimento do Torreão Com o Fluate de Magnesie.
18 kilogramas de fluate de magnesie dissolvido em 40 litros agua morna (45º), ficou depois de frio a 24º Baumé, e deve dár
45 litros de solução.
Fluatoação das cubas de fermento mãe: As cubas tinhão sido consertadas de novo com cimento, em que levou aproximado uma
1
/2 polgada de cimento. As cubas não foram molhadas depois da applicação do cimento, tendo pois assim o seu maximo de absorpção.
Quando bem seccas, apliquei a solução acima de fluate a 24º Baumé, dado com uma broxa de caiar. As cubas foram barridas[sic]
com uma vassoura // [5]469 de palma, para lhe retirar algum pô de cimento ou areia não aderente, antes de lhe aplicar o fluate.
1ª cuba: Foi broxada 2 vezes no 1º dia, e 1 vez (24 horas depois) no 2º dia.
2ª cuba: Foi broxada 1 vez no 1º dia, e 2 vezes no segundo dia <e 1 vez no 3º dia>: intervalos de 12 horas.
Feita a esperiencia com o papel de tournesol azul, a 1ª cuba na 2ª applicação, isto é, antes de applicar a 3ª broxagem, ficou
o papel um pouco vermelho, o que se vê têr absorvido bem o fluate, e neutralisado a cal do cimento.
Esta quantidade de 18 kilogramas de fluate de magnesie deu para 80 metros quadrados de superfice, o que equival a 230
gramas por metro quadrado. (Nota acima) (Deve-se applicar 300 gramas por metro quadrado) //
469 Anotação na cabeça da página: «Nota: Ficou depois do tratamento abaixo, aproximadamente uns 20 litros de solução de fluato, o que prova que esta
quantidade é mais que suficiente (18 kilogramas para 80 metros quadrados), e que se poderia applicar mais perfundamente da 1ª vez.». Mais adiante na
página remete-se para esta Nota.
512
Rendimento real foi de: Torreão = 25,2 litros alcool 100º
C.ª Nova = 24,3 “ //
[25] Custo de um litro de xarope a 37º Baumé feito na fabrica, comprando a canna a 10$00 por 30 kilogramas na fabrica
Grau medio da garapa 10º Baumé
Somente a garapa normal, com uma extração de 75% da garapa:
Uma tonelada cana dará 590 litros garapa bruta = 570 litros jus filtrado (clarificado).
Este jus evaporado, dará em xarope a 37º Baumé 123 litros xarope.
Calculo do custo:
Custo da tonelada canna na fabrica = 333$50
Despezas totais de fabrico = 90$00
Custo de 123 litros xarope 423$50
Custo por litro = 3$445
Os 123 litros xarope, deve conter 100 kilogramas assucar total.
Custo do kilo assucar = 4$235
Sai a garapa bruto a 61$70 por 100 litros, ou 11$10 por 18 litros.
Fica a agua de bagaço para aguardente. //
513
[26] Aguardente do bagaço: com uma boa imbibição:
O assucar restante no bagaço, calculando uma extração total de 85% do assucar da cana, deve dár 10 litros aguardente em
27º por tonelada cana = 0,83/10 gallão por 30 kilogramas cana que calculando tiradas as despezas de fabrico, impostos etc.,
dê de lucro 90$00 por tonelada cana, vendendo a aguardente a 40$00 por gallão em 27º.
Como o assucar deve sahir, com cana a 10$00 por 30 kilogramas a 5$50 por kilograma, pode-se vender o xarope de cana
em 37º Baumé a 4$40 por litro, dando assim um lucro bruto de 117$00 por tonelada cana.
Da aguardente bagaço 90$00 “ “ “
Lucro bruto total 207$00 “ “ “
N’uma fabrica que fassa 15 toneladas cana por dia, dará lucro = 3:100$00, ou 186 contos em 60 dias. (15 toneladas cana
dará 150 litros aguardente de bagaço = 9000 litros em 60 dias) //
[27] Fabrico d’assucar e alcool em 1924 cana comprada a 7$50 por 30 kilogramas na fabrica.
Assucar a vender a 5$00 por kilograma alcool a 7$00 por litro.
Para assucar Por tonelada cana
Custo tonelada cana na Fabrica 250$00
Despezas de fabrico assucar 75$00
“ “ alcool 10$40
335$40
95 kilogramas assucar a 5$00 - 475$00
13 litros alcool a 7$00 - 91$00 566$00
230$60
Commição de venda assucar 5% —- 23$75
Lucro total 206$85
D’este lucro bruto é para tirar despezas extra, juros etc. etc. totais.
Fazendo 10.000 toneladas cana em assucar = 2.068:000$00
Despezas extra totaes? 1:500:000$00
Lucro liquido 568:000$00 //
[28] Para alcool por tonelada cana:
Custo tonelada cana na Fabrica 250$00
Despezas de fabrico de 74 litros alcool a 1$00 74$00
324$00
74 litros alcool a 7$00 518$00
Lucro bruto 194$00
Vê-se que nas condições expostas, o lucro bruto por tonelada cana, fabricando em assucar, dá mais 12$00 por tonelada cana.
Fazendo 4.500 toneladas cana em alcool ? = 873:000$00
Despezas extra, juros etc. totaes – 173:000$00
Lucro liquido 700:000$00
(Lucro bruto por litro alcool de cana = 2$62)
Lucro liquido total (assucar e alcool) em 14.500 toneladas cana, será de 1.268:000$00
Dará; em assucar .................950.000 kilogramas
Em alcool ............................463.000 litros
(Deve-se pedir um ratei[sic] para 600.000 litros alcool) //
514
somente 80% da aguardente <de 1923> = 800.000 litros
<(60% mais do que lhe cabe)> correspondente a 10.400 toneladas
São Filipe
60.000
São Filippe que fassa —— ? —- 6.000 “
alcool
litros
Resta Torreão e Comp.ª Nova 18.600 “
Total 35.000 “ ?
Para assucar 19.000 toneladas dará assucar 1.700 toneladas e assucar
Falta para consumo (2500) 800 “ “
2.500 “ “
Devemos importar 950 toneladas assucar bruto de 95º-96º polarisação
Dará alcool 45 a 47.000 litros. //
[30] Que a fabricação de vinhos para exportação seja de 7000 pipas, levando em alcool 60 litros por pipa = 420.000 litros.
Sendo auctorisado um rateio para 600.000 litros, restará para desdobramentos 180.000 litros alcool, que dará em aguardente
em 27º Cartiere 250.000 litros. = 70.000 gallões
A quantidade d’alcool produzido pelas fabricas, seria:
Torreão e Comp.ª Nova .............503.000 litros
São Filippe - ............................... 60.000 “
Do assucar importado ............... 47.000 “
Total =.........................................610.000 “ //
[31] Rendimento em aguardente Cartiere (71,5º Centigrados) media nas Fabricas d’aguardente.
Calculo medio de 13% assucar na cana. Com uma extração maxima de 80% do assucar, = assucar extrahido 10,400 kilogra-
mas % cana, que dando um rendimento 0,58 alcool (coefficiente) = 6 litros alcool a 100º % cana = 8,43 litros aguardente em
27º Cartiere. Tonelada cana dará 84,3 litros aguardente em 27º, dando pois 30 kilogramas cana 2,52 litros = 7/10 gallão. 10.400
toneladas cana deve produzir pois por este calculo 876.720 litros aguardente em 27º. Calculei porém atráz em 800.000 litros
em 27º. o que dá menos 21.310 gallões = 0,6/10 gallão por 30 kilogramas cana, dando pois 6,4/10 gallão.
Calculando a cana conter 15% de fibra, conterá em jus 85 kilogramas % = 78,7 litros (a 1,080 densidade = 10,7º Baumé).
30 kilogramas cana conterá 23,6 litros de jus; fazendo pela moenda simples em sô engenho uma extração de 18 litros jus, resta
no bagaço (10,5 kilogramas) 5,6 litros jus = 53,3 % humidade. //
[32]470 Theoricamente, 100 kilogramas cana que contem 78,7 litros deveria produzir (cana com 13% assucar) 10,6 litros
aguardente em 27º Cartiere, ou 7,54 litros alcool a 100º. (com 13,5% assucar = 7,83 litros alcool).
Os 18 litros de jus normal extrahidos de 30 kilogramas cana deve render 2,42 litros aguardente em 27º Cartiere.
Como o calculo atráz feito dá um rendimento de 2,52 litros aguardente por 30 kilogramas cana com a extração do bagaço,
vê-se que o bagaço de 30 kilogramas cana deu somente 0,1 litros aguardente = 0,3/10 gallão.
Vê-se pois que a extração maxima por um engenho simples, não pode ser superior a 75% da garapa, dando pois 30 kilogra-
mas cana 17,7 litros garapa que rende 2,38 litros aguardente em 27º. Bagaço 0,14 litros = 0,4/10 gallão. Regularmente dá 0,5/10
gallão do bagaço. //
470 Anotação na cabeça da página: «Nota: Se as fabricas de aguardente de cana não tirão o rendimento abaixo dito, é devido ás mas fermentações, e mau
trabalho dos apparelhos de destillação.».
515
Com triple perção secca
“ “ “ pequena imbibição
85%
90% } São Filippe do assucar cana
“ “
Esta ultima é o caso de São Filippe, que assim, contendo a cana 13% assucar, fará uma extração <(a 90%)> de 11,700 kilo-
gramas assucar, que calculando um rendimento maximo de 70% em turbinado, dará 8,190 kilogramas assucar turbinado, dando
4 kilogramas melaço % canna. Rendimento do melaço em São Filippe (?) = 25 litros alcool % = 1 litro //
[34] Preparação do pô (?) de cana para facil transporte. Journal des Fabricant de Sucre. 12 Janeiro 1924 – Nº 2
Sobre o nome de pô de canas, é um producto inalteravel e contendo uma forte proporção de assucar, assim como mostra as
duas analyses seguintes:
Analyse da refinaria de Saint-Louis:
Humidade ..................................3,45%
Saccharose ..............................60,30%
Glucose .....................................2,71%
Saes ...........................................0,52%
Nonsucre organicos ..................3,02%
Cellulose e gomas ...................29,38%
Materias mineraes ................. 0,62%
100,00 //
[35] Analyse do Comité Central des Fabricants de Sucre:
Humidade ..................................2,68%
Cinzas carbonatadas .................1,68%
Sucre Clerget ..........................61,93%
Sucre reductores .................... 3,00%
69,29%
Cellulose, gomas etc. ...............30,71%
100,00%
Parece pois que com este produxto secco, pode ser tratado pela diffusão ou centrifugação nos apparelhos existentes nas fab-
ricas de assucar, podendo trabalhar todo o anno d’uma maneira continua.
Os 30% de cellulose pode servir ao fabrico de papel. //
[37] Valor actual (1924) d’este producto: Por 1000 kilogramas de pô de cana, ou 610 kilogramas saccarose
Dará em assucar turbinado ————————— 463,600 kilogramas
212 kilogramas melaço ao rendimento de 29 litros % = 61,6 litros alcool
Dará 300 kilogramas de cellullose para papel.
516
Calculos:
463,600 kilogramas assucar turbinado a 5$00 (?) = 2:318$00
61,6 litros alcool a 6$00 litro (?) = 369$60
2:687$60
Despezas fabrico assucar = 200$00
“ “ alcool 50$00 250$00
Resta liquido 2:437$60
Qual será a despeza de transporte d’este producto ensacado, qual o direito e mais despesas que poderá fazer? Este produc-
to não deve pagar mais de 50% dos direitos (de 120 reis = 60 reis) como assucar bruto, e o frete deve ser egual ao do assucar
bruto. //
[38] Cada 1000 kilogramas de pô de cana, contem: com cana de 14% saccarose
Saccharose ......................610 kilogramas
glucose ..............................28 “
Saes etc e humidade .........72 “
Bagaço ou cellulose ..... 200 “
com 61% saccarose = ...1.000 “
Em comparação a um assucar bruto de 96º polarisação, val este producto 50% do valor d’esse assucar de 96º polarisação,
devido ás despesas e perdas na extração e fabrico.
Para produzir 1000 kilogramas de pô de cana secco com 3% humidade, será necessario aproximadamente 4360 kilogramas
de cana ordinaria com 14% saccarose, por isso que: x = 4360 x 14 = 61,04 saccarose %. No maximo será 4500 kilogramas
cana. 1000 //
[39] Para produzir 1000 kilogramas (tonelada) assucar turbinado, será necessario 2170 kilogramas pô de cana. 2170 kilo-
gramas de pô de cana dará 130 litros alcool.
Fabrico de 2.000 toneladas assucar turbinado, será:
Pô de cana a importar – 4350 toneladas
Dará em alcool 260.000 litros
Cellulose para papel dará = 1260 toneladas
Dará 1000 toneladas de pasta de papel?
Qual a forma de fabrico d’este pô de cana em boa condições [sic] de conservação?
1º A cana bem fresca será reduzida a pô ou desintegrada em apparelho especial.
2º N’este estado hirá a seguir a um apparelho seccador, afim de lhe retirar a meior parte da agua de vegetação. //
[40] Para produzir os 4350 toneladas de pô de cana atraz dito, será necessario (a 4500 kilogramas cana para 1000 kilogra-
mas pô) 4350 x 4,5 = 19.600 toneladas de cana, a 20.000 toneladas cana.
N’estas condições necessita um apparelho de seccagem que possa evaporar 76 a 80% da agua de vegetação da cana.
N’uma raperie que trabalhe 90 dias, será uma rapagem de 220 toneladas cana por 24 horas, para 4350 toneladas de pô.
Terá um apparelho para evaporar (seccar) 171 toneladas d’agua a 175 toneladas agua em 24 horas = 7300 litros agua por
hora, ou 122 litros por minuto.
O preço do frete é de 22% do preço actual calculado sobre uma tonelada cana. //
517
Extração pela diffusão 96% da saccarose x = 135,74 x 96 = 130,31 kilogramas saccarose extrahida.
100
Calculando um rendimento de 80% da saccarose extrahida, daria em turbinado os 220 kilogramas de polpa = 104,240 kilo-
gramas assucar turbinado a 99,5º polarisação
Calculando as perdas de fabricação em 3% da saccarose extrahida = 4,070 kilogramas perda. Ficaria no melaço 22 kilogra-
mas saccarose, que a 50% saccarose Clerget % melaço = 44 kilogramas melaço = 13 litros alcool em 40º Cartiere //
[43] Teremos pois que de cada tonelada de cana com 14% assucar, se tira da polpa secca, o seguinte: (220 kilogramas polpa):
Em assucar turbinado ..........................................104,240
Em melaço 44 kilogramas com rendimento de .....13 litros alcool 40º
Calculos resumidos:
1000 kilogramas polpa tem..................................617 kilogramas saccarose
220 kilogramas polpa secca terá ..........................135,740 kilogramas saccarose
Extração de 96%, dará .........................................130,310 “
80% rendimento em turbinado, dará....................104,240 “
Perda fabricação dará........................................... 4,070 “
Saccarose no melaço dará.................................... 22,000 “
Saccarose extrahida..............................................130,310
(Saccarose total no melaço, saccarose e glucose = 56,8%)
Nota: As perdas de fabricação deve ser o maximo (3% da saccarose extrahida), visto o jus obtido ser mais puro do que sendo
pelo tratamento normal da garapa bruta. //
518
Lucro bruto tonelada cana = 175$00 //
[47] Comprando no Funchal 15.000 toneladas cana com 13,5% assucar Na fabrica:
Custo 15.000 toneladas cana a 7$00 por 30 kilogramas ....... 3.500:000$00
Despezas fabrico a 80$00 tonelada cana ............................... 1.200:000$00
Despezas fabrico de 195.000 litros alcool a 800 ................... 156:000$00
Custo total .............................................................................. 4.856:000$00
Vendas:
1500 toneladas assucar a 4$00 ................. 6.000:000$00
195.000 litros alcool a 6$00 ..................... 1.170:000$00
Total vendas ............................................... 7.170:000$00
Custo total .................................................. 4.856:000$00
Funchal – Lucro bruto ............................... 2.314:000$00
Lucro bruto cana Costas ............................ 2.634:000$00
Lucro bruto total ........................................ 4.948:000$00
Como teremos que exportar para Lisboa
500 toneladas <prejuizo> assucar.............. 225:000$00
4.723:000$00
? Despezas extra totaes .............................. 1.723:000$00 ?
Lucro liquido.............................................. 3.000:000$00 //
[48] Custo da aguardente de canna em 27º feito com alcool de canna desdobrado. Canna a 7$50 por 30 kilogramas
Custo tonelada canna .................................................................250$00
Despezas de moer e destillar a 10$00 por litro alcool em 40º 75$00
Custo de 75 litros alcool .............................................................325$00
75 litros dá 101 litros aguardente em 27º Cartiere ou 28 gallões de 3,6 litros. (custo alcool 4$34)
Custo gallão = 11$61
Vendendo a 30$00, deixa lucro gallão 18$39, que em 29 gallões = 514$92
C.ª Nova fazendo 3000 toneladas canna em alcool para desdobrar, dará aproximado 84.000 gallões aguardente em 28º, tiran-
do um lucro liquido de 1.500 contos.
Alcool em 40º Cartiere dará 225.000 litros
Será 86 dias Laboração na C.ª Nova, ou 42 dias no Torreão e C.ª Nova. //
[49] Em competencia:
Calculemos porém que apenas vendemos 50% do alcool para desdobramento, e 50% para vinhos a 5$25 por litro?
112.500 litros alcool em 40º a 5$25 = 590:625$00
42.000 gallões alcool desdobrado
em 27º Cartiere a 30$00 gallão = 1.260:000$00
1.850:625$00
Custo total de 225.000 litros alcool 40º 975:000$00
Lucro bruto em 3.000 toneladas cana 875:625$00
Lucro em 15.000 toneladas para assucar
Cana para assucar (competencia)
Cana a 7$50 por 30 kilogramas
Custo total e fabricos de 15.000 toneladas 5.106:000$00
Vendas productos como atráz alcool a 5$25 7.000:000$00
Lucro bruto para o assucar 2.106:000$00
Alcool total em 40º para vinhos = 307.500 litros
Lucro bruto total nas duas = 2.980:000$00
Despezas extra totaes maximo 1.980:000$00
Lucro liquido 1.000:000$00 //
[50] Para São Filippe qual será o resultado nas condições atráz?
Moenda maxima de 6.000 toneladas cana
519
Custo de 6.000 toneladas cana a 250$00 = .......................................1.500:000$00
Despezas fabrico assucar a 80$00 tonelada = ......................................480:000$00
“ “ 60.000 litros alcool a 800 reis =.......................... 48:000$00
2.028:000$00
Vendas productos maximos:
480.000 kilogramas assucar a 4$00 ................1.920:000$00
60.000 litros alcool a 5$25 – ........................... 315:000$00 ...........2.235:000$00
No assucar – ........................................................Lucro bruto ..............207:000$00
Em alcool para desdobramento?
Cada tonelada cana, com uma extração maxima de 85% do assucar, dará em alcool em São Filippe um maximo de 65 litros
alcool em 40º Cartier, que corresponde a 87,6 litros aguardente em 27º Cartiere ou 24,3 gallões de 3,6 litros. //
[51]471 Calculemos que elle pode moer por dia 15.000 kilogramas cana por dia para alcool durante a Laboração (1000 litros
alcool); Em 60 litros Laboração será 900 toneladas cana para alcool, que lhe dará 58.500 litros alcool ou 21.870 gallões
aguardente em 27º Cartier
Custo da aguardente em 27º:
900 toneladas cana a 250$00 tonelada = 225:000$00
Despeza fabrico de 58.500 litros álcool a 1$00 moer e destillar 58:500$00
Custo de 21.870 gallões 283:500$00
Custo gallão aguardente em 27º = 13$00
Vendendo a 30$00 gallão = Lucro gallão 17$00, que em 21.870 gallões dará 371:790$00
Lucro bruto no assucar (?) 207:000$00
Lucro bruto total nas duas <assucar e aguardente> 578:790$00
Qual será o lucro liquido? //
[52] São Filippe não poderá fazer em assucar e alcool de cana, simultaniamente, mais de 100 toneladas cana por dia,
sendo para assucar 85 toneladas
(175 a 180 hectolitros mosto) Para alcool 15 “
Total 100 “
Para fazer o maximo de 7000 toneladas cana por anno, terá que trabalhar 70 dias de Laboração regular.
Calculando pois o trabalho das 3 Fabricas matriculadas em;
Torreão 500 toneladas cana
C.ª Nova 110 “ “
São Filippe 100 “ “
Qual deve ser o rateio do alcool? //
[53] Torreão 70,42% do alcool
C.ª Nova 15,49% “
São Filippe 14,09% “
Sendo um rateio de 600.000 litros (?), será;
Torreão 422.520 litros alcool
C.ª Nova 92.940 “ “
São Filippe 84.540 “ “
Total = 600.000 “ “
(Nas condições atraz, São Filippe desdobrarará mais 33.960 litros alcool?)
Como o total do alcool em 40º produzido pelas fabricas
é de 367.000 litros, (incluindo o alcool para desdobrar em aguardente), dará um total de 538.000 litros alcool
alcool para vinhos 367.000 “ “
Para desdobramento 171.000 “ “ = <230.000
litros em 27º> que dará 63.900 gallões aguardente em 27º Cartiere. //
471 Na cabeça da página: «Nota: Total da cana para as 3 fabricas = 24.900 toneladas ?
Total assucar turbinado nas 2 fabricas = 1980 toneladas assucar ?
“ alcool nas “ “ = 367.000 litros em 40º».
520
[54] Calculo do fluorure de soda. maximos:
Empregando o systema das grandes cubas mães na fermentação do melaço, dará 37% de mosto fermento.
Empregando o fluorure em todo o mosto-fermento, e calculando sobre 100 toneladas de melaço com fermentação a 10,5º
Baumé que corresponde pouco mais ou menos a 25,670 kilogramas melaço por hectolitro, as 100 toneladas melaço dará pouco
mais ou menos 3900 hectolitros; 37% = 1440 hectolitros de mosto-fermento, ou seja 24 mexidores-preparadores de 60 hec-
tolitros, a 1 kilograma fluorure por mexidor = 24 kilogramas = 240 gramas fluorure por tonelada melaço a fermentar.
Devemos calcular 250 gramas por tonelada melaço, ou seja aproximados 100 gramas por 100 litros alcool a produzir, cal-
culo maximo. //
Calculemos um maximo de 7 litros por tonelada, será aproximado 5 1/2 litros por hectolitro mosto fermento. //
[58] Calculo do custo do mosto de milho saccarificado, fluorure e fermento Pelos maximos: Para 500 litros de mosto de
milho:
Sendo 5 1/2 litros de mosto de milho para cada hectolitro de mosto-fermento, terá que levar os 500 litros de mosto de milho
x = 500 x 16 = 1,450 kilogramas de fluorure. maximo de 1,500 kilogramas fluorure para 500 litros.
5,5
Para produzir 500 litros de mosto de milho saccarificado, custará maximo:
63 kilogramas de milho a 1$50 —————- 95$00
1,300 kilogramas de malte a 5$00 ——— 6$50
5 kilogramas acido chlorydrico a 1$00 ——— 5$00
Despezas fabrico —————————————— 32$00
1,500 kilogramas fluorure de soda a 10$00 - 15$00
Custo de 500 litros mosto milho 153$50
Lucro por 500 litros —————————— 146$50
Custo total ———— 300$00 //
521
[59]472 Ora, 500 litros de mosto de milho, deve produzir <(a 4 litros % litros)> 20 litros alcool em 40º Cartiere, que corre-
sponde <(a 5,6 litros % litros)> a 28 litros aguardente em 27º.
Sendo a aguardente a 40$00 gallão, sai a 11$20 por litro, e os 28 litros = 313$60
Fornecendo os fermentos puros, e ensinando a forma de fabrico, devo pedir por cada 500 litros de mosto-milho 400$00:
Dará pois 240$00 de lucro em cada 500 litros de mosto de milho saccarificado.
Que na media cada fabrica leve por colheita 3000 litros de mosto de milho preparado com atraz <(dá 168 litros aguardente
em 27º)> e fermento, será 6 vezes 500 litros; dá lucro 1:440$00 por fabrica. Conseguindo um contracto com 15 fabricas, dará
lucro = 21:600$00 //
[63] Resultado para Torreão para assucar e álcool comprando a cana a 10$00 por 30 kilogramas cana com 13% assucar
Assucar calculado liquido a 5$00 alcool em 40º Cartiere a 7$50
472 Na cabeça da página: «Nota: Destillando o mosto de milho em aguardente em 27º Cartiere, dá lucro aproximado de 160$00 por 100 kilogramas milho,
vendendo a aguardente a 40$00 gallão em 27º Cartier = 44,44 litros aguardente».
473 Na cabeça da página: «Nota: Calculei um rendimento normal, sem o novo systema, de 6,5/10 gallão por 30 kilogramas cana. Pelo novo systema deve
da[sic] 7/10 gallão por 30 kilogramas cana.».
522
Por tonelada cana:
Custo tonelada cana na Fabrica 333$35
Despezas fabrico assucar 80$00
“ “ alcool 10$55
423$90
95 kilogramas assucar a 5$00 = 475$00
13 litros alcool a 7$50 97$50 572$50
Lucro bruto 148$60
Em alcool directo da cana, nas condições
acima, dará lucro tonelada cana = 150$00
15.000 toneladas em assucar Lucro = 2.220:000$00
4.000 “ em alcool “ = 600:000$00
19.000
Lucro bruto total 2.820:000$00
Despezas extra ? 1.820:000$00
Lucro liquido 1.000:000$00 //
[64] Rendimento em turbinado nas Fabricas de assucar da Madeira. Notas tiradas de 5 annos do Torreão.
474
[66] Qual deveria ser o rendimento de São Filipe com a fabrica actual, e um fabrico regular?
Assucar extrahido % cana = 11,6 kilogramas (90%)
Rendimento em turbinado de 1º, 2º e 3º jet = 75% do assucar extrahido = 8,700 kilogramas assucar turbinado % cana.
Melaço 4 kilogramas pobre a 29% rendimento alcool = 1,16 litro % cana
Tiraria pois mais por tonelada cana:
Em assucar turbinado ———- 10 kilogramas assucar por tonelada
“ alcool —————————- 1,6 litro alcool “
Para obter este desideractum, deve-se fazer uma boa imbibição entre o 2º e 3º moinho (como se pratica na C.ª Nova), tirar
o assucar de 1ª qualidade BB do xarope virgem, e os assucares de 2ª ser refundido e junto ao xarope normal. O assucar de 3ª
para ser refinado depois da Laboração. Na destillação do melaço empregar as fermentações com fermentos puros activos. //
474 À excepção do título, a informação desta página está disposta na vertical. Reproduzimo-la, aqui, na horizontal.
523
[67] Nova forma de saccharificação do milho pelo acido chlorydrico Deu bom resultado:
1º Cosimento no Cosedor Henz de 200 kilogramas milho, levando na agua do cosimento um litro de acido chlorydrico.
2º No mexidor, junto com a agua para a diluição do milho cosido descarregado, 10 litros acido chlorydrico (não levou
malte), descarregando o cosedor como ordinariamente, deixando em malaxagem á temperatura de 70º-75º durante 1 hora.
3º Saccharificação no saccarificador de cobre durante 1/2 hora a 1,5 kilograma perção, deixando baixar naturalmente a perção
durante 1/4 de hora, descarregando depois o saccarificador.
A analyse não mostrou amido por inverter. (Uma parte de mosto filtrado, em 3 partes d’alcool a 95º) //
524
alcool), corresponde aproximado a 400 kilogramas milho por dia.
Será 2 cosimentos de milho n’um cosedor de 200 kilogramas milho (500 litros capacidade), e um saccharificador de cobre
de 1000 litros, fazer 4 operações em 16 horas de trabalho (4 horas cada).
Em 200 dias no anno, a 200 litros aguardente = 40.000 litros aguardente em 27º Cartiere, dando um lucro de aproximado
120:000$00 (aguardente a 40$00 gallão). //
525
[pp. 96 a 111: textos sobre vinho publicados em volume separado]
Em alcool
Acidez litro em SO4H2 = 3,74 gramas
bruto
Infermenticiveis % litros vinho = 1,293
Alcool em 100 litros vinho = 6,5 litros a 100º
Rendimento real % litros vinho = 6,63 “
100 litros = 26 kilogramas melaço-mosto nutritivo 5 litros a 5º Baumé = 0,650 kilogramas em melaço = 25,350 kilogramas
melaço puro por hectolitro 5 litros mosto nutritivo = 0,2 litro alcool a 100º.
Rendimento % melaço será pois de 24,8 litros alcool a 100º //
[155] Fabrico do assucar em 1924 pelos máximos cana a 9$00 por 30 kilogramas na Fabrica:
Custo da tonelada cana ———————- 300$00
Despesas fabrico assucar ——————- 90$00
“ “ alcool ——————- 12$00
402$00
Calculos de rendimento como em 1923:
97 kilogramas assucar a 5$00? = 485$00
13 litros alcool a 7$30 94$90
579$90
3% comição venda assucar 14$55 565$35
Lucro bruto = 163$35
S. Filipe:
80 kilogramas assucar a 5$00 = 400$00 Custo total 400$00
10 litros alcool 7$30 = 73$00
473$00
3% comição venda assucar 12$00 461$00
Lucro bruto = 61$00 //
526
[156] Fabrico alcool directo da cana São Filipe: 1924
Custo da tonelada cana ———————- 300$00
65 litros alcool a 1$00 (moer e destillar) 65$00
365$00
65 litros a 7$30 por litro em 40º = 474$50
Lucro bruto tonelada 109$50
Para o rendimento de 65 litros alcool por tonelada cana, calculei uma extração de 85% do assucar, e um rendimento com
relação ao Torreão de 94% do alcool, pela seguinte forma: x 74 x 85 = 68,3 x 68,3 x 94 = 64,2
92 100
Calculo porém maximo 65 litros por tonelada
Nota: 74 é o rendimento Torreão por tonelada cana.
Para Torreão: Custo tonelada cana ..........300$00
74 litros alcool a 1$00 ............................. 74$00
374$00
74 litros alcool a 7$30 .............................540$20
Lucro bruto................................................166$20 //
527
[159] Grafico de temperaturas n’um triple-effet: Diferencial do Torreão
528
100 = 33,333 metros quadrados por caixa no triple:
3
100 = 25 metros quadrados “ “ no quadruple:
4 33,333 – 25 = 8,333; 8,333 x 100 = 33,33% a menos n’um quadruple effet.
25 segue = //
529
Total da cana que pode trabalhar os apparelhos totaes de evaporação 411.990 + 278.800 = 690.790 kilogramas cana por 24
horas.
Nota: Para que o Kestner dê uma evaporação de 80 litros agua por metro quadrado hora, temos que fazer prelevements do
vapor do Kestner. //
[169]477 Sendo a media do custo atráz de 3$10 por litro xarope a 36º Baumé, e vendendo a 4$00 por litro = 14$40 por gal-
lão de 3,6 litros, deixa lucro por tonelada cana (em 126 litros xarope) 113$40, que em 12 toneladas por dia = 1:360$00: Em
30 dias = 40:800$00.
12 toneladas por dia em 30 dias = 360 toneladas cana.
Cada litro de xarope a 36º Baumé deve conter pelo menos 800 gramas assucar, que vendendo a 4$00 por litro sai o assucar
a 5$00 por kilograma. Sendo o preço do assucar a 5$50 pode-se vender o xarope a 4$40 por litro, dando assim um lucro de
477 Anotação na cabeça da página: «Nota: O xarope deve ficar um pouco invertido para não cristallisar, com 100 gramas acido citrico por tonelada cana,
ou tratando a garapa acida.».
530
163$80 por tonelada cana ou nas 360 toneladas dará 58:968$00.
O calculo de 800 gramas por litro, é feito da seguinte forma:
Cana a 13% assucar com 85% extração = 11 kilogramas assucar extrahido, 5% quebra borras,
resta 10,450 kilogramas = 830 gramas assucar
126 //
[170] Pequeno apparelho de evaporação de 5,49 metros quadrados de surface de chauffe
A Caixa tubular de 10 tubos de 5 metros x 0,035 metro
B Separapor[sic] de vapor de jus
C Reservatorio de jus e percipitador
D tubo largo de circulação intensiva
E Torneira de regular a entrada do jus quente
F Rechauffeur de jus com vapor do
xarope
G Tubo de condução do vapor jus ou
xarope
H Sahido do vapor de jus ou xarope
não condensado, á atmosfera ou conden-
sador
I Sahida das aguas condensadas
J Deposito do mosto a evaporar
K Torneira e tubo de descarga do
esquentador
L Tubo de nivel
M Entrada do vapor
N Sahida aguas condensadas
O Tubo de nivel da agua condensada
P Sahida do ar ou gazes
Q Valvula de segurança
R Sahida do xarope. //
[171] Sechma do apparelho de evapo-
ração de circulação intensiva
531
Com a perção atmospherica evapora 3800 litros agua em 24 horas
No vacuo evapora 9000 litros em 24 horas
Escalla 1/50 //
[172] Com um evaporador com tubos de 2 metros x 35 milimetros (0,219 metros quadrados por tubo) será necessarios
[sic] 25 tubos para dár uma superfice de evaporação de 5,47 metros quadrados totaes.
532
[173] Capacidade de destillação por centimetro dos apparelhos de destillação Em alcool a 100º por hora:
Destillador de 0,50 metros = 0,20 metros quadrados a 2,8 litros por centimetro quadrado = 1.344 litros por 24 horas
“ de 0,70 metros = 0,39 metros quadrados a 2,8 litros por centimetro quadrado = 2.620 litros “
“ de 0,80 metros = 0,50 metros quadrados a 2,8 litros por centimetro quadrado = 3.360 litros “
Sendo o destillador-retificador da C.ª Nova de 0,70 metros de diametro destilla 2620 litros alcool a 100º, o que é realmente
a sua destillação maxima (= 2732 litros em 40º Cartier).
Para produzir 2732 litros alcool em 40º Cartiere, a um rendimento minimo de 70 litros alcool por tonelada cana, represen-
ta uma capacidade real de 39 toneladas cana em 24 horas.
Calculando pelas capacidades de destillação das trez fabricas matriculadas, qual o rateio que lhe cabe? //
[174] Calculo para 600.000 litros
Torreão tem: Um destillador de 0,80 metros = 3.360 litros a 100º
Torreão tem: Um destillador-retificador 0,70 metros = 2.620 litros “
Total Torreão 5.980 “
São Filipe: Um destillador-retificador de 0,70 metros? = 2.620 “
C.ª Nova: “ “ “ de 0,70 metros? = 2.620 “
Total das 3 fabricas 11.220 “
Cabe: Torreão = 53,3% = 319.800 litros alcool
“ S. Filipe = 23,35%= 140.100 “ “
“ C.ª Nova = 23,35%= 140.100 “ “
Total —— 600.000 “ “
Como para as fabricas de assucar o calculo deve ser feito pela capacidade de evaporação e não pelo destillador, e assim será
pela capacidade que esse apparelho pode evaporar de garapa de cana, dando pois a quantidade de cana provavel que //
478 Apontamente na cabeça da página: «Nota: A despeza de môer e destillar a cana directa, devemos calcular em 1924 a 90$00 por tonelada cana.».
533
[178] Em 600.000 litros alcool:
Torreão = 545.900 kilogramas = 78,67% = 472.020 litros
S. Filipe = 108.970 kilogramas = 15,70% = 94.200 “
C.ª Nova = 39.000 kilogramas = 5,63% = 38.780 “
Total 693.870 100,00 600.000 “
Salvo Erro ou Omissão
Salto Cavallo tem apparelhos de destillação:
1 de 0,71 metros = 0,3957 metros quadrados a
3,6 litros aguardente por centimetro quadrado =142,45 litros por hora
1 de 0,50 metros = 0,2000 metros quadrados = a 3 litros
aguardente centimetro quadrado = 60 litros por hora
2 de 0,35 metros = 0,1922 metros quadrados = a 2,5 litros
aguardente centimetro quadrado = 48 litros por hora
} = 0,3922 metros quadrados
Para substituir os 3 ultimos por um de 0,79 metros = 0,4899 metros quadrados, não comporta na capacidade, por isso que
tem mais 0,0977 metros quadrados ou seja 24,9%.
Somente diminuindo as horas de destillação em 25% se poderá trabalhar com o apparelho de 0,79 metros de diametro =
3,8 litros centimetro quadrado = 186 litros por hora.
Os trez apparelhos dão = 108 “ “
Differença a mais pelo 0,79 metro 78 “ “ //
mas % cana, deve-lhe dár aproximado o seguinte resultado por tonelada cana:
50 kilogramas assucar branco a 5$50 — 275$00
9$50 256$50
27 litros alcool a 8$00 —— 216$00
Productos totaes 491$00
534
531$50
3% comição assucar ———————— 8$25
Liquido 482$75
523$25
Custo total 450$00
Lucro bruto tonelada 32$75
73$25
Desdobrando 30% do alcool = Lucro 64$00
Lucro bruto total com desdobramento 96$75 por tonelada cana
137$25
comprada. Podendo moer 100 toneladas por dia, em 40 dias = 4.000 toneladas cana, a 96$75 <137$25> por tonelada = Lucro
bruto 387:000$00 <549:000$00>
4000 toneladas cana dará 108.800 litros alcool. //
[181]479 Torreão terá somente 95.000 litros no maximo. Sendo o rateio do Torreão e C.ª Nova de 500.000 litros, falta 405.000
litros alcool que sendo em melaço de Cuba ao rendimento de 250 litros por tonelada melaço = 1600 toneladas melaço.
Custo provavel £ 6 <offerta £ 7> por tonelada cif Funchal
1:015$00
Cambio de 145$00 = 870$00 tonelada
Custo de 1600 toneladas cif ——— 1.392:000$00
1.624:000$00
Despezas descarga e carretos – 35:000$00
Direitos e despezas Alfandega 80 130:000$00
Fabrico de 400.000 litros alcool a 1$00 400:000$00
Custo de 400.000 litros alcool 1.957:000$00
2.189:000$00
Custo por litro 4$90, que sendo o preço de venda 8$00 <9$00>, dá lucro bruto 3$10 por litro, que em 400.000 litros =
1.240:000$00
1.411:000$00
1.257:000$00
Lucro bruto na cana = 1.120:000$00
Lucro bruto total 2.360:000$00
2.668:000$00 //
[182] Preço do alcool em 1924
Em 1923 – cana a 5$20 – alcool a 5$25
“ 1924 “ a 10$00 “ á ? 9$50 Preço establecido
“ 1923 Cambio £ a 100$00
“ 1924 “ “ a 143$00
Qual deve ser o preço do alcool em 1924 nas condições de 1924?
Preço do alcool comparativo ao custo cana:
Comparativamente dá 10$00 por litro
“ ao Cambio deferença 2$25 “
Custo que deveria ser 12$25 “
Sendo o preço feito a 9$00 por litro estamos dando o alcool a menos 3$25 por litro do que realmente deveria ser vendido,
comparativamente ao preço porque se paga a cana e o Cambio actual (1924). //
535
Sté Ame des Ateliers de Construction de
J. J. Gilain, Tirlemont (Belgique)
H. Sornay, Ingenieur, Agente geral em Paris 1,
Rould Malesherbes, 8e.
Malaxeur tubular rotativo, de arrefecimento rapido de 1 hora para Melasses Cuites ricas, e de 18 horas para Melasse Cuite
ao filet, tendo um rendimento de 60 a 65% em turbinado nas primeiras, cujo augmento é do systema ordinario de 48 a 50% <22
a a [sic] 20%>, e nos 2os de 34 a 35% do pezo da Melasse Cuite. Não é necessario juntar-lhe os égoûts no malaxeur. //
[190] Rendimento de 100 kilogramas assucar de 99,3º polarisação em alcool puro, e aguardente a 27º Cartiere.
100 kilogramas assucar deve produzir 57 litros alcool a 100º, que reduzidos a aguardente em 27º Cartiere = 80 litros
aguardente ou seja 22,2 gallões de 3,6 litros.
22,2 gallões a 45$00 = 999$00
100 kilogramas a 5$00 = 500$00
Diferença 499$00
Imposto produção a 1$00 = 80$00
“ municipal 120 = 9$60
6% sobre impostos = 5$38
Despezas fabrico ————- = 45$60 140$58
Lucro 358$42
Lucro por gallão = 16$14
Para fazer 1000 gallões aguardente, será 4500 kilogramas assucar, e dará lucro 16:000$00. //
[pp. 191 até fim (forro da capa): textos sobre vinho publicados em volume separado]
536
Livro de Notas 1924 Fabricação etc. Nº 2
DESCRIÇÃO: Livro, papel, 17,2 cm x 11,4 cm, numerado a lápis por nós e em bom estado de conservação.
537
538
[1] Laboração cana de 1924 Esperiencia de limpeza do Triple-Effet:
Como a cana em 1924 está muito carregada de sais de cal, devido á secca do anno agricula, esses sais de cal não são percipi-
tados pelo aluminato de baryta, e o unico producto chimico que percipita os sais de cal é o carbonato de soda (como acontece na
betterraba), Marliere480 aconselha de fazer a limpeza do triple, como fêz em Bauchamps, com o acido chlorydrico <2ª> e carbon-
ato de soda <1ª>, cuja limpeza foi radical (em Bauchamps) sem ser necessario raspar os tubos. Segue a forma de proceder: //
[2] Formula que adoptei: 10/5/924
1º Fazer ferver nas caixas do triple o carbonato de soda <1ª> na seguinte proporção:
1ª caixa – 150 kilogramas carbonato de soda
2ª “ – 150 “ “ “
3ª e 4ª “ – 200 “ “ “
Total 500 kilogramas “ “
Fazer ferver duas horas e passar da 1ª á 3ª e 4ª <Na 3ª e 4ª mais 1/2 hora.>
2º Passado este tempo, tirar a soda pela bomba do xarope, e fazer passar no deposito de ferver o xarope para o desincrustar.
Em seguida fazer ferver o acido <2º> durante duas horas, com, 1ª caixa um garrafão; 2ª caixa um garrafão; 3ª e 4ª caixa 2
garrafões. Segue resultados //
[4] Fermentação de garapa defecada e filtrada como para assucar Dificuldades de fermentação:
A garapa defecada e filtrada como para assucar que se empregou em 1924, tirando parte para alcool e parte para assucar
(trabalho de defecação na C.ª Nova), a sua fermentação era dificil, por isso que o jus sendo muito puro não tem materias nutri-
tivas para o fermento, e vi-me na necessidade de empregar melaço da Laboração tanto no mosto fermento como no mosto geral
(50% garapa 50% mosto melaço). Depois empreguei somente melaço no mosto fermento, e 50% melaço e 50% garapa no mosto
geral: Fermentação assim bastante activa, parando rapidamente. Segue //
[5] Como a fermentação era bastante activa, empregei[sic] somente melaço no mosto fermento, e na fermentação geral
(mosto geral) o 1º pé de cuba com 50% melaço e 50% garapa, e o resto da cuba somente com garapa.
Em ambos os mostos levava mosto nutritivo de milho na proporção de 250 litros por 60 Hectolitros.
Acido chlorydrico nos mosto-fermento 25 litros
“ “ mosto geral 20 “
480 Joseph Marliere.
539
Fluorydrico no mosto fermento 900 gramas //
[7] Cana estragada com 83º pureza 1924 Dificuldade de filtração do xarope do Triple-Effet
Devido á cana estragada, cujo xarope tinha uma pureza de 81,5º, a filtração do xarope do Triple-Effet era dificil, mesmo que
o xarope fosse bem fervido, isto devido ás gomas ou outras impurezas da garapa ou jus.
Fiz a esperiencia de juntar um pouco de Kieselgouhr ao xarope a vêr se ajudava um pouco a filtração. Pouca diferença fêz
o emprego do Kieselgouhr.
O jus dos Filtros Fillipe, que com a cana estragada acima sahia sempre turvo, logo que se principiou a moêr // [8] cana mais
fresca principiou a sahir dos filtros mais clara.
Este turvo do jus, que passava evidentemente ao xarope, foi naturalmente o que deu causa á dificuldade de filtração do
xarope do triple, além das materias gomosas contidas n’elle.
O emprego do Kieselguhr no xarope fazia incrustar a serpentina mais rapidamente.
A 19/5 principiamos a ebulição do xarope em dois tanques, isto é, temos assim sempre uma serpentina limpa em trabalho,
emquanto se limpa a outra. Trabalho continuo. //
[9] 1924 cana com 13% assucar?
Rendimento provavel da cana em 1924 calculando a media de 13% assucar na cana, com uma extração de 97% do assucar
contido na cana, não fazendo tourteau assucar, isto é, melaço rico á distillaria. (A extração em 1923 = 96,7%)
97% assucar extrahido = 12,6 assucar % cana
Calculando que em 1924, o rendimento em turbinado seja de 75% do assucar extrahido
(em 1923 = 77,5%) dará turbinado = 9,450 kilogramas assucar % cana
Perdas: No bagaço 0,400
Nas borras
Indeterminados
0,250 =
0,500
} 1,150 “
540
= 1,47 litros alcool % cana.
Calculos: (cana a 10$80 por 30 kilogramas)
Custo da tonelada cana na Fabrica 360$00
Despezas fabrico assucar 90$00
Despezas fabrico alcool 14,7 litros alcool a 1$00 14$70
464$70
9,450 kilogramas assucar turbinado a 5$40 = 510$30
14,7 litros alcool a 9$50 = 139$65
649$95
3% comição assucar 15$31 634$64
Lucro bruto = 169$94
Nota: Em 1923 a cana tinha 13,38% assucar, com uma pureza media dos jus de 88,37º; rendimento 10%.
O assucar clerget no melaço de 1923 = 41,50 kilogramas % melaço e o melaço 4,800 kilogramas % cana. (Pureza clerget =
43,81º) //
541
Sendo assucar medio % cana 1ª situação 12,6%, deve dár, com uma extração de 97,3% o seguinte:
Assucar extrahido = 12,26% cana,
a 75% em turbinado = 9,195 % cana
Perdas: No bagaço = 0,335
Nas borras =
Indeterminados
0,255
0,500
} = 1,090
542
[17] Melaço das Oeste Indias por vapor £ 7 por tonelada Cif Funchal Entre 15 Julho e 10 agosto 1924 Garantido com
50% saccarose Clerget Tendo entre saccarose clerget 32%? Glucose em saccarose 18 a 20% ?
Pela garantia de 50% saccarose total, e tirando 50% de infermenticiveis no maximo, restará assucar fermentavel 45%, que
ao <rendimento theorico> de 60 litros alcool % saccarose fermentavel = 27 litros alcool a 100º. Rendimento pratico 94% do
rendimento theorico = 25,4 litros alcool a 100º = 26,5 litros alcool em 40º
Calculo sobre Cambio £ 145$00
Custo cif Funchal de 1600 toneladas 1.624:000$00
por litro.
Direitos e despeza Alfandega 130:000$00
Fabrico de 416.000 litros alcool a 1$00 416:000$00
Custo de 416.000 litros alcool 2.205:000$00
Custo litro = 5$30: Venda 9$50 = Lucro 1.747:000$00
Lucro tonelada = 1:091$50
Ao preço do alcool de Lisboa 6$70 = “ 582:400$00 //
[18] Sendo melaço de refinação E.U.A. Norte Em barricas de 200 litros a £ 11.2.0. toneladas cif Funchal. Cambio £
145$00
Custo tonelada cif Funchal = 1:609$00
4 Barrica [sic] de
Despeza de descarga e carretos = 20$50
250 kilogramas
Direitos e despeza Alfandega – 81$30
melaço
Fabrico de 320 litros alcool a 1$00 – 320$00
Custo de 320 litros alcool 2:031$30
Custo litro = 6$34,8: Venda 9$50 = Lucro 1:008$00
Venda de 4 barricas a 12$56? 50$00
Lucro total tonelada 1:058$00
Em 1600 toneladas seria = 1.692:000$00
Differença a menos do das Oest-Indias = 55:000$00
16.000 toneladas melaço = 6400 barricas de 250 kilogramas
O valor da barrica a 12$50, corresponde a 2 1/2 vezes 200 litros = 500 litros: 12$50 x 2,5 = 31$25 para um casco de 500
litros.
