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Resumo: Este trabalho consiste de uma pesquisa mais ampla sobre o enriquecimento de
“vocabulário” e de mecanismos técnicos na formação de acordes para a prática do
Chord Melody em guitarra e violão solos. Serão apresentadas técnicas de construção de
acordes e substituição dos mesmos por meio de moldes.
A técnica de construção apresentada diz respeito a formatos básicos de acordes, de
três notas, (fundamental, terça e sétima ou fundamental, sétima e terça), formados a
partir de relações intervalares partindo-se de uma fundamental na sexta ou quinta cordas
e de suas inversões, com a nota do baixo na quarta corda. Para após a constituição
básica do acorde ser construída serem acrescentadas (ou para notas do acorde serem
diluídas em) tensões.
A substituição por moldes é feita a partir de um desenho de acorde no qual suas
notas formarão intervalos diferentes para cada tipo diferente de acorde. Um mesmo
modelo de acorde “se transforma” em acordes diferentes.
As tensões serão colocadas na corda si, o que Stan Smith chama de “R73 Set II
voicings” (Smith, 1999, p. 20).
Então:
Para acorde maior com sétima maior (X7M): adiciona-se a quinta (5, que não é
tensão mas com essa configuração de acorde é colocada agora na corda si), a sexta (6,
oitava acima, ou décima terceira) ou a décima primeira aumentada (#11). Ex:
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Quando o acorde é maior com sexta, a sexta ocupa o lugar da sétima na corda ré,
podendo então ser acrescentadas a essa configuração, a quinta justa e a décima primeira
aumentada. Ex:
Para acorde menor com sétima menor (Xm7): adiciona-se a quinta (5, que não é
tensão mas com essa configuração de acorde é colocada agora, na corda si), a décima
primeira justa (11) ou a décima terceira maior (13). Ex:
Para acorde dominante (X7): coloca-se a quinta justa e podem ser adicionadas a
décima: terceira maior (13) e menor (b13 = 5#) ou a décima primeira aumentada (#11 =
b5). Ex:
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Para acorde meio diminuto (Xm7(b5) ou XØ): pode ser adicionada a quinta
diminuta (b5) a décima terceira menor (b13) ou a décima primeira justa (11). Ex:
Para acorde menor com sexta (Xm6): pode-se colocar a quinta justa (5). Ex:
Para acorde menor com sétima maior (Xm7M): pode-se colocar a quinta justa
(5). Ex:
Para acorde com terça suspensa (Xsus7(4)): pode-se colocar a quinta justa (5) ou
a décima terceira maior (13). Ex:
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Não se usa a quinta no baixo, pelo fato dela ser uma nota que pode ser “transformada”, diluída em uma
tensão (tal como a décima primeira aumentada e a décima terceira maior). Usa-se a terça e a sétima por
sua melhor caracterização do acorde e por compreenderem o som básico do acorde.
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É uma teoria apresentada pelo guitarrista Scott Henderson, em seu livro “Jazz
Guitar Chord System, The Essential Guide to Jazz Chord Voicings & Substitutions”
(HENDERSON, 1998)2.
Para entender seu sistema, temos que compreender o uso das tensões disponíveis
para cada tipo de acorde (item 8).
Obtendo um ‘desenho’ de acorde tomaremos a nota da ponta como referência,
que formará um intervalo diferente para cada tipo de acorde. Esse desenho será usado
para diferentes acordes.
No exemplo temos a nota si na ponta (o desenho do acorde se encontra com a
nota da ponta na sétima casa), em um acorde de sétima maior ela seria a sétima do
acorde de Dó maior; em um acorde menor, ela poderia ser a nona do acorde Lá menor;
em um acorde de sétima, ela poderia ser a décima terceira do acorde de Ré maior, e
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Todos os exemplos foram extraídos do livro “Jazz guitar chord system, the essential guide to jazz chord
voicings & substitutions” (HENDERSON, 1998, 16 p.)
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assim por diante. As outras notas do desenho do acorde deverão ser levadas em conta
também, não só a da ponta, mesmo ela sendo a referência. Exs:
Agora ele é montado meio tom acima do acorde de dominante com nona menor,
por exemplo, para um acorde de C7(b9) toca-se Db°. Ex:
Como acontece com os acordes diminutos, que “movidos” terças menores acima
ainda permanecem com a mesma constituição, os acordes de dominante, que não
contenham a nona maior e a quinta aumentada, podem ser movidos da mesma maneira,
terça menor acima, para formarem os mesmos acordes em inversão. Por exemplo, um
acorde com a fundamental na ponta, formará três acordes com tensões na ponta, a nona
aumentada, a quinta diminuta e a décima terceira. Um acorde com a terça na ponta,
formará três acordes com novas notas na ponta, com a quinta justa, a sétima menor e a
nona menor. Exs:
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Para um acorde sus suba a fundamental de um acorde menor com sétima menor
uma quarta justa acima. Ex:
Para um acorde menor com sétima e quinta aumentada, monte um acorde sus
uma terça menor a cima.Ex:
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Para um acorde sus(b9) monte um acorde menor com sexta e nona um tom
abaixo. Ex:
Referências
SMITH, S. Jazz Harmony on the guitar: a linear structural approach. Houston: Hal
Leonard Corporation (copyright), 1999. 55 p.
HENDERSON, S. Jazz guitar chord system: the essential guide to jazz chord voicings
& substitutions. Wilwaukee: Hall Leonard Corporation, 1998. 16p.