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La FCCE es la más antigua Asociación de Clase de- En un pasado reciente, la FEDERACIÓN DE LAS CÁ-
dicada exclusivamente a las actividades de Comercio MARAS DE COMERCIO EXTERIOR – FCCE firmó Con-
Exterior. venio con el CONSEJO DE CÁMARAS DE COMERCIO
Fundada en el ano 1950, por el empresario João DE LAS AMÉRICAS, organismo que representa a las Cá-
Daudt de Oliveira (se debe a él la fundación de la Con- maras Bilaterales de Comercio de los siguientes países:
federación Nacional de Comercio – CNC, 5 años an- ARGENTINA, BOLIVIA, CANADÁ, CHILE, CUBA,
tes), la FCCE opera, ininterrumpidamente, desde hace ECUADOR, MÉXICO, PARAGUAY, SURINAME, URU-
más de 50 años, incentivando y apoyando el trabajo de GUAY, TRINIDAD Y TOBAGO y VENEZUELA.
las Cámaras Bilaterales de Comercio, Consulados Ex- Además de varias decenas de Cámaras Bilaterales de
tranjeros, Consejos Empresariales y Comisiones Mixtas Comercio afiliadas a la FCCE en todo Brasil, forman
a nivel federal. parte de la Directoria actual, los Presidentes de las Cá-
La FCCE, por fuerza de su Estatuto, tiene ámbito na- maras de Comercio: Brasil-Grecia, Brasil-Paraguay, Brasil-
cional y posee Vicepresidentes Regionales en diversos Rusia, Brasil-Eslovaquia, Brasil-República Checa, Bra-
Estados de la Federación, operando también en el plano sil-México, Brasil-Belarus, Brasil-Portugal, Brasil-Líba-
internacional, a través de “Convenios de Cooperación” no, Brasil-India, Brasil-China, Brasil-Tailandia, Brasil-Italia
firmados con diversos organismos de la más alta credibi- y Brasil-Indonesia, además del Presidente del Comité
lidad y tradición, a ejemplo de la International Chamber Brasileño de la Cámara de Comercio Internacional, el
of Commerce (Cámara de Comercio Internacional – Presidente de la Asociación Brasileña de las Empresas
CCI), fundada en 1919, con sede en París, y que posee Comerciales Exportadoras – ABECE, el Presidente de
más de 80 Comités Nacionales, en los 5 continentes, ade- Ia Asociación Brasileña de la Industria Ferroviaria –
más de operar la más importante “Corte Internacional de ABIFER, el Presidente de la Asociación Brasileña de los
Arbitraje” del mundo, fundada en el año 1923. Terminales de Contenedores, el Presidente del Sindi-
La FEDERACIÓN DE LAS CÁMARAS DE COMER- cato de las Industrias Mecánicas y Material Eléctrico,
CIO EXTERIOR tiene su sede en la Avenida General Jus- entre otros. Súmese aun, la presencia de diversos Cón-
to nº 307, Río de Janeiro, (Edifício de la Confederación sules y diplomáticos extranjeros, entre los cuales, el
Nacional de Comercio - CNC) y mantiene con esta enti- Cónsul General de la República de Gabón, el Cónsul de
dad, hace casi dos décadas, “Convenio de Respaldo Admi- Sri Lanka (antiguo “Ceilán”), y el Ministro Consejero
nistrativo y Protocolo de Cooperación Mutua”. Comercial de la Embajada de Portugal.
La Directoria
DIRECTORIA PARA EL TRIENIO 2006/2009
Presidente
1 st V i c e p r e s i d e n t e
Directores
APOIO
Oportunidades para
bens e serviços
FEDERAÇÃO DAS CÂMARAS DE COMÉRCIO EXTERIOR – FCCE chegou ao seu
novas linhas estão sendo inauguradas, de forma a tornar o intercâmbio com aquele país Secretaria
Maria Conceição Coelho de Souza
ainda mais intenso. Sérgio Rodrigo Dias Julio
6 E N T R E V I S TA 50 I N T E R C Â M B I O
Juan Bosco Bernal “Desejamos
“A aproximação entre estabelecer muitas
Brasil e Panamá pode parcerias com os brasileiros”
beneficiar, também, o
resto da América Latina” Muitas vantagens para
novos investimentos no Panamá
Carlos Antonio Bettencourt
“Bons amigos fazem Uma vitrine do comércio mundial
bons negócios”
18 A B E RT U R A 5 4ENGENHARIA
Andrade Gutierrez quer investir no
Ampliação do Canal do desenvolvimento panamenho
Panamá vai favorecer
todo o continente
5 6 E M PAU TA
22 P A I N E L I Secretaria de Comércio Exterior
elogia a realização dos seminários
Desenvolvimento e diversificação bilaterais da FCCE
26 P A I N E L I I 58 T E N D Ê N C I A
Infra-estrutura traz “Toda empresa
vantagens para gostaria de ter um
investimento no Panamá entreposto no
Panamá”
34 P A I N E L I I I
Turismo e hotelaria: duas importantes 59 A V I A Ç Ã O
atividades Nova rota Rio de Janeiro-Panamá
38 E N C E R R A M E N T O 24 P A R C E R I A
Turismo e integração bilateral Brasil: um país estratégico para todos
os panamenhos
42 T U R I S M O
Panamá, portal do 61 D E S E N VO LV I M E N T O
Caribe Odebrecht realiza projeto de irrigação
na província de Chiriquí
“Em 2010, o turismo
deverá ser um dos
principais itens de 62 H I S T Ó R I A
exportação do Brasil” Os índios cunas
“A aproximação entre
Brasil e Panamá
pode beneficiar,
também, o resto da
América Latina”
O Embaixador Plenipotenciário do Panamá, Juan Bosco Bernal, é um en-
tusiasta do potencial humano, natural e comercial de seu país, que, segundo
ele, tem muitas oportunidades de negócios a oferecer aos brasileiros, pois
fica no centro das Américas e dispõe de um canal e um sistema logístico que
inclui portos no Pacífico e no Atlântico. Nesta entrevista à revista da FCCE,
ele mostra também seu entusiasmo pela integração com o Brasil. Segundo o
embaixador, para seu país, o mais importante seria a instalação, em territó-
rio panamenho, de indústrias que gerem renda para ajudar a melhorar o
nível de vida do povo. “Essa associação estreita entre Brasil e Panamá per-
mitiria, também, o progresso de outros países da área e uma maior integra-
ção da América Latina”.
Quais são as suas expectativas em acolhe muito bem, com carinho e afeto,
relção a este seminário? todas as pessoas que o visitam.
JBB – Em primeiro lugar, quero agrade-
cer à FCCE por esta oportunidade de Em termos de produtos e de serviços,
mostrar o que podemosa oferecer ao Bra- o que seria importante para o Pana-
sil, à América Latina e ao mundo. Nossa má importar do Brasil e vice-versa?
expectativa fundamental é divulgar o Pa- JBB – O Panamá é um grande centro de
namá no âmbito do comércio internacio- comércio internacional. A maior oportu-
nal, enfatizando sua posição geográfica pri- nidade que vislumbramos é que o Brasil
vilegiada, seus múltiplos atrativos turísti- possa aproveitar a nossa posição geográfi-
cos e, ao mesmo tempo, suas possibilida- ca para reexportar e distribuir seus pro-
des acadêmicas, científicas e tecnológicas. dutos a outras regiões, como o Caribe, a
Mais que um canal, somos um país com América Central, o Oeste e o Norte dos
oportunidades para a realização de bons Estados Unidos, o Canadá, os países da
negócios, para o investimento e, também, Ásia e todos os que se situam à beira do
para o divertimento saudável, já que te- Pacífico. Esse é, provavelmente, o produ-
mos boas praias, excelentes locais para to mais importante de que dispomos.
compras e santuários de turismo ecológi- Obviamente, temos, também, produtos
co. Somos um país amável, seguro e que agropecuários, como frutas tropicais, ca-
marões e pescado. O fundamental, porém, O Panamá tem uma produção pró- JBB – Há muitos descendentes e as rela-
é estarmos no centro das Américas, com pria, ou estaria interessado em ções são boas. Sempre houve uma espé-
um canal e um sistema logístico que in- importá-los? cie de muro natural separando a Colôm-
clui portos no Pacífico e no Atlântico, que JBB – O Panamá não produz veículos, bia do núcleo mais habitado do Panamá, a
inclui a Zona de Livre Comércio de Colón apenas os consome e redistribui. Temos floresta tropical, não devassada. Até hoje,
para a exportação e reexportação de pro- uma grande zona de livre comércio que não há rodovias que atravessem a frontei-
dutos, assim como um sistema especial, os importa e distribui. Queríamos, con- ra entre os dois países. Toda a comunica-
no Pacífico, para instalação de fábricas ser- tudo, chegar a um acordo com os produ- ção se fazia por navios e, a partir do século
vidas por uma ferrovia. tores de automóveis: talvez um só produ- XX, também por aviões.
tor que quisesse se instalar no Panamá, Nossas relações com todos os países do
De nossa parte, o que o Brasil pode iniciando o seu processo industrial no Bra- mundo são boas, até mesmo com os Esta-
oferecer ao Panamá? sil e complementando-o em meu país, dos Unidos, de quem obtivemos o canal
JBB – O Brasil pode nos oferecer a insta- podendo, então, exportá-los. em uma negociação que envolveu um gi-
lação de suas empresas em nosso territó- gante e um país pequenino. Muitos nos
rio: indústrias que gerem empregos e que Fale um pouco das características perguntavam: “Com que armas vocês vão
tenham um valor agregado para o povo pa- mais típicas desse país tão peque- reivindicar o canal dos Estados Unidos?”
namenho. O Brasil é quase um continente, no, mas servido por dois oceanos. Naquele momento, OmarTorrijos Herrera,
produz a maior parte do que necessita, mas JBB – O Panamá é um istmo muito estrei- o presidente panamenho, respondeu:
seria importante que pudesse, também, re- to que possui, na zona do canal, 80 quilô- “Com as armas da razão, que são as mais
ceber produtos de boa qualidade que pos- metros de largura de um oceano ao outro fortes que temos.” E logrou conquistá-lo,
sam estimular a competição interna. e, em sua parte mais estreita, 51 quilôme- dando um exemplo para a América e para o
O mais importante, volto a frisar, seria tros. Pode-se fazer uma expedição, de um mundo, por meio da assinatura dos Trata-
a instalação, no Panamá, de indústrias que lado a outro, ida e volta, a pé, em um fim- dos Torrijos-Carter, com um calendário de
gerem renda para ajudar a melhorar o ní- de-semana. Historicamente, é multiétnico 23 anos. Os tratados foram firmados em
vel de vida do povo panamenho. Essa as- e pluricultural . Em razão de sua posição de 1977 e o canal foi revertido ao Panamá em
sociação estreita entre os dois países per- trânsito, em meados do século XIX cons- 31 de dezembro de 1999.
mitiria, também, o progresso de outros truiu uma estrada de ferro para transportar,
países da área e uma maior integração da do Atlântico ao Pacífico, as pessoas interes- Os panamenhos têm o presidente
América Latina. sadas no ouro da Califórnia. Antes disso, o Jimmy Carter na conta de um esta-
Panamá já recebia visitantes e imigrantes de dista?
