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TERESINA – PI
2008
JUAREZ GONÇALVES DE CARVALHO
TERESINA – PI
2008
2
JUAREZ GONÇALVES DE CARVALHO
FOLHA DE APRESENTAÇÃO
______________________________________
Laboratório Bacteriológico
______________________________________
Operacional
Professora: _____________________________________
Msc. Mayza Franco Zampa
UPPI
Graduando: ______________________________________
Juarez Gonçalves de carvalho
TERESINA – PI
2008
3
CARVALHO, J. G. Processo de purificação de água para o abastecimento
público, Relatório final de estágio, UFPI-Universidade Federal do Piauí,
Teresina 2008.
4
AGRADECIMENTOS
5
SUMÁRIO
ÍNDICE DE FIGURAS 8
1.0 INTRODUÇÃO 9
2.0 OBJETIVOS 13
2.1 Objetivo Geral 13
2.2 Objetivos Específicos 13
3.0 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 14
3.1 Manancial 15
3.2 Gradeamento 16
3.3 Captação 16
3.4 Adução 17
3.5 Purificação de Água de Manancial Superficial 19
3.5.1 Processos de Clarificação 19
3.5.1.1 Teoria da Mistura 20
3.5.1.2 Teoria da Coagulação 20
3.5.1.2.1 Principais Agentes Coagulantes 21
3.5.1.3 Teoria da Floculação 23
3.5.1.4 Teoria da Decantação ou Sedimentação 24
3.5.1.5 Teoria da Filtração 25
3.5.1.5.1 Classificação dos Filtros 25
3.6 Purificação de Água de Manancial Subterrâneo 27
3.7 Desinfecção 28
3.8 Fluoretação 29
3.9 Correção do pH 30
3.10 Reservação 30
3.11 Distribuição 31
3.12 Qualidade da Água 32
3.12.1 Variáveis Físico-Químicas das Águas 33
3.12.1.1 Cor 33
3.12.1.2 Turbidez 34
3.12.1.3 Sabor e Odor 35
3.12.1.4 Temperatura 35
3.12.1.5 Potencial Hidrogeniônico (pH) 35
3.12.1.6 Alcalinidade 36
3.12.1.7 Dureza 37
3.12.1.8 Cloretos 38
3.12.1.9 Ferro Total 39
3.12.1.10 Nitratos e Nitritos 39
3.12.1.11 Alumínio 40
3.12.2 Variáveis Microbiológicas das Águas 41
3.12.2.1 Contagem do Número Total de Bactérias 42
3.12.2.2 Coliformes Totais e Termotolerantes 42
3.12.2.2.1 Ensaio Presuntivo para o Grupo Coliforme 43
3.12.2.2.2 Ensaio Confirmativo para o Grupo Coliforme 43
3.12.2.3 Cryptosporidium sp e Giardia sp 44
6
4.0 DESENVOLVIMENTO 45
4.1 Local de Estágio 45
4.2 Processos de Purificação de água na ETA- Teresina 45
4.2.1 Manancial 47
4.2.2 Captação e Adução 47
4.2.3 Coagulação 48
4.2.4 Floculação 49
4.2.5 Decantação 50
4.2.6 Filtração 51
4.2.7 Desinfecção 53
4.2.8 Correção do pH 53
4.2.9 Fluoretação 53
4.2.10 Armazenamento 54
4.2.11 Distribuição 54
4.3 Casa da Química 54
4.3.1 Sulfato de alumínio 55
4.3.2 Cloro 55
4.3.3 Cal 55
4.4 Controle de Qualidade 56
4.4.1 Coletas das amostras 56
4.4.1.1 Coletas para o laboratório físico-químico 56
4.4.1.2 Coletas para o laboratório bacteriológico 57
4.4.2 Análises Físico-Químicas 57
4.4.2.1 Turbidez 57
4.4.2.2 Potencial Hidrogeniônico (pH) 57
4.4.2.3 Cor 57
4.4.2.4 Cloro residual 58
4.4.2.5 Alcalinidade 58
4.4.2.6 Cloretos 58
4.4.2.7 Dureza 58
4.4.2.8 Ferro Total 59
4.4.2.9 Flúor 59
4.4.2.10 Alumínio 59
4.5.2.11 Nitrato 60
4.4.2.12 Nitrito 60
4.4.3 Análises Microbiológicas 60
4.4.3.1 Contagem padrão de bactérias 60
4.4.3.2 Ensaio presuntivo para coliformes totais 61
4.4.3.3 Ensaio confirmativo para coliformes totais 61
4.4.3.4 Ensaio confirmativo para coliformes termotolerantes 62
5.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO 63
6.0 CONCLUSÃO 67
7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 68
ANEXOS
7
ÍNDICE DE FIGURAS
8
1.0 INTRODUÇÃO
A qualidade da água pode ser definida como sendo um conjunto das características
físicas, químicas e biológicas de um determinado corpo de água cujos critérios de qualidade
dependem do propósito de uso (HARDENBERGH, 1964).