Vendendo as barricas a 22$50 dava para a diferença.
22$50 x 2,5 = 56$25 para um casco de 500 litros. //
543
Columna de retificação 75% diametro da columna destillação. //
[21] Montagem da base da columna com relação ao esquentador do vinho pelo vinhão
544
Nota: O vapor-perção ao regulador não deu resultado tirado da caldeira, porque hia muito vinho ao regulador e não fun-
cionava nada.
Nota: O vapor <perção> ao regulador foi modado para F na parte superior do esquentador pelo vinhão.
545
Montagem da nova columna de 0,80 metros =
50,2 centimetros quadrados de bandaja = 2,9 litros a 3 litros alcool a 100º por
centimetro quadrado hora = 3600 litros a 100º maximo por 24 horas.
Pela esperiencia deu 4000 litros alcool a 100º “ //
[22] Fabrica de aguardente de Francisco João Vasconsellos 1924. Analyse do bagaço fresco (?).
Engenhos com as reinuras patente Hinton.
Analyse do bagaço = 2,44 assucar % bagaço
Calculando 29 kilogramas bagaço % cana, dará perda no bagaço 0,707% cana.
Calculando a cana com 13% assucar?
Extração = 94,5% do assucar!?
Calculando porém uma extração somente de 94% do assucar da cana, e com cana a 12,6% assucar = assucar extrahido
11,84% cana.
Pelo rendimento theorico de 60 daria 7,10 litros alcool a 100º = 9,98 litros aguardente em 27º Cartiere.
Que o rendimento pratico seja no minimo de 92% do rendimento theorico = 9,18 litros aguardente em 27º % cana. Por 30
kilogramas será 2,75 litros aguardente ou seja 7,6/10 gallão por 30 kilogramas cana.
Qual será o seu rendimento real? //
[23] Transformação da cana somente em álcool Torreão 250 toneladas (dia e 1/2 nuite) extração de 97% Cana com 12,6%
assucar Rendimento provavel:
x = 12,6 x 97 = 12,22 assucar extrahido, ao rendimento theorico de 0,60 = 7,33 litros alcool a 100º
100
Rendimento pratico 97% do rendimento theorico = 71,1 litros alcool a 100º por tonelada cana = 74,15 litros em 40º.
250 toneladas cana daria 17.775 litros alcool a 100º, que com vinho a 7,2% alcool seria 2500 Hectolitros capacidade em
cubas por dia. Calculando uma fermentação de 4 dias totaes = 10.000 Hectolitros de capacidade total de cubas, seria 8 cubas
de 1250 Hectolitros cada uma.
Deveria têr um destillador-retificador de 18.000 litros alcool a 100º por 24 horas!! ou 2 de 9000 litros alcool em 24 horas.
10.000 toneladas cana daria 741.570 litros alcool em 40º //
[24] Deshydratação do álcool Para fabrico de alcool absoluto. (Tirado do Bulletin Association des Chimistes Nº 9 – 1923-
1924, pag 337)
Cal virgem em pô (moida) necessaria:Por Hectolitro alcool a deshydratar
Tudo depende do quantitativo agua que contem o alcool, isto é, a sua força alcoolica em graus centecimaes. 5 kilogramas
de cal virgem em pô (moida) abserve[sic] um litro de vapor d’agua.
Com vapores d’alcool a 92º sahindo d’uma columna a alto grau, (95) o peso de cal a metter em acção é pouco mais ou menos
32 kilogramas por Hectolitro alcool a produzir, (Processo Raimbert).
(Processo Barbet): = A quantidade de cal virgem em pô (moida) para a deshydratação do alcool é de // [25] 18 kilogramas
por Hectolitro alcool a 95º Centecimaes
Se o alcool é de 96º, a proporção diminui. Por outra, como não se obtem senão entre 3/4 ou os 4/5 d’alcool absoluto, sere-
mos obrigados a despender 18 x 4/3 = 24 kilogramas de cal por Hectolitro alcool absoluto. A cal no processo Barbet, parece
que sai em leite de Cal. Pelo processo Raimbert deve sahir em pô, e assim é uma cal hydratada que pode ser applicada para con-
struções ou outras, depois do épuissement do alcool contido n’ella.
Não é pois cal perdida (Raimbert) como no processo em leite de Cal (Barbet)
Convem pois o processo Raimbert. //
[26] Sendo o nosso retificador Barbet de 4300 litros alcool a 96º por 24 horas, o gasto de cal virgem em pô (moida) é de
31,500 kilogramas por Hectolitro alcool osboluto[sic] a produzir = 1300 kilogramas em 24 horas.
Produzirá 4.100 litros alcool absoluto.
Quebra maxima 5%.
Xarope d’uva do Continente: 36º Baumé
546
Com o mosto a 400 reis por litro a 12º Baumé = 1,091 Densidade
100 litros dará x = 100 (1,091 – 1) = 27,9 litros xarope a 36º
1,326 – 1
Custo de 100 litros mosto a 400 reis = 40$00
Despezas de evaporação etc. = 6$00
Custo na fabrica de 27,9 litros 46$00
Custo por litro = 1$70 ou 1$28 por kilograma.
27,9 litros = 37,100 kilogramas xarope a 36º Baumé. //
547
Nota: O 0,133 de infermenticiveis corresponde a 0,126 de saccarose % cana: Como a cana contem em glucose calculada em
saccarose 0,38%, vesse que fermentou 0,254 saccarose % cana, ao rendimento de 60% = 0,152 litros alcool % cana. //
Glucose 0,40%
} saccarose 11,92%
[31] Resultados geraes da 1ª situação Para assucar no Torreão Maio 1924 (13 dias fabrico)
Assucar % cana (calculo Laboratorio) 12,54
Imbibição entre 1º e 2º moinho
27% = 22,14 litros agua % cana.
Garapa total 82,16 litros % cana – 22,14 = 60 litros garapa normal. (30 kilogramas cana = 18 litros).
Perda no bagaço 0,333% cana
Extração = 97,3% do assucar da cana
Assucar extrahido = 12,20% cana
Jus de diffusão = 21,38 litros % cana
Garapa ou jus total = 103,54 litros % cana
Rendimento em turbinado % do assucar extrahido = 74,75%
Rendimento em turbinado = 9,121 kilogramas % cana.
Melaço por calculo provavel 5,400 kilogramas % cana.
Rendimento provavel d’este melaço 31 litros alcool %
Media diffuzores 24 horas = 221 á carga de 1462 kilogramas = 323 toneladas cana //
548
Para ficar em 36º Baumé deve levar 60 litros agua por cada 100 kilogramas assucar
Notas: 500 gramas assucar = 310 centimetros cubicos + 250 centimetros cubicos = 560 centimetros cubicos
Volume do xarope acima depois da ebulição de 15 minutos = 430 centimetros cubicos
Levando 60% agua deve dár 480 centimetros cubicos
100 kilogramas assucar dará pois 96 litros xarope a 36º Baumé pouco mais ou menos //
[47] Tratamento do xarope de assucar de 96º polarisação Para refinação assucar 1924-1925
A – Mexidor de refonte de assucar bruto.
B – Tanque de xarope bruto com tamis.
C – Bomba do xarope bruto com tamis.
D – Tanque de reserva xarope bruto a sulfitar
E – Sulfitador continuo do xarope bruto.
F e F’ Ebulidores do xarope intermitentes
G Filtros mechanicos Filippe.
H Tanque de xarope filtrado puro.
I Bomba do xarope “ “
J Xarope aos bacs dos Cuites
K Tanque dos fracos da lavagem dos filtros
L L’ Torneiras do xarope bruto ou aguas fraços[sic] para refundição do assucar bruto
M Tanque das borras dos filtros mechanicos
N bomba do Filtro-Presse das borras dos Filtros Mechanicos
O Filtro presse das borras dos Filtros Mechanicos a lavagem.
P Tanque-reserva d’aguas douces para a refonte //
[48] Sechma de montagem 1924-1925
Tratamento do xarope assucar bruto para refinação //
549
[49] Trabalho da refinação:
1º O assucar bruto é refundido em A fazendo um xarope a quente (50º no maximo) a 30º <levando o carbonato de soda>
2º É elevado ao tanque D d’onde corre de continuo e regularmente ao sulfitador continuo E para ser sulfitado até uma reação
ligeiramente acida, e corre tambem de continuo aos ebulidores F ou F’.
3º No ebulidor F ou F’ junta-se 1/5 de litro <(200 centimetros cubicos)> de sangue fresco por Hectolitro xarope e 5 litros
de Kieselgouhr por ebulidor.
Deixa-se fazer a ebulição por uns 3 ou 5 minutos, e vai aos filtros Filippe.
4º O xarope filtrado vai aos cuites.
Lavagem dos Filtros Filippe G.
Quando um filtro não filtra quase nada, fecha-se a torneira do xarope e fáz-se // [50]483 introduzir no filtro a agua de lavagem
continuando a correr o xarope até 10º Baumé ao tanque H para hir aos cuites <pela bomba I>. Quando a densidade está abaixo
de 10º Baumé, fáz-se correr ao tanque K, cujas aguas doces vão ao <tanque P para servir na> refonte, fechando L e habrindo
L’, para servir na refonte do assucar em A.
Quando as aguas de lavagem estão a 1º ou 2º Baumé fecha-se a agua de lavagem e descarrega-se e lava-se o filtro, cuja
descarga e lavagem vai ao tanque M. Do tanque M estas aguas e borras são tomadas pela bomba N que as mete no Filtro-Presse
O a lavagem, indo o filtrado, pela bomba C ao tanque P. //
483 Anotação na cabeça da página: «Nota: Deve-se montar um tanque reserva de aguas douces P, para evitar paragens quando A está com refonte feita.
Quando necessario despeja-se P em A.».
550
[54] Calculos ficticos para V. S.484
Augmentando mais 300 toneladas assucar (Conta Alfandega), dará 1101 toneladas assucar em turbinado fabricado.
Como diremos que não fizemos o épuissement completo dos melaços, ficando os melaços ricos, podiremos dár uma conta
de rendimento de 8,02% em turbinado, e assim as 1101 toneladas assucar corresponderá a 13.728 toneladas cana. Como o alcool
deve corresponder á menos extração acima em turbinado, não podemos dizer menos de 1,3 litros alcool % cana = 172.460 litros
alcool dos melaço [sic], o que dá mais que o rendimento real 28.460 litros alcool, que feito directamente da cana ao rendimen-
to de 65 litros por tonelada = 438 toneladas
Como dizemos, a nossa extração é 95, e H. F.485 85, o rendimento em turbinado de H. F. deve ser 7%, pelas mesmas razões.
//
[61] Tratamento da cana pelo processo Naudet, feito como no Egipto (segundo me parece) Carta de Naudet486 1924
Segundo me diz Naudet, n’uma fabrica do Egipto o jus é evaporado directamente no triple, isto é, jus bruto?!!
Naturalmente o processo deve ser o seguinte: A cana é moida, e o bagaço vai á diffusão; A garapa bruta é muito ligeiramente
alcalinisada, isto é, neutralisada somente os acidos vegetaes da cana, deixando a garapa neutra. É defecada e metida na bateria
de diffusão <depois da meichage> (como no processo Naudet antigo) a quantidade correspondente á cana por diffusor; é circu-
lada pela circulação forçada (processo Naudet) e tirado o jus correspondente á garapa metida mais o jus do bagaço. //
[62]487 Por esta forma de proceder, ha uma variante do processo antigo Hinton-Naudet, que é, a garapa não é defecada na
bateria e rechauffeurs da mesma, não é alcalinisada a fundo, e o bagaço assim pelo novo processo não é atacado pela cal não
dando imporezas que evitão a cristalisação do assucar, produzindo mais melaços:
No caso presente o bagaço apenas serve de filtro ás borras de defecação, evitando-se pois os filtros-presses. Naturalmente
o jus total sahido da bateria de diffusão é aquecido á ebulição a 110-115º e é filtrado em filtros mecanicos e evaporado no Triple-
Effet. Todo o tratamento subsequente é feito depois no xarope do Triple-Effet, querendo // [63] obter um assucar branco, porque
sendo para assucar bruto não será talvez necessario tratamento especial no xarope, mas sim cristalidado directamente.
Quaes as vantagens? Para assucar branco e melaço:
1º Por este processo evita-se os defecadores, sulfitadores etc. <na garapa>, assim como a decantação.
2º Evita-se os Filtros-Presses, havendo pois uma grande economia de panos, pessoal e vapor assim como material em
Filtros-Presses, e perda do assucar nos tourteaux.
3º Como não se fáz a sulfitação das garapas e não se emprega cal em excesso, não se forma os sulfatos de cal que // [64]
incrustão os apparelhos de evaporação.
4º O xarope obtido pode ser tratado como um xarope d’assucar bruto de 90º de pureza, mesmo que este xarope tenha
somente 85º pureza.
484 Vitorino José dos Santos?
485 Henrique Figueira da Silva.
486 León Naudet.
487 Nota na cabeça da página: «Nota: O jus de diffusão, ainda que não brilhante, sai contudo bastante limpido para ser evaporado no Triple-Effet, ou fil-
tral’o antes em Filtros Mechanicos».
551
Para assucar bruto e melaço:
As vantagens são as mesmas que para o assucar branco, tendo além d’isso a vantagem de não ser necessario o tratamento
do xarope como se fosse para assucar branco.
Como a perda em assucar nos tourteaux dos Filtros-Presses, é na media de 0,250 assucar % cana, e mesmo que a perda no
bagaço da diffusão seja de 0,500 por este processo, ainda assim ganhamos 0,250 assucar – 0,330 actualmente = 0,080 % cana
perdido a menos. //
[65] Sendo a carga por diffusor como em 1924 de 1460 kilogramas cana, e tirando em vesou melangé (com imbibição de
30% media entre o 1º e 2º moinho) 83 litros vesou melangé % cana, será para as 1460 kilogramas cana pouco mais ou menos
12 Hectolitros a metter por diffusor. A soutiragem por diffusor deve ser de 16 a 17 Hectolitros de jus total, o que dá na media
116 litros de jus % cana. N’um trabalho de 320 toneladas cana em 24 horas, dará em jus a evaporar 3692 Hectolitros, que para
o Triple-Effet de 515 metros quadrados de surface de chauffe será 30 litros jus a evaporar 32 litros jus por metro quadrado hora.
(fazendo 420 toneladas cana pelo trabalho osual). Dá pois para o trabalho novo fazendo 320 a 350 toneladas cana em 24 horas.
//
[66] Melaço de Barbade (offerta) £ 6.5.0. cif. Funchal em ponchez (barricas 300 kilogramas) Pezo da Alfandega. (Entrega
em Setembro 1924). Calculo ao Cambio £ = 153$00. Por tonelada melaço: (saccarose total 55,2%)
Custo tonelada melaço cif. Funchal = 956$25
Despezas descarga e carretos = 22$45
Direitos e despezas alfandega = 81$30
Despezas fabrico sobre 290 litros (?) a 1000 = 290$00
Custo – 1:350$00
Se o rendimento for de 29%, e calculando o alcool a 9$50 por litro,
dá os 290 litros = 2:775$00
custo —————— = 1:350$00
Lucro —————- = 1:405$00
Que dê o mesmo Lucro 1:400$00, em 500 toneladas = 700:000$00
As 1.000 toneladas Oeste Indias 1:090$00, em 1000 toneladas = 1.090:000$00
A 1500 toneladas melaço dá total 1.790:000$00
Nota: Uma tonelada = 3 barricas que val 50$00 = 1670 barricas = 80:000$00 //
[90] Trabalho da cana para álcool Cana moida na C.ª Nova, e jus ao Torreão De 6 Junho a 10 Junho Imbibição maxima
Saccarose % cana media = 13,2%
Litros de jus defecado % cana = 105,8 litros
Analyse media dos jus:
Baumé 7,5º
Saccarose % jus 11,98
Glucose “ 0,53
Saccarose extrahida % cana = 12,67
Extração 96% do assucar da cana.
Garapa normal extrahida % cana = 74,88 litros
Grau medio da garapa normal = 10,5º Baumé.
O mosto a fermentar em que se empregou 35% mosto fermento levando 50% garapa e 50% mosto melaço, e o mosto geral
sô com jus e a densidade a 8º feita com melaço (e o mosto de milho) deu 63 litros jus <de cana> por Hectolitro mosto. //
[100] Laboração de 1924 – Não épuissement do melaço Calculo por tonelada cana:
552
Custo tonelada cana na Fabrica------------ 350$00
Despezas fabrico assucar 90$00
Despezas fabrico alcool (16,4 litros a 1$00) 16$00
456$40
Lucro maximo =
Lucro bruto por por [sic] tonelada 165$94
942:400$00
tonelada.
Em 7052 toneladas cana = 1.170:000$00
1500 toneladas melaço = Lucro = 1.700:000$00
Refinação de 1200 toneladas assucar bruto = 580:000$00
Lucro bruto total 3:450:000$00
Despezas totaes —- 1:550:000$00
Lucro liquido 1.900:000$00
= £ 12.410 Lucro total = 1.650 contos £ 11000 //
[101] Processo d’apuração e decoloração dos xarope Refinação assucar bruto Marliere488 – 1924
1º Refonte do assucar bruto a fazer um xarope a 30º-32º Baumé. 1ª processo [sic] d’apuração
2º alcalinisar com leite de cal a 19º-20º Baumé afim de têr uma alcalinidade de 0,10 por litro de xarope (150 a 200 centimet-
ros cubicos de leite de cal a 20º por Hectolitro xarope). 8 litros por mexidor
3º Sulfitar deixando uma alcalinidade franca ao tournesol.
4º Juntar nos ebulidores ao xarope sulfitado um pouco de Kieselgouhr e 50 gramas de phosphosilicato aluminado (?) <2
kilogramas por mexidor> por Hectolitro xarope e ferver por 6 a 10 minutos e filtrar nos filtros mechanicos.
Este producto phosphosilicato aluminado é producto composto por Marliere. //
553
Em 7052 toneladas cana, será:
Em carvão 530 toneladas 185:500$00
Em pessoal, productos chimicos etc 449:565$00
Total = 635:065$00
Em trabalho Laboração calculo – 150:000$00
Em productos chimicos etc. etc. = 150:000$00
Pessoal technico etc. etc. = 149:500$00
449:500$00
Nota: Para o pessoal trabalhador calculei em 5:000$00 por dia em 30 dias de Laboração interonpida.
Dias de Laboração real = 23 dias. //
554
Tara da taxa = 10,500 kilogramas
Pezo bruto total = 25,150
Pezo liquido xarope = 14,650
Assucar puro por litro = 918 gramas ou 700 gramas por kilogramas
Calculando uma quebra de filtração etc. de 5% maximo, 100 kilogramas assucar feito em xarope deve dár 102,6 litros de
xarope = 129 kilogramas em 37º Baumé. (minimo 100 litros = 135 kilogramas). //
[116] Pezo do assucar cana n’um litro d’agua assucarada (diluição) a 15º temperatura (Tirado do Guide pratique de
l’Experte Chimiste489 Pg. 283)
Solução a 5º Baumé = 1.036 Densidade = 98,53 gramas + 937,37 gramas agua
[117] Assucar cana por litro xarope; ou glucose (assucar invertido), a 15º temperatura
A 36º Baumé = 890 gramas assucar por litro = 934,5 gramas glucose
37º “ = 915 gramas “ “ = 960,7 “
38º “ = 945 gramas “ “ = 992,2 “
39º “ = 964 gramas “ “ = 1012,2 “
Rendimento do assucar cana = 60 litros alcool a 100º % (glucose = 59 litros %)
Formula aproximada para a correção dos graus Baumé a diversas temperaturas:
Grau Baumé a 15º Centigrados = grau Baumé lido + (temperatura – 15) x 0,05
Ex: Um xarope marca 37º Baumé a 30º temperatura: Não percebo a formula? Será assim?
Grau Baumé a 15º = 37 + (30 – 15 x 0,05) = ? 37,75º
36º Baumé = 1326 Densidade (pezo do litro)
37º “ = 1338 “ “
38º “ = 1351 “ “
39º “ = 1364 “ “
Nota: 100 centimetros cubicos xarope a 37º Baumé pezou 135 gramas //
[118] Tabua de correcção do grau Baumé Segundo a temperatura. Redução Grau a 15º temperatura
489 Pellerin, Georges (pharmacien-major), Guide pratique de l’expert chimiste en denrées alimentaires, 2e édition, Paris: A. Maloine, 1910.
555
Tempe a Tempe- a Tempe- a Tempe- a
ratura juntar ratura juntar ratura juntar ratura juntar
[127] Xarope ou Calda de F. F. Ferraz490 & C.ª 9-7-924 (mesturada com vinho)
489 Francisco Figueira Ferraz.
556
Polarisação = Analyse sobre 50 centimetros cubicos em 200 centimetros cubicos
Calda antiga (100/100 <Vinho>) —- 15,95% saccarose
“ recente ( “ ) —- 11,40% “
Esperiencia de fermentação do xarope de glucose (assucar invertido pelo acido citrico).
9 Julho 1924
450 centimetros cubicos de mosto de xarope a 10,5º Baumé, em que levou 50 centimetros cubicos de fermento do
Laboratorio (fermento puro para melaço) em 8º Baumé. (10,2º Baumé = 10,1% alcool)?
Deve dár 500 centimetros cubicos a 10,2º Baumé; foi clocado na estufa a 30º temperatura.
A 10/7 de manhã fermentava bem.
A 25/7 fermentação parada. Analyse:
Baumé do vinho feito = 2º
Acidez por litro — = 1,5 gramas
Glucose % litros — = 3,333
Alcool —————— = 9%
Vinho com gosto aducicado e bom paladar a vinho de sauterne //
557
Dará 10.000 kilogramas assucar = 130 sacos = 1,3 sacos por dia
“ 6.000 kilogramas milho 100 = 1 saco “
Um litro alcool em 40º Cartiere = 1,2 litros alcool em 30º
“ “ “ “ = 1,4 aguardente em 26º
Ginginha feito por mim em 12/7/924
Em 10 litros alcool em 40º Cartiere, juntei 4 1/2 litros agua (22 1/2º Cartiere) e deitei n’um garrafão de 18 litros, juntando-lhe
5 kilogramas de ginja de boa qualidade da Madeira, e um litro de garape d’assucar em 37º Baumé invertido pelo acido citrico.
Custo por gallão ginginha = 25$50 em 22º Cartiere //
[132] 100 litros alcool em 40º Cartiere dá pois 150 litros ginginha em 20º Cartiere aproximado, levando:
Alcool.....................................................100 litros
agua .........................................................45 “
xarope assucar a 37º Baumé ....................10 “
Ginja (sem pés) ———————...........50 kilogramas (com os pés)
Volume total 180 litros.
150 litros = 41 1/2 gallões de 3,6 litros de ginginha.
Deve valer 50$00, e como custa 31$30, dará lucro por gallão 18$70, que em 41,5 gallões 776$05, ou 7$76 por litro alcool.
50$00 gallão = 13$90 por litro.
Vendem actualmente (1924) a ginginha de Lisboa a 13$00 por garrafa a retalho, o que fáz por litro 18$00 = 64$80 gallão.
//
558
33,5% mosto a 8º = 268º = 20,5 kilogramas = 686,75
66,5% “ a 12º = 798º = 31,8 = 2114,70
100 = medias = 10,66º Baumé 2801,45 kilogramas
Fermentação a 10,66º Baumé = 28 kilogramas melaço Hectolitro //
559
Este vinho a 16º deve valer em 1924 a 4$00 por litro = lucro 1$04 por litro, que em 415 litros = 431$00 pipa
Em 170 pipas = 73:000$00 //
[137] Para elevar este vinho a 16º a ficar, depois de estufado e tratado, a 19º, cada 100 litros leva 4 litros alcool em 40º
Cartiere, o que dá para os 415 litros = 16,6 litros alcool.
Como fazendo 170 pipas, terei que adquirir 51 pipas de mosto uvas, que me dá o direito a 2550 litros alcool, e empregan-
do na elevação do vinho de 15º a 16º aproximado 875 litros alcool, resta-me 1675 litros.
Para a elevação de 16º a 19º são necessarios 2820 litros alcool, fica um deficite de 1145 litros alcool para as 170 pipas a
fazer em vinho Madeira, ou seja 6,7 a 6,8 litros alcool por pipa vinho a alcoolisar de 16º a 19º. //
[138] Calculo do melaço importado a £ 9.5.0. Cif Funchal (cambio 158$00) por tonelada Julho – 1920 (Ficticio) Real £
6.5.0. tonelada
Custo cif. Funchal ————————— 1:461$50
Despezas descarga e carretos ——- 35$00
Direitos e despeza Alfandega ——- 82$50
Despezas de fabrico (1$00 litro) 270$00
Custo de 270 litros alcool 1:849$00
Custo por litro = 7$60 (custo real 5$10)
Preço do alcool do rateio = 9$50 = Lucro 1$90, que em 270 litros será 513$00 por tonelada melaço.
Rendimento a apresentar deve ser 23%: ? <Foi 23,5>
1000 kilogramas melaço = 230 litros alcool = Custo 8$05
Para tirar 2$00 por litro de lucro, ou seja 450$00 por tonelada melaço, deve o alcool ser vendido a 10$00,
Custo do alcool de cana (11$00 por 30 kilogramas) = 7$00 por litro em 40º
Ver adiante
Custo em Julho 1924 da aguardente do Continente por 535 litros em 30º = 437 litros em 40º, está a 4:000$00 (Lisboa)
Custo Funchal, sem direitos, em 40º = 9$50 litro.
Direitos etc. (pagamento em ouro) = 5$00 por litro. //
[139] Calculo do rendimento do xarope d’assucar a 37º, invertido pelo acido citrico, em alcool:
100 litros xarope contem 96 kilogramas glucose
100 kilogramas “ “ 71,800 kilogramas “
Calculando o bom rendimento pratico da glucose do assucar a 58 litros alcool a 100º %, dará:
100 litros xarope a 37º Baumé dá 55,4 litros alcool a 100º
100 kilogramas “ “ dá 41,6 litros “ “
Calculo para vinhos por litro xarope a 37º:
Para vinho a 10º alcool = 18 litros xarope em 100 litros mosto
“ “ a 11º “ = 20 litros “ “ “
“ “ a 12º = 21,7 litros “ “ “
“ “ a 13º = 23,5 litros “ “ “
“ “ a 14º = 25,3 litros “ “ “
“ “ a 15º = 27 litros “ “ “
“ “ a 16º = 29 litros “ “ “
“ “ a 17º = 30,7 litros “ “ “
“ “ a 18º = 32,5 litros “ “ “ //
560
“ “ a 15º = 36 “ “ “ “
“ “ a 16º = 38,5 “ “ “ “
“ “ a 17º = 40,9 “ “ “ “
“ “ a 18º = 43,3 “ “ “ “
“ “ a 19º = 45,7 “ “ “ “
“ “ a 20º = 48 “ “ “ “
Maximo de fermentação é até 15º alcool.
Nota: Deve-se calcular que cada 100 litros de solução de xarope, depois de fermentado e claro, dá 92 litros vinho feito claro,
isto é, 8% de quebra. //
[142] Xarope de glucose necessario para fazer 450 litros mosto, conforme a força alcoolica a obter: Em kilogramas
xarope a 37º Baumé
Para 10% alcool no vinho feito = 108 kilogramas xarope a 37º
“ 11% “ “ “ = 119,250 kilogramas “ “
“ 12% “ “ “ = 130,050 kilogramas “ “
“ 13% “ “ “ = 140,250 kilogramas “ “
“ 14% “ “ “ = 151,650 kilogramas “ “
“ 15% “ “ “ = 162 kilogramas “ “
Em litros xarope a 37º Baumé
Para 10% alcool no vinho feito = 81 litros xarope a 37º
“ 11% “ “ “ = 90 “ “ “
“ 12% “ “ “ = 97,65 litros “ “
“ 13% “ “ “ = 105,75 litros “ “
“ 14% “ “ “ = 113,85 litros “ “
“ 15% “ “ “ = 121,5 litros “ “
Nota: 450 litros de mosto, sendo fermentado, e claro, deve dár 414 litros vinho feito. //
561
Vêr contas atráz calculadas.
Calculo para desdobramento:
Custo de 100 litros Funchal ————- 1:450$00
Despezas desdobramento, etc ———- 5$00
Custo de 140 litros em 26º Cartiere 1:455$00
Custo por litro = 10$40 ou 37$44 por gallão em 26º //
[144] Vê-se que para desdobramento para venda ao copo a 26º Cartiere, ainda fáz conta importar, e fazendo o preço da
aguardente em 26º a 50$00 gallão, deixa lucro por gallão de 12$56.
Ora, 535 litros em 30º Cartiere = 437 litros em 40º Cartiere ou 611 litros em 26º Cartiere.
611 litros = 170 gallões. (por pipa aguardente em 30º)
Importando para desdobrar 100 pipas aguardente do continente, dá lucro 213:500$00.
Custo aguardente do Continente em 30º Cartiere?
535 litros ao preço de —— ? —————————- 4:000$00
Despezas em Lisboa ———? —————————- 50$00
Frete ao vapor até ao Funchal ? 120$00
Despezas de descarga e carretos 30$00
Custo de 535 litros em 30º ou 437 litros em 40º = 4:200$00
Custo por litro em 40º = 9$61 maximo. //
[145] Xarope d’assucar invertido (glucose) com mosto de glucose de milho como matéria nutritiva para fermentar
100 kilogramas assucar B2 diluidos com 30 litros agua e 30 litros de mosto de milho claro e saccharificado (glucose) deve
dár o seguinte:
100 kilogramas deve dár aproximos[sic] 100 litros xarope a 37º
30 litros mosto a 5º Baumé deve dár 3 litros “ “
Total em xarope a 37º 103 litros
Custo:
100 kilogramas assucar a 5$20 por kilograma ————————- 520$00
30 litros mosto de milho já saccharificado e claro a 300 reis —- 9$00
200 gramas acido citrico a 35 reis por grama ————————— 7$00
Despezas de fabrico —————— 20$00
Custo de 103 litros xarope ou 138 kilogramas 556$00
Custo por litro = 5$40 ou 4$03 por kilograma
Vendendo a 4$50 por kilograma = Lucro 64$86 por 100 kilogramas assucar //
x = 1500 (1,035 – 1) = 155 litros xarope a 37º ou 209 kilogramas xarope a 37º Baumé.
1,337 – 1
Custo por litro xarope Baumé = 2$71
“ por kilograma “ “ = 2$03
Vendendo a 4$50 por kilograma dá lucro em 100 kilogramas milho saccharificado = 254$30
Nota: 30 litros de mosto de milho saccharificado, equival a 5 kilogramas milho. Pode-se empregar os 60 litros ou 70 litros
de mosto de milho em 100 kilogramas assucar //
562
[147] 50 litros mosto de milho em 100 kilogramas assucar em xarope
Empregando-se um cosimento de 200 kilogramas de milho = 1500 litros mosto claro a 5º Baumé, em 3000 kilogramas assu-
car dará o seguinte:
3000 kilogramas assucar em xarope = 3000 litros xarope
1500 litros mosto milho = 155 “ “
Total ————- 3155 “ “
Calculos:
3000 kilogramas assucar a 5$20 por kilograma 15:600$00
1500 litros mosto de milho saccharificado 420$00
6 kilogramas acido citrico a 35$00 210$00
Despezas de fabrico 600$00
Custo de 3155 litros xarope a 37º = 16:830$00
3155 litros xarope a 37º Baumé = 4220 kilogramas
Custo por litro a 37º Baumé = 5$33
“ por kilograma “ = 4$00
Nota: Como os 1500 litros mosto de milho contem 10 kilogramas acido chlorydrico, talvez se possa empregar menos citri-
co. //
[176] Para fazer uma fermentação completa do assucar, e fazer depois a sucragem pelo Licor expedição, e para dár vinho a
12% alcool, devemos empregar nos 1280 litros de mosto de assucar e mosto de milho, 170 kilogramas assucar
Theoricamente daria:
430 litros mosto uvas debourbé a 10% = 40 litros alcool
100 “ alcool a 95,3º = 95 “
170 kilogramas assucar a 60 litros alcool % = 100 “
250 litros mosto de milho a 4% = 10 “
Total do alcool theorico = 245 litros a 100º
x = 295 x 100 = 16,38% alcool? theorico.
1800 Praticamente:
Calculando 10% quebras = 12,24% alcool.
Nota: 170 kilogramas em 1280 litros mosto = 13,3%
Os 80 kilogramas assucar a menos, fáz um defferença [sic] de 240 reis litro vinho.//
[177] Baixa no preço do assucar em Julho agosto 1924. Redução do assucar a alcool:
100 kilogramas assucar de 99,3º polarisação = rendimento theorico 60 litros
Rendimento pratico 95% do theorico = 57 litros alcool
Despezas de fabrico calculado = 57$00
57 litros alcool a 11$10 = 632$70
Menos despezas fabrico = 57$00
Resta para 100 kilogramas assucar 575$00
Ficará o assucar a 5$75 por kilograma!!
Stock 250 toneladas ?, dará em alcool = 142500 litros.
Sendo o preço antes de 5$30, e actualmente 4$70, tiramos um lucro de 1$05 por kilograma do preço actual, e 450 do preço
antigo.
Nº 1º caso, nas 250 toneladas = Lucro 262:500$00
2º “ , “ “ = “ 117:500$00
Conviria pois destillar o assucar, se a quantidade d’alcool produzida podesse ser consumida. //
563
[189] Evaporação do mosto de Milho Saccharificado pelo acido chlorydrico
100 litros de mosto de milho saccarificado tem 5º Baumé = 1,034 densidade; para obter xarope a 37º Baumé = 1,331 den-
sidade, quanto dá em xarope?
x = 100 (1,034 – 1) = 10 litros xarope a 37º
1,331 – 1
100 kilogramas milho saccharificado dá 800 litros mosto a 5º Baumé = 80 litros xarope a 37º.
Custo do xarope em 1924:
Custo 100 kilogramas milho a 96$00 por 60 kilogramas —— 160$00
6 1/2 kilogramas acido chlorydrico a 2$50 —————————— 17$00
Despezas de fabrico total ————————————————- 93$00
Custo de 80 litros xarope a 37º Baumé = 270$00
Custo por litro = 3$38 = 2$51 por kilograma
Com o assucar B2 ao preço de 5$20 por kilograma, sai o xarope a 37º Baumé a 5$40 litro = 4$00 por kilograma
Para corresponder, o assucar devia ser a 3$60 por kilograma //
[190] Temos pois por estes calculos que, 100 kilogramas de milho corresponde a 80 kilogramas assucar em xarope a 37º
Baumé?
Para que corresponda a 100 kilogramas assucar será necessario 125 kilogramas milho = 100 litros xarope.
Ora, como 100 kilogramas assucar corresponde aproximados a 94,740 kilogramas d’amidon, e calculando o milho a media
de 65% amidon, os 100 kilogramas milho corresponde a 67,6 kilogramas assucar, e os 125 kilogramas milho, corresponderá a
84 kilogramas assucar
Por estes dados pois, o milho correspondente a 100 kilogramas assucar deve ser 148 kilogramas milho.
Teremos pois que o xarope de milho contem menos glucose que o xarope d’assucar, e o excesso será destrinas etc.
80 litros xarope de milho contem 67 kilogramas assucar = 91,3 kilogramas glucose = 1,140 kilogramas glucose por litro
xarope //
[191] Calculo, pelas notas atráz, para corresponder a 100 kilogramas assucar
148 kilogramas milho a 1$60 por kilograma = 236$80
9,600 kilogramas acido chlorydrico a 2$50 = 24$00
Despezas fabrico ————————————- 137$60
Custo de 118,4 litros xarope a 37º = 398$40
Custo por litro 3$40 = 2$52 por kilograma
N’estas condições, 100 litros xarope d’assucar corresponde a 118 litros xarope de glucose de milho, isto é, sendo o xarope
d’assucar a 4$50, o xarope de glucose de milho val 3$80, ou seja aproximado 15,5% menos do valor do xarope d’assucar inver-
tido em glucose.
O lucro em 100 kilogramas milho será: 118 litros = 159 kilogramas; 80 litros xarope = 108 kilogramas x = 3800 – 2520 x
108 = 138$24 de lucro em 100 kilogramas milho saccharificado. //
[195] Calculos do xarope d’assucar: invertido pelo acido citrico (xarope de glucose)
Esperiencia pratica:
Assucar B2 empregado 18.750 kilogramas
Acido citrico 38 “
Carvão gasto nas caldeiras 2.500 “
Gasto total incluindo carvão = 15$00 por 100 kilogramas assucar
Tinha calculado a 20$00 por 100 kilogramas assucar empregado.
Produzio em xarope de glucose 25-017 kilogramas 38º
Calculo em alcool das lavagens = 132 litros alcool, = 6,7 litros alcool % assucar empregado. = total 337 kilogramas xarope
Total em xarope (incluindo lavagens) = 25.354 kilogramas
Kilogramas xarope de glucose % assucar empregado = 135 kilogramas = 100 litros xarope
Calculo do custo:
564
18.750 kilogramas assucar a 5$00 93:750$00
13,5 kilogramas carvão % assucar a 350 reis 885$00
Pessoal, carretos etc. 1:875$00
38 kilogramas acido citrico a 35$00 – 1:330$00
Custo total = 97:840$00 //
[196]491 Custo por kilograma xarope a 38º Baumé total = 3$86
Preço de venda actual = 4$50
Lucro bruto por kilograma $64 ou seja 864 reis por kilograma assucar empregado.
Para não tirar lucro algum, e calculando o assucar ao preço actual (agosto 1924) a 4$50 por kilograma, podemos vender o
xarope a 3$54 por kilograma.
Por este resultado vê-se, que os calculos feitos por mim estão justos, e que a quebra calculado de 5% está bem.
Cada 100 kilogramas assucar dá pois 100 litros xarope a 38º
Os 18.750 kilogramas assucar deveria dár, com as lavagens, 34 a 35 cascos de xarope da media de 724 kilogramas = 542
kilogramas assucar por casco xarope a 38º Baumé //
[197] Nota: As lavagens dos tanques etc. deu 1600 kilogramas de mosto a 7 ?º Baumé, que corresponde a 306 kilogramas
xarope a 38º Baumé
Será total das lavagens = 613 kilogramas xarope
Xarope realmente produzido 25.017 “
Total produzido 25.630 kilogramas “ a 38º
Dará 136,6 kilogramas xarope por 100 kilogramas assucar empregado ou seja 101 litros xarope %.
Teremos pois que, de cada 100 kilogramas assucar B2 transformado em xarope invertido dá 135 kilogramas de xarope ven-
davel, e 1,600 kilogramas xarope das lavagens, que deve produzir 0,7 litros alcool em 40º Cartiere. //
[forro da capa fim] Madeira de Junho de Arco da Calheta a
1$50 ao pé (tabua 1 1/2 polgada) 3,5 a 4 metros comprimento
A 1$50 por pé em 1 1/2” = 2$25 por pé corrido de 1 1/2”
Domno – Alfredo França Jardim (professor no Monte).
Com 250 reis por pé apleinar e maxiar = 2$50 por pé corrido.
Madeira de pinho da fabrica Hinton a 1$45 por pé = ?
2$17,5 por pé corrido de 1 1/2”. Apleinar de um lado e machiar 250 reis por pé = Total 2$42,5.
Vão ser necessarios 300 a 2$42,5 = 7:275$00
2 mestres 4 semanas (a 3$00 por dia) 1:440$00
1 servente 4 semanas (a 13$50) 324$00
25 kilogramas pregos a 4$50 112$50
Custo do Solho 9:151$00
Que seja 9 :200$00
Calculei para Solho, portas e janellas 20 contos, e assim ficará para portas e janellas 10 contos. Para as portas e janellas devo
têr quasi toda a madeira, faltando talvez pouca madeira. Ajustei do trabalho dos mestres, solho e janellas 4:800$00
491 Na cabeça da página: «Nota: Aproveitando todas as lavagens, poderia-se obter 25.300 kilogramas xarope = 134,900 kilogramas % assucar emprega-
do.».
565
566
Livro de Notas Vinharia
1924 Nº 3
DESCRIÇÃO: Livro, papel, 17,3 cm x 11,2 cm, numerado a lápis por nós e em bom estado de conservação.
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[forro capa início] Xarope de milho saccharificado
Para corresponder a 100 kilogramas saccarose são 154 kilogramas de milho de 65% amidon:
Custo em 1924:
150 kilogramas milho a 1$60 por kilograma = 240$00
10 kilogramas acido chlorydrico a 2$50 = 25$00
15 kilogramas carbonato de cal a 200 reis = 3$00
Despezas de fabrico 140$00
Custo de 118 litros xarope a 37º 408$00
Custo por litro 3$46 = 2$56 por kilograma
118 litros = 159 kilogramas xarope a 37º Baumé.
Valor actual d’este xarope em relação ao xarope d’assucar a 4$50, é de 3$80 por kilograma
Lucro por kilograma xarope = 1$24
1000 kilogramas milho dá 1080 kilogramas xarope a 37º Baumé correspondente a 915 kilogramas assucar
Lucro bruto em 1000 kilogramas milho = 1:339$00 //
[1]492 Fazendo 100 toneladas de milho em xarope, dará 108.000 kilogramas de xarope, dando um lucro bruto de 133:900$00
Este xarope corresponde a 91.500 kilogramas assucar
Forma de fabrico:
1º O milho é cosido n’um apparelho Hneze:
2º Saccharificado pelo acido chlorydrico em um octoclare[?] de cobre á perção de 1 1/2 a 2 kilogramas durante 1/2 a 3/4 hora:
3º descarregado n’um balceiro de madeira com mexidor, é neutralisado pelo carbonato de cal ou cal virgem:
4º O mosto é passado a um Filtro Presse:
5º Evaporado o xarope filtrado em um evaporador no vacuo ou sobre perção: até produzir um xarope a 37º Baumé. //
[2] Cada tonelada de milho deve dár 8000 litros de mosto a 5º Baumé a frio.
Sendo o mosto de milho neutralisado pelo carbonato de soda, os tourteaux dos Filtros-Presses podem servir á alimentação
de gado, sendo lavado no filtro, porque se produz de chloreto de soda ou sal marinho. Esta neutralisação, ainda que mais cara,
convem melhor porque é aproveitado os residuos Filtros Presses
Cada tonelada de milho deve dár 100 kilogramas tourteaux no minimo, podendo alimentar 10 vacas leiteiras, em mestura
com palha de trigo.
A instalação total pode custar no maximo 50:000$00. Fazendo 600 kilogramas milho por dia dá 4800 litros jua a evaporar,
// [3] produzindo 648 kilogramas xarope a 37º Baumé. Em 200 dias do anno dará 129.600 kilogramas de xarope, correspondente
a 109.800 kilogramas assucar
O lucro bruto será de 159:000$00
600 kilogramas milho por dia, em 200 dias = 120 toneladas milho
40 kilogramas acido “, “ = 8.000 kilogramas (100 garrafões
60 kilogramas carbonato de soda, “ = 12.000 “
560$00 despeza fabrico, “ = 112:000$00
Com os residuos pode-se alimentar 6 cabeças de gado vacum, que podem produzir por dia 20 litros de leite a 1$20 por litro
= 24$00. Em 200 dias = 4:800$00, não contando as crias, que será para despezas.
Empregando o xarope de milho, deve-se empregar mais 18% do que do xarope d’assucar //
[4] Como 100 kilogramas assucar corresponde a 94,74 kilogramas d’amidon, e calculando o milho conter uma media de
62% amidon, 100 kilogramas de milho corresponde a 65,4 kilogramas assucar
Sendo assim, os 150 kilogramas de milho atráz calculado deve corresponde a 98 kilogramas assucar = 103 kilogramas de
glucose divididos nos 118 litros xarope a 37º Baumé, o que dá 872 gramas glucose por litro, ou 646 gramas glucose por
kilograma xarope.
Calculando o rendimento pratico em alcool da glucose em 56%, cada litro de xarope deve render 0,488 litros alcool a 100º
= 0,361 litros por kilograma xarope.
592 Na cabeça da página: «(Ver calculos Livro de Notas (fim) Nº 2 – 1924».
569
Para elevar pois em 100 litros um grau alcool (1 litro a 100º), será necessario 2,050 litros xarope ou 2,770 kilogramas de
xarope em 100 litros. //
[pp. 5 a 29: informação sobre vinhos publicada em volume separado]
570
aproximado 17 Hectolitros por diffusor, no minimo ? = 11,7 por tonelada
Fazendo por 24 horas 300 toneladas, por 9 diffusores hora, dará em jus total a evaporar (1.170 litros por tonelada cana) 3500
Hectolitros jus. (6 1/2 minutos por diffosor.) //
[33] Forma de trabalho da bateria de diffusão
1º O diffusor de tête cheio de bagaço é meichado como ordinariamente pelo jus do ballão da bateria.
2º Feita a meichage, mette-se os 1220 litros de garapa defecada, hindo o jus (torneira azul) ao ballão da bateria de diffusão.
Durante este tempo a circulação fáz-se entre os rechauffeurs e ballão.
3º Mettida que seja a garapa no diffusor, fáz-se a circulação para proceder á filtração da garapa sobre o bagaço.
4º Passado o tempo da circulação-filtração, tira-se o jus aos bacs de medição 1º pelo ár comprimido e 2º pela perção de //
[34]593 agua e petits eaux, tirando os 17 Hectolitros minimos (?). (Pode ser alcalinisado em G.G.) E assim segue o trabalho nos
diffusores subsequentes.
A temperatura dos rechauffeurs em circulação entre 90º a 95º
O vesou mélangé deve dár aproximados 13,7 Brix, e como o jus de diffusão do bagaço (imbibição) de 40% entre os
engenhos) deve dár aproximado 9,5 Brix, o jus de diffusão a tirar (garapa e jus diffusão) deve dár aproximado 12,7 Brix (7,2º
Baumé) ??
Densidade de 5,2 aproximado.
Jus total por tonelada cana = 1170 litros: Agua a evaporar por tonelada cana <(xarope a 31,2º)> = 945 litros: Em 300
toneladas será 2835 Hectolitros = 23 litros por metro quadrado hora no Triple Effet. Nota: //
[35] Resultado do Natal em 1923-1924
Assucar % cana .......11,06%
Fibra ........................19,2%!!
Assucar no bagaço = 4,18% bagaço = 1,34% cana.
Um defibreur e 3 engenho [sic] – Imbibição de 28,77% cana – Humidade no bagaço 48,52%
Extração 84,4%
Calculos:
Assucar extrahido ———- 9,334% cana
Calculando um rendimento em turbinado bruto (95º-96º polarisação) de 85%, será assucar turbinado = 7,934%, ou 7,65%
em refinado
Teremos pois:
Assucar puro refinado turbinado ..................... 7,65%
Assucar total no melaço ...................................1,46% = 3 kilogramas melaço?
No bagaço ..................................1,34%
Perdas
{ Indeterminados etc.................... 0,61% ?
assucar % cana = ....11,06 //
[36] Laboração de 1925
Tratamento do xarope:
O xarope do Triple Effet, n’um trabalho de 300 toneladas cana em 24 horas, deve dár aproximado 675 Hectolitros xarope a
31,2º Baumé a frio, que corresponde a 28 Hectolitros por hora ou 50 litros por minuto.
O xarope é sulfitado no apparelho continuo e vai aos ebulidores (2) onde se junta o producto Chimico (?), ferve durante 10
minutos e é filtrado nos filtros mechanicos.
Levando os ebulidores 30 Hectolitros de xarope a tratar, um ebulidor será cheio em uma hora. Sendo a ebulição de 10º, deve
ser filtrado em 50 minutos.
