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O sucesso não ocorre por acaso. O que é sucesso? O que é felicidade? O que é sorte? Por
que algumas pessoas fazem sucesso na vida e outras não? Como alcançar o sucesso? Qual o
segredo das pessoas bem-sucedidas? São perguntas como essa que a Programação
Neurolingüistica – PNL, também conhecida como Ciência do Sucesso, tenta responder;
seduzindo milhares de pessoas em todo o mundo, inclusive os cristãos evangélicos.
Com esta base de ensino, a Programação Neurolingüistica tem-se destacado como o grande
diferencial nos treinamentos de auto-ajuda oferecidos nas escolas, acampamentos,
universidades e em empresas.
Temas de impacto, mas, em princípio, inofensivos, como: “melhore a sua memória”, “auto-
estima”, “motivação”, “qualidade”, “competitividade”, “leitura dinâmica”, “trabalho em
equipe”, “superação”, “sensibilização”, “desenvolvimento de empreendedores”, “aumente
sua capacidade de aprendizagem”, “adaptação a ambientes de constantes mudanças”,
“superação a situação de pressão”, “globalização”, “atendimento”, entre outros, ganham
uma nova conotação seguindo por um caminho totalmente diferente do convencional.
Uma técnica utilizada por profissionais de auto-ajuda que visa levar o individuo a confiar
no poder de suas próprias palavras, como fonte motivadora de transformação pessoal,
adquirindo, assim, valores positivos que determinarão o sucesso em todas as ares da vida:
emocional, profissional, financeira, etc. É assim que a Programação Neurolingüistica se
define.
No Brasil, no campo da PNL, o dr. Lair Ribeiro é a figura mais destacada. A filosofia
subjacente a essa técnica é a de que o homem é aquilo que ele pensa. Nisto está imbuída a
idéia de auto-suficiência. A PNL utiliza basicamente as técnicas de Visualização,
Meditação, Intuição, Hipnose ou regressão hipnótica e Confissão Positiva; todas essas
“técnicas” são utilizadas em conjunto.
A pratica da visualização é antiga e afirma trabalhar de várias formas. Por exemplo, usando
a mente para entrar em contato com a suposta divindade interior ou “eu superior”, os
praticantes alegam que podem manipular a sua realidade pessoal a fim de alcançar os alvos
desejados, tais como boa saúde e aquisição de riquezas.
O problema básico é que a visualização da Nova Era atribui à mente humana uma condição
divina ou quase divina. Isso não só representa uma grande distorção da natureza humana
como pode também camuflar a manipulação da mente por espíritos, definindo o processo
como um empreendimento natural divino.
Vestígios dessa pratica podem ser encontrados desde a antiguidade e ela é associada com
freqüência ao ocultismo. Os processos exatos que fazem a hipnose funcionar são
desconhecidos. Pesquisas cientificas foram conduzidas para suprir grande volume de
informação em relação ao transe hipnótico e sua suscetibilidade; todavia, o que é a hipnose
e com ela funciona são pontos ainda largamente discutidos. Afirmações difundidas e
freqüentemente exageradas são feitas quanto a sua aplicação na medicina, na psicoterapia,
na educação e em muitos outros campos.
Nos parece também que a hipnose esta ligada à pratica biblicamente do “feitiço” e/ou
“encantamento”. Assim, ela é realmente proibida, pois o cristão deve encher-se com o
Espírito Santo, o que significa que ele não deve permitir que a mente seja controlada,
manipulada e abusada por parte do hipnotizador, em especial o incrédulo. O propósito dos
psicoterapeutas da Nova Era, que empregam o que é chamado de terapia das “vidas
passadas”, é enviar a pessoa de “volta” à sua suposta vida ou vida anteriores, a fim de
resolver conflitos e traumas emocionais ou espirituais que estejam supostamente afetando a
sua saúde física, emocional ou espiritual no momento, permitindo a influencia de
demônios, “Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas
nós temos a mente de Cristo” (1 Co 2.16).
