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CADERNO ESPECIAL

INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A GRIPE A H1N1


H1N1
Gripe A H1N1
Desde março de 2009, o México vinha notando um aumento de
doenças febris respiratórias agudas, acontecimento incomum
Orientações preventivas
para a estação do ano naquele período, o que chamou a aten-
Cobrir o nariz e a boca com lenço descartável ao tossir
ção das autoridades sanitárias locais. Em exames posteriores,
ou espirrar. Descartar o lenço, em recipiente adequado para
verificou-se que o agente causador era o mesmo da gripe co-
resíduos, imediatamente após o uso.
mum, no entanto, com algumas alterações estruturais. Trata-se
de uma doença praticamente igual à gripe comum ou sazonal Lavar as mãos frequentemente, principalmente após tossir
(febre, dores pelo corpo, tosse, dor de garganta, dor de cabeça), ou espirrar.
também causada pelo vírus da gripe comum ou vírus Influenza. Evitar tocar olhos, nariz e boca.
A gripe A H1N1 é causada por um vírus que sofreu mutação, a Evitar tocar em superfícies como maçanetas, mesas, pias
partir de rearranjos genéticos entre subtipos de Influenza encon- e outros.
trados em porcos, aves e humanos. A nova variante (atual H1N1)
Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de
foi capaz de causar infecção e transmissão entre humanos, o
uso pessoal.
que gerou muita preocupação, pois esse novo vírus não encon-
tra nenhuma imunidade prévia nas pessoas, causando a doença Evite contato com pessoas doentes.
manifesta. Desta forma, o diagnóstico e tratamento precoces e
Se você adquirir a gripe A H1N1, permaneça em casa e evite
a vigilância dos casos são itens fundamentais para o controle.
contato com outras pessoas para evitar contaminá-las.
Entretanto, não há motivo para pânico. Apesar da população
humana não possuir imunidade prévia a esta nova variante do
vírus da gripe, tem-se verificado que a maioria dos casos cursa
com sintomas leves, sem risco à vida. Atenção diferenciada me-
recem pessoas com condições clínicas de base, tais como idosos, Grupo de Risco
crianças menores de 2 anos de idade, grávidas, transplantados Crianças menores de 2 anos; Diabetes mellitus;
de órgãos, cardiopatas, pessoas com bronquite e enfisema, dia-
Idosos acima de 60 anos; Cardiopatias;
béticos, portadores de câncer e indivíduos com AIDS.
Pessoas com imunossupres- Pneumopatias;
Como não podemos prever novas mutações genéticas nesta são (câncer, AIDS, uso de imu-
nova cepa, as autoridades sanitárias mantêm elevados os níveis Doença renal crônica;
nossupressores);
de atenção. O mesmo deve fazer a população. Gravidez.
Hemoglobinopatias;
Dr. Gustavo H. Johanson
Infectologista do Hospital 9 de Julho
Infectologista do Ambulatório de Medicina do Viajante da Uni-
versidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina
CADERNO ESPECIAL

INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A GRIPE A H1N1


Tipos de Gripe Orientação aos Viajantes
No inverno, algumas doenças transmitidas principalmente pelo A Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda res-
ar, como gripes e resfriados, são mais frequentes devido a ten- trição a viagens internacionais, uma vez que a experiência
dência das pessoas permanecerem em lugares mais fechados de epidemias prévias não demonstrou que a transmissão foi
e menos arejados. abortada frente a tal medida. Da mesma forma, rastreamen-
Alguns dos sintomas mais comuns da gripe são febre alta, sen- to de pessoas doentes em fronteiras ou pontos de entrada/
sação de cansaço e dores no corpo e na cabeça e, em casos saída de um país também não é recomendado, pelas mesmas
mais graves, a gripe pode evoluir para uma pneumonia. Já o razões acima citadas.
resfriado pode ser considerado uma infecção mais leve, que
Apesar da não restrição a viagens pela OMS, cada país tem
também é causada por um vírus e seus sintomas são parecidos
autonomia, seguindo-se a Regulamentação Sanitária Inter-
com a gripe, diferenciando-se pela febre baixa. Costuma ser
nacional, para decidir quais medidas tomar e quais recomen-
mais frequente em crianças e está relacionada à falta de resis-
tência a infecções. dações realizar.

A atual pandemia é uma gripe causada pelo vírus A (H1N1). Neste sentido, o Ministério da Saúde do Brasil recomenda
Como é um vírus que não havia circulado antes, as pessoas têm adiamento de viagens, se possível, para a Argentina, Chile,
menos defesa a ele, o que explica o grande número de casos. México, EUA, Reino Unido e Austrália, locais de maior trans-
missão de casos para os brasileiros e onde ocorre transmissão
sustentada, ou seja, não são apenas casos esporádicos; o
Transmissão vírus já circula na população e os casos estão relacionados
entre si. A recomendação é mais enfática para viajantes com
Mutações nos vírus A (H1N1) provocaram sua disseminação em
doenças crônicas de base, como diabetes mellitus, cardiopatia,
humanos, cuja transmissão é semelhante ao da gripe habitual.
bronquite/enfisema, indivíduos com HIV, em tratamento para
Os vírus se espalham de pessoa a pessoa por meio de tosse
câncer, grávidas, idosos e crianças abaixo de 2 anos de idade.
e espirro dos portadores do vírus. Ocasionalmente, pode-se
adquirir o vírus ao tocar em alguma coisa contaminada e então Pessoas assintomáticas que regressarem de países afetados,
levando o vírus a boca ou nariz. principalmente os acima citados, devem ficar atentas para
os sintomas da gripe. Não há indicação de quarentena, no
entanto, seria prudente o viajante não entrar em contato,
Principais Sintomas por até 10 dias do retorno, com pessoas nas condições
acima citadas. Na vigência de sintomas, procurar serviço
O período de incubação é de 1 a 4 dias. Os sintomas são seme- médico imediatamente.
lhantes aos da gripe convencional e incluem febre, dor de gar-
ganta, tosse, dor no corpo, dor de cabeça, falta de apetite, cala-
frios e cansaço. Alguns pacientes infectados ainda apresentaram
coriza, garganta seca, náusea, diarreia e vômitos intensos.
Sites importantes
www.anvisa.gov.br/divulga/noticias/2009/240409_2.htm
www.saude.gov.br

Diagnóstico
Para identificar uma infecção por um vírus influenza do tipo
A, analisa-se uma amostra de secreção respiratória durante
os primeiros dias da doença, após o início dos sintomas.

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