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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE MORRINHOS


CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA MIRMECOFAUNA COMO TRANSMISSOR DE


PATÓGENOS EM AMBIENTE HOSPITALAR E ANÁLISE ANTIBIOGRAMA.

MARCOS ANDRÉ COSTA OLIVEIRA

Morrinhos – Goiás
Fevereiro – 2008
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS


UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE MORRINHOS
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA MIRMECOFAUNA COMO TRANSMISSOR DE


PATÓGENOS EM AMBIENTE HOSPITALAR E ANÁLISE ANTIBIOGRAMA.

Monografia apresentada à Coordenação


do Curso de Ciências Biológicas da Uni-
versidade Estadual de Goiás, para obten-
ção do grau de bacharel em Ciências
Biológicas.

Orientadora: Ms Lílian Carla Carneiro

Morrinhos – Goiás
Fevereiro – 2008
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FOLHA DE APROVAÇÃO

MARCOS ANDRÉ COSTA OLIVEIRA

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA MIRMECOFAUNA COMO TRANSMISSOR DE


PATÓGENOS EM AMBIENTE HOSPITALAR E ANÁLISE ANTIBIOGRAMA.

Monografia apresentada à Coordenação


do Curso de Ciências Biológicas da Uni-
versidade Estadual de Goiás, para obten-
ção do grau de bacharel em Ciências
Biológicas.

Orientadora: Ms Lílian Carla Carneiro

Orientadora: Ms Lilian Carla Carneiro

Prof. Phd. Marcos Antônio Pesquero

Prof. Esp. Suzana Batista Alves

Avaliação: ( ) Aprovado Reprovado ( )

Banca Examinadora, Morrinhos, 2008


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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por conceder todas as coisas que precisei para realizar este sonho,
agradeço a meus pais João e Mara por todo incentivo que me deram, por me apoiarem e
principalmente por tudo que me ensinaram, agradeço a minha filha Isadora por me mo-
tivar e alegrar frente aos obstáculos que encontrei, agradeço a minha esposa Silvia que
sempre esteve ao meu lado me ajudando a manter o foco, agradeço a meu irmão Paulo
que admiro pelo exemplo em dedicação, agradeço a minha orientadora Lilian, por todos
os conselhos e dicas e pela amizade que cultivamos ao longo do curso, agradeço a Pha-
mera por todo companheirismo e amizade que dedicou a mim. E por fim a todos os pa-
rentes e amigos que direta ou indiretamente me apoiaram durante o curso.
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EPÍGRAFE

“Toda nossa ciência comparada a nossa realidade é primitiva e infantil, no entanto, é a


coisa mais preciosa que temos". Albert Einstein
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RESUMO

A presença de formigas em ambiente hospitalar representa um importante vetor de in-


fecções hospitalares. Este estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência de formigas
contaminadas em ambiente hospitalar e a resistência destes microorganismos a antimi-
crobianos. As coletas foram realizadas no Hospital Municipal de Morrinhos – GO, as
formigas encontradas foram identificadas como Pheidole sp. Estas formigas carreavam
Escherichia coli, Staphylococcus sp, Enterococcus, klebsiella, Salmonella e Aeromonas
sp. Foram realizados testes com os antimicrobianos ampicilina, penicilina, eritromicina,
ceftazidima e ceftriaxona, sendo que nenhum destes medicamentos apresentou eficácia
contra todos os microorganismos, especialmente contra Staphylococcus sp, o qual não
apresentou sensibilidade a nenhum medicamento.

Palavras – chave: Microorganismos, contaminação hospitalar, mirmecofauna.