O petróleo brasileiro é um produto diferentes países e culturas. Hoje, o país é JBB – Claro. Foi um homem de grande
cuja exportação interessa ao Panamá? uma mescla de descendentes de espanhóis, visão, que deve ter sofrido pressões
JBB – Para o Panamá, o petróleo brasi- americanos, negros vindos da África e índi- fortíssimas de muitos setores da socieda-
leiro é muito importante. Se conseguís- os – temos cinco povos indígenas no Pana- de americana e resistiu, optando por fazer
semos firmar um acordo com a Petrobras, má. Convivem, também, em nosso territó- o que era justo. Muitos americanos diziam
para instalar no Panamá uma usina de refi- rio, hebreus, árabes e chineses, em plena que o canal era um patrimônio do país e
nação de petróleo, e para vendê-lo na re- paz, sem problemas. que não se poderia cedê-lo. Só que o ca-
gião, isso seria importantíssimo. Além de nal pertencia ao Panamá, havia sido
se constituir em uma alternativa ener- O processo de separação do Pana- construído em suas entranhas e pertencia
gética, seria uma empresa geradora de má da Colômbia foi pacífico? aos panamenhos. O Presidente Carter
empregos e renda para o desenvolvimen- JBB – Foi uma transição, obviamente vi- soube reconhecer esse nosso direito.
to nacional. A vantagem é que já dispo- giada pelos americanos, que tinham inte- Quando o canal foi devolvido aos pana-
mos de um oleoduto com 150 quilôme- resse na construção do canal. A idéia de menhos, em 1999, muitas pessoas previ-
tros, que vai do Atlântico ao Pacífico, com construí-lo havia sido rechaçada pelo con- ram que não iria funcionar bem sem a as-
portos em ambas as extremidades, per- gresso colombiano, ao denunciar um tra- sistência dos americanos, argumentando
mitindo que o petróleo trafegue de um tado que permitiria construir o canal sob que os latino-americanos, em geral, e os
oceano a outro.Temos, ainda, tanques para administração do país. Essa separação, que panamenhos, particularmente, não tinham
armazenar o produto refinado e seus ocorreu em 3 de novembro de 1903, no capacidade para operá-lo com eficiência.
subprodutos. Ninguém oferecerá melho- entanto, não foi violenta. Que aconteceu? Seis anos depois, o canal
res condições do que o Panamá. funciona de maneira mais eficiente, segu-
Há descendentes de colombianos ra e transparente do que no tempo em
O Brasil oferece veículos em geral por lá, ainda? Como são as relações que era administrado pelos americanos.
e, particularmente, os automóveis. entre os dois países? Isso quem lhe diz não é o embaixador,
“
os barcos grandes têm de procurar outras país tem que ser garantida.Talvez, por isso,
rotas e isto redunda em prejuízo para as Somos uma mescla a renda mais expressiva do Panamá tenha
companhias de navegação. Eis porque o de descendentes de espanhóis, origem no setor de serviços. Sete de cada
Panamá resolveu impulsionar o projeto americanos, negros da África dez dólares obtidos pela arrecadação do
”
da ampliação do canal. governo provêm do setor de serviços,
No próximo mês de outubro será rea-
e índios constituído, principalmente, pelo canal,
lizado um referendo no país, para consul- JUAN BOSCO BERNALN pelos setores de comunicações e teleco-
tar a opinião dos cidadãos a respeito dessa municações, pelo setor financeiro, pelo
ampliação, como determina a nossa cons- mo e de escolaridade do povo pa- setor de transportes e pela Zona de Livre
tituição. Já existem uma lei e uma decisão namenho? Comércio de Colón. À exceção do canal,
governamental, agora vamos esperar os re- JBB – Temos bons índices, no momento. que pertence ao governo por causa de sua
sultados dessa consulta popular, pois, sem Todas as crianças que estão em idade de posição estratégica, todos os demais seto-
a aprovação da maioria dos panamenhos, freqüentar a escola primária, ou seja, de 6 res que mencionei são privados.
não podemos ampliar o canal. Aprovada a a 11 anos, estão na escola.
ampliação, as obras começarão em 2007. Que palavras o senhor gostaria de
E a saúde, como vai? dirigir aos nossos leitores, ao fim
Em sua opinião, o povo panamenho JBB – Bastante bem. É verdade que ainda desta entrevista?
vai referendar a ampliação do canal? temos comunidades de alguma forma JBB – Gostaria de agradecer e de dizer
JBB – As oportunidades e vantagens da marginalizadas, como os indígenas, por que o Panamá e o Brasil são povos irmãos,
ampliação são óbvias e infinitas. Existem, exemplo, que representam 10% da po- que têm boas relações desde o princípio
no entanto, alguns setores que não pen- pulação, assim como algumas comunida- do século XX. É verdade que não nos co-
sam dessa maneira. des rurais do interior e outras urbanas. Elas nhecemos muito. Os brasileiros sabem
têm requerido maior atenção do gover- que nós existimos, mas quase sempre não
Por quê? no, ultimamente. A ampliação do canal sabem onde fica nosso país. Quanto aos
JBB – Acham que o dinheiro não vai ser deverá gerar mais renda para ser investida panamenhos, por sua vez, é muito difícil
bem utilizado, que é mais ou menos o que na melhoria das condições de vida dessas que conheçam bem um país tão grande e
se dizia quando da devolução do canal. camadas de nossa população. múltiplo como o Brasil. Em compensa-
ção, temos dois mil estudantes paname-
E o senhor acha que a renda obtida O Brasil sofre com a concentração nhos que se profissionalizaram em cursos
com o canal reverte mesmo para a de renda. No Panamá ocorre algo administrados no Brasil. A amizade e o re-
melhoria das condições de vida dos parecido? conhecimento devem continuar, portan-
panamenhos? JBB – O Panamá e o Brasil são dois países to, nesta nova etapa da globalização, na
JBB – Reverte em educação, em saúde e em que a renda é grande, mas mal distri- qual um gigante como o Brasil pode ter
em infra-estrutura. buída. No Panamá, o governo tem desen- como parceiro um país de economia me-
volvido uma ação, por intermédio de uma nor, obtendo as vantagens comparativas
Quais são os índices de analfabetis- rede de proteção social, que direciona re- que o Panamá pode oferecer.
“ Se conseguirmos fortalecer
associações como o Mercosul,
conseguiremos uma presença
1961. Foi promovido a primeiro secre-
tário de embaixada, em 1967; conselhei-
ro, em 1973; e ministro de segunda clas-
se, em 1975. Entre as inúmeras funções
como vice-pPresidente do Comitê Es-
pecial da ONU para operações de ma-
nutenção da paz, em NovaYork, de 1976
a 80; como delegado do Brasil na sessão
maior de produtos nossos técnicas que desempenhou, está a de especial da Assembléia Geral para o De-
Membro do Conselho Técnico da Con- sarmamento, em Nova Iorque, em
junto aos grande parceiros
federação Nacional do Comércio. Final-
”
1978; como chefe da Delegação do Bra-
comerciais do Brasil mente, tornou-se Ministro de Primeira sil na Conferência da ONU para o Uso
CARLOS ANTONIO BETTENCOURT BUENOI Classe (Embaixador) por merecimen- Pacífico do Espaço Ultra-Terrestre, em
to em 1982. Nova Iorque, entre 1976 e 82, e como
Numa determinada época, pouco an- Ocupou postos de relevância no Bra- presidente do Comitê Preparatório para
tes de o controle total do canal ter sido sil e no exterior, entre eles os de mem- a Primeira Conferência da ONU sobre
transferido, pelos americanos, para os pa- bro da Delegação do Brasil em Gene- o Uso Pacífico do Espaço Ultra-Terres-
namenhos, muitos especialistas em polí- bra, de 1960 a 62, e da Missão do Brasil tre, em Nova Iorque e Genebra, nos anos
tica internacional duvidavam da capacida- junto à ONU, Nova York, de 1962 a 67. de 1981 e 82.
de local de administrá-lo. Temia-se que Trabalhou nas embaixadas de Buenos Foi, também, um dos iniciadores das
houvesse corrupção e tráfico de influên- Aires, de 1967 a 69, e de Varsóvia, conversações para o estabelecimento de
cia. Nada disso aconteceu: o canal funcio- Polônia, de 1969 a 71. relações diplomáticas com o Governo
na, hoje, até melhor do que funcionava Entre 1983 e 1986, foi embaixador da República Popular da China, em Pe-
sob controle americano. plenipotenciário no Panamá. Destacou- quim, 1974, tendo, ainda, negociado e
se, também, como Embaixador Pleni- assinado as notas reversais com Cuba,
O senhor acha que a cultura – em potenciário no Japão, de 1986 a 91; Em- formalizando o restabelecimento de
todos os seus ramos e desdobramen- baixador Plenipotenciário na Repúbli- relações diplomáticas com aquele país,
tos, como a música e o cinema – po- ca Tcheca, de 1991 a 96; Embaixador em 1985.
deria ser considerada uma moeda Plenipotenciário na República da Irlan- Entre suas condecorações, estão a
de troca entre os povos? da, de 1996 a 98. Em 2000, requereu Ordem do Rio-Branco, Grã-Cruz, (Bra-
CB – Sim. Eu acho que o comércio e a aposentadoria por tempo de serviço. sil); a Ordem de Mayo, Grã-Cruz, (Ar-
cultura podem caminhar de mãos dadas. Foi delegado do Brasil em inúmeras gentina); a Ordem do Sol Nascente,
Uma coisa puxa a outra. O cinema, a mú- assembléias gerais da ONU; assessor do Grande Cordão, (Japão); a Ordem Vasco
sica, as artes visuais e outras manifesta- Conselho de Segurança da ONU; dele- Nuñez de Balboa, Grã-Cruz, (Panamá);
ções culturais aproximam muito os po- gado do Brasil na Conferência para a a Ordem do Libertador San Martin, Ofi-
vos. Como diz o ditado, bons amigos fa- Desnuclearização da América Latina, no cial, (Argentina), e a Ordem do Mérito
zem bons negócios. México, de l964 a 67; chefe da Divisão Nacional do Mérito, Oficial, (Itália).
Disponível em 4 idio m
inglês,espanhol e f r
Relação d
atu a
e stino
o mas: português,
f rancês
o de exportadores
u alizada mensalmente
Seminário Bilateral de
Comércio Exterior e Investimentos BRASIL PANAMÁ
Av. General Justo nº 307 – Centro, Rio de Janeiro – RJ – Sede da Confederação Nacional do Comércio – CNC
Rafael Fernández Pita, Lúcia Maldonado, Juan Bosco Bernal, Carlos Bueno, João Augusto de Souza Lima, Ivan Ramalho e Glorisabel Garrido.
Colón
Panamá
Na cidade de Colón
(foto à esquerda), às margens
do Oceano Atlântico, localiza-
se a Zona de Livre Comércio,
um dos principais pilares da
economia panamenha.
Perfil do canal
O Canal do Panamá é uma empresa na
qual trabalham 9.000 pessoas, 24 horas
por dia, 12 meses por ano, e, que, por-
tanto, não pára nunca. Em 2005, reali-
zou o trânsito de 14.011 navios, núme-
ro bem próximo de sua capacidade má-
xima atual, de 16.000 navios, com uma
média aproximada de 43 passagens por
dia. Os barcos que o atravessam são, es-
sencialmente, transportadores de con-
têineres, petroleiros e navios de cruzei-
ro. Ele serve a 120 rotas marítimas de
80 países; um deles, o Brasil, que está
em 19º lugar entre os maiores usuários. Para cruzar o canal é preciso atravessar o Lago
“
boas taxas, não estamos satisfeitos ainda e Atlântico e outro no Pacífico, e a uma zona
O Panamá caminha para esperamos melhorar o ensino, especial- de livre comércio. O Panamá oferece, ain-
seu pleno desenvolvimento, mente as oportunidades educativas pro- da, um centro financeiro com 70 bancos
com instituições democráticas porcionadas às camadas da população que estrangeiros e internacionais, que usa o dólar
e um comércio livre
CARLOS BUENOI
que possibilita a exportação de produtos
” não alcançam o segundo grau e a universi-
dade. O país investe 5% do seu PIB em
educação, pois reconhece que, sem ela, é
difícil obter maior produtividade e desen-
como moeda corrente há mais de cem anos.