9
existência de substancias dissolvidas e no estado colonial de origem vegetal ou matéria
turfosa; de odores, que identificam a existência de substância volátil, matéria orgânicas,
organismos vivos, algas, gases; de pH, que expressam a concentração dos íons de hidrogênio,
que são relacionados com o processo de coagulação e controle de corrosão; de alcalinidade,
definida como sendo a capacidade de neutralização de ácidos e é normalmente devida a
presença de íons carbonato ou bicarbonatos, importantes no processo de redução da dureza,
coagulação e controle de corrosão; de dureza, relacionadas com a redução de dureza e
controle de corrosão; de teores de nitrito, nitrato, ferro e cloretos (LEME, 1984).
As análises efetuadas com a água, segundo Fair, são reunidas nas categorias:
Análises cujos resultados refletem a segurança e a salubridade; Análises que medem ou
refletem o sabor ou a aceitação estética da água; Análises que revelam as vantagens
econômicas da água que depende do fim para o qual ela se destina; Análises interligadas aos
processos de tratamento, alcalinidade, pH, teor de CO2, ferro, alumínio, relacionadas ao
coagulante usado ou ao processo de cloração (LEME, 1984).
10
prejudiciais à saúde. Para tanto, e em função das características qualitativas da água fornecida
pelos mananciais, procede-se o tratamento da água (HARDENBERGH, 1964).
11
A AGESPISA é responsável pelo tratamento da água para abastecimento público
de Teresina e para isso conta com um complexo de estações de tratamento, com manancial
superficial, e dois sistemas independentes, com manancial subterrâneo.
12
2.0 OBJETIVOS
13
3.0 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
As disponibilidades de água doce na natureza são limitadas pelo alto custo da sua
obtenção nas formas menos convencionais, como é o caso da água do mar e das águas
subterrâneas. Deve ser, portanto, da maior prioridade, a preservação, o controle e a utilização
racional das águas doces superficiais (CETESB, 2008).
14
A escolha do manancial se constitui na decisão mais importante na implantação de
um sistema de abastecimento de água, seja ele de caráter individual ou coletivo. Havendo
mais de uma opção, sua definição deverá levar em conta, além da predisposição da
comunidade em aceitar, as águas do manancial a ser adotado (FUNASA, 2008).
3.1 MANANCIAL
15
3.2 GRADEAMENTO
A água dos lagos e rios pode carrear folhas, gravetos ou mesmo objetos maiores,
que flutuam na sua superfície, bem como peixes e vegetação aquática, que vivem na massa
líquida ou no fundo. A entrada desses objetos nos sistemas de abastecimento d’água é evitada
pelo uso telas (HARDENBERGH, 1964).
Um tratamento de água sempre se inicia com a remoção dos materiais que flutuam
ou estão suspensos com o uso de grades e telas. Grades são dispositivos formados de barras
metálicas que se destinam à remoção de sólidos grosseiros, em suspensão e corpos flutuantes,
tem a finalidade a proteção de dispositivos de transporte da água contra obstrução, tais como:
bombas, registros e tubulações (BASOL e ABREU, 1988; SOUTO, 1990).
3.3 CAPTAÇÃO
A captação pode ser superficial ou subterrânea. A superficial é feita nos rios, lagos
ou represas, por gravidade ou bombeamento. Se por bombeamento, uma casa de máquinas é
construída junto à captação. Essa casa contém conjuntos de motorbo-mbas que sugam a água
do manancial e a enviam para a estação de tratamento. A subterrânea é efetuada através de
poços artesianos, perfurações com 50 a 100 metros feitos no terreno para captar a água dos
16
lençóis subterrâneos. Essa água também é sugada por motor-bombas instaladas perto do
lençol d’água e enviada à superfície por tubulações (COPASA, 2008).