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ABSTRACT

The presence of ants in hospital environment represents an important vector of hospital


infections. This study aimed to evaluate the occurrence of ants contaminated by micro-
organisms in hospital environment and the resistance of these microorganisms to the
antimicrobials. The samples have been taken at the Municipal Hospital of Morrinhos–
GO. The ants founded have been identified as Pheidole sp. These ants carry Escherichia
coli, Staphylococcus sp, Enterococcus klebsiella, Salmonella sp and Aeromonas sp. We
done tests with the antimicrobials ampicillin, penicillin, erythromycin, ceftazidime and
ceftriaxone, and none of these medicines showed effectiveness against any of the mi-
croorganisms, especially against Staphylococcus sp, which didn’t showed sensibility to
neither medicine.

Keywords: Microorganism, hospital contamination and mirmecofauna.


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LISTA DE ABREVIATURAS

IH Infecção Hospitalar

OMS Organização Mundial De Saúde

ANVISA Agência Nacional De Vigilância Sanitária

C.D.C. Center For Desease Control And Prevention

HEPA High Efficiency Filter

SAS Serviços De Assistência A Saúde

PAS Profissional Da Área De Saúde

PP Precauções Padrão

HM Higiene Manual

PCIH Programas De Controle De Infecção Hospitalar

CCIH Comissão De Controle De Infecção Hospitalar

SCIH Serviço De Controle De Infecção Hospitalar

VS Vigilância Sanitária

RDC Resolução Da Diretoria Colegiada

CIH Controle De Infecção Hospitalar

RSS Resíduos De Serviços De Saúde

HBV Hepatite B

HCV Hepatite C

HIV Vírus Da Imunodeficiência Humana

EUA Estados Unidos Da América


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ABNT Associação Brasileira De Normas Técnicas

ITU Infecções Do Trato Urinário

ISC Infecção De Sítio Cirúrgico

PAVM Pneumonia Associada À Ventilação Pulmonar

UTI Unidades De Terapia Intensiva

NNIS Sistema Nacional De Vigilância De Infecção Hospitalar

ECN Staphylococcus Coagulase- Negativo

SARO Staphylococcus Aureus Resistente A Oxacilina

OSSA Staphylococcus Aureus Sensível A Oxacilina

CIM Concentração Inibitória Mínima

CBM Concentração Bactericida Mínima

SAMR Staphylococcus Aureus Multi- Resistente

DNA Ácido Desoxirribonucléico

HMM Hospital Regional De Morrinhos

BHI Brain Heart Infusion

SS Ágar Salmonella Shigella

PCA Ágar Para Contagem


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SUMÁRIO

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................................................................ 10


1.1. FATORES DE RISCO ..................................................................................................... 11
1.2. MEDIDAS PREVENTIVAS............................................................................................ 14
1.3. NORMATIZAÇÕES ........................................................................................................ 15
1.4. EPIDEMIOLOGIA........................................................................................................... 17
1.5. A SIMBIOSE ENTRE INSETOS E BACTÉRIAS.......................................................... 21
1.6. O PAPEL DAS FORMIGAS COMO VETORES DE PATÓGENOS EM AMBI-
ENTE HOSPITALAR ............................................................................................................. 23
1.7. BACTÉRIAS PATOGÊNICAS ....................................................................................... 25
1.8. A RESISTÊNCIA BACTERIANA .................................................................................. 28
2. METODOLOGIA................................................................................................................ 33
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 34
4. CONCLUSÕES ................................................................................................................... 40
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 41
ANEXOS ................................................................................................................................. 59
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1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

