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Carlos Rodrigues
O ENSAIO SPT
• MAIS POPULAR
• MAIS ROTINEIRA
• MAIS ECONÓMICA
Amostrador meia-cana:
∅ext = 50 mm
∅int = 35 mm
L = 760 mm
Amostra colhida em 3
avanços sucessivos
15 cm
N = medida do nº de pancadas para
15 cm
cravar o amostrador 300 mm.
Caso se atinja N=50 o ensaio é
terminado. No caso de rochas brandas
15 cm
pode incrementar-se N=100.
A EXECUÇÃO DE ENSAIOS SPT:
Orifício de escape ∅ 51 mm
Válvula de esfera
(∅ 13 mm)
152 mm
Peça de
união às (tipo “Monkey”)
varas
Batente
Ligação às varas de 32 mm
Secção
central 457 mm Vara normalizada
bipartida
Amostrador em meia-cana
Boquilha 75 mm
Boquilha cortante
19 mm
1.6 mm
∅ 35 mm Cone de 60º aplicável
em seixos
Vantagens Desvantagens
• Equipamento e • Dependência do operador, da
procedimentos simples técnica de furação, tipo de
• Obtém-se amostra equipamento, etc…
(perturbada) • Equipamento e procedimentos não
• Existência de uma vasta normalizados internacionalmente
experiência e correlações • Problemas diversos em operação
abaixo do NF
Tipos de furação
Furação com trépano e limpadeira
Furação a trado
FURAÇÃO COM TRADO OCO
Martelo do SPT
prEN ISO 22476
Vara de sondagem
∅ =32 mm
160 mm 560 mm 75 mm Mvara < 10 kg
∅=50.5 mm 35.2
Defl < 1:1200
mm
820 mm
Massa do amostrador – 7,585 kg Verificação em cada
20 ensaios
N1 E2
=
N 2 E1
E
N 60 = Nmedido transferido
0,60
Eteor = mgh
PERDAS / EFICIÊNCIA
Forma de levantar e soltar o martelo;
Massa do batente;
Comprimento e composição das varas;
Energia de inércia absorvida pelas varas, pelos acoplamentos e pelo batente;
Energia dissipada pelo ruído e calor devido ao impacto do martelo no
batente;
Energia gasta na flexão das varas devido ao impacto (varejamento);
Redução da energia por h < que 762 mm;
Perdas de energia devido ao atrito desenvolvido entre os vários
componentes do martelo, ou entre a corda de elevação, a roldana e o
cabrestante.
Uma vez atingida a composição das varas, a perda de energia até ao
amostrador parece ser desprezável.
Instrumentação do equipamento SPT
1. Batente
2. Vara instrumentada
3. Vara sondagem
4. Extensómetro
5. Acelerómetro
6. Terreno
F Força
dr Diâmetro da vara
Detalhe dos
extensómetros
Detalhe da célula Detalhe dos
de carga acelerómetros
Medição energética
Valor da tensão incidente
(1)
(2)
ρ – densidade do material
c – vel. de propagação da onda
Corte por tracção V0 – vel. de impacto do martelo
t = 2l /c
(3)
t
Ei = ∫ F(t ) v(t )dt Método EFV
t =0
Ei =
c t 2 c t = 2l / c 2
∫ F (t )dt Ei = ∫ F (t )dt
Ea t = 0 Ea t = 0
Medição energética
Cálculo da força F transmitida Cálculo da energia t'
às varas: E que passa nas E ( t ' ) = ∫0 F(t )V(t )dt
f (t) = Aa Ea εm (t) varas:
1 n
εm(t) = def. axial medida Energia do martelo: E med = ∑E
Aa = área da secção da vara n 1
Ea = mód. de elasticidade
Correcções ao valor NSPT
Efeito Variável Termo Valor
Tensão efectiva σvo' CN (Pa/σvo')0.5 mas < 2
Relação de energia Safety Hammer CE 0.6 a 0.85
Donut Hammer 0.3 a 0.6
Automatic Hammer 0.85 a 1.0
Diâmetro do furo 65 a 115 mm CB 1.00
150 mm 1.05
200 mm 1.15
Método de Amostrador normalizado CS 1.0
amostragem sem linner 1.1 a 1.3
Comprimento do trem 10 m a 30 m CR 1.0
de varas 6 a 10 m 0.95
4a6m 0.85
3a4m 0.75
Tamanho das (D50) da areia em mm CP 60 + 25 log D50
partículas
Idade Tempo (t) em anos após o CA 1.2 + 0.05 log (t/100)
depósito
Sobreconsolidação OCR COCR OCR0.2
⎛ σ' ⎞
N 60 = Dr2 ⎜ a + b ⋅ Cα v ⎟ Skempton (1986)
⎝ 100 ⎠
a, b = factores dependentes do tipo de material
17 < a < 46, 17 < b < 28
⎛ σ' ⎞
N 60 = Dr2 ⎜ a + b ⋅ Cα v ⎟ Considere-se o solo NC
⎝ 100 ⎠
N
CN = 1 =
Dr2 (a + b )
=
a/b +1 (N1 )60
σ' v ⎞ a / b + σ' v / 100 0,6 <a/b < 1,4 = 60
Nσ v 2⎛
Dr ⎜ a + b ⎟ Dr 2
⎝ 100 ⎠
(σ'oct ) = σ'v0 1 + 2K 0
3
Efeito do comprimento do trem de varas