No caso das águas subterrâneas existem várias opções para a captação, sendo as
principais a caixa de tomada, as galerias filtrantes, os drenos os poços. Estes últimos podem
ser rasos, profundos, artesiano ou poço profundo semi-artesiano. Os poços rasos, conhecidos
como poço escavado ou caipira, são indicados quando o lençol aqüífero está a menos de 20
metros de profundidade e exigem a necessidade de sistemas de elevação da água através de
mecanismos manuais ou mecânicos como as bombas d'água (CAMPOS, 2000; PUPPI, 1981 ).
3.4 ADUÇÃO
17
A qualidade dos tubos a ser usado nas adutoras, ferro fundido, fibro-cimento, aço,
concreto ou mesmo madeira, dependerá das condições e custos locais, a serem estudados
tecnicamente. A seção da adutora é determinada pela pressão disponível (carga) e pela vazão
necessária. O fator econômico é mais preponderante no projeto da adutora do que em
qualquer outra parte do sistema de abastecimento (HARDENBERGH, 1964).
Estações elevatórias são instalações que servem para bombear a água a pontos
mais elevados a fim de garantir a vazão nas linhas adutoras, sendo consumidores
representativos de energia elétrica, basicamente pelo uso de bombas e seus motores de
acionamento (BARROS, 1995).
18
• Prevenir o aparecimento de doenças de veiculação hídrica, protegendo a saúde da
população;
O tratamento da água pode ser parcial ou completo, de acordo com a análise prévia
de suas características físicas, químicas e biológicas. O tratamento coletivo é efetuado numa
Estação de Tratamento de Água (ETA), onde passa por diversos processos de depuração.
19
3.5.1.1 Teoria da Mistura
O processo mecânico no qual a água é agitada para que nela se criem um gradiente
de velocidade que definam a intensidade da agitação, e denominado mistura. Fatores que
influem na eficiência da mistura: tempo de mistura do coagulante, que deve ser extremamente
curto; intensidade de agitação, que deve ser elevada para assegurar completa dispersão do
coagulante (LEME, 1984).
20
3.5.1.2.1 Principais agentes coagulantes
O aparelho para o teste do jarro consta de seis cubas com pás misturadoras, nas
quais a velocidade de rotação possa ser ajustada. Sendo a melhor dosagem aquela da cuba na
qual aconteceu melhor floculação. (MACÊDO, 2004).
21
sob forma de bicarbonato de cálcio, que pode ser natural ou adicionada (BABITT et al, 1976;
MACEDO, 2004):
Reações químicas para o sulfato de alumínio:
Al2(SO4)3 .18 H2O + 3 Na2CO3 + 3H2O → 3Na2SO4 + 2 Al(OH)3 + 3CO2 + 14,3 H2O
23
3.5.1.4 Teoria da Decantação ou Sedimentação
24
3.5.1.5 Teoria da filtração
A adsorção, que caracteriza a adesão das impurezas á superfície dos grãos do leito
filtrante um fator importante no trabalho dos filtros e depende das características físicas da
suspensão e do filtro, sendo uma função da granulometria do leito e dos flocos. A floculação e
a sedimentação, embora sejam de menor importância, ocorre no interior dos poros, devendo-
se a elas o crescimento que se processa em alguns flocos em virtude da oportunidade
permitida pelo contato entre as partículas, graças ao qual os flocos ficam retidos nos poros. A
coagem é a retenção pura e simples que se processa nos flocos de maior tamanho que os poros
existentes. (LEME, 1984).
A classificação dos filtros pode ser feita de acordo com o material filtrante, de
acordo a disposição do material filtrante, de acordo com o sentido de escoamento da água ou
de acordo com a taxa de velocidade da filtração. Veja tabela 01 (LEME, 1984).
O filtro rápido é formado de uma camada de areia, e pode ainda, possui uma outra
camada de um meio poroso mais grosso e menos denso, como o antracito, que é colocado
sobre a areia, o que permite taxas de filtração ainda maiores. Em média a taxa nominal de
filtração dos filtros de uma camada, está compreendida entre 120 e 360 m3 / m2dia; enquanto
os de duas camadas variam de 240 a 600 m3/m2 dia (RICHTER e AZEVEDO NETO, 1991).