O Ministério da Saúde define infecção hospitalar (IH) como aquela adquirida


após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta,
quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares (BRASIL
on line, 1998).
Nas últimas décadas a IH tem sido foco importante das autoridades sanitárias,
embora existam relatos que datam desde a antiguidade que notificam a disseminação de
doenças endêmicas em pacientes dentro dos hospitais (TURRINI, 2000). Atualmente um
importante fator para determinação da IH é a evolução tecnológica dos procedimentos
diagnósticos e terapêuticos invasivos, somando-se a isso a larga utilização de imunossu-
pressores, como os antibióticos, aumento da expectativa de vida da população, a conside-
rável elevação assistencial a pacientes imunodeprimidos, e portadores de doenças crôni-
cas- degenerativas, que elevam as possibilidades de se disseminar IH resistentes (TUR-
RINI, 2002).
A divulgação da IH no Brasil é escassa, e a não consolidação dos dados por
muitos hospitais torna difícil a compreensão deste problema a nível nacional. Freqüen-
temente pacientes que falecem em um período de 48 horas após a internação apresentam
IH associada (TURRINI, 1996), e as causas da morte que constam na declaração de
óbito no atestado médico torna-se importante recurso para o dimensionamento do pro-
blema.
As estatísticas de mortalidade são realizadas seguindo instruções da Organi-
zação Mundial de Saúde (OMS), que recomenda que este levantamento seja feito com a
“causa básica da morte”, que é definida como: “(a) doença ou lesão que iniciou a cadeia
de acontecimentos patológicos que conduziram diretamente à morte, ou (b) as circuns-
tâncias do acidente, ou violência que produziram a lesão fatal” (TURRINI, 2002).
Apenas uma pequena quantidade de indivíduos desenvolve infecção quando
expostas a um microorganismo potencialmente patogênico, especialmente quando con-
sideramos a microbiota residente em nossos tecidos, e a capacidade de resposta imune
do hospedeiro ao microorganismo relacionado às especificidades do patógeno (HALEY
et al., 1985).
Raramente os microorganismos que predominam na infecção hospitalar são
capazes de promover uma infecção, geralmente apresentam baixa virulência, porém, a
imunossupressão do paciente torna-se fator preponderante na evolução da IH (HALEY
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et al., 1985). Estatisticamente dois terços da ocorrência de infecção hospitalar apresen-


tam uma origem autógena, ou seja, a infecção é gerada a partir da microbiota do pacien-
te, e pode ter origem comunitária ou intra-hospitalar. A colonização é anterior a infec-
ção, porém é extremamente difícil determinar se o paciente trouxe consigo o patógeno
ou se este foi adquirido por fatores exógenos durante o período de internação (FER-
NANDES et al., 2000).