As borras dos Filtros Mechanicos vão a um Filtro Presse depois de lavado o Filtro Mechanico a agua quente (trabalho da
refinaria) //
[pp. 37 a 41: informação sobre vinhos publicada em volume separado]
571
Custo cif Funchal .............................................1:691$25
Descarga e carretos ................................................25$00
Direitos e despezas Alfandega .......................... 300$00
Despeza de refinação (lavagem e refinação)....... 180$00
“ fabrico alcool .................................. 150$00
2:346$25
600 kilogramas assucar refinado
a 2$37 <(vendido a 2$50)> =.....1:422$00
150 litros alcool a 8$00 =...........1:200$00 .......2:622$00
Lucro bruto =....... 275$75
O assucar bruto lavado antes de refinar, sendo o lavado refinado no total, dará pelos Calculos:
Assucar nos égouts de lavagem = 130 kilogramas por tonelada assucar bruto
Quebra de refinação = 50 kilogramas “ “ “
Assucar refinado de 99,7º polarisação 600 kilogramas “ “ “
Assucar nos égoûts épuissées – 150 kilogramas “ “ “
Total = 930 kilogramas assucar por tonelada bruto.//
[43] Sechma trabalho refinação assucar bruto
de 96º polarisação – 1924
Devido ao preço elevado do alcool e preço baixo assucar
Assucar bruto em Melasse Cuite
sulfitação
Filtração
Cuite 1ª
turbinagem
Égoûts
assucar BBR Pauvres ricos
Cuite 2ª
Refinação
turbinado completa
Égoûts Cuite a refundir
assucar BB ou B2 Pauvre ––– ricos
Egoûts
Destillaria
65% em refinado
15% alcool.
Será pois trabalho em assucar branco égoûts:
Rendimento de 61% em refinado.
“ de 13,0 litros % alcool em 40º Cartiere. //
[44] Calculos do rendimento atráz:
Cambio de 100$00
Com assucar de 96º polarisação a £ 17. Cif Funchal
572
Custo tonelada assucar ...........................................1:700$00
Descarga e carretos .....................................................25$00
Direitos e despezas Alfandega ................................ 300$00
Despeza de refinação ................................................150$00
“ fabrico alcool .................................................180$00
Comição e imposto sobre assucar ...............................76$25
2:431$25
610 kilogramas
assucar a 2$50 =...............................1:525$00
180 litros alcool a 8$00 = ................1:440$00 .......2:965$00
Lucro bruto....... 533$75
Nota: Cada selling a mais por tonelada assucar fáz diferença de 5$00 no lucro por tonelada
A diferença de 100 reis por kilo assucar = 61$00 por tonelada
A diferença de 1000 reis litro alcool = 180$00 “ “
A diferença entre o preço do alcool e do assucar é actualmente de 300% do valor do assucar pouco mais ou menos //
[p. 45: informação sobre vinhos publicada em volume separado]
[46] Notas tiradas dos dados de Antonio Costa da sua Fabrica do Ambriz 1924
Africa ocidental
Os terrenos n’esta parte da Africa, produzem entre 70 a 50 toneladas cana por Hectare. A media dá 60 toneladas por Hectare,
mas com uma cultura intensiva pode chegar a dár 80 a 85 toneladas por Hectare. (Lobito – e Ambriz).
A cana planta nova leva 13 a 15 mezes para a sua completa maturação e colheita. Depois do 1º corte, a mesma soca dá cana
durante 10 a 12 annos.
Para o trabalho de cultura e fabricação assucar calcula-se um homem por Hectare cultivado e fabricado. O salario do preto
regula actualmen-//[47]te 30$00 por mez, um kilo de milho por dia, um fato quando entra e outro quando sai, dois cobretores,
medico etc. (Um fato custa 100$00[;] Um cobertor 20$00)
N’estas condições custa por anno
30$00 por mez = por anno = ................................360$00
Um kilo milho por dia em 360 dias
será 360 kilos a 500 reis ......................................180$00
2 fatos a 100$00 ..................................................200$00
2 cobertores a 20$00 .............................................40$00 Sai a 2$20
Medico etc., calculo ................................................5$00 por dia
Custo total do preto ..............................................785$00
As chuvas são de Dezembro a Março, havendo porém annos que não chove, mas não prejudica as colheitas, visto se poder
fazer a irrigação pelo rio. //
[48] A cana sendo colhida em tempo mais ou menos proprio, isto é, quando está madura, é rica em assucar
O custo da cana na fabrica regula actualmente (1923-1924) em 40$00 por tonelada.
Calculos pelos dados acima:
Calculando a cana na media conter 13,5% assucar, com uma pureza de 82º, e fazendo a moagem dupla com defibreur e
imbibição, e a difusão do bagaço, devemos tirar uma extração minima de 96% = 12,96 assucar extrahido % cana.
Com um rendimento em turbinado bruto de 96º // [49] de 85%, deve dár 11 kilogramas assucar bruto de 96º polarisação % cana.
11 kilogramas assucar de 96º polarisação = 10,56 assucar a 100º %
Perda no bagaço = 0,54 “ “ “
3,500 kilogramas melaço a 48% assucar = 1,68 “ “ “
Perdas de fabricação = 0,72 “ “ “
Assucar % cana = 13,50
Cultivando 1000 Hectares de terra bem tratada, devemos obter 70 toneladas por Hectare, dará 70.000 toneladas cana a
fabricar. O carvão, com o cambio calculado a 90$00, custará na Fabrica 300$00 por tonelada //
Com estes dados, chegaremos aos seguintes resultados: //
573
[50] 1000 pretos a 790$00 ————— 790:000$00
70.000 toneladas cana a 40$00 ———- 2.800:000$00
40 kilogramas carvão por tonelada
cana, são 2800 toneladas a 300$00 840:000$00
Pessoal technico etc. por anno 600:000$00
Productos necessarios á Laboração 500:000$00
Custo total —— 5.530:000$00
á £ a 90$00 = £ 61.500
Produz: assucar de 96º polarisação – 7.700 toneladas
Melaço de 48% assucar 2.450 “
Custo do assucar de 96º polarisação por tonelada £ 8 (Não está incluido o melaço).
2450 toneladas melaço a £ 4 por tonelada = £ 9.800
7700 toneladas assucar a £ 15 na Fabrica = £ 115.500
Total productos “ £ 125.300
Custo acima £ 61.500
Lucro bruto £ 63.800 //
[51] Fabrica de 450 a 500 toneladas cana em 24 horas
Para esta industria necessita um capital minimo de £ 160.000
Calculando para o capital total, um juro e amortisações de 20% = £ 38.000, dará um lucro liquido de;
63.800 – 38.000 = Lucro liquido. £ 25.800
Será assim um lucro de 16% do Capital.
50% do lucro acima = £ 12.900 (Hinton)
Fabricando o alcool na Africa para alcool-motor, sai o alcool a:
Custo tonelada melaço £ 4 a 90$00 = 360$00
Despezas de destillação 500 reis litro = 125$00
Custo de 250 litros alcool a 95º 485$00
Custo por litro na fabrica = 1$97
Que seja 2$00 por litro, com o Cambio a 90$00 são por Hectolitro a £ 2.4.0 = 2 sellings por gallão de 4,5 litros (2450
toneladas melaço = 136.000 gallões alcool) //
[52] Refinação do assucar bruto d’Africa de 93º a 96º polarisação = 94,5º media
Sendo lavado antes de refinar, e refinado o lavado quasi ao épuissement dos égoûts, dará por tonelada bruto:
Em refinado BBR e BB. = 625 kilogramas assucar
Em alcool a 40º Cartiere 150 litros.
Importando por mez 200 toneladas assucar bruto dará;
Em assucar refinado = 125.000 kilogramas
Em alcool a 40º Cartier = 30.000 litros
Em 10 mezes será: Em assucar refinado 1250 toneladas
Em alcool 300.000 litros
Lucro bruto provavel por anno = 700:000$00
Fazendo uma Laboração media de 15.000 toneladas cana, com um rendimento em assucar de 9% e 1,6 litros alcool %, dará:
Em assucar = 1350 toneladas
Em alcool = 240.000 litros
Se for necessario por anno 800.000 litros // [53] alcool, faltará 260.000 litros.
Para fazer directamente da cana, estes 260.000 litros necessita 3520 toneladas cana.
Sendo de melaço importado será 1040 toneladas melaço.
Custo do alcool e assucar em 1925?
Calculando a cana a 4$00 por 30 kilogramas
na fabrica, por tonelada será ————— 133$50
Despezas de fabricação assucar 90$50
“ fabrico alcool 16$00
240$00
574
90 kilogramas a 2$37
<(venda a 2$50)> = 213$30
16 litros alcool
a 8$00 = 128$00 341$30
Em assucar = Lucro bruto tonelada 101$30
Sendo feito o alcool directo da cana, com os preços acima, sai o alcool a 3$10 por litro
Lucro bruto por tonelada cana em alcool 362$00
Lucro por litro alcool = 4$90 //
[54] Alcool do Melaço d’Africa
A £ 5 por tonelada Cif. Funchal
Cambio de 100$00
Custo tonelada melaço cif – 500$00
Despeza descarga e carretos 30$00
Direitos e despeza Alfandega 80$00
Despeza de destillação 250$00
Custo de 250 litros 860$00
Custo por litro = 3$44 (lucro 4$56)
Vê-se pois que o alcool feito de melaço d’Africa ao preço acima custa mais 340 por litro. Convem pois fazer de cana directa.
Lucros por estes calculos:
Da refinação assucar bruto = 700:000$00
Do assucar de cana ———— = 1.500:000$00
Do alcool directo de cana = 1.270:000$00
Lucro bruto total anno 3.470:000$00
Despeza extra totaes 1.470:000$00
Lucro liquido 2.000:000$00 //
[55] 76% para Hinton = 1.520:000$00
24% H. F.594 = 480:000$00
Devisão pelas percentagens acima:
Hinton 76% da cana para assucar = 11.400 toneladas cana
“ “ “ para alcool = 2.675 toneladas “
Total Hinton e C.ª Nova 14.075 toneladas “
H. F. 24% 4.445 toneladas “
Total cana para os 3 = 18.520 toneladas “
Para as fabricas aguardente? = 8.480 toneladas “
Total Colheita 1925 ? 27.000 toneladas “
[65] Trabalho simples de tratamento das garapas de cana para uma fabrica de assucar que produz assucar bruto de 96º
polarisação João Higino Ferraz
1º A garapa é sulfitada á dose de 0,8 gramas SO2 por litro e a frio a 0,9 gramas no maximo.
2º Alcalinisada a ficar ligeiramente alcalina ao papel tournesol, junta-se-lhe 0,6 litros de Kiesselgouhr e 0,15 litros de
Phosphato bi-calcique por 100 litros garapa.
575
Isto corresponde a 120 gramas de Kiesselgouhr
105 gramas de Phosphato bi-calcique
3º A garapa assim preparada é defecada em rechauffeurs até á temperatura de 95-100º em trabalho continuo, hindo a garapa
defecada a um ballão que deixa sahir os vapores em excesso.
4º A garapa defecada do ballão é tomada por uma bomba centrifuga que // [66] a envia aos Filtros Presses de 1ª filtração, a
baixa preção, e ao mesmo tempo o não filtrado vai a uma bomba dupla de alta perção que alimenta os Filtros Presses depois do
filtro cheio e que a bomba centrifuga já não produz filtração apreciavel.
5º O jus filtrado dos Filtros Presses á evaporação.
6º As borras sahidas dos 1os Filtros Presses, para evitar grandes perdas em assucar no tourteau, são diluidas com agua,
alcalinisadas ligeiramente, aquecidas a 90º-95º e filtradas em novos Filtros Presses de 2ª filtração.
As aguas douces filtradas, juntas ao jus de 1ª filtração para evaporação.
Necessita 40% da capacidade de 1ª filtração para a 2ª filtração //
[67] Schma de montagem:
Nota: Para a produção de assucar branco, todo o tratamento é feito no xarope pela sulfitação e filtração mecanica. //
576
Em assucar BB = 8,700 kilogramas % cana
Em alcool = 2 litros % cana
Calculando a cana a 5$00 por 30 kilogramas na fabrica:
Custo da tonelada cana p.f.[?] ..........166$70
Despeza fabrico assucar ...........90$30
“ fabrico alcool ........ 20$00
277$00
87 kilogramas assucar a 2$00 = 174$00
20 litros alcool a 8$00 160$00 334$00
Lucro bruto 57$00
Sendo a cana a 4$00, dá lucro bruto = 90$30 por tonelada cana. //
577
Pelo rendimento de 8,7% em assucar – Lucro bruto = 66$30
“ de 8% “ – “ “ = 81$30
Em 10.000 toneladas cana, dará:
Com 8,7% assucar – 870 toneladas assucar e 170.000 litros alcool em 40º
“ 8% “ – 800 toneladas “ e 208.000 litros “ “
Com um rateio em 1925 de 800.000 litros,
cabe a Torreão e C.ª Nova 606.400 litros alcool
Alcool do melaço cana 208.000 “ “
Faltará ————————— 398.400 “ “
Cana <2500 toneladas>
directa alcool —————— 185.000 “ “ = 837 contos Lucro
Para egouts e melaços = 213.400 (metade egouts e metade melaço) (1000 toneladas assucar bruto.) //
[162] Sendo o rateio do alcool <1925> establecido o preço de 9$00 por litro, pode-se dár pela cana a 5$00 por 30
kilogramas, com o preço do assucar a 2$00 por kilograma, tirando um lucro bruto por tonelada cana de 69$00, fazendo em
assucar turbinado somente 8% e o resto em alcool = 2,08 litros % cana.
Este augmento de 1400 por litro, dará em lucro a mais no alcool de cana directa e no alcool dos égoûts refinação.
Em melaço de 398:000$00
10.000 toneladas cana em assucar lucro 690:000$00
Lucro na cana directa alcool como atraz 837:000$00
“ nos égoûts refinação em alcool
como atraz <1000 toneladas assucar> 270:000$00
Lucro no melaço em alcool (78.000
litros) como atraz 327:000$00
Lucro total provavel Torreão 2.522:000$00
Deve dár um lucro liquido minimo de 1.000:000$00 //
[163]495 Pode-se no Torreão e C.ª Nova (moenda na C.ª Nova) fazer em 50 dias 3.560 toneladas cana para alcool = 263.000
litros alcool, não fazendo pois alcool de melaço, dando um lucro a mais de 39:000$00 pela diferença do custo do alcool.
Trabalho diario das duas fabricas: para alcool:
C.ª Nova 35 toneladas cana, dará —————— 2590 litros
Torreão 45 toneladas “ , “ —————— 3330 “
Total 80 toneladas “ 24 horas, dará 5920 “
Temos no Torreão e C.ª Nova depositos para:
Torreão ——————116.000 litros alcool
C.ª Nova —————- 70.000 “ “
2 tanques C.ª Nova —-150.000 “ “
Total depositos alcool 336.000 “ “
Torreão e C.ª Nova:
Total em cana para assucar e alcool = 13.560 toneladas (336.000 litros alcool corresponde a 4550 toneladas cana = 60 dias
Laboração) //
[164] Custo comparativo do alcool de melaço importado e do alcool
de cana directo: Alcool do melaço:
Melaço a 500 reis por kilograma = tonelada cif 500$00
Descarga e carretos ———————————- 30$00
Direitos e despeza Alfandega ———————- 82$00
Despeza destillação ———————————- 240$00
Custo de 240 litros alcool = 852$00
Custo do alcool = 3$55 por litro em 40º
495 Na cabeça da página: «Nota: Total do alcool do melaço de cana e alcool cana = 471.000 litros
Dos égoûts refinação assucar bruto ——————- = 135.400
não importando melaço. Total = 606.400».
578
N’estas condições de preço de cana, a diferença entre ellas é de 70 reis por litro a mais no alcool de melaço, que em 263000
litros de alcool feito de cana e não de melaço será 18:410$00 //
[165] Resultado industrial para São Filipe
1925
Cana a 5$00 por 30 kilogramas na Fabrica:
Extração de 85% do assucar da cana:
Cana com 12,65% assucar
Assucar extrahido = 10,65 assucar
Rendimento em turbinado 75% do assucar extrahido = 7,987 assucar turbinado puro = 8% assucar vendavel. Calculando em
perdas fabricação um maximo de 1%, restará assucar no melaço = 1,663 kilogramas:
Rendimento theorico = 0,9978 litros alcool a 100º. Tirando um rendimento pratico de 90% (?), dará 0,9 litros alcool a 100º
= 0,939 litros alcool em 40º Cartiere
Custo da cana e fabricos = 267$00
80 kilogramas assucar a 2$00 = 160$00
9,39 litros alcool a 9$00 = 84$51 244$51
Prejuizo 22$49 !?
Perda no bagaço 2 kilogramas % cana. //
[166] Media do acido chlorydrico empregado nas fermentações de melaço ou cana, deu em 1924 = 36 gramas acido por litro
alcool, a 2$00 por kilograma = 72 reis por litro alcool. Carvão gasto por litro alcool = 1,600 kilogramas a 300$00 por tonelada
= 480 reis por litro alcool
1924
Total em carvão e acido = 560 reis maximo.
Como calculo a 1$00 por litro alcool de fabrico, fica 440 reis por litro alcool para pessoal etc. etc.
Em 1924 fez-se 645.000 litros alcool, a 440 reis para pessoal etc = 283:800$00 !!?
Calculando porém 10 homens por dia na Destillaria (Dia e meia nuite) a 40$00 = 400$00 por dia, em 300 dias =
120:000$00 anno.
Outros etc. etc = 30:000$00 “
Total ———— 150:000$00 “
Sai a 233 reis litro alcool = Total real 795 reis litro //
[167]596 Em 1923, o gasto de combustivel por litro alcool fabricado, foi de 1,950 kilogramas, mas n’este anno fêz-se a
destillação e retificação do alcool destillado, em quanto que em 1924 féz-se a destillação-retificação no apparelho A. R.
Tivemos pois uma economia de 350 gramas carvão por litro alcool = 105 reis. (63:000$00 em 600.000 litros).
Em 1923, o gasto em acido foi de 12 gramas por litro alcool = 24 reis por litro alcool. Diferença a mais por litro alcool em
1924 = 48 reis.
Como a diferença no carvão foi de 105 reis
e no acido mais ——————— 48 “
Ainda assim ganhamos ——————- 57 “ por litro alcool, que em 645.000 litros alcool fabricado, dá lucro a mais
36:765$00 //
596 Na cabeça da página: «Nota: Podemos contar despeza a 800 reis por litro alcool.».
579
Pureza jus = 84,64º %
Rendimento em assucar de 96º polarisação = 11,54 % = 11,08 em assucar puro a 100º polarisação
Assucar no melaço e perdas fabricação = 0,873
Calculos: melaço etc. 0,873
Assucar extrahido (extração) = 11,080 a 100º
Perda no bagaço = 0,687 “
12,640
Rendimento em turbinado % assucar extrahido = 92,7 ?!!
Melaço St.-Kitts = 38% Clerget = Melaço 2,3 kilogramas % cana?!!
Rendimento do melaço não contando perdas fabricação. //
[171] Fabricação de xarope assucar invertido:
100 kilogramas assucar B2 ordinario dá 106 litros xarope invertido pelo acido citrico (2 gramas por kilograma assucar) em
37º Baumé = 143 kilogramas
Dá mais em lavagens dos apparelhos mais 4 kilogramas em xarope para alcool ou outro fim.
Total em xarope = 147 kilogramas
Cada litro de xarope contem 940 gramas assucar = 987 gramas glucose
“ kilograma “ “ 700 gramas assucar = 735 gramas “
Sendo alcoolisado a 19º leva cada 100 litros de xarope a 37º Baumé, 26 litros alcool em 40º Cartiere, ficando em 30º Baumé:
Cada litro xarope alcoolisado contem 750 gramas assucar = 788 gramas glucose
Cada kilograma xarope alcoolisado contem 600 gramas assucar = 630 gramas glucose
Cada litro xarope simples peza 1350 gramas
“ “ “ alcoolisado “ 1260 gramas
Despezas maximas de fabrico 22$00 por 100 kilogramas assucar inecial.
Segue custo xarope 1925 //
[172] Calculos do custo de xarope em 1925
100 kilogramas assucar a 2$100 por kilograma = 210$00
Despezas de fabrico totaes = 22$00
Custo de 143 kilogramas xarope = 232$00
Custo por kilograma = 1$62,5
As lavagens dos apparelhos dá mais 4 kilogramas xarope a 35 litros alcool % = 1,4 litros alcool a 8$00 dará 11$20.
Vendendo o xarope invertido a 2$40 por
kilograma dará o lucro por 100 kilograma assucar = 111$20
Lucro das lavagens (alcool a 8$00) 10$00
Lucro total em 100 kilogramas assucar = 121$20
Calculo rendimento da cana em 1925: provavel:
Em assucar turbinado puro —————- 8%
Assucar no melaço —————————- 3,5 %
Perdas Diffusão – 0,5
{ Indeterminadas – 0,7 } 1,2 %
580
Lucro bruto por tonelada cana 55$00
Em 15:000 tonelada (?) = Lucro 825:000$00
260.000 litros alcool cana 3.500 toneladas – Lucro 1:300:000$00
Lucro bruto total em cana 2.125:000$00
Lucro bruto assim por tonelada cana comprada = 114$86
15.000 toneladas cana para assucar = 1000 toneladas melaço rico a 32% rendimento = 320.000 litros alcool em 40º
Em assucar BB dará 1200 toneladas //
[174] Saccharificação do milho, sem cosimento previo no Henz
1925
O milho é moido mais ou menos fino. Quebra na moenda 2,6%
Para 200 kilogramas milho emprega-se aproximado 1000 litros agua onde se junta 40 kilogramas acido chlorydrico
1º Nos 1000 litros agua junta-se os 40 litros (ou kilogramas) d’acido, e dá-se, no mexidor-preparador, o vapor de forma ter
uma temperatura aproximada de 70º a 80º, trabalhando sempre o mexidor.
2º Junta-se o milho moido (200 kilogramas) pouco a pouco, afim de não formar gromeuz e fazer a transformação do amido
em empois. //
[175]597 3º Estando a transformação do empois terminada, fáz-se correr metade no saccharificador, dando-lhe vapor, e
fazendo subir a perção a 1 kilograma. Conserva-se esta perção durante 1 hora, e ficará assim saccharificado.
Nova esperiencia levando 20 litros acido, e diluindo o milho (200 kilogramas) nos 1000 litros agua fria, aquecido depois a
70º a 80º, e deixando assim uma hora.
Saccharificado a 1 kilograma de perção durante 1 1/4 horas, ficou completa a Saccharificação.
Tempo total que pode levar 100 kilogramas = 2 horas e 30 minutos //
[pp. 176 até forro capa fim: informação sobre vinhos publicada em volume separado]
597 Na cabeça da página: «Despeza de moer em 1925 – 24$00 por 600 kilogramas = 40 reis kilograma. Com a quebra de 2,6% = 34 reis: Total 74 reis
kilograma. Sai a mais 250 reis por litro alcool produzido».
581
582
AGENDA PORTUGUESA 1928
DESCRIÇÃO: Livro, papel, 20,9 cm x 13,1 cm, em bom estado de conservação. Dado que estamos na presença de uma
agenda, tendo cada página na sua cabeça ou parte superior a menção ao dia e mês do ano a que se refere a agenda; e
considerando que Higino Ferraz remete, por vezes, para a página dia x do mês y, optámos por considerar o dia e o mês presentes
em todas as páginas como a enumeração das mesmas, como aliás terá feito o autor desta documentação. No fim de cada mês
temos duas ou três páginas encimadas pelas inscrições «Recapitulação» e / ou «Notas», pelo que, na altura de as referirmos, a
cada uma delas acrescentamos o nome do mês respectivo. Esta agenda apresenta, no início, cerca de 30 páginas com informação
impressa, relativa a calendários comerciais, contribuições e impostos, correios, telefones e telégrafos, e informações várias.
583
584
1 Janeiro Notas da viagem á Africa em 1927. em Julho
Pelo vapor “Niassa”.
Sahida do Funchal a 4/7/927 ás 1 hora tarde
Este vapor deitava na media 340 milhas dia = 14 a 14 1/4 milhas por hora
3 dias depois:
A 7/7 passou-se á vista de Cabo Verde, avistando-se tambem Dakar
9 dias depois:
A 13/7 chegamos a São Thomé.
A 14/7 chegamos a Loanda 8 horas manhã sahindo a 15/7
12 dias depois:
A 16/7 paramos em Abuin, e chegamos a Lobito as 4 1/2 horas tarde.
Total dias de viagem do Funchal a Lobito 12 dias?
Volta:
Sahido no vapor Alemão “Kanganjka” a 3/8/927 ás ás [sic] 6 horas tarde para Lisboa onde chegamos a
17/8 ás 12 horas manhã = 14 dias
Estive assim no Cassequel 17 dias. //
2 Janeiro Preços das caixas (2) para o Triple-Effet do Torreão Lefebvre498:
Caixa de occasião (cada) £ 436 (tubos 1,75 milimetros[?])
Não serve, tem parte ferro batido
Caixas novas
Belgas
Ferro fundido, 150 metros quadrados. £ 637
585
“ “ a 11º “ “ “ 23,9 “ “
“ “ a 12º “ “ “ 26 “ “
“ “ a 13º “ “ “ 28,6 “ “
Cada litro xarope contem aproximado 770 gramas assucar uva
Deve-se calcular que para produzir 100 litros de mosto uvas debourbé, são necessarios 110 litros de mosto
de uvas bruto. (Debourbé e filtrado).
Calculando que com uma bôa prensagem se obterar[sic] 80 litros mosto de 100 kilos uvas na media, para
produzir 110 litros de mosto uvas será 137,5 kilogramas uvas a 138 kilogramas. Para esta extração, a melhor
prensa para as uvas, é a prensa Colin grande a trabalho a motor.
A uva contem 95 a 96 kilogramas mosto.
80 litros mosto bruto = 85 a 86 kilogramas. Bagaço 14 a 15 kilogramas
Na Madeira são necessarios 145 kilogramas uvas para 110 litros mosto bruto. //
4 Janeiro Derecta do Multi-jet
Barometric Multi-Jet Condensers
Petree & Doiz[?]
67 Wall Street. New York
London
8 Grosvenor Garden SW
Este apparelho (Multi Jet) substitui a bomba de vacuo, mas naturalmente a agua de injeção deve ter em
alta pressão? //
5 Janeiro
Pelo multi-jet deve sahir a agua e os gases incondensaveis (?), para poder formar o vacuo:
Não me parece que dê resultado. (?) //
586
6 Janeiro Para a Alfandega:
A cana da Madeira contem 75 litros % garapa, ou seja na media com garapa a 9º Baumé = 1,066 densidade
= 79,950 kilogramas garapa ou seja 80 kilogramas (coefficiente)
Dará pois na media 20 kilogramas bagaço %
Feita a analyse real da garapa normal, multiplicado o assucar % garapa pelos 75 litros, dará o assucar %
cana.
Ex: Garapa com 16,5% assucar, dará: x = 16,5 x 75 = 12,375 assucar % cana.
100
Calcular a extração da C.ª Nova a 87% do assucar = 10,766 assucar extrahido % cana.
Com um rendimento de 56 litros alcool % assucar extrahido, dará 6,029 litros alcool % cana.
Para Torreão calcular 95% extração o que dá 11,756% assucar extrahido % cana; Com o rendimento em
turbinado de 74% do assucar extrahido = 8,699 kilogramas assucar turbinado % cana.
Ou augmentar 10% no pezo da cana. //
7 Janeiro Calculo da cana para 1929?
Cana do Sul total —————————-32.000 toneladas
Para aguardente no sul ——————- 3.500 “ ?
Para assucar e alcool 28.500 “
Divisão pelas fabricas matriculadas:
Torreão = 20.000 toneladas
São Filipe = 7.500 “ ??
C.ª Nova = 1.000 “ (maximo)
Total 28.500 toneladas cana
Producto em assucar e alcool
Torreão 1.900 toneladas assucar = 300.000 litros alcool
São Filipe 578 “ “ = 93.000 “ “
C.ª Nova ? = 74.000 “ “
Totaes 2.478 toneladas assucar = 467.000 “ “
Sendo o rateio do alcool de 600.000 litros??
Faltará alcool 133.000 litros.
De que será feito este alcool? Ver adiante rateio do alcool = //
8 Janeiro Rateio para 600.000 litros?
Torreão e C.ª Nova 75,7% =454.200 litros
São Filipe 24,3% =145.800 “
600.000 “
Pelos calculos atraz Torreão e C.ª Nova
tem feitos —————- 374.000 litros
Falta-lhe —————— 80.200 “
454.200
São Felipe tem feitos = 93.000 litros
Falta-lhe —————— 52.800 “
145.800 “
Como falta 133.000 litros, que tem que ser feito de.... ?? Caberia para as fabricas matriculadas:
Torreão e C.ª Nova = 100.680 litros
São Filipe = 32.320 “
133.000 “
600
Como porém S. Filipe lhe falta 58.800 litros
e cabe-lhe mais dos 102.000 litros 24.786 “
Ter-se-ha de tirar Torreão e C.ª Nova 34.024 “
Torreão e C.ª Nova terá somente 77.214 – 34.014 = 43.200 litros //
600 A restante informação desta página (8 Janeiro) foi rasurada.
587
9 Janeiro Não importando melaço:
Este alcool que falta deve ser feito dos residuos da refinação do assucar bruto da Africa, como na lei
anterior, ou melaço.
601
Como fazer o rateio:
Para 77.214 litros alcool do Torreão a 70 litros alcool dos residuos por tonelada assucar bruto de 96º
polarisação = 1103 toneladas assucar
São Felipe 24.786 litros alcool a 100 litros alcool dos residuos por tonelada assucar = 248 toneladas
assucar
Total em assucar a importar = 1350 toneladas
Dará em refinado 1000 toneladas assucar
Como porém S. Filipe tem sempre 25% do assucar importado = 337.500 kilogramas
Dar-lhe-ha alcool 33.750 litros no minimo. //
10 Janeiro Assucar provavel produzido cana 2.478 toneladas
Calculando consumo ——— ? ———3.000 toneladas
Faltará assucar ————— 522 toneladas que deve
corresponder a assucar bruto de 95º polarisação a 653 toneladas.
Estas 653 toneladas assucar bruto dará dos residuos aproximado 42.400 litros alcool.
Deduzindo do defice de 133.000 litros alcool os 42.400 litros dos residos refinação, faltará ainda 90.600
litros, que sendo feito de melaço importado, será aproximado 325 toneladas melaço.
Rateio pela fabricas [sic]:
Assucar bruto – Torreão ——————— 490 toneladas
S. Filipe ——————- 163 “
Melaço : – Torreão ——————— 244 toneladas
S. Filipe ——————- 81 “ //
11 Janeiro Nova Fabrica do Cassequel: Trabalho de 800 toneladas cana 24 horas Imbibição de 25% cana Pelos maximos
Quantidade de jus total maximo 100 litros % cana = 8000 hectolitros.
Dá a media de 33.330 litros por hora
Dará 160 sulfitadores-chauleurs por 24 horas = 7 sulfitadores hora pouco mais ou menos
Temos 4 sulfitadores-chauleurs de 50 hectolitros.
Feltração: Filtros-Presses
8000 hectolitros de jus bruto alcalinisado e defecado, dará aproximado 20 toneladas de tourteaux dos
Filtros-Presses
8000 hectolitros a 8º Baumé (?) = 1.060 Densidade
= 848000 kilogramas jus – 20000 kilogramas borras = 828.000 kilogramas jus filtrado ou seja 7810
hectolitros jus filtrado a 8º Baumé = 1,060 Densidade?
Evaporação:
7810 hectolitros jus a 1.060 Densidade dá theoricamente 1780 hectolitros de xarope a 30º Baumé
Agua evaporada 6030 hectolitros em 24 horas //
12 Janeiro 6030 hectolitros agua evaporada em 24 horas = 251 hectolitros agua por hora.
No Quadruple de 1000 metros quadrados de superfice de evaporação dará 25,1 litros agua evaporada por
metro quadrado hora.
Cuites de 1er jet:
1780 hectolitros de xarope a 30º Baumé = 1.263 Densidade dará theoricamente 900 hectolitros de Melasse
Cuite 1er jet por 24 horas.
Calculando um cuite de 200 hectolitros feito em 6 horas (?) = 4 cuites por 24 horas (caldeiras grandes) =
800 hectolitros
Devemos pois fazer 5 cuites em 24 horas = 5 horas por cuite, incluindo as rentradas dos égoûts = 100
hectolitros Melasse Cuite por 24 horas. = 4 malaxeurs de 250 hectolitros
601 Daqui em diante, até ao fim da presente página (9 Janeiro), toda a informação foi rasurada.
588
Turbinagem.
Calculando um rendimento de 50 kilogramas assucar branco por hectolitro de Melasse Cuite, os 1000
hectolitros dará 50.000 kilogramas assucar 1er jet = 2083 kilogramas por hora. Com 9 turbinas //
13 Janeiro 1er jet darâ 232 kilogramas assucar turbinado branco por turbinagem e por hora.
Com um trabalho de 1/4 hora maximo para carregar, turbinar e descarregar cada turbina, pode-se fazer 24
turbinagens por hora = 576 turbinagens por 24 horas. Que se fassa porém somente 500 turbinagens em 24
horas, os 50.000 kilogramas assucar 1er jet = 100 kilogramas assucar por turbinar.
602
Sendo 9 turbinas de 1er jet dará 232 kilogramas assucar turbinado branco por turbinagem e por hora, ou
seja, como acima, 18 turbinagens por hora = 432 turbinagens em 24 horas. Que se fassa porém somente 400
turbinagens em 24 horas, os 50000 kilogramas assucar 1er jet = 125 kilos por turbinagem?
Restará em assucar de 2º e 3º jet a turbinar 26.000 kilogramas a 30.000 kilogramas 24 horas. Ora, se 9
turbinas fáz 50.000 kilogramas assucar 4 fará de 2º e 3º jet 20.000 kilogramas; falta pois 6000 kilogramas a
turbinar ou seja mais uma turbinagem de 2 jet //
14 Janeiro Rendimento da Cana:
50.000 kilogramas assucar 1er jet = 6,250 kilogramas % cana
18.000 “ “ 2em jet = 2,250 “
10.000 “ “ 3 jet =
em
1,125 “
78.000 “ “ total = 9,625
O assucar de 1º e 2º jet dará branco = 8,500 kilogramas % ou seja 88,3% em branco.
A fabrica nova do Cassequel, fazendo 800 toneladas cana por 24 horas, fará por mez 20.000 toneladas
Em 6 mezes, de Junho a Novembro, fará 120.000 toneladas cana.
Dará em assucar 1º e 2º jet =10.200 toneladas assucar
3º jet = 135 “ “
Total 10.335 “ “
Dará 600 hectolitros Melasse Cuite de 2º e 3º jet.
Será: 2º jet 380 hectolitros (3º cuites) 24 hora [sic]
3º “ 220 “ (2 “ ) “
1º “ 1000 “ (5 “ ) “
20 litros Melasse Cuite % cana //
15 Janeiro Cana Cassequel com 12,7% assucar. 1929
Extração de 95% do assucar = 12,065 assucar extrhido[sic] % cana.
Com um rendimento em turbinado de 80% em branco e bruto = 9,650 a 98º polarisação
% cana:
Assucar turbinado puro 9,457 %
Perda no bagaço------- 0,635 %
“ nas borras------ 0,200 %
“ indeterminadas 0,500 %
Assucar no melaço 1,908 %
12,700
Calculando o melaço a 50% saccarose total dará 3,800 kilogramas melaço % cana
As 12.000 toneladas cana dará 4560 toneladas melaço
Dará em alcool (25%) 1.140.000 litros
Nota: Este calculo é para a fabrica montada como actualmente está, isto é, 1º, 2º e 3 jet pela
turbinagem. //
16 Janeiro Calculos provaveis empregando a Filtração da Melasse Cuite de 3º jet: Extração como calculo atraz 12,065
assucar % Rendimento em turbinado 85% do assucar extrahido? (Torreão em 1922, teve rendimento 83% do
assucar extrahido). Calculos:
602 O seguinte parágrafo foi rasurado, com dois traços oblíquos, em jeito de X.
589
Turbinado branco 65% a 99,5º polarisação = 7,842 kilogramas = 7,800 kilogramas assucar a 100º
“ bruto 20% a 90º polarisação = 2,413 = 2,170 “ “
Total em turbinado —— = 10,255 = 9,970 “ “
Perdas como atráz (bagaço, borras e indeterminados) 1,335 “ “
Assucar no melaço em saccarose ———————— 1,395 “ “
assucar % cana —————————— 12,700 “ “
Com melaço de 50% assucar total, daria assim 2,790 kilogramas melaço % cana.
Em um trabalho de 800 toneladas cana 24 horas:
Em assucar turbinado branco = 62.736 kilogramas de 99,5º polarisação
“ “ bruto = 19.304 “ de 90º polarisação
Total assucar em 24 horas = 82.040 “
Nota: O assucar do Torreão em 1922, foi assucar branco de consumo e bruto de exportação para Lisboa,
de 95 a 97 polarisação
Vêr adiante folha 4 março //
17 Janeiro Turbinagem do assucar Cassequel Fabrica Nova.
Calculando um rendimento da Melasse Cuite de 1er jet (1000 hectolitros) a 50 kilogramas assucar branco
por hectolitro, dará 50.000 kilogramas assucar turbinado por 24 horas.
Com 9 turbinas de 1er jet dará 232 kilogramas assucar por turbinagem e por hora.?
Com um trabalho bem feito de turbinagem de 1er jet deve-se carregar, turbinar e descarregar uma turbina
em 1/2 de hora (30’), e assim em 24 horas deve-se poder fazer com as 9 turbinas (a 120 kilogramas por turbina)
os 50.000 kilogramas assucar de 1er jet branco.
Turbina de 2º jet 5, deve-se poder turbinar 25.000 kilogramas assucar de 2º ou 3º jet. //
18 Janeiro Cassequel: Filtração da Melasse Cuite de 3º jet em Filtros-Presses
N’estas condições, os cuites de 3º jet feitos em grão fino, serião filtrados em Filtros-Presses, e o tourteaux
assucar refundido com jus ou agua, serião rentrados no cuite de 2º jet para produção de assucar bruto.
Assim todas as turbinas de 2º jet (5) seria para a turbinagem do assucar de 2º jet somente, e 4 malaxeurs.
Para 800 toneladas cana.
Os 10.000 kilogramas assucar de 3º jet, ou seja aproximados 240 hectolitros de Melasse Cuite, contendo
43% assucar, daria aproximado 13000 kilogramas de tourteaux assucar contendo 72% assucar a 74%
saccarose = 7 Filtros-Presses
O melaço dos Filtros-Presses seria assim muito mais épuissée, dando talvez somente 3,500 kilogramas de
melaço % cana. Daria talvez assim
65% em assucar branco
35% “ “ bruto
Malaxagem dos cuites de 3º jet em malaxeurs independentes = 5 de 100 hectolitros.
2 Filtros-Presses Dhen de 100 metros quadrados cada um.
Vêr instalação folhas 2 e 3 de março //
19 Janeiro Trabalho do Torreão 1918-1920 Filtros-Presses Melasse Cuite 2ª serie:
Melasse Cuite 37 a 40 hectolitros por Filtro-Presse
Tourteaux 1500 kilogramas “
Melaço 3.500 “ “
Melasse Cuite 30 litros por tonelada cana trabalhada = 240 hectolitros Melasse Cuite em 800 toneladas
cana
Analyse do tourteaux assucar 2ª série 1920
Brix ——————————- 98,55 = 1.544 Densidade
assucar (saccarose) ————- 72,93
Pureza ———————————— 73,90
Glucose ———————————- 6,87
assucar total = 79,65%
590
Analyse do melaço:
assucar clerget ———————- 41,55 %
Pureza “ ———————- 45,22
Glucose ———————————- 16,10 %
Saccarose total ——————— 56,84 %?
Filtro-Presse Dhen de 100 metros quadrados superfice filtração.
50 quadros por Filtro-Presse = 300 kilogramas de tourteaux por quadro ou 150 kilogramas tourteaux por
metro quadrado de filtro. //
20 Janeiro Cultura de beterraba No Continente Terrenos medios (não tendo culturas ricas) e inrrigaveis: Rendimento por
hectare 35 toneladas beterraba a media de 15% assucar
Arrendamento da terra (?) —————- 700$00
Despezas de cultura, e colheita ——- 1:000$00
Custo de 35 toneladas beterraba 1:700$00
Para destillação:
Beterraba com 15% assucar, com o trabalho pela diffusão e extração de 98% do assucar, dará assucar
extrahido por tonelada beterraba = 147 kilogramas assucar, que ao rendimento pratico de 60 litros alcool a
100º % assucar = 88 litros alcool a 100º = 90 litros em 96º centecimaes.
Cada hectare de terra dará assim 3150 litros alcool em 96º centigrados.
Custo tonelada beterraba = 50$00 (na terra) //
21 Janeiro Para alcool, custo do fabrico: Por tonelada beterraba:
Custo da tonelada beterraba ........................50$00
Transporte á fabrica.....................................15$00
Fazendo a seccagem das cossetes
para o trabalho anual e manutenção
das cossetes .................................................17$50
Despezas fabrico alcool .............................90$00
“ “ ethere ........................... 18$50
Custo total ................................................191$00
Os 3150 litros alcool de 96º centigrados dará em alcool-ethere 3000 litros por hectare terra.
Como cada tonelada de beterraba dá 85,7 litros alcool-ethere, custará o alcool-ethere a 2$23 por litro.
Custo do carborante:
100 litros alcool-ethere ......................223$00
15 litros gazolina a 2$80 .................... 42$00
Desnaturantes etc. .............................. 5$00
Custo de 115 litros carborante ............270$00
Custo por litro = 2$35 //
22 Janeiro Lucro bruto por hectare:
Este carborante com a composição atráz, pode-se calcular o seu valor egual ao da gazolina nos motores de
explozão.
Sendo assim, em cada hectare de terra cultivada de beterraba por conta da industria, dará o seguinte
resultado:
Custo de 3000 litros alcool-ethere...........6:690$00
“ de 450 litros gazolina ..................1:260$00
Desnaturantes etc. ................................. 150$00
Custo de 3450 litros carborante...............8:100$00
Custo litro = 2$35
Vendendo a 2$80 por litro, dará lucro bruto 1:552$50 por hectar de terra cultivada. //
591
23 Janeiro Calculo sobre 2000 hectares.
Produção em alcool-ethere = 6.000.000 litros
Gazolina a empregar = 900.000 “
Total ——- = 6.900.000 “
O lucro bruto será 3.105:000$00
Calculando o trabalho de 70.000 toneladas beterraba feito em uma sô fabrica de seccagem das cossetes e
fabrico do alcool, e trabalhando 300 dias no anno, sera 235 toneladas beterraba por dia de trabalho, ou seja
em conta redonda 250 toneladas beterraba
Estas 250 toneladas dará em alcool a 96º = 22.500 litros alcool, ou em duas fabricas para produzir 11.250
litros alcool, ou seja uma fabrica para cada 1000 hectares de terra.
Trabalho diario 125 toneladas beterraba. //
24 Janeiro Custo provavel de cada fabrica: Para destillar 11.250 litros alcool 96º
125 toneladas beterraba dará aproximado (a 140 litros jus %) = 1750 hectolitros de jus a fermentar. Será
10 cubas de 900 hectolitros cada uma.
Apparelho de destillação-retificação continua Nº 13 (U2 de Savalle) para 12000 litros alcool a 100º. Custo
458.000 francos, mais 4% embalagem = 476.320 francos
Um apparelho a Etheres sulfurico (?) 200.000francos?
Custo provavel apparelhos fob. – .................700.000 francos?
Frete até Lisboa =......................................... 20.000 francos
Direitos etc. = ............................................... 2.000 francos
Custo total (?) ...............................................722.000 francos
ao franco a (1929) 890 reis = 642:580$00
Montados custará (?) = 650 contos??
Uma Fabrica completamente montada (incluindo a seccagem da beterraba) não custa menos de 1.500
contos. //
25 Janeiro Em 2 fabricas:
Capital industria .......................13.300 Contos
“ Fabricas ...................... 3.000 “
Total .........................................16.300 “ = £ 172.000
Juro capital a 10% .....................1.630 Contos
Amortisação capital fabricas 10% 300 “
Derecção etc. ............................ 170 “
Total a deduzir lucros.................2.100 “
Lucro bruto ................................3.100 “
Lucro liquido..............................1.100 “
Será um juro de 6% do capital.
O juro total do capital será pois de 16%
Deve-se porém contar somente com 15% juro do capital empatado.
Estes calculos é contando o Governo não receber bonus da industria.
Gazolina paga de direitos alfandegarios 500 reis por litro pouco mais ou menos //
26 Janeiro Se o alcool carborante (alcool-ethere) pagase[sic] tambem os 500 reis litro, os 6.000.000 litros pagava 3.000
Contos!!!
Daria assim um prejuizo de 2.000 Contos
Contando o custo da gazolina cif a 2$00 por litro, e calculando os 6.000.000 litros de alcool-ethere
como se fosse gasolina, será uma sahida menos em ouro de £ 126.300 (12000 contos) //
27 Janeiro Fabrico assucar beterraba Beterraba 15% assucar (como para alcool)
Extração de 98% do assucar = 14,7 kilogramas assucar extrahido, com um rendimento em turbinado
branco de 80% = 11,760 kilogramas assucar turbinado
Cada tonelada beterraba dará 117,600 kilogramas assucar, e as 35 toneladas dará 4116 kilogramas assucar
por hectare terra.
592
Calculos fabrico provaveis:
Custo tonelada beterraba na Fabrica ..........65$00
Vér[sic]
adiante
Despezas de seccagem e manutenção ........17$50
Despezas fabrico assucar ......................... 80$50
Custo de 117,6 kilogramas assucar ..........163$00
Custo por kilo = 1$39
Impostos (50% direitos) = $61
Custo do assucar = 2$00 por kilograma
Vendendo a – 3$40 “ “ dá lucro bruto 1$40 por kilo, que nos
117,6 kilogramas será 164$640 por tonelada beterraba, ou 5:762$400 por hectare terra
Restará em melaço por hectare = 1610 kilogramas
Este melaço é para o gado
Lucro bruto por hectare = 5:762$40 //
28 Janeiro Calculo de rendimento da beterraba Para assucar. Beterraba a 15% assucar. Extração de 98% do assucar
Calculos: assucar a 100º
Assucar turbinado de 99,8º polarisação media = % beterraba
11,760 kilogramas em branco = ..............................11,70
Diffusão ..............................................0,30
Perdas:
{
Borras Filtros-Presses .......................0,10
Indeterminadas ...................................0,50
Assucar cristalisado saccarose melaço ................... 2,40
Saccarose % beterraba ............................................15,00
Calculando o melaço com 50% saccarose corresponde a 4,400 kilogramas melaço % beterraba
Cada 1000 hectares de terra, com um rendimento de 35 toneladas beterraba decoletada? por hectares, dará
35.000 toneladas.
Para um trabalho de 100 dias de seccagem de beterraba, será 350 toneladas de beterraba por dia a seccar
pelo processo d’Oxford. //
29 Janeiro Custo provavel da instalação de seccagem Para 35.000 toneladas = £ 5.500 = 550 contos.
Despeza total no fabrico do assucar, incluindo seccagem beterraba, é de (maximo) 45 shillings por
tonelada assucar incluindo, combustivel, depreciações etc..., não incluindo o custo da beterraba Por tonelada
beterraba
603
450 shillings a 100$00 £ = ? .............................225$00
Transporte beterraba =............................................15$00
Custo beterraba = ................................................. 50$00
Custo de 117,600 kilogramas assucar branco ......290$00
Imposto de 660 reis kilo assucar ............................77$72
Despezas fiscalisação anual .................................. $18
Custo total do assucar...........................................367$90
Custo do kilo assucar = 3$130 (ouro 22 sobre direitos)
Direitos do assucar abaixo typo 20 = 40 reis ouro = 880 reis kilo
Acima “ = 60 reis “ = 1$32 “
Para a industria nacional, paga 50% dos direitos acima. Branco pagará 660 reis kilo //
30 Janeiro Custo de uma fabrica de assucar completa pelo processo Oxford, será aproximado de £ 90.000 = 9000 contos
para 35.000 toneladas beterraba anno.