25
Tipo de material do Disposição do material do Sentido de Velocidade ou
meio filtrante. leito filtrante. escoamento da água. taxa de filtração.
De areia; Em camadas superpostas de De escoamento Lentos;
areia com granulometria descendente;
diferente;
De carvão ou Em camadas de areia e carvão; Rápidos;
antracinto;
De carvão-areia; Em camadas de areia, De escoamento De pressão;
antracinto, garnet; ascendente;
De terra diatomácea; De gravidade.
De antracinto, areia e De leito misturado. Duplo escoamento.
garnet.
Tabela 01: Classificação dos filtros.
Os filtros rápidos são lavados contracorrente, ou seja, por inversão de fluxo, com
uma vazão capaz de assegurar a expansão adequada para o meio filtrante. Expansões acima de
50% são indesejáveis, porque reduzem o processo de atrito entre os grãos e permitem a perda
do material filtrante. Na prática consideram-se como ideal, as expansões do material filtrante
que variam de 25 a 50% (sendo o valor mais comum de 40%). No filtro de duas camadas,
além da temperatura da água, velocidade ascensional da água de lavagem, deve-se levar em
consideração a expansão da areia e do antracito. Atualmente, recomenda-se que a velocidade
ascensional não seja inferior a 0,80 m/s (RICHTER e AZEVEDO Neto, 1991).
Os filtros, após certo período de trabalho, precisam ser submetidos a uma limpeza
feita por uma lavagem hidráulica por reversão do escoamento executada no próprio leito
filtrante. Esta lavagem algumas vezes pode ser auxiliada pela condução de jatos de água no
interior do leito expandido por meio de injeções de ar antes ou durante a lavagem (LEME,
1984).
26
3.6 TRATAMENTO DE ÁGUA DE MANACIAL SUBTERRÂNEO
Uma parte da água da chuva, que se infiltra no solo, reaparece à superfície deste,
não somente como agente capaz de manter uma certa uniformidade na descarga dos cursos
d’água como também sob a forma de poços e fontes. Água Subterrânea pode ser definida
como a água existente no subsolo. Preenchendo os poros e fraturas das rochas, a água passa
por um processo de filtragem natural e fica acumulada, dando origem aos aqüíferos. A
formação desses aqüíferos subterrâneos ocorre de formas variadas, com diversos níveis de
profundidade. Através da construção de poços artesianos, essa água pode ser captada para ser
utilizada no abastecimento público (AGUA.BIO, 2008; HARDENBERGH, 1964).
27
• Filtração: através de areia para eliminar ferro e manganês e eventualmente amônia;
3.7 DESINFECÇÃO
28
no tratamento de água para efetuar a desinfecção, visando á destruição de microorganismos
patogênicos, controle dos microorganismos e para a oxidação. Como agente oxidante é usado
na remoção de ferro e manganês, destruição de compostos causadores de gosto e odor, e na
eliminação do N2 amoniacal (MACEDO, 2004).
O cloro é mais pesado do que o ar. Possui cor verde-amarelado, é um gás tóxico.
O cloro em reação com a água tende a abaixar o pH desta, enquanto os hipocloritos tende a
aumentá-los. É um agente oxidante forte; reagindo com uma grande numero de substâncias.
O cloro líquido é extremamente corrosivo, as tubulações deverão ser de materiais resistentes à
corrosão. O seu vapor irrita o sistema respiratório, podendo causar acidentes se houver
exposição prolongada ao mesmo. Os hipocloritos são sais do ácido hipocloroso. A forma mais
utilizada é a do Hipoclorito de Cálcio (Ca(OCl)2. O hipoclorito de sódio (NaOCl),
normalmente está disponível no mercado na forma líquida, tendo concentração entre 5 e 15%
de cloro disponível. A maioria das estações de tratamento de água utiliza o cloro liquido ou
gasoso por ser mais econômico (MORGADO, 1994).
3.8 FLUORETAÇÃO
29
Além da redução dos níveis de cáries, a fluoretação das águas contribui para a
maturação do esmalte, e estes impactos são mais sensíveis nas populações de baixa renda. O
excesso da concentração do íon fluoreto na água, responsável pelo desfiguramento do esmalte
e causando manchas nos dentes (YAGUINUMA, 1979).