1.1. FATORES DE RISCO

Diversos fatores de risco foram identificados para a disseminação da infec-


ção hospitalar, fatores como a permanência em ambiente hospitalar com duração supe-
rior a 24 horas, a realização de procedimentos invasivos, má qualidade na manutenção
dos filtros de ar condicionado e um número insuficiente de profissionais de enfermagem
por pacientes por dia (BENJAMIM et al., 2001).
A climatização dos ambientes existe desde a década de trinta, proporcio-
nando conforto aos pacientes em ambientes hospitalares (SIQUEIRA, 2001 apud FER-
NANDES et al., 2000), porém a renovação do ar nestes ambientes atualmente chega a
10%, ocasionando baixa concentração de oxigênio, diminuição na concentração da umi-
dade, com conseqüente lesão nas vias respiratórias, mucosas e pele, elevando conside-
ravelmente o risco de transmissão de microorganismos nestes ambientes (BASENGE,
2007). Bioaerossóis como fungos, bactérias, algas, ácaros e amebas utilizam-se de maté-
ria particulada (pólen, fragmentos de insetos, escamas de pele humana e pêlos), como
alimento, pois dependem do parasitismo para se reproduzir, e surtos de infecção hospi-
talar podem estar relacionados à contaminação de filtros de ar condicionado (DANTAS,
1998). Recomenda-se que em ambientes climatizados com exigência de filtragem abso-
luta como instalações de processo produtivo ou hospitais, temperatura oscilando entre
23°C e 26°C no verão e 20°C e 22°C no inverno, a umidade do ar deve variar entre 40%
e 65%, a uma taxa mínima de renovação do ar de 27m³ por hora por pessoa (ANVISA,
2000). Para pacientes imunodeprimidos recomenda-se que, no local de captação de ar
haja prevenção de pássaros, distância de fontes poluidoras, prevenção de vegetação a-
bundante e trocas de ar externo superior a 12 trocas por hora, utilizando filtros High
Efficiency Filter – HEPA (Center for Desease Control and Prevention, C.D.C., 2000).
A baixa quantidade de profissionais em enfermagem por paciente por dia
atua como um agravante na quebra da assepsia nos procedimentos assistenciais. As in-
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fecções em Serviços de Assistência à Saúde (SAS) constituem uma das principais cau-
sas de morbimortalidade associada a procedimentos clínicos, terapêuticos e diagnósticos
prestados à população (LACERDA, 1997; LACERDA, 2003). A magnitude imputada
ao paciente nos alerta também sobre a problemática de igual importância do Profissional
da Área de Saúde (PAS), que está em risco ocupacional constante. O risco ocupacional
biológico consiste na manipulação direta ou indireta de material orgânico de pacientes
portadores de patologias, sendo esta uma fonte de transmissão de microorganismos para
outros pacientes e também a outros profissionais da área de saúde (HOEFEL & SCH-
NEIDER, 1997; QUEIROZ, 1998). A exposição à patógenos é uma premissa constante
a pacientes e profissionais da área de saúde, e isto tem sido foco para novas medidas de
intervenção que minimizem tal fator, uma delas é a introdução de Precauções Padrão
(PP) (TIPPLE et al., 2006), que são um conjunto de ações planejadas com o objetivo de
diminuir o risco de contaminação do paciente e do profissional da área de saúde.
A utilização destas medidas é recomendada à assistência de todos os paci-
entes e independe do estado de infecção presumível, é recomendada também na mani-
pulação de materiais contaminados ou sob suspeita de contaminação e em qualquer con-
juntura de contato com sangue, secreções e excreções corporais mesmo quando não
visíveis; contato com mucosas (GARNER, 1996) e inclui também a lavagem das mãos e
a utilização de barreiras como luvas, avental e máscara.
A detecção e controle de microorganismos nas mãos e mucosas do profis-
sional da área de saúde e manipuladores de alimentos em ambiente hospitalar apresen-
tam importância significativa devido à existência de cepas produtoras de enterotoxinas
(CASTRO & IARIA, 1984).
Manipuladores de alimentos são foco de investigação sobre os modos de
disseminação da IH. A manipulação e higienização incorreta de alimentos ou utensílios
podem ser um importante veiculador de microorganismos (ZAGOURY et al., 1992). A
higiene manual (HM) através de uma sistemática lavagem das mãos com sabão e água,
a secagem correta das mesmas já seriam fatores contribuintes para diminuição da dis-
seminação da IH (BOYCE & PITTET, 2002).
A premissa de que alimentos podem veicular microorganismos e seus me-
tabólitos tornam a unidade hospitalar responsável pela produção de alimentos em uma
área de atenção especial (SALLES, 1997). Nos Estados Unidos da América (EUA) es-
tima-se que 6,5 milhões de casos de infecção estão relacionados à transmissão de pató-
genos através de alimentos por ano, resultando em 9000 mortes (C.D.C., 1993). Scuderi
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et al., (1996) relataram que no período entre 1991-94, na Itália, houveram 1379 surtos
relacionados à Salmonella. Nos Estados Unidos, entre 1985-93 foram notificados 504
surtos associados à Salmonella enteriditis, afetando 18.195 pessoas, ocasionando 1978
hospitalizações e resultando em 62 óbitos (C.D.C., 1994). Caffer e Eiguer (1994) relata-
ram que, no período de 1986-93 na Argentina, foram notificados 150 surtos com 6.230
casos.
No Brasil, o primeiro relato sobre surtos de Salmonella enteritidis foi des-
crito por Mota et al., (1983), em Curitiba. A primeira notificação em São Paulo ocorreu
em 1993, afetando 211 pessoas conforme descrito por Kaku et al., (1995). Os fagotipos
8 e 13a (PT- 8 e PT 13a), são mais freqüentes nos EUA, enquanto que na Europa o fa-
gotipo 4 é o mais comum (PT- 4) (POPPE et al., 1991; MORRIS et al., 1992). No Bra-
sil o fagotipo PT- 4 é também o mais freqüente e pode estar associado à comercializa-
ção de matrizes aviárias entre a Europa e o Brasil, auxiliando na disseminação do fago-
tipo a partir de 1993 (IRINO et al., 1996).
Surtos de intoxicação alimentar são freqüentemente relatados e ocasionados por Stapht-
ylococcus aureus (RADDI, 1998). Determinadas cepas são capazes de produzir uma
toxina termoestável que é responsável pelo quadro clínico (TROLLER, 1971). A sinto-
matologia pode aparecer nas primeiras 6 horas após a ingestão de alimento contamina-
do. Náuseas, vômitos, diarréia e espasmos abdominais são características desta infecção.
A ocorrência em pacientes imunodeprimidos torna a infecção mais severa, podendo se
observar a presença de sangue no vômito e nas fezes (RADDI, 1998). A intoxicação
causada pelo Staphylococcus aureus pode ser fatal em neonatos e idosos (HUSKINS &