Custo de fabrico assucar Pelo processo Oxford. Por tonelada beterraba:
Custo tonelada beterraba na Fabrica..................................65$00
Despezas de fabrico de £ 5 por tonelada assucar
em 117,6 kilogramas assucar será (100$00) .....................58$80
Imposto de 660 reis kilo assucar ......................................77$72
603 A seguinte informação, até «= 3$130», foi rasurada.
593
Despezas de fiscalisação ................................................ $18
Custo de 117,600 kilogramas assucar..............................201$70
Custo por kilo = 1$72
Calculando a venda do assucar a 3$20 por kilo para revenda, dará um lucro de 1$48 por kilo assucar
As 35000 toneladas beterraba (1000 hectares) dará em assucar 4000 toneladas, dando pois um lucro
bruto de 5.920 Contos. //
31 Janeiro Calculos lucro liquido:
Depois de beterraba secca, estas cossetes serão tratadas para assucar durante 200 dias do anno, e será assim
uma fabrica de assucar que possa tratar 200 toneladas beterraba por dia.
Juro capital Fabrica (9.000 contos) a 10% 900 Contos
“ “ negocio (7.000 “ ) a 10% 700 “
Amortisação capital Fabrica 10% 900 “
2.500 “
Sendo o lucro bruto de 5.900 “
Dará lucro liquido —— 3.400 “
Tirando pois um juro do capital total (16000 contos) mais 10%, será 1600 contos, que deduzidos dos 3400
contos do lucro liquido, restará 1.800 contos, que pode ser dada á Agricultura, podendo pois pagar a beterraba
a 100$00 por tonelada nas terras, e decoletada.
Cada hectare recebe pois = 3:500$00
Menos despezas cultivo = 1:000$00
Fica livre hectare 2:500$00 //
Janeiro Recapitulação Para cultivo por Conta lavrador:
Custo tonelada beterraba decoletada ..............100$00
Despezas transporte ..........................................15$00
Despezas de fabrico total ..................................58$80
Imposto assucar e fiscalisação ..........................77$90
Custo de 117,6 kilogramas assucar .................251$70
Custo por kilo assucar = 2$15
Vendendo a 3$20 por kilo = lucro 1$05 por kilo assucar
Em 4000 toneladas assucar (1000 hectares) dará lucro bruto = 4.200 contos
Juros etc. = 2.500 contos
Lucro liquido 1.700 contos
Será um juro do capital ou devidendo de 10,6%
Restará em melaço para alimentação de gado 1540 toneladas, que se pode mesturar com os cossetes da
beterraba (8000 toneladas), dará um total de 9500 toneladas de cossetes melaçadas contendo 8% assucar
Ver rendimentos em França 1927-1928 dia 15 agosto. //
Janeiro Notas Para a alimentação do gado, calculando que cada cabeça de gado pode comer por dia 25 kilogramas
de cossetes melaçadas, cada cabeça de gado absorve por dia 2 kilogramas assucar além das materias nutritivas
das cossetes
As 9500 toneladas de cossetes melaçadas em 360 dias, dará 26.000 kilogramas por dia, podendo-se pois
alimentar com estas cossetes 1000 cabeças de gado.
Cada cabeça de gado deve dár no fim de um anno 200$00 de lucro: 1000 cabeças sera 200 contos.
Em 2000 hectares de terra cultivada de beterraba, o lucro liquido da fabrica (de 300 toneladas) será de
3.400 contos a 3.500 contos. Producto assucar 8000 toneladas
Para seccar em 90 dias 70.000 toneladas beterraba será 778 toneladas beterraba por dia. //
Janeiro Notas Processo d’Oxford:
1º A beterraba chegada á fabrica <é lavada e> é reduzida a cossetes, e as cossetes são seccas n’um
apparelho especial da Sugar Beet & Crop Driers Limited. London, S. W. I., Caxton House – Westminster, e
conservada em armazens e amontuadas.
2º Estas cossetes seccas são tratadas durante o anno na fabrica de assucar onde se faz a extração do assucar
594
contido n’ellas, n’uma bateria de diffusão, exactamente da mesma forma do que com as cossetes frescas, mas
o jus bruto obtido contem 50 a 55% assucar
A rasão é porque as cossetes seccas contem 55 a 60% assucar, e o jus pode pois abserver[sic] o assucar
das beterrabas até que contenha elle mesmo 50 a 55% assucar, isto é, um xarope rico. //
1 Fevereiro 3º O jus <ou xarope> cujo grau de pureza é geralmente bastante elevado, em rasão dos efeitos da seccagem,
é tratado pela cal até que esteja fracamente alcalino, de maneira que não exista nenhuma acidez susceptivel
de produzir a inverção.
4º As borras alcalinas com as imporezas é [sic] eleminada em um apparelho centrifugo de clarificação, que
foncciona da mesma maneira que um écrémeuse. Ao jus clarificado, junta-se uma certa quantidade de carvão
decolorante, e o producto é em seguida filtrado.
5º Depois da filtração, d’este xarope ou jus vai aos cuites (porque elle é bastante concentrado e não é
necessario de ser enviado á evaporação em triple ou quadruple effet), sendo o resto do fabrico do assucar
com ordinariamente. //
2 Fevereiro Diagrama do processo Oxford. Tratamento da beterraba:
1º Lavagem da beterraba
maximo
}
em100
Feito
dias
2º Découpagem em cossetes
3º Dessicação em apparelho especial
4º Diffusão (produção de cossetes épuissées)
}
5º Chaulagem
durante o
Trabalho
6º Clarificação
anno
7º Filtração ao carvão decolorante
8º Cuite e cristalisação
9º Centrifugação
595
Aquecimento e cuites 130 “ “
Machinas 39 “ “
223 “ “
Se 1 kilo de carvão (de 7500 calorias) evapora 10 litros agua, é de 22,5 kilogramas de carvão por tonelada
beterraba.
Para o apparelho de seccagem da beterraba pode-se calcular 60 kilogramas carvão por tonelada
beterraba = Total 82 1/2 kilogramas carvão por tonelada beterraba, ou seja nas 70000 toneladas beterraba
5775 toneladas carvão. //
4 Fevereiro Os 82 1/2 kilogramas de carvão por tonelada de beterraba, mas que calculando n’um maximo de 83 kilogramas
carvão, contado a 230$00 por tonelada, custará 21$10 por tonelada beterraba.
Como calculei as despezas totaes de fabrico em 58$80 por tonelada beterraba, restará para as outras
despezas de fabrico 37$70 por tonelada beterraba, para pessoal, productos chimicos, panos, sacos etc.
Para 2500 hectares terra:
Ora, 58$80 por tonelada beterraba para despezas de fabrico, será nas 70.000 toneladas = 4116 contos.
Sendo, carvão —————————— 1.477 contos
Pessoal etc etc. —————————- 2.639 “
4.116 “
Producto total em assucar = 8.200 toneladas
“ melaço – 3.080 “
“ cossetes epuissee secca = 6.000 “ 15% humidade
Dará em cossetes melaçadas = 9000 toneladas = 25 toneladas por dia //
5 Fevereiro Despezas totaes de produção: Para 70.000 toneladas beterraba:
Combustivel = 5800 toneladas = £ 13,300
Salarios etc. £ 11.000
Contribuições, impostos e seguros £ 2.000
Despesas de escriptorio e direção £ 2.000
Stock de consomação, sacos, cal e outros productos chimicos £ 9.800
Diversos e reparações – £ 700
Depreciação de instalação £ 3.500
Total £ 42.300
£ 42.300 a 100$00 = 4230:000$00
Capital Fabrica £ 120.000 = 12:000 Contos
Em 2500 hectares de terra dá 8200 toneladas assucar, será pelo calculo acima de
516$00 por tonelada assucar = 516 reis por kilograma assucar
Imposto sobre assucar ————— 660 “ “ “
Custo beterraba e transporte – 1$000 “ “ “
Custo total ———————————— 2$176 “ “ “
Vendendo a ———————————- 3$200 “ “ “
Lucro liquido 1$024 “ “ “
Em 8200 toneladas assucar = 8.200 contos ?!!
Juro 10% capital de 16.000 contos = 1.600 contos
Dividendo de 10% = 1.200 “
Total = 2.800 “
Amortisação capital = 5.400 “ //
6 Fevereiro Para direção da Fabrica que seja 24 reis por kilo assucar produzido, que sendo fabricado no 1º anno 4000
toneladas será 96 contos, e nos annos seguintes 8000 toneladas, sera 192 contos.
Deve-se pois calcular para a direção 25 reis por kilo assucar
Em 4000 toneladas assucar será 100 contos
“ 8000 “ “ “ 200 “
Em um trabalho de extração assucar de 8200 toneladas assucar em 250 dias do anno, será um fabrica
596
[sic] de assucar pelo processo Oxford, que possa produzir diariamente 33.000 kilogramas assucar turbinado
branco, ou seja um trabalho normal de 280 toneladas de beterraba fresca decoletada e limpa, ou um trabalho
aproximado de 93 toneladas de beterraba secca pelo processo Oxford, contendo 45 a 50% assucar ? //
7 Fevereiro Cultura de beterraba. Por conta do Lavrador:
Calculando cada hectare de terra inrigavel e de boa qualidade, dár na media 350 toneladas de beterraba,
cuja beterraba dê decoletada 100$00 por tonelada, mas com beterraba de 15% assucar
Pode-se porém obter beterraba com 16% assucar, mas o seu rendimento por hectare baixa a 25 toneladas.
Val porém a beterraba de 16% 107$00 por tonelada.
35 toneladas de 15% val ........................................3:500$00
25 “ de 16% “ .......................................2:670$00
Recebe pois menos ................................................. 830$00
Convem-lhe pois mais a beterraba de 15% assucar
A tara media para os Collets e terra é de 20%, dando pois por hectare com beterraba de 15% = 28
toneladas beterraba vendavel á Fabrica e limpa. //
8 Fevereiro Vendendo á Fabrica estas 28 toneladas beterrabas limpa a 100$00 por tonelada
recebe da cultura ....................2:800$00
Despezas totaes de cultivo ?...1:000$00
Fica-lhe livre ..........................1:800$00 por hectare de terra?
A beterraba porém apenas ocupa o terreno durante 6 mezes do anno, ficando-lhe a terra livre para outra
cultura pelo menos 4 mezes, deduzindo a preparação da terra para nova semiadura de beterraba.
O producto em outras culturas pobres durante os 4 mezes, dará uma importancia de 200$00?
Sendo assim, o lavrador tira livre de despezas 2:000$00 por hectare.
Em 2000 hectares será 4:000:000$00
Em 1500 “ “ 5:000:000$00 //
9 Fevereiro 1:000$00 para despezas totes[sic] de cultivo, corresponde a 100 reis por metro quadrado terra. Dará para as
despezas de cultivo e adubos?
Para produzir pois 70.000 toneladas beterraba limpa, são necessarios 2500 hectares de terra.
Que as despezas totaes de cultivo seja no maximo de 2.000$00 por hectare (2000 reis por metro quadrado),
deve-lhe ficar livre 1:000$00 por hectare
Em 2500 hectares = 2.500:000$00
Cada hectare dará pois em assucar vendavel 3290 kilogramas assucar
Os 2500 hectares dará 8225 toneladas assucar
O Governo receberá 5428 Contos de impostos sobre assucar a 660 reis kilo. //
10 Fevereiro Calculos pelo assucar vendido a 3$00 por kilo (?):
Venda a ——————— 3$00
Custo a ———————- 2$18
Lucro ————————- $82
597
11 Fevereiro Direitos para o Governo:
Do assucar de beterraba .................5.428 contos
Do assucar bruto colonial ............28.600 “
Total do assucar.............................34.028 “
Do assucar de beterraba será pois somente 16% dos direitos.
Do assucar de beterraba de fabrico nacional (Portugal), corresponde talvez ao assucar importado da
Inglaterra ou Alemanha, e assim o Governo perde na diferença dos direitos 5.400 contos (50% dos direitos),
mas o Pais exporta menos em ouro pelo menos £ 165.000, que deve fazer pezo sobre o Cambial. Além
d’isso os terrenos cultivados em beterraba ficão com meior rendimento em culturas subsequentes, podendo-
se tambem sustentar 2220 cabeças de gado = 1000 toneladas carne que corresponde a 5000 Contos carne //
12 Fevereiro Como as cossetes de beterraba são consumidas diariamente (2500 hectares a 28 toneladas beterraba
limpa), 70.000 toneladas em beterraba fresca = 23.100 toneladas de cossetes seccas com 5% humidade, dará
como primitivamente 70.000 toneladas que produz 35.000 toneladas de cossetes épuissees com 85%
humidade (depois de prensadas).
Em 250 dias de trabalho de tratamento das cossetes seccas para assucar, dará em cossetes com 85%
humidade por dia 140 toneladas, que devem ser seccas em parte, para fazer a cossete melaçada, sendo
necessario seccal’as a 12 a 15% agua em fornos especiaes. A despeza deve ser aproximada de 55 a 60
kilogramas carvão por toneladas de cossete a seccar. Dará pois despeza em carvão diario = 8400 kilogramas
carvão nas 140 toneladas de cossetes. Dará as 140 toneladas 24500 kilogramas de cossetes seccas com 15%
humidade
Composição de 1000 kilogramas beterraba não lavada:
720 kilogramas agua
130 “ assucar
150 “ de imporezas
1.000 //
13 Fevereiro Modificações acceitaveis na nova Lei.
1º Retirar da fescalisação <para as Fabricas matriculada [sic]> da Alfandega tudo quanto na Lei se refere,
além do que estava establecido na lei anterior, isto é, somente fiscalisação do alcool e assucar
2º Preço da cana entre 6$00 e 6$60 por 30 kilogramas, como na lei antiga anterior. Vêr adiante.
Modificação para pagamento em ouro.
3º Preço do alcool fornecido pelas fabricas directamente ao comprador ao preço de 8$00 por litro, e os
rateios do alcool feitos como anteriormente, para tratamento de vinhos.
Preço do alcool em ouro Vêr adiante:
4º Direitos sobre o assucar importado como actualmente, mas para o assucar de venda directa, ou //
14 Fevereiro para outras entidades que não sejão as fabricas matriculadas, pagará mais 30 reis ouro por kilo.
5º Poderem importar assucar e melaço para refinação e produção de alcool e das Colonias Portuguezas,
quando se prove que a materia prima cana não é suficiente para o consumo local, podendo destillar os residuos
da refinação do assucar. Os direitos sobre o assucar importado para refinar (assucar bruto) será 50% dos
direitos da pauta, não incluindo os 30 reis ouro adecional.
Não podem porém destillar directamente o assucar ou os seus residos da refinação que tenhão
percentagens superiores a 60% assucar total.
Melaço a 3 reis ouro de direitos. //
15 Fevereiro 6º Prohibição de montagem de novas fabricas de assucar e alcool, além das trez existentes, e prohibição
de augmento da sua capacidade productora actual, e dos rateios establecidos.
7º Não ser modificada a lei actual com relação ás fabricas de aguardente de cana, isto é, o maximo de
500.000 litros aguardente do Sul e Norte, com fiscalisação feita como actualmente pela Alfandega do Funchal.
8º Quando falte aguardente para prencher o 500.000 [sic] litros que a Comp.ª da Aguardente terá que
adquirir, essa falta será fornecida pelas fabricas matriculadas em alcool em 40º, e conforme os seus rateios,
pelo preço establecido de 8$00 litro //
598
16 Fevereiro 9º Prohibição de importação de alcool ou aguardente de qualquer proveniencia mesmo o nacional
10º Não deve recahir impostos sobre o assucar e alcool produzido pelas fabricas matriculadas.
Dado ao Senhor Hinton604 a 9/2/929
Modificação no preço da cana: Pagamento em ouro:
O preço da cana que está establecido em escudos, deveria ser feito em ouro como em todos os direitos
sobre o assucar, e assim como o alcool
Para a cana: 273 a 300 reis ouro?
“ o alcool 370 reis ouro ?
Este calculo em ouro será feito como se fáz na Alfandega nos direitos de importação, empregando o
mesmo queficiente. //
17 Fevereiro Resultado industrial:
Cana a 6$60 por 30 kilogramas na Fabrica = tonelada =220$00
Despezas fabrico assucar ..................................................70$00
“ “ alcool ................................................15$00
305$00
15 litros alcool a 8$00 litro ............................................120$00
Custo de 95 kilogramas assucar .....................................185$00
Custo por kilo 1$95 + comição $15 = 2$10
Preço minimo de venda (?) = 3$40
Lucro por kilo assucar 1$30
Por tonelada cana será = 123$50
Em 20.000 toneladas cana:
assucar turbinado branco .....................1.900 toneladas
alcool do melaço .................300.000 litros
Lucro bruto ........2.470:000$00
Vêr atraz (7 Janeiro) o calculo a cana provavel em 1929, e seus rateios pelas fabricas matriculadas, e forma
da importação do assucar bruto a refinar.
Ver 9 março, Calculo pela lei actual. //
18 Fevereiro Mobilisação da Fabrica São Filipe ?! e habertura das Fabricas aguardente ??!! Segundo o Quirino605
ou Ministro das finanças? Calculos da cana provavel:
Calcular um minimo de cana do sul 32.000 toneladas
Para os 250.000 litros aguardente <do sul> será 3.500 toneladas
Restará ————— 28.500 toneladas
Que São Filipe mobilisada possa môer para assucar e alcool 10.000 toneladas
Restará para os aguardenteiros 18.500 toneladas
Estas 18.500 toneladas a 78 litros aguardente em 27º Cartiere no minimo, dará 1.443.000 litros aguardente
em 27º Cartiere.
Esta aguardente retificada em 40º Cartier para tratamento de vinhos, dará um maximo de 1.017.000 litros
alcool, mais, alcool de melaço S. Filipe 120.000 litros
Dará assim alcool para tratamento de vinho para dois annos?!!
Total em alcool = 1.137.000 litros em 40º
Estas fabricas n’um trabalho de 100 dias = 185 toneladas por dia, que em 12 fabricas expropriadas =
15 toneladas de cana por dia. //
19 Fevereiro Qual será o custo d’este alcool com cana a 7$00 por 30 kilogramas?
Custo da tonelada cana ..........................................................................233$50
Despezas de fabrico (?) aguardente ...................................................... 40$00
Despezas de retificação de 78 litros aguardente .................................... 5$50
Custo de 54,9 litros alcool .....................................................................279$00
604 Harry Hinton.
605 Quirino Avelino de Jesus.
599
Transporte aguardente á Fabrica retificação a 30$00 por 500 litros .... 4$70
Custo minimo de 54,9 litros alcool ........................................................283$70
Custo por litro = 5$17
Vendendo pois os 1.017.000 litros alcool em
40º a 7$50 por litro dará um lucro bruto de.................................2.369:610$00
Pagando indeminisação Fabrica São Filipe ................................. 369:610$00
Lucro liquido será.........................................................................2.000:000$00 .?!
Não dá para a indemnisação ás fabricas (12)
É de notar que este resultado é contado para dois annos, e que, ou as fabricas de aguardente ou o Governo,
tem que ter depositos para armazenar um minimo de 1.400.000 litros aguardente em 27º?!
C.ª Nova em 100 dias pode destillar 3600 toneladas cana, produzindo 243.000 litros alcool em 40º //
20 Fevereiro Preços do alcool:
Preço custo alcool de cana directo = 4$20 por litro
“ “ “ de melaço importado = 3$37 “
Nota: O custo do alcool de melaço importado foi calculado a 500 reis kilo cif. Funchal, pela seguinte
forma:
Custo tonelada melaço cif a 500 = ..........500$00
Descarga e carretos = ............55$00
Direitos 3 reis ouro e despezas Alfandega? = ..........100$00
Despezas fabrico alcool = ..........286$00
Custo de 280 litros minimo alcool ..........941$00
Custo por litro 3$37
Custo do assucar bruto refinado ? de 96º polarisação cif.
£ 16 tonelada ao cambio de 100$00 ......1:600$00
40 reis ouro direitos (50%) .........440$00
Imolomentos e despezas alfandega? .........160$00
Descarga e carretos ...........50$00
Despezas refinação, e fabrico alcool....... 266$00
Custo de 800 kilogramas assucar refinado e 66 litros alcool = .......2.516$00 //
21 Fevereiro assucar bruto – custo total ......2:516$00
66 litros alcool a 8$00 por litro ...... 528$00
Custo de 800 kilogramas assucar refinado.......1:988$00
Custo por kilo = 2$48,5
Qual o lucro que cabe a Torreão? Vêr 10 de Janeiro
Melaço a importar cabe a Torreão 244 toneladas que dará em alcool (minimo) 68.320 litros alcool = Lucro
316:321$00
Venda assucar a 3$40:
Do assucar a importar para refinação, cabe 490 toneladas, que dará em refinado pouco mais ou menos
392 toneladas assucar refinado = Lucro 358:680$00
Lucro total Torreão por estes calculos:
Lucro bruto nas 20.000 toneladas cana?....2.470:000$00
“ “ assucar bruto refinado .............358:680$00
“ “ no melaço importado ........... 316:320$00
Lucro bruto total .......................................3.145:000$00
Despezas geraes ? .....................................1.245:000$00
Lucro liquido..............................................1.900:000$00 //
22 Fevereiro Calculo do assucar de 96º polarisação em refinado
1000 kilogramas assucar contem em assucar puro = 960 kilogramas
Quebra total refinação 4% = 40 “
920 “
600
Em assucar refinado branco puro = 798 “
Restará para alcool = 122 “
Em turbinado de 99,8 polarisação =800 kilos por tonelada
Rendimento em alcool em 40º Cartiere dos égoûts com 60% assucar total: 122 kilogramas assucar total =
203 kilogramas égoûts.
Os égoûts de refinação contem na media 4% de infermenticiveis = 8,120 kilogramas égoûts (203
kilogramas), incluindo a rafinose.
Assucar fermentavel = 122 – 8,120 = 113,880 kilogramas a 59% em alcool a 100º% = 67,2 litros alcool a
100º.
3º quebra de retificação dará em alcool retificado a 100º = 65,2 litros alcool
Em alcool em 40º Cartier dará 68 litros = 33,5 litros alcool em 40º % égoûts. //
23 Fevereiro N’uma destillação de égoûts de refinação em Janeiro de 1928 (Inventario Nº 1 – 1928), cujos égoûts
tinhão 69,47% assucar total, e com pureza de 69,83, deu em alcool em 40º Cartiere retificado = 38,6 litros
alcool % égoûts.
Proporcionalmente, os égoûts atraz com 60% assucar total, deveria dár:
x = 38,6 x 60 = 33,34 litros alcool em 40º Cartiere
69,47
Com o novo processo de fermentação de Possehl, cujo rendimento é de 62% em alcool em 40º % assucar
fermenticivel, os 113,88 kilogramas fermenticivel daria em alcool a 100º = 70,55 litros alcool a 100º. Em
alcool retificado em 40º Cartiere dará (com quebra de 3%) = 71,35 litros alcool em 40º retificado, ou seja
35,14 litros % égoûts.
Daria assim mais 1,64 litros alcool em 40º Cartiere % égoûts //
24 Fevereiro Rendimento provavel da cana 1929: ? Em assucar branco e alcool melaço:
Canna com 13,3% assucar?
Extração de 97% = 12,9 assucar extrahido
Rendimento em turbinado, calculando um melaço meio épuissée, a 75% do assucar extrahido, dará em
assucar branco 9,675 kilogramas assucar de 99,5º polarisação = 9,626 assucar puro a 100º polarisação
Calculo % cana:
Em turbinado puro a 100º polarisação = 9,626 %
No bagaço ———————- = 0,400 %
Perdas:
{ Nas borras ———————- =
Indeterminadas ——----—- ? =
0,180 %
0,400 %
assucar total no melaço ——————— ? = 2,694 %
13,300
Com um melaço meio épuissée de 52% assucar total, corresponde a 5,180 kilogramas melaço % cana. O
melaço de cana contem na media 3% de infermenticiveis //
25 Fevereiro Ora, 2,694 assucar total no melaço, menos infermenticiveis 4% no melaço = 0,156 assucar
infermenticivel
Dará assucar fermentavel = 2,538 kilogramas assucar
Assucar fermentavel % melaço = 50,44 kilogramas
Calculando pelo processo de fermentação de Possehl de 62 litros alcool a 100º % assucar fermenticivel,
dará 1,573 litros alcool a 100º = Em alcool retificado em 40º Cartiere dará 1,58 litros alcool
Rendimento % melaço = 30,5 litros em 40º retificado
Como nos calculos atráz calculei os rendimentos de:
Em turbinado branco 9,500 % cana
Em alcool do melaço 1,5 litros “ está pois os calculos bem garantidos.
Medias de 8 annos (1921-1928) Torreão
Assucar % cana 13,3
Turbinado obtido 9,550 (74%)
Melaço 5 kilos % cana.
601
Alcool do melaço 1,54 litros % cana
Rendimento em alcool % melaço = 30,84 litros em 40º
Extração 97% do assucar da cana. //
26 Fevereiro Trabalho para a produção do maximo assucar e minimo de alcool: Cuites:
1º Cuites de 1er jet feitos na caldeira pequena (Melasse Cuite virgem) e na caldeira de 125 hectolitros com
xarope e égoûts ricos, e pobres do cuite pequeno acima, podendo rentrar um pouco de égoûts pobres do
mesmo cuite de 125 hectolitros. Dará estes cuites assucar branco de consumo, com a sulfitação e filtração do
xarope.
2º Os égoûts pobres restantes do cuite de 125 hectolitros, cosidos em 2º jet no cuite de 200 hectolitros
(cuites novo) com pé de cuite de égoûts ricos e xarope, e rentrada do xarope de refonte do tourteaux assucar
de 3º jet, como abaixo digo. Dará assucar bruto de 2º jet para refundir com jus ou agua em um xarope a 30º
Baumé, para ser sulfitado e filtrado junto com o xarope de fabricação. //
27 Fevereiro 3º Os égoûts totaes do cuite de 200 hectolitros será cosido na caldeira de 100 hectolitros com pé de
cuite d’égoûts ricos ou xarope de tourteaux, em grão fino, e passado aos malaxeurs no vacuo, continuando ahi
a entrada dos égoûts do cuite de 200 hectolitros, e essa Melasse Cuite vai á malaxagem continua (cuites de
3em jet). Esta Melasse Cuite do ultimo malaxeur é metida nos Filtros-Presses (2) de Melasse Cuite. Produz
tourteaux assucar a refundir com jus, e melaço épuissé á Destilaria.
O xarope de tourtaux entra no Nº 2.
O rendimento em turbinado branco deve talvez ser de 78% do assucar extrahido (12,9), dando assim em
branco 10,062 kilogramas % cana.
Restará assucar total no melaço 2,200 kilogramas (?), que calculando um melaço com 50% assucar total
= 4,400 kilogramas melaço, com um rendimento em alcool de 1,24 litros em 40º pelo processo Possehl.
segue //
28 Fevereiro Qual o resultado:? (modificada a Lei)Por tonelada cana:
Custo da tonelada cana (6$60 por 30 kilogramas) – 220$00
Despezas fabrico assucar ——————— 75$00
“ “ alcool ——————— 13$00
308$00
12,4 litros alcool a 8$00 por litro em 40º – 99$00
Custo de 100,620 kilogramas assucar branco 208$80
Custo por kilo assucar = 2$076
Com meio épuissement de melaço custa = 1$95 por kilo assucar
Custa pois o assucar mais 126 reis por kilo do que com o meio épuissemente do Melaço
Temos porém que, cada tonelada dará menos 2,6 litros alcool, e em 20.000 toneladas cana será menos
52.000 litros. Esse deficite de alcool, sendo feito de melaço importado, dará um lucro de (4$63 por litro) =
240:760$00.
A perda no assucar é de 253:560$00
Diferença a favor do alcool melaço = 12:800$00
Vê-se pois não haver vantagem em fazer o épuissement do melaço, como dos calculos acima, porque
somente no alcool //
29 Fevereiro perde-se 12:800$00, e além disso teremos que refinar menos em assucar bruto importado 112
toneladas assucar branco = 140 toneladas bruto, que daria um lucro de 102:480$00.
Prejuizo total será pois de 115:280$00
100 kilogramas assucar a 3$40 por kilo 340$00
60 litros alcool em 40º a 8$00 480$00
Diferença favor alcool 140$00 ou seja 2$33 por litro alcool.
Com assucar a 3$60, a diferença é de 120$00 //
Fevereiro Calculos feitos com o meio épuissement do melaço, e fermentação Possehl.
Recapitulação Cana a 6$60 por 30 kilogramas:
Cana com 13,3% assucar, 97% extração, e rendimento em turbinado de 74% do assucar extrahido. Por
602
tonelada cana:
Custo da tonelada cana na Fabrica 220$00
Despezas fabrico assucar 70$00
Despezas fabrico alcool (processo Possehl) – 17$78
307$78
16 litros alcool em 40º a 8$00 por litro –
128$00
Custo de 95,460 kilogramas assucar turbinado 179$78
Custo por kilo = 1$88,5
% cana será:
Turbinado branco de 99,5º polarisação = 9,546 = 9,498 a 100º
No bagaço = 0,400 “
{
Perdas: Nas borras =
Indeterminadas ? = 0,400
0,180 “
“
Assucar total no melaço = 2,822 “
assucar % cana 13,300 “
Melaço 5,420 kilogramas com 52% assucar total. //
Fevereiro Notas Sobre 20.000 toneladas cana:
Assucar turbinado branco 1909 toneladas
Alcool do melaço 320.000 litros em 40º
Venda do assucar ao preço minimo de 3$400
Custo do assucar 1$885 + 150 reis comição = 2$035
Lucro bruto 1$365
Lucro bruto total cana 2.605:785$00
O processo Possehl, com o alcool a 8$00, custa 33 reis por kilo melaço da Laboração e importado, e 35
reis por kilo égoûts da refinação.
Lucro total seria assim de:
Lucro bruto em 20.000 toneladas cana =...............2.600 Contos
“ “ assucar bruto importado =................. 350 “
“ “ melaço “ =.............. 300 “
Lucro bruto total = .................................................3.250 “
Despezas totaes = .................................................1.250:000$00?
Daria um lucro liquido de 2.000 contos.? //
Fevereiro Notas Percentagem no rateio do alcool, para as trez Fabricas matricoladas:
Torreão ...........................................................69,6%
C.ª Nova ...........................................................6,1%
São Felipe ......................................................24,3%
100,0
Exemplo: Rateio de 600.000 litros
Torreão terá .............................................417.600 litros alcool
C.ª Nova “ ................................................36.600 “ “
São Felipe “ ............................................145.800 “ “
600.000 “ “
Rateio de 800.000 litros:
Torreão terá .............................................556.800 litros alcool
C.ª Nova “ ................................................48.800 “ “
São Felipe “ ............................................194.400 “ “
800.000 “ “
Em 28.500 toneladas cana:
Torreão, caberia ........................................19.836 toneladas cana
São Filipe “ ........................................6.955,5 “ “
603
C.ª Nova “ .......................................1.708,5 “ “
28.500,0 “ “ //
1 Março C.ª Nova para fezer um rateio maximo de 50.000 litros alcool, necessita somente de 677 toneladas cana, ou
seja um maximo de 708 toneladas?
Restará para dividir pelas outras fabricas 1000 toneladas cana.
Cabendo Torreão = 757 toneladas. Total = 20.593 toneladas
“ S. Filipe = 243 “ “ = 7.199 “
Total para assucar ———————————— 27.792 “
C.ª Nova trabalhará somente 20 dias. Assucar provavel
Torreão ————————— 1.910 toneladas assucar branco
São Filipe —- ? ————- 504 “ “ “
Total ——————————- 2.414 “ “ “
Sendo o consumo annual de 3000 toneladas? faltará 586 toneladas assucar branco, que corresponde
aproximado a 740 toneladas assucar bruto de 96º polarisação
Cabe a Torreão = 555 toneladas bruto
“ a S. Filipe = 185 “ “ //
2 Março Descripção da instalação:
A Caldeira de vacuo <70 hectolitros> de cristalisação égoûts
B Condensador e columna barometrica
C Separador
D Malaxeur no vacuo <de 100 hectolitros> para continuação do cuite da Caldeira A, e stock de Melasse
Cuite para os malaxeurs E
E 5 malaxeurs habertos de 100 hectolitros cada um, de passagem continua, para a malaxagem da Melasse
Cuite de D
F Bomba Burton dupla <de 3”> para bombar a Melasse Cuite aos Filtros-Presses G
G 2 filtros-presses (F.P.) de 100 metros quadrados Dhen para separação do tourteaux assucar e do melaço.
H Sahida do melaço para Destillar
I Diluidor do tourteaux assucar com jus ou agua <de 50 hectolitros> para a formação do xarope de
tourteaux a 35º Baumé
J Bomba de tirar o xarope de tourteaux aos tanques dos cuites de 2º jet por
K Tubo de xarope tourteaux á fabrica
L Tremis para receber o tourteaux que sai dos Filtros-Presses para o mexidor I //
3 Março
604
Nota: A caldeira de vacuo A pode ser a actual Nº 4 de 120 hectolitros, e assim suprimir esta montagem
2/3 da caldeira = 80 hectolitros a passar a D.
Torreão tem 7 malaxeurs
Futura (?) instalação de filtração da Melasse Cuite de 3º jet do Cassequel?
Vêr descripção e calculos folhas 17 Janeiro e seguintes //
4 Março Calculo sobre uma colheita de 120.000 toneladas cana Cassequel Pela filtração da Melasse Cuite de 3º jet (Vêr
Janeiro 16 a 18) Productos:
Assucar branco de 99,5º polarisação = 9.410 toneladas assucar turbinado
“ bruto de 90º polarisação = 2.895 “ “ “
Total assucar ———— = 12.305 “ “ “
(Vêr Janeiro 14 e 15)
Calculos do resultado Agricula-industrial:
Custo de 120.000 toneladas cana a 45$00 tonelada = .....5.400 Contos
Despezas fabrico a 30$00 por tonelada = .....3.600 “
Custo total = .....9.000 “
a 100$00 por £ = £ 90.000
9410 toneladas assucar branco a £ 18 por tonelada =........£ 169.380
Dezembro 21
605
Calculo como feito a 16 Janeiro (filtração Melasse Cuite) % cana:
Assucar branco de 99,5º polarisação = 7,842 kilogramas = 7,800 kilogramas assucar a 100º polarisação
“ bruto de 90º polarisação = 2,413 = 2,170 “ “
Turbinado – Total = 10,255 = 9,970 “ “
No bagaço = 0,635
Perdas:
{ Nas borras =
Indeterminados =
}
0,200
0,500
= 1,335
606
Custo da tonelada cana 243$50
Despezas de moagem e fabrico alcool (Possehl) 98$50
Custo de 78 litros alcool 342$00
Custo por litro = 4$40
Preço de venda Alfandega 7$00 = Lucro 2$60
Lucro total por tonelada cana = 200$00
Em 1700 toneladas cana, será = 340:000$00
Lucro bruto no assucar = 1.852:000$00
Lucro bruto total em 21.710 toneladas cana 2.192:000$00
Despezas Geraes ?? ———— 1.192:000$00
Lucro liquido 1.000:000$00
1700 toneladas cana para alcool = 35 dias de destillação. //
11 Março No Torreão pode fermentar por dia 50 toneladas cana, e assim as 1700 toneladas será um trabalho de 35 dias.
Qual será o resultado para São Filipe?
Rendimento em assucar maximo 7,7 kilogramas % em branco
“ em alcool ———- 1,25 litros em 40º
Calculos: Por tonelada cana:
Custo tonelada cana 243$50
Despezas fabrico assucar (?) 55$00
“ “ alcool (?) 12$00
311$00
12,5 litros alcool a 7$00 ——- 87$50
Custo de 77 kilogramas assucar = 223$50
Custo por kilo = 2$90
Não dá comição?
Vendendo ao preço minimo de 3$40, dá lucro bruto por tonelada cana = 38$50?!!
Moendo 7000 toneladas para assucar = 269:500$00?!!
Em alcool terá 87.500 litros. Para fazer 140.000 litros falta-lhe 52.500 litros alcool = 875 toneladas
cana? //
12 Março Torreão
Para fazer o alcool somente de cana, os 450.000 litros será 6000 toneladas cana, e dará um lucro bruto de
1.140:000$00
120 dias de moenda!!
C.ª Nova, trabalho somente para o seu rateio: (?)
Fazendo no maximo 50.000 litros alcool.
Necessita em cana 667 toneladas
Será 20 dias de moenda
Lucro bruto = 125:000$00
Total em cana necessaria?
Torreão assucar e alcool = 21.710 toneladas
São Filipe “ “ = 7.875 “
C.ª Nova alcool = 667 “
Total em cana = 30.252 “
Para 260.000 litros aguardente —- = 3.335 “
Total em cana do Sul? = 33.587 “
Total em alcool em 40º = 640.000 litros
Vêr calculo cana – pag 7 Janeiro. //
13 Março Fermentação pelo processo Possehl. 1929
O maximo de rendimento que temos obtido % assucar fermentavel, é de 58 litros alcool a 100º % assucar
(saccarose).
607
Com melaço de 50% assucar = 29 litros alcool a 100º
Pelo processo Possehl, como elles garantem 62 litros alcool a 100º % assucar (saccarose) fermentavel, o
rendimento a mais é de 4 litros alcool a 100º % assucar fermentavel.?
Calculando um melaço de cana com 55% saccarose total, e tendo este melaço 3% de infermenticiveis, dará
assucar fermentavel = 52%
% melaço:
Pelo nosso processo daria 30,16 litros alcool a 100º %
“ processo Possehl 32,24 litros alcool a 100º %
Rendimento a mais por Possehl 2,08 litros alcool a 100º % melaço = 2 litros alcool em 40º Cartiere
retificado. segue //
14 Março Contracto: Possehl.
Pelo contracto feito (?), quando o rendimento seja superior a 28 litros alcool a 100º do melaço, e com
melaço de 50% saccarose, o excedente será 25% para Possehl (pelo valor do alcool de venda)
Calculos:
Melaço a 50% assucar fermentavel, com o rendimento garantido (?) por Possehl de 62 litros alcool a 100º
% assucar fermentavel (assucar total 53%), daria 31 litros alcool a 100º % melaço.
Rendimento assim seria superior a 3 litros alcool a 100º % melaço.
O nosso rendimento por este calculo (28 litros alcool a 100º com melaço de 50% saccarose), o
rendimento é de 56 litros alcool a 100º % saccarose fermentavel. Possehl mais 6 litros % assucar? Com
alcool a 7$00, os 3 litros = 21$00: 25% = 5$25 % melaço, para Possehl. Restará para Torreão 15$75 %
melaço. //
15 Março Calculo sobre 1000 toneladas melaço Melaço a 50% saccarose
Pelo nosso processo daria 280.000 litros alcool
Pelo processo Possehl daria 310.000 “
Diferença a mais Possehl 30.000 “
30.000 litros a 7$00 = 210:000$00
25% para Possehl = 52:500$00
Para Torreão = 157:500$00
Com alcool a 7$00 por litro:
Os 52:500$00 de bonos[sic] a Possehl, sobre os 310.000 litros, será de 170 reis aproximadamente por litro
alcool produzido.
Com alcool a 7$00:N’uma produção de 450.000 litros, seria:
Possehl ——————- 76:195$00
Nosso rendimento a mais (43.540 litros) 228:585$00
304:780$00
O rendimento a mais é quasi 11% sobre o rendimento antigo.
Para este rendimento constante, Possehl deve garantir sempre o mesmo typo de fermento, e sempre puro
e em bom estado. Não sou de opinião de pagar de uma sô vez durante uns annos. //
16 Março Calculo ficticio... para fabrico assucar Madeira. Com a Nova Lei para 1929
Por tonelada cana
Custo da cana a 7$30 por 30 kilogramas —- = 243$50
Despezas fabrico assucar = 100$00
“ “ alcool (1$50) = 18$00
361$50
12 litros alcool em 40º a 7$00 por litro = 84$00
Custo de 86 kilogramas assucar ———- 277$50
Custo do kilo assucar = 3$227
Não incluindo comição de venda
Em Fevereiro de 1929, importando assucar alemão, custa cif. Funchal e despachado etc. a 3$20 por kilo!
Com a cana a 6$60 por 30 kilogramas, e alcool a 8$00 por litro.?
608
Custo do assucar seria = 2$814
O lucro assim seria, com o assucar a 3$20, de 386 reis por kilo, ou 33$196 por tonelada cana.
Em 20.000 toneladas, daria = 663.920$00 //
17 Março Analyse dos égoûts do Torreão: 1 a 2 de maio 1928Para rentrar nos cuites: Égoûts ricos (Lavagem assucar
turbinado):
Densidade ..............................................1,368 = 39º Baumé
Brix poid ................................................77,05
Saccharose .............................................50,17
Glucose ..................................................11,00
Pureza .....................................................65,11
Coefficiente glucosico ...........................21,92
Égoûts pobres para cuite 2º jet:
Densidade ..............................................1,423 = 43º Baumé
Brix ........................................................86,20
Saccharose .............................................47,12
Glucose ..................................................14,86
Pureza ....................................................54,66
Coefficiente glucosico ...........................31,53
Estes égoûts cosidos em 2º jet, com pé de cuite feito com égoûts ricos ou xarope virgem.
Analyse: = segue //
18 Março Melasse Cuite de 2º jet:
Densidade ..............................................1,500 = 48,2º Baumé
Brix ........................................................97,75
Saccharose .............................................57,16
Glucose ..................................................14,10
Pureza ....................................................58,37
Coeficiente glucosico ............................24,66
Égoûts pobres e ricos da turbinagem do 2º jet:
Densidade ..............................................1,440 = 44º Baumé
Brix ........................................................90,10
Saccharose directa .................................37,09
“ Clerget ..................................39,60
Pureza “ ...................................43,95 Directa 41,16
Glucose ..................................................16,66
Coeficiente glucosico ............................44,91
Pureza do Directa, baixou 17,21º entre a Melasse Cuite e égoûts
Estes egouts cosidos em 3º jet e passada a Melasse Cuite dos Filtros-Presses, deve dár um melaço com
uma pureza directa de 35º = 32% saccarose directa e 20% glucose. //
19 Março Fabricação de melado de cana, a 38º Baumé para consumo directo:
Com a garapa normal e imbibição do bagaço a 20% cana:
Extração (?) = 92%
Cana com 78 litros garapa á media de 10º Baumé
Extração = 78 x 92 = 71,76 litros garapa normal % + 20 litros agua imbibição =
100
91,76 á media de 8º Baumé = 1,058 densidade.
38º “ = 1,356 “
Os 91,76 litros de jus total a 8º Baumé, deve dár em jus claro defecado 87 litros a 8º Baumé
Em melado a 38º Baumé dará:
x = 87 x (1,058 – 1) = 14 litros melado a 38º Baumé ou seja = 19
1,356 – 1 14 litros = 3,88 gallões
609
kilogramas de melado, por 100 kilogramas cana.
Com cana a 7$30 por 30 kilogramas, deve sahir o melado a 2$30 por litro = 8$30 por gallão
Nota: Cada 30 kilogramas cana dará = 4,2 litros de melado. //
20 Março Calculos para elevação de um jus a xarope, e agua evaporada:
Ex: Jus a 10º Baumé, para xarope a 30º Baumé ?
10º Baumé = 1,073 Densidade
30º “ = 1,257 “
Para 100 litros jus:
x = 100 x (1,073 – 1) = 28,4 litros xarope a 30º Baumé
1,257 – 1
Agua evaporada = 100 – 28,4 = 71,6 litros agua.
Este calculo pela densidade serve para todas as densidades a elevar. Querendo reduzir a kilogramas,
multiplica-se os litros obtidos pela densidade maxima.
Ex: 28,4 litros x 1,257 = 35,699 kilogramas xarope a 30º Baumé
Para diluição:
28,4 litros xarope a 30º Baumé para diluir a 10º Baumé:
x = 28,4 x (1,257 – 1,073) = 71,58 litros agua a juntar
1,073 – 1 //
21 Março Jus de cana ou outro: Comparação dos graus Brix, Baumé e Densidade
a 17,5º Centigrados temperatura
Brix Baumé Densidade Brix Baumé Densidade
0,5 0,3 1.002 10,5 5,9 1.042
22 Março Xaropes ou outros: Comparação dos graus Brix, Baumé e Densidade a 17,5º Centigrados temperatura
Brix Baumé Densidade Brix Baumé Densidade
36,0 20,1 1.159 46,0 25,6 1.211
36,5 20,4 1.162 46,5 25,8 1.214
37,0 20,7 1.164 47,0 26,1 1.216
37,5 21,0 1.167 47,0 26,4 1.219
38,0 21,2 1.169 48,5 26,6 1.222
38,5 21,5 1.172 48,0 26,9 1.225
610
39,0 21,8 1.174 49,5 27,2 1.227
39,5 22,05 1.177 49,0 27,4 1.230
40,0 22,3 1.179 50,5 27,7 1.233
40,5 22,6 1.182 50,0 28,0 1.236
41,0 22,9 1.185 51,5 28,2 1.238
41,5 23,1 1.187 51,0 28,5 1.241
42,0 23,4 1.190 52,5 28,8 1.244
42,5 23,7 1.192 52,0 29,0 1.247
43,0 23,95 1.195 53,5 29,3 1.249
43,5 24,2 1.198 53,0 29,6 1.252
44,0 24,5 1.200 54,5 29,8 1.255
44,5 24,8 1.203 54,0 30,1 1.258
45,0 25,0 1.206 55,5 30,4 1.261
45,5 25,3 1.208 55,0 30,6 1.264 //
23 Março Transporte
Brix Baumé Densidade Brix Baumé Densidade
56,0 30,9 1.267 67,5 36,85 1.335
24 Março Xarope de tourteaux assucar Filtração da Melasse Cuite 3º jet Calculos de diluição do tourteaux:
Calculo da densidade do xarope de refonte obtido pela dissolução dos tourteaux assucar de Filtro-Presse
no jus.
606
Ex: 1500 kilogramas tourteaux a 1,544 Densidade que se desfáz em 1100 litros de jus a 1,058 Densidade,
qual é a densidade x da mestura? x = 1500 + 1100 x 1,058 = 1,113 Densidade = 15º Baumé
1500 + 1,500
1,544
606 A restante informação desta página (24 Março) foi rasurada e sobre o seu conjunto escreveu Higino Ferraz, na diagonal e com letras maiores que o usual:
«Não está certo».
611
Dará um volume total de:
x = 1500 = 971 litros tourteaux de 1,544 Densidade
1,544
971 + 1100 = 2.071 litros solução a 15º Baumé
Para ficar em 30º Baumé x = 15 x 1100 = 550 litros jus.
Daria 1520 litros de xarope a 30º Baumé. //
25 Março Problema atraz:
Sendo dado um volume V de liquido de densidade D ao qual se junta um volume V’ de liquido ou jus de
densidade D’, qual é a densidade x do producto resultante?
x = V x D + V’ x D’
V + V’
Ex: Temos 1500 kilos de tourteaux assucar a 1,544 de densidade que se derrete em 1500 litros de jus a
1,058 de densidade, qual será a densidade x da mestura?
1500 kilogramas = volume 974 litros
x = 974 x 1.544 + 1500 x 1,058 = 1,249 Densidade ou 29,3º Baumé
974 + 1500
ou x = 1500 + 1500 x 1,058 = x 1,280 ?
974 + 1500
Vê-se que o calculo de cima deve ser o mais exacto? //
26 Março Base pelo Brix poid:
Problema: Sendo dado um pezo T de tourteaux assucar tendo B Brix % gramas e de pureza P, qual o
volume x em hectolitros de jus a Brix b % gramas pureza p. e densidade d. é necessario juntar para têr uma
solução tendo B’ brix? Qual é a pureza y. da mestura?
Põe-se t = peso do jus contado a b Brix.
y=TxP+txp
T+t
t = 100 x x x d x b.
B
Ex: Temos 1500 kilogramas de tourteaux a 98,55 Brix e 73,9 de pureza, que volume x em hectolitros de
jus a 14º Brix % gramas, pureza 85 e densidade 1,058, é necessario juntar para ter uma solução tendo 55 Brix?
Qual é a pueza[sic] y da mestura?
55 Brix = 30,4º Baumé. //
27 Março x= 1500 x (98,55 – 55) = 15 hectolitros
100 x 1,058 x (55 – 14)
t = 15 x 1,058 x 10 x 14 = 225 kilos jus
98,55
y. = 1500 x 73,9 + 225 x 85 = 75,9 pureza
1500 + 225
É necessario pois para 1500 kilogramas tourteaux 15 hectolitros de jus, que dará uma mestura tendo 75,9
pureza.
