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SINUSITE

Elaborado por:
João Silva
Porto, Março 2009 Joana Silva
Seio Esfenoidal Seio Maxilar

Seio Etmoidal Seio Frontal

Interligados pelos óstios que são pequenas aberturas tubulares que fazem a
drenagem para a cavidade nasal
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Inflamação da membrana
envolvente de um ou mais dos seios
paranasais que pode resultar de
uma infecção bacteriana, fúngica,
viral, alérgica ou auto-imune.

As novas classificações referem-se à


sinusite como rinosinusite uma vez
que a inflamação dos seios não
ocorre sem uma inflamação da
mucosa nasal(rinite).

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 Rinite (alérgica e não alérgica),
 Infecção viral,
 Asma,
 Trauma químico, físico e barotrauma,
 Obstrução anatómica: pólipos nasais, desvio do septo, hiperplasia das
adenóides, concha bulhosa, corpo estranho,
 Fenda palatina,
 Infecção dentária,
 Doenças sistémicas: deficiência de anticorpos, discinésia ciliar, fibrose
cística, granulomatose de Wegner,
 Tabaco,
 Doença do refluxo esofágico,
 Sensibilidade à aspirina,
 Função mucociliar comprometida.

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Espessamento de
secreções ; Alterações no
Alterações no
Secreções
Secreções ficam
ficam
mudanças de pH metabolismo gasoso
metabolismo gasoso
estagnadas
estagnadas da mucosa
da mucosa

Congestão
Congestão da da mucosa
mucosa ouou Epitélio
Epitélio ee cílios
cílios são
são
obstrução
obstrução anatómica
anatómica lesados
lesados
bloqueia
bloqueia oo fluxo
fluxo aéreo
aéreo ee
aa drenagem
drenagem
Alterações
Alterações criam
criam meio
meio de
de
cultura
cultura para
para crescimento
crescimento
OO óstio
óstio éé fechado
fechado bacteriano
bacteriano na
na cavidade
cavidade
fechada
fechada

Espessamento da
Espessamento da Secreções
Secreções retidas
retidas
mucosa cria
mucosa cria Infecção bacteriana
causam
causam inflamação
inflamação
bloqueio adicional
bloqueio adicional desenvolve-se na
dos
dos tecidos
tecidos
cavidade do seio
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•Sinusite aguda
•Origem viral
•Origem bacteriana – Streptococcus pneumoniae, Haemophilus
influenzae, e nas crianças, Moraxella catarrhalis.
•Sinusite crónica
•Origem bacteriana – Pseudomonas aeruginosa, Streptococcus do
grupo A, e Staphylococcus aureus
•Origem fúngica – Aspergillus, Mucorales, Bacteróides, Candida
albicans, Cryptococcus neoformans

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Sinusite Esfenóide Sinusite Maxilar
Sinusite Etmoidal

Seio Esfenoidal Seio Maxilar

Seio Etmoidal Seio Frontal

Sinusite Frontal

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Subaguda – duração de 4 a 12 semanas
representando transição entre aguda e
crónica

4 semanas 12 semanas

Tempo
Aguda – duração até 4 semanas

Crónica – duração mais de 12 semanas.

Exacerbação aguda da sinusite crónica – ocorre


quando os sintomas da sinusite crónica exacerbam
mas retornam aos valores iniciais após tratamento
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História clinica e exame otorrinolaringológico (acima de tudo
baseado na avaliação clinica). Presença de:
2 ou mais sinais maiores ou
1 sinal maior e 2 ou mais menores

Sinais maiores Sinais menores


•Cefaleia •Febre
•Dor ou pressão facial •Halitose
•Obstrução ou congestão nasal •Dor dentária
•Corrimento nasal ou pós-nasal •Otalgia ou pressão nos ouvidos
purulento •Tosse
•Hiposmia ou anosmia
•Corrimento nasal purulento ao
exame