Mais profundamente, a confissão positiva busca exteriorizar aquilo que foi projetado e
reforçado na mente da pessoa através de todo trabalho de visualização, meditação, intuição
e hipnose, ou seja, suas palavras irão confirmar todo processo de programação para o
sucesso (PNL). Através da confissão positiva, a pessoa tornar-se-á a criadora de seu próprio
mundo, com prosperidade nos negócios e saúde para família.
Neste caso, a confissão positiva confirma os ensinamentos da Nova Era que declara que o
homem é um deus, possuindo, portanto, a capacidade de criar a sua própria felicidade. Esse
conceito foi amplamente refutado ou adotado por lideranças evangélicas em todo mundo.
Hoje, esse movimento está confinado a pequenos redutos denominacionais, pois no Brasil,
em particular, não é tão simples assim exercitar a “teologia do sucesso ilimitado”, e mesmo
nos países desenvolvidos essa teoria tem-se desgastado.
Biblicamente, entendemos que Deus é totalmente distinto do homem (vice-versa), e que sua
glória não é repartida. O ser humano é o mais sublime das criações de Deus, dotado de
valores herdados de seu Criador, mas nunca absoluto em si mesmo “... que é o homem, para
que te lembres dele? E o filho do homem para que o visites? Contudo, pouco abaixo de
Deus o fizeste; de glórias e de honra o coroaste” (Sl 8.4-5). O apóstolo Paulo escreveu aos
romanos sobre a independência e soberania de Deus da seguinte maneira: “... Terei
misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia, e terei compaixão de quem me
aprouver ter compaixão. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas
de Deus, que usa de misericórdia” (Rm 9.15,16), logo, não é o homem que determina nada
para si baseado nos desejos de seu coração, mas o Senhor, que realizará todas as coisas de
acordo com a sua vontade.
Como vimos a PNL busca substituir padrões considerados de “insucesso” por novos
padrões de “sucesso” alicerçados no homem. Em suas etapas de programação, falamos da
deletação, quando as pessoas programam suas mentes para apagar conhecimentos
adquiridos, eliminar experiências vividas e exterminar comportamentos sedimentados ao
longo da vida. Uma verdadeira lavagem cerebral. Ou seja, um esvaziamento da alma do
aluno.
O que a Bíblia fala sobre o perigo de uma casa vazia? (Lc 11.24-26)
“Ora, havido o espírito imundo saído do homem, anda por lugares áridos, buscando
repouso; e não o encontrando, diz: Voltarei para minha casa, donde saí. E chegando acha-a
varrida e adornada. Então vai e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e,
entrando, habitam ali; e o ultimo estado desse homem vem a ser pior do que o primeiro”.
Podemos afirmar que é possível uma pessoa, após passar por um programa como o PNL,
sofrer forte possessão demoníaca e diversos tipos de perturbações metais e até físicas.
A Bíblia nos fala ainda que devemos resistir ao diabo (Tg 4.7). Como então aceitaremos um
posicionamento de mente no qual a nossa resistência é totalmente eliminada? “Sede
sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, buscando quem possa
tragar” (um Pe 5.8). Com tantas evidências de ocultismo e praticas de magia e feitiçaria
presentes na PNL, como poderemos ficar desarmados, despreocupados e sem a lucidez
necessária para discernir o que esta ocorrendo em nosso derredor? (Veja Hb 5.14).
Não podemos baixar nossa guarda e ficar a mercê do diabo. Antes, devemos nos revestir de
toda armadura de Deus (Ef 6.10), através da palavra de Deus, porque o diabo, de maneira
astuta, cria verdadeiras arapucas para o homem incauto. “E não é maravilha, porque o
próprio Satanás se transfigura em anjos de luz”. (dois Co 11.14).
Em sua inclusão de novos padrões, a PNL destaca a tese de que o homem deve seguir seu
coração. Nos cursos, a pessoa em meditação consigo mesma busca dentro de si respostas
para sua vida e planeja, ou melhor, programa seu futuro através das respostas encontradas
em seu coração. Como podemos seguir o nosso coração se ele é mais enganoso do que
todas as coisas? Segui-lo nos trará como conseqüência a destruição. Ainda em Mateus
15.19 podemos ler: “Porque do coração procedem os maus pensamentos”.