Vê-se pois que cada kilograma de tourteaux leva um litro de jus, para 30º Baumé
Cada Filtro-Presse de 100 metros quadrados de superfice filtrante, dá 1500 kilogramas tourteaux assucar
Composição media:
Brix ..................................................98,55 = 1,544 Densidade
Saccharose ........................................72,93
Pureza ...............................................73,90
Glucose ............................................16,10
Torreão em 1922 //
28 Março Calculo para Cassequel 1929-1930
Calculando cana com 78 litros de garapa % e 12,7% assucar na cana. Pureza garapa 85º
612
Imbibição maxima 25% cana.
Extração 95% do assucar da cana
Calculos:
Garapa normal extrahida = 74 litros %
Imbibição = 25 “ “
Total em jus 99 “ “
Media do jus 7,5º Baumé = 1,054 Densidade
Assucar extrahido = 12,06%
Dará jus total com 12,18% assucar, com 82º de pureza?
99 litros jus total a 1,054 Densidade = 104,34 kilogramas % cana
Borras % cana = 3,00
Em jus claro = 101,34% cana
Corresponde a 96 litros jus defecado e filtrado % cana, com 12,47% assucar e 85º de pureza ?
Densidade = 1,053 ou 7,4º Baumé //
29 Março Calculos sobre 800 toneladas cana:
Jus brutal total obtido = 7920 hectolitros
Jus defecado e filtrado = 7680 hectolitros a 1,053 Densidade, e 12,47% assucar
Borras defecadas[?] (tourteaux Filtros-Presses) = 24.000 kilogramas com 6,666% assucar
Evaporação do jus:
7680 hectolitros de jus a 1,053 Densidade (7,4º Baumé), dará em xarope a 30º Baumé: = 1,257 Densidade:
x 7680 x (1,053) = 1585 hectolitros xarope.
1,257 – 1
Agua evaporada = 6.095 hectolitros = 254 hectolitros por hora
Cuites 1er jet (Melasse Cuite Virgem):
95 Brix = Melasse Cuite a 1,520 Densidade = Brix 95º
Dará em Melasse Cuite:
x = 1585 x (1,257 – 1) = 783 hectolitros Melasse Cuite = 119.000 kilogramas de
1,520 – 1
Melasse Cuite (152 kilogramas por hectolitro Melasse Cuite)
Esta Melasse Cuite deve dár um rendimento em turbinado 607 //
30 Março608 branco de 45 kilogramas assucar por 100 kilogramas de Melasse Cuite = 70 kilogramas assucar branco por
100 litros Melasse Cuite
Os 119.000 kilogramas de Melasse Cuite dará 53.550 kilogramas assucar
Restará em égoûts 65.450 “
119.000
Melasse Cuite cuite virgem deve conter 80,4 % assucar, e assim os 119.000 kilogramas
Melasses Cuites devem contêr 95.700 kilogramas assucar puro.
Turbinado em branco 53.550 “ “ “
Resta nos égoûts 42.150 “ “ “
Dará pois égoûts com 45% assucar
Turbinado de 2º jet
Como 41.650 kilogramas égoûts contem 18.740 kilogramas assucar, corresponde a 30.000 litros égoûts
diluidos a 1,380 Densidade = 40,4 Baumé
Dará em Melasse Cuite de 2º jet:
x = 300 x (1,380 – 1) = 228 hectolitros Melasse Cuite 2º jet
1.500 – 1
Esta Melasse Cuite = 34200 kilogramas Melasse Cuite com 54,7% assucar
613
Esta Melasse Cuite deve dár um rendimento de 30% ? em assucar bruto de 92º polarisação = 10.260
kilogramas assucar de 92º polarisação = 9.439 kilogramas assucar puro a 100º polarisação
Vêr adiante 4 abril calculo exacto. //
609
31 Março Rendimento total será: Theorico:
Assucar branco de 99,5º polarisação = 77.350 kilogramas assucar
“ branco de 92º “ = 10.260 “ “
Total = 87.610 “ “
Será assucar 88% branco e 12% bruto ??
Rendimento % cana seria assucar 10,95, correspondente a 10,78 assucar puro a 100º polarisação
% cana será:
Assucar turbinado puro a 100º polarisação = ? 10,78
No bagaço = 0,64
Perdas {
Nas borras = 0,20
Indeterminadas? = 0,50
Assucar no melaço - ? = 0,58 ?
assucar % cana = 12,70
Nota: Estes calculos são theoricos, não contando a inverção da saccarose em glucose durante o fabrico do
assucar, não sô pela sulfitação como pela temperaturas [sic] elevadas etc.
Temos além d’isso os pés de cuites e rentradas.
Total Melasse Cuite 1er e 2º jet = 1011 hectolitros Melasse Cuite
Vêr calculo pratico 7 de março, e
16 Janeiro
Cassequel (Fabrica Nova) está tirando em Fevereiro 1929 = 43% branco e 57% bruto??
Pelo calculo de 7 março daria 76,4% branco e 23,6% bruto? //
Março Recapitulação
Segundo uma carta de Henrique Tristão610 a Avelino611, Cassequel em Fevereiro de 1929, está
produzindo por semana (6 1/2 dias) 140 toneladas assucar total, o que dá um rendimento (segundo elles do
Cassequel) 5% em assucar turbinado, sendo 60 branco e 80 bruto = 43% e 57%.
Calculos:
Ora, 140 toneladas assucar por semana de 6 1/2 dias = 21.538 kilogramas assucar por dia.
Corresponde cana: x = 21.538 x 100 = 430.700 kilogramas cana por dia
5
Qual será o assucar % cana? Calculo provavel (?):
Assucar extrahido em turbinado 5 kilogramas, sendo
em branco e 2,850 kilogramas em bruto. 2,150 kilogramas
2,150 kilogramas a 99,5º polarisação = 2,319 kilogramas a 100º
2,850 kilogramas a 92º polarisação ? = 2,622 kilogramas a 100º = 4,761 kilogramas %
Perda no bagaço ? calcular 1,300 %
“ borras e indeterminados?? 0,700 %
3 kilogramas melaço (?) a 50% assucar total 1,500 %
assucar 5 cana ? 8,261 % ??! //
Março Notas A extração, por estes calculos, foi de 84,26% do assucar da cana, = 6,960 assucar extrahido % cana?
O rendimento em turbinado foi pois de 71,84% do assucar extrahido.?
Se estes calculos assim são aproximadamente certos, vê-se que, além da cana conter uma precentagem
muito baixa em assucar, a sua pureza deve ser tambem bastante baixa, e deveria dár bastantes dificuldades no
fabrico.
Se este trabalho fosse feito na fabrica velha, com a extração de 81% do assucar da cana, daria somente
609 Até ao numeral «12,70», a informação desta página foi rasurada e sobre a mesma escreveu-se, com letras dispostas na diagonal: «Ver dia 4, 5, 6 e 7
abril».
610 Henrique Tristão Bettencourt Câmara.
611 Avelino Cabral.
614
em turbinado 4,800 kilogramas assucar turbinado branco e bruto, ou mesmo somente 4,5%. //
Março Notas Riqueza saccharina e alcoólica do mosto de uvas (assucar uva ou glucose) Pelo mustimetro
(Densidade)
Densidade Baumé Gramas Riqueza Densidade Baumé assucar alcool %
mustimetro assucar litro alcool
1,050 6,9 0,103 kilos 6,0 1,070 9,4 0,156 9,2
1,051 7,0 0,106 6,2 1,071 9,5 0,159 9,3
“
1,053 7,2 0,111 6,5 1,073 9,8 0,164 9,6
1,054 7,4 0,114 6,7 1,074 9,9 0,167 9,8
= 10º = 10%
1,055 7,5 0,116 6,8 1,075 10,0 0,170 10,0
1,056 7,6 0,119 7,0 1,076 10,2 0,172 10,1
1,057 7,8 0,122 7,2 1,077 10,3 0,175 10,3
1,058 7,9 0,124 7,3 1,078 10,4 0,178 10,5
1,059 8,0 0,127 7,5 1,079 10,5 0,180 10,6
“
1,060 8,1 0,130 7,6 1,080 10,7 0,183 10,8
1,061 8,3 0,132 7,8 1,081 10,8 0,186 10,9
“
1,062 8,4 0,135 7,9 1,082 10,9 0,188 11,0
1,063 8,5 0,138 8,1 1,083 11,0 0,191 11,2
1,064 8,6 0,140 8,2 1,084 11,1 0,194 11,4
media
1,065 8,8 0,143 8,4 1,085 11,3 0,196 11,5
1,066 8,9 0,146 8,6 1,086 11,4 0,199 11,7
1,067 9,0 0,148 8,7 1,087 11,5 0,202 11,9
“
1,068 9,2 0,151 8,9 1,088 11,6 0,204 12,0
1,069 9,3 0,154 9,0 1,089 11,7 0,207 12,2 //
1 Abril Riqueza saccharina e alcoolica do mosto uvas Pela junção de assucar cana: Pelo mustimetro
Densi- Baumé assucar alcool% Densidade Baumé assucar % litros
dade a juntar
1,090 11,9 0,210 12,3 1,090 11,9 0,001.8
612
0,180 kilos 0,1º
1,091 12,0 0,212 12,5 1,091 12,0 0,054 0,540 0,3º
1,092 12,1 0,215 12,6 1,092 12,1 0,072 0,720 0,4º
1,093 12,3 0,218 12,8 1,093 12,3 0,108 1,080 0,6º
1,094 12,4 0,220 12,9 1,094 12,4 0,126 1,260 0,7º
1,095 12,5 0,223 13,1 1,095 12,5 0,162 1,620 0,9º
1,096 12,6 0,226 13,3 1,096 12,6 0,0198 1,980 1,1º
1,097 12,7 0,228 13,4 1,097 12,7 0,0216 2,160 1,2º
1,098 12,9 0,231 13,6 1,09 12,9 0,252 2,520 1,4º
1,099 13,0 0,234 13,8 1,099 13,0 0,0288 kilos 2,880 1,6º
1,100 13,1 0,236 13,9 1,100 13,1 0,0306 3,060 1,7º
1,101 13,2 0,239 14,0 1,101 13,2 0,0324 3,240 1,8º
1,102 13,3 0,242 14,2 1,102 13,3 0,036 3,600 2º
1,103 13,5 0,244 14,3 1,103 13,5 0,0378 3,780 2,1º
1,104 13,6 0,247 14,5 1,104 13,6 0,0414 4,140 2,3º
1,105 13,7 0,250 14,6 1,105 13,7 0,0432 4,320 2,4º
1,106 13,8 0,252 14,7 1,106 13,8 0,045 4,500 2,5º
1,107 13,9 0,255 14,8 1,107 13,9 0,0468 4,680 2,6º
1,108 14,0 0,258 14,9 1,108 14,0 0,0486 4,860 2,7º
1,109 14,2 0,260 15,0 1,109 14,2 0,0504 5,040 2,8º
615
Calculo de 1,800 kilogramas assucar cana % litros para 1º alcool % //
2 Abril Calculos (vinhos):
Para um vinho ou mosto uvas que tenha 10º Baumé, para dár um vinho de 15% alcool, devemos juntar em
cada 100 litros mosto 9 kilogramas assucar de cana.
Em 450 litros mosto (pipa), devemos juntar 40,500 kilogramas assucar cana, e dará um total de 474 litros
mosto a fermentar.
Este mosto fermentado dará em vinho claro 436 litros vinho a 15º.
Este vinho (uvas) tem direito a 44 litros alcool em 40º Cartiere = 41,8 litros a 100º
Mesturando este alcool (44 litros) no vinho claro, dará um total de 480 litros theoricos, ficando o vinho
com 22º alcool.
Juntando ao vinho 50 litros xarope assucar invertido, dará theoricos 530 litros, ficando o vinho com 20%
alcool, e 85 gramas assucar por litro vinho.
Vêr 12 abril (custo). //
3 Abril Custo provavel dos apparelhos para a filtração da Melasse Cuite de 3º jet para Fabrica Nova do Cassequel:
1929
Malaxeur no vacuo de 100 hectolitros, 7 malaxeurs habertos
de 100 hectolitros cada um tudo completo £ 2.000
2 filtros-prensa Dhen de 100 metros quadrados de filtração
cada um completamente novos £ 1.900
Um mexidor de tourteaux assucar £ 50
Custo total no Torreão £ 3.950
Frete e despezas até Cassequel £ 1.050
Predio e montagem completa £ 2.100
Custo total instalação £ 7.100
Custo fob. Funchal dos dois Filtros-Presses Dhen. £ 1.728 sem lucro algum.
Direitos etc. £ 172 ?
Total £ 1.900 //
4 Abril Calculo exacto do rendimento da Melasse Cuite para Cassequel: Sobre 800 toneladas cana:
Vêr 29 março
119.000 kilogramas de Melasse Cuite = 783 hectolitros, que produzirá o jus de 800 toneladas cana.
Esta Melasse Cuite deve dár um rendimento de 70 kilogramas assucar branco lavado por hectolitro de
Melasse Cuite = 45,5 kilogramas por 100 kilos de Melasse Cuite
Os 119.000 kilogramas de Melasse Cuite a 45,5 kilogramas assucar turbinado branco por 100 kilogramas,
dará total 54.145 kilogramas assucar
A Melasse Cuite virgem deve conter 80,4% assucar, e assim os
119.000 kilogramas Melasse Cuite contem = 95.700 kilogramas assucar
Turbinado em 1er jet branco = 54.145 kilogramas “
Restará em égoûts 41.555 kilogramas “
Turbinado do 2º jet:
Dos 119.000 kilogramas Melasse Cuite 1er jet, tirando o turbinado branco 54000 kilogramas assucar,
resta em égoûts 65.000 kilogramas contendo 41.550 kilogramas assucar, //
5 Abril contendo estes égoûts 63,9% assucar
Estes égoûts, sendo calculados em égoûts normaes a 1,350 Densidade = 38º Baumé dará 500 hectolitros
égoûts a 1,350 Densidade
Em Melasse Cuite de 2º jet a 1,500 Densidade dará
x = 500 x (1,350 – 1) = 350 hectolitros de Melasse Cuite = 52.500 kilogramas
1,500 – 1
Melasse Cuite de 2º jet, contendo 79% assucar
Esta Melasse Cuite de 2º jet deve dár um rendimento em turbinado branco de 50% assucar, e assim os 350
hectolitros dará 17,500 kilogramas assucar de 99º polarisação = 17,325 kilogramas assucar puro a 100º
616
polarisação
Turbinagem ou filtragem do 3º jet.
Deve restar em assucar para o 3º jet = 23.350 kilogramas assucar puro a 100º polarisação, contados em
47.500 kilogramas égoûts com 49% assucar
Esta Melasse Cuite turbinada, ou filtrada, deve dár um rendimento em turbinado bruto de 90º polarisação
20% dos égoûts = 9.500 kilogramas assucar de 90º polarisação
Restará no melaço 14.800 kilogramas assucar ? //
6 Abril Rendimento total das 800 toneladas cana: Theorico. Não filtrando a Melasse Cuite de 3º jet.
Em assucar branco 1er jet de 99,5º polarisação = 54.145 kilogramas
“ “ “ 2º “ de 99º “ = 17.500 “
“ “ bruto 3º “ de 90º “ = 9.500 “
Total turbinado 81.145 “
Em melaço de 50% assucar total = 29.600 kilogramas
Rendimento em assucar % cana = 10,140 kilogramas assucar
Sendo o trabalho feito pela filtração da Melasse Cuite de 3º jet, cujo xarope tourteaux rentra nos cuites de
2º jet, dará em assucar de 2º jet = 27.000 kilogramas com 95º polarisação
Polarisação media do assucar =
54.145 kilogramas assucar
de 99,5º polarisação = 53.874 kilogramas assucar a 100
27.000 kilogramas assucar
de 95º polarisação = 25.650 “ “ “
Total assucar puro 79.524 “ “ “
Polarisação media = 98º //
7 Abril Calculo % cana: Filtração da Melasse Cuite de 3º jet.
10,140 kilogramas a 98º polarisação media = 9,937 assucar %
No bagaço = 0,640 “
Perdas
{ Nas borras
Indeterminadas =
=
=
0,200
0,073
“
“ ?!!
assucar no melaço = 1,850 “
assucar % cana = 12,700
Melaço % cana = 3,700 kilogramas ??
3 kilogramas melaço % cana = 1.500 assucar
Vê-se por este calculo que em melaço com o trabalho assim execotado, não deve dár mais de 3 kilogramas
% cana, e assim as perdas indeterminadas serão de 0,423% cana, o que é talvez mais racional.
Com este trabalho dará:
66,6% em assucar branco de 99,5 polarisação
33,4% “ “ bruto de 95 “
Calculando porém os pés de cuite = //
8 Abril feitos com o xarope normal para os cuites de 2º jet, devemos calcular o rendimento em turbinado seguinte:
Em assucar de 99,5º polarisação = 65% = 52.744 kilogramas
“ “ de 95º “ = 35% = 28.401 “
Total assucar das 800 toneladas cana = 81.145 “
52.744 kilogramas a 99,5º polarisação = 52.480 kilogramas a 100º polarisação
28.401 kilogramas a 95º “ = 26.980 “ “
Total assucar puro 79.460 “
Polarisação media = 97,9º
Melasse Cuite dará aproximado:
1er jet = 77.000 kilogramas ou 506 hectolitros?
2º jet = 45.000 “ ou 300 “ ?
Melaço de 50% assucar total = 24.000 kilogramas
617
Em 100.000 toneladas cana dá 3000 toneladas de melaço de 50% assucar
Evitar, pelas desinfeções pelo formol, a formação do leuconostoc mesenteroide (frai de grenouille) //
9 Abril Por % cana:
10,140 kilogramas a 97,9º polarisação = 9,927 assucar a 100º polarisação
No bagaço = 0,640 “ “
Perdas
{ Nas borras
Indeterminadas
= 0,200
= 0,433
“
“
“
“
Assucar total no melaço = 1,500 “ “
Assucar % cana = 12,700 “ “
Melaço a 50% assucar total = 3 kilogramas % cana. Sem filtração da Melasse Cuite de 3º jet daria
aproximado: % cana:
9,650 kilogramas assucar a 98º polarisação = 9,457 assucar a 100º polarisação
No bagaço = 0,640 “ “
Perdas:
{ Nas borras
Indeterminadas
=
=
0,200
0,500
“
“
“
“
assucar no melaço = 1,903 “ “
assucar % cana = 12,700 “ “
Melaço a 52% assucar total = 3,650 kilogramas % cana Sobre 800 toneladas cana:
1er jet = 64% assucar de 99,5º polarisação = 49.408 kilogramas
2º “ = 23% “ “ 98º polarisação = 17.756 “
3º “ = 13% “ “ 90º polarisação = 10.036 “
Total assucar ———- = 77.200 “ segue //
10 Abril Temos assim que, filtrando a Melasse Cuite de 3º jet, devemos obter mais 3.900 kilogramas assucar turbinado
nas 800 toneladas cana, que calculando uma colheita de 100 000 toneladas cana dará a mais 487 toneladas
assucar.
Calculando este assucar á media de £ 10 por tonelada = £ 4870
Custo dos apparelhos e montagem?
Custo (Torreão) do cuite malaxeur de 100 hectolitros no
vacuo, 7 malaxeurs habertos, dois Filtros-Presses e mexidor-
-preparador do xarope do tourteaux ————— £ 3.950
Frete e despezas até Lobito = £ 1.000
Predio e montagem ? £ 2.000
Custo total montagem £ 6.950
Que seja maximo £ 7.000
Vê-se que, por estes calculos, esta montagem ficará paga em 2 annos de Laboração no maximo. //
11 Abril Custo da destillação do alcool de melaço e preço de custo do alcool: % kilogramas. Melaço com 50% assucar
e rendimento minimo (Possehl) de 60 litros alcool % assucar
Custo de 100 kilogramas melaço a 150 reis 15$00
Despezas de fabrico (Possehl’s) a 885 reis litro 26$50
Custo 30 litros alcool a 96º 41$50
Custo por litro = 1$385
Lucro por litro = $115
Custo do alcool = 1$500
Calculavão o melaço do Cassequel a 50 reis por kilo. (Avelino613)
Cada tonelada melaço dará 300 litros alcool
“ “ “ dá lucro alcool = 34$50
Custo de 300 litros alcool = £ 4.10.0
100 litros custará = £ 1.13.1
618
Por litro = 4 pennys = £ 0.1.9,6. gallão 4,5 litros
3000 toneladas de melaço = 900.000 litros alcool
Valor do melaço a 150 reis kilo = 450 contos
Lucro no alcool —————— 103 ? “
Lucro total ————- 553 ? “ = £ 5535
Fica o melaço a 184 reis kilo
£ = 100$00
Ver 2 de Julho, alcool para exportação. //
12 Abril até Maio Notas [textos sobre vinho, publicados em volume separado]
1 Junho Caracteristicas de uma fabrica de assucar de beterraba de França. 4 Janeiro 1929 Sucrerie de Villeron (S.-et-
O.) Capacidade 500 toneladas beterraba 24 horas
Descarga da beterraba pelo systema hydraulico dos wágons Raimbert.
Beterraba elevada aos lavadores por uma roda de 7 metros de diametro.
1º Lavador de 7 metros x 1,30 metros e um segundo de 4 metros x 1,30 metros e um hydro-épailleur
Maguin.
Bateria de diffusão de 13 deffusores de 39,5 hectolitros e de 2,47 metros de altura com calorisadores de
10 metros quadrados surface de chauffe aquecidos pelo vapor do 1º corpo do Quadruple a 105º temperatura.
A diffusão é alimentada com agua a 30º ou 40º d’um tanque clocado a 13 metros do plancher da //
2 Junho bateria de diffusão. Esta agua é completada o seu aquecimento por um rechauffeur de 100 metros quadrados
que eleva a temperatura a 90-95º antes da meichage.
O jus de diffusão são tirados a 50-55º temperatura e alcalinisado imediatamente.
A perda na diffusão é de menos de 0,2% de assucar nas cossetes épuisées.
Carbonatação:
A apuração do jus é obtida por 3 carbonatações. Emprega-se no minimo 2 kilogramas de cal (exprimida
em CaO) por hectolitro de jus de deffusão para a primeira carbonatação, e 0,4 kilogramas para a segunda
carbonatação.
A 1º carbonatação é feita em duas caldeiras cylindricas de 250 hectolitros e de 10 metros de altura, e
com entrade[sic] e sahida do jus de 250 millimetros. Ella é seguida 614 //
3 Junho d’uma filtração em 4 Filtros-Presses de 40 plateaux de 1 metro.
A 2ª e 3ª carbonatação são feitas cada uma em uma caldeira de 250 hectolitros e 10 metros altura,
egues[sic] dos dois precedentes.
Depois da 2ª carbonatação é o jus filtrado em 4 Filtros-Presses de 20 plateaux de 0,65 metros, e depois da
3ª carbonatação uma filtração sobre trez feltros Philippe de 40 quadros.
O ponto de carbonatação é regulado respectivamente a 1 grama, 0,60 gramas, 0,20 gramas ou 0,25 gramas
por litro.
O jus feltrado passa em seguida n’um ebulidor de 50 metros quadrados, e depois em dois feltros Philippe
de 40 quadros.
O forno da cal tem a capacidade de 40 metros cubicos, e o leite de cal é a 20-22 Baumé preparado n’um
Mik. //
4 Junho Apparelhos de evaporação:
O apparelho de evaporação é composto d’um quadruple-effet precedido de um Pauly. As superfices de
aquecimento são as seguintes:
Pauly 100 metros quadrados
1º corpo 300 “
2º “ 250 “
3º “ 200 “
4º “ 200 “
Total 1050 metros quadrados
614 Observação no pé da página: «3 kilogramas cal % beterraba.».
619
Os xarope são sulfitados, e tambem os égoûts pobres do 1er jet por um forno Lacouture.
A sulfitação é seguida d’uma filtração em filtros Philippe de 30 quadros.
Cuites:
Para o 1er jet: um cuite de 300 hectolitros com serpentina e caixa tubular.
Tem dois malaxeurs de 180 hectolitros cada um. //
5 Junho Para o 2º jet: Um cuite de 200 hectolitros.
Tem trez malaxeurs de 140 hectolitros.
Para o 3º jet: Um cuite de 200 hectolitros
Tem quatro malaxeur de 250 hectolitros.
Turbinagem:
5 turbinas Watson hydraulicas de 1,05 metros diametro, sendo 3 para o 1er jet e 2º jet, e 2 para 3º jet. Produz
assucar branco extra do 1º jet; assucar branco Nº 3 em 2º jet, e assucar bruto em 3º jet.
Caldeiras de vapor:
2 caldeiras Stirling de 250 metros quadrados trabalhando a 16 kilogramas pressão.
3 caldeiras semi-tubulares a bouilleurs representando 540 metros quadrados, e trabalhando a 7 1/2
kilogramas.
A força mutris é dada por duas machinas Larbodiers de 300 Horse Power, comandando um dynamo cuja
corrente actiona os motores desperçados na fabrica.
Trabalho das Melasses Cuites
6 Junho O trabalho das Melasses Cuites é conduzido // da seguinte forma:
1º Um cuite de 1er jet dá assucar branco extra.
2º Um cuite de 2º jet dá assucar branco Nº 3 (escala franceza).
3º Um cuite de 3º jet dá assucar bruto.
O cuite de 1er jet (pureza 90) é feito com os xarope vigens[sic] e os égoûts ricos de 1º e 2º jet:
O cuite de 2º jet (pureza 84) é feito com um pé de cuite de xarope virgem, com os égoûts pobres de 1er jet
sulfitados e filtrados.
O cuite de 3º jet é feito sobre um pé de cuite de xarope virgem, com os égoûts pobres do 2º jet. É
malaxado durante 70 a 75 horas. Na turbinagem dá assucar bruto e melaço épuissée a 60 de pureza
aparente. //
7 Junho O assucar bruto de 3º jet é afinado (?) com os égoûts pobres de 2º jet, e rentrão por meio de bomba nos
malaxeurs de 2º jet; O todo é turbinado e dá o assucar branco Nº 3.
Com este modo de trabalho não ha refonte d’assucar, e suprime-se as rentradas d’egouts nos cuites, e com
ellas o retorno atraz de importantes quantidades de imporezas de não-assucar aquecidas muitas vezes, que
augmenta o volume das Melasses Cuites, e torna os cuites e turbinados muito dificeis e mais despendiosas.
Obtiverão durante a campanha de 1928-1929 = 7,2% em assucar extra % beterraba, e 6,3% em assucar
branco Nº 3 = 13,5% em assucar turbinado % beterraba (?!!)
Qual será o assucar % beterraba ? segue //
8 Junho Será 15,5% ? Pureza 92º ? Calculo por esta percentagem:
Assucar obtido branco = 13,50
Perda na diffusão = 0,20
“ nas borras = 0,10
“ indterminadas = ? 0,30
assucar no melaço – = 1,40
15,50
Com melaço de 50% assucar = 2,800 kilogramas %
A extração é assim de 98,7% do assucar contido na beterraba.
O rendimento em turbinado % do assucar extrahido foi de 88,2%.
Jus diffusão a 14 Brix = 1.057 ou 5,7 densidade = 8º Baumé //
9 Junho Fermentação Possehl’s Technica do trabalho.
1º O mosto fermento é feito a 9,5º Baumé, e deve ter uma acidez de 2,5 gramas em SO4H2 por litro. = 2,76
620
gramas acido sulfurico por litro.
Cada litro de mosto fermento leva 0,16 gramas de phosphato de amoniaco. Este phosphato não se deve
empregar nos mostos quando são para esterilisar, porque assim o amoniaco, que é volátil, evapora-se, e não
terá depois a ação sobre o fermento que se requer. Em materias azotadas.
Junta-se pois o phosphato de amoniaco na cuba de fermentação em pequenas doses, e assim deve ser
desolvido em agua.
Para as cubas mães de 1º fermento o mosto é esterelisado.
Para as 2as cubas mães (240 hectolitros) o mosto não é esterelisado, podendo levar o phosphato
d’amoniaco. //
10 Junho Para 6000 litros mosto (mexidor) Para esterilisar
Acido sulfurico ——————— 16 1/2 kilogramas
1ª cubas [sic] mães
Como as 1ª cubas mães são da capacidade util de 1600 litros, deve levar 250 gramas de phosphato de
amoniaco que se dissolve em agua e se vai juntando na cuba pouco a pouco durante o enchimento da cuba.
2ª cubas mães (240 hectolitros) Para 60 hectolitros
Acido sulfurico ——————— 16 1/2 kilogramas
Phosphato d’amoniaco —————- 1 kilograma
Mosto a 9,5º Baumé
Acido sulfurico em litros = 9 litros (1.840 Densidade)
Este mosto corre para as 2as cubas mães sem ser esterelisado, juntando-lhe depois o fermento das 1ª
cubas mães, deixando um pé em cada cuba, para continuar a alimentação com mosto. //
11 Junho N’estas condições, deve talvez ficar nas 1as cubas mãe 600 litros de fermento para pé, sendo tirado pois
somente 1000 litros.
É pois sobre estes 1000 litros que se junta o phosphato amoniaco, levando pois somente cada cuba 160
gramas.
Teremos pois que os mosto [sic] fermento a esterilisar é somente os 1os fermentos mães. (taxas).
O phosphato de amoniaco é empregado na dose de 16 gramas por hectolitro de mosto.
Apparelho Barbet Leva 160 gramas de phosphato amoniaco
A acidez deve ser de 2,5 gramas em SO4H2 por litro, dado pelo acido sulfurico, tive de arcenico. (?), o
que representa aproximado (com acido a 66º Baumé) a 2,7 gramas acido sulfurico por litro mosto. Para 60
hectolitros de mosto será 16,560 kilogramas acido sulfurico = 9 litros. //
12 Junho Comparação entre a acidez dada pelo acido sulfurico e o chlorydrico:
1 centimetro cubico de solução acido normal corresponde a:
0,0400 gramas NaOH (soda)
0,0561 gramas KOH (Potassa)
1 centimetro cubico de solução alcalina normal corresponde a:
0,049 gramas SO4H2 (acido sulfurico)
0,0365 gramas HCL ( “ chlorydrico)
0,060 gramas C2H4O2 ( “ acetico)
0,075 gramas acido tartarico
0,070 gramas “ citrico
Vê-se pois que a comparação entre o acido sulfurico e o chlorydrico é de:
0,0125 gramas mais pela acidez dáda pelo acido sulfurico em SO4H2 por litro.
A densidade dos dois acidos é a //
13 Junho seguinte: (acido normal comercial):
Acido sulfurico = 1.840 Densidade = 66º Baumé
“ chlorydrico = 1.200 Densidade = 24,5º Baumé
ao minimo = 1.186 Densidade = 23º Baumé
Vê-se o acido sulfurico é 0,343% mais forte que o acido chlorydrico.
Se empregamos, por exemplo, 24 litros acido chlorydrico = 28,5 kilogramas por 60 hectolitros,
621
deveriamos empregar do acido sulfurico: x = 28,5 x 0,0365 = 21,200 kilogramas acido sulfurico, para dár
0,049
uma acidez no mosto de 2,5 gramas SO4H2 por litro?
Ora, empregando 16,56 kilogramas acido sulfurico por 60 hectolitros mosto, deve dár 1,95 gramas SO4H2
por litro.
Segue analyse de um mosto-fermento //
14 Junho 11 março 1929 Processo Possehl’s Analyse de um mosto fermento:
Levou: Acido sulfurico ————- 16,500 kilogramas
Phosphato amoniaco 1 kilo (Para 60 hectolitros mosto)
Densidade Baumé 9 1/2º a 28 1/2 temperatura = 10,17º a 15º temperatura
Acidez litro = 2,30 gramas em SO4H2
Pelo calculo da acidez atráz, deveria dár 1,95 gramas em SO4H2 por litro, e assim vê-se que a acidez do
melaço deu 0,35 gramas em SO4H2 por litro mosto a 10º Baumé, em SO4H2.
Vê-se assim que a acidez no melaço normal (43º Baumé) é de 1,5 gramas em SO4H2 por kilo melaço.
12/3/929 A 1ª fermentação dos mostos-fermentos bastante activa e o fermento bastante puro.
As primeiras cubas de fermentação, o mosto geral foi simples. //
15 Junho Com 35% mosto-fermento a 2,3 gramas acidez por litro, e o mosto geral 0,35 gramas acidez por litro em
SO4H2 65%, dará na fermentação total 1 grama acidez por litro em SO4H2.
Alimentação das cubas com mosto geral frio (18º a 19º temperatura).
Fermentação das 1as cubas bastante activa, e com fermentos superiores (grande quantidade de espumas)
13/3 Temperatura maxima vista na 1ª cuba em fermentação 32º Centigrados a 33º.
Analyse bacteriologica de 1ª cuba mostrou o fermento bem puro e activo. A cubas [sic] não podem ser
cheias completamente, devido á espuma, mas diz o chimico que não convem alimentar cubas senão com a
fermentação bem activa, isto é, durante a fermentação principal, porque, segundo elle, a fermentação geral
tem somente por fim transformar o assucar em alcool, e não a formação de fermentos, ou celulas novas de
fermento. //
16 Junho Diz o Chimico, que este fermento estando bem habituado ao meio, pode fermentar mosto que dê vinho com
10% alcool = 12,5º Baumé a 13º Baumé. = 23 a 25 Brix = 1.100 Densidade, isto é, melaços beterraba ou cana.
1ª Analyse do melaço feito a 13/3/929
Brix 78,70 = 1.410 Densidade
Saccarose directa 46,94 %
Glucose 11,95 “
Saccarose Clerget 36,26 “
Pureza “ 58,77
Saccarose total (Clerget) 57,65 %
15/3 Vejo que o fermento Possehl’s é um fermento superior (Levure haute), por isso que o fermento na 1ª
cuba destillada não estava ainda precipitada, e a parte superior da cuba conservou sobrenadando o fermento.
15/3 Fez-se a esperiencia de juntar na cuba Nº 9 somente o fermento das 1as cubas mães (20
hectolitros), porque vi que talvez seja demasiado fermento o tira-//
17 Junho do das cubas Nº 1 ou 2, que corresponde aproximado a 100 hectolitros fermento (1/2 cuba), a 110 hectolitros
fermento por cuba.
Nº 1º Caso emprega-se 6% fermento
Nº 2 “ “ 30% “
Deveria-se talvez empregar 20% de fermento mãe (2º), e para isso deverião ser as duas cubas mães (2as)
de 80 hectolitros a 100 hectolitros, para ser despejada completamente cada cuba de fermento n’uma cuba de
fermentação geral, lavando-a de cada vêz depois de despejada. Sendo os 1os fermentos mães de 20 hectolitros
a juntar sobre 80 hectolitros capacidade util de 2º fermento mãe (cubas de 100 hectolitros totaes) seria 25%
de 1º fermento mãe.
Estas duas cubas de 2º fermento mãe, devem têr arejação pelo ár comprimido e habertas, e serem de ferro
para se poder bem desinfectal’as.
622
N’estas condições, cada cuba de fermentação geral da media
de 340 hectolitros, levaria 80 hectolitros de mosto fermento
260 hectolitros de mosto geral. = 23,5% mosto-fermento
76,5% mosto geral //
18 Junho = Nas condições atráz, dando uma boa fermentação empregando 23,5% de fermento mãe por cuba de
fermentação geral, poderia-se talvez fermentar o melaço nas seguintes condições:
Mosto-fermento feito a 9,5º Baumé
Mosto geral “ a 13º Baumé
Daria media 12,17º Baumé, dando um vinho entre 9,5 a 10% alcool.
Phosphato d’amoniaco:
N’estas condições (de 23,5% fermento mãe) o mosto geral deve levar um minimo de 150 gramas e o
maximo de 200 gramas phosphato amoniaco por 60 hectolitros de mosto geral.
Total phosphato amonico necessario:
23,5 litros a 0,16 gramas por litro = 3,76 gramas mosto-fermento
76,5 litros a 0,033 gramas “ = 2,52 gramas mosto geral
Total para 100 litros = 6,28 gramas
Calculando uma media de 24 kilogramas melaço por hectolitro mosto total, corresponde a cada tonelada
melaço a 265 gramas de phosphato de amoniaco. Para 1000 toneladas = 265 kilogramas.
É necessario conservar o phosphato amoniaco fora do contacto do ár para não evaporar o amoniaco. //
19 Junho Nas cubas de fermentação que levarão somente 20 hectolitros de fermento mãe (pé de cuba), juntou-se por
cuba 1,600 kilogramas phosphato amoniaco, para lhe dár a dose egual quando levava 120 hectolitros de
fermento das 2ª cubas [sic] mães, e desenvolver melhor a fermentação.
Verificação das cubas fermentação.
Verificado o estado da fermentação da Cuba Nº 9 ao microscopio, verificou-se que havia uma pequena
infecção microbiana, e assim recomeçamos como d’antes, isto é, a tirar fermentos das cubas mães Nº1 ou 2.
A quantidade de fermento puro com 20 hectolitros por cuba, não é suficiente para produzir uma
fermentação activa e pura.
Diz o Chimico do Possehl’s, que a quantidade de fermento mãe por cuba de fermentação, não deve ser
inferior a 25% do mosto total, ou seja 85 a 90 hectolitros por cuba.
Devem ser pois as cubas de 2º fermento mãe de 100 hectolitros, e despejadas completamente de cada
vêz. Segue em 5 Julho. //
20 Junho Habituação de um fermento a um meio diferente do inecial seu:
1º Depois do fermento estar em bastante actividade no seu meio natural, procede-se á habituação ao meio
em que se quer fermentar.
2º Para isso fáz-se a cultura em um mosto que contenha 10% do mosto não habitual.
3º Estando a fermentação bem activa cultiva-se uma parte d’esse fermento n’um mosto que contenha 20%
do mosto não habitual, e assim sucessivamente, até que se tenha empregado 50% do mosto não habitual. = 5
habituações. (10% cada)
4º Estas sucessivas culturas são feitas em 1000 centimetros cubicos de mosto, levando as doses
indicadas acima (3º) empregando de cada vêz e por litro (1000 centimetros cubicos) 20% do fermento
anterior (200 centimetros cubicos). Ficará apto a fermentar mostos com 50% de cada. //
21 Junho 1929
Jus diffusão do Torreão para alcool: (como em 1928)
Composição do jus: (cana a 13,3% assucar)
1928
Assucar total medio no jus = 6,93 kilogramas assucar %
Densidade media = 4,9º Baumé. = 1,035 densidade.
6,9% assucar fermentavel por 100 litros jus diffusão, a 58 litros alcool em 40º Cartiere % assucar = 4 litros
alcool retirados de 100 litros jus de diffusão.
Pelo fermento Possehl’s = 4,5 litros alcool em 40º
623
Destillando-se por 24 horas 550 hectolitros de vinho de jus de diffusão, retiramos por 24 horas 2200 litros
alcool em 40º
= 2282 litros alcool em 40º (Possehl’s).
Em 60 dias = 132.000 litros alcool.
Possehl’s = 136.920 litros alcool.
Para elevar este jus de 4,9º Baumé a 10º Baumé, leva cada 100 litros jus 11,500 kilogramas melaço, que
nos 550 hectolitros será 6.325 kilogramas melaço por dia. Em 60 dias será 379.500 kilogramas melaço. //
22 Junho 20.000 toneladas cana, á media de 400 toneladas por 24 horas, dá 50 dias de Laboração.
A media do jus diffusão % cana é aproximado 26,5 litros, o que nas 400 toneladas cana dará 1060
hectolitros de jus diffusão. (350 litros jus quente por diffusor de 1.300 kilogramas cana)
Retirando para destillar 550 hectolitros de jus de diffusão, restará para assucar a mesturar com a garapa
510 hectolitros, ou seja aproximado 50% do jus.
Os 6.325 kilogramas de melaço empregado por dia para elevar a
densidade do jus de diffusão a 10º Baumé = 45 hectolitros volume.
Jus diffusão = 550 “
Total jus a 10º Baumé a fermentar 595 “
Quebra em borras etc. 30 “
Para destillar = 565 “ contendo 7,5% alcool. = 4.237 litros
alcool 24 horas.
Possehl’s 7,65% = 4.322 litros alcool 24 horas
Em 50 dias destillação = 211.850 litros alcool
Melaço gasto = 316.250 kilogramas
Possehl’s = 216.100 litros alcool. //
23 Junho Os 550 hectolitros de jus diffusão por dia, corresponde no 50 [sic] dias de Laboração de 20.000 toneladas
cana, a 275.500 hectolitros jus = 110.000 litros alcool, ou seja na proporção de 1470 toneladas cana.
Como das 400 toneladas cana se tira 550 hectolitros de jus diffusão para alcool, qual ficará sendo o
rendimento da cana em assucar?
Cana a 13,3 % assucar
Extração de 87% do assucar
Calculos 400 toneladas cana:
Assucar extrahido = 51.600 kilogramas com um rendimento em turbinado de 75% ? (garapa mais pura)
Assucar extrahido 51.600 kilogramas
Retirado do jus diffusão 3.811 kilogramas
Resta para assucar 47.789 kilogramas =
a 75% em turbinado branco = 35,840 kilogramas assucar
Rendimento turbinado % cana = 8,960 “ “
Perdas totaes “ = 0,980 “ “
Assucar no melaço “ = 2,007 “ “
(Com menos 50% jus deffusão pouco mais ou menos) = 11.947 “ “
Melaço de 53% assucar = 3,787 = 1,136 litros alcool 40º
20.000 toneladas cana = 757.400 kilogramas melaço; tirando para o jus 316.250 kilogramas, resta para
fermentar 441.150 kilogramas melaço.
Para diminuir mais o rendimento em assucar turbinado, e não fezer o épuissement do melaço //
24 Junho O resultado pois por tonelada cana será:
Em assucar turbinado branco 89,600 kilogramas assucar
Em alcool do melaço 11,36 litros alcool
“ “ do jus diffusão 5,50 “
Total alcool por tonelada cana 16,86 “
Com cana a 7$30 por 30 kilos:
Custo tonelada cana 243$50
624
Despezas fabrico assucar 65$50
“ “ alcool 17$00
326$00
16,86 litros alcool a 7$00 118$00
Custo de 89,600 kilogramas assucar turbinado = 208$00
Custo kilo assucar = 2$322
Em 20.000 contos cana dará:
Assucar turbinado branco = 1792 toneladas
Alcool total em 40º = 337.200 litros
Para fazer os 450.000 litros alcool falta 112.800 litros alcool = 1485 toneladas cana, ou 30 dias de
moenda para alcool Torreão. //
25 Junho O lucro bruto será assim:assucar a 3$40 (21.485 toneladas cana) (Ver outro calculo a 9 março)
No assucar branco ————————- = 1:931:776$00
No alcool de cana directo = 507:600$00
Lucro bruto total= 2.439:376$00
Tirando a comição de 150 reis por kilo assucar = 268:800$00;
Fica lucro bruto = 2.170:756$00
Pelo calculo feito (em 9 e 10 março), sem fazer alcool do jus diffusão, dá um lucro bruto de 2.176:900$00
(em 21.710 toneladas cana).
1º Calculo a 10 março, rendimento assucar 9,600 kilogramas %
2º Por este calculo “ “ 8,960 %
Em alcool % cana:
1º = 1,600 litros
2º = 1,6868 a 1,72 litros (Possehl’s?).
Pela tiragem do jus diffusão (50%) para alcool, dá menos em assucar = 0,640 kilogramas % cana.
Convem talvez mais fazer o alcool direto da cana durante a Laboração, sendo necessario somente mais
225 toneladas cana. //
26 Junho Laboração do Cassequel 1928-1929
Terminou a 4 março 1929.
Cana trabalhada ———— 75.000 toneladas
8 mezes de Laboração nas duas fabricas
Assucar produzido:
Branco 2.495 toneladas = 49,4 %
Bruto 2.575 “ = 50,6 %
Total em assucar 5.070 “
Rendimento em turbinado total = 6,76 kilogramas % canas
Fabrica Velha trabalhou 32.500 toneladas em 100 dias
“ Nova “ 42.500 “
Fabrica Velha 325 toneladas cana por dia.
O rendimento da Fabrica Velha até 14 Novembro (1928), deu um rendimento
de 7,87% de todos os assucares = 2.557 toneladas assucar
Rendimento da Fabrica Velha = 2.513 “ “
Rendimento da Fabrica Nova = 5,913 kilogramas % cana.
4 mezes Laboração Fabrica Nova = 100 dias = 425 toneladas por dia //
27 Junho Este trabalho na Fabrica Nova do Cassequel foi feito nos meses de Dezembro (15), Janeiro e Fevereiro e
durante este tempo com muitas chuvas que fêz não sô perder a cana a meior parte do seu assucar devido a
vegetação nova da cana, como tambem á cana estragada devido a sua floração que principiou em Agosto.
Se as 75.000 toneladas cana fossem trabalhadas todas na Fabrica Velha, levaria no minimo 9 mezes de
Laboração.
Se fosse toda a cana Laborada na Fabrica Nova (a 425 toneladas) levaria 7 mezes de Laboração.
625
Fazendo em 1929 a mesma quantidade de cana Na[sic] fabrica Nova, e moendo somente 700 toneladas
cana por dia, levaria 4 1/2 mezes de Laboração. Talvez dê porém 80.000 toneladas cana, e fáz-se a Laboração
em 5 mezes.
De Julho a Novembro 1929 //
28 Junho Tiragem da garapa e jus diffusão para alcool, em logar do jus diffusão somente:
O jus mesturado (garape[sic] e jus diffusão) tem aproximado 15,2 Brix = 8,6º Baumé, contendo 13%
assucar
Para elevar este jus total a 10º Baumé leva cada hectolitro 3,200 kilogramas melaço.
Jus total % cana = 104 litros a 100 litros minimo. Imbibição de 24 a 24,5 % cana.
Tirando por 24 horas 550 hectolitros de jus mesturado = 52 toneladas cana, levando em melaço 1760
kilogramas = 12,6 hectolitros
Total a fermentar = 562,6 hectolitros
Quebras = 29,6 “
Em vinho a destillar 533 “
Contendo este vinho 8,8% alcool pouco mais ou menos
Pode-se pois moêr por dia 450 toneladas
cana, sendo para assucar 398 toneladas
cana, e para alcool = 52 “
450 “
Será 46 dias de Laboração, para 20.000 toneladas cana. //
29 Junho Qual será o resultado por tonelada cana?
Cana com 13,3
Extração 97% do assucar
Assucar extrahido 12,9 assucar com um rendimento em turbinado de 73% do assucar extrahido.
Jus total mesturado por tonelada cana = 1045 litros
Tira-se para alcool “ “ 122 litros
Resta para assucar cana 923 litros
Contendo (a 13% assucar) 120 kilogramas assucar
120 kilogramas assucar a 73% turbinado = 87,600
kilogramas assucar turbinado
Teremos pois: Por tonelada cana:
Em assucar branco turbinado 87,600
No jus total para alcool 15,800
no bagaço 4,000
{
Perdas nas borras
Indeterminadas ?
2,000
4,000
Assucar no melaço 19,540
Assucar por tonelada cana (1000 kilogramas) 133,000
Cada tonelada cana dará alcool =
Do jus total para alcool = 9,48 litros (Possehl’s ?)
do melaço “ = 11,70 “
Total alcool por tonelada cana 21,18 ?
Nas 20.000 toneladas cana dará 423.600 litros alcool. //
30 Junho Qual o resultado nas condições atraz? Por tonelada cana:
Custo da cana a 7$30 por 30 kilogramas = 243$50
Despezas fabrico assucar = 65$00
“ fabrico alcool = 22$00
331$00
21 litros alcool a 7$00 —————— 147$00
Custo de 87,600 kilogramas assucar — 184$00
626
Custo do kilo assucar = 2$10
Comição venda = $15
Custo total = 2$25 por kilo assucar
Vendendo este assucar a 3$40, dá lucro bruto por kilo assucar = 1$15
Em 87,6 kilogramas será 100$74, ou tonelada cana.
