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reais), com base no que dispõe o artigo 56, inciso II, da Lei Orgânica do TCE/PB - Lei
Complementar Estadual n.O 18/93.
3) FIXAR o prazo de 30 (trinta) dias para recolhimento voluntário das penalidades ao Fundo
de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal, conforme previsto no art. 30, alínea "ali,
da Lei Estadual n.O 7.201, de 20 de dezembro de 2002, cabendo à Procuradoria Geral do
Estado da Paraíba, no interstício máximo de 30 (trinta) dias após o término daquele período,
velar pelo seu integral cumprimento, sob pena de intervenção do Ministério Público Estadual,
na hipótese de omissão, tal como previsto no art. 71, § 40, da Constituição do Estado da
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Paraíba, e na Súmula n. 40, do ego Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba - TJ/PB.
Presente:
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
RELATÓRIO
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
É o relatório.
PROPOSTA DE DECISÃO
Após minuciosa análise do conjunto probatório encartado aos autos, constata-se que as
contas apresentadas pela ex-Presidente do Instituto de Previdência do Município de
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Diamante/PB, relativas ao exercício financeiro de 2005, revelam algumas irregularidades
remanescentes. Entrementes, em que pese o entendimento dos analistas desta Corte,
fi. 315, impende comentar ab inltio que o item respeitante ao pagamento de juros pela
autarquia previdenciária da Comuna, no vaiar de R$ 29,73, decorrente do atraso
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
de contribuições devidas ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS pode ser relevado
tendo em vista o princípio da insignificância.
Por outro lado, os inspetores a unidade de instrução identificaram duas máculas cuja
responsabilidade recai sobre o Chefe do Poder Executivo da Urbe, Sr. Hércules Barros
Mangueira Diniz. A primeira está relacionada à falta de iniciativa para adequação da norma
previdenciária municipal aos preceitos estabelecidos na Lei Nacional n.O 9.717/98,
demonstrando um certo descaso com o patrimônio securitário dos servidores da Urbe.
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Conforme relatório técnico, fls. 194/195, a Lei Municipal n. 22/2002 fixava a alíquota de
8,5% (oito e meio por cento) para a contribuição dos segurados do Município ao Regime
Próprio de Previdência Social - RPPS, inferior à contribuição dos servidores titulares de
cargos efetivos da União, que é de 11% (onze por cento).
Ademais, cabe destacar que a situação somente foi regularizada em novembro de 2005,
mediante a edição da Lei Municipal n.o 242, de 18 de novembro de 2005, que, em seu
art. 14, fixou a contribuição dos segurados em 11% (onze por cento) e a parcela patronal
em 12% (doze por cento), perfazendo um total de 23% (vinte e dois por cento) incidentes
sobre a remuneração paga pela Urbe, fI. 221.
A segunda eiva imputada ao Prefeito Municipal diz respeito à carência de repasses regulares
das contribuições patronais para o instituto de previdência da Comuna. Tal procedimento,
além de suscitar a imperfeição nas informações contábeis, representa séria ameaça ao
equilíbrio financeiro e atuarial que deve perdurar nos sistemas previdenciários, com vistas a
resguardar o direito dos segurados em receber seus benefícios no futuro. Importante frisar
que o art. 2° da já mencionada Lei Nacional n.O 9.717/98 define a forma de participação dos
Municípios para o custeio dos regimes próprios de previdência social, verbatim:
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
1- (omissis);
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I - (omissis)
É preciso comentar, por oportuno, que, os peritos do Tribunal identificaram, ainda, diversas
inconsistências entre valores registrados mensalmente no referido ANEXO 2 (pelo
pagamento) e aqueles constantes na relação de empenhos do mesmo mês, fls. 198/199,
motivadas pela não observância do mencionado regime de competência da despesa pública
por parte do setor contábil do instituto.
Ainda em relação aos registros contábeis, os técnicos deste Sinédrio de Contas assinalaram a
carência de especificação da finalidade ou origem do valor de R$ 25.707,57, classificado
como DIVERSOS RESPONSÁVEIS, e a ausência de contabilização da dívida do Município para
com o instituto. Ambas as falhas foram identificadas no BALANÇO PATRIMONIAL que
compõe a prestação de contas sub examine, fI. 40. Ou seja, ficou patente que o profissional
de contabilidade não registrou as informações na forma prevista nos arts. 83 a 106 da Lei
°
Nacional n. 4.320/64 e que o balanço em questão foi elaborado sem observar todos os
princípios fundamentais previstos nos arts. 2° e 3° da Resolução do Conselho Federal de
Contabilidade n.o 750, de 29 de dezembro de 1993, devidamente publicada no Diário Oficial
da União - DOU, datado de 31 de dezembro do mesmo ano, verbis:
I) o da ENTIDADE;
II) o da CONTINUIDADE;
UI) o da OPORTUNIDADE;
IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
V) o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA;
VI) o da COMPETÊNCIA; e
VII) o da PRUDÊNCIA.
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Pode-se concluir, então, que tais incorreções e omissões, além de prejudicarem a análise dos
técnicos desta Corte, comprometem sobremaneira a confiabilidade dos registros contábeis
da entidade previdenciária do Município de Diamante/PB, pois resultam na imperfeição dos
demonstrativos que compõem os balancetes mensais, instrumentos utilizados para o
acompanhamento da gestão, bem como a prestação de contas sub judice.
Não obstante a defesa ter apresentado um novo CRP, fI. 307, expedido em 20 de junho de
2007 e com vigência até 18 de setembro do mesmo ano, foi constatado que persistem os
quesitos tidos como irregulares, fI. 311. Daí, a necessidade de assinação de prazo para que a
atual Presidente da autarquia, Sra. Maria Cleide Pereira de Melo, tome as providências
cabíveis e pertinentes a fim de se adequar às normas dispostas na Constituição Federal, na
Lei Nacional n.O 9.717/98, na Portaria MPAS n.o 4.992/99 e no Manual de Orientação do
Ministério da Previdência e Assistência Social - MPAS.
I - (omissis)
1) Com fundamento no art. 71, inciso II, da Constituição do Estado da Paraíba, bem como
no art. 1°, inciso I, da Lei Complementar Estadual n.? 18/93, JULGUE IRREGULARES 5
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3) FIXE o prazo de 30 (trinta) dias para recolhimento voluntário das penalidades ao Fundo
de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal, conforme previsto no art. 30, alínea "a",
da Lei Estadual n.o 7.201, de 20 de dezembro de 2002, cabendo à Procuradoria Geral do
Estado da Paraíba, no interstício máximo de 30 (trinta) dias após o término daquele período,
velar pelo seu integral cumprimento, sob pena de intervenção do Ministério Público Estadual,
na hipótese de omissão, tal como previsto no art. 71, § 4°, da Constituição do Estado da
Paraíba, e na Súmula n.o 40, do ego Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba - TJ/PB.
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