Mas, como cristãos, devemos nos preparar “Para que não sejamos vencidos por Satanás,
porque não ignoramos os seus ardis” (2 Co 2.10-11).
O depoimento que você lerá agora é verídico. O irmão que viveu esta terrível experiência
preferiu omitir o seu nome para evitar qualquer complicação.
O treinamento teve inicio na sexta-feira à noite e se estendeu até domingo, também à noite.
Realizado no auditório de um hotel, o evento contou com a participação aproximadamente
de 500 pessoas, entre as 150 que iriam fazer o treinamento pela primeira vez, as demais já
haviam feito e os convidados: parentes, amigos e/ou conhecidos. Ao chegar lá, senti um
clima de festa, de alegria, de felicidade. Todos se abraçavam muito e, ao se
cumprimentarem, batiam a mão direita por cima da cabeça ( um gesto da Nova Era ). Achei
aquilo muito bom, bem melhor do que na igreja que freqüentava.
Em seguida, o consultor começou a passar algumas regras que deveriam ser obedecidas até
o final do curso. Uma delas era sentar sempre ao de desconhecidos. Com isso, já estavam
nos ensinando a ser mais atirados com as pessoas. Outra regra era não discordar de nada
que os palestrantes iriam falar. É claro que, num primeiro momento, você discorda, mas,
com o passar do tempo, à medida que eles iam transmitindo simpatia, carisma e alegria,
comecei a achar que minha vida estava toda errada.
Após esse primeiro contato, depois de haver passado as regras, começamos com uma
terapia chamada: feed back negativo, quando fazíamos uma roda e as pessoas gritavam
xingando umas as outras de “mentirosas”, “covardes”, “prepotentes”, “falsas”,
“desonestas”, entre outras coisas que não convém citar aqui. Colocavam uma música muito
fúnebre e alta. As pessoas não resistiam e muitas delas choravam e gritavam. Pensei estar
na grande tribulação, pois fiquei muito assustado com aquilo.
Depois disso, fomos aprender a abraçar. Uma pessoa ficava na frente da outra e a abraçava
bem forte. Fizemos isso durante um bom tempo. Aproximadamente 1h30, nos ensinaram
uma filosofia intitulada FILOSOFIA DO SUCESSO NAPOLEON HILL que tivemos de
decorar para recitá-la na manhã seguinte, às 8 horas, depois do café.
Fiquei a noite inteira tentando decorar a filosofia. Por esse motivo, assim como cerca de
90% dos participantes, dormi muito pouco (30min) no primeiro dia. Apenas cinco ou seis
pessoas conseguiram recitá-la. Para os que não decoraram o texto, o castigo foi formar uma
fila fora do auditório até memorizarem. Enquanto tentávamos, desesperados, decorar a
poesia, o monitor ficava vendendo caixões de defunto de vários tamanhos e preços. A lição,
segundo ele, era para que não sofrêssemos, antecipadamente, com as coisas da vida.
No sábado a tarde, cada um de nós foi induzido a sentar perto de uma pessoa desconhecida
e a contar para ela algum trauma de infância. Tudo era feito ao som alto de uma música
fúnebre. As pessoas choraram muito enquanto contavam suas tristezas e sofrimentos
vividos na infância devido aos maus tratos dos pais. Após esses períodos, seria realizado, às
19 horas, um bailão, e todos deveriam comparecer a caráter. Dançamos todos os tipos de
musica com todos, não importava se éramos casados, noivos, ou namorados, ninguém era
de ninguém. Mas os monitores não deixavam ninguém ir além da dança, para não denegrir
a imagem do curso.
Depois do baile houve uma coisa terrível. Todos os homens tiveram de se vestir de mulher,
se maquiar, colocar peruca, meia-calça, e depois desfilar para todas as mulheres presentes.
O objetivo dessa ‘terapia’ era eliminar todo e qualquer preconceito. Depois da apresentação
dos homens, foi a vez das mulheres. Elas se fantasiaram com objetos eróticos sem qualquer
pudor. A nossa mente, naquele momento do curso, já estava aberta. Chegamos ao estado
Alfa. Tudo o que nos diziam era facilmente inculcado.