Em 20.000 toneladas cana Lucro bruto = 2.014:800$00
Para fazer porém 450.000 litros alcool, faltará 26.400 litros alcool = 348 toneladas cana = 7 dias moenda
para alcool de cana directa.
Lucro no alcool de cana 2$50 por litro = 66:000$00
Lucro acima para assucar e alcool = 2.014:800$00
Lucro bruto total ————- 2.080:800$00
Total assucar branco = 1752 toneladas //
Junho Recapitulação
Capital total necessario:
Para compra de cana = 4.955:225$00
Para despezas fabricos = 1.789:000$00
Empregados totaes ? = 700:000$00
Sacos assucar etc. = 70:000$00
Capital total provavel – 7.514:225$00
7.500 contos a 10% = 750:000$00
Para inicio Laboração necessita 7000 contos.
Teremos pois, além das despezas de fabrico, 1.520 contos, incluindo os juros do capcital a 10%.
Lucro bruto total ————— 2.080:800$00
Despezas além fabricos — 1.520:000$00
Lucro liquido 560:800$00 = £ 5260
Valor real das Fabricas £ 100.000 a 5% £ 5000
Calculando o valor actual das fabricas ? assucar e alcool em 2000 contos, a 10% amortisação = 200 contos.
2000 contos £ 20.000
Fica livre lucro = 360:800$00
30 contos por mez.
É um juro de 18% do capital Fabricas. //
Junho Notas Para um caso de venda das Fabricas por £ 150.000?
O que dará ao comprador?
£ 150.000 = 15.000:000$00 a 10% = 1.500:000$00
Lucro bruto como atráz = 2.080:800$00
Juro capital 15000 contos 1.500:000$00
Restará 580:800$00
Capital industria a 7000 contos a 10% 700:000$00
Prejuizo ———— 119:200$00
Tem ainda as despezas com empregados, sacos etc. ? 570:000$00 (?) no minimo.
Teria assim um prejuizo de 689 contos? e não poderia tirar amortisação de capital?!!
Não podem pois, com a Lei actual, e nas condições acima, fazer qualquer transação vantajosa. //
1 Julho Nas condições de 28 Fevereiro; e seguintes: (modificação na Lei):
O lucro n’estas condições = 3.250 contos
A deduzir, como atraz = 2.770 “
restaria somente liquido 480 “ para amortisação capital !!!
10% ? ou 5% ?
Estes 480 contos para amortisar o capital da compra por 15.000 contos, levaria 25 annos !!! a 10%. //
2 Julho Preço do alcool em Inglaterra Alcool Alemão (Dado pelo Chimico de Possehl’s) 16-3-929
Custo gallão de 4,5 litros com 56,7%
627
Over-proof = 1 selling 3 penneys =
Alcool absoluto 2 sellings 5,5 penney (100º) por gallão de 4,5 litros
O proof spirit = 57,2º Gay-Lussac
56,7% = 32,7º % alcool puro
Este preço (1929) em Inglaterra é cif por gallão de 4,5 litros a 100º (alcool absoluto = 2 sellings 5 1/2
penneys.
Corresponde a alcool a 96º Gay-Lussac a 2 sllings[sic] 4,4 por gallão de 4,5 litros
Pela conta feita a 11 abril, o alcool a 96º, sai 1 selling 9,6 penneys no Cassequel = 2 sellings 0,4 penneys
gallão 4,5 litros a 100º
Differença a favor = 4 8/10 penneys gallão //
3 Julho Com o Cambio a 100$00 por £, os 4 8/10 pennys = 1$99 por gallão de 4,5 litros
1.000.000 litros alcool a 96º = 222.220 gallões de 4,5 litros, a 1$99 por gallão = 442:200$00 ou £ 4422
Despezas a tirar:
Imposto <licença> e fiscalisação (?) ..................................150:000$00
1.000.000 de litros = 1666 barricas de ferro de
620 litros a 20$00 (?) barrica do Cassequel ao Lobito .........33:320$00
Despezas por a bordo ? ...........................................................2:680$00
Frete ?? até Liverpool £ por barrica ....................................166:600$00
Custo cif Liverpool =...........................................................352:600$00
Differença acima = ..............................................................442:200$00
Fica ainda...............................................................................89:600$00 = £ 896
Vêr calculo de rendimento do melaço do Cassequel e despezas fabrico, a pag. 11 de abril.
O melaço do Cassequel, que na sua destillaria em 1928, o seu //
4 Julho rendimento foi de 26 litros alcool a 96º, no Torreão o mesmo melaço (?) deu um rendimento de 28 litros alcool
em 96º retificado, o que corresponde a não retificado a 28,5 litros alcool a 96º.
Vê-se pois que no Torreão, com fermento nosso (não Possehl’s), deu mais 2,5 litros alcool a 96º % melaço.
Este melaço tinha 52,57 assucar total em saccarose % melaço.
Calculando em Africa um rendimento, pelo fermento Possehl’s, de 60 litros % assucar (saccarose) total,
daria um rendimento de 31,5 litros alcool a 96º.
Com melaço de 50% assucar daria 30 litros %
Diferença pois, é de 4 litros alcool % melaço, ou seja; x = 4 x 100 = 13,333% a mais sobre o alcool
produzido? 30 //
5 Julho Transporte de 19 Junho Fermentação Possehl no Torreão
18/3 A cuba Nº 9 que foi a 1ª que levou somente 20 hectolitros de fermento mãe, tem sido muito
demorada a sua fermentação.
19/3 Diz o Chimico de Possehl’s que se pode empregar o milho saccarificado pelo acido sulfurico, na
fermentação geral ou mosto geral, com vantagem, porque assim dá-se uma certa acidez ao mosto geral e a
fermentação se deve fazer melhor, dando o milho um rendimento em alcool superior a 3% do milho.
Pode-se empregar tambem o mosto de milho saccarificado pelo Acido sulfurico na fermentação do mosto de cana.
Empregando 200 litros de mosto de milho saccarificado pelo acido sulfurico em 60 hectolitros de mosto
geral, contem 1,200 kilogramas acido (nos 200 litros), dando pois uma acidez no mosto geral de 0,145 gramas
em SO4H2 por litro, e no maximo 0,15 gramas em SO4H2 por litro
Será um cosimento por dia para Torreão (600 hectolitros mosto) //
6 Julho Provaveis ?
Terminou a esperiencia de Possehl’s (fermentação) a 20/3/929.
Calculos:
Melaço empregado = 133.587 kilogramas
Hectolitros de mosto feitos a 10,2º Baumé a 17º temperatura 4.901 hectolitros
Sendo: 32,6% mosto fermento a 9,57º Baumé a 17º temperatura
67,4% “ geral a 10,5º “ “ = a 15º temperatura = 10,3º Baumé = 1,076
628
Densidade
Kilogramas melaço por hectolitro mosto feito = 27,256 kilogramas
Pelo Baumé-Melaço de Beterraba: 38-40º Baumé
Pela tabella da Régie franceza, e com melaço a 40º Baumé, 1,076 Densidade = 26,600 kilogramas melaço
por hectolitro mosto
Ver adeante 8 Julho exacto.
615
Com melaço nosso a 1.430 Densidade <43º Baumé> = 27,9 kilogramas por hectolitro.?
Calculo pela densidade:
Pela densidade dá 27,220 kilogramas melaço por hectolitro mosto feito a 1,076 Densidade (10,3 Baumé)
a 15º temperatura, com melaço a 1,420 Densidade. Fazendo o calculo do melaço por hectolitro pela tabua de
Régie, e com melaço a 1,420 Densidade, vê-se que o calculo acima pelo melaço pezado, deu mais 0,036
kilogramas melaço por hectolitro mosto, o que em 4900 hectolitros dá a mais 176,400 kilogramas no total do
melaço.
Está favorável pois para Possehl’s.? //
7 Julho Calculo provavel 20/3/929
Calculo do melaço por hectolitro feito pela densidade:
Sobre 100 litros mosto a 10,3º Baumé a 15º temperatura = 1,076 Densidade, a quanto corresponde a
melaço a 1,420 densidade? Vêr adiante.
100 (1,076 – 1) = 18,095 litros de melaço
1,420 – 1
Em pezo será: 18,095 x 1,420 = 25,695 kilogramas
Quer dizer que os 4901 hectolitros de mosto total a 1,076 densidade corresponde a 125.931 kilogramas
melaço?
Tem pois o pezo feito do melaço, por este calculo, mais 7.656 kilogramas melaço?
O inventario Nº 1, com melaço medido, deu por hectolitro de mosto feito = 24,400 kilogramas melaço por
hectolitro a 10º Baumé.
Pela densidade dou 23,890 kilogramas por hectolitro //
8 Julho Esperiencia Possehl’s Calculo a 21/3/929 616 Analyse da densidade real = 1,390 Calculo:
x = 100 (1,076 – 1) = 19,487 litros melaço por hectolitro = 27,087 kilogramas melaço por hectolitro
1,390 – 1
26,582 kilogramas melaço por hectolitro (Possehl’s)
Em 4901 hectolitros = 130.278 kilogramas melaço que é o contado para a esperiencia Possehl’s
Differença a mais no pezo = 834 kilogramas
Analyse do melaço: 1,3902 Densidade
Brix volume ——————- 76,10
Saccarose directa ———- 46,86
“ Clerget ——— 45,56
Pureza “ ——— 59,86
Glucose “ ——— 11,22
Saccarose total (Clerget) 56,22
Media densidade final = 1,7º Baumé
“ acidez “ = 1,94 gramas por litro
Rendimento em alcool a 100º
Por hectolitro vinho = 9,3 litros alcool a 100º
Rendimento em alcool a 100% melaço = 34,99 litros a 100º
“ % saccarose total Clerget = 62,23 litros alcool “
Infermenticiveis % melaço = 1,787% //
629
9 Julho Fermento do Torreão Inventario Nº 1 – 1928
Melaço com 61,25% saccarose total Clerget kilograma melaço por hectolitro = 24,386 kilogramas
Fermentação a 10º Baumé
Densidade do melaço 1,442
Analyses:
Media densidade final = 2,07º Baumé
“ acidez “ 1,82 gramas por litro
Rendimento em alcool a 100º:
Por hectolitro vinho = 7,8% (hectolitros feitos)
Rendimento em alcool a 100º % melaço = 32 litros
Rendimento % saccarose total Clerget = 52,700 litros a 100º
Ver calculo melaço a 7 agosto
Infermenticiveis % melaço = 2,400 kilogramas % (saccarose)
56,22% saccarose total 61,25% saccarose total
Fermento Possehl’s Fermento Torreão
melaço hectolitro = 26,583 kilogramas ––––––– 24,386 kilogramas
Densidade final = 1,7º Baumé ––––––– 2,07º Baumé
Acidez “ = 1,94 por litro ––––––– 1,82 gramas por litro
Infermenticiveis = 0,500 ––––––– 0,630 por hectolitro
Rendimento por hectolitro = 9,3 litros a 100º ––––––– 7,8 % litros a 100º
“ % saccarose = 62,23% ––––––– 52,700% saccarose
Infermenticiveis % melaço = 1,787 ––––––– 2,400% //
10 Julho Fermentação Possehl’s Media até a cuba Nº 10.
Alcool por hectolitro destillado = 9,10%
% melaço será
x = 9,1 x 100 = 33,6 litros alcool a 100º % melaço
2,7087
Rendimento % saccarose total:
33,6 x 100 = 59,765 litros alcool a 100º % saccarose total
56,22 a 60 litros “ “
maximo? //
11 Julho Calculo provisorio ou provavel do rendimento pelo processo Possehl’s Base do calculo é:
Rendimento de 28 litros alcool a 100º % melaço com 50% saccarose total Clerget = 56 litros alcool a 100º
% saccarose total Clerget.
Supunhamos um exemplo:
Os égoûts destillados contendo (provavel) 58% saccarose total Clerget, deu um rendimento de 35,96 litros
alcool a 100º % egoûts = 62 litros alcool a 100% saccarose total Clerget.
Calculo:
Teremos pois que, um melaço com 50% saccarose total Clerget, ao rendimento de 62 litros alcool a 100º,
deveria dar 31 litros alcool a 100º % melaço: 31 – 28 = 3 litros alcool a 100º a mais.
Base será: x = 3 x 100 = 9,6774 % a mais sobre o alcool produzido.
31
Possehl’s acceitou este calculo a 20/3/929 //
12 Julho617
13 Julho O rendimento da cana não está em relação ao melaço, mas como o Contrato não prevê esse caso, teremos que
nos sujeitar á base atráz de 62 litros alcool a 100º % saccarose no jus.
Torreão tirava com cana de 13,3% assucar, e uma extração de 97% do assucar da cana, 12,9 assucar %
cana, e o nosso rendimento é de 58 litros alcool a 100º % saccarose no jus = 7,482 alcool a 100º % cana.
617 Esta página está preenchida por algarismos dispostos em operações matemáticas, de forma descontextualizada e caótica, pelo que, como tem vindo a
ser nossa prática, não os transcrevemos.
630
Pelo processo Possehl’s:(Calculo provavel)
Rendimento de 62 litros alcool a 100º % assucar dará um rendimento de 7,998 alcool a 100º % cana.
Dará pois um rendimento a mais de 0,516 litros alcool a 100º % cana
Por tonelada cana será mais 5,16 litros
5,16 litros alcool a 8$00 (?) por litro = 41$28
25% para Possehl’s = 10$32
Nosso lucro a mais tonelada 30$96
Para Possehl’s 129 reis por litro? //
14 Julho Calculo sobre 450.000 litros álcool Fabrica do Torreão alcool a 8$00 por litro (?)
x = 450.000 x 9,6774 = 43.548 litros alcool tirado a mais pelo fermento Possehl’s.
100
43.548 litros alcool a 8$00 (?) = 348:384$00
25% para Possehl’s = 87:096$00
Nosso lucro a mais = 261:288$00
Para Possehl’s 194 reis por litro alcool
Para a cana vê-se atraz que Possehl’s fica calculo a 129 reis por litro, mas como realmente elle fica com
194 reis por litro, nôs perdemos 65 reis por litro alcool, que em 80 litros por tonelada cana = 5$20
O nosso lucro pois por tonelada cana será:
30$96 – 5$20 = 25$76 por tonelada cana ?
Em 2000 toneladas (?) lucramos = 51:520$00 //
15 Julho Rendimento provavel do milho, pelo fermento Possehl’s, em comparação com o nosso rendimento antigo: (?)
Rendimento antigo 31,5 litros alcool a 100º (Não retificado)
“ Possehl’s mais 3% = 34,5 litros alcool a 100º ( “ )
1929 – Calculos custo alcool retificado:
Pelo fermento Possehl’s
Custo de 100 kilogramas milho a 1$20 por kilo = 120$00
3,800 kilogramas acido sulfurico a 2$00 = 7$60
Despeza total de fabrico (1$23 por litro) = 42$40
Custo de 34,5 litros alcool = 170$00
Custo litro alcool = 5$00 a 100º
Para cada carga de 240 kilogramas milho:
Custo do milho ——————————————- 288$00
9 kilogramas acido sulfurico a 2$00 —— 18$00
Despeza total de fabrico ————————— 102$00
Custo de 82,8 litros alcool ——————- = 170$00
Rendimento em alcool em 40º Cartiere retificado, será de 83,7 litros alcool por 24 kilogramas milho = 34,8
litros alcool em 40º % milho.
Custo por litro em 40º Cartier = 4$875
Custa mais 375 reis por litro que o alcool de cana. //
16 Julho Ver dia 8 Julho
Calculo real do rendimento de Possehl’s.Para calculo de percentagem.
Saccharose total no melaço = 56,22%
Densidade 1,3902
Deu rendimento % melaço = 34,99 litros alcool a 100º
Rendimento % saccarose total = 62,23 “ “ “
Calculos:
Base 56 litros alcool a 100º % saccarose total
“ 100 kilos melaço = 28 litros alcool a 100º
Rendimento saccarose total do melaço acima, foi de 62,23 litros %; temos pois que deu pelo Processo
Possehl’s mais 6,23 litros alcool a 100º saccarose total.
631
Base para calculo:
Para um melaço typo de 50% saccarose total, deveria dár 31,115 litros alcool a 100º % melaço. Deu mais
3,115 litros
Base da precentagem será: x = 3,115 x 100 = 10%
31,115
Sendo 25% para Possehl’s = 2,5 litros alcool contado a 100º % alcool produzido a 100º.
Deve o alcool fabricado ser reduzido a 100º
100 litros em 40º = 95,3 centigrados = 95,3 litros alcool a 100º
Ver 8 Agosto Calculos provaveis sobre 450.000 litros alcool fabricado. //
17 Julho Distancia de Lisboa ao Lobito
De Lisboa á Madeira ............................. 530 milhas maritimas
Da Madeira a S. Thomé ........................2.930 “ “
De S. Thomé a Loanda ......................... 675 “ “
De Loanda ao Lobito ............................ 230 “ “
Total Lisboa ao Lobito ..........................4.365
Da Madeira ao Lobito será 3.835 milhas maritimas, com um minimo de 13 milhas por hora = 300 hara[sic]
ou 12 1/2 dias viagem seguida
Com um vapor que fassa na media 13 milhas por hora = 312 milhas por 24 horas (dia), fará a viagem de
Lisboa ao Lobito em 14 dias, e calculando as paragens na Madeira, S. Thomé e Novo Redondo em 2 dias
totaes, será 16 dias de Lesboa ao Lobito. Da Madeira ao Lobito, com 1 1/2 dias de paragens, será feito em 14
1
/2 dias. //
18 Julho Telegrama recebido de Lesboa do Tristão618 sobre a qustão[sic] saccharina no dia 30 agosto 1928.Resumo
provavel:
Para 1929: A 31 de março: Alcool entregue á Alfandega a 6$50 por litro para ella vender a 7$00 por litro.
(Modificado para 7$00 pelo novo decreto)
Quando falte alcool será importado exempto de direitos. Por quem?? Será pelas fabricas matriculadas,
como na Lei anterior pela aguardente de vinho?
Preço da cana a 7$30 a 6$70
O alcool será importado pela Alfandega.
Assucar bruto a importar pagará os direitos por inteiro (pauta minima)
As seguintes medidas entrão desde já em vigor (1928):
Abolido o imposto de $50 por kilo assucar importado, substituindo taxa //
19 Julho 3 centavos oiro no assucar importado ?
O stock do assucar da Madeira á data d’este decreto, pagará $16 por kilo.
De futuro não paga nada.
Prohibição de desdobramento alcool conforme determinada decreto [sic] Nº 14168
Fechadas as fabricas de aguardente (incluindo o Norte??!), e mais seis do oeste.
Aguardente fixada em 500.000 litros.
Monopolio aguardente adjudicada a uma Comp.ª que deve garantir ao Governo pelo menos 2 mil contos
annuaes, cujo concurso aberto termina em 15 setembro.
A companhia deve comprar a aguardente a 9$00 por litro, e os stocks existentes a 12$00 //
20 Julho Preço de venda é livre. (??!!)
Fabricas matriculadas tem que declarar em outubro de cada anno se desejão Laborar, no caso contrario
seram fechadas!!!
Rateio do alcool será feito conforme a cana comprada no anno anterior. (Desparate!!!) Etc. etc.
Quando falte alcool para tratamento de vinhos, será importado livre de direitos; Se for pelas fabricas
matriculadas, poderer-se-hia[sic] importar o alcool do Cassequel: Em que condições?
Alcool em 40º Cartiere a 2$50 por litro (puro).
Frete de 620 litros alcool (em tambores de ferro), quanto pode pagar de frete? Que se //
618 Henrique Tristão Bettencourt Câmara.
632
21 Julho calcule a 350$00 por tambor de 620 litros, sai a 565 reis por litro. Despezas de descarga 20 reis litro = 12$40,
sai a 590 reis litro alcool.
Custo do alcool .................................2$50
Frete e descarga ................................ $59
Custo por litro ...................................3$09
Para vender a 6$50 á Alfandega, dá lucro 3$40 por litro?!
Aguardente a 9$00 por litro = 32$40 por gallão
“ a 12$00 “ = 43$20 “
500.000 litros = 140.000 gallões.
2000 contos sobre 500.000 litros = 4$00 litro ou 14$40 por gallão
Custo de compra .............................32$40 por gallão
Para o Governo ...............................14$40 “
Custo minimo ..................................46$80 “
A que preço deve vender para tirar um lucro rasoavel?? //
619
22 Julho Calculos por esta novo [sic] decreto: Torreão:
Custo tonelada cana a 7$30 por 30 kilogramas = 234$50
Custo do fabrico assucar = .....................................70$00
“ “ alcool = ............................ 15$50
329$00
15 litros alcool melaço a 6$50 ............................. 97$50
Custo de 95 kilos assucar .....................................222$50
Custo por kilo assucar 2$35 + comição $120 =.......2$47
Para alcool: De cana directamente:
Custo tonelada cana como acima .........................234$50
Despezas fabrico alcool .........................................90$50
Custo de 74 litros alcool.......................................325$00
Custo por litro 4$40
N’estas condições, se a importação do alcool fosse feita pelas fabricas matriculadas, e importando do
Cassequel ou outra procedencia, se melhor conviesse, sahia o alcool ao maximo de 3$50?? Não convinha pois
fazer alcool de
Ver adiante 5/9 //
23 Julho cana directamente, e no fabrico do assucar fazer o maximo de assucar e o minimo de melaço.
Qual o resultado que daria no Torreão, moendo para assucar umas 20.000 toneladas cana?
20.000 toneladas cana daria – 1900 toneladas assucar branco que vendido a 3$50 por kilo = Lucro 1.793
contos
O alcool do melaço residuo não dá assim lucro algum.
As 20.000 toneladas cana daria 300.000 litros alcool do melaço.
Cabendo no rateio do alcool a Torreão e C.ª Nova 600.000 litros ?? falta 300.000 litros alcool, que
importando, custando um maximo de 3$10 por litro, dará um lucro de 3$40 litro, que em 300.000 litros =
1.020:000$00
Lucro no assucar acima = 1.793:000$00
Lucro bruto total 2:813:000$00
Vêr adiante calculos certos 5/9/928 //
24 Julho Calculos para São Filipe: Nas melhores condições:Com extração de 85%
Cana para assucarmaximo de assucar, minimo de alcool:
Custo tonelada cana .................................243$50
Despezas fabrico assucar ...........................70$00
“ “ alcool.......................... 17$50
331$00
619 Todos os informes desta página foram rasurados, com dois traços oblíquos, à laia de X. Como excepção temos apenas a última frase: «Ver adiante 5/9».
633
17,4 litros alcool melaços a 6$50..............113$10
Custo de 66 kilogramas assucar................217$90
Custo por kilo = 3$30 + comição $12 = 3$42
Cana para alcool:
Custo tonelada cana .................................243$50
Despezas fabrico alcool .............................77$50
Custo de 64 litros alcool = ........................321$00
Custo por litro = 5$02
Temos assim que São Filipe lhe custará o assucar mais $86 por kilogramas que Torreão [.] De cana, o
alcool mais $96,8 por litro que Torreão //
25 Julho Minimo assucar e maximo alcool
Custo tonelada cana e fabrico assucar 313$50
Custo fabrico alcool residuos 25$50
339$00
26,5 litros alcool dos residuos a 6$50 172$25
Custo de 50 kilogramas assucar – 166$75
Custo por kilo = 3$33,5 + $12 = 3$45,5
Não tem pois São Filipe vantagem em fazer o minimo de assucar, como tem feito com o alcool a 9$50 por
litro.
Alcool feito do assucar bruto importado? 100 kilogramas de 95º polarisação pode dár em alcool em 40º
retificado:
Torreão ————- 55 litros alcool
São Filipe ——— 52 “ “ //
26 Julho Rendimento do Torreão com cana na media de 13% assucar e extração de 97% do assucar
Produção de melaço épuissée (?).
Assucar extrahido = 12,610%
Rendimento em turbinado branco (com refonte assucar de 2º e 3º jet Filtro-Presse) 75 % do assucar
extrahio =............................................... 9,457 kilogramas %
Perda nas borras ................................0,200 %
“ indeterminada ......................... 0,343 %
10,000
assucar no melaço – ......................... 2,610 %
assucar extrahido =...........................12,610 %
Rendimento em alcool dos 2,610 kilogramas assucar a 58% do assucar = 1,50 litros alcool em 40º
Cartiere.?
Cada tonelada cana daria:
assucar turbinado branco = 94,570 kilogramas
alcool em 40º = 15 litros //
27 Julho Calculo de S. Filipe provavel; pelo assucar produzido (Conta Alfandega) e pelo alcool produzido e a produzir
(Conta da Alfandega): Até 31/7/928
Assucar Conta Alfandega = 751.125 kilogramas
Alcool produzido = 133.400 litros
350 toneladas melaço dará = 105.000 “
Total alcool 238.400 “
Qual será a cana correspondente ao assucar acima, calculando um rendimento minimo de 6% assucar?
Extração de 85% do assucar da cana.?
Extração 11 kilogramas % cana
Corresponde a 12.520 toneladas cana
Producto em assucar turbinado = 751.125 kilogramas
“ em alcool melaço = 131.460 litros
634
Deveria pois têr produzido alcool directamente da cana = 106.940 litros, que (a 60 litros por tonelada)
corresponde a 1.782 toneladas cana! que a 20 toneladas por dia (?) dará 89 dias!!! Apenas trabalhou 74 dias
não seguidos //
28 Julho Rendimento real de S. Filipe, com cana na media de 13% assucar e extração de 85% do assucar da cana, n’um
trabalho normal com a fabrica como actualmente está montada:
Assucar extrahido = 11,05%
Rendimento em turbinado branco (assucar de 2ª refundido)
70% do assucar extrahido = 7,735 %?
Perda nas borras 0,335 %
“ indeterminada 0,800 %
assucar no melaço 2,180 %
assucar extrahido 11,050
4 kilogramas melaço %
Os 2,180 kilogramas assucar no melaço, ao rendimento em alcool de 57% do assucar = 1,24 litros alcool
em 40º Cartiere:
Cada tonelada cana daria:
assucar turbinado branco = 77,350 kilogramas
alcool em 40º = 12,4 litros //
29 Julho Analyse dos phosphato Bi-Calcique Formula = PO4CaH.2H2O. Corresponde á composição seguinte:
Acido phosphorico (P2O5) = 41,28
Cal (2 CaO) ————————- = 32,56
Agua (2 H2O) ———————- = 26,16
100
O acido phosphorico é somente suluvel ao citrato. Analyse do Kieselgouhr:
Um Kieselgouhr de boa qualidade deve pezar pouco mais ou menos 200 gramas por litro. A côr um pouco
vermelha.
Agua —————————- 11,10%
Silice e Silicatos ——— 45,69 “
acido carbonico ———- 16,00 “
“ Phosphorico ——- traços
aluminium ——————- 1,67 “
Sesquioxydo de ferro 1,02 “
Cal ——————————— 19,40 “
Elementos não dosados 4,67
acido sulfurico 0,45
100,00 //
30 Julho Neutralisação do SO nas garapas, pelo leite de cal a 20º Baumé (calculos de 1915) Laalberg620
2
Para neutralisar exactamente 0,8 gramas SO2 por litro, são necessarios 0,7 gramas de CaO (carbonato de
cal puro). Por hectolitro será 70 gramas CaO.
Como o Leite de cal a 20º Baumé contem (com boa cal) 200 gramas CaO por litro, os 70 gramas
corresponde a 350 centimetros cubicos de Leite de cal a 20º por 100 litros garapa
As garapas contem na media 0,6 gramas por litro em acidos organicos, que para os neutralisar se emprega
0,6 gramas de CaO por litro. Em 100 litros garapa será 60 gramas CaO ou 300 centimetros cubicos de Leite
de cal a 20º Baumé.
Para dár ás garapas neutralisadas uma ligeira alcalinidade para a defecação deve-se empregar 60
centimetros cubicos de leite de cal a 20º Baumé por 100 litros. //
31 Julho Temos pois que, uma garapa sulfitada a 0,8 gramas SO2 por litro, levará em Leite de cal a 20º Baumé, para
ficar ligeiramente alcalino, o seguinte:
Por 100 litros:
620 Joseph Laalberg.
635
Para neutralisar o SO2 —————— 350 centimetros cubicos
“ “ a acidez organica 300 centimetros cubicos
“ lhe dár ligeira alcalinidade 60 centimetros cubicos
Total leite de cal a 20º Baumé 710 centimetros cubicos
Por sulfitador-Chauleur:Conforme a capacidade:
De 50 hectolitros capacidade util levará 35,50 litros Leite Cal
45 “ “ “ “ 31,95 “
40 “ “ “ “ 28,40 “
35 “ “ “ “ 24,85 “
Calculando o jus total em 100 litros % cana, será por tonelada cana 7,10 litros leite de cal a 20º Baumé,
que com cal virgem de 95% CaO., será 1,500 kilogramas de cal virgem por tonelada cana.
Cada 100 litros Leite cal a 20º Baumé contem 21,200 kilogramas cal virgem de 95% ou 22,300
kilogramas com cal a 90%. //
Julho Recapitulação Kieselgouhr e phosphato cal a empregar por 100 litros
Kieselgouhr 0,700 litros a 0,750 litros %
Phosphato 0,200 litros a 0,176 litros %
Por sulfitador-chauleur: Conforme a capacidade:
Media-Respectivamente
De 50 hectolitros capacidade util levará 36,25 litros e 9,4 litros
45 “ “ “ 32,62 litros e 8,46 litros
40 “ “ “ 29 litros e 7,52 litros
35 “ “ “ 25,37 litros e 6,58 litros
Por tonelada cana, em kilos productos chimicos:
Kieselgouhr = 1,450 kilogramas a 1,500 kilogramas
Phosphato Cal = 1,340 kilogramas a 1,400 kilogramas //
Julho Notas 1 agosto 1928 Stock d’alcool existente n’esta data, e com que se pode contar em alcool até 1929.
Stock do Torreão = 99.433 litros
B.V.[?] a entregar = 4.636 “
nosso alcool = 94.797 “
Stock C.ª Nova = 149.341 “
Total fabricado 244.138 “
Este alcool, calculando uma venda media de 53.000 litros por mez, dará até 15 Dezembro 1928
Existe pouco mais ou menos um stock de melaço de 486 toneladas,
que calculando um rendimento de 32% dará 155.500 litros
2% do milho (mosto nutritivo) 3.100 “ ?
Total a produzir 158.600 “
Deve dár aproximado para 3 mezes, e assim teremos alcool até 15 março 1929
Devemos fazer alcool dos reziduos do assucar refinado. //
Julho Notas 1928 Rateio de 800.000 litros: Cabe Torreão e C.ª Nova 605.600 litros. O alcool da Laboração é para
o rateio de 1928:
Fabricado Torreão até 31/7 = 249.685 litros
“ C.ª Nova “ = 153.000 “
Total fabricado “ = 402.685 “
Melaço dará pouco mais ou menos – 158.600 “
Total provavel = 561.285 “
Faltará pois para concluir o rateio de 1928, Torreão = 44,315 litros
Para concluir este rateio devemos importar (Torreão) 500 toneladas assucar bruto, que daria 375 toneladas
assucar refinado.
São Filipe caber-lhe-ha importar por sua conta pouco mais ou menos 167 toneladas assucar bruto.
Do rateio de 1928 tem S. Filipe 194.400 litros //
636
1 Agosto 1928 – Calculo para São Filipe: Laboração
Produzido até 31/7/928 ——————- 133.400 litros
Stock melaço 350 toneladas que ao rendimento de 30% dará alcool 105.000 litros
Total da Laboração 238.400 litros
Assucar produzido = 751.125 kilogramas
Já teria concluido o rateio de 1927 antes de dár principio á Laboração?
Parece que não. Vêr adiante.
A diferença a mais em alcool feito na Laboração em relação ao que lhe cabe no rateio de 1928, é de 44.000
litros.
Os 667 toneladas [sic] assucar bruto de 96º polarisação deve produzir em assucar refinado, (Torreão e S.
Filipe) 500 toneladas assucar branco.
Torreão a 31/7/928
Stock assucar ———————— 1.213.680 kilogramas
assucar para xarope (bruto) 24.450 “
Para consumo 1.189.230 “ a 150 toneladas por
mez?, dá para 7 mezes, isto é, até Fevereiro 1929. Faltará assucar para ? 2 mezes; ou seja 300 toneladas,
que corresponde a 400 toneladas assucar bruto de 96º polarisação //
621
2 Agosto Vendeu-se em assucar
da Laboração até 31/7/928 ........ 839.320 kilogramas assucar
Produzio em 1928......................2.053.000 “ “
Stock .........................................1.213.680 “ “
Se calcularmos a venda d’esde Abril a Julho, são 4 mezes, o que dá 209 toneladas por mez.
Assim o stock de assucar de consumo de 1189 toneladas, dará para 6 mezes, isto é, ate Janeiro 1929.
Faltará pois assucar para 3 mezes ou seja 600 toneladas pouco mais ou menos
Sendo assim devemos importar (Torreão) 800 toneladas assucar bruto.
S. Filipe teria que importar 267 toneladas
Parece-me porém que a venda de 839 toneladas está incluido o augmento de 250 toneladas feito, e sendo
assim, dá 150 toneladas assucar vendido por mez, e a conta atraz está certa. //
3 Agosto 1-8-928
Segundo uma carta do Senhor Hinton622 a Henrique623 de 13 março 1928, H. F.624 disse faltar-lhe para
concluir o rateio de 1927 uns 82.838 litros alcool.
Como porém importamos n’essa data 395.600 kilogramas melaço d’Africa pelo “Benguella”, deveria têr
cabido a H. F. 98.900 kilogramas melaço, e calculando um rendimento minimo de 22% devia-lhe têr dádo
22.750 litros alcool.
Ora, deduzindo dos 82.838 litros
os acima 22.750 “
Deve fazer na Laboração 60.088 “
Pelas notas atraz, tem a
mais da Laboração 1928 44.000 “
Deve-lhe faltar ainda 16.088 litros
Cabendo-lhe 167 toneladas assucar bruto, os residuos do assucar dá-lhe para concluir o rateio de 1928.
(100 litros alcool por tonelada) //
4 Agosto Despezas de viagem
Dinheiro Levantado por conta Cassequel 1:000$00
Emprestei ao Senhor Hinton na vinda para Lobito 300$00
Fica á minha conta —————- 700$00
621 À excepção do último parágrafo, toda a informação desta página foi rasurada.
622 Harry Hinton.
623 Henrique Tristão Bettencourt Câmara.
624 Henrique Figueira da Silva.
637
Despezas a bordo do “Angola” (vinda) 363$70
Deveria têr ficado ————— 336$30
O Senhor Hinton deu-me os 300$00
636$30 //
5 Agosto Sahida para Africa no vapor “Loanda” ás 3 horas tarde1ª classe, Beliche Nº 42
De minha casa
Bagagem: Uma mala grande verde
“ “ de beliche do fole.
Avelino – Um cezto com garrafas vinho
625
638
x 100 (1,083 – 1) = 18,778 litros = 27,078 kilogramas
1,442 – 1
Temos pois inventario Nº 1 – 1928:
1100 hectolitros mosto fermento = 21.172,8 kilogramas melaço
2100 “ “ geral = 56.863,8 “
3200 “ totaes 78.036,6 “
Kilogramas melaço hectolitro = 24,386 kilogramas
Vêr resultado a 9 Julho //
8 Agosto Vê dia 16 Julho Calculo para a entrega da precentagem de 25% a Possehl’s do rendimento a mais, contado a
100º Exemplo:
Fabricou-se 450.000 litros alcool em 40º Cartiere = 95,3º centecimaes, cujo preço se calcule 8$00 por litro.
x = 450.000 x 95,3 = 428.850 litros a 100º
100
x = 428.850 x 2,5 = 10.721 litros a 100º
100
8$00 a 95,3º = 8$394,5 a 100º
10.721 litros a 8$394,5 = 89:997$43 ? para Possehl’s
Para Torreão ficará do rendimento a mais 7,5% = 32:163 litros alcool a 100º, a 8$394,5 por litro a 100º
= 269:992$30? //
9 Agosto Calculo comparativo entre o rendimento pelo fermento Torreão e o fermento Possehl’s, com melaço da mesma
proveniencia do Tanque Grande Laboração de 1928, mas com precentagens assucar diferentes:
Inventario Nº 2 – 1929 ––––––– Inventario Nº 1 – 1929
Fermento Possehl’s ––––––– Fermento Torreão
Melaço com 56,22% assucar ––––––– Melaço com 61,25% assucar
1,3902 densidade ––––––– 1,442 densidade
Melaço por hectolitro = 26,582 kilogramas ––––––– 24,386 kilogramas
Baumé final ———— 1,7º ––––––– 2,07º
Acidez “ ————— 1,94 gramas ––––––– 1,82 gramas
Infermenticiveis % litros 0,500 ––––––– 0,630
Alcool % litros vinho 9,3 a 100º ––––––– 7,8 a 100º
Rendimento % assucar 62,23 a 100º ––––––– 52,70 a 100º
Infermenticiveis % melaço = 1,787 saccarose ––––––– 2,400 saccarose
Fermentação a 10,2º Baumé ––––––– 10º Baumé
Todos estes calculos são feitos pela capacidade em hectolitros de mosto feito:
Densidade Baumé dos mostos
Mosto fermento = 9,57º 32,6% ––––––– 8º Baumé 35%
“ geral = 10,5º 67,4% ––––––– 11º “ 65%
Acidez pelo sulfurico ––––––– pelo chlorydrico
Sem anticeptico mas ––––––– com Fluorure de soda,
com phosphato amonia e mosto milho
Vêr 9 julho, e 6 e 7 agosto. //
10 Agosto626
11 Agosto Temos deitado na media 325 milhas = 13 1/2 milhas por horas Até São Thomé
Hoje ao meio dia faltava 1033 milhas, que a 3 1/2 milhas por hora, são 76 1/2 horas, devemos estar na
terça feira ás 4 e meia em São Thomé o mais tardar. //
12 Agosto
Escrevi para a Madeira deitando a carta em São Thomé no dia 14/8
Hoje houve exsercício[sic] de salvação feito pelo pessoal de bordo, ás 11 horas manhã.
626 Esta página está preenchida por algarismos dispostos em operações matemáticas, de forma descontextualizada e caótica, pelo que, como tem vindo a
ser nossa prática, não os transcrevemos.
639
Falta 695 milhas
andou 333
50 horas – Segunda ás 12 horas = 24 horas
Terça ás “ 24 “
“ as 2 “
50 //
13 Agosto627
14 Agosto Chegamos a São Thomé as 2 horas tarde
Sahimos a 1/2 nuite.
Foi vesitar a Roça da Bôa Entrada, honde jantamos //
15 Agosto Cultura da beterraba em França. 1927-1928
Rendimento da beterraba por hectar – 26.570 kilogramas
Rendimento em assucar branco refinado % beterraba 12,72 kilogramas
melaço % beterraba —————————————- 4,17 kilogramas
Cossetes épuissées por tonelada beterraba 514 kilogramas (calculadas cossetes humidas).
Qual será o assucar % beterraba? Calculos provaveis:
Assucar turbinado puro obtido ......................... 12,70
Nas cossetes .................................... 0,30
Perdas
{
Nas borras ....................................... 0,08
Indeterminadas ............................... 0,30
4,17 kilogramas melaço a 50% assucar ? ........ 2,08
assucar % beterraba........................................... 15,46
Talvez dê 15,5 saccarose % beterraba?
Com cana de 13% assucar proporcional = 10,650 kilogramas assucar turbinado?
Rendimento em turbinado % assucar extrahido = 83,6% em branco refinado
Rendimento em turbinado % assucar extrahido = 83,6%. //
16 Agosto628
17 Agosto Chegamos a Loanda ás 4 horas manhã
Dei o passeio de Automovel com o Marsden para ver a cidade (70$00)
Fomos vesitar o Gerente da Sociadade da Ganda o Senhor Souvinette. //
18 Agosto Sahimos de Loanda ás 11 horas manhã
A Abuin (Benguella velha) ás 9 horas nuite //
19 Agosto Chegamos a Lobito ás 5 horas manhã, e desembarcamos ás 7 horas manhã.
Fiquei n’esta nuite no Lobito, mas fomos ao Cassequel.
Total da viagem até ao Lobito 13 dias e 1/2
Gratificações: Vapor “Angola”
Banheiro ....................................50$00
Camaroteiro ...............................50$00
Copa (criados de meza)............100$00
Bar .............................................10$00
Despezas a bordo .....................153$70
Total despezas Vinda Africa.....363$70
Avelino629 emprestou-me a 18/11 50$00 angolares. //
20 Agosto Fiquei defenitivamente instalado no Cassequel, com Marsden. //
21 Agosto630
22 Agosto
23 Agosto
627 Esta página está preenchida por uns escassos algarismos dispostos numa operação matemática, mas de forma descontextualizada e caótica.
628 Esta página encerra apenas a seguinte frase rasurada: «chegamos a Loanda?».
629 Avelino Cabral.
630 Esta e as 4 páginas seguintes estão ou vazias de conteúdo ou encerram algarismos dispostos em operações matemáticas, de modo confuso.
640
24 Agosto
25 Agosto
26 Agosto
641
27 Agosto Instalação da proveta
Patente
28 Agosto631
29 Agosto Filtros mechanicos para o xarope.
Os filtros que enviarão são filtros mechanicos S. H. Johnson & C.ª L.da de Glasgow, e não filtros Philippe
como encomendamos, ainda que na factura de 23 de Novembro de 1927 elles dizem que são Philippe.
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Julgando ser filtros Philippe fizemos a encomenda de parafelpudo em sacos proprio [sic] para este genero
de filtros e que para os filtros Johnson não podem ser aplicados tal qual estão.
Tem que se fazer o modificação dos sacos Philippe para poderem sêr usados no filtros [sic] Johnson, mas
com uma sô perna.
Vamos verificar o resultado que dão.
Vêr adiante modificação na instalação de filtragem. //
30 Agosto O meu criado chama-se Janoario
O criado de Aveline[sic] chama-se Cambuta. //
31 Agosto Nyassa para o Funchal
Principiou-se a habrir a Cassumba (poço para a agua das caldeiras e centrifugas), com 6 metros de
diametro e de altura. Poço redondo. //
Agosto Recapitulação
Capacidade das balanças:
Cada tanque da balança leva no maximo 5000 kilogramas jus = 4700 litros jus a 1,060 Densidade. Com
um trabalho maximo de 800 toneladas cana por 24 horas, a 950 litros jus total por tonelada cana, um tanque
da balança deve levar 9 minutos a encher.
Ora, 7600 hectolitros de jus total em 24 horas = 805.000 kilogramas jus, á densidade de 8º Baumé = 1,060
Densidade ou pezo do litro
Pode-se calcular que cada tanque da balança corresponde aproximado a um sulfitador-alcalinisador
Capacidade total de cada tanque 5400 litros = 5720 kilogramas jus a 1,060 Densidade //
Agosto Notas Os sulfitadores-alcalinisadores tem a capazidade[sic] util de 5000 litros
Moenda maxima:
Trabalhando 800 toneladas cana por 24 horas, a 950 litros jus total por tonelada cana, dará 7.600
hectolitros jus total por 24 horas, ou seja 317 hectolitros por hora = 530 litros por minuto.
Um sulfitador deve ser sulfitado em 10 minutos.?
Devemos contar com um sulfitador vazio para receber a garapa, e um em despejo.
Teremos pois dois sulfitadores, um em sulfitação e um em alcalinisação e junção do phosphato e
Kieselgouhr.
Dois sulfitadores = 100 hectolitros //
Agosto Notas 100 hectolitros corresponde a 10 1/2 toneladas cana.
800 toneladas cana por 24 horas = 33.330 kilogramas cana por hora; ou seja 555 kilogramas por minuto.
As 10 1/2 toneladas cana corresponde pois a 19 minutos de moenda, tempo que temos para sulfitar,
alcalinisar e juntar o phosphato e Kieselgouhr em dois sulfitadores-alcalinisadores.
Um sulfitador-alcalinisador corresponde, na proporção de jus total acima, a 5263 kilogramas cana, ou seja
aproximado 10 minutos de moenda.
O grande mexidor da garapa sulfitada-alcalinisada é do maximo util de 130 hectolitros? //
1 Setembro As 800 toneladas cana dará na media 805.000 kilogramas jus total, e dando 2 kilogramas borras por 100
kilogramas cana = 25 kilos por tonelada, dará as 800 toneladas cana 20000 kilogramas borras dos Filtros-
Presses por 24 horas = 18 Filtros-Presses pouco mais ou menos
Deve restar em jus filtrado 789.000 kilogramas jus = 744.400 litros jus filtrado por 24 horas = 31000 litros
por hora que o quadruple-effet tem que evaporar = 31 litros por metro quadrado hora = 24 litros agua por
metro quadrado hora
Xarope a 30º Baumé obtido aproximado por 24 horas 1.710 hectolitros a 30º Baumé = 7130 litros por hora
ou 119 litros por minuto.
O jus total defecado deve dár para filtrar aproximado 17 a 18 Filtros-Presses por 24 horas. De 1 1/2 em 2
horas descarrega-se um Filtro-Presse aproximadamente. //
2 Setembro Fabrica nova do Cassequel:
Moendo 800 toneladas cana por 24 horas e dando esta cana 7600 hectolitros de jus total a sulfitar e
alcalinisar, dará (sulfitadores de 50 hectolitros) 152 sulfitadores por 24 horas: Levando cada sulfitador (como
atraz a 31 de Julho) 35,5 litros de leite de cal a 20º Baumé, será por 24 horas 5400 litros leite de cal a 20º
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Baumé.
6 a 6 1/2 sulfitadores por hora. Devemos fazer por hora 230 a 250 litros de leite de cal.
A cal virgem necessaria para produzir os 5400 litros de leite de cal a 20º Baumé, deve corresponder
aproximado a 1220 kilogramas, o que dá 50 kilogramas de cal virgem por hora a derregar no preparador de
cal (Leite).
Capacidade preparador 1000 litros
E para fazer 6 preparadores de cal em 24 horas, iste[sic] é, de 4 em 4 horas.//
3 Setembro Deve-se principiar esta semana a habrir a vala para a agua da Fabrica.
Cada preparador de cal (de 1000 litros de capacidade) deve levar aproximado 220 a 230 kilos de cal
virgem em pedra.
Como temos que fazer um preparador de 4 em 4 horas, cada preparador depois do leite de cal a 20º, corre
para o mexidor seguinte que é da mesma capacidade, e uma bomba centrifuga leva-o até aos alcalinisadores.
Cada sulfitador deve levar aproximado:
Cal —— (Leite) —— a 20º – 35 litros a 36 litros
Kieselgouhr ———————- 35 a 36 litros
Phosphato de cal 8 1/2 a 9 litros //
4 Setembro Principiou-se no abrimento das valas para a agua da Fabrica, e clocação do concreto e paredes das valas
Calculo provavel dos lucros tonelada
Assucar vendido a 3$50 = Lucro 89$68
Alcool cana directo:
alcool vendido a 6$50 = Lucro 146$96
Nas condições da Lei, as fabricas matriculadas não podem importar o alcool, mas sim a Alfandega, e
n’esse caso convem fazer o alcool de cana, que dará um lucro de 1$98,6 por litro. Pode pois Torreão e C.ª
Nova fazer alcool de cana, reservando o melaço para depois Laboração. //
5 Setembro Calculos dados ao Senhor Hinton632 modificado do dia 22 julho. Torreão para assucar
Custo tonelada, a 7$30 por 30 kilogramas 243$50
Custo fabrico assucar (?) ——— 70$00
dito dito do alcool 15$00
329$00
15 litros alcool melaço a 6$50 97$50
Custo de 95 kilogramas assucar – 231$50
Custo por kilo = 2$43,6 + $120 comição = 2$55,5
Custo tonelada cana 243$50
Despezas moagem e fabrico alcool 90$50
Custo de 74 litros alcool = 334$00
Custo por litro = 4$51,4
O alcool do Cassequel, livre de direitos e impostos, sai a 3$10 por litro em 40º Cartiere, iste[sic] é, menos
1$41,4 por litro (no Funchal). O alcool Alemão sahirá mais barato?
