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FALSUM COMMITTIT, QUI VERUM TACET

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Escrevinhação n.774
PILARES DA EDUCAÇÃO
Redigido em 10 de agosto de 2009, dia de Santo Inocêncio XI
e Santa Joana Francisca de Chantal, 19ª Semana do Tempo
Comum.

Por Dartagnan da Silva Zanela

"Melhor é acender uma vela do que


amaldiçoar a escuridão."
(Provérbio Chinês)

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Em regra, algo que é muito discutido na

sociedade hodierna por uma multidão de pessoas supostamente

doutas, é algo que está sendo sumamente desdenhado em favor

do engrandecimento do ego e da vaidade dos indivíduos que

estão dedicados a discussão do tema.

Ora, esse é o caso terrificante da educação

brasileira. Não é curioso que em uma sociedade onde abundam

as discussões sobre este assunto, onde as publicações

acadêmicas entulham as estantes de livrarias e bibliotecas

ser uma sociedade onde o educar está reduzido a um nível

pueril?

Quando deitamos nossas vistas para acompanhar

as discussões sobre o EX DUCERE vemos toda uma verborrogia

sobre questões de ordem sócio-econômica que supostamente

explicariam os problemas educacionais de nosso país. Ou,

tudo isso, não seria uma forma sínica de justificação de

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nosso fracasso? E como neste caso o fracasso subiu a

cabeça, caberia indagar o seguinte: onde está escrito que

educação se faz, basilarmente, com dinheiro?

Claro que o dindim é um meio (não uma causa

final) para se adquirir certos meios que nos permitam

termos acesso ao educar, entretanto, é com dinheiro que se

educa? Aliás, o excesso disso pode até nos prejudicar nesse

intento se não sabemos exatamente o que fazer com ele para

termos uma educação mais eficaz em sua causa final e, neste

caso que, em nosso país, não são poucos, o que deveria ser

um investimento torna-se um gasto dispendioso.

De mais a mais, educação, em seu sentido real,

muito pouco nos custaria, em termos financeiros, se

soubermos responder intimamente duas perguntas. De quem é a

responsabilidade pela educação e qual o meio mais eficaz de

se educar? Ah! Apenas peço que, por um momento, você

esqueça a casta política brazuca, a Constituição desta

Terra de Desterrados, o falatório dos mass média e foquemos

nossa atenção nestas duas insignificantes questiúnculas.

Quanto à primeira, a responsabilidade primeira

pela educação de um indivíduo é do próprio indivíduo e de

ninguém mais. O maior responsável pela nossa formação, ou

por nossa deformação, somos nós. Tal afirmação, no cenário

atual, parece um tanto destoada, todavia, assim parece

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justamente porque excluímos das discussões em torno

educação o fator vontade e da consciência individual.

O elemento que nos move a fazer um bom ou mau

uso de nossas faculdades é a vontade. Nós, definitivamente,

decidimos o que iremos aprender; o que não iremos aprender

e mesmo se iremos aprender algo. Para tanto, basta que nos

lembremos de nosso comportamento em sala de aula (e mesmo

fora dela). Ou vão me dizer que todos os onze anos que

freqüentamos o Ensino Médio e Fundamental nossa atenção

estava toda focada no conteúdo das aulas ministradas? Vão

me dizer que você freqüentava as aulas de modo assíduo por

livre e espontânea vontade?

Obviamente que o sistema educacional de nosso

país favorece ao cultivo da inépcia intelectual, porém, nós

aceitamos tal pressuposto e até mesmo facilitamos esse

intento por não nos vermos como responsáveis pela nossa

formação e, conseqüentemente, pela nossa vida e por seus

frutos. De mais a mais, que tipo de educação você imagina

que obter se ficar esperando que outrem que, na maioria das

vezes, não te conhece e que, literalmente não se importa

com você, faça algo por você? E mais! Como alguém pode

fazer algo por você que nem mesmo você é capaz de fazer

para si mesmo?

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Esse, meus caros, é o problema central na

formação de qualquer indivíduo. O resto não passa de reles

contingências que são anuladas frente a uma atitude

individual responsável.

Quanto ao meio mais eficaz para edificação de

uma educação significativa esse, por excelência, é o

exemplo. Os bons exemplos de nossos mestres, os bons

exemplos apresentados pelas pessoas de grande quilate que

abundam na história da civilização. Esses podem passar a

fazer parte de nosso imaginário tornam-se a medida de nosso

entendimento do que significar ser humano, de realização da

pessoa humana.

Quando passamos a procurar a aprender com os

grandes homens e mulheres, estamos elevando,

gradativamente, a nossa pessoa ao nível dos objetivos

desses exemplos colossais e assim, nos transfigurando em

modelos vivos do que significa ter um objetivo e procurar

realizá-lo.

Tal atitude, por sua deixa, tem um efeito

irradiante sobre todos que estão a nossa volta que

inevitavelmente estimula outras pessoas a perseverarem na

procura do seu caminho ou, no mínimo, inibirá a vanglória

da desídia existencial que nos impele, muitas das vezes, a

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nos orgulharmos daquilo que não fomos capazes de realizar

sem nunca, efetivamente, ter tentado.

E isso, por hora, é tudo. O restante desta

história cabe a você escrever. Cabe a você viver essa

história.

Pax et bonum
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Blog: http://zanela.blogspot.com

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