GOLDMANN, 1998).

A fonte mais comum de disseminação deste patógeno são as fossas nasais


(ARAUJO et al., 1982) e a pele das mãos, que podem albergar cepas diferentes daque-
las encontradas nas fossas nasais, porém, a higiene manual (HM) pode reduzir a flora
microbiana. Em seus estudos sobre veiculação de microorganismos pelas mãos de pro-
fissionais da área de saúde, Maki (1978) constatou que 11% do grupo amostrado trans-
portavam S. aureus. Em ambiente hospitalar o lactário representa uma área de grande
risco de disseminação de infecção hospitalar veiculadas por alimentos, devido à mani-
pulação do leite e seus substitutos, mamadeiras, chás, água e outros hidratantes destina-
dos a alimentação de neonatos e pacientes da pediatria (SALLES, 1997). O leite é um
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excelente meio de cultura para diversos microorganismos e é capaz de sofrer alterações


facilmente em curto espaço de tempo (SESSA & FURLANETTO, 1990).

1.2. MEDIDAS PREVENTIVAS

O controle de ambiente também é uma das medidas inseridas nas precauções


padrão e incluem limpeza adequada de superfícies, despejo apropriado de materiais per-
furocortantes e acomodação do paciente de acordo com o seu nível presumível de infec-
ção (GARNER, 1996).
Pode-se evidenciar uma limitada distribuição de recursos pertinentes a higie-
ne manual, o que limita a correta forma de assistência ao paciente, ou seja, com poucos
recursos o profissional da área de saúde não lava as mãos antes ou depois de ter contato
com o paciente, ação essa que deve ser realizada no intervalo de atendimento entre cada
paciente. Surge-se então a necessidade de se utilizar agentes que independam da água e
que são capazes de higienizar as mãos, tal como álcool gel (HUSKINS & GOLD-
MANN, 1998). As ações relacionadas aos Programas De Controle De Infecção Hospita-
lar (PCIH) são concretizadas quando há a compreensão de suas bases, sendo a educação
um elemento fundamental neste processo (APECIH, 1998).
O profissional da área de saúde deve ter como sua filosofia o controle e a
prevenção da infecção hospitalar. Numa visão mais ampla desta filosofia torná-la parte
integrante da educação continuada durante a formação e exercício profissional, tornando
assim, possível e necessária a constante atualização do profissional da área de saúde
(TIPPLE et al., 2003).
Os problemas causados pela infecção hospitalar dependem de uma amplia-
ção em suas perspectivas a nível social, portanto, não há necessidade apenas de ações
focalizadas em programas de controle de infecção hospitalar. As formas de prevenção e
controle devem estender-se a fatores relacionados à introdução e distribuição das políti-
cas de saúde, reformulação de modelos tecno- assistenciais, estudo de novas estratégias
de avaliação, e a melhora qualitativa na assistência dos pacientes (BRASIL, 1985).