O alcool é importado pela Alfandega. //
6 Setembro634
7 Setembro
Trabalho da Nova Fabrica Cassequel em 1928 Como primeira speriencia:
Esta fabrica em 1928 não deve moer mais de 600 toneladas cana em 24 horas, não somente devido ás
machinas serem novas, como para bem habilitar o pessoal á sua marcha regular, e á nova forma de fabrico.
Pode-se fazer pois o maximo extração.
Para 600 toneladas cana, fazendo uma extração de 95%, dará aproximado 950 litros jus total por tonelada
cana, dará 5.700 hectolitros de jus total a 8º Baumé (?) por 24 horas = 240 hectolitros por hora. Dará pois 114
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sulfitadores-chauleures por 24 horas = 5 por hora ou 12 minutos cada um <5> para sulfitar.
600 toneladas por 24 horas = 25 toneladas por hora ou 500 kilogramas cana por minuto. Deve dár 13 a
14 Filtros-Presses por 24 horas. = descarga de um filtro de 2 em 2 horas? //
8 Setembro Sendo os carros do Decoville de 1400 kilogramas cana, temos que despejar no conductor de canas 20 carros
por hora, ou seja 240 carros nas 12 horas (480 em 24 horas).
Para fornecimento d’esta cana, diz Pegado que tem que fazer 4 cortes de cana, e o chefe de campo diz
que pode fornecer á fabrica nova umas 600 a 630 toneladas cana nas 24 horas. //
9 Setembro Dei um passeio em barco no rio com o Pegado e Avelino635, onde vimos na fós 5 jacarez. //
10 Setembro Nos planos da montagem dos sulfitadores, os tanques de medição de cal tinhão uma valvula para regular
a junção da cal lentamente. Fiz retirar essas valvulas por desnecessarias, porque a cal pode ser junta de uma
sô vêz ou por vezes, sem necessidade de a juntar pouco a pouco. A mestura fáz-se bem da mesma forma, como
na Madeira.
Mandei clocar uma torneira d’ar comprimido no tubo de condução da solução de phosphato e
Kieselgouhr, para tempeza[sic], no caso de necessidade. //
11 Setembro
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12 Setembro
Modificação a fazer para 1929, augmentando mais 2 fornos grandes e um purificador do SO2
As duas series de fornos o SO2 deve hir ao apurador do SO2, e é d’esse apurada que sai todo o SO2 para
ser utilisado.
Deve ter uma nova bomba d’ar de forma a produzir 2 kilogramas pressão //
13 Setembro Como os egouts ricos da turbinagem das Melasses Cuites de 1er jet e o xarope de refonte do assucar de 3em
jet são mandados pela mesma, bomba centrifuga (o que está mais ou menos bem), mas na planta esta mestura
hia toda ao tanque do xarope normal para ser sulfitado com o xarope
Não esta bem assim:
Fiz separar estes égoûts ricos e o xarope de refonte do assucar de 3º jet para ser deitado n’um dos tanques
de xarope (Nº 1) para ser rentrados separados do xarope normal de fabricação. Ver adiante.
A bomba centrifuga dos égoûts de 2º e 3º jet, como é uma unica bomba, vai ter a desposição que adiante
digo, e que vou indicar aos monteurs. //
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14 Setembro Desposição dos tanques a égoûts:
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6 libras perção Vapor na caixa = 400 gramas
8 “ “ “ = 530 “
O 1º cuite de 250 hectolitros é feito com xarope normal, rentrando no fim os égoûts ricos e xarope de
refonte do assucar de 3º jet do tanque Nº 1. Turbinado ou em branco ou em assucar claro-amarelado. Para o
trabalho com xarope sulfitado, não ha rentradas
O 2º cuite de 250 hectolitros é feito com pé de cuite do 1º cuite, entrando xarope normal, egoûts pobres
do 1º cuite, e no fim um pouco de egoûts de 2ª.
Para trabalho de assucar BB, rentra n’este os egoûts ricos e xarope de refonte de 3º jet //
16 Setembro
17 Setembro Deve ficar concluida a montagem da chaminé, segundo o mestre Miguel (preto).
Quererá o Senhor Hinton636 meter tejoulo da chaminé por dentro este anno?
Terminou efectivamente na segunda feira (hoje)
Deve-se principiar hoje a tirar a madeira de dentro da chaminé
636 Harry Hinton.
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O clerce para os malaxeurs do 1er jet, devem ser feitos com os égoûts pobres do 1er jet (não do branco
sulfitado).
Para os melaxeurs do 2º jet, com os égoûts pobres do 2º jet.
Para os melaxeurs do 3º jet, com os égoûts ou melaço do 3º jet. //
18 Setembro Não clocando tejolo no interior da chaminé de ferro no corrente anno, pode-se dár principio ao aquecimento
da conducta dos gazes até á entrada da chaminé acendendo uma das caldeiras (a 1ª, por exemplo), durante 2
a 3 dias.?
N’este dia será para tirar os andeimes de dentro da Chaminé; trabalhando de nuite, tira-se o resto dos
andeimes? Talvez não
Principiou de noite a ser clocados os tejolos na chaminé, e concluido o interior da conducta. //
19 Setembro Como o Senhor Hinton quer meter tejolo (uns 30 pés) levará todo o dia? ou parte de nuite
Meteu-se os 30 pés de tejolo na chaminé, trabalhando dia e toda a nuite.
Terminou na Quinta-feira 20, principiando-se a fazer fogo á nuite, para secar as conductas.
Escrivi para a Madeira. //
20 Setembro Pode-se talvez formar perção na Caldeira, afim de fazer a esperiencia da marcha dos motores dos engenhos,
motores eletricos bombas da Garapa (2) e bomba de vacuo?
Temos um total de machinas a vapor
motores dos engenhos ...........................2
“ eletricos ..................................2
Bomba de vacuo ...................................1
Bomba da garapa baixa pressão .............1
“ “ alta pressão...........1
Total motores a vapor.............................7
2 pequenos motores do conductor da canna ao Defibreur.
2 bombas de alimentação caldeiras
17 motores eletricos
Todas as restantes bombas são centrifugas e mandadas por motor eletrico, assim como motores de
transmição que são eletricos.
Temos assim até hoje, 10 dias para concluir as montagens para esperiencias da fabrica, e 14 a 15 dias (até
24 a 25) para esperiencia en blanc, antes do Senhor Hinton seguir para Lisboa
Até ao fim do mez será 20 dias. //
21 Setembro Antonio Costa chegou hoje de Huambo. Veio de automovel de Loanda. //
22 Setembro637
23 Setembro Deve ficar tudo concluido para a esperiencia a agua na segunda 24 corrente
As caldeiras tiveram fogo lente[sic] até hoje.
As paredes dos fornos (exterior) fenderam um pouco. //
24 Setembro Esperiencia motor eletrico (geradores), bombas eletricas, e motores eletricos?
Á nuite, esperiencia da iluminação? //
25 Setembro 1ª esperiencia a agua, e engenhos?
1º bombagem da agua (dos tanques dos engenhos) ás balanças, sulfitadores e grande tanque. Deu bom
resultado.
2º Esperiencia dos fornos do SO2, para verificar e acertar a bomba d’ár.
Todo este trabalho deu bom resultado, fazendo a bomba que tira o jus do tanque grande aos rechauffeurs
(passando em 5 rechauffeurs) uma pressão de 70 a 75 libras = 5 kilogramas
A bomba grande dos Filtros-Presses trabalhou muito bem, fazendo uma pressão maxima de 4
kilogramas. //
26 Setembro 1ª Esperiencia dos rechauffeurs (passagem completa em todos os rechauffeurs), passagem na tubagem dos
Filtros-Presses e encher o quadruple-effet, e esperiencia das bombas dos Filtros-Presses
2ª Esperiencia da bomba de vacuo, fazendo trabalhar o quadruple effet, e bombagem da agua da ultima
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caixa (xarope ?) aos tanques das C.V.[?] a agua fria, e sem vapor.
A bomba grande (centrifuga) da agua foi-lhe retirado um tubo de 1 1/2 metros (da aspiração), porque ficava
rente ao fundo do poço. //
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27 Setembro 1º Esperiencia das Caldeiras de vacuo, fazendo trabalhar todas as caldeiras, e quadruple effet e
bomba de vacuo, para verificação d’esta no seu maximo.
Esperiencia do Quadruple-effet com vapor e condensador
Deu bom resultado, formando um vacuo de 27” a 27 1/2”.
A bomba centrifuga da agua (bomba grande) trabalhou bem, depois de retirado o tubo atraz dito.
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O Senhor Hinton640 e Marsden seguirão hoje ás 12 horas da nuite para a Madeira no vapor Loanda.
Esperiencia do corta canas e do apparelho de alimentação do conductor de canas com bom resultado. O
Senhor Hinton acistio. //
28 Setembro As esperiencias atraz do quadruple effet forão feitas hoje e não hontem.
O Senhor Hinton e Marsden seguem hoje para a Madeira as 12 horas da nuite no “Angola”.
Na esperiencia do alimentador do conductor de canas aos engenhos fêz-se a descarga de dois carros de
canas com o pezo calculado de 2000 kilogramas em 4 minutos, o que quer dizer que em 60 minutos ou uma
hora deve descarregar 30 toneladas cana ou 720 toneladas em 24 horas, isto n’uma esperiencia e com cana
Yuba com muita folha.
Deve-se porem em um trabalho normal e com o pessoal habilitado bem ás manobras, descarregar
perfeitamente as 800 toneladas em 24 horas. //
29 Setembro O corta canas, pela esperiencia de corte de um carro de canas ou talvez os dois, deu muito bom
resultado, ficando a cana reduzida a pequenos pedaços, e sahindo o conductor muito bem alimentado, não
restando no corta canas e seu eixo palha alguma embrolhada no veio das facas.
Isto deve dár o resultado de uma boa alimentação dos moinhos e um bom resultado d’elles.
As caldeiras de vapor forão apagadas, para se poder concertar as raxas dos fornos, que principiaram
n’este dia o concerto. //
30 Setembro Combinei com o Senhor Costa de na construção dos elevadores do assucar das centrifugas, forrar
por dentro com folha de ferro (lisa), afim de se poder lavar os elevadores quando fôr necessario, e mesmo não
ficar juntas da madeira.
Não foi forrado.
A construção do poço do Melaço, como levará muito tempo a construção do poço Grande, vai-se fazer um
pequeno poço para levar somente o melaço de um mez.
Calculando pois uma moenda de 600 toneladas cana em 24 horas para o corrente anno, e calculando que
cada tonelada cana dará 35 kilogramas melaço épuissée, as 600 toneladas dará 21 a 22 toneladas melaço por
dia, que em 30 dias será 650 a 660 toneladas melaço. Será um poço de 5000 hectolitros, ou seja 3 metros x
13 x 13 = 507 metros cubicos //
Setembro Recapitulação Toda a Fabrica foi esperimentada, a agua (marche en blanc), até ao Quadruple-
effet, faltando pois somente os cuites, cuja esperiencia será feita logo que as caldeiras de vapor (fornos)
estejão as partes rachadas completamente concertadas, e as modificações e consertos combinados feitos.
Até agora as esperiencias en blanc teem dado bons resultados a não ser umas pequenas deficiencias faceis
de por em ordem.
O alimentador de canas assim como o corta canas deu resultado bastante vantajoso.
Não se fêz a esperiencia dos engenhos com cana, para não perder o producto d’esta cana, mas tanto as
machinas como os engenhos parecem estar em muito bôas condições. //
Setembro Notas Modificações a fazer e montagens por concluir:
1º Tubo do vapor exausto junto á valvula de descarga que está rachado [sic].
2º Modificação na alimentação da agua fria no ballão das aguas de alimentação das caldeiras.
3º Um T entre a bomba de alimentação do jus do Quadruple-effet e o seu rechauffeur para ligação directa
650
ao tanque e com uma torneira.
Por concluir:
1º O tubo em madeira nos sulfitadores para a sahida do SO2
2º As bicas para descarga das borras dos Filtros-Presses, e condusão das reilhes para os carros e placas
tournantes.
3º Concluir os elevadores do assucar das turbinas etc.
4º Concluir a instalação da sulfitação do xarope.
5º Montar o seccador do ár para os fornos do SO2 //
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1 Outubro Modificação da moega do assucar do seccador Feita em 4 divisões
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N’um filtro Philippe de 30 quadros tem 36 metros quadrados de superfice filtrante, que em 3 filtros dará
108 metros quadrados. //
4 Outubro Principiou-se a montagem do seccador do assucar e o elevador etc. dos assucares de 2º e 3º jet. //
5 Outubro Principiou a montagem do seccador do assucar //
6 Outubro Modificação a fazer na instalação da filtração do xarope
Como segundo os planos a lavagem dos filtros, isto é, o xarope a 10º Baumé (?) que resta no filtro são
deitados [sic] na vala da agua <por A>, tem que ser modificado, porque do contrario dará uma grande perda
em xarope, todas as vezes que se descarrega os filtros.
Para isso temos que montar um pequeno filtro-presse da Fabrica velha onde se fassa passar da descarga do
filtro cujo xarope não deve ficar a menos de 10º Baumé.
Assim todo o xarope a 10º Baumé é aproveitado para juntar ao xarope normal da filtração mechanica,
restando no Filtro-Presse as //
7 Outubro borras que podem ser despresadas.
A instalação será a seguinte: Filtros Johnson
652
8 Outubro O seccador do assucar, como levou um roda [sic] de suporte nova, por isso que veio partida, houve
necessidade de dár 3 furos n’essa roda nova para se poder adoptar a roda de engrenagem de tem 6 parafuzos
e a peça nova 3 somente.
Este trabalho vai demorar a montagem do seccador. //
9 Outubro Principiou a construção do poço do melaço, isto é, preparar o fundo para receber o concreto. //
10 Outubro Modificou-se os tanques do jus do 3º e 4º engenho que na planta estava clocados os ralos errados, para poder
montar um taboleiro de transporte de bagaço
Como estava na planta
653
Na Ganda almoçamos na casa do gerente.
Dormimos esta nuite no Hambo na casa do Valentim
O Senhor Silvino de Azevedo é que levava o automovel.
É o gerente da Colonial do Comercio no Lobito etc. //
13 Outubro Passamos o dia no Hambo em casa do Valentin, dormindo mais essa nuite.
Vezitamos varias localidades proximas, e vi as construções da Aviação e uma nova instalação do posto
Zootechnico
O nome todo do Valentin é Benjamim Valentin, da Sociadade Colonial do Comercio – Huambo. //
14 Outubro Sahimos do Huambo ás 5 1/2 manhã <por outro lado> sô parando no caminho para comer alguma cousa, e
chegamos a Lobito ás 5 horas tarde.
Passamos por: 642
Toda esta viagem feita de automovel (2) hindo eu no caro do Silvino de Azevedo.
Para hir ao Hambo, percorremos 500 kilometros de estradas; sendo a viagem por Benguella!
Do Hambo para Lobito por caminho diferente são 450 kilometros de estrada, que se fáz em 11 horas //
15 Outubro643
16 Outubro Instalação completamente vedada ao bagaço para não obstruir as bombas centrifugas. No caso de acidente nas
bombas, os jus passa totalmente de tanque para tanque por A e B
17 Outubro644
18 Outubro Ficou certo hoje o movimento (centragem) do seccador do assucar!!!
Levou pois todo o trabalho de acertar o tambor do seccador 13 dias!!, ou duas semanas
Falta agora a conclusão da montagem do seccador.
Fiz vêr ao Costa a necessidade de retirar todos os andeimes o mais rapido possivel, asim de evitar a poeira
642 Espaço vazio deixado por João Higino Ferraz.
643 Página sem informação.
644 Página sem informação.
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nas machinas e motores eletricos, e terminar os trabalhos dos pedreiros no interior da fabrica.
Principiou-se hoje a montagem do tubo da bomba das centrifugas de 2º e 3º jet //
19 Outubro Acendeu-se a 2ª serie de caldeiras de vapor, para fazer trabalhar os moinho [sic], e fazer amaciar as
raspadeiras dos cylindros etc.
Não se fez isto por emquanto.
Ao mesmo tempo acertou-se e regulou-se as válvulas de segurança das caldeiras da 2ª serie e a valvula do
vapor exausto a 12 libras de perção.
O Pegado repontou com o gasto de lenha!! Dizendo que o Costa tambem se admirou?!
Mas o Costa não me disse absolutamente nada.
Disse-me o Costa que cada pano dos Filtros-Presses pagou 7$00 por pano? e que assim custava 100 reis
por kilo assucar??!! Não sei como elle fêz os calculos. //
20 Outubro Acendeu-se novamente a 2ª serie das caldeiras para verificar se as caixas tubolares do quadruple-effet perdião,
verificando-se que todos estavam bôas, não havendo perda.
Falta pois fazer a esperiencia da Caldeiras [sic] de vacuo, fornos do enxofre etc. que talvez se possa
fazer na 2ª feira 22. //
21 Outubro Deitei o bigode a baixo.!.. //
22 Outubro Vou vêr se é possivel dár principio á Laboração da Nova Fabrica, porque do dia 8 a 20 do corrente temos ainda
uns 13 dias para concluir a montagem e construção do poço do melaço, e para que corra melaço ao tanque
será somente aproximado a 24 a 26 do corrente, sendo pois para a construção do poço pelo menos 15 dias.
Não sendo ineciado n’este dia, apenas poderá ser a 29 do corrente, isto é, mais 7 dias.
Foi impossivel dár principio á Laboração da Fabrica, devido a não estar concluido os elevadores do
assucar das turbinas, seccador do assucar, armazem do assucar e poço do melaço, e ligação da bomba do
melaço de 1º e 2º jet das centrifugas. //
23 Outubro Somente se poderá dár principio á Laboração a 5 de Novembro (segunda-feira)?, parando a Fabrica Velha a
27 do corrente para liquidação, o que dá 7 dias para todo esse trabalho.
Temos pois 14 dias (até 4 Novembro) para acabar as montagens na Fabrica Nova, isto é, Elevadores do
assucar, tubo da bomba do 2º e 3º jet, descarregadores das borras dos Filtros-Presses, armazem do assucar e
poço do melaço.
Na 2ª feira (22) fêz a esperiencia da Caldeiras [sic] de vacuo, estando todas em boas condições (trabalho
com vacuo). Trabalharão somente com vapor exausto.
Acendeu-se a 1ª serie de caldeiras de vapor. O esteio da parede da caldeira (lado dos engenhos) rebentou
uma das porcas por dentro, devido naturalmente ao esforço da dilatação da parede. A 23/10 acendeu-se a 2ª
serie de Caldeiras //
24 Outubro Na 3ª feira (23) fiz a esperiencia das calandrias tubolares das caldeiras de vacuo, para verificar se perdia
alguma cousa pelos tubos das aguas condensadas, mas estavão boas.
Fiz a modificação na bomba d’ár, montando a valvula de retenção do ballão (?) como valvula de
segurança, cuja valvula tem 2”, e assim a bomba funcionou bem e sem paragens, fazendo uma pressão de 14
libras. Como porém a bomba na estremidade do pestão, quando chegava ao tampo, fazia um pequeno
repara[sic], escorregando a correia na pulé, fiz montar uma roda vulante de 300 kilogramas e assim a marcha
da bomba foi o mais regular possivel. Principiou-se hoje n’essa nova montagem da roda vulante.
Recebi cartas da Madeira pelo “Niassa” //
25 Outubro Devido a ordens e contra ordens do Pegado, os carpinteiros tinhão largado os elevadores, porque o Pegado
queria as janellas da central eletrica concluidas. Fiz-lhe vêr que assim o trabalho da Fabrica (elevadores do
assucar etc.) se atrazavão muito, e quanto a janellas pode-se fazer mesmo com a fabrica a trabalhar.
Concordou pois com isso.
Os proprios carpinteiros querem mesmo são ordens e contra ordens, porque assim o trabalho leva muito
tempo, que é o que lhe convem.
Hoje o Campbelle esteve acertando os reguladores das machinas dos engenhos, mas o 2º regulador não
fechava a tampo o vapor, mas fiz-lhe vêr que se o 1º trabalhava bem, o 2º deve tambem trabalhar. Vai
desmontal’o para verificar. Principiou hoje a fazer a cubertura das caldeiras de vacuo com madeira. //
655
26 Outubro Ficou terminada a montagem do seccador do assucar, faltando a montagem do vapor
Terminou o acertamento do regulador nº 2 da machina dos engenhos (3º e 4º), ficando a trabalhar bem.
As rutações erão as seguintes:
1ª machina (1º e 2º engenho) 50 revoluções
2ª “ (3 e 4º engenho) 59 “
Esta marcha deve ser para môer 800 toneladas cana em 24 horas.
Para 650 toneladas cana será:
1ª machina = 40 revoluções
2ª “ = 48 “
Para fazer 1000 toneladas cana deve ser:
1ª machina = 62 revoluções
2ª “ = 73 “ //
27 Outubro Ficou terminada hoje a cimentação do armazem do assucar fora da fabrica.
Ficou montado hoje uma das moegas de ferro para a borra dos Filtros-Presses
Vamos acertar hoje a machina de coser sacos (de assucar) da balança automatica do assucar de 1er jet.
Ficou terminado hoje o elevador do assucar de 2º e 3º jet.
Vão parar com o corte das canas hoje, afim de que no Domingo possão fazer a liquidação da fabrica
velha. //
28 Outubro Terminou a cana no Domingo para segunda-feira, continuando a liquidação da Fabrica.
Escrevi para a Madeira //
29 Outubro Principiou-se a montagem da modificação na Bomba d’ár dos fornos do SO2
656
30 Outubro A balança automatica de pezagem do assucar, a sua montagem não ficou como deveria têr ficado, devido a
erro da planta no seccador do assucar
Verifiquei que a 4º caixa do quadruple envia d’agua quando trabalhava a fabrica, e depois de procurar a
causa, verifiquei que era o tubo de vacuo para os descarregadores das aguas condensadas dos rechauffeurs
estava ligado ao tubo de vacuo do quadruple entre este apparelho e o condensador. Quando porem a
descarga não se fazia bem, toda a agua hia á quarta caixa. Suprimi este tubo, ligando ao condensador. //
31 Outubro Escrevi ao Senhor Hinton645 a 15 de outubro, dizendo-lhe que n’este dia se dava inicio á Laboração, se a
fabrica estivesse concluida toda a sua montagem.
Escrevi-lhe porém no dia 26/10 dizendo-lhe que somente no dia 5/11 se poderá dár principio á Laboração
da fabrica nova.
Principiou-se a limpeza da fabrica Nova com o pessoal da fabrica Velha.
Ficou liquidada a fabrica Velha no dia 1/10 de manhã (turbinagem dos ultimos cuites). //
Outubro Recapitulação
Pessoal branco para Nova Fabrica:
Um nos engenhos da cana = 2
“ nas caldeira [sic] vapor = 2
“ no descarregador canas = 2
“ no sulfitador (sulfitação) = 2
“ fornos enxofre e cal = 2
“ nos rechauffeurs = 2
“ Chefe de Filtros-Presses - = 2
“ um evaporador = 2
“ Chefe turbinador, e melaxeurs = 2
Dois cuiseurs = 4
Um bascolleur (assucar) = 2
“ eletricista = 2
“ chefe ou contramestre = 2
Total = 28
Todo o resto do pessoal, tais como machinistas e ajudantes podem ser pretos habilitados. //
Outubro Notas A 31/10 ficou por concluir defenitivamente o seguinte:
646
1º Arranjo da bomba d’ár
2º Tubo do vapor exausto que tinha partido novamente.
3º Conclusão da montagem dos elevadores do assucar (final).
4º Escadas para as centrifugas.
5º Colocação da machina de coser os sacos de assucar
6º Colocação do restante do tubo de madeira nos sulfitadores.
7º Finalisar o sulfitador do xarope.
8º Conclusão do armazem do assucar
9º “ do tanque do melaço, e sua canalisação do melaço.
10º Colocação da ultima moega para as borras dos Filtros-Presses
Teremos pois ainda 4 dias para concluir tudo que falta acima, e alguma cousa que tenha escapado á
revisão do trabalho //
Outubro Notas Dando principio á Laboração a 5 de Novembro, posso talvez seguir no rapido do dia 25 Novembro,
tendo assim assistido ao trabalho da Fabrica durante 20 dias ou seja 3 semanas.?
Sendo assim, estarei na Madeira o mais tardar a 13 ou 14 de Dezembro.
Calculando uma moenda media de 600 toneladas de cana por 24 horas em 6 1/2 dias da semana moi-se 3900
toneladas cana. N’um mez será 15000 toneladas cana.
Até 5 de Janeiro (2 mezes) deve-se moer 30.000 toneladas cana, que pode dar em assucar 2850
645 Harry Hinton.
646 Toda a informação que se segue aos 10 números ordinais desta página foi rasurada.
657
toneladas assucar branco e bruto, ao rendimento de 9,5%? Dando a cana por môer 35000 toneladas, dá
moenda até 15 Janeiro 1929 para a Fabrica Nova, dando em assucar (?) total 3320 toneladas? //
1 Novembro Ficou terminada a modificação na bomba d’ar da sulfitação.
Ficou terminado o apparelho da sulfitação do xarope, podendo pois trabalhar.
Fabrica Velha moeu 30.200 toneladas cana (pouco mais ou menos), dando em assucar 2450 toneladas B e
C. (Rendimento industrial 8,11% assucar em assucar B e C.)
Calculos
Moido na Fabrica velha 30.200 toneladas = 2450 toneladas assucar
“ “ Fabrica nova 35.000 “ ? = 3320 “ “
Total 65.200 “ = 5770 “ “ //
2 Novembro Ficou terminado os elevadores do assucar das turbinas e o armazem do assucar
Ficou clocado o tubo do vapor exausto que tinha raxado.
Seccador – granulador do assucar
(Vai trabalhar como seccador não levando vapor na Jaquet)
658
condições, faltando-lhe os copos de graxa para lubrificação nas rodas de transmição da turbinas [sic]. O
veio geral afastou de tal forma que fez uma diferença de 3/8 da primitiva, dando causa a ter estragado as
chumaceiras. //
4 Novembro 5 turbinas e veio de transmição
A chumaceira de esferas A fez cama e aqueceu. As rodas de transmição volantes não tinhão copos de
lubrificação, aquecendo muito. //
5 Novembro Principiou a moagem da cana ás 8 horas manhã, dando inicio ao trabalho (motor do corta canas) Madame[sic]
Pegado (Francisco Pegado).
Principiou mal, visto quem tendo-se metido cana na proporção de 700 toneladas por 24 horas uma das
peças do primeiro Meinek entortou rebentando os parafusos. Entrada do Meinek 2 1/2”
Foi concertado nas oficinas, dando novamente principio as 5 1/2 horas da tarde.
Contudo as paragens erão sucessivas devido ao mau funcionamento dos engenhos, por diversas causas.
Mandei moer somente com pouca cana para que os cylindros se fazerem bem as chumaceiras, e fazer
ao mesmo tempo o bom conchego das raspadeiras e alisar bem as Meineks para evitar assim a repetição
do mesmo desastre. Ainda assim os engenhos não trabalharam tem[sic] tendo muitas paragens. //
6 Novembro Principiou-se o 1º cozimento somente de xarope.
O que verifiquei não estar em condições para um bom trabalho:
1º Os engenhos mal afinados nas bagaceiras, porque caia muito bagaço.
2º O transportadores [sic] Meinek não funcionão bem quando a habertura de entrada seja de 2 1/2” como
elles dizem; vão ser alargados ao dobro, de forma a se poder fazer a imbibição a agua e a jus. Entre o 2º e 3º
moinho o tubo com haberturas não deu resultado visto entopir com bagaço miudo.
3º Os tamis dos tanques do jus, ainda que fino, cahia bagaço nos tanques que entupia as bombas
centrifugas, que não poderão funcionar. Vai-se fazer todo o possivel para que não vá bagaço aos tanques e
clocar-lhes em vidro de nivel, para se poder verificar a altura do liquido.
Levou o cosimento 4 1/2 horas na caldeira Nº 1 sô com vapor exausto. //
659
7 Novembro As 3 1/2 da tarde queimou o motor da bomba centrifuga do xarope do quadruple effet. Não foi queimado, era
xarope muito concentrado.!
Verificou-se que não era o motor queimado mas sim o tubo do xarope um pouco tapado com xarope tão
concentrado quasi com Melasse Cuite?!! Devido á marcha lenta do Quadruple
Cahio o 1º cozimento de manhã (ás 8 ou 9 horas aproximado), sendo turbinado n’esse mesmo dia ás 5
horas da tarde.
Cosimento em 4 1/2 horas!!
Deu um assucar quasi branco mas um pouco sujo.
Mau trabalho das turbinas com correias?!
Pena foi que as centrifugas não fossem hydraulicas, porque o vapor escape da bomba hydraulica não
seria de mais para as evaporações. Num trabalho normal terão de empregar vapor directo nas evaporações //
8 Novembro Liquidou-se a Fabrica para fazer as modificações nos engenhos para poderem moer normalmente, assim como
as centrifugas do assucar que não trabalhavam bem. Não pude fazer as imbibições. Bombas obstruidas
Parou-se de moer as 8 horas da tarde, fazendo-se a liquidação da Fabrica durante a nuite.
Terminou a turbinagem do 1º cuite ás 6 horas tarde!!!!, devido ao mau funcionamento das turbinas, e de
não se poder trabalhar com o seccador porque perdia assucar pela ventuinha. Fez-se em bruto.
N’este dia ardeu um talhão de cana, tendo cana aproximado 600 toneladas. O Senhor Costa decidio por a
fabrica velha a trabalhar no dia seguinte de manhã para não perder a cana ardida
N’este dia cahio o 2º cosimento. //
9 Novembro Principiou a fabrica Antiga novamente a môer ás 7 horas manhã.
Cahio n’este dia o 3º cosimento feito com a liquidação da fabrica, sendo turbinado tambem n’este mesmo dia.
O assucar era branco mas de grão um pouco fino mas de boa aparencia.
Principiou-se a desmontagem de alguns cylindros dos engenhos para verificar as bagaceiras, e deu-se
principio as modificações nos engenhos, de forma a que se possa fazer a imbibição racional como estava
determinado, mas que não se poude fazer porque nem a agua nem o jus do 4º moinho passava nos apparelhos
Meinek por ter as entradas entupidas com bagaço muido.
O Senhor Costa diz que vai despensar os serviços do Campbelle e Macdonel, ficando somente Manero.
Devem partir a 24/11 647 //
10 Novembro Pelo trabalho effectoado durante estes 3 1/2 dias – 84 horas (3 1/2 dias), apenas se poude moer 560
toneladas cana!!! = 160 toneladas por dia!!!
Este pessimo resultado foi devido tudo ao mau funcionamento dos engenhos, que quasi paravão de hora a
hora devido a diversas causas n’elles.
Assim todo o resto do trabalho da fabrica se fazia mal.
O Quadruple apenas trabalhava de tempos a tempos quando os tanques estavão cheios.
A filtração em Filtros-Presses fazia-se bem, mas o tourteau não era bastante duro devido ás paragens
sucessivas. O pessoal tambem não trabalhava bem devido em parte a não estarem habituados, mas tambem
por estupidez. O preto como sempre desemportado do trabalho e de dificil condução e comprenção. 648 //
11 Novembro Mesmo assim, se os engenhos tivessem trabalhado bem, estou certo que se fazia bem as 600
toneladas cana por 24 horas, não havendo dificuldade na sulfitação nem na filtração.
Os fornos do SO2, com as modificações feitas, trabalhavão bem, se o trabalho fosse continuo.
Os rechauffeurs tambem trabalharão bem tendo sempre a garapa defecada a 95º a 100º temperatura.
A bomba a alta pressão (Filtro-Presse) explendida; é a melhor bomba da fabrica.
Quadruple effet muito bom e de facil condução. Uma das vezez concentrou tanto, (por falta de jus) que
quasi dava um Melasse Cuite
Taxas de vacuo magnificas, tendo trabalhado porém somente as taxas grandes (250 hectolitros).
Malaxeurs de má construção no seu movimento de malaxagem.
Turbinas em más condições de trabalho.
Seccador não pode funcionar. //
647 Na margem interior da página: «Cosimento somente feitos [sic] nas caldeiras grandes.».
648 Anotação que se estende ao longo da margem dianteira: «Retirei o tubo do vacuo do condensador automatico dos rechauffurs que estava metido na 4ª
caixa do quadruple.».
660
12 Novembro649 Modificações a fazer e vários trabalho [sic] de regulação:
1º Regular os engenhos, de forma a se poder fazer a imbibição regular a agua e jus, e meter perção
hydraulica
2º Fazer as necessarias modificações nos tamis das garapas (dos tanques) de forma que não vá bagaço as
bombas centrifugas. Ferraz
3º Colocação de uma bomba a vapor, ligada com os 3 tanques, quando se dê qualquer desarranjo nas
bombas centrifugas das garapas, e poder assim continuar o trabalho dos moinhos. Lemos650
4º Colocação de uma valvula de retenção entre a bomba de circulação da garapa nos rechauffeurs, para
evitar o retroçesso da garapa dos rechauffeurs ao grande mexidor pela valvula de segurança. Ferraz
5º Concertar um tubo do rechauffer que raxou. Ferraz 651 //
652
13 Novembro 6º Colocação de um tamis nos mexidores da cal, entre o mexidor superior e inferior, para evitar que
vá ao segundo mexidor pequenas pedras que veem na cal, e que entopem a bomba centrifuga que leva a cal
aos sulfitadores-chauleurs. Ferraz
7º Colocação ou augmento do tubo de tirar o ár ou vapor do ballão da garapa defecada (baixa pressão)
elevando-o a uma altura maxima, para vêr se se pode evitar estár sempre a habrir e fechar a torneira de
descarga na plantaforma dos Filtros-Presses. Ferraz
8º Fazer as necessarias modificações nas turbinas do assucar
9º Terminar a montagem completa do seccador do assucar, metendo-lhe um corta-ár na entrada do
esquentador e, a caixa de retenção d’assucar a sahida da ventuinha. 653 //
14 Novembro O bagaço dos engenhos deu para o trabalho da fabrica nas condições atraz ditas, havendo ainda um
pequeno excesso, mesmo com a pequena moenda diaria que se fez, o que prova que com a moenda regular o
bagaço deve dár para todo o trabalho, e restará bagaço para stock.
Tivemos uns pequenos acidentes, de vir agua á bomba de vacuo (?), mas vamos verificar qual a causa.
Se ficar concluido todos os arranjos na Fabrica Nova até hoje, pode-se dár principio na quinta-feira 15 a
môer?
Como a engrenagem que manda o transportar do bagaço ás caldeiras (no extremo do conductor) com
motor eletrico, aquecesse muito, verifiquei que na caixa de velocidade estava cheia de graxa, quando devia
ser com olio, por isso que tinha um vidro de nivel de olio no fundo da caixa de ferro
Campbelle instou com Manero que era gaxa[sic]!!! Ferraz //
15 Novembro Principiou a moer novamente ás 11 horas manhã. Tudo corria mais ou menos normalmente,
trabalhando com pressão hydraulica de 50% (cousa que ainda não se tinha podido fazer), quando a chumaceira
do cylindro de sahida, o de baixo, sahio fora do seu logar, dando a volta á roda do eixo. Tivemos que parar ás
2 horas tarde. Metemos novos parafusos porque tinhão rebentado, e continuamos novamente a trabalhar. Á
nuite, 9 horas aproximado, o Lemos veio-me dizer que os parafuzos tinhão rebentado novamente!!! Tivemos
que parar, para principiar no dia seguinte.?
Nota: A pressão hydraulica foi sô de 50% do normal.
649 Na margem esquerda das três páginas seguintes (margem dianteira na 1ª e 3ª e interior na 2ª), incluindo esta, colocou Higino Ferraz, por vezes, dois
nomes («Ferraz», referindo-se decerto a si mesmo, e «Lemos»). Optamos por colocar esses mesmos antropónimos (designativos, com certeza, da pessoa
responsável pelo processo técnico e industrial descrito) no fim do parágrafo ou alínea a que se referem.
650 Sobre as palavras deste último período de texto grafou-se, na diagonal e com letras maiores que o habitual: «Não se montou».
651 Anotação no pé da página: «O tubo de vacuo dos rechauffurs para descarga do condensador automatico, hia ao tubo do Quadruple metendo agua n’elle;
modei para o condensador.».
652 Apontamento na cabeça da página: «Tive um grande desgosto!! (Avelino)». O sobrenome de Avelino é Cabral.
653 Anotação no pé da página: «Mandei cortar 2 pés no tubo de 3” dos separadores do quadruple e taxos, porque hia agua a bomba de vacuo quando tapava
com lameiro».
661
16 Novembro Verificou-se que a chumaçeira do lado oposto estava nas mesmas condições, sendo tambem
arranjada.
Como todas as chumaceiras do cylindro inferior <de sahida e entrada> de todos os engenhos são d’esta
mesma Patente, tenho receio que o mesmo aconteça a todos em poucos dias.
Verificou-se (Manero, Lemos e Almeida) estando eu presente, que algumas das chumaceiras de todos os
engenhos principiavão a se deslocarem, e assim acharão mais conveniente não continuar sem primeiro
arranjar todas as chumaceiras inferiores, tanto da entrada como da sahida, da mesma forma que se fêz ás do
4º moinho, isto é, metter-lhe parafusos justos com a parte fundida e um pouco mais groços, de forma a não
terem folga como os que vierão.
Ficou pois decidido não trabalhar sem estar tudo em condições.
Foi o que decidio o Senhor Costa. //
17 Novembro Foi posta em marcha novamente a fabrica Velha!!
Estou de tal forma aborrecido e desgostoso com tudo isto, que a minha vontade era desaparecer da
Africa!!!
Dizem os mestres que todo este arranjo leva pelo menos 7 dias, visto termos de desmontar ou afastar os
cylindros inferiores, para lhe poder tirar as chumaceiras. São 14 chumaceiras a arranjar.
A pressão hydraulica que se meteu foi somente 50% da normal, e o bagaço sahia bom em todos os
engenhos. Não se tinha principiado as imbibições regulares.
Os parafuzos que seguravão a chumaçeira ao seu suporte fundido erão de 3/4”, e forão metidos <todos>
parafusos de 7/8” justos com a peça fundida de suporte. Tinhão pois uma folga de 2/16 //
18 Novembro O seccador do assucar (caixa de madeira) para retenção do assucar levado pela ventuinha, ficou
concluido hoje, podendo pois funcionar todo o systema.
As desmontagens das chumaceiras nos cylindros inferiores são um pouco dificeis e demoradas, devido a
têr muitas cousas a retirar para se poder tirar as chumaceiras.
662
Ficarão hoje 8 chumaçeiras montadas; ou seja os engenhos 3º e 4º
Decidiram meter somente um parafuzo ao centro da chumaceira, e um na parte inferior, isto é, fica com 6
parafuzoz em logar de 4 como tinha.
19 Novembro Os esteios das caldeiras de vapor (!), os parafusos inferiores (B) rebentarão duas vezes durante as
esperiencias da Fabrica!!
663
Como veio do fabricante
Nota: O parafuso que se meteu ao centro está fora da circulação da agua.
Todos os parafuzos de 7/8 foram novos e justo com a peça fundida. //
21 Novembro Transportadores do bagaço ás caldeiras
Dificuldade de tiragem do bagaço, quando um pouco grande
Parou varias vezes por diversas causas
664
Lemos quer modificar a parte A, de forma a cahir o bagaço em B. Deu um pouco de resultado
A caixa de volocidades deve ser outra, de forma a andar um pouco mais //
22 Novembro Principiou novamente o trabalho da fabrica Nova, ás 8 horas manhã, trabalhando os engenhos bem,
assim como a sulfitação e filtração.
Os engenhos, alguma chumaceiras [sic] aquecerão um pouco, mas não cousa que desse logar a parar.
O transportador do bagaço ás caldeiras é que teve uma pequena paragem devido a não passar bem o bagaço
A caixa de velocidade deveria andar um pouco mais rapida.
O Quadruple bem. Foi agua novamente á bomba de vacuo, mas descubri que a causa foi a falta d’agua
no tanque, mettendo ár na columna, produzindo um entrenement da agua no pequeno condensador, o qual
não dava sahida a toda a agua do entrenement. //
23 Novembro As 12 horas nuite de 22 para 23, os bronzes (chumaceiras), que tinhão sido concertados, do 4
engenho (2, do cylindro de sahida) rebentarão novamente sendo necessario parar a fabrica!!!
Raios os partão
Estas chumaceiras (2) não tinhão levado o parafuso ao centro.
Estou com receio que aconteça o mesmo ás outras que forão metidos o parafuzos [sic] ao centro!! N’esse
caso a fabrica não poderá trabalhar em 1928.
Principiou novamente ás 5 horas da tarde, moendo regularmente, mas com pouca imbibição. (Não posso
regular). Como tinha stock de jus e xarope, trabalhou das 6 horas em diante, o Quadruple e um cuite pequeno.
A agua para os condensadores era muito irregular, o que daria causa de vir agua á bomba de vacuo, quando
entrava ár pelo tubo.
Moenda de 500 a 520 toneladas cana, sem perção hydraulica //
665
24 Novembro
666
25 Novembro 1000 metros quadrados surface de chauffe Quadruple-effet para um trabalho continuo e automatico.?
Para poder regular este apparelho com a marcha que temos nos engenhos, e mesmo n’um trabalho normal,
tevemos que montar as valvulas A, B, C, para regular a garapa ou jus em cada caixa conforme as necessidades,
isto é, mais ou menos jus produzido
Os reguladores de alimentação D, E e F de nada servem, porque o jus passa de caixa a caixa até
encher a 4ª caixa, e passar o xarope á columna barometrica. //
26 Novembro Os tanques dos égoûts são aqucidos[sic] pelo vapor directo por tubo com furos, e a montagem está
mal feita, dando causa a que quando falta vapor no tubo geral, (devido á valvula de redução que é pessima)
os egouts passarão ao tubo geral, sahindo na boite á chagrain.!!
667
Montagem correta a encarnado.
A pequena bomba eletrica para a alimentação geral da fabrica com agua fria é insuficiente para o
trabalho medio. A cacimba ainda não está montada para a tiragem da agua, faltando a montagem da bomba.
Os mestres teem estado muito occupados com o engenho etc. //
27 Novembro Veio tambem agua á bomba de vacuo, mas d’esta vez não foi devido á falta d’agua no tanque, mas
creio eu que devido a agua condensada acomolada no tubo de vacuo geral, como ao principio julgava e fez o
Chma[sic]?
Temos pois que vem agua á bomba de vacuo por trez razões differentes:
1º por descuido de falta d’agua
2º por a cacimba de culumna barometrica estar cheia de lameiro ou areia (foi remediado pelo corte do
tubo do pequeno condensador)
3º Por acomolação de agua destillada (ou agua do vapor do jus) no tubo geral do vacuo á bomba, que
fica inferior aos condensadores. A montagem assim não é correta. Deve têr pois em ballão antes da bomba,
afim de receber a agua, e evitar levar fora o tempo do cylindro da bomba de vacuo.
4º Por descuido do pessoal
Montagem correta, vêr adiante
Apenas teve 6 dias com um trabalho mais ou menos regular (de 23 a 29) antes de partir para a Madeira. //
28 Novembro Condensador do Quadruple
668
29 Novembro Segui para a Madeira no Niassa n’este dia ás 2 da tarde.
Fiz vêr ao Costa a necessidade de encomendar para o proximo anno dois fornos para produção de SO2 do
typo Alemão, eguaes aos que temos na Madeira. Elle concordou. Isto é para o caso de no anno proximo der
que moer 700 a 800 toneladas cana em 24 horas.
Os fornos actuaes, mesmo trabalhando com cuidado apenas pode dár para 600 toneladas cana.
Deixei ao Lemos um schma para a montagem em comonicação com a tubagem existente.
Actualmente devemos estar moendo uma media de 500 a 550 toneladas cana, se o trabalho fosse continuo.
A quantidade de bagaço restante era importante, mas isto devido aos engenhos não terem o seu[?]
maximo de pressão hydraulica. //
30 Novembro Em Loanda ás 12 horas
No dia 26 ás 6 horas manhã tivemos que parar novamente, devido a não se poder alimentar as caldeiras
com agua. Verificada a causa, viu-se que no fundo do tanque no tubo que alimenta as bombas tinha uma chapa
furada (?!!!), e que esta uma saca d’entro. Esta chapa furada no fundo de um tanque fechado e com agua
quente, somente caba[sic] na cabeça d’um burro!...
Esteve parado 4 horas devido a este acidente.
Com a chapa furada e tapada com um pano (que servia de filtro?!!) as bombas fazião mais força a tirar a
agua do que a meter nas caldeiras?! Depois trabalhou as bombas muito bem, como nunca tinha visto
trabalhar //
Novembro Recapitulação
Cana trabalhada na 1ª esperiencia da Fabrica Nova,
entre o dia 5 e 8 de Novembro 1928. —————- 560 toneladas cana.
3 1/2 dias de moenda!!!
Assucar 1 jet obtido ————— 28.329 kilogramas
er
669
Melaço provavel = 20.700 kilogramas
Melaço % cana = 3,7 kilogramas
Calculando cana com 12% assucar?
Perda em assucar total = 20.300 kilogramas
Perda % cana = 3,6% //
Novembro Notas Este rendimento minimo foi devido principalmente ao mau funcionamento dos engenhos, cujas
paragens serão constantes; por não se poder fazer as imbibições regulares por isso que todos os injectores
taparão com bagaço, mesmo o da agua de imbibição. Não se poude fazer a imbibição
Todas estas paragens deu em resultado as perdas seguintes:
Alguns Filtros-Presses o tourteaux era pessimo, e em outros bons.
Por inexperiencia do pessoal muita garapa foi perdida nos engenhos, e além d’isso as bombas centrifugas
das garapas e jus entupirão, dando em resultado derramar garapa. Nas balanças tambem houve um descuido
e derramou.
No tanque do Quadruple derramou 3 vezes por descuido do pessoal, e passou xarope da ultima caixa ao
condensador por 2 vezes, devido ás paragens da bomba d’ar, porque vinha algumas vezes agua á bomba
Nos cuites, uma vez veio xarope ao condensador, pela mesma causa. //
1 Dezembro Calculos provaveis 1928 Fabrica velha. (Calculando a cana com 12,5% assucar?)
Extração actual 81% = 10,125 assucar extrahido
Rendimento em turbinado branco e bruto 80% (?) do assucar extrahido = 8,100% cana, que foi o
rendimento real até hoje (medio).
Fabrica Nova, a 22/11/928, pela analyse do bagaço, com muito pouca imbibição, e mau trabalho dos
moinhos da cana, não calculando perdas havidas por diversas causas.
Assucar % bagaço 3,9 a 32 kilogramas bagaço % cana (?) = 1,25 assucar % cana: (bagaço ás caldeiras)
Assucar extrahido = 12,5 – 1,25 = 11,25 assucar extrahido ou 90% extração.
Rendimento em turbinado 80% do assucar extrahido, como na fabrica velha = 9% assucar turbinado
branco e bruto.
Se se tivesse obtido uma extração de 95%, o rendimento (proporcionalmente) seria 9,5% em branco e
bruto, ou seja 1,4% mais em assucar do que na Fabrica velha. //
2 Dezembro Na terça feira 27/11, um preto turbinador meteu um pé no pequeno malaxeur das turbinas, cortando-lhe um
pé!! É um pessoal dificil de meter na ordem. As correias das centrifugas estragão-se facilmente (já tem
dua[sic] estragadas.?!.
No dia 29/11 existia na occasião da minha sahida, muitos egouts de 1ª para coser em 2ª.
Quando sahi, estava em turbinagem o 1º cuite de 2ª que dava assucar branco pela lavagem.
Esta quantidade enorme de egouts de 1ª, foi devido ás paragens, não se podendo fazer cuites de 2º jet.
Estes egouts pertencem tambem aos 1º cuites turbinados, que existia os tanques cheios. //
3 Dezembro As turbinas de 2º jet (e 3º jet) a 29/11 trabalharão um pouco melhor, por isso que estavão mais bem montados,
mas tambem pelo pessoal já estar um pouco habilitado ao trabalho d’ellas.
A filtração da garapa nos Filtros-Presses sempre bem, e constatei que talvez melhor do que na Madeira,
dando um jus claro e brilhante. Os filtros trabalhavão bem, tanto na baixa como na alta pressão.