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•Citograma nasal - grande nº de neutrófilos nas secreções
nasais distingue sinusite de rinite
•Estudos imagiológicos
Técnica Utilidade Indicações
Ecografia Baixa Nenhuma/controlo
evolutivo
Transiluminação Baixa Nenhuma/controlo
evolutivo
Radiografia simples Baixa Nenhuma
TC Alta S. Crónica/aguda/
complicada
Ressonância Alta Tumores
magnética
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Fig. 1 - Ressonância Magnética Fig. 2 – Radiografia. Nota-se a presença
revela que o seio etmoidal de ar-fluido no seio maxilar direito.
direito está completamente
cheio de fluido

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Objectivos da terapia:
•Controlo da Infecção

•Redução do Edema

•Facilitação da Drenagem

•Manutenção da permeabilidade do Óstio

Pode ser:
•Farmacológico
•Não farmacológico

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ANTIBIÓTICOS – 1ª linha do tratamento de sinusite infecciosa de origem
bacteriana
Amoxacilina Tratamento inicial nas infecções não complicadas da sinusite
aguda sem prevalência de estirpes produtoras de β-
Amoxacilina + Ácido lactamases
Eficaz contra estirpes de bactérias produtoras de β-lactamases
clavulânico (H. influenza, M. catarrhalis, S. aureus e bactérias anaeróbias)
Doxacilina (ver anterior)
Cefalosporinas – 1ª geração Sinusite aguda e crónica. Pouca cobertura para bactérias
produtoras de β-lactamases
Cefalosporinas – 2ª geração Vantagem de serem necessárias menos doses (2x/dia) e maior
(ex. Cefprozil) actividade contra estirpes produtoras de β-lactamases, porém
já existe alguma resistência
Cefalosporinas – 3ª geração Escolha mais apropriada
(ex. Cefdinir)

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ANTIBIÓTICOS – 1ª linha do tratamento de sinusite infecciosa de origem
bacteriana

Azitromicina e Claritromicina Pouca actividade contra bactérias penicilina-resistentes.


Pode levar a aumento de resistência a macrólidos (2ª linha
para sinusite maxilar aguda)
Fluroquinolonas Espectro alargado mas sem vantagem em relação aos β-
lactâmicos
Trimetroprim- Uso em indivíduos alérgicos à penicilina
sulfametoxazol; Tetraciclinas;
Clindamicinas

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ANTIHISTAMINICOS H1
•Reduzem prurido, rinorreia e espirros
•Geralmente bem tolerados embora possam causar irritação local
•Preocupação - possibilidade de aumentar viscosidade das secreções
•Sem indicação clara no tratamento da sinusite excepto associada a rinite alérgica
e quando descartada origem bacteriana
•Pouco utilizada na sinusite aguda devido efeitos anticolinérgicos
•Os de 2ª geração podem ser utilizados na sinusite crónica (com componente
alérgica) – ausência de efeitos anticolinérgicos

Uso tópico:
Azelastina

Allergodil (MSRM)
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GLUCOCORTICOSTERÓIDES NASAIS
•Reduzem edema do complexo osteomeatal e diminuem inflamação do tecido
•Não está recomendado uso sistémico (mais efeitos adversos)
•Tópicos – maior interesse na sinusite crónica
•Utilizados para prevenir recorrências
•Efeito máximo só quando alcança a mucosa
•São MSRM
•Efeitos indesejáveis:
•Secura mucosas
•Sensação picada
Beconase inalador
Princípios nasal (MSRM)
activos:
•Irritação local
Pulmicort nasal turbohaler (MSRM)
Beclometasona
•Facilita processos infecciosos locais
Aeromax nasal (MSRM)
Budesonida
•Efeitos sistémicos (uso exagerado) Eustidil (MSRM)
Fluticasona
Flutaide (MSRM)
Mometasona
Nasomet (MSRM)
Triam-cinolona