“É pouco conhecido o fato de que nos-
so país tem, também, há 74 anos, a ‘Cidade
do Saber’. Trata-se de um complexo de co-
como melão, mamão, banana, abacaxi, açú- volvimento nos negócios internacionais.” nhecimento e de investigação tecnológica,
car e camarões, sendo que, nos últimos dez com 32 organismos internacionais – fun-
anos, vem-se destacando, com muita for- O canal damentalmente de atuação social – que as-
ça, o turismo ecológico. A seguir, o embaixador traçou breve seguram a existência de 26 programas de
histórico sobre o Canal do Panamá. universidades de excelência, principalmen-
Comércio bilateral “Ele foi construído, inicialmente, por te dos Estados Unidos e da Europa, com
Apresentadas as características econô- franceses. As obras foram retomadas por cursos de mestrado e doutorado. Além dis-
micas do Panamá, o embaixador falou so- americanos. Sua inauguração ocorreu no so, mantemos ali, em funcionamento, um
bre a importância da educação no desen- ano de 1914 e, em 1999, foi definitiva- parque tecnológico com 42 empresas as-
volvimento dos negócios internacionais. mente entregue à administração dos pa- sociadas a avançados setores de pesquisas,
“Nossa balança comercial é bastante namenhos. No momento da transferên- com o objetivo de gerar inovações de dife-
desproporcional em relação ao Brasil, e cia, muitos duvidaram da capacidade do rentes gêneros e graus.”
não fazemos questão de reverter esse qua- povo do Panamá para administrar um
dro, mas queremos exercitar uma relação patrimônio dessa envergadura, mas, des- Ampliação
mais justa nos próximos anos. Quando se de então, demonstramos mais eficiência, Tendo apresentado esse panorama, o
decide investir em um país, é sempre im- segurança e transparência no uso dos re- expositor dedicou a parte seguinte do seu
portante conhecer o seu nível de educa- cursos por ele gerados. Hoje, o Panamá e pronunciamento ao projeto que, em sua
ção e de cultura. O Panamá, neste mo- os Estados Unidos têm uma relação amis- opinião, terá grande impacto sobre o mun-
mento, tem uma taxa de escolaridade pri- tosa, de sócios comerciais.” do e, especialmente, sobre a América La-
mária de 99%, ou seja, aproximadamente Segundo o embaixador, o que seu país tina: a ampliação do Canal do Panamá. A
todas as crianças entre seis e onze anos pode oferecer ao Brasil é uma rota ágil, origem desse projeto está nas mudanças
estão na escola primária, tanto no campo oportuna e econômica. Localiza-se em po- verificadas ultimamente no comércio,
quanto nas áreas urbanas. No segundo sição estratégica entre dois oceanos, no meio com o incremento na demanda de carga
grau, a taxa é de 65% de adolescentes e a do continente americano, e é detentora de e, por conseguinte, o aumento do tama-
taxa de escolaridade universitária para a uma logística eficiente, pois o canal é inte- nho dos navios. Atualmente, alguns car-
população entre 18 e 25 anos de idade grado, por um sistema de ferrovias e rodo- gueiros não podem passar pelo canal, em
está em torno de 30%. Apesar de serem vias, a dois portos internacionais: um no virtude de suas grandes dimensões.
“
“A ampliação está sustentada por mais de relações bilaterais com o Brasil, que datam
120 estudos e trata, fundamentalmente, da de 1904, quando o Brasil reconheceu nos-
Queremos fortalecer as relações
construção de dois complexos de compor- sa independência. Em 1908 já tínhamos o com o Brasil, que datam
tas, um no Pacífico, outro no Atlântico, com primeiro embaixador brasileiro no Pana- de 1904, quando o país
três câmaras em cada comporta e três bacias
que permitam a reutilização da água. A água
doce faz mover o canal, mas grande parte de
seu contingente se perde no sistema atual. A
má e, hoje, temos, também, três consula-
dos gerais brasileiros. O Ministro Luiz
Fernando Furlan visitou-nos em maio e de-
monstrou interesse em valer-se de nossa
reconheceu nossa independência
JUAN BOSCO BERNALI
no, do Desenvolvimento, Indústria e Co-
”
obra possibilitará, também, a ampliação dos posição estratégica para incrementar o co- mércio Exterior, Ivan Ramalho, para um
leitos de acesso, o aprofundamento dos lei- mércio bilateral. Ele pretende estabelecer breve pronunciamento sobre o relaciona-
tos de navegação e, assim, a duplicação da no Panamá um centro comercial de mento do Brasil com o Panamá. Ele men-
capacidade de trânsito do canal. A obra está redistribuição de produtos do Brasil, como cionou os resultados do comércio exteri-
prevista para sete ou oito anos, com custo já ocorre em Miami e em Frankfurt.” or brasileiro nos últimos anos e lembrou
aproximado de US$ 5,85 milhões, devendo O embaixador disse esperar, também, que o incremento de nossas exportações
ser auto-financiada, o que permitirá manter dos brasileiros uma contribuição na área – embora tenha sido registrado em relação
os níveis de nossa estabilidade financeira, pois de energia, especificamente em relação ao aos EUA e à União Européia – ocorreu
é o canal que está investindo seus lucros na petróleo. muito mais em função de novos mercados
modernização. Estudos ecológicos mostram Por fim cncluiu: “aguardamos, ainda, o da África, da Ásia e da América Central. Ele
que não haverá danos fundamentais ao meio interesse do Brasil em associar-se aos pro- ressaltou que esse incremento ocorreu não
ambiente.” jetos de ampliação do canal e da constru- só na venda de bens, como na de serviços,
Ao concluir, o embaixador discorreu ção de um porto no Pacífico. O futuro é e externou a opinião de que o Panamá re-
sobre a política externa de seu país e os bastante promissor para o desenvolvimen- presenta uma grande oportunidade de par-
esforços para inseri-lo na comunidade to de nossas economias e eu quero termi- ticipação na ampliação do comércio exte-
mundial. nar com o seguinte pensamento: o capitão rior mundial.
“O presidente do Panamá revitalizou a pessimista se queixa dos ventos; o otimis- Segundo Ivan Ramalho, a corrente de
diplomacia para assegurar nossa presença ta espera que o vento mude; o realista ajus- comércio atual entre os dois países alcan-
efetiva no cenário internacional. Vem tra- ta as velas para navegar com qualquer ven- ça valores pequenos – cerca de US$ 300
balhando por uma ordem mundial mais to. Estamos no melhor momento para milhões – mas aumentou, este ano, em
justa, respeitadora dos princípios do Direi- ajustar nossas velas para a cooperação, que 20%, e continua a crescer no mesmo rit-
to Internacional, mediante a prática de uma poderá gerar resultados frutíferos para os mo, com a comercialização de produtos
política pluralista, tendente à neutralidade nossos povos.” manufaturados de alto valor agregado.
e à solução pacífica de controvérsias. Inter- Manifestando esperança na continuidade
namente, estamos empenhadíssimos em Comércio brasileiro desse crescimento, o ministro encerrou
obter o desenvolvimento humano de nos- O presidente da mesa passou, em segui- seu pronunciamento e concluiu os traba-
sa população. Queremos fortalecer nossas da, a palavra ao Ministro de Estado, interi- lhos de abertura do seminário.
Desenvolvimento e diversificação
Corrente comercial Brasil-Panamá tem crescido em faixa superior ao
aumento do comércio brasileiro com o resto do mundo
Fernando Arango Morrice, Presidente da Câmara de Comércio e Indústria do Panamá realizou um pronunciamento sobre a Expocomer.
tral do Brasil, Carlos Thadeu de Latina da Embraer, Sergio Kuczynski; Comércio brasileiro
Freitas Gomes. Para realizar um pro- e o Diretor Internacional da Copa O Diretor do Departamento de Pla-
nejamento e Desenvolvimento de Comér-
nunciamento especial, foi convida- Airlines, Alexandre Camargo. cio Exterior do MDIC, Fábio Martins Fa-
“ A Embraer sente-se
honrada por participar
do desenvolvimento da
Copa Airlines e do
desenvolvimento econômico
do Panamá
”
SERGIO KUCZYNSKIN
“
dólar, nós experimentamos dobrar a oferta, ainda, aos passageiros que se dirigem aos
passando de sete para 14 vôos semanais. Foi Com o crescimento do Estados Unidos, não só àqueles que estão
com grata surpresa que observamos a boa comércio entre o Brasil e a embarcando aqui, no Rio de Janeiro, mas
receptividade para esses vôos, o que nos per- América Latina, com a também àqueles de Vitória e Belo Hori-
mitiu inaugurar, a partir de julho deste ano, zonte, que passem a usar o Panamá como
nova rota conectando Manaus e Panamá. estabilidade econômica e a conexão, evitando translados no aeropor-
Este vôo, aliás, é um marco na nossa aviação baixa do dólar, dobramos to de Miami, extremamente congestiona-
civil, pois é o primeiro, de caráter comercial
e internacional, realizado no Brasil por uma
aeronave brasileira.”
Alexandre Camargo realçou o fato de
a oferta de vôos
ALEXANDRE CAMARGON ” do e burocrático. Quanto aos passageiros
que saem do Rio de Janeiro, terão uma
economia de até quatro horas de viagem.”
Para concluir, o representante da Copa
que, até então, a Embraer fabricava os avi- Rio de Janeiro serão operados, assim demonstrou, em números, a movimenta-
ões, exportava-os e nunca os via voar no como os de São Paulo, com o Boeing 737, ção de passageiros entre Brasil e Panamá:
Brasil, apesar de ser uma das mais respei- com capacidade para 124 pessoas. Mante- em 2004, a empresa transportou cerca de
tadas produtoras de aeronaves do mundo. remos, também, os cinco vôos de Manaus 11,3 mil passageiros com destino ao Pa-
A Embraer tem colocado nestas rotas pa- operados pelo Embraer 190.” namá. Em 2005, houve um crescimento
namenhas um modelo revolucionário, no Segundo Alexandre Camargo, as previ- de 18%, chegando a pouco mais de 13
que se refere ao conforto. sões para 2007 também são expressivas. mil passageiros. Para 2006, deve-se atin-
“Com todos estes sucessos, nós deci- “Com base nas encomendas que temos, gir 20 mil passageiros, ou seja, em dois
dimos antecipar o vôo Rio de Janeiro-Pa- deveremos chegar a um total de 37 avi- anos, a empresa apresentou um cresci-
namá, que originalmente estava previsto ões, e isso manterá a Copa como a empre- mento de quase 100% no número de pas-
para junho de 2007 e coincidiria com os sa aérea com a frota mais moderna da sageiros com destino ao Panamá.
A expansão
Em prosseguimento, Gloria de la 6 anos
Espriella passou a tratar da expansão do
Canal do Panamá, que será submetida a
referendo em 22 de outubro de 2006.