3.9 CORREÇÃO DO pH
3.10 RESERVAÇÃO
Nos serviços de água os reservatórios são usados para repesar a água, pára
acumular água, para equilibrar vazões, para equilibrar pressões no sistema de distribuição e
para outros fins. Um reservatório usado para armazenar água é um reservatório de
armazenamento, o que é usado para compensar as vazões é um reservatório de compensação e
o que é usado para compensar as pressões num sistema de distribuição é conhecido como um
reservatório de distribuição. Um reservatório de compensação situado no lado da sucção de
uma bomba pode ser chamado câmara de sucção, poço de sucção ou poço úmido. Os
reservatórios são usados para uma multiplicidade de objetivos (BABITT, 1976).
30
construídos, tais como aço, concreto, madeira ou terra (BABITT, 1976; HARDENBERGH,
1964).
3.11 DISTRIBUIÇÃO
31
nomes são descritivos da maneira pela quais os tubos de distribuição são dispostos no plano.
A maioria dos sistemas de distribuição contém aspectos de cada tipo de traçado; praticamente
nenhum é um exemplo de apenas um sistema, embora o sistema em malha seja,
provavelmente, o mais comum, especialmente nas grandes cidades (BABITT, 1976).
Numa rede malhada as tubulações são distribuídas pela área a ser abastecida,
formando malhas. A água circula em qualquer direção de acordo com as solicitações do
consumo, evitando assim as extremidades mortas no sistema. As redes malhadas são as mais
comuns, já que quase todos os centros urbanos se estendem em várias direções. No caso de
cidades pequenas, pode haver um único anel; nas cidades maiores, poderão existir diversos,
cada qual abastecendo um determinado setor da cidade.
A água a ser usada num suprimento público deve ser potável, não deve ser
quimicamente pura, porque a água carente de matéria dissolvida e em suspensão não tem
paladar e é anti-higiênica, acredita-se que a presença de certos minerais na água é essencial à
saúde, e por este motivo algumas águas são consideradas mais saudáveis que outras. A água
que é ideal como bebida, pode não ser própria para outros fins (BABITT, 1976).
32
poluída pela introdução de materiais tóxicos, bactérias, ou outras substâncias deletérias, as
quais tornam a água imprópria para uso. Água infectada é aquela contaminada com
organismos patogênicos (BABITT, 1976).
3.12.1.1 Cor
33
as águas subterrâneas. Além disso, pode-se ter cor devido à presença de alguns íons metálicos
como ferro e manganês, plâncton, macrofilas e despejos industriais (MACEDO, 2004).
3.12.1.2 Turbidez
34
passou a ser denominada de “unidades nefelométricas de turbidez” (UNT) (RICHTER e
AZEVEDO Neto, 1991).
A água pura não produz sensação de odor ou sabor nos sentidos humanos.
Espe1cialmente após a cloração. Alguns gostos, tais como aqueles conferidos pelo oxigênio
dissolvido ou dióxido de carbono, são desejáveis (BABIT, 1976; MACÊDO, 2004).
A detecção de sabor e odor e sua quantificação são bastante difíceis, pois depende,
exclusivamente, da sensibilidade dos sentidos humanos. Além disso, essa sensibilidade varia
de indivíduo para indivíduo e tende a diminuir com a constante exposição (MACÊDO, 2004).
3.12.1.4 Temperatura
3.12.1.6 Alcalinidade
36
convencional de água e com a prevenção de incrustações e da corrosão de canalizações de
ferro fundido (MACÊDO, 2004).
Faixa de pH Alcalinidade
> 9,4 Hidróxidos e carbonatos
8,3 – 9,4 Carbonatos e bicarbonatos
4,4 – 8,3 Bicarbonatos
Tabela 02: A relação entre pH e as diversas formas de alcalinidade.
3.12.1.7 Dureza
37
sulfatos, cloretos e nitratos de cálcio e magnésio, e a outros compostos não carbonatados que
causam dureza. A fervura não remove da água toda a dureza de carbonato e, por conseguinte,
dureza temporária não é o mesmo que dureza de carbonato (HARDENBERGH, 1964).