1.3. NORMATIZAÇÕES

O controle da infecção hospitalar, no Brasil, existe desde 1983 quando foi


criado um documento normativo oficial através da portaria 196, que dispõe sobre o re-
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gulamento relacionado à instituição da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar


(CCIH).
Em 1992 foi publicada a portaria 930, que trazia um grande avanço, tornan-
do ativa a busca de casos relacionados à infecção hospitalar (TIPPLE et al., 2003), mas
somente em 1997, através da Lei nº. 9.431/97, Os programas de controle de infecção
hospitalar se tornaram obrigatórios em todos os hospitais brasileiros, independente de
sua estrutura e porte (BRASIL on line, 1997). Um ano depois houve uma alteração na
legislação vigente, indicando a linha de trabalho a ser seguida pelos programas de con-
trole de infecção hospitalar. Esta portaria consta também que o hospital deve constituir
uma comissão de controle de infecção hospitalar.
A portaria número 2616 deste mesmo ano determina que o enfermeiro deva
ser um componente obrigatório da comissão de controle de infecção hospitalar (FER-
NANDES 2002, apud FERNANDES et al., 2000) sendo este um órgão deliberativo com
função de desenvolver legislações que combatam e controlem a infecção hospitalar, e
também constituir um Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), encarregado
de executar as ações deliberativas do primeiro órgão.
A fiscalização da execução dos programas de controle de infecção hospitalar
é responsabilidade da Vigilância Sanitária (VS), sendo este órgão responsável também
pela orientação técnica da correta forma de se aplicar e cumprir as determinações e dire-
trizes estabelecidas pela legislação sanitária vigente (GIUNTA, 2006). A ANVISA
(2000) elaborou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n° 48, que é um roteiro es-
pecífico dos programas de controle de infecção hospitalar, porém, não oferece subsídios
para análise de como serão realizados estes processos ou sua necessidade. Além disto,
as práticas avaliativas de Controle De Infecção Hospitalar (CIH) exigem permanente
atualização dos agentes responsáveis, para que estes não apenas compilem as situações
encontradas, mas que também possam realizar diagnósticos capazes de oferecer subsí-
dios para qualificação destas práticas, mas para isso, é necessário que o agente tenha
consciência de que seu papel não seja a reles função de fiscalizar (LACERDA, 2001).
A ANVISA por meio da RDC nº 33 de 25/02/2003 define os Resíduos de
Serviços de Saúde (RSS) em cinco grupos:
“Grupo A (Potencialmente infectantes): Resíduos com a possível presença
de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração,
podem apresentar risco de infecção.
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Grupo B (Químicos): Resíduos contendo substâncias químicas que apresen-


