Professional Documents
Culture Documents
Carrazeda de Ansiães
2009-2013
É hora!...
É hora de recolher ânimo e ensinamentos na história. Da importância
estratégica de Ansiães na aurora da nacionalidade, a lealdade e a
disponibilidade total. Atente-se às lições, tão actuais, de administração do país
dadas por D. Afonso Henriques, que reconhece a necessidade de coesão
nacional e desenvolvimento uniforme com a concessão de diversos privilégios
consignados na outorga de foral, que viriam a ser confirmados com as visitas
de D. Afonso IV (1343) e D. Dinis às terras da fiel Ansiães. Se os exemplos
“tem efeitos mais duráveis que qualquer ensino por mais excelente que seja,
que declarações solenes, que discursos, dêem-se exemplos. A lealdade e
disponibilidade total ao rei e a Portugal nas grandes crises da identidade
nacional de 1383/85, quando os senhores da terra escolheram o apoio
interesseiro a Castela, o rei D. João I doaria para sempre o concelho aos seus
“homeens boons”; ou em 1580, quando, no norte do país, a grande maioria dos
ventos sopravam pela integração em Espanha e os moradores da vila se
mantiveram resistentes em aceitar o jugo da dependência filipina; ou os
exemplos de D. Lopo Vaz de Sampaio, Frei Gonçalo Morais, João Pinto de
Morais, João José de Freitas que arrostando com coragem e sacrifício contra a
adversidade souberam “libertar-se da lei da morte” e deram razões de orgulho
aos carrazedenses e que nunca celebramos.
A principal actividade económica das nossas aldeias era (é) a agricultura. A vila
de Carrazeda, curiosamente até ao 25 de Abril de 1974 não é a localidade com
mais habitantes no concelho, sendo suplantada por outras freguesias do
concelho, como Vilarinho da Castanheira, Linhares, Pombal e Castanheiro do
Norte. É aí que se concentram as principais explorações agrícolas do concelho,
constituídas pelos cereais, o vinho, o azeite, a amêndoa...
O abandono de muitas culturas agrícolas e de práticas tradicionais e, a par do
declínio da agricultura na economia, no emprego e nas perspectivas da
população rural, emergiram novas procuras do rural como espaço de consumo
e residência. O rural surge agora associado a práticas de turismo e de lazer
consubstanciado no turismo rural e de habitação e na procura de outras ofertas
culturais: a gastronomia, o artesanato...
Este é um processo que deve centrar-se nos recursos e capacidades locais,
tanto dos que vivem e trabalham nas aldeias, bem como dos que aí se
pretendem enraizar.
O momento é agora!
Cremos mostrar a nossa firmeza nas ideias que partilhamos que têm como
único objectivo inverter a situação de declínio do concelho. Pedimos confiança
porque temos as pessoas e a capacidade para ajudar a construir um futuro
melhor e mais solidário.
A essência da democracia não é sermos eternamente penalizados pelos erros
dos outros, a essência da democracia é a participação activa de todos os
cidadãos nos assuntos da sua comunidade e é por isso que serão os
Carrazedenses os únicos juízes da boa ou má gestão dos seus representantes.
O juízo, esse tem data marcada, dia 11 de Outubro!
É HORA!...