(correcção apenas a utilizar em areias)
Comprimento do trem de varas Parâmetro de correcção
>10 m 1.00
6 – 10 m 0.95
4–6m 0.85
0–4m 0.75
Efeito do “liner”
Condição Parâmetro de correcção
Sem revestimento da amostra 1.00
Com revestimento da amostra
Areias densas e argilas 0.80
Areias soltas 0.90
- qadm de sapatas
-φ’, Cu, Dr, E, …
- s de sapatas
- qadm de estacas
PARÂMETROS GEOTÉCNICOS
Índice de resistência à
Material Classificação
penetração
0–3 Muito solta
3–8 Solta
Areias (N1)60 8 - 25 Média
25 – 42 Densa
42 - 58 Muito densa
0–4 Muito mole
4–8 Mole
8 - 15 Firme
Argilas N60
15 – 30 Rija
30 – 60 Muito rija
> 60 Dura
0 – 80 Muito brandas
Rochas
80 – 200 Brandas
Brandas N60
> 200 Moderadamente brandas
COMPACIDADE RELATIVA (DR)
1/ 2
⎛ N ⎞ Dr (valor decimal)
Skempton (1986) Dr = ⎜⎜ ⎟⎟ N = N60
⎝ 0.28σ' v 0 +27 ⎠
100
200
250
300
0 10 20 30 40 50 60
NSPT
ÂNGULO DE RESISTÊNCIA AO CORTE (φ)
60
40
NSPT
30
45 20
10
40
30
Décourt (1989)
25
0 10 20 30 40 50 60
(N1)60
Hatanaka & Uchida
(1996)
DEFORMABILIDADE
16
E’ / N60 ;(MN/m2)
Stroud (1989) 14
12
q/qult = 1/3 10
Areias
sobreconsolidadas
E’/N60 = 1 (MPa) 8
Areias normalmente
6 consolidadas
q/qult = 0.1 4
2
E’/N60 = 1 - 2 (MPa) – areias NC
E’/N60 = 3 (MPa) – areias SC 0
0 0.1 0.2 0.3
q/qult
cu = f1 N60 SOLOS ARGILOSOS
DEFORMABILIDADE
mv = f2 N60 (m2/MN);
Eu / N60 = 1.0 – 1.2 (MPa)
O ensaio SPT no dimensionamento de fundações
Método de Terzaghi e Peck (1948, 1967)
2
⎛ N − 3 ⎞⎛ B + 1' ⎞
qadm = 4.4⎜ ⎟⎜ ⎟
⎝ 10 ⎠⎝ 2B ⎠
em que:
qadm = tensão, em kgf/cm2, que produz s = 1’’
B = menor dimensão em pés (B ≥ 4’)
N = número de pancadas no ensaio SPT.
Sapata a prof. B abaixo do nível do solo = 0.75 < CD < 1= sapata ao nível do solo
Método de Meyerhof (1965)
Os assentamentos podem ser calculados pelas seguintes expressões:
1,9 q
s= , para B < 1,25 m
N q = carga aplicada pela fundação (kN/m2);
2 S = assentamento (mm);
2,84 q ⎡ B ⎤
s= ⎢ ⎥ , para B > 1,25 m B = largura da fundação (m);
N ⎣ B + 0,33 ⎦
2,84 q N = valor de referência dos ensaios SPT.
s= , para ensoleiramentos
N
a×q×B
s= × CD ×C W ×CT
N s = assentamento (mm);
CD = coef. de influência da escavação; a = 200, constante em Unidades SI;
CW = coef. de influência do NF; q = carga aplicada pela fundação (MN/m2);
CT = coef. de influência da espessura da B = largura da fundação (m);
camada compressível; N = valor de referência dos ensaios SPT;
3 N1 + 2 N 2 + N 3
N=
6
CD – Considera o facto de que as escavações
para fundações alteram o estado de tensão no
solo, e portanto, os valores de N medidos
antes da escavação exigem modificações.
CD = 1, se a fundação estiver localizada numa
escavação completamente reaterrada.
DW D W (2B + D − D W )
CW = 1 + , para 0 < D W < D CW = 1 + , para D < D W < 2B
D + 3B / 4 2B(D + 0,75B )
Método de Burland (1977)
Limite superior
areias densas
Largura (m)
Método de Burland e Burbidge (1985)
s = assentamento (mm)
s = q’ B0.7 Ic q’ = tensão média efectiva na fundação (em kPa);
B = largura da área carregada (em m)
Ic = índice de compressão ( = 1.71 / N1.4)
Ic = (a1/B0.7).102
a1 = ∆s1/∆q’ (mm/kPa)
B em metros
NSPT médio
⎛1 ⎞
Se σ’v0 a não for excedido tem-se: s = ⎜ q' ⎟B 0.7 I c
⎝3 ⎠
R3 Rt
Carregamento estático 0.3 0.2
Carregamento variável 0.7 0.8
Tensões admissíveis em solos coesivos
Ranzini (1988)
O procedimento do ensaio:
1) retirada do batente, após a cravação do amostrador
normalizado no ensaio SPT,
2) na colocação de um disco centralizador no furo de sondagem
3) acoplagem de um pino adaptador ao torquímetro às varas de
sondagem
4) Após a ligação do torquímetro às varas de sondagem procede-
se à aplicação do torque, medindo o momento de torção
máximo necessário à rotação do amostrador, bem como o
valor residual do momento torsor.
Furo SPT e trem de varas Colocação do disco centralizador