3.12.1.7 Cloretos
38
bronze e revestidos de chumbo. A presença do ferro na água normalmente não tem
significação sanitária. (BABITT, 1976).
3.12.1.10 Alumínio
As bactérias que podem ser consideradas normais nas águas naturais e que não
causam doenças no homem incluem os gêneros Pseudomonas e várias espécies do gênero
Serratia, Flavobacteriuin e Chromobacfrrium. As bactérias não patogênicas que podem ser
carreadas do terreno para dentro da água incluem os gêneros da família Bacilius, como
B.subtilis e B. cereus variedades mycoides, B. macerans e B. polymyrax. Estas bactérias,
incluindo o Sphaeroiilus dichotomus, não possuem significação sanitária, porém algumas
podem interferir com os testes padrões para os coliformes. As bactérias do ferro e do enxôfre,
não têm significação sanitária, mas podem causar dificuldades nos sistemas de distribuição de
água, particularmente a deterioração da qualidade da água após tratamento (BABITT, 1976).
41
3.12.2.1 Contagem do número total de bactérias
42
A determinação da concentração dos coliformes assume importância como
parâmetro indicador da possibilidade da existência de microorganismos patogênicos,
responsáveis pela transmissão de doenças de veiculação hídrica, tais como febre tifóide, febre
paratifóide, desinteria bacilar e cólera (CESTEB, 2008).
Nos Estados Unidos, o "Federal Register" estabelece para essas águas um limite
máximo de 10 cistos por litro de água bruta. Os coliformes termotolerantes podem não ser
bons indicadores da presença destes protozoários. Outro importante aspecto que justifica a
avaliação dos protozoários em águas reside no fato de que estes não são eliminados pela ação
do cloro (CESTEB, 2008).
44
4.0 DESENVOLVIMENTO
45
A parte operacional do complexo funciona 24 (vinte e quatro horas) por dia, para
isso os operadores trabalham em turnos ininterruptos de revezamento. As operações contam
ainda com laboratório para análises de Turbidez, pH, Flúor e cloro, que são feitas em
intervalos de 1 hora. Estas análises é que subsidiam as decisões dos operadores a respeito da
tomadas de decisões para manter a eficiência do processo e a qualidade da água tratada.
Os operadores também trocam informações com os outros laboratórios específicos,
encarregados do controle de qualidade, com o intuito de manter a água tratada dentro dos
padrões de potabilidade exigidos pelas legislações vigentes.
Os operadores têm deveres e funções bem definidas a saber: Aumentar ou diminuir
a dosagem das substâncias químicas que são adicionadas durante o tratamento; Aumentar ou
diminuir a rotação das bombas; Abrir ou fechar comportas; Controlar os níveis dos
reservatórios e lavar os decantadores e filtros.
CAPTAÇÃO
Sulfato de
alumínio
COAGULAÇÃO
FLOCULAÇÃO
DECANTAÇÃO
FILTRAÇÃO
DESINFECÇÃO
FLUORETAÇÃO
CORREÇÃO
DO pH
RESERVAÇÃO
DISTRIBUIÇÃO
46
4.2.1 Manancial
4.2.3 Coagulação
48
Figura 08: Calha Parshall
4.2.4 Floculação
Depois da mistura rápida do sulfato de alumínio à água bruta, esta segue para as
câmaras de floculação, figura 09. Os floculadores são dotados de mecanismos de agitação,
conjunto de cortinas verticais formando compartimentos em série, para produzir agitação na
água, com o objetivo de criar gradientes de velocidade que causem turbulência para provocar
choques ou colisões, com isso, ocorrerá a aglomeração de partículas em suspensão na água,
formando conjuntos maiores e mais densos e propensos à sedimentação. A água floculada
escoa para os decantadores. As câmaras de floculação são lavadas periodicamente para a
remoção das partículas que aderem em suas paredes.
49
4.2.5 Decantação
Os Tanques de decantação, figuras 12, e canais de água decantada, figura 13, são
lavados periodicamente para a remoção do material decantado. Com isso mantém-se a
eficiência do processo.