“A construção deverá ser iniciada em Administração americana Administração panamenha
2007 e durar oito anos, estando previsto
o início das operações para 2015. O im-
pacto econômico será visível, pois as con- seguida, das oportunidades no setor oportunidades de negócios a serem ex-
tribuições e aportes econômicos trazidos energético de seu país. plorados entre os dois países, como a ins-
pelo canal, já muito importantes e expres- “O governo transformou a política na- talação de uma planta regasificadora e ou-
sivos, deverão triplicar a partir de 2015 e, cional de hidrocarbonetos e energias al- tros produtos derivados de petróleo.
em 2025, serão oito vezes maiores. No ternativas em um plano de ação para in- “O setor energético é uma área inte-
ano passado, o canal aportou ao Tesouro centivar o desenvolvimento do setor e ressante, sendo que parte desse investi-
Nacional a cifra de US$ 489 milhões. A evitar a dependência absoluta dos deriva- mento poderá se dar pelas refinarias. Com
duplicação das eclusas permitirá o tráfego dos de petróleo. Não possuímos esta ma- o coque que elas produzirem se poderá
de navios “Post-Panamax”, ou seja, aqueles téria prima, mas queremos desenvolver o gerar eletricidade. Projetos como os da
que superam a dimensão permitida para a projeto de uma refinaria. O Panamá conta expansão do canal, de mineração, do de-
travessia do canal, nos dias de hoje. Em- com uma série de facilidades de infra-es- senvolvimento portuário e imobiliário vão
barcações de 366 metros de largura e 15 trutura: na província de Chiriqui, nas pro- requerer uma produção energética que,
metros de profundidade poderão cruzar ximidades de nossa fronteira com a Costa atualmente, não possuímos.”
o canal. As eclusas utilizarão um sistema Rica, existe um oleoduto transístmico que A seguir, Gloria de la Espriella abor-
novo, de tinas, ainda não empregado no transporta óleo cru. Com 131 quilôme- dou a possibilidade de conectar-se com
Panamá, mas já testado nos Países Baixos tros, esse oleoduto tem, em cada uma das os países vizinhos, o que já ocorre, em ter-
e na Alemanha. Essas tinas utilizarão uma extremidades, tanques de armazenamento mos energéticos, por meio do Sistema de
quantidade menor de água – 7% menos para 16,9 milhões de barris. A sustenta- Interação Para Geração Elétrica – SIPAG,
para cada travessia.” ção legal para uma refinaria no Panamá que permitirá ao Panamá exportar ener-
está contemplada nas leis das Zonas Li- gia para Guatemala, Honduras, El Salva-
Energia vres de Petróleo e estão mapeadas duas dor, Costa Rica e Nicarágua.
A representante do Ministério de Co- localidades ideais para sua instalação.” “Outro projeto energético que temos
mércio e Indústrias do Panamá falou, em A expositora mencionou, ainda, outras é o de um gasoduto para gás natural a par-
tir da Venezuela, passando pela Colômbia, tas terras e imóveis para serem utilizados.
e chegando à nossa costa atlântica, na cida- Calcula-se que existam mais de sete mil
de de Colón. edifícios dotados de infra-estrutura na área
Outro projeto é o da limpeza da Baía do canal, inteiramente disponíveis. Exis-
do Panamá, à beira da qual situa-se a capi- tem, também, oportunidades de negócio
tal do país. Estamos investindo, na primei- em tecnologia de informação, telecomu-
ra etapa, cerca de US$ 220 milhões, de nicações e informática, biociência e
um total de US$ 340 milhões. A primeira biotecnologia na Cidade do Saber. Uma
fase será de instalação da rede coletora de outra iniciativa, atualmente em processo
detritos, e a segunda de instalação do sis- de licitação, é o Projeto de Transporte
tema interceptor, assim como de introdu- Urbano. Ele demandará um investimento
ção das estações de tratamento. estimado entre US$ 60 e 90 milhões. O
Ao encaminhar-se para o final de seu Ministério de Comércio e Indústrias tam-
pronunciamento, Gloria de la Espriella bém tem incentivado o setor de minera-
declarou que desejava também explicar o ção, com o Projeto Cerro Colorado que
que se passa na Área Econômica Especial, tem uma concessão de dois mil hectares”.
antiga Base Aérea de Howard. Ao concluir, Gloria de la Espriella agra-
“Acabamos de firmar um acordo de deceu a todos e colocou-se à disposição
“ O governo panamenho
tem projetos na área de
infra-estrutura e de energia
investimentos com uma empresa de
Singapura, chamada East Air Space, para
reconverter aviões, aproveitando as facili-
para prestar outras informações sobre
investimentos no Panamá.
Odebrecht
”
dades oferecidas pela antiga base e geran-
e está aberto a novas parcerias do mais de mil empregos permanentes. Em seguida, Lúcia Maldonado, presi-
GLORIA DE LA ESPRIELLAN Nas áreas revertidas, existem, ainda, mui- dente do painel, passou a palavra a
A obra está orçada em US$ 5,2 bilhões e será paga com a arrecadação de
tarifas no canal. Será construído um novo conjunto de eclusas que
permitirão a passagem de navios de grande porte. O novo sistema permite
uma economia significativa de água doce usada nas grandes tinas.
1 Aprofundamento e alargamento
alargamento da entrada do Atlântico
2 Eclusas e leitos de acesso ao Atlântico
3 Aprofundamento e alargamento
alargamento do leito do Lago
Lago Gatún
4 Aumento do nível do Lago
Lago Gatún
5 Aprofundamento do leito do Corte
Cor te
6 Eclusas e leitos de acesso ao Pacífico
Pacífico
7 Aprofundamento e alargamento
alargamento do acesso ao Pacífico
Pacífico
Eclusas existentes
”
por 30 anos.”
Do ponto de vista do faturamento, a Em 2006, sua receita deve Equador, Peru e Argentina
empresa trabalha com uma expectativa de aumentar em cerca de 30%. R ICARDO A NTONIO M ELLO C ASTANHEIRAN
aumento de 30% de receita no ano de
2006. Na área da construção, novos ne- Internacional Mundial, que corresponde toras no Brasil e fora dele, desde que co-
gócios continuam acontecendo. a um Oscar em nossa atividade. Tivemos meçamos nosso primeiro projeto no ex-
“Recentemente, ao executarmos a obra inúmeros projetos na área imobiliária e, terior, no Congo, em 1983. A partir de
do aeroporto da Ilha da Madeira, fomos no que diz respeito a hidrelétricas, somos nosso escritório no Panamá, que gerencia
agraciados com o Prêmio da Engenharia parceiros de grandes empresas constru- toda a América Central e o Caribe, estamos
“
intervenção estritamente de ordem jurí- O expositor passou a falar, então, do
Oferecemos estabilidade
dica, abordando, sobretudo, as relações boom imobiliário por que passa o seu país.
comerciais entre os dois países. jurídica aos investidores. “Foi publicado no ‘U.S. Today’ um arti-
“A ampliação do Canal do Panamá é, Nosso país é muito procurado go que comenta esse boom, segundo o qual
no momento, o projeto mais importante
do país, porque a Constituição estabelece
que essa decisão deve ser tomada por to-
dos os panamenhos, em referendo. As
por americanos aposentados
OLIVER MUÑOZN ” o Panamá está suplantando a Costa Rica
como o país da América Central mais pro-
curado pelos norte-americanos em bus-
ca de alternativas para sua aposentadoria,
pesquisas estão mostrando que o ‘sim’, ou US$ 2,2 bilhões. Esses números demons- graças, principalmente, ao grande ofere-
seja, a aprovação da ampliação, tem uma tram não só a eficiência, mas o compro- cimento de bens de raízes e de projetos
vantagem sobre o ‘não’. O mais interes- misso que temos com o canal, pois repre- imobiliários. É tão importante o desen-
sante é que a porcentagem mais impor- senta nossa principal fonte de renda e gera volvimento dessa área que o americano
tante de panamenhos a favor do ‘sim’ é a negócios para o mundo inteiro.” Donald Trump vai construir, para esse
de jovens entre 20 e 35 anos, que estão Os estudos que respaldam tecnicamen- público, o Trump Ocean Club Hotel, um edi-
vendo no projeto a possibilidade de obter te a ampliação do canal foram realizados fício de 62 andares, que será erguido na
empregos. A ampliação contempla a ex- por inúmeras empresas. Atualmente, ele Cidade do Panamá.”
pansão do número de contêineres que vão tem duas vias, e deverá ser construída uma O advogado panamenho citou, tam-
passar pelo canal. Cada um desses trans- terceira, do lado direito das atuais, em bém, entre outros incentivos para inves-
portadores de contêineres, sobre os quais cuja entrada existe uma área que foi tir em seu país, a Lei 58, de 1998, que
estamos falando, pode carregar, aproxi- dragada pelos norte-americanos nos anos oferece uma estabilidade jurídica aos in-
madamente, o mesmo que transportari- de 1930 e 40. Isto demonstra que, desde vestidores internacionais, consubstancia-
am 5.800 caminhões, 18 trens ou 570 então, já se fazia sentir a necessidade da da na garantia de que, aos que investirem
Boeings 747.” ampliação, cujos trabalhos foram inter- montante superior a US$ 2 milhões, se-
Ainda enfocando os desdobramentos rompidos por causa do esforço econô- rão mantidas, pelo período de dez anos,
comerciais da ampliação do Canal do Pa- mico demandado pela entrada dos Esta- as condições legais vigentes, em matéria
namá, Oliver Muñoz continuou seu pro- dos Unidos na Segunda Guerra Mundial. fiscal e trabalhista. A última vantagem
nunciamento. Nessa área, será construído um novo jogo mencionada pelo expositor foi a paz so-
“Atualmente, tanto do lado do Pacífi- de eclusas no Pacífico, o mesmo aconte- cial que reina no país e a segurança de
co, quanto do Atlântico, embarcações que cendo no Atlântico. que gozam os cidadãos panamenhos e os
desejam atravessá-lo têm que esperar, pois “A estimativa é de que o projeto esteja investidores internacionais. Com esta
esta operação demora um longo período terminado no ano de 2014. O governo imagem, Oliver Muñoz finalizou sua ex-
de tempo, provocando filas de espera. atual tem mandato até 2009, portanto o posição.
Com a ampliação, isto não vai mais ocor- projeto seguirá pelo período do próximo Em seguida, Lúcia Maldonado agrade-
rer. Em apenas seis anos de administração governo. Os primeiros tempos da obra ceu a presença de todos e encerrou as ati-
panamenha, o canal rendeu ao governo serão dedicados a concursos, licitações e vidades do painel.
ceitas em comparação com o primeiro se- curso superior e pós-graduação. Dois ter- do Ministério do Trabalho e também da
mestre do ano passado. Quero, também, ços estão entre 25 e 50 anos e têm uma UNB, para cada emprego formal no turis-
chamar a atenção de todos para o fato de renda média de quase US$ 3 mil. mo, são gerados dois empregos informais.
que, só no primeiro semestre de 2006, a “No conjunto, a média ponderada da “Os 263 mil novos empregos com car-
entrada de dólares foi superior a qualquer renda do turista que visita o Brasil, por qual- teira assinada criados em três anos, na ver-
outro ano anterior a 2003.” quer motivo, é de US$ 3,2 mil. Durante dade geraram 798 mil postos de trabalho.
todo o ano de 2005, o turismo foi o quinto Essa é uma característica importante do
Esforço coletivo item da nossa pauta de exportações.” turismo e vale muito a pena investir nessa
Para o ministro o esforço conjunto da atividade.”
