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Refrão
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Refrão
Sérgio Corrêa
Sérgio Corrêa
Sérgio Corrêa
RETRATO ESCRITO
Rabisquei paredes e areia de praias, escrevi bilhetes, memorandos e epitáfios, por vezes
escrevia nas estrelas, em outras escrevia para elas.
Nunca havia me atrevido a enfrentar a brancura do papel para descrever os dias que me
passavam pelos olhos. Quando os poucos limites da folha branca já não mais me
amedrontaram, comecei a fazê-los para um luxo pessoal, como fotografias que ia
tirando de momentos vistos e vividos.
Passei longo tempo sem fazer investidas literárias, até porque nunca me senti realmente
capaz da produção de algo que pudesse merecer grande atenção. Com o advento dos
microcomputadores, retomei o hábito de fotografar o meu cotidiano e do mundo, com as
teclas do meu PC, este sim os guardou e isto ocupando pouquíssimos espaços.
Certa feita um anjo me encorajou a tornar públicas minhas letras, me enchi de coragem
e encarei o desafio de expor os meus retratos em crônicas de um mundo nem sempre tão
real.
Se por acaso outros olhos, que não sejam os meus, em algum dia, entrarem no meu
mundo das palavras, minhas palavras, que sejam iludidos pela "intenção", a minha
intenção de escrever a vida.
INTIMIDADE
Sérgio Corrêa