4.2.6 Filtração
A água decantada abastece os filtros, figura 14, que reterão impurezas que não
foram removidas nos floculadores e decantadores. As impurezas ficam retidas no leito
filtrante. O leito filtrante dos filtros da ETA – Teresina, é composto de 7 camadas sendo, duas
de areia e cinco de seixo, com granulometria diferentes. A granulomentria da areia e do seixo
51
aumenta da camada superior para a camada inferior. A água passa por gravidade no meio
filtrante e é recolhida num canal geral de água filtrada.
Sempre que se observa que a capacidade filtrante está ficando baixa, procede-se a
lavagem dos filtros, figura 15, para que se mantenha a eficiência da filtragem e do
abastecimento. A lavagem é feita por retrolavagem, ou seja, é uma injeção de água no sentido
contrário ao da filtração, Alem da água faz-se também uso de sopradores (jatos fortes de ar)
para promover uma agitação no leito filtrante, para proteger o leito filtrante de arraste de seus
materiais, existe uma tela metálica superior e outra inferior no leito filtrante.
Após a fase de filtração, a água que já está totalmente límpida segue a câmara de
contato, figura 16, onde é feita a aplicação do cloro para a desinfecção, ou seja, a destruição
de bactérias e outros microorganismos patogênicos que não tenham sido eliminados nos
processos de tratamento anteriores. O cloro passa para o estado gasoso através dos
evaporadores sendo dosado por cloradores de controle automático.
4.2.8 Correção do pH
4.2.9 Fluoretação
53
4.2.10 Armazenamento
Terminado as etapas de tratamento, a água está pronta para o consumo, então esta
é encaminha a para um poço de sucção no subsolo da estação. Do poço de sucção a água é
recalcada, com o auxilio de duas bombas pelas estações elevatórias, figura 17, da ETA I e da
ETA IV, para o reservatório principal do Parque Piauí com capacidade aproximada de 25
milhões de litros de água.
4.2.11 Distribuição
54
4.3.1 Sulfato de alumínio
4.3.2 Cloro
4.3.3 Cal
A cal hidratada é utilizada para fazer a correção do pH. Pois, com a ação
coagulante do sulfato de alumínio, o pH da água baixo, daí então a necessidade de correção. A
cal é dissolvida, sendo transformada é um leite de cal, para só então ser dosada á água na
câmara de contato.
55
4.4 CONTROLE DE QUALIDADE
b) Em pontos da cidade
1. Abriu-se a torneira e deixou-se escoar á água por dois a três minutos, tempo suficiente
para eliminar a água acumulada na canalização.
2. Procedeu-se a coleta em fracos, descartando a primeira amostra, para ambientação do
recipiente de coleta.
3. Fez-se a identificação da amostra e anotou-se a hora e o local da coleta.
56
4.4.1.2 Coletas das amostras para o laboratório bacteriológico
1. Abriu-se a torneira e deixou-se escoar á água durante dois a três minutos, tempo suficiente
para eliminar a água acumulada na canalização.
2. Fez-se a assepsia da torneira, primeiro com detergente e depois com álcool.
3. Fez-se a flambagem ao redor do fluxo de água no momento da coleta.
4. Remevou-se a tampa do frasco, previamente esterilizado e cuidadosamente, coletou-se
100mL da água, fechou-se e rotulou-se os frascos.
5. Colocou-se os frascos em uma caixa de isopor contendo gelo para conservar as amostras
durante o transporte até o laboratório.
4.4.2.1 Turbidez
4.4.2.3 Cor
57
4.4.2.4 Cloro Residual
4.4.2.5 Alcalinidade
4.4.2.6 Cloretos
4.4.2.7 Dureza
58
4.4.2.8 Ferro Total
4.4.2.9 Flúor
4.4.2.10 Alumínio
59
4. Adicionou-se 50 mL da amostra em outro tubo de Nessler.
5. Adicionou-se 1,0 mL da solução de carbonato de amônia saturado e 1,0 mL da solução de
hematoxilina a todos os tubos e homogeneizou-se. Deixou-se em repouso por 15 minutos.
6. Adicionou-se 1,0 mL de ácido acético 30% a cada tubo e fez-se a leitura após 5 minutos
comparando-se a coloração das amostras com os padrões preparados.
7. Anotou-se os resultados.
4.4.2.11 Nitrato
4.4.2.12 Nitrito
60
4.4.3.1 Contagem padrão de bactérias
1. Aqueceu-se um tubo de ensaio contendo ágar nutriente, meio de cultura, para a liquefação.
2. Agitou-se o frasco com a amostra e pipetou-se 1,0 mL e adicionou-se a uma placa de
Petri, flambando-a.