Receita Federal, dos estados, dos municí-
pios e da iniciativa privada está trazendo
resultados muito expressivos, e acredita
que novos patamares poderão ser atingi-
“A Argentina é o país
que mais manda turistas
ao Brasil. Depois vêm
Agradecimentos
Após o pronunciamento do Ministro
de Estado, interino, do Turismo, o presi-
dos. Segundo ele, dentro de alguns anos, Estados Unidos, Portugal, dente da sessão de encerramento, Embai-
”
estes números já serão considerados pe- xador Juan Bosco Bernal, passou aos agra-
quenos. Uruguai e Alemanha decimentos finais. Ele mencionou a pre-
“Quero destacar que em 2004 tivemos M Á R C I O F AV I L L A L U C C A DE P AU L A I sença significativa de público no seminá-
um número de europeus superior ao de rio e os esforços de todos os seus partici-
sul-americanos, e isso se repetiu em 2005. “Em primeiro lugar, esteve o minério pantes no sentido de produzir um traba-
O primeiro país emissor de turistas para o de ferro, item do qual o Brasil é o primei- lho que privilegiasse o estreitamento de
Brasil é a Argentina, seguida pelos Estados ro produtor e o primeiro exportador do laços entre brasileiros e panamenhos..
Unidos. Depois vêm Portugal e Uruguai. mundo. O segundo lugar ficou com a soja, “Em primeiro lugar, não pairam dúvidas
Em quinto lugar fica a Alemanha. O gasto da qual nosso país é o primeiro produtor sobre a capacidade produtiva de serviços do
médio de viagem dos turistas tem crescido mundial e o segundo exportador. O pe- Rio de Janeiro e do Brasil. Pudemos, tam-
substancialmente. No ano 2000 foi de US$ tróleo bruto está em terceiro lugar. Em bém, promover um maior conhecimento
341 e, no ano passado, foi de US$ 721. Isto quarto ficam os carros, e, finalmente, em sobre o Panamá, que ocupa uma posição
significa que, em cinco anos, conseguimos quinto lugar, o turismo. O Brasil é o 28o geográfica estratégica e pode servir aos inte-
dobrar o gasto médio nas viagens para o do mundo em termos de receita cambial resses da projeção comercial do Brasil. Vi-
Brasil. Neste mesmo estudo de cenários com o turismo.” mos o Panamá como um centro logístico
que o Conselho Nacional de Turismo reali- “O importante é continuarmos nesta para recrutamento e redistribuição de bens
zou, ficou claro que poderíamos vir a rece- trajetória de crescimento para que o tu- e serviços de empresas do Brasil. Meu país é
ber de 9 a 17 milhões de visitantes por ano rismo possa ser um dos dois principais atraente para os investimentos de brasileiros
em 2010, que vão deixar aqui, no mínimo, itens da nossa balança de pagamentos. em diversos aspectos, e encontramos possi-
US$ 10 bilhões.” Creio que este é um indicativo muito im- bilidades para realizar grandes parcerias com
portante do potencial que temos.” empresas nacionais. Existe uma coincidên-
Pesquisa Em seguida, Márcio Favilla Lucca de cia de posições, pois o Panamá é um bom
Um estudo feito pela Universidade de Paula passou a discorrer sobre vários moti- cenário para investimentos, por causa de sua
São Paulo – USP sobre o perfil do turista vos de viagens. Segundo ele, é preciso dar grande estabilidade política, pela segurança
estrangeiro entrevistou mais de 32 mil mais atenção ao chamado turismo de saú- do cidadão e pela segurança jurídica e dos
pessoas nos portões de saída do Brasil e de, que leva muitas pessoas de um país a recursos alocados nele. Neste sentido, con-
dividiu as viagens em várias categorias: outro para realizar tratamentos e operações. seguimos, nesta tarde dedicada à integração
lazer, negócios, eventos e congressos e “Muitas nações já se organizaram bem de nossos países, uma fórmula fundamental
outros motivos. O lazer responde por nesta área, e creio que temos uma grande para o progresso.A integração é a única saída
44,4% dos objetivos de viagem. Dois ter- potencialidade para explorar a medicina e para o sucesso frente aos desafios da
ços destes turistas têm graduação e pós- a odontologia. Uma outra área é a educaci- globalização econômica. Para seu melhor
graduação e idade entre 25 e 50 anos. onal. Recebemos, no ano passado, 70 mil funcionamento, é preciso criar novos me-
Entre os que vieram para negócios, con- estudantes de todos os níveis. Nesse senti- canismos de negócios e um clima de confi-
gressos e eventos, 86% têm curso superi- do, o Rio de Janeiro tem uma posição de ança que favoreçam nossa aproximação,
or e pós-graduação. Quase 80% têm idade destaque pelo número e qualidade de suas como fizemos hoje.”
entre 25 e 50 anos e uma renda individual entidades educacionais, seja do setor públi- O embaixador terminou sua interven-
média de US$ 4,5 mil por mês. Entre os co, seja do setor privado.” ção, desejando que todos os presentes
que vieram por outros motivos, sobretu- Como conclusão, Márcio Favilla Lucca possam amar o Panamá como os paname-
do para visitar amigos e parentes, 55% têm de Paula informou que, com base em dados nhos o amam.
um calçadão onde se encontram aparelhos a capital, tem praias que sofrem com os
eletrônicos, roupas, sapatos e acessórios sim- Índios embera mostram suas efeitos das marés e não são muito boas para
ples e de griffes, tecidos, cosméticos e lojas danças aos visitantes no o banho de mar, embora suas águas revol-
das multinacionais de fast food. Parque Nacional de Darien. tas façam a alegria dos surfistas.
Uma visita aos paraísos naturais da costa
Visitando o canal As praias de Bastimentos
caribenha, de águas azuis, areias brancas e
Um bom programa é conhecer o canal, (centro) estão entre as mais bancos de corais, começa por El Darién,
uma expressiva obra de engenharia. Para procuradas do Caribe. O província ao Sul do país, próxima à frontei-
construí-lo, entre 1908 e 1914, Panamá e Arquipélago de San Blas (à ra com a Colômbia. Fica ali o arquipélago
Estados Unidos assinaram o Tratado de Hay- direita) tem 365 ilhas e de San Blás, com 365 ilhas, onde vivem os
Bunau-Varilla, que deu aos americanos o índios Cunas. No arquipélago e na costa é
controle perpétuo do canal. Em 1974, eles lindos cenários naturais. possível alugar, a bons preços, cabanas rús-
renunciaram a essa soberania perpétua e, em ticas, sem telefones e sem eletricidade, ide-
1977, prometeram devolvê-lo aos paname- travessia custa, em média, cerca de US$ ais para quem quer desligar-se do mundo.
nhos, o que ocorreu em 31 de dezembro de 42 mil por embarcação. Há navios de tu- Elas convivem com a presença, mais ao
1999. Até então, a área do canal e suas mar- rismo que demoram um dia inteiro para Norte, nas regiões de Colón e Bocas Del
gens eram território americano e a presença atravessá-lo, ao preço de US$ 100. Um Toro, de resorts e hotéis de categoria inter-
deles conferiu ao Panamá peculiaridades cul- passeio de meio dia custa a metade e, para nacional. Porto Bello, Isla Grande (a pou-
turais como, por exemplo, o emprego cor- quem quiser dar uma olhada, é só pegar, co mais de 50 km da capital), Miramar e
rente da língua inglesa nas maiores cidades. ao preço de US$ 1, um ônibus, com ar- Bastimentos são os pontos mais procura-
O país, aliás, é hoje considerado o mais in- refrigerado, que passe por Miraflores – a dos nas praias do Caribe, de águas mornas e
ternacionalizado da América Latina. última eclusa antes do Pacífico – e assistir transparentes, paraíso dos mergulhadores,
O Canal do Panamá mede 80 km de ao espetáculo de um mirante. Atualmen- cruzeiros e esportes aquáticos.
comprimento e transporta navios de um te, o povo panamenho prepara-se para, em O Panamá pôs à disposição dos visitan-
oceano ao outro. Entre o Pacífico e o Atlân- referendo, aprovar, ou não, a ampliação tes a infra-estrutura que herdou dos 85
tico há uma diferença de altura de 26 do canal. A votação ocorrerá em outubro anos de presença americana no país e trans-
metros e para superá-la os navios são ele- de 2006 e os prognósticos são de que a formou vilas militares em hotéis. É o caso
vados ou baixados em três grandes eclu- ampliação será aprovada. da antiga Escola das Américas, que, hoje,
sas. Verdadeiros “elevadores”, que movi- abriga o Meliá de Colón. O mesmo acon-
mentam cerca de 52 milhões de galões de O Caribe paradisíaco tece no Hotel Gamboa Rain Forest, situa-
água doce, pois parte do canal foi traçada É na costa atlântica, voltada para o Mar do no Parque Nacional de Soberania, com
através das águas de um lago. do Caribe, que estão situados os mais belos 5.500 hectares: em meio à floresta tropi-
Um navio costuma demorar entre oito sítios naturais e a melhor infra-estrutura cal. Ali, os turistas podem assistir a demons-
e dez horas para cruzar todo o canal e a turística. A Costa do Pacífico, onde situa-se trações de rituais de tribos indígenas.
“
entanto, – pela sua posição geográfica, também têm?
O setor gera empregos tanto
por ser a sede da Copa Airlines, e pelo MFLP – Nossa natureza está disponível
fato de o aeroporto da cidade do Pana- para pessoas pouco qualificadas não somente para os panamenhos, mas
má ser o hub das Américas — ganha bas- quanto para profissionais para todos os visitantes estrangeiros. Além
tante importância. Para os viajantes que
atravessam a América Central, e, tam-
bém, para os americanos, passar pelo
Panamá é uma alternativa muito viável e
altamente especializados
M Á R C I O F AV I L L A L U C C A DE ”
P AU L A N
disso, o Panamá coloca-se como um país
com experiência em logística, pois ele tem
um porto na Zona de Colón que é muito
importante como local de recebimento
interessante. turistas estrangeiros para o Brasil e de ge- ou reexportação e distribuição de produ-
A Copa Airlines mantém vôos do Pa- ração de divisas para o país. tos. O vôo Panamá-Manaus é, pois, signi-
namá para São Paulo e Manaus e, dentro ficativo para nós, não somente por causa
de algum tempo, oferecerá vôs para o Rio O que podemos oferecer aos pana- do turismo, mas também porque liga a
de Janeiro. O Panamá tem ganhado im- menhos, na medida em que o Brasil Amazônia a esse centro de distribuição, e
portância na nossa estratégia de atração de tem uma natureza tropical que eles passa a ser uma alternativa interessante para
“O intercâmbio comercial
desperta a curiosidade pelo
conhecimento do país”
Brasil, não só vindos do exterior, mas
também das diferentes regiões brasilei-
ras. Nosso interesse principal é divulgar
e promover o território fluminense para
que receba ainda mais visitantes. Esse é o
objetivo principal da Secretaria de Turis-
mo.”