No domingo à tarde fizemos uma regressão até o útero materno. Pensando realmente ter
chegado lá, éramos obrigados a perdoar nossos pais por algum trauma de infância que eles
nos causaram. Aqueles que não quiseram perdoar passavam novamente pelo mesmo
processo. Éramos obrigados a similar um vômito para representar que estávamos colocando
de tudo de ruim pra fora. No final fomos tratados como crianças, para que nos sentíssemos
abertos para tudo que pudéssemos aprender. Assim como eu, muitos perderam totalmente o
senso crítico. Passei a mexer com as mulheres. Para mim não a menor diferença em ser
casado ou não, em ser crente ou não. Estava em um processo de euforia muito grande, pois,
segundo eles, eu era uma criança de quatro anos.
A partir dessa fase passamos a ser ensinados em todas as coisas novamente. Assim como
uma criança, fomos aprendendo todas as coisas até a fase adulta, quando então a ênfase
positiva se voltou para nossa carreira profissional. Ouvíamos mensagens do tipo: ‘agora
tudo poderá ser alcançado por seus próprios esforços!’; ‘você não precisa mais de
ninguém!’; ‘você é auto-suficiente!’; ‘o céu é o seu limite!’; ‘somente os melhores poderão
ser aproveitados!’; ‘estamos em uma Nova Era!’. Estávamos recebendo um tipo de doutrina
na qual o centro da vida é próprio homem, e Deus um figurante coadjuvante, perfeitamente
dispensável.
Saí do curso totalmente transformado, orientando-me apenas por esses conceitos. Meus
conhecimentos bíblicos, aprendidos na Escola Dominical e nos cultos, desde a infância, já
nem mesmo eram lembrados. Pedi então demissão da empresa que trabalhava, pois achava
que poderia encontrar algo melhor. Separei-me da minha esposa, ficava, sem nenhum
remorso, sem ver minha filha de dois anos por até quinze dias e achava que estava ótimo.
Mudei meu estilo de roupa, meu penteado, vocabulário e achava que estava mais bonito,
que realmente tinha melhorado.
Mas toda essa mascara, essa camuflagem diabólica começaram a cair, arruinando minha
vida emocional, profissional e familiar. Sentia forte depressão (leia-se opressão) e os
conflitos espirituais quase me deixaram louco. Meus amigos da igreja perceberam que eu
estava desequilibrado e desorientado. Comecei a perder clientes importantes e já não
conseguia saldar minhas dívidas, sofrendo vários protestos e inclusão nos órgãos de
proteção ao consumidor (SPC e Serasa). Foi uma desgraça total!
Até que, não suportando mais esse quadro, o Espírito Santo de Deus, por sua infinita
misericórdia, fez-me lembrar do Senhor Jesus. Então orei para que o Senhor me ajudasse a
renunciar à obra do diabo na minha vida e a todos os ensinamentos aprendidos no curso de
Programação Neurolingüistica (PNL). O Senhor Jesus me entender claramente como todos
aqueles conceitos antibíblicos e contrários ao plano de Deus para o homem.
Recorrendo novamente ao poder do sangue de Jesus para perdão dos pecados, e auxiliado
por irmãos valorosos de grupos de oração, fui totalmente restaurado. Todas as áreas da
minha vida antes afetadas por essas heresias foram estabelecidas pelo Senhor Jesus. Estou
novamente com minha esposa e minha filha. O Senhor me devolveu meu anterior e meus
antigos clientes. E agora estou conseguindo honrar com todos os meus compromissos
financeiros. E devo isso a Deus.”
Associar – Dentro de uma experiência, enxergar através dos próprios olhos, de plena posse
de todo os seus sentidos.
Dissociado – Que não está dentro de uma experiência, que observa ou ouve de fora.
Interiorização – Estado leve de transe em que a atenção se volta para dentro, para os
próprios pensamentos e sensações.
Meta – Radical que define o que existe em um nível lógico diferente. Derivado do grego,
significa “para além”.
Metáfora – Comunicação indireta que utiliza uma história ou uma figura de linguagem e
implica uma comparação. Na PNL, a metáfora engloba parábolas, alegorias e similaridades.
Orientar – Modificar o próprio comportamento e estabelecer rapport, para que outra pessoa
o siga.