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DESCONGESTIONANTES – nasais e orais
•Agonistas alfa-adrenérgicos
•Simpaticomimétios
•Proporcionam alivio rápido dos sintomas associados a congestão nasal (curta
duração)
•Aplicação tópica ou sistémica
•Uso repetido pode induzir tolerância e causar irritação local
•Maioria MNSRM Vicks inalador (MNSRM)
•Efeitos indesejáveis: Associações:
Vicks vapospray (MNSRM)
•Taquicardia Cânfora+
Vaporil mentol
(MNSRM)
•inquietação Cânfora +(MNSRM)
tintura de eucalipto
Gramixina
•Insónias Dimetindeno + fenilefrina
•Depressão central Vibrocil (MNSRM)
Fenilefrina
•Rinite medicamentosa Neo-sinefrina
Oximetazolina(MNSRM)
(mais de 5/7 dias) Nasarox (MNSRM)
Pseudoefedrina (MSRM)
Nasex (MNSRM)
Fenilpropanolamina
Nasorhinathiol (MNSRM)
18 Sufadex (MSRM) - Sistémico
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MUCOLíTICOS
•Não existem provas de eficácia clínica da sua utilização
•Fluidificantes do muco actuam diminuindo a viscosidade e a estrutura do muco
•Diminuição da viscosidade facilita a remoção quer pela actividade ciliar do
epitélio quer pelo reflexo da tosse
•Podem ser usados como adjuvantes de antibacterianos nas infecções
respiratórias
Fluimucilactivos:
Princípios (MSRM)
Benflux (MSRM)
Acebrofilina
Bromax (MSRM)
Acetilcisteina
Mucosolvan
Ambroxol (MSRM)
( derivado de bromexina)
Bromexina
Mucodrenol (MNSRM)
Carbocisteina
Bisolvon (MNSRM)
Ciclidrol
Mucorhinatiol(MNSRM)
Sobrerol
Mucodox (MSRM)

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IMUNOMODULADORES
•Filgratin – recombinant human granulocyte colony stimulating factor ??
•Interferão gama ??

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•Nebulizações
•Manter hidratação
•Aplicar compressas quentes sobre a face
•Irrigação com solução salina
•Elevar a cabeça durante o sono
•Evitar fumar
•Evitar ambientes muito poluídos
•Ultra-sons
•Cirurgia

22 Sinoplastia com balão


Celulite periorbital – vermelhidão edema, dor, febre
Abcesso orbital – vermelhidão, edema, dor, febre, proptose, diminuição da
acuidade visual
Meningite – dor de cabeça, fotofobia, tonturas, rigidez do pescoço
Osteomielite – osteite do seio frontal e edema da pele sobre o osso frontal
produzindo uma massa
Abcesso cerebral – dor de cabeça alteração dos estados de consciência,
perturbações visuais, outras alterações neurológicas

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•Barberan M. et al; Diagnóstico y tratamento de las rinosinusitis agudas. Segundo
consenso; Ver. Esp. Quimioter.; 2008; 21(1):45-59
•Bartley J., Young D.; Ultrasound as a treatment for chronic rhinusinusitis; Med.
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•Bell J.; Diagnosis and management of infectious sinusitis; Pharmanote; Sept.
2008; Vol. 23, Issue 12; The department of Pharmacy University of Florida
•Brook I.; Sinusitis; Periodontology 2000;2009; Vol. 49; 126-139
•Chadha N., Chadha R.; 10 Minute consultation – Sinusitis; BMJ; 2007; Vol 334
•Dykewicz M.; Rhinitis and Sinusitis; J. Allergy Clin. Immunol.; Vol .111number 2:
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•Fokkens W. J. et al; European Position Paper On Rhinusinusitis as Nasal Polyps
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•Ryan M.; Diseases associated with chronic rhinosinusitis: What is the
significance?; Curr. Opin. Otolaryngol Head Neck Surg; 2008; 16:231-236
•Pharmacotherapy – A Pathphysiologic Approach 6th Edition; Joseph T. Dipiro et
al; Mcgraw-Hill; 2005
•Prontuário Terapêutico
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