O subsecretário se disse satisfeito com
o aumento da importância do intercâm-
bio Brasil-Panamá. Segundo ele, atestam
este fato o número de vôos Brasil-Pana- Paraty: a preferida de franceses e ingleses.
má e a venda de novos modelos de aero-
naves da Embraer para os panamenhos. Segundo Nilo Sérgio Felix, o Brasil rece-
“Todo esse trabalho de intercâmbio, beu, em 2005, 5,3 milhões de turistas estran-
que pode ser observado com a realização geiros e o Rio de Janeiro foi a cidade mais
deste seminário pela FCCE, e na aproxi- visitada, recebendo 37% dessa demanda.
mação do Brasil com o Panamá, por meio “Outro ponto interessante é que duas
da nova rota de aviação trazida pela Copa cidades do Estado do Rio estão entre as
Nilo Sérgio Felix Airlines, tende a incrementar a atividade dez mais visitadas pelo mercado turístico
turística. Num futuro próximo, prevemos internacional: Rio de Janeiro, em primei-
Subsecretário de Turismo do Es- o aumento do número de turistas de toda ro, e Búzios, em sétimo lugar. Podemos
Hotelaria
No Brasil
A Marriott International iniciou suas ope-
rações no Brasil com a inauguração do
Renaissance São Paulo Hotel, com 445 apar-
tamentos, em 5 de março de 1997. Atual-
mente, a cadeia se faz presente, no país, com
seis hotéis, que oferecem um total de 1.613
apartamentos em quatro bandeiras distintas:
JW Marriott; Marriott Hotels; Renais-
sance; e Marriott Executive Apartments.
Na categoria luxo: JW Marriott Hotel
Rio de Janeiro; Marriott Hotels, Resorts
& Suítes; e Renaissance Hotels, Resorts
& Suítes. Na categoria qualidade: Renais-
No coração da Praia de Copacabana, destaca-se o prédio do JW Marriott Hotel Rio de Janeiro. sance São Paulo Hotel; Marriott Airport
Hotel São Paulo; Costa do Sauípe
omo ele próprio costuma dizer belecimento que já se incorporou harmo- Marriott Resort & Spa; e Renaissance
“ A Rede acreditou
na potencialidade do país
e tem a visão de um crescimento
contínuo por aqui,
como já vem acontecendo
JORGE BERRION ”
fazer distinção entre público interno ou
externo, mas, de modo geral, no Brasil os
hóspedes estrangeiros têm sido uma pre-
sença mais expressiva.
“Entre nossos hóspedes, cerca de 70%
têm procedência estrangeira, vindo, sobre-
tudo, dos Estados Unidos (60%) e Europa
(25%). Vale acrescentar, ainda, que o JW
Marriott Rio de Janeiro é um estabeleci-
mento com perfil corporativo, pois 60%
dos hóspedes são da área de negócios, 25%
são grupos e 15% são hóspedes de lazer.
Quais são as suas expectativas em Segundo Gloria de la Espriella, o Panamá está interessado na experiência energética brasileira.
relação a este seminário?
GE – Primeiramente, que se conheçam mento e a experiência que possuem os tornar-se um centro de distribuição mun-
melhor as oportunidades de investimento brasileiros no campo energético. Por dial de produtos brasileiros. Para isso, os
oferecidas pelo Panamá. Essas oportuni- exemplo, posso citar, na área do petróleo, dois governos estão em processo de fir-
dades, é claro, estão abertas ao Brasil, que todo o know-how adquirido pela Petrobras, mar um acordo para transformar a Zona
para nós, como já disse, é um país muito além de toda a experiência brasileira no Livre de Colón em um centro que atenda
importante e com o qual desejamos esta- trato com o etanol e com o biocom- a esse objetivo. Esse centro pretende re-
belecer parcerias, no campo energético, no bustível. São setores que estamos conti- produzir, para os produtos brasileiros, o
campo portuário, no campo da Zona de nuamente explorando no Panamá e para que já ocorre em outras latitudes, como,
Livre Comércio de Colón, e outros. Temos os quais, acredito, o Brasil poderá contri- por exemplo, em Miami.
muito interesse na participação mais inten- buir, ajudando o desenvolvimento de nos-
sa dos brasileiros em nosso país. sa indústria energética. Apesar de suas dimensões continen-
tais, o Brasil faz limite apenas com o
Em sua opinião, que produtos bra- Em contrapartida, que pode o Pa- Oceano Atlântico. No Panamá, que é
sileiros podem ser objeto de incre- namá oferecer ao comércio exteri- banhado pelo Atlântico e pelo Pací-
mento do nosso comércio com o Pa- or brasileiro? fico, existem diferenças entre os ha-
namá? GE – O que o Panamá pode oferecer ao bitantes e as cidades das duas costas?
GE – Mais do que produtos específicos, Brasil, graças a seu posicionamento geo- GE – Não, não existem marcantes dife-
eu diria que nos interessam o conheci- gráfico estratégico, é a possibilidade de renças culturais, pois o país é muito pe-
Escritório
O Escritório de Advocacia Quijano &
Associados é uma firma fundada em 1959,
no Panamá. O foco principal de suas ativi-
dades concentra-se na área marítima. Se-
gundo Oliver Muñoz, ele presta serviços
a, aproximadamente, 10% dos barcos que
ostentam bandeira panamenha, o que cons-
titui uma grande quantidade deles, em
todo o mundo. “Temos clientes da impor-
tância da Mitsubishi Logistics, no Japão, e
Oliver Muñoz garante que o sistema jurídico do Panamá oferece segurança aos investidores. muitos outras companhias de navegação
de grande porte na Coréia e em Formosa.
ra. Desde há muito tempo, quando se vado para território americano, foi julgado Atendemos a empresários do mundo in-
criou essa política, estabeleceu-se, tam- e condenado a 40 anos de prisão por tráfi- teiro, não apenas na Ásia, mas também na
bém, a outorga de recursos adequados à co de drogas, em 1992. Alguns anos de- Europa, na América do Norte, e na nossa
diretoria de marinha mercante por parte pois, sua pena foi diminuída para 30 anos. América do Sul, onde temos muitos cli-
do nosso governo, para poder proporcio- Segundo Oliver Muñoz, os paname- entes, especialmente na Colômbia, na Ve-
nar segurança e confiança às empresas que, nhos viveram sob uma prolongada dita- nezuela e no Equador. Estamos, também,
confiando, registram seus navios no Pa- dura, cujo desenlace ocorreu quando da empenhados em nos estabelecer no Bra-
namá. O Panamá oferece tarifas muito invasão americana. sil e, por isso, estamos comparecendo a
“
baixas para o registro de naves, e as em- este seminário, com a intenção de demons-
presas costumam aproveitar-se disso. O O Panamá oferece tarifas trar aos investidores brasileiros que há um
Panamá, por sua vez, tem que mostrar e econômicas para registrar grande potencial de crescimento no Pa-
garantir ao mundo que é capaz de exercer navios e deve supervisionar namá e que poderá haver uma relação
uma supervisão dequada dos cargueiros muito mais estreita entre os dois países.”
que navegam sob a sua bandeira, e esse
os barcos que navegam
”
Oliver Muñoz se disse ainda muito
trabalho é realizado, na medida do possí- com a sua bandeira impressionado com o Brasil, que visita pela
vel, graças aos recursos disponibilizados OLIVER MUÑOZI primeira vez.
anualmente pelo governo. Nossas autori- “A natureza é esplendorosa, mas me
dades têm plena consciência do quanto “Essa invasão foi realizada com o propó- impressionaram, sobretudo, os brasilei-
essa área de negócios é importante para o sito de prender o General Noriega, extra- ros, uma gente muito calorosa e agradá-
país, e que sua imagem não pode ser afeta- ditá-lo e submetê-lo a julgamento nos Es- vel, com um temperamento bastante pa-
da ou arranhada por falta de uma supervi- tados Unidos, por delitos relacionados à recido com o dos panamenhos, sempre
são adequada dos navios que portam sua corrupção internacional e ao narcotráfico. de braços abertos! Ao viajar, fiquei um
bandeira.” Ele foi julgado e condenado segundo as leis pouco preocupado com o idioma, mas,
americanas e, atualmente, cumpre pena em agora que estou aqui, convivendo com os
Noriega Miami. O episódio, na época, foi muito for- brasileiros, compreendo muito bem o que
Sobre a estabilidade do país, um dos te, muito traumático, pois os panamenhos me dizem e penso que, se for necessário,
fatos a chamar a atenção do mundo foi o não aprovaram a invasão americana. Apesar em cerca de dois meses poderei dominar
episódio da deposição do General Manoel disso, o fato deste episódio não constar mais o português. A mensagem que eu gostaria
Antonio Noriega, o homem forte local. da pauta de preocupações cotidianas do de deixar para os leitores da revista é que
Antigo aliado dos americanos, ele foi de- nosso povo tem sido um fator que facilita e conheçam o Panamá e desfrutem das ex-
posto no fim dos anos 80, quando forças propicia o desenvolvimento cada vez mai- celentes oportunidades de investimento
dos Estados Unidos invadiram o país. Le- or do país. Do ponto de vista político, por que existem em meu país.”
Trinta países garantem a diversidade ... ...de produtos comercializados na Expocomer,... ...que se realiza anualmente.
Var. %
120
comércio do Brasil com os países
que participaram dos 13 primei- 80
ros seminários. Houve um expres-
40
sivo crescimento da corrente de
comércio com esses países. 0,0
ca
urgo
la
ico
ia
adá
l
tuga
roco
Chil
Suíç
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and
ni
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Méx
Polô
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emb
Hol
Arge
e
Por
Mar
Ven
Lux
PAÍS EXPORTAÇÕES VAR.% IMPORTAÇÕES VAR.% CORRENTE VAR.% SALDO
P1/P2 P1/P2 COMÉRCIO P1/P2
PORTUGAL
04/05 A 08/06 1.911.664.364 66,79 361.068.244 59,76 2.272.732.675 65,63 1.550.596.120
04/03 A 08/04 1.146.159.614 225.999.858 1.372.159.472 920.159.756
MARROCOS
05/05 A 08/06 553.505.883 37,20 437.892.249 42,43 991.398.169 39,46 115.613.634
05/03 A 08/04 403.438.001 307.447.944 710.885.945 95.990.057
BÉLGICA
05/05 A 08/06 3.512.857.622 43,40 1.119.093.557 54,12 4.631.951.222 45,85 2.393.764.065
05/03 A 08/04 2.449.678.487 726.106.701 3.175.785.188 1.723.571.786
LUXEMBURGO
05/05 A 08/06 27.195.326 181,29 59.041.066 237,32 86.236.573 217,38 -31.845.740
05/03 A 08/04 9.668.212 17.503.202 27.171.414 -7.834.990
SUÍÇA
06/05 A 08/06 905.403.175 96,75 1.597.297.029 29,53 2.502.700.301 47,80 -691.893.854
06/03 A 08/04 460.170.090 1.233.126.855 1.693.296.945 -772.956.765
ARGENTINA
07/05 A 08/06 12.935.329.361 74,60 8.229.010.746 41,30 21.164.340.182 59,94 4.706.318.615
07/03 A 08/04 7.408.716.031 5.823.923.569 13.232.639.600 1.584.792.462
VENEZUELA
08/05 A 08/06 3.237.518.811 167,43 571.506.117 131,85 3.809.025.095 161,41 2.666.012.694
08/03 A 08/04 1.210.584.595 246.498.344 1.457.082.939 964.086.251
MÉXICO
08/05 A 08/06 4.724.803.466 24,45 1.202.552.928 70,86 5.927.356.418 31,70 3.522.250.538
08/03 A 08/04 3.796.694.465 703.833.410 4.500.527.875 3.092.861.055
CHILE
10/05 A 08/06 3.523.318.382 65,30 2.312.095.919 108,42 5.835.414.366 80,06 1.211.222.463
10/03 A 08/04 2.131.452.020 1.109.342.921 3.240.794.941 1.022.109.099
PAÍSES BAIXOS
11/05 A 08/06 4.487.336.963 14,78 608.854.944 35,18 5.096.191.922 16,89 3.878.482.019
11/03 A 08/04 3.909.539.806 450.398.668 4.359.938.474 3.459.141.138
ITÁLIA
11/05 A 08/06 3.048.798.946 29,89 2.028.055.925 26,69 5.076.854.901 28,59 1.020.743.021
11/03 A 08/04 2.347.252.167 1.600.842.516 3.948.094.683 746.409.651
POLÓNIA
11/05 A 08/06 250.302.428 (1,43) 176.056.546 78,96 426.358.973 21,02 155.548.095
11/03 A 08/04 253.927.406 98.379.311 352.306.717 74.245.882
CANADÁ
12/05 A 08/06 1.705.792.799 110,63 781.791.832 19,78 2.487.584.742 70,09 924.000.967
12/03 A 08/04 809.870.297 652.667.169 1.462.537.466 157.203.128
A perspectiva em relação aos vôos Novos vôos da Copa Airlines vão agilizar o transporte e as ligações entre Brasil e Panamá.
