O locutor da Rádio Gospel Mania abre o programa anunciando as atrações.
Evângelo – Oooooiiii gente! Aqui é o Evângelo, Ângelo, Ângelo, falando para vocês diretamente da Rádio Gospel Mania com mais um programa Debate sem Embate. Solta o louvor aí, DJ Levita! É isso aí! Temos convicção dos fatos que se não vêem e certeza tanto das coisas que se esperam como de que você está ligadinho no nosso programa. E hoje é o programa especial de Natal! (o sonoplasta executa uma música natalina) É isso aí! Teremos várias atrações! Teremos aqui conosco a ......... da Igreja ........... que vai cantar uma belíssima canção de Natal em louvor ao Senhor (aplausos) e a irmã ........ do Ministério Jovem também da Igreja Batista da Barra que vai recitar a poesia ........ do nosso irmão em Cristo ............... (aplausos). Depois teremos um debate com três pastores que se prontificaram a vir no programa. Vou anunciar aos prezados ouvintes o nome de cada um: Pastor Roberval Crítico, da Comunidade Evangélica “Meu Prazer é a lei de Deus”, Pastor Moderaldo Lengrúber, da Igreja Evangélica do Avivamento do Espírito Santo que Veio para Consolar o Povo de Deus, e o Pastor Passílvio Ribeiro da Comunidade Evangélica “Abresalão”. Então, para o programa começar, nos convidamos aqui a irmã ............... para entoar o abençoado cântico de Natal em louvor ao nosso Senhor. A irmã entoa o cântico. Evângelo – Amém, irmã. Obrigado pela participação aqui em nosso programa e que o Senhor continue abençoando sua voz para o louvor Dele. E agora, a irmã ......., recitando a poesia “..............”. (...) Evângelo – Obrigado pela participação, irmã ...... Deus a abençoe. Bom, e agora, conforme o combinado, vamos começar o Debate sem Embate de hoje, com o seguinte tema: “Natal: celebrar ou não celebrar?” E aqui vai a primeira pergunta, e é direcionada ao Pastor Roberval Crítico. Pastor, o povo de Deus quer saber se é correto o costume de ter em casa Árvore de Natal. O senhor já armou a sua? Roberval Crítico – Não armei e estou completamente incomodado com essa Árvore de Natal aqui do meu lado. Ora, meu caro, antes de mais nada gostaria de abrir a Bíblia, já que desde o início do programa estou aguardando você fazer e nada. Prezados irmãos, abram por favor a Bíblia no primeiro livro de Reis, capítulo 14, versículo 23, que diz assim"Porque também os de Judá edificaram altos, estátuas, colunas e postes-ídolos no alto de todos os elevados outeiros, e debaixo de todas as árvores verdes". E agora em Deuteronômio 16:21, que diz o seguinte"Não estabelecerás poste-ídolo, plantando qualquer árvore junto ao altar do Senhor teu Deus que fizeres para ti”. Ora, a regra é clara. Armar árvore de Natal é idolatria pura! Sem contar da homenagem a Ninrode, filho de Cã, neto de Noé, fundador do Sistema Babilônico. Sua mãe acreditava na reencarnação dele, e recomendou ao povo que essa reencarnação de Ninrode gostava de receber presentes debaixo de uma árvore. E só ler, meu caro, que você vai aprender. Evângelo – É pastor! Já deu para os ouvintes perceberem seu estilo durão. Mas vou passar a bola para outro pastor convidado, nosso amigo Passílvio Ribeiro. Pastor Passílvio, você é da mesma opinião do Pastor Roberval ou acha que não tem nada a ver o povo de Deus manter o costume de armar árvore de Natal? Passílvio Ribeiro – Olha aqui, Evângelo, em primeiro lugar gostaria de mandar um alô para o pessoal da Comunidade Evangélica Abresalão! Que vocês aí continuem com a fé no nosso Deus, pois ele mesmo, em Salmos 165 diz o seguinte “Faça por ti que eu te ajudarei”. Evângelo – Bom, pastor, pelo que me consta, o livro dos Salmos só tem 150 capítulos, e eu acho que esse versículo que o senhor falou aí não tem na Bíblia não! Passílvio Ribeiro – Mas é mermo? Ah, eu sou humano e posso falhar, pois perfeito é somente Deus. Bom, em respeito da Árvore, eu acho que não tem problema nenhum não, meus ouvintes. A árvore de Natal até que é bonitinha. Cheia