3. Adiciono-se à placa de Petri 1,0 mL de ágar nutriente, e fez-se movimentos em círculos
para homogeneizar e espalhar bem.
4. Esperou-se 15 minutos, tempo de solidificação do ágar nutriente.
5. Levou-se a placa para estufa incubadora com temperatura de 35,0 ºC.
6. Procedeu-se a leitura dos tubos com 24h depois da incubação para verificação de possível
crescimento bacteriano.
62
5.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO
63
Amostra de Turbidez pH Cor Alcalinidade Cloreto Dureza Ferro Alumínio Cloro
água (UNT) mgPt/L CaCO3(mg/L) s mg/L mg/L (mg/L) mg/L
(mg/L)
Bruta 50,0 7,5 100 15,0 10,0 26,0 0,3 - -
D IV 6,4 6,9 15,0 12,0 12,0 33,0 0,2 0,20 -
D III 7,5 7,0 15,0 11,0 12,0 33,0 0,2 0,20 -
DI 7,4 6,8 15,0 10,0 12,0 33,0 0,2 0,15 -
TF 2,9 7,2 5,0 12,0 13,0 35,0 0,0 0,05 1,5
Distribuída 3,5 7,3 7,0 13,0 14,0 36,0 0,0 0,05 -
VPM 5,0 6,0 15,0 14,0 250,0 500,0 0,3 0,2 0,2 a
a 5,0
9,5
Tabela 04: Resultados das análises Físico-Químicas
Legenda: Bruta: água sem tratamento; D IV: Decantada ETA IV; D III: Decantada ETA III; D I: Decantada
ETA I; TF: Tratada final; Distribuída: Coletada em um ponto da cidade; VPM: Valores máximos permitidos
pela portaria 518/2004 do Ministério da Saúde.
64
A água distribuída pela AGESPISA em Teresina apresenta características físico-
químicas dentro dos padrões de potabilidade exigidos pela Portaria 518/2004 do Ministério
da Saúde, evidenciando que o tratamento adotado é eficaz.
Amostras 1 2 3 4 5 VR
Contagem padrão de bactérias heterotróficas P A A A A -
Ensaio presuntivo Tubos Múltiplos P A A A A A
Ensaio confirmativo Coli total Tubos Múltiplos A A A A A A
Ensaio confir Coliforme termotolerantes Tubos Múltiplos A A A A A A
Ensaio presuntivo Coliforme total Colilert® A A A A A A
Ensaio presuntivo E. Coli Colilert® A A A A A A
Tabela 05: Resultados das análises do laboratório bacteriológico.
Legenda: P: Presença; A: ausência; VR: Valor de referencia segundo a portaria 518 MS.
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As bactérias coliformes termotolerantes reproduzem-se ativamente a 44,5ºC e são
capazes de fermentar o açúcar. O uso das bactérias coliformes termotolerantes para indicar
poluição sanitária mostra-se mais significativo que o uso da bactéria coliforme "total", porque
as bactérias fecais estão restritas ao trato intestinal de animais de sangue quente.
66
6.0 CONCLUSÃO
67
7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PUPPI, I. C. Estrutura Sanitária das Cidades. In: Serviços Públicos Urbanos. São Paulo:
CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, 1981.
68
THEODORO, P. S. P.[et all] Água: Fonte de Vida. Organizadora; Arminda Sacini Messias,
Marcos Roberto Nunes Costa, recife, Unicamp, 2005.
Sites:
JORGEMACEDO, http://www.jorgemacedo.pro.br/Art%20Formacao%20de%20THMs%
20CONGRESSO%20de%20Laticinios1999.pdf, acessado em 29 de maio de 2008.
AGUASEAGUAS, http://www.aguaseaguas.ufjf.br/ARTIGOSDerivadoscloradosorigemorga
nicaWeb.PDF, acessado em 06 de junho de 2008.
SABESP, http://www.sabesp.com.br/CalandraWeb/CalandraRedirect/?temp=4&proj=sab es
p&pub=T&db=&docid=BADC6A6AA69D8891832571AE005BE7E1, acessado em 16 de
junho de 2008.
69
ANEXOS
70