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(1) A União Europeia (UE) encara com confiança o progresso conseguido em termos econó-
micos, sociais e ecológicos. Os Estados-Membros da UE gerem, em conjunto, uma economia
que corresponde a cerca de um terço do Produto Interno Bruto mundial. É este poder
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económico, bem como um território de mais de 4 milhões de Km e uma população de
490 milhões de habitantes numa variedade de regiões e cidades, que caracteriza a
dimensão territorial da UE.
(2) Nós, como Ministros responsáveis pelo ordenamento e desenvolvimento territorial, apre-
sentamos a Agenda Territorial como um quadro político orientado para a acção da nossa
futura cooperação, preparada conjuntamente com a Comissão Europeia. Com a Agenda
Territorial estamos a contribuir para o crescimento económico sustentável e para a criação
de emprego bem como para o desenvolvimento ecológico e social em todas as regiões
da UE. Estamos por este meio a dar o nosso apoio às Estratégias de Lisboa e de Gotemburgo
do Conselho Europeu, que são estratégias complementares.
(4) Consideramos a futura tarefa “Coesão Territorial” como um processo contínuo e de coo-
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peração envolvendo os vários actores e partes interessadas no desenvolvimento territorial
a nível político, administrativo e técnico. Esta cooperação é marcada pela história, cultura
e quadro institucional de cada Estado Membro. A política de coesão da UE deveria poder
responder, de forma mais eficiente do que tem feito até agora, às necessidades e carac-
terísticas territoriais, aos desafios geográficos e oportunidades específicas das regiões e
das cidades. Por esta razão defendemos a necessidade da dimensão territorial desempe-
nhar um papel mais importante na futura política de coesão a fim de promover o bem
estar social e económico.
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stakeholders = partes interessadas
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Urban sprawl
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Agenda Territorial da União Europeia
(12) A Agenda Territorial assenta nos três objectivos principais do Esquema de Desenvolvimento
do Espaço Comunitários (EDEC), que permanecem válidos, nomeadamente:
(14) As regiões metropolitanas e as cidades de várias dimensões têm melhores condições para
reunir esforços no contexto de uma cooperação a nível europeu com empresários, bem
como com as partes interessadas políticas e sociais. Se forem bem sucedidas na imple-
mentação de redes num território europeu policêntrico e o fizerem de forma inovadora,
criarão condições que lhes permitirão beneficiar da competição mundial para o seu
desenvolvimento.
(15) As cidades que funcionam como centros regionais devem cooperar como partes de um
modelo policêntrico para garantir a sua mais-valia para outras cidades em áreas rurais e
periféricas bem como para áreas com necessidades e desafios geográficos específicos (ex.
áreas estruturalmente débeis de ilhas, zonas costeiras e áreas de montanha). Para facilitar
este processo, as redes de infra-estruturas no interior e entre as regiões da Europa pre-
cisam de ser continuamente alargadas e actualizadas. Apoiamos, portanto, a cooperação
europeia entre regiões metropolitanas bem como com cidades de pequena e média
dimensão nas fronteiras internas e também para além das fronteiras externas da UE.
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(16) Uma Europa competitiva e sustentável engloba regiões metropolitanas de várias dimensões
e zonas rurais com uma grande diversidade e com diferentes relações de interdepen-
dência. As regiões metropolitanas estão rodeadas de centros urbanos e áreas com
características rurais; as áreas rurais afastadas dos percursos pendulares directos das
regiões metropolitanas estão rodeadas de centros regionais e de cidades de pequena e
média dimensões. As respectivas autarquias devem, na qualidade de parceiros interde-
pendentes, identificar os seus activos comuns, preparar estratégias conjuntas de
desenvolvimento regional e sub-regional e assim criarem em conjunto os alicerces para
tornarem atractivas as regiões e sub-regiões e para permitir as decisões de investimento,
tanto pelo sector privado como público. A isto chamamos parceria urbano-rural.
(17) As decisões de investimento dirigidas às regiões devem ser preparadas em conjunto pelas
partes interessadas, públicas e privadas. Neste contexto, é necessário, por exemplo, que
as autarquias locais de diferentes dimensões se associem voluntariamente para desen-
volverem estratégias conjuntas de marketing e de resposta a problemas comuns. Face a
um cenário de alterações demográficas, as autarquias confrontadas com perda de popu-
lação jovem necessitam cooperar estreitamente para que lhes seja possível manter
serviços e infra-estruturas atraentes. Esta cooperação implica uma nova dimensão política,
que para ser reforçada, pode exigir novas formas de governança territorial nas regiões
europeias. De um modo geral, gostaríamos de criar oportunidades para o potencial eco-
nómico de inovação para o desenvolvimento, agindo com base em experiências bem
sucedidas de parceria e de cooperação política num contexto regional funcional, que
incluem igualmente as áreas transfronteiriças. Apoiamos, portanto, a concorrência positiva
entre cidades e regiões.
(18) As zonas de crescimento devem ser alargadas para além da área económica central da
UE, através de uma política de cooperação e estabelecimento de redes. Uma forma de
combinar forças pode ser através da criação de clusters adequados e inovadores em que
os sectores empresarial e científico e as administrações trabalhem em conjunto. Isto
aplica-se igualmente nas fronteiras internas e externas com os nossos vizinhos.
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(22) O aumento da procura de energia apesar das reservas limitadas de fontes de energia não
renováveis, e uma dependência crescente da UE da energia importada bem como o desafio
das alterações climáticas, significam que devemos explorar e criar ainda mais oportuni-
dades para a produção de energia renovável (ainda sub utilizada), de forma descentralizada,
eficiente, segura e respeitadora do ambiente. Para uma melhor utilização dos potenciais
regionais neste domínio, que poderá gerar oportunidades especialmente nas áreas rurais,
recomendamos um maior reforço das redes e a harmonização das condições do sector
energético.