de bolinhas coloridas, e dá a impressão que a natureza está dentro da casa da gente. Outra, coisa, o Tadeu não subiu numa árvore para ver Jesus melhor? Evângelo – Pastor, o nome dele era Zaqueu. Passílvio Ribeiro – É, Zaqueu, Tadeu, é tudo EU. O que importa é que ele subiu na Árvore, porque na verdade estava mostrando para Jesus que iria colocar em sua casa uma cópia daquela Árvore dentro da casa dele, para comemorar o Natal, e Jesus quando disse “Desce da Árvore, Zaqueu” queria apressa-lo para que os dois terminassem logo de fazer as compras do Natal, pois Zaqueu tinha ficado muito deslumbrado com aquela árvore. Por isso que eu aprovo essa idéia. Show de bola. Evângelo – Ai, meu Deus. É cada figurinha... Bom, vamos continuar com o programa. Pastor Moderaldo, qual a sua opinião sobre esse assunto? Moderaldo Lengrúber – Bom, acho que não é necessário que sejamos tão radicais. Se é para fazer comparação com a Árvore de Natal, por que tem que ser necessariamente a Árvore de Ninrode ou a de Zaqueu. Tantas árvores para se comparar, como a Árvore da Vida, por exemplo. Sem falar que há estudiosos que dizem que o surgimento da árvore de Natal deve- se a Lutero, ao passar por um bosque, teria observado a maravilhosa beleza das estrelas no céu, que brilhavam por entre os ramos dos pinheiros, e, impressionado com essa extraordinária visão, ele tentou duplica-la em sua casa, acendendo velas entre os ramos de sempre-vivas. Acho que esse assunto é irrelevante. Quando o povo de Deus não está adorando a Árvore, ela não é objeto de idolatria, e simplesmente um enfeite como outro qualquer. Evângelo – É, o nosso Debate sem Embate está ficando bom! E agora, mais uma dúvida, sendo essa uma das mais comentadas pelos nossos ouvintes. Pastor Roberval Crítico. Foi de fato no dia 25 de dezembro que Jesus nasceu? Roberval Crítico - Meu caro Evângelo, é só ler que você vai ver. Mas parece que você não se preparou para fazer um programa como esse! Onde já se viu! Bom, o Natal é uma festa pagã, vocês estão me ouvindo bem, uma festa pagã! Dia vinte e cinco é dia da festa do Sol Invictus, celebração feita pelos druidas, que eram sacerdotes celtas, povo original da região sudoeste da Alemanha. Já no Império Romano, a festa do Sol invicto era comemorada pelos adeptos do Mitraísmo, uma religião pagã de mistério. Os cristãos, entre aspas, vendo a alegria dessa celebração decidiram adotar aquela data, mas comemorando o nascimento de Jesus Cristo, permitindo que a cultura influenciasse a Igreja. Sabemos que é a Igreja que deve influenciar a cultura, e ao pesquisar a Bíblia, concluímos que o nascimento de Jesus foi em setembro, já que os rebanhos estavam ainda no campo durante a noite. E houve recenseamento, e é pouco provável que o recenseamento fosse convocado para época de frio e chuvas. E para finalizar, o nascimento de Jesus ocorreu na festa dos Tabernáculos, para que se tivesse relação entre Lv 23:39-44; Ne 8:13-18, que dizem que Deus habitou entre os homens em tabernáculo, e o Evangelho de João capítulo 1 , vers. 14, que diz "Cristo ... habitou entre nós". Esta palavra em grego é skenoo ou tabernaculou; isto é, a festa dos tabernáculos, que era realizada no mês de Etenim do calendário judaico, que é o mês de Setembro. Evângelo – É, meus ouvintes. O nível desse debate está mesmo bom. Mas como é um debate bem democrático, vamos ouvir o Pastor Passílvio Ribeiro. E aí, pastor, o que o senhor acha? Passílvio Ribeiro – Poxa, o pessoal aqui é estudado, héin? Bom, eu prefiro ser orientado só pelo Espírito Santo mesmo. Eu acho que a gente deve continuar comemorando no dia 25 de dezembro mesmo, é perto do Ano Novo, a gente faz na Igreja logo dois cultos cheios, tanto para o Natal como o ano novo! Se colocar o Natal para setembro, vai estar mais longe do ano novo e mais frio, e a Igreja fica mais vazia. Deixa como tá mesmo! Pra que mudar?! Sem contar que tem amigo oculto, ou seja, mais distribuição de