do Rio de Janeiro é de que se man-
tenha no mesmo nível de São Paulo, AC – A aviação, hoje, é o principal foco de
com cinco vôos por semana? transporte, de intercomunicação e de li-
AC – Acho que o Rio de Janeiro será um gação entre os países. Sem dúvida, um vôo
destino mais fácil de se promover do que Rio de Janeiro-Panamá vai possibilitar que
São Paulo, porque é mais conhecido mun- negócios surjam com mais facilidade. Um
dialmente. A nossa expectativa é de que o passageiro poderá ir direto do Rio de Ja-
vôo esteja cheio todos os dias e que pos- neiro para o Panamá sem fazer escala e
samos continuar com planos de cresci- conexão. Atualmente, ele tem que ir para
mento, passando de cinco para sete vôos São Paulo ou até aos Estados Unidos para
semanais e, depois, de um para dois vôos chegar ao Panamá. O vôo direto vai facili-
diários, como já acontece hoje em São tar muito a relação comercial.
Paulo. Isto porque o Rio de Janeiro é um
destino mais procurado no exterior. Qual o maior destino dos passagei-
ros do Brasil que vão para o Pana-
A maior parte dos vôos da empre- má? A maior parte fica no Panamá
sa, com destino ou origem em São ou faz escala para outros países?
Paulo, é de negócios? AC – O Panamá responde por grande
AC – São Paulo é uma cidade de negóci- Alexandre Camargo
parte dos passageiros que voam pela
os. É um pouco mais difícil falar de turis- Copa Airlines, cerca de 30%. Existem,
mo em São Paulo, e como os negócios cargas que é complementar ao serviço de ainda, outros destinos impor tantes
entre o Brasil e a América Central têm passageiros, mas o negócio principal da como Cuba, República Dominicana,
crescido muito nos últimos anos, é natu- empresa é o transporte de passageiros. Costa Rica, Guatemala, El Salvador,
ral que este seja o caráter dos vôos. além dos Estados Unidos. Hoje, não te-
O senhor acha que a aviação pode mos vôos saindo do Rio de Janeiro di-
A Copa também trabalha com ser- incrementar a relação comercial bi- reto para Orlando ou Los Angeles e a
viço de cargas? lateral a partir do momento em que Copa, por intermédio do Panamá, pos-
AC – A Copa Airlines tem um serviço de transporta os empresários? sibilitará essas conexões.
Província
de Chiriquí Área a ser beneficiada
Construtora Norberto Odebrecht não COSTA pelo projeto de irrigação
foge à regra e, em 26 de março de 2006, RICA
Concepción
conseguiu a sua primeira obra no Panamá.
Será a responsável pelas obras do Pro- Divala David
PANAMÁ
jeto de Irrigação Remijio Rojas, na cida-
de de David, na Província de Chiriquí.
Contratada pelo Ministério de Desenvol-
vimento Agropecuário do Panamá, a obra Golfo de
vai contribuir para o desenvolvimento Chiriquí
OCEANO
agrícola de uma área de 3.200 hectares, PACÍFICO
na qual serão produzidas commodities para
MARGEM
exportação. Com valor superior a US$ ESQUERDA MARGEM
54,2 milhões, o empreendimento será DO DIQUE DIREITA
entregue em 60 meses, contados a partir ESTRUTURA DA
S COMPORTAS DO DIQUE
do início da obra. O contrato está dentro
da política do governo local de incre-
mentar a produção de alimentos e de RIO CHICO
colocar novos itens no mercado inter-
nacional.
Segundo Gustavo Assad, Diretor Ad-
A obra permitirá a implantação de um programa agrícola que vai
junto da Área Internacional da Constru- beneficiar 3.200 hectares de terra.
tora Norberto Odebrecht, esta atuação no Serão realizados trabalhos de captação de aguá, construção de
Panamá foi o resultado de uma investiga- canais, vias de acesso e de drenagem e construção de infra-estrutura.
ção de mercado que vem sendo discutida
há mais de um ano.
“Nós sempre tivemos interesse no Pa- política local está resultando, entre ou- nacional de engenharia, quando uma
namá, mantendo-nos atualizados sobre tras coisas, num crescimento econômi- empresa de porte realiza uma obra, sem-
sua realidade; prática, aliás, que conser- co que, segundo ele, tem girado em tor- pre existem possibilidades e condições
vamos em relação a todos os países onde no de 6% ao ano. de conquistar outros clientes locais, am-
há potencial para desenvolvermos algum “Todos sabem da importância funda- pliando a rede de atuação da empresa
trabalho. Inclusive, a nossa presença no mental que tem para o país o Canal do no país.
Seminário Bilateral de Comércio Exte- Panamá e, nesse momento, sua dupli- “Hoje, após décadas de atuação no ex-
rior e Investimentos Brasil-Panamá cer- cação é um projeto em andamento. Não terior, a Odebrecht trabalha em vários
tamente vai nos ajudar a conhecer me- se pode negar, no entanto, que em tor- contextos internacionais. Nossos princi-
lhor esta nação.” no do canal existe um país com seus pais interesses são dois: nos tornarmos
Gustavo Assad afirmou, ainda, que o anseios, desejos e realidades a serem úteis à população do país, e atendermos
Panamá tem demonstrado boa disposi- modificadas.” aos anseios das comunidades. Por isso,
ção, pois está realizando um esforço co- O representante da Odebrecht asse- para nós, o Panamá é um mercado bastan-
letivo de redução de gastos públicos. Esta gurou, também, que no mercado inter- te atraente.”
Os índios cunas
A plena consciência da dignidade cultural
calizam-se, sobretudo, na Reserva de São
Brás, na costa atlântica do país, embora
existam grupamentos próximos aos lei-
tos dos rios Baiano, Chucunaque e Tuíra,
que correm para o Pacífico.
História
Em 1787, foi assinado um tratado de
paz em que os espanhóis concordaram em
retirar fortificações existentes na área em
que viviam os indígenas, deixando apenas
ntre os dez por cento de indígenas uma. A partir de então, e no decorrer de
FCCE
Federação das Câmaras de Comércio Exterior
Foreign Trade Chambers Federation
20 de fevereiro RÚSSIA
24 de abril FRANÇA
22 de maio PERU
19 de junho PORTUGAL
17 de julho CHINA
21 de agosto PANAMÁ
18 de setembro SUÉCIA
23 de outubro ESPANHA
13 de novembro FINLÂNDIA
11 de dezembro ALEMANHA
4.500
4.000
Em 2005, a corrente de comércio panamenha atingiu o seu
maior nível histórico, de US$ 5,26 bilhões, o que representou 3.500
havia sido de US$ 4,54 blhões. A partir de 1990, ano em que o 2.500
2001
1992
2002
1993
1999
2003
1995
1997
2005
1990
2000
1994
1996
1998
2004
mundo o equivalente US$ 4,18 bilhões, significando um aumen-
Fonte: OMC
to de 16,3% em relação a 2004. As importações representaram
27,5% do PIB de 2005, que foi de US$ 15,2 bilhões, de acordo
com dados do FMI.
Já as exportações do País estão em um Evolução da balança comercial do Panamá
nível muito abaixo das importações. No 1990 – 2005 – US$ bilhões
ano de 2005, esse montante foi de US$
1,08 bilhão, com um aumento de 14,4% 4.500
Exportação Importação Saldo
em relação ao ano anterior.
3.500
Portanto, o País apresenta um déficit
histórico em seu comércio externo, que
2.500
vem se ampliando em virtude de um cres-
cimento maior das importações em rela-
1.500
ção ao das exportações. No ano de 2005,
o déficit comercial panamenho foi de US$
500
3,10 bilhões, com um aumento de 17,0%
sobre o ano de 2004, atingindo o maior
-500
nível histórico.
As importações panamenhas são com-
-1.500
postas principalmente por combustíveis
minerais, um total de US$ 737 milhões
-2.500
em 2005, representando 17,9% da pauta
total. Os demais destaques na pauta im-
-3.500
portadora do País são: automóveis (US$
1991
2001
1992
2002
1993
1999
2003
1995
1997
2005
1990
2000
1998
1994
1996
2004
17,9 Fonte: Global Trade Atlas 44,1 Fonte: Global Trade Atlas
10,3 24,5
9,6
8,9
4,1
3,3 2,9 2,8
2,0 1,8 2,7 2,5 2,3 2,2 2,2 1,9 1,8 1,6
Máquinas e
Equipamentos
Mecânicos
Máquinas e
Equipamentos
Elétricos
Combustíveis
Minerais
Produtos
Farmacêuticos
Plásticos
e Obras
Produtos
Siderúrgicos
Artigos de
Vestuário
Automóveis
Papel e Cartão
Cereais
Frutas e
Castanhas
Produtos
Hortícolas
Produtos
Siderúrgicos
Bebidas
Alcoólicas
Produtos
Farmacêuticos
Pescado
Açúcar
Carne Bovina
Animais Vivos
Papel e Cartão
Importações do Panamá nicos (US$ 396 milhões, participação de 9,6%), máquinas e equi-
Principais países fornecedores – 2005 – participação % pamentos elétricos (US$ 368 milhões, 8,9%), produtos farma-
cêuticos (US$ 170 milhões, 4,1%), plásticos e obras (US$ 135
30,0
27,2 Fonte: Global Trade Atlas milhões, 3,3%), produtos siderúrgicos (US$ 121 milhões, 2,9%),
25,0
papel e cartão (US$ 114 milhões, 2,8%), cereais (US$ 80 mi-
lhões, 2,0%) e artigos de vestuário (US$ 74 milhões, 1,8%).
