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Lei (do verbo latino ligare, que significa "aquilo que liga", ou legere, que significa

"aquilo que se lê") é uma norma ou conjunto de normas jurídicas criadas através
dos processos próprios do ato normativo e estabelecidas pelas autoridades
competentes para o efeito.

A palavra lei pode ser empregada em três sentidos diferentes, conforme a


abrangência que se pretenda dar a ela. Numa acepção amplíssima, lei é toda a
regra jurídica, escrita ou não; aqui ela abrange os costumes e todas as normas
formalmente produzidas pelo Estado, representadas, por exemplo, pela
Constituição federal, medida provisória, decreto, lei ordinária, lei complementar,
etc. Já num sentido amplo, lei é somente a regra jurídica escrita, excluindo-se
dessa aceção, portanto, o costume jurídico. Por fim, numa aceção técnica e
específica, a palavra lei designa uma modalidade de regra escrita, que apresenta
determinadas características; no direito brasileiro, são técnicas apenas a lei
complementar e a lei ordinária.

A lei, no seu processo de formulação, passa por várias etapas, estabelecidas na


Constituição. Neste processo temos a iniciativa da lei, discussão, votação,
aprovação, sanção, promulgação, publicação e vigência da lei. A iniciativa da lei
normalmente compete ao órgão executivo ou ao legislativo, mas há casos em que
a própria Constituição determina que a iniciativa caiba ao judiciário. Proposta a lei,
segue-se a sua discussão no Congresso Nacional, se federal, ou nas Assembleias
Legislativas, se estadual; em seguida, vem a sua votação, que é a manifestação
da opinião dos deputados parlamentares, favorável ou contrária, ao projeto de lei.
Se for favorável ao projeto, ou seja, se conseguir a maioria dos votos, a lei estará
aprovada pelo órgão legislativo. Então, a lei é encaminhada ao Presidente da
República (lei federal) ou ao Governador de Estado (lei estadual), que poderá
sancioná-la ou vetá-la. Em Portugal, os projetos e propostas de lei, depois de
aprovados pela Assembleia da República, designam-se como decretos e, só após
a promulgação pelo Presidente da República e a refenda do Primeiro-Ministro, são
publicados em Diário da República, assumindo a forma de leis. Em sentido amplo,
lei abrange qualquer norma jurídica enquanto em sentido restrito compreende
apenas os diplomas emanados pela Assembleia.

Vetada, total ou parcialmente, o veto é submetido ao Congresso ou à Assembleia,


que poderão derrubá-lo. Rejeitado, o órgão executivo tem que acatar a decisão do
órgão legislativo. Nesse caso, bem como nos casos em que o poder de veto nao é
exercido no prazo legal (quando diz-se haver sanção tácita), o Presidente da
República deve acatar a lei promulgada pelo poder legislativo. Sancionada e
promulgada (ato pelo qual o órgão executivo determina a sua execução), a lei é
publicada no Diário Oficial.

A sua vigência dá-se após o prazo de 5 dias, em Portugal, ou de 45 dias, no


Brasil, desde a data da sua publicação, ou no prazo estabelecido expressamente
no diploma legal. Este período entre a publicação e a entrada em vigor da lei é
conhecido pela expressão latina "vacatio legis".
A Graça de Deus
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto*
O que é graça? Falamos freqüentemente da graça soberana ou da graça
salvadora,
mas sabemos realmente o que é graça?
É evidente que alguns não sabem. Eles falam de “graça comum”, sugerindo que
Deus é gracioso para com todos. Se realmente soubessem o que é graça, não
pensariam que
a mesma é comum. Outros afirmam que Deus não pode ser gracioso, se ele não
salvar todo
o mundo, ou pelo menos der a todos uma chance. Se soubessem o que é graça,
não
pensariam dessa forma.
Podemos não saber tão bem quanto pensamos o que é graça. Sabemos que a
graça
é um atributo de Deus? Sabemos que Deus é gracioso em si mesmo, e seria
gracioso mesmo
que nunca tivesse nos criado, mesmo que ninguém fosse salvo? Mesmo então, a
graça seria
um atributo de Deus, uma de suas belezas. Ele ainda seria gracioso, mesmo que
não
fôssemos os objetos e recipientes de sua graça.
Esse é o significado quando dizemos que graça é um atributo de Deus. A graça
não
somente caracteriza os tratamentos de Deus para conosco. Ela pertence ao que
ele é, e ele
pode deixar de ser gracioso tanto quanto pode deixar de ser Deus Todo-Poderoso.
Freqüentemente definimos graça como “favor imerecido”. Embora não seja
incorreto, não é uma definição completa de graça. Essa descrição descreve
apenas a graça
de Deus para conosco, e enfatiza o fato que sua graça salvadora é livre e
soberana – que ele
não a deve a ninguém. Mas não nos diz o que a graça é como um atributo de
Deus.
Como a definição comum sugere, ela é favor de Deus; portanto, quando dizemos
que graça é um atributo de Deus, queremos dizer que Deus é favorável para
consigo mesmo.
Isto é, sem dúvida, simplesmente dizer que Deus ama a si mesmo em primeiro
lugar e
deseja sua própria gloria acima de todas as coisas, algo que a Escritura ensina
claramente.
A palavra graça também tem o significado de encanto ou beleza, especialmente
um
encanto ou beleza interior, que é evidente em tudo da conduta e fala de uma
pessoa. Assim,
falamos de pessoas sendo graciosas, ou de sua fala ou conduta sendo graciosa
(Pv. 11:16;
Cl. 4:6). A própria Escritura fala de certas pessoas achando graça ou favor (sendo
bela) aos
olhos de Deus (Gn. 6:8; Lucas 1:30).
Quando dizemos que Deus é gracioso, queremos dizer que em tudo da sua glória,
ele é belo e encantador acima de tudo o mais, e que a beleza de sua pureza e
glória interior
brilha em todas as suas ações e palavras. Assim, ele encontra favor aos seus
próprios olhos.
Como três pessoas em um Deus, ele ama a si mesmo e as suas obras acima de
tudo e
considera sua obra incomparavelmente encantadora. Isso é o que é graça como
um atributo
de Deus.
Não é humilhante pensar que Deus não precisa de nós para ser gracioso? Ele é
para
sempre gracioso em si mesmo, e seria mesmo que não tivesse salvo ninguém.
Que ele
salvou é, portanto, uma grande maravilha e algo pelo qual nunca deveríamos
cessar de
agradecê-lo.

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