presente! Roberval Crítico – Ora, Pastor Passílvio! Quem disse que tem de haver costume de dar presentes no meio do povo de Deus? Os magos presentearam Jesus por serem de um povo do Oriente, e eles não costumavam chegar de mãos vazias em outros povos. Sem contar que já vi o senhor, Pastor Passílvio Ribeiro, pregando na Igreja vestido de Papai Noel! Passílvio Ribeiro – Isso é uma mentira! Isso é calúnia. Apesar da fantasia ter sido vermelha, a barba branca e o patrocínio daquele congresso ter sido da Coca-cola, o personagem da minha fantasia não era o Papai Noel! Evênagelo – Gente, vamos manter a calma. Vamos manter o domínio próprio, que a palavra branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira! Pastor Moderaldo, modera aí, por que a moderação em tudo é boa. Moderaldo Lengrúber – (suspira) Bom, Evângelo, eu poderia aqui citar o livro de Ester 9:22, mostrando que os israelitas davam presentes uns aos outros em tempos de celebração. Poderia mostrar que não é para julgarmos as pessoas quanto a festas que participem, citando (Cl 2:16) que diz o seguinte “Portanto ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados”. Ou então (Cl 3:17) que diz que “quando fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”, mas prefiro dizer o seguinte: descansa no Senhor, Roberval! Estuda, Passílvio! Em vez de ficarmos debatendo se foi no dia tal que Jesus nasceu, ou se trocar presentes e armar árvore é pecado, por que não pensamos no mais importante: Jesus nasceu! Isso é o que importa. Será que ao deixarmos de comemorar, vamos contribuir para a diminuição do consumismo exagerado? Pensem bem, meus caros ouvintes! Ao deixar de comemorar, abrimos mais espaço para as celebrações pagãs, que são maioria no nosso calendário brasileiro. Comemorar no dia 25 de dezembro é uma forma também de sufocar essa celebração pagã ao Sol invictus. E aí, Pastor Roberval, você me diria o seguinte. Se o mundo troca presentes é porque se esquece de presentear o dono da festa, ou então, se o mundo celebra esse festa, é porque essa festa não é cristã. E eu pergunto ao Senhor: será que devemos deixar de amar porque o mundo, quando quer fazer sexo descartável, usa a expressão “fazer amor”. Não! Temos que continuar amando como o Senhor nos ensinou e nunca deixando de falar a palavra amor! Se eles dão presentes uns aos outros, que não uma coisa ruim, façamos isso, pois as virtudes devem ser cultivadas, somadas ao nosso ato de presentear ao Senhor com nosso louvor! Será um acréscimo, e não uma substituição! Roberval Crítico – Olha só, Pastor Moderaldo Lengrúber, a Bíblia diz para comemorar a morte e a ressurreição de Cristo. Em nenhum lugar está escrito para comemorarmos o nascimento. Pior do que não fazer aquilo que Deus mandou fazer é fazer aquilo que Deus não mandou fazer! Moderaldo Lengrúber – Como é que é? Roberval Crítico - Pior do que não fazer aquilo que Deus mandou fazer é fazer aquilo que Deus não mandou fazer! Moderaldo Lengrúber – Não concordo com o senhor não, Pastor Roberval Crítico. Por exemplo. Deus te mandou colocar esse blazer horrível? E você colocou, certo! Logo, você fez o que ele não mandou fazer! Passílvio Ribeiro – Oh, glória! Moderaldo Lengrúber – Olha só! Tenho dois versículos para terminar minha participação! Uma é para o Pastor Roberval Crítico! Não fazer não é sinônimo de santidade, pois essa atitude de nada vale para a sensualidade (Colossenses 2.20-23). E para você, Passilvio Ribeiro, pecas por não conhecer a escritura! Mt 22:29 Passílvio Ribeiro e Roberval Crítico começam uma discussão, sendo interrompido por Evângelo. Evângelo – Pastores, pastores, se é que eu posso chamar os senhores de pastores. Pastores e ouvintes! Acaba de chegar nos estúdios da nossa rádio o Pastor ..., que vai transmitir uma mensagem no nosso programa “Debate sem Embate” na minha, na sua, na nossa Rádio Gooooooospel Mania! O Pastor da Igreja assume o microfone e dá início a mensagem. Fim