20,0 A pauta exportadora do Panamá é fortemente concentrada
em dois produtos. Em 2005, o País exportou US$ 422 milhões
15,0 em pescado, representando 44,1% da pauta total, e US$ 234
11,4 milhões em frutas, participação de 24,5% no total. Os demais
10,0
6,6
principais produtos exportados pelo Panamá foram: produtos
4,7 4,5
hortícolas (US$ 26 milhões, 2,7% da pauta), açúcar (US$ 24
5,0 3,7 3,5
2,5 2,4 2,0 milhões, 2,5%), carne bovina (US$ 22 milhões, 2,3%), produ-
tos siderúrgicos (US$ 21 milhões, 2,2%), bovinos vivos (US$ 21
0,0
milhões, 2,2%), bebidas alcoólicas (US$ 18 milhões 1,9%), pa-
o
sil
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Uni stados
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raça
Chin
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0,7%
30,0
2,6% 1,4%
20,0
1,9% 6,6%
6,0%
5,9%
8,9 4,2%
10,0 3,5%
5,6 4,9 4,0 2,6 2,2 2,2 2,1 2,4%
1,9
0,0
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ica
ica
an
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Bélg
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Esp
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E
Cos
Nic
Gua
Rein
de crescimento foi superior a das exportações brasileiras glo- Corrente de comércio: 22,3% 238
214
bais, de 22,6%.
190
Assinale-se que exportação brasileira para o Panamá, em
1997, apresentou valor recorde devido ao envio de um navio
plataforma no valor de US$ 176 milhões. Excluindo-se essa
operação, as vendas de produtos brasileiros ao país somaram
US$ 103 milhões.
Em 2005, as importações brasileiras de produtos panamenhos 24 14
foram de apenas US$ 14 milhões, significando uma redução de
42,8% em relação a 2004, cujo montante foi de US$ 24 milhões. Exportação Importação Saldo Corrente de
Devido ao valor reduzido das compras brasileiras de produ- 2004 2005
Comércio
Ranking do Panamá nas exportações brasileiras Ranking do Panamá nas importações brasileiras
2005/2004 – US$ milhões FOB 2005/2004 – US$ milhões FOB
Ordem País Valor '% Part% Ordem País Valor '% Part%
Relativamente à composição da pauta brasileira de exporta- Exportações brasileiras para o Panamá por fator agregado
ção ao Panamá, 97,2% são de produtos manufaturados, 1,6% são 2005/2004 – US$ milhões FOB
básicos e 0,4% são semimanufaturados. No comparativo 2005/
2004, a categoria que mais cresceu foi a de semimanufaturados, Variação % 2004/2005: 269,3
Básicos: - 8,0%
+189,3%, seguida de manufaturados, +29,6%. Os produtos Semimanfaturados: 189,3%
básicos apresentaram retração de 8,0%. Manufaturados: 29,6%
207,8
Em 2005, os principais produtos que compuseram as vendas
brasileiras ao mercado panamenho foram: aviões (participação
de 19,5% no total exportado), embarcações (11,1%), fio-má-
quina de ferro/aço (7,0%), aparelhos transmissores ou recepto-
res (6,2%), automóveis (4,8%), perfis e fios de ferro/aço (4,5%),
calçados (4,2%), máquinas e aparelhos para terraplanagem
(4,1%), móveis (2,6%) e medicamentos (2,1%). 4,9 4,5 0,4 1,0
O produto de destaque nas exportações ao Panamá é avião. Em
2004, o Brasil não exportou esse item ao país, no ano de 2005, foi Básicos Semimanufaturados Manufaturados
exportado o equivalente a US$ 54,1 milhões. Outros itens com 2004 2005 Fonte: MDIC/SECEX
crescimento significativo foram: ferramentas eletromecânicas (au-
mento de 298,6%, totalizando US$ 1,4 milhão em 2005), rolhas,
tampas e acessórios para embalagens (+112,7%, US$ 3,0 milhões), Entre os produtos que apresentaram maiores crescimentos
automóveis (+108,6%, US$ 13,2 milhões), fio-máquina (+67,1%, relativos nas compras oriundas do Panamá, destacam-se: soda
US$ 19,3 milhões), perfis e fios de ferro/aço (66,8%, US$ 12,5 cáustica (de zero para US$ 1,1 milhão em 2005), antibióticos (de
milhões), medicamentos (+55,4%, US$ 5,7 milhões) e embarca- zero para US$ 359 mil), enzimas (de zero para US$ 227 mil),
ções (+38,9%, US$ 30,8 milhões). máquinas automáticas para processamento de dados (de US$ 1
As importações brasileiras de produtos originários do Pana- mil para US$ 1,3 milhão), correia transportadora/transmissão,
má, também, são formadas preponderantemente por produtos de borracha (de US$ 2 mil para US$ 1,4 milhão), calçados
manufaturados, 93,4%, seguido por básicos, 5,7% e semimanu- (+429,9%, totalizando US$ 532 mil) e instrumentos e apare-
faturados , 0,9%. Os principais itens que compuseram as com- lhos de medida e verificação (de US$ 6 mil para US$ 86 mil).
pras nacionais originárias desse mercado foram: rolamentos e O Estado de São Paulo foi responsável por US$ 146,5 mi-
engrenagens (com participação de 13,0% da pauta total, soman- lhões em exportações para o Panamá, respondendo por 52,9%
do US$ 1,7 milhão), correia transportadora/transmissão de bor- das vendas nacionais ao País. As demais principais unidades da
racha (10,4%), máquinas automáticas para processamento de federação que realizaram exportações ao Panamá foram: Rio de
dados (9,2%), soda cáustica (8,3%) vacinas (5,9%), compostos Janeiro (US$ 46,4 milhões, respondendo por 16,7% da pauta
heterocíclicos (5,3%), calçados (3,9%), antibióticos (2,6%), total), Rio Grande do Sul (US$ 22,0 milhões, 7,9%), Minas Gerais
enzimas (1,7%) e aparelhos de rádio (1,7%). (US$ 20,7 milhões, 7,5%), Amazonas (US$ 13,8 milhões, 5,0%),
do total), Pará (US$ 1,1 milhão, 7,8%), Alagoas (US$ 933 mil, 6,9%),
Espírito Santo (US$ 647 mil, 4,8%), Bahia (US$ 566 mil, 4,2%), Santa 19,3
17,1
Catarina (US$ 408 mil, 3,0%), Rio de Janeiro (US$ 392 mil, 2,9%), 13,2 12,5 11,5 11,3
Maranhão (US$ 374 mil, 2,7%) e Amazonas (US$ 168 mil, 1,2%). 7,1
5,7
Em 2005, o número de empresas que exportaram para o
Panamá cresceu em 2,7% relativamente ao ano anterior, passan-
Aparelhos
Transmissores
e Receptores
Máquinas e
Aparelhos para
Terraplanagem
Fio-máquinas
de Ferro/Aço
Perfis e Fios
de Ferro/Aço
Aviões
Embarcações
Automóveis
Calçados
Móveis
Medicamentos
do de 1.178 para 1.210 empresas, 32 empresas a mais. Quanto às
empresas que efetuaram importações do Panamá, o número se
manteve estável em 115 empresas.
Estados brasileiros que mais exportaram para o Panamá Principais produtos importados pelo Brasil do Panamá
2005 – US$ milhões FOB 2005 – US$ milhões FOB
1,41
1,25
1,13
0,80
0,72
46,4 0,53
0,36
22,0 20,7
13,8 0,23 0,23
6,1 5,8 4,2 3,5 2,6
Enzimas
Rolamentos e
Engrenagens
Soda Cáustica
Vacinas
Compostos
Heterocíclicos
Calçados
Antibióticos
Aparelhos
de Rádio
Correia
Transportadora
de Borracha
Máqs. Automáts.
para Processa-
mento de Dados
Rio Grande
do Sul
Paraná
Espírito
Santo
São Paulo
Amazonas
Ceará
Rio de
Janeiro
Minas
Gerais
Santa
Catarina
Pernambuco
Estados brasileiros que mais importaram do Panamá Número de empresas brasileiras exportadoras e
2005 – US$ milhões FOB importadoras no comércio com o Panamá
Fonte: MDIC/SECEX Fonte: MDIC/SECEX
7,4
1.210 1.178
Bahia
São Paulo
Alagoas
Maranhão
Rio de
Janeiro
Minas
Gerais
Pará
Santa
Catarina
Amazonas
2004 2005
Exportadores Importadores
Prêmio Propostas
• Paulo Fernando Costa e • Na Assembléia Geral da
Silva, estudante do segundo Organização dos Estados
período da Faculdade de Americanos – OEA, realizada
Relações Internacionais do em junho de 2006, na
Instituto Bennett do Rio de República Dominicana, o
Janeiro, foi sorteado durante Primeiro Vice-Presidente e
o Seminário Bilateral de Ministro das Relações
Comércio Exterior e Exteriores do Panamá,
Investimentos Brasil-Panamá Samuel Lewis Navarro,
com duas passagens aéreas proferiu um discurso que
Rio de Janeiro-Panamá, além resume as propostas do seu
de estada no confortável e país em relação ao
luxuoso Hotel Marriott. As desenvolvimento e à
passagens foram uma integração com a América
cortesia da Copa Airlines, a Latina. Tratando do tema Paulo Fernando Costa e Silva recebe o prêmio. Na foto, Alexandre
principal companhia aérea “governabilidade e Camargo, da Copa Airlines; o Presidente da FCCE João Augusto de
Souza Lima; a Cônsul-Geral Glorisabel Thompson-Flôres, o Embaixador
que opera naquele país. Ao desenvolvimento na
Carlos Bueno e Jorge Berrio, do grupo Marriott.
receber a confirmação do sociedade do conhecimento”,
prêmio, Paulo Fernando Samuel Lewis Navarro
Costa e Silva não escondeu afirmou que a tecnologia da chanceler, para que a Expocomer 2007, a maior
seu contentamento e sua informação merece um sociedade do conhecimento feira de negócios do Panamá,
emoção. interesse especial. Segundo o se desenvolva, é preciso uma vai ser realizada entre 7 e 10
comunidade altamente de março de 2007 na capital
conectada, nacional e deste país. Ela é organizada
internacionalmente, que pela Câmara de Comércio,
troque informações e realize Indústria e Agricultura do
transações comerciais, por Panamá e acontece no
intermédio dos modernos Centro de Convenções
meios digitais de Atlapa. A feira comtempla a
comunicação. O Panamá está realização de negócios nos
disponibilizando os portais seguintes setores:
“Panamá compra” e “Panamá • alimentos, bebidas, e tabaco
tramita” que permitem a • roupas, tecidos, calçados,
A Revista dos Seminários Bilaterais de qualquer cidadão, ou bolsas, artefatos de couro
empresa, oferecer seus • joalheria, relojoaria,
Comércio Exterior e Investimento, serviços ao governo e fazer perfumaria e cosméticos
organizados pela FCCE, é distribuída entre negociações e tramitações de • mobiliário e equipamentos
as mais destacadas personalidades, do forma digital. para marcenaria
“Estamos, também, • artes gráficas e material
Brasil e do exterior, que atuam no cumprindo nosso didático
comércio internacional. compromisso de promover • tecnologia de computação e
pesquisas na área de educação de comunicações
e ciências, e agradeço o apoio • objetos de ferro,
Anunciar aqui é fazer chegar o seu de especialistas de vários equipamentos e material de
produto a quem realmente interessa, a países, especialmente do Chile, construção
Colômbia, México, Brasil e • maquinaria, peças
quem decide.
Estados Unidos”, concluiu sobressalentes e
Procure-nos. Samuel Lewis Navarro. equipamentos de transportes
• produtos e equipamentos
Tel.: 55 21 2221 9638 Expocomer 2007 médicos, farmacêuticos e de
eduardo.teixeira@abrapress.com.br • A XXV Exposição laboratório
Comercial Internacional – • produtos de