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Quando se fala de editoração deve-se pensar que esse processo é baseado em uma
arte. A arte de editorar.
Apesar de o Ocidente creditar o mérito a Gutenberg no que diz respeito ao processo
de reprodução gráfica de textos, na realidade, a China foi o primeiro país a utilizar papel e
tinta para suas reproduções de textos. Em um processo chamado Xilografia, utilizava-se
papel, tinta e blocos de madeira talhados à mão.
Note bem que falamos em reprodução. Todos sabemos (ou deveríamos) que a arte da
escrita data de muito tempo. Desde os escritos e pinturas nas cavernas de nossos primitivos
antepassados, passando pelas inscrições dos Faraós do Egito, os papiros da Biblioteca de
Alexandria e os escritos em pergaminho da idade média, o escritor, até então, produzia
apenas originais de suas obras.
A invenção do papel no século 8 DC propiciou uma superfície mais flexível para a
reprodução de imagens. Um dos primeiros tipos de reprodução utilizado foi a xilografia.
Durante muito tempo os tipos (letras) e as ilustrações foram talhados em madeira,
formando um só bloco. Esse bloco (página) era molhado em tinta e comprimido contra uma
folha de papel. Imagine que um livro de 100 páginas necessitaria de 100 tábuas de madeira
talhadas manualmente. Por volta do século 11 DC os chineses passaram a talhar pequenos
blocos com caracteres individuais, criando assim os primeiros tipos móveis para reprodução.
A xilografia foi o primeiro método usado na Europa no início do século XV. Até então, a
reprodução de obras literárias ficava a cargo de monges e escribas. Geralmente as
bibliotecas da época (Mosteiros, Conventos, Bibliotecas Reais e etc) possuíam apenas os
originais das obras. É até desnecessário dizer, mas pode-se perceber que o ato da leitura e
escrita ficava a cargo de alguns poucos ligados ao clero e a nobreza.
Em 1454, Gutenberg imprime em Mainz, Alemanha, uma bíblia utilizando tipos móveis
de metal. Conhecida como a Bíblia de Gutenberg. Era possível se escrever uma página,
palavra após palavra, através do rodízio de letras. Esse processo logo se espalhou por toda a
Europa e em pouco tempo a leitura começou a influenciar a população européia. Filosofia,
Ciência, Literatura e textos religiosos não eram mais lidos apenas pela nobreza e o clero.
Anos mais tarde, a indústria gráfica passou a utilizar os tipos feitos de chumbo.
Chumbo, pois, após sua larga utilização, era possível seu derretimento para a criação de
novos tipos.
A partir desse momento foi possível à industria gráfica utilizar para a confecção de uma
página mais de uma família de tipos e mais de um corpo de letra (tamanho).
O século 20 se inicia e com ele surge o Offset. Um equipamento no qual as chapas de
impressão não entram em contato direto com o papel a ser impresso. As chapas de
impressão são instaladas em um cilindro e transferem (offset) a imagem para um cilindro de
borracha limpo. À medida que o cilindro com a chapa roda, este entra em contato com a
borracha limpa, transferindo a imagem para a borracha. Esta, também girando, transfere a
imagem para a folha de papel, que é alimentada por outro conjunto de cilindros.
Algumas máquinas de offset podem fazer impressões nos dois lados da folha de papel
e podem trabalhar com mais de uma cor ao mesmo tempo.
As chapas de impressão do offset adquirem o texto ou imagens a serem impressas
após terem sidas sensibilizadas pelo fotolito.
O fotolito é uma mídia plástica feita de acetato. A "grosso modo" podemos dizer que a
fotolitagem seria basicamente a fotografia e revelação da página com o material original
nessa mídia de acetato. Este acetato é colocado sobre a chapa a ser sensibilida e, através de
um processo de incidência de luz, a chapa que irá para a máquina de offset passa a conter o
texto e/ou as imagens a serem reproduzidas.
Hoje em dia, com o uso de impressoras laser e computadores, o fotolito pode ser a
base de acetato, papel vegetal ou laser filme.
Essa máquina imprimia a linha (ou palavra) em uma folha de papel vegetal ou
poliester (um tipo de papel geralmente de origem holandesa). Após isto, a página completa
iria sensibilizar uma chapa de impressão que seria levada a uma máquina de impressão,
offset por exemplo, que realizaria a impressão do material.