Tambem verifiquei uma cousa bastante coriosa, que era as borras serem negras como carvão, e isso
devido á cana ser queimada (felha), mas que o jus ficava mais claro do que na Fabrica Velha, e atribui a
isso o carvão produzido pela queima das folhas, ser um decolorante e ajudar um pouco a filtração da
garapa. O assucar obtido era bastante branco. //
4 Dezembro Em todos os cuites de 1er jet levou reentrada d’egouts, uns mais outros menos.
O pessoal porém não estava ainda bem habituado á forma de fazer as rentradas dos égoûts nos cuites de
1ª, e tambem nos cuites de 2º jet.
Deixei por escripto a forma de proceder com relação aos cuites e trabalho dos égoûts, nas seguintes
condições:
Cuite Nº 1 somente xarope
“ Nº 2 xarope e égoûts do cuite nº 1.
670
Cuite Nº 3 pé de cuite, sendo possivel do cuite Nº 2, e terminado com os égoûts da turbinagem do Nº 2.
Cuite Nº 4, pé de cuite do Nº 3, sendo possivel, e entrada dos égoûts do Nº 3. Os egoûts d’este será
melaço. //
5 Dezembro O Senhor Costa recebeu um telegram[sic] em São Thomé, dizendo que a Fabrica hia bem, mas o assucar de
2ª não dava amarello (?!). Á bomba de vacuo, continuava a hir agua (?)
Razões:
Se o assucar é branco, está pois a fabrica em boas condições de fabrico, e é necessario notar que o xarope
não é sulfitado nem filtrado, e que devem estár fazendo rentradas dos égoûts no cuite Nº 2 como recomendei.
Se o assucar de 2ª não dá amarello, isso apenas prova que o jus tratado está livre de impurezas, porque
são as imporezas e más condições do jus tratado que se caramelisando dão ao assucar a côr amarella. Prova
pois do bom fabrico o não dár assucar amarello. O de 3ª //
6 Dezembro naturalmente ainda não foi turbinado, e assim não se pode vêr o typo que dá.
Quanto a agua vir á bomba de vacuo, já atraz disse quaes as causas, mas vou ainda repetir, porque são
diversas, e assim darei por ordem:
1º Pela cacimba da columna barometrica do Quadruple estar cheia de lameiro e areia.
2º Por descuido do evaporador ou cuiseur habrir 1º a agua e depois o vacuo, e isto feito bruscamente. Um
dos evaporadores trabalha bem sem hir agua á bomba. Porque é que o outro não faz o mesmo, tendo eu e o
primeiro evaporador ensinado a
forma de proceder?!
3º Por falta d’agua no grande
tanque como atraz explico, e
que é facil evitar //
7 Dezembro havendo cuidado na alimentação
da vala, e que se sempre disse
necessitava um levadeiro
constante, afim de verificar a
quantidade d’agua que deve vir á
Fabrica.
4º Por condensação d’agua
no tubo geral do vacuo que vai á
bomba, e que n’um momento
dado vai á bomba de vacuo. Isso
sô se pode evitar com um ballão
como atraz explico e que
aconselhei, e que o Lemos me
disse que faria o mais breve
possivel. //
8 Dezembro Schema dos condensadores
671
9 Dezembro Modificações a fazer em 1929 na Fabrica Nova do Cassequel:
1º Engenhos: Se os Meinks não fizerem bem a imbibição do jus e agua, por entupirem as entradas, é
necessario modificar a imbibição dos bagaços á sahida dos Meinks. (?).
Modificar as chumaceiras inferiores dos engenhos, montando chumaceiras todas de latão.
Fazer a imbibição agua entre o 3º e 4º moinho com agua quente, mas em condições que possa ser regulada.
(A torneira actual que foi montada em 1928 não esta em boas condições). Deve ser uma torneira mais pequena
de 1 1/2”
Modificar o conductor do bagaço ás caldeiras, alargando-o um pouco mais, ou tendo uma caixa de
velocidades que dê mais rapidez aos transportador.
Dár o seu maximo de pressão hydraulica aos engenhos, para ter o bagaço ás caldeiras mais secco, //
10 Dezembro porque em 1928 o bagaço sahia um pouco humido, e assim o vapor formado nas caldeiras de vapor
apenas dava para os motores, e quando se tirava vapor directo, as caldeiras baixavão a pressão, não se podendo
môer. Havia sempre excesso de bagaço por dificuldade de combustão do bagaço humido.
2º Sulfitação: Montagem de uma bomba d’ár em boas condições para alta pressão, até um maximo de 2
kilos, porque a actual apenas trabalha bem a 0,800 kilogramas e aquece demasiadamente e demanda muita
força no motor eletrico.
Montagem de mais dois fornos Alemães, para SO2 com seu filtro, ligado ao tubo actual do SO2, para se
poder moer 800 toneladas cana e sulfitar o xarope o Quadruple. //
11 Dezembro 3º Alcalinisação: A bomba centrifuga actual não serve porque o veio da bomba estraga-se muito
rapidamente (em 2 dias!!). Deve, ou ser montado um monte-jus, ou uma pequena bomba a vapor.? Um monte-
jus é mais simples e não se desarranja, com a condição que tenha ár comprimido no ballão a 2 kilogramas de
pressão, para poder elevar o leite de cal aos sulfitadores. Capacidade monte-jus = 500 litros
4º Quadruple-effet: Para se poder trabalhar bem com este apparelho com as quantidade [sic] de jus que
os moinhos produzirem, e trabalhar somente com vapor exausto, deve ser montadas torneiras entre os
reguladores automaticos e a caixa seguinte, afim de poder regular a altura do jus nas caixas á mão, e não
acontecer como em 1928 que o jus passava de caixa a caixa até á 4º enchendo-a //
12 Dezembro enchendo-a [sic] demasiadamente, e mesmo poder regular bem a densidade do xarope na 4ª caixa,
que algumas vezes ficava quasi como Melasse Cuite (sendo necessario meter agua), outras vezes o xarope
tinha que ser tirado muito fraco (15º a 17º Baumé!!), para que não passa-se á columna barometrica (com[sic]
aconteceu 3 vezes).
5º Bomba de vacuo: Montar um ballão entre o tubo do vacuo e a bomba, para evitar hir agua a essa bomba,
por ser bastante perigoso.
6º Centrifugas: Modificar este appelho[sic], metendo-lhe chumaceiras no veio de transmição em boas
condições, e engraxadores nas volantes de transmição ás centrifugas etc. etc.
O resto da Fabrica está em boas condições de marcha. //
13 Dezembro Devo estar na Madeira Cheguei á Madeira ás 4 horas manhã Desembarquei a 7 horas manhã
Não esquecer encomendar uma bomba de pestões dupla para tirar o melaço dos preços. Deve ser uma
bomba 5”
Modificar a bomba de extração das aguas condensadas do Quadruple por uma bomba de latão
Gratificações a bordo Nyassa
Banheiro 55$00
Camaroteiro 55$00
Copa (criados mesa) 105$00
Bar 15$00
230$00 //
14 Dezembro Notas: Madeira: As medias de 8 anno [sic] (1921 a 1928) deu o seguinte resultado.
Assucar % cana = 13,3%
Extração 97 kilogramas %
Turbinado obtido — = 9,550 kilogramas % cana
Melaço ————— = 5 kilogramas % “
672
Rendimento do melaço = 30,84 litros % melaço
Alcool 1,54 litros alcool % cana.
Fazendo o epuissement do melaço, devemos obter somente 4,500 kilogramas melaço % cana, dando pois
menos 0,500 kilogramas melaço = 250 gramas assucar que dará mais em turbinado
Assim o rendimento em turbinado = 9,800 kilogramas % cana
melaço ———————- 4,500 kilogramas % “
Rendimento do melaço = 30 litros % melaço
alcool 1,35 litros % cana.
Deduzindo quebras dará 1,33 litros alcool % canna
Este calculo é para assucar branco de 99,6º polarisação
Assucar extrahido = 12,9% cana
Rendimento em turbinado = 75,9% do assucar extraido. //
15 Dezembro Modificação aos calculos feitos a 5 setembro, com a nova Lei Saccharina (modificada):
cana com 13% assucar
Custo da tonelada cana, a 7$30 por 30 kilogramas =243$50
Custo fabrico assucar 70$00
“ “ alcool 15$00
329$00
15 litros a 7$00 (entregue Alfandega) 105$00
Custo de 95 kilogramas assucar 224$00
Custo do assucar branco:
Custo por kilo = 2$35,8 + $15 <comição> = 2$50,8
alcool de cana directo:
Custo tonelada cana —————— 243$50
Despezas moagem e fabrico alcool 90$50
Custo de 74 litros alcool = 334$00
Custo por litro = 4$51,4
Venda a 7$00 = Lucro litro 2$48,6
Com o assucar vendido a 3$60 por kilo, dá lucro de 1$00 por kilo assucar livre de impostos etc. //
16 Dezembro Para Torreão 1929 (??) Calculo sobre 20.000 toneladas cana? Lucro bruto
Assucar 1.900.000 kilogramas a 1$00 = 1.900$00
Cabendo a Torreão 450.000 litros alcool (?) como temos do melaço 300.000 litros, falta 150.000 litros, que
feito de cana directamente, será apoximado 2.030 toneladas cana.
Os 150.000 litros dará lucro bruto 372:000$00
Lucro bruto no assucar —————— 1.900:000$00
Lucro bruto total 2.272:000$00
Para fabricar 150.000 litros alcool de cana directa, levará 43 dias.
Lucro bruto total 2.270:000$00
Despezas totaes anno? 1.270:000$00
Lucro liquido 1.000:000$00 //
673
Vê-se pois não haver grande conveniencia de fazer o épuissement completo dos melaços, porque fazendo
o épuissement o assucar sai um pouco mais caro.
Lucro liquido por kilograma assucar 1$00 = 98$00 por tonelada cana.
A razão é porque, mesmo com o alcool, a 7$00 por litro, o valor do alcool é superior ao valor do assucar
a 3$50
Por 100 kilogramas assucar 60 litros alcool:
60 litros a 7$00 – 60$00 fabrico = 360$00
100 kilogramas a 3$50 —————- = 350$00
Diferença a favor do alcool = 10$00
Se o assucar for a 3$60, será valor egual //
18 Dezembro Cassequel: 1929 Cana com 13% assucar (media)? Extração 95% do assucar
Pureza de 83º (media)?
Com assucar branco 70%, bruto 30%: media será 78% do assucar extrahido da cana em turbinado.
Branco 99,3º polarisação
bruto 90º “
Assucar extrahido (95%) —— = 12,35%
Perda no bagaço = 0,65%
13 %
Rendimento:
78% em turbinado = 9,633
kilogramas com media 96,7º = 9,315 kilogramas a 100º
Perda no bagaço = 0,650 “
“ nas borras = 0,200 “
“ indeterminada maxima = 0,500 “
assucar no melaço (?) = 2,335 “?
assucar % cana = 13,000
Com melaço de 50% assucar total, corresponde os 2,335 kilogramas assucar a 4,670 kilogramas melaço
% cana?
Saccarose no melaço = 35%
glucose “ 15%
assucar total = 50%
Se dér somente 4 kilogramas melaço, dará assucar 9,900 kilogramas media. //
19 Dezembro 1929-1930 Calculando 100.000 toneladas cana:? Como calculo atraz:
Em turbinado branco = 6.743 toneladas de 99,2º polarisação
“ “ bruto = 2.890 “ de 90º polarisação
Total em turbinado 9.633 “ = 96,7º polarisação
100.000 toneladas cana a 45$00 tonelada = 4.500 contos
Despezas fabrico Total a 25$00 tonelada (?) = 2.500 “ ?
Total = 7.500 “ = £ 73680 a 95$00 por £?
Fabrico assucar 25$00 maximo
Sai o assucar (não contando o melaço) a 726$67 tonelada a 95$00 £ = 7.13.0 tonelada
Valor dádo no Cassequel £ 10 por tonelada assucar?
O assucar branco deve dár livre £ 18 tonelada?
“ bruto “ “ £ 12 tonelada?
Media £ 16.4.0. por tonelada assucar
6743 toneladas branco a £ 18 = £ 121.370
2890 “ bruto a £ 12 = £ 34.680
Total £ 156.050
Custo cana e fabrico £ 73.680
Lucro assucar £ 82.370 = 7.325 contos?!!
674
Dá lucro de 83$24 por tonelada cana.
Dará em melaço 4.670 toneladas = 1.167:000 litros alcool //
20 Dezembro Custo do alcool do melaço:
Despezas de fabrico a 800 reis litro = 934 contos
Amortisação e juro <20%> Fabrica 1000 contos 200 “
Não contando valor melaço = 1.134 “
Custo litro alcool = 972 reis a 1$00
Com a mestura de 25% gazolina, sai por litro a 1$45 a 1$50
Vendendo a 1$90 dá lucro 400 reis por litro de Cassecol
1.167.000 litros alcool leva 291.750 litros de gazolina = total 1.458.750 litros de Cassecol a 400 reis lucro
= 585 contos
O assucar e alcool, lucro bruto = 8.400 contos = £ 88.420
Para vender n’um anno todo o Cassecol, deve ser vendido 4050 litros por dia.
Valor do melaço = 120 reis kilo //
21 Dezembro Calculando em 1929 80.000 toneladas cana ? 13% assucar
Trabalho de 700 toneladas cana por dia no Cassequel (Fabrica Nova) para uma extração maxima de 95%
do assucar da cana, e maximo de épuissement do melaço (4 kilogramas melaço %)
9,900 kilogramas assucar total turbinado
Assucar branco 70% – de 99,3º polarisação 5.544 toneladas
Bruto 30% – 90 “ 2.376 “
Total assucar de 96,5º polarisação 7.920 “
Dias será 115, Laboração = 5 mezes, isto é, de Julho a Novembro de 1929.
Calculos:
80.000 toneladas cana a 45$00 tonelada = 3.600 Contos
Despezas totaes de fabrico a 30$00 “ ? = 2.400 “
Custo total —- “ ——- 6.000 “ = £ 63.158 (cambio de 95$00)
Vendas:
5.544 toneladas branco a £18 por tonelada = £ 99.792
2.376 “ bruto a £ 12 “ “ = £ 28.512
Total venda assucar £ 128.304
Custo cana e fabrico £ 63.158
Lucro bruto £ £ 65.146
Lucro bruto tonelada assucar = £ 8.4.6
Em melaço dará 3.200 toneladas. Valor £ 4000
Temos além d’isto o lucro da refinaria.
Lucro bruto total = £ 69.146 ou 6.568 contos (cambio de 95$00) //
22 Dezembro Comparação com Fabrica Velha Extração de 81% do assucar Em melaço 3,200 kilogramas % cana.
? a 50% assucar
13% assucar na cana, com extração 81% = 10,53%
Perda no bagaço – 2,47%
13,00
Rendimento
Branco 40% de 99,2º polarisação
Bruto 60% de 93º “
}
= 95,5º polarisação
80% em turbinado branco e bruto = 8,424 kilogramas com media de 95,5º polarisação
% cana será:
8,424 kilogramas assucar total a 95,5º = 8,045 kilogramas % cana
Perda no bagaço = 2,470 % “
675
“ nas borras ? = 0,150 % “
“ indeterminada = 0,735 % “
assucar no melaço = 1,600 % “
assucar % cana = 13,000
Nota: Este calculo é feito, contando que a cana em 9 mezes de Laboração (80000 toneladas) conserve a
percentagem de 13% assucar e com uma pureza de 83º, o que duvido?! //
23 Dezembro Calculo sobre 80.000 toneladas cana. Trabalho medio de 350 toneladas cana por 24 horas no
maximo?? em 1929.
Seria uma moenda de 230 dias ou seja 9 mezes!! Junho 1929 a Fevereiro de 1930!!
Resultado:
40% branco de 99,2º polarisação = 2.696 toneladas assucar
60% bruto de 93º “ = 4.043 “ “
Total assucar = 6.739 “ “
80.000 toneladas cana a 45$00 toneladas = 3.600 contos
Despezas totaes de fabrico a 20$00 ? = 1.600 “
Custo total = 5.200 “ = £ 54.737 (cambio de 95$00)
Vendas:
2.696 toneladas a £ 18 tonelada branco £ 48.528
4.043 “ a £ 13 “ bruto £ 52.559
Total venda assucar £ 101.087
Custo cana e fabrico £ 54.737
Lucro bruto £ 46.350
2560 toneladas melaço a 120 reis = £ 3.233
Lucro bruto total £ 49.583
Lucro bruto total Fabrica Nova £ 69.146. Dá mais £ 19.563 = 1.858 contos //
24 Dezembro 1929. Fabrica Nova
Se em 1929 tiveram 80.000 toneladas cana, dará em melaço épuissée 3200 toneladas, que calculando um
rendimento de 26% em alcool, dará 832.000 litros alcool 40º será uma destillação de 360 dias !! na destillaria
existente.
Levando 25% de gazolina será um total de 209.000 litros gazolina
Total em Cassecol = 1.040.000 litros
Esta destillação, porém, deveria ser feita em 8 mezes no maximo, e produzindo o Ether para mesturar com
o alcool, ou Cassecolite, não empregando assim a gazolina.
Daria assim 830.000 litros de Cassecolite.
Qual será a differença de lucro? //
25 Dezembro Calculo do Cassecolite:
Despezas de fabrico de 830.000 litros a 1$00 = 830 contos
Amortisação e juros de 1500 contos a 20% 300 “
Não contando valor melaço1.130 “
Custo do litro alcool = 1$36
Sai por litro a 1$36 cassecolite.
O Cassecol sai a 1$50
Differença $14 por litro a favor do Cassecolite.
Vendendo o Cassecolite a 1$90 por litro dá lucro de $54 por litro.
Em 830.000 litros = 448:000$00
Sai valor melaço = 140 reis
Para fazer a destillação de 832.000 litros alcool em 8 mezes = 240 dias, necessita um apparelho que destille
3500 litros alcool por dia. Destillador-retificador continuo.
A destillaria antiga existente apenas pode produzir 2.300 litros alcool.
676
Falta pois 1.200 litros alcool
Os 1500 litros <a 1600> será feito [sic] em Ether Sulfurico
em apparelho especial = 43% do alcool
45% “ Segue apparelhos //
26 Dezembro Para produzir 3500 litros alcool por 24 horas, será um apparelho Saval (Lépage, Urbain) Nº 7 de
9000 kilogramas de peso.
Meu U2
O seu custo em França = 178.000 francos
recoperador calor vinhão = 14.500 francos
Embalagem 4% do valor = 7.700 francos
custo total 200.200 francos.
Columna para Ether sulfúrico Typo R2 Para 1500 litros Etheres?
Custo? ————— 100.000 francos?
Custo total dos 2 apparelhos 300.000 francos?
a 900 reis por franco = 270:000$00
Predio e montagem 80:000$00 ?
Custo total 350:000$00
Para este trabalho necessita cubas de fermentação da capacidade total de 3500 hectolitros, ou seja 10
cubas de 350 hectolitros. //
27 Dezembro O custo total da installação com os 2 apparelhos, cubas de fermentação, predio etc., não deve custar
mais de 700 contos = £ 7400, maximo £ 7.500
Pode-se, em lugar de fabricar o alcool e o Cosscolite[sic], produir[sic] o acétone-alcool que pode servir
como carborente-motor, ou ser vendido como dissolvente, cujos pedidos augmentão de dia, para dia, e cuja
venda está perfeitamente garantida, para o fabrico da seda artificial, fitas cinematrograficas, etc. etc.
É pois facil transformar em uma destillaria de acétone, sendo somente necessario ter cubas de
fermentação fechadas, e um chimico ou chefe de fabricação para a produção dos fermentos puros pelo
Bacterium aceto-aethylicum. //
28 Dezembro Composição provável do Cassecolite: (Natalite)
Ether sulfurico ———— 45 litros
Alcool a 96º —————- 55 “
Total ———— 100 litros
Ammoniaco 0,5% Desnaturantes
Arsenico 0,2%?!
Com o Cassecol, a mestura do alcool com a gazolina não dá uma mestura homogenia, senão juntando-lhe
um dissolvente taes como, o cyclohexanol ou o crésol, o alcool amylico ou butyl-crésol.
Outra formula de carborante:
Alcool a 96º ........................... 60 .%
Ethere sulfurico ..................... 25 .%
Benzol ou petrolio ligeiro....... 14 .%
Pyridina.................................. 1 .%
100
Não entra pois senão 15% de productos estrenhos ao alcool-etheres. //
29 Dezembro654
677
30 Dezembro Schema de montagem dos fornos do SO2 (Novos) ligados aos existentes. Toda a tubagem em ferro
fundido
678
de extração do assucar pelo épuissemente alcoolico, podendo tambem ser applicado á betterraba e cana.?? //
Dezembro Notas Novo filtro Phillipe para substituir os filtros-presses na feltração da garapa defecada de cana.
Pedi a 9/1/929 a Lefebvre656 para me enviar planos ou desenhos d’estes feltros. //
Recapitulação geral567 Despezas annuaes: Medias
Casa – 2:900$00 mez —————— 35:000$00
Automovel e João criado (50%) 9:000$00
Despezas diversas 500$00 ——— 6:000$00
50:000$00
658
Gr. a 1:500$00 ————————-18:000$00
M. Lisb. 750$00 ————————- 9:000$00
M. F. 700$00 —————————- 8:400$00
35:400$00
Total = 85:400$00
£ 800 a 108$00 = 86:400$00
Gastos = 85:400$00
Saldo 1:000$00
Este saldo é para despezas não contadas, contribuições etc. //
Recapitulação geral Julho
Agosto 5
Partir para a Africa no “Angola”
A 19 chegamos a Lobito
A 20 fiquei no Cassequel
Setembro
O Senhor Costa chegou a 21 ao Cassequel
O Senhor Hinton659 seguio para Madeira a 28 no vapor “Angola”
Outubro
Foi ao Huambo a 11 e voltei a 14
A 21 deitei o bigode abaixo!!
Parou a Fabrica Velha a 28
Novembro
1ª moenda na Fabrica Velha a 5; parou a 8
2ª “ “ a 15, parou no mesmo
3ª “ “ a 22 continuando com algumas paragens
Dezembro
Segui para a Madeira a 29/11 no vapor “Nyassa”, e cheguei a 13/12 //
Notas Importancias levantadas para despezas com a viagem ao Cassequel, para o mis-en-rout da Fabrica Nova:
Levantado na Madeira na occasião da sahida para Africa = 1:000$00 escudos
Levantado a 27/11 na sahida = 1:000$00 angolares
Para outras despezas, feitas no Cassequel
segundo notas do escriptorio ———— 211$20
Total ———————— 2:211$20
Pedi uma ordem de pagamento em Lisboa á Sociadade do Cassequel de 500$00 para ser pago á M. C.
E.[?]
679
680
AGENDA PORTUGUESA 1929
DESCRIÇÃO: Livro, papel, 20,9 cm x 13,1 cm, em bom estado de conservação. Dado que, à semelhança do volume
anteriormente transcrito, estamos na presença de uma agenda, tendo cada página na sua cabeça ou parte superior a menção ao
dia e mês do ano a que se refere a mesma; e considerando que Higino Ferraz remete, por vezes, para a página dia x do mês y,
optámos por considerar o dia e o mês presentes em todas as páginas como a enumeração das mesmas, como aliás terá feito o
autor desta documentação. No fim de cada mês temos duas ou três páginas encimadas pelas inscrições «Recapitulação» e / ou
«Notas», pelo que, na altura de as referirmos, a cada uma delas acrescentamos o nome do mês respectivo. No fim do volume,
temos duas páginas de «Recapitulação Geral». Esta agenda apresenta, no início, cerca de 30 páginas com informação impressa,
relativa a calendários comerciais, contribuições e impostos, correios, telefones e telégrafos, e outras informações.
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1 Janeiro Trabalho das Melasses Cuites em 1929 Para esperiencia Verificação do typo de assucar branco.
Cuite de 110 hectolitros: Este cuite fará cuites virgens somente com xarope, quando se queira obter um
typo de assucar muito branco. Dará assucar branco e égoûts (sem separação da lavagem) ricos, que darão
entrada no cuite Novo junto com os egoûts ricos.
Este Cuite porém pode ser empregado para fazer os pés de cuite para o cuite Novo Harvey ou para o cuite
Freitag, no caso de não se poder fazer no mesmo cuite.
Cuite Novo Harvey de 200 hectolitros: Será para cuites de 1er jet, feito somente com xarope virgem, e no
fim do cuite meter os égoûts ricos de 1º e 2º jet. Dará pela turbinagem assucar branco Nº 1 e égoûts pobres
de 1er jet, //
2 Janeiro separando os égoûts ricos da lavagem.
Cuite Freitag de 120 hectolitros: De 2º jet:
Pé de cuite feito de xarope virgem, rentrando os égoûts pobres de 1er jet na sua quasi totalidade.
Para um bom trabalho, estes égoûts deverião ser sulfitados e filtrados, mas não temos actualmente
instalação feita para isso.
Dará assucar branco Nº 2 ? e égoûts ricos de lavagem, e egoûts pobres de 2º jet.
1ª parte Cuite de 3º jet de 100 hectolitros: Feito o pé de cuite de xarope virgem, rentrando os égoûts
pobres de 2º jet. Boa cristalisação
2ª parte Esta Melasse Cuite passará aos malaxeurs no vacuo (2), para alimentar os malaxeurs
habertos (4) de 70 hectolitros capacidade util cada um montados em serie continua = 280 hectolitros de
Melasse Cuite total, fazendo uma malaxagem de 48 a 72 horas. Os clerçes para //
3 Janeiro esta Melasse Cuite de 3º jet, serão feitos com os melaços da mesma turbinagem em assucar bruto (melaço á
Destillaria).
3ª parte: Turbinagem d’esta Melasse Cuite (tirando do ultimo malaxeur) para a produção de assucar
bruto de 95º a 96º polarisação
Este assucar se não dêr pelo menos 95º polarisação, será ligeiramente lavado e com vapor. Estes egoûts
ricos de lavagem vão aos tanques dos egoûts de 2º jet, para coser novamente em 3º jet.
Os égoûts pobres da turbinagem do assucar bruto, será melaço á Destillaria.
4ª parte: O assucar bruto de 95º a 96º polarisação turbinado, é afinado no malaxeur afinador de 50
hectolitros, com os égoûts pobres de 2º jet liluidos[sic] a frio a 37º Baumé afim de produzir uma Melasse Cuite
turbinavel.
5ª parte: Esta Melasse Cuite de afinagem é mesturada com a Melasse Cuite de 2º jet no grande
malaxeur das turbinas, para serem turbinadas juntas. //
4 Janeiro O mexidor-afinador do assucar bruto é da capacidade de 50 hectolitros:
Leva na afinagem:
Assucar bruto ————- 4000 a 4500 kilogramas
Egouts de 2º jet ———- 3500 a 3000 kilogramas
Total ————- 7500 7500 kilogramas = 50 hectolitros de Melasse Cuite de 150
kilogramas
3500 kilogramas egoûts a 37º Baumé = 2600 litros
Resultados obtidos:
683
O Senhor Hinton660 deseja reservar o assucar bruto de 3º jet, para refinar depois da Laboração, e assim
apresentar maiores despezas no fabrico do assucar
Teremos assim que a Melasse Cuite de 2º jet deve dár um assucar melhor.
O assucar obtido da 1ª esperiencia 16/4, deu em assucar branco Nº 1 de boa qualidade, e o Nº 2 tambem
bom mas um pouco mais amarello mas não muito, podendo-se fazer um lote do Nº 1 com Nº 2 que fica bom.
O lote não deu um assucar bem branco como o de 1928. Vêr adiante (9 de maio) modificação. //
5 Janeiro
684
lampada de alcool, tendo o cuidado de apenas tirar o fermento sem levar gelatina, e cultiva-se cada um dos 3
tubos, mexendo com a agulha para bem o mesturar.
Todo este trabalho deve ser feito com as mãos bem lavadas e desinfectadas a alcool, e fazer a cultura
n’uma meza bem desinfectada tendo sempre ao lado dos tubos a chama do alcool para evitar as contaminações
dos microbios existentes no ar atmosferico.
Melhor seria fazer este trabalho em uma caixa de vidro em condições para operar as culturas. Cloca-se
estes tubos n’uma estufa conservada á temperatura de 25º a 28º Centigrados
3º Passadas 34 a 36 horas devem estes tubos estarem em fermentação activa. //
9 Janeiro Toma-se 50 centimetros cubicos da solução acima dita em 2 ballões de 100 centimetros cubicos ou mais que
se esterilisam e arrefecem-se, juntando-lhes depois de frio alguns cristaes de Phosphato de amoniaco.
Addiciona-se depois a estes 2 ballões um dos tubos que estejam mais activos, tendo sempre o maximo
cuidado cuidados [sic] antisepticos, e cloca-se na estufa a 25º-28º
4º Depois d’estes dois ballões estarem bem desenvolvida e activa [sic], deita-se em dois ballões de 200
centimetros cubicos tambem bem esterelisados e com o mosto acima dito, juntando-lhes, depois de frios, um
pouco de phosphato de amoniaco, juntando-lhe em cada um um dos ballões de 50 centimetros cubicos
Depois de boa fermentação para dois de 500 centimetros cubicos feitos com o mosto já dito e
esterelisados, não esquecendo sempre juntar-lhe o phosphato de amoniaco em dose aproximada de 50 a 80
gramas por hectolitros, depois de frio. //
10 Janeiro 5º Segue-se depois a cultura do fermento dos ballões de 500 centimetros cubicos n’um vidro grande proprio
e bem lavado e esterelisado de 8 a 9 litros. Faz-se soluções de mosto de melaço a 9º Baumé acidoladas a 2,5
gramas por litro pelo acido sulfurico, e esterilisadas durante meia hora, e depois de frio (litro) junta-se 0,500
miligramas de phosphato de amoniaco, augmentado-se esta acidez nos ballões (litros) seguintes até 3,5
gramas por litro.
Deitando um dos primeiros litros assim preparados no vidro, junta-se o ballão de 500 centimetros cubicos
de fermento que esteja mais puro (analyses constantes ao microscopio), e cloca-se na estufa a 25º-28º
temperatura.
Vai-se juntando sempre os ballões seguintes como acima digo, até ficar o vidro cheio, tendo o cuidado
de que a fermentação se conserve bem activa e pura. //
11 Janeiro 6º Deste vido[sic] passa a um garrafão de 20 litros, proprio para esse fim, e muito bem lavado e desinfectado,
tendo dentro uns 10 litros de mosto a 9º Baumé e contendo uma acidez de 3,5 gramas por litro e 0,5 gramas
de phosphato amoniaco por litro (10 litros = 5 gramas). Estes mostos para estas culturas devem ser
esterilisados em um apparelho apropriado, e arrefecidos no mesmo apparelho e com todos os cuidados
antisepticos e fora do contacto do ár impuro da atmosfera. As soluções para a barrica e pipa, devem ser feitas
a 9,5º Baumé e 3,5 gramas acidez e 50 gramas phosphato amoniaco por hectolitro. Deve haver sempre o
cuidado de juntar o phosphato de amoniaco no mosto depois de frio, para não haver perda da amonia pelos
mostos quentes, e perder assim a sua acção azotada. //
12 Janeiro Nota: Todas as soluções feitas até ao vidro de desenvolvimento do fermento, devem ser filtrados em papel e
a quente.
7º Depois do fermento estar na pipa e a pipa cheia, feito nas condições já ditas, este fermento é deitado
nas 1as cubas mães, preparando um mosto de melaço a 9,5º Baumé, acidez pelo sulfurico a 2,75 por litro, e é
em seguida esterelisado no esterelisador e arrefecido para as 1as cubas mães. O phosphato d’amoniaco é junto
pois na cuba de 1º fermento mãe na dose de 0,2 gramas por litro.
O mosto para a barrica e pipa é esterilisado no pequeno esterilisador de 200 litros, sendo o phosphato junto
ao mosto depois de frio no mesmo esterilisador
Segundo o chimico:
O maximo de acidez que se pode dár para o fermento Possehl’s, é de 5 gramas por litro??!! //
13 Janeiro Para a fermentação nas 2ª [sic] cubas mães, o mosto é feito a 9,5º Baumé, levando por 60 hectolitros:
Acido sulfurico ——————— 16,500 kilogramas
Phosphato amoniaco ————— 1 kilograma
O mosto para as cubas de 2º fermento mãe, não é esterelisado, e assim pode levar o phosphato d’amoniaco.
685
Nota: Este typo de fermento pode fermentar mosto que dê um vinho com 10% alcool, o que sendo de
melaço de 55% assucar total, será uma fermentação geral a 12,5º Baumé
Para pé de cuba a fermentar, devemos empregar pelo menos 30% de fermento das 2as cubas mães:
Mosto-fermento 30% a 9,5º = 280º
“ geral 70% a 14º = 980º
mestura dá = 12,60º Baumé
Pela esperiencia é esta a densidade melhor.
Sendo a acidez do melaço normal desfeito de 0,3 gramas em SO4H2 por litro, sendo o fermento com 2,8
gramas acidez, dará na mestura 1,05 gramas por litro em SO4H2.
A actividade do fermento é devido ao phosphato amoniaco //
14 Janeiro Recultura do Fermento Possehl’s: Para conservar em gelatina.
1ª preparação: (cultura do fermento): Um litro de mosto de melaço a 9º Baumé (16,3 Brix), é acidulado
pelo acido sulfurico a ficar com 2,5 a 3 gramas acidez por litro em SO4H2.
Esterilisa-se, fervendo apenas, esta solução: Depois arrefece-se e junta-se 0,5 gramas phosphato amoniaco.
(A solução é filtrada a quente). Lavam-se bem 4 a 6 tubos de ensaio e esterilisa-se a alcool, passando-os depois
com agua destilada fervida (?).
Em cada um d’estes tubos deitam-se 10 centimetros cubicos da solução acima, indo em seguida estes tubos
ao banho-maria durante uma a uma e meio hora, tapado com algodão hydrofilo, arrefecendo em seguida.
Tira-se das 1as cubas mães um //
15 Janeiro ballão de fermento, tendo todos os cuidados anticepticos, deitando d’este fermento em cada um dos tubos 20
gotas com todos o cuidados [sic] anticepticos.
Os tubos assim cultivados e tapados com algodão hydrofilo queimado, vão para a estufa á temperatura de
25º a 28º Centigrados.
Esta preparação pode-se conservar em bom estado durante um a dois mezes.
*662 A fermentação que se fará n’elles deve estar completa no dia imediato?, tirando-os depois da estufa, e
conservando-os em logar fresco. Deve-se verificar estes tubos ao microscopio para vêr se o fermento está
limpo de microbios, o que no caso contrario (fermento não bem desenvolvido), é necessario esperar mais
algum tempo até estar bom. Se contiver microbios é despresado.
A grande propagação do fermento é devido ao phosphato amoniaco. //
16 Janeiro 2º preparação: (Seleção para conservação do fermento): Uma solução de melaço a 9º Baumé com a acidez de
0,2 (acidez natural) a 0,3 por litro.
Solução de melaço filtrada. Esterilisa-se e junta-se 0,5 gramas de phosphato de amoniaco.
Filtra-se a quente e junta-se para cada 100 centimetros cubicos d’esta solução 2,5 gramas <2 1/2 gramas>
de Agar-Agar. Ferve-se tudo e depois junta-se 6 gramas de gelatina em folha, a qual tem sido antes amolecida
n’um pouco de agua destillada esterilisada e fria.
Arrefece-se, tapando muito bem com algodão e coberto o algodão com papel, ou uma pelicula de
cauotchouc
Para preparar a cultura de fermento, recolhe-se d’esta solução, que previamente tem sido liquefeita a uma
temperatura de 35º a 40º Centigrados, 10 a 15 centimetros cubicos, os quais se deitam em pequenos tubos de
ensaio.
Fecha-se muito bem com algodão hydrofilo, cobrindo-se tambem com //
17 Janeiro papel o algodão, e em seguida esterilisa-se os tubos a banho-maria durante 1 a 1 1/2 horas. Desta maneira ficará
tudo bem esterilisado. Arrefece-se estando portanto os tubos em condições de receber a cultura. Os tubos
assim preparados devem ser colocados em logar fresco.
Prepara-se 3 a 4 capsulas Petri (de selecção) esterilisadas a alcool e que se leva depois á estufa a 120º
temperatura durante 1 1/2 a 2 horas, embrulhando-se as capsulas em papel.
N’um ballão de 50 centimetros cubicos, previamente esterilisado, deitam-se 50 centimetros cubicos agua
destillada esterilisada e fria, e addeciona-se uma gotta do fermento contido n’um *663 dos tubos que pela
686
analyse ao microscopio se verifique estar em boas condições. Feito isto agita-se muito bem o liquido do
ballão. //
18 Janeiro Nota: A gota de fermento a juntar ao ballão de 50 centimetros cubicos poderá ser tirada quando o fermento no
tubo estiver +664 precipitado, e estando precipitado despeja-se uma parte do liquido superior empregando
somente uma gotta do fermento precipitado, mas tudo isto feito com todos os cuidados anticepticos.
Do ballão de 50 centimetros cubicos contendo o fermento assim muito diluido, com uma bagette muito
fina e esterilisada, tira-se uma gotta do liquido, a qual se deita n’um dos tubos com a preparação de gelatina,
tendo previamente liquifeito a solução a uma temperatura de 35º a 40º. É bom notar que n’estas operações
deve haver o maximo de cuidados antisepticos para não contaminar a cultura sendo melhor fazer na caixa de
vidro já aconselhada. //
19 Janeiro Deita-se o tubo de gelatina nutritiva com o fermento bem agitado na capsula Petri, agitando-se muito bem para
que todas as bolhas d’ar desapareçam e bem assim para que fique bem homogenia a mestura. Tapa-se a
capsula com a sua tampa de vidro, e coloca-se esta n’um logar fresco e fora das poeiras da atmosfera.
A fermentação das celulas de fermento desenvolvem-se na gelatina nutritiva, o que se verifica bem a olho
nú, e depois de passados uns dias. A condição escencial é que as celulas estejam separadas umas das outras.
Procede-se da mesma forma para as outras capsulas Petri, tirando o fermento de novo tubo. Estas culturas
da caixas [sic] Petri conserva-se bem durante uma semana em logar fresco. //
20 Janeiro Quando se veja que as celulas de fermento estão bem desenvolvidas nas caixas Petri, prepara-se 4 a 6
pequenos tubos de ensaio, lavados e esterilisados a alcool e secos na estufa na forma já indicada.
Prepara-se um litro de solução de melaço á acidez natural, podendo-se tambem empregar na solução a
saccharificação de malte filtrado, e á densidade (solução) de 9º Baumé, esterilisa-se e filtra-se muito bem.
Depois de frio junta-se 0,5 gramas de phosphato de amoniaco.
Deita-se 3 a 4 centimetros cubicos da solução acima em cada tubo de ensaio (4 a 5), que depois vão á
esterilisação a banho-maria durante uma hora, e com todos os cuidados antisepticos. Arrefece-se, e junta-se
uma celula escolhida na Capsula Petri a que se verifique //
21 Janeiro estar bem isulada e desenvolvida, cuja tiragem (celula) se tira com o fio de platina achatado na ponta e muito
bem esterilisado. Cloca-se na estufa a fermentar.
3ª preparação (conservação do fermento em gelatina): Esterilisa-se a alcool e na estufa a 120º temperatura
8 a 10 frascos de cultura.
Prepara-se uma solução de melaço a 9º Baumé com a sua acidez natural (0,2 gramas a 0,3 gramas),
podendo levar saccarose de malte, preparação feito como atraz explico, isto é esterilisado e filtrado;
Toma-se 100 centimetros cubicos da solução n’um ballão ao qual se junta 2,5 gramas <2 1/2 gramas> de
agar-agar e 6 gramas de gelatina em folha procedendo da forma já indicada atraz. Tapa-se o ballão com
algodão e envolve-se o algodão em papel e leva-se ao banho-maria uma hora. //
22 Janeiro Devide-se esta solução de gelatina nos frascos até uma terça parte do volume do frasco. Tapa-se com algodão
e papel e leva-se ao banho-maria durante uma hora.
Retirados os frascos do banho-maria e cloca-se n’um suporte de forma a ficarem na posição obliqua mas
que não chegue ao gargalo e deixa-se arrefecer n’esta posição.
Feito isto, procede-se á cultura do fermento na gelatina.
Dos tubos de ensaio em fermentação e sem os agitar, afim de que o fermento precipitado ahi se mantenha,
despeja-se duas terças partes do seu contiudo e em seguida mergulha-se até ao fundo do tubo uma agulha de
platina achatada na ponta trazendo de lá a referida agulha bastante humedecida, a qual se //
23 Janeiro leva depois ao centro do frasco de cultura sem tocar as paredes dos tubos, carregando levemente sobre a
gelatina para que n’ella se infiltre um pouco o fermento que a agulha transporta.
Tapa-se com algodão que se queima e cobre-se com uma capa de tela impermiavel que se segura com uma
linha.
Decorrida uma semana vê-se o fermento desenvolver no centro da gelatina, composto por uma pequena
camada esbranquiçada que aparece no logar tocado pela agulha.
664 Na margem dianteira, e em directa relação com este sinal de +: «+ Dei-se[sic] fermentar bem o tubo, afim de tirar o fermento quando não esteja em
bourgionement.».
687
Deve haver o maximo cuidade de na occasião da cultura na gelatina, seja feito bem ao centre do frasco,
para que fermento quando se desenvolve, não toque nas paredes dos frasco.
De cada um dos tubos de fermento podem-se fazer duas culturas. //
24 Janeiro De cada tubo em que se tira a cultura para o frasco de gelatina, deve ser verificado o fermento restante no tubo
ao microscopio, afim de verificar a sua pureza, e marcar nos frascos os resultados da analyse.
O fermento assim conservado tem a duração maxima de 6 mezes, sendo portanto aconselhado recultivar
depois d’este tempo, da forma já indicada.
Este fermento conservado em gelatina é o mesmo que o fermento vindo de Possehl’s. (Ver 7 de janeiro)
Nota minha: Como o fermento desenvolvido na gelatina fica na parte superior d’ella e não profunda, é
conveniente fazel’a perfundar, afim de //
25 Janeiro ficar coberto de gelatina e assim a sua conservação. (Fermentou)
Para isso deve-se levar os frascos a um banho d’agua aquecida a 35º temperatura, conservando-os sempre
na mesma posição obliqua, e quando se veja que a gelatina se liquifez um pouco e que cobrio o fermento por
completo, arrefece-se emediatamente, afim de apresionar o fermento no interior da gelatina. Os frascos
especiaes para este fim, tem uma pequena concavidade para reter o fermento desenvolvido.
Deve porém haver o cuidado de na recultivação d’este fermento tirar a camada de gelatina que tem na parte
superior do fermento, afim de apenas recultivar o fermento sem gelatina.
Diz o chimico de Possehl’s que não se deve proceder assim //
26 Janeiro Kilogramas melaço por hectolitro, conforme a densidade Baumé do mosto. melaço 1.400 densidade
27 Janeiro Tabua de converção dos graus centecimaes em Cartiere, visto o grau Centigrado a 15º temperatura.
688
Centesimaes
a 15º Cartiere Centigrados Cartiere Centigrados Cartiere Centigrados Cartiere
temperatura
67 25 92 37,54 93,7 38,75 95,4 40º
68 25,5 92,1 37,61 93,8 38,82 95,5 40,1
70 26 92,2 37,68 93,9 38,89 95,6 40,28
71 26,5 92,3 37,75 94 38,98 95,7 40,37
72 27 92,4 37,82 94,1 39,05 95,8 40,46
73 27,5 92,5 37,89 94,2 39,12 95,9 40,55
74 28 92,6 37,96 94,3 39,20 96 40,63
75 28,5 92,7 38,03 94,4 39,27 96,1 40,72
76 29 92,8 38,10 94,5 39,34 96,2 40,81
77 29,5 92,9 38,17 94,6 39,41 96,3 40,90
78 30 93 38,26 94,7 39,48 96,4 40,99
79 30,5 93,1 38,33 94,8 39,55 96,5 41,05
80 31 93,2 38,40 94,9 39,62 96,6 41,14
81 31,5 93,3 38,47 95 39,70 96,7 41,23
82 32 93,4 38,54 95,1 39,79 96,8 41,32
83 32,5 93,5 38,61 95,2 39,88 96,9 41,41
84 33 93,6 38,68 95,3 39,95 97 41,50 //
7 Março C.ª Nova transformada em Fabrica d’açucar. Moenda de 100 toneladas cana por 24 horas: Calculos com cana
13% assucar
Extração por engenhos de 92%.
Assucar extrahido 12% cana
Rendimento em turbinado 73% do assucar da cana dará em turbinado branco = 8,76% cana
Calculos
Em turbinado puro (100º) .....................8,716%
No bagaço ............................1,000%
Perdas
{ Nas borras ............................0,300%
Indeterminadas ....................0,400%
Assucar no melaço ................................2,584%
13,000
Os 2,584 assucar no melaço a 56% rendimento em alcool 1,45 litros em 40º Cartiere.
Em 60 dias de Laboração, fará: Cana trabalhada = 6000 toneladas
Dará: Assucar turbinado branco = 525.600 kilos
Melaço Em alcool em 40º = 87.000 litros
689
Custo da Fabrica completamente montada 1000 contos? //
8 Março Calculo dos lucros:
Cana a 7$00 por 30 kilogramas = 233$40 por tonelada
6000 toneladas cana:
6000 toneladas a 233$40 por tonelada = 1.400:400$00
Despezas fabrico assucar a 50$00 tonelada = 300:000$00
“ “ alcool a 800 reis litro = 69:600$00
“ Fiscalisação um anno = 25:000$00
Juro capital Fabrica a 10% = 100:000$00
Amortisação capital 10% = 100:000$00
Juro capital 8 mezes cana etc = 120:000$00
Despezas durante o anno <e impostos>? = 150:000$00
2.265:000$00
Vendas ?
525.600 kilogramas assucar a 3$50 = 1.839:600$00
87.000 litros alcool a 8$00 = 696:000$00
Vendas 2.535:600$00
Custo acima 2.265:000$00
Lucro liquido = 270:600$00 ?
Não Calculando cana do Sul 35.000 toneladas
fazendo Torreão = 18000 toneladas cana
aguardente S. Filipe – 11.000 “ “
no sul C.ª Nova – 6.000 “ “
35.000 “ “ //
9 Março Pessoal operario empregado em França (1927-1928) nas Fabricas de assucar de beterraba é na media o
seguinte:
Para 730 toneladas beterraba emprega 0,36 homens por tonelada beterraba (262 homens)
Fabrica do Torreão:
Para 500 toneladas cana emprega 310 homens incluindo mestres e trabalhadores, o que dá por tonelada
cana 0,62 homens.
Vê-se que no Torreão se emprega mais 0,26 homens por tonelada materia prima.
Temos que em França, no trabalho da beterraba para assucar, o gasto medio em carvão nas caldeiras é de
80 kilogramas por tonelada beterraba.
No Torreão dá uma media por tonelada cana para assucar 57 kilogramas carvão.
Temos pois uma diferença a menos 23 kilogramas carvão por tonelada cana, que corresponde ao
bagaço. //
10 Março Dei a 28 maio 1929 duas amostras assucar turbinado para enviar a Francisco Meira (Lesboa)
Uma com assucar branco de consumo local de 99,8º a 99,9º polarisação
Uma com assucar bruto para refinação de 94º a 95º polarisação
Para apresentar ao Ministro Salazar?
Rendimento como foi calculado 9,2%
Antigamente:
Era porém em branco 70% = 6,44
Em bruto a refinado 30% = 2,76
Rendimento em branco e bruto = 9,20
O assucar bruto calculado em refinado dará entre 83 a 85% em assucar branco, ficando o resto do
assucar imobilisado no melaço da refinação. O rendimento total em branco será 8,758 assucar turbinado
branco % cana. //
11 Março São Filipe em 1929 ? Cana com 13% assucar Extração 82,67% (verificado 19 mais)
Rendimento em turbinado branco 70% do assucar extrahido, dá o seguinte resultado % cana.
690