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(23) As abordagens e estratégias transregionais conjuntas e integradas devem ser mais desen-
volvidas para que seja possível enfrentar os riscos naturais, reduzir e mitigar as emissões
de gases com efeito de estufa e a adaptação às alterações climáticas. É necessário trabalho
adicional para desenvolver e intensificar a política de coesão territorial, principalmente no
relativo às consequências das estratégias de adaptação territorialmente diferenciadas.
(25) Face às circunstâncias e aos potenciais próprios das regiões, os valores insubstituíveis das
estruturas ecológicas e do património natural e cultural europeu, em especial das paisa-
gens humanizadas e a qualidade da concepção e do processo arquitectónico bem como
o ambiente construído deveriam constituir a base para um desenvolvimento cultural e
ambientalmente orientado, que oferece perspectivas de desenvolvimento, ao mesmo
tempo que salvaguarda as diferentes identidades culturais, particularmente em regiões
menos desenvolvidas ou submetidas a alterações estruturais. As intervenções coordenadas
transnacionais e a respectiva gestão devem promover rotas e redes culturais bem como
outros projectos territoriais com importância cultural e natural.
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Agenda Territorial da União Europeia
(28) Para incluir da melhor forma as seis prioridades territoriais nos debates políticos e nos
processos de tomada de decisão, consideramos que as seguintes iniciativas são importantes
e recomendamos a sua implementação entre 2007 e 2011. Comprometemo-nos a dar
cumprimento às seguintes iniciativas:
(30) Pedimos à Comissão Europeia para continuar a incluir uma referência explícita à dimensão
territorial da UE em futuros Relatórios sobre a coesão económica e social para incentivar
as cidades e as regiões a apresentarem as suas estratégias de desenvolvimento no con-
texto Europeu. Isto ajudaria a concretizar o princípio da subsidiariedade.
(33) Solicitamos à Comissão Europeia e às outras instituições europeias que iniciem um diálogo
com os Estados-Membros, com base no princípio da subsidiariedade, para debater como
avaliar e considerar os efeitos da legislação europeia no planeamento e desenvolvimento
urbano e territorial sustentável e como melhorar a coordenação das políticas e iniciativas
da UE em matéria de política territorial. Esta avaliação e coordenação poderiam realizar-
-se no quadro das instituições e procedimentos existentes.
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(34) Recomendamos que o Programa ESPON 2013 realize, em estreita cooperação com a
Comissão Europeia, uma análise mais aprofundada dos efeitos das políticas da UE sobre
a coesão territorial, revele relações causa-efeito e desenvolva indicadores operacionais
para uma informação regular sobre assuntos territoriais. Neste contexto, é importante
que os programas ESPON e URBACT e a Auditoria Urbana tenham uma estreita
cooperação.
(35) Consideramos a cooperação, inclusive com os países vizinhos, no âmbito dos programas
da UE de cooperação territorial europeia (objectivo 3) como um instrumento financeiro
novo e orientado para o futuro, que oferece oportunidades para o fortalecimento de
redes europeias de cidades e de regiões, bem como de apoio a novos corredores de
desenvolvimento europeu orientados para a inovação. Solicitamos à Comissão Europeia
que nos apoie no desenvolvimento da cooperação interregional, transfronteiriça e trans-
nacional como um instrumento eficaz para a promoção da coesão territorial.
(37) Asseguraremos que, nos termos das nossas respectivas disposições institucionais nacionais,
nos comprometemos com processos de tomada de decisão transparentes com as partes
interessadas públicas e privadas, bem como com organizações não governamentais, rela-
tivamente ao desenvolvimento de políticas territoriais relevantes, prioridades territoriais
e iniciativas para a sua implementação.
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(39) Concordamos em actuar em conjunto para continuar e fortalecer a cooperação entre nós
e com a Comissão Europeia através de uma rede de pontos de contacto relacionados com
a coesão territorial. Pretendemos que o Grupo de Trabalho da Agenda Territorial, consti-
tuído pelos Estados-Membros da UE e pela Comissão Europeia, continue o seu trabalho
na presente fase de implementação da Agenda.
(40) Como um primeiro passo nas nossas actividades conjuntas e na sequência do Conselho
Europeu da Primavera de 2007, comprometemo-nos a contribuir, no âmbito das nossas
competências, para uma política climática e energética sustentável e integrada na UE.
(42) Solicitamos às futuras Presidências da UE, a todos os Estados Membros da UE, às institui-
ções europeias, incluindo a Comissão Europeia e o Banco Europeu de Investimento, bem
como às outras partes interessadas que implementem as iniciativas apresentadas nesta
Agenda Territorial. Saudamos a iniciativa da Presidência Portuguesa da UE de facilitar a
implementação da Agenda Territorial, com a preparação do primeiro Programa de Acção,
bem como a vontade manifestada pela Presidência Eslovena da UE de iniciar a imple-
mentação deste programa com as suas actividades.
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Agenda Territorial da União Europeia
(45) Solicitamos à futura Presidência Húngara da UE que avalie e reveja a Agenda Territorial
no primeiro semestre de 2011.
(46) Consideramos ser nossa tarefa política a sensibilização para os desafios territoriais mais
importantes da UE e, portanto, desempenharemos um papel activo na implementação
da Agenda Territorial a nível europeu e nos nossos estados. Estamos convictos que, com
a Agenda Territorial, estamos a dar um passo em frente no sentido de uma Europa com-
petitiva e sustentável de regiões diversificadas e cidadãos activos.
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