tam risco à saúde pública ou ao meio ambiente, independente de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.
Grupo C (Rejeitos radioativos): São considerados rejeitos radioativos quais-
quer materiais de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades
superiores aos limites de isenção especificados na norma do Conselho Nacional de E-
nergia Nuclear, CNEN-NE-6.02 (BRASIL, 2003).
Grupo D (Resíduos comuns): São todos os resíduos gerados nos serviços a-
brangidos pela RDC nº 33/03, que, por suas características, não necessitam de processos
diferenciados relacionados ao acondicionamento, identificação e tratamento, devendo
ser considerados resíduos sólidos urbanos.
Grupo E (Perfurocortantes): são os objetos e instrumentos contendo cantos,
bordas, pontos ou protuberâncias rígidas e agudas, capazes de cortar ou perfurar.
A manipulação inadequada de objetos perfurocortantes pode ocasionar aci-
dentes com eventual contaminação do profissional da área de saúde com doenças veicu-
ladas pelo sangue, tais como Hepatite B (HBV) e Hepatite C (HCV), que apresentam
elevado grau de evolução, com até 15% da população brasileira apresentando contato
com estes microorganismos (BRASIL, 2003). O vírus da imunodeficiência humana
(HIV), também é uma doença que apresenta elevado grau de contaminação pelo sangue.
A estimativa de transmissão de patógenos veiculados pelo sangue é de 33,3% para o
HBV, 3,3% para HBC e de 0,31% para o HIV (FERNANDES & BARATA, 2007).
O risco ocupacional é um tema largamente debatido atualmente, especial-
mente no enfoque de soroconversão de HBV, HCV e HIV, entretanto, a verdadeira situ-
ação não é retratada quanto aos registros provenientes de acidentes com material bioló-
gico (C.D.C., 2003). Nos hospitais dos EUA estima-se que por ano ocorram mais de
380.000 acidentes com materiais perfurocortantes (C.D.C., 2001), sendo que 61% des-
tes envolvem materiais com agulhas ocas. As falhas de notificação relacionadas a aci-
dentes profissionais e instituições assistentes são evidentes (DOEBBELING et al.,
2003).
A RDC 33/03 da ANVISA preconiza que os resíduos de serviços de saúde
infectantes, sejam acondicionados em sacos brancos de consistência leitosa, resistente a
rupturas e vazamentos, impermeáveis de acordo com a NBR 9191 da Associação Brasi-
leira de Normas Técnicas (ABNT). Materiais perfurocortantes devem ser separados no
local de geração imediatamente após sua utilização em recipientes de paredes rígidas
18

com tampa, resistentes à punctura, ruptura e vazamentos, baseada na NBR 13853/97 e


NBR 9259/97, ambas da ABNT.
No entanto, existe uma reconhecida deficiência e dificuldade na execução
correta da lei vigente, ou seja, diversos hospitais não operam os programas de controle
de infecção hospitalar acordo com as recomendações estabelecidas pelo governo federal
(LACERDA, 1996). A legislação não oferece, portanto, garantias de execução satisfató-
ria de qualidade, fazendo então necessária a consideração de uma realidade legal a ser
institucionalizada em diferentes realidades sociais, respeitando a distribuição de recur-
sos individuais e as características de cada hospital.

1.4. EPIDEMIOLOGIA

Um estímulo importante na legislação correspondente a infecção hospitalar


foi à epidemia de HIV, pois sua elevada taxa de letalidade e sua gravidade somada à
falta de informações sobre a forma de transmissão do vírus sensibilizou órgãos respon-
sáveis, hospitais e profissionais da área de saúde, quanto à necessidade de adotar novas
medidas de prevenção. Esta ação se estendeu à implantação de medidas preventivas a
todos os pacientes, independente do risco presumível (HOFFMAN, 1997). Este foi o
mais importante fator para a conscientização mundial em prevenir e controlar a infecção
hospitalar, tendo afetado a legislação de todos os países do mundo (HOFFMAN, 1997).
Em detrimento a este acontecimento o C.D.C., publicou em 1987 um docu-
mento com normas de precauções universais e isolamento de substâncias corpóreas,
determinando os cuidados básicos aos pacientes, independente de seu diagnóstico. Em
1996 houve uma revisão completa sobre essas normas e atualmente são conhecidas co-
mo precauções baseadas na transmissão e precauções padrão (GARNER, 1996).
As taxas de infecção hospitalar são mais elevadas em hospitais de grande
porte e também em hospitais de ensino (GREENE, 1983). Alguns fatores podem ser
relacionados a essa elevada vulnerabilidade a infecção hospitalar em hospitais de ensi-
no, fatores como a clientela a ser atendida, que geralmente é composta por pacientes
carentes economicamente que trazem consigo debilidades imunológicas concernentes ao
estado nutricional e higiênico (PEREIRA et al., 1996). Pode ser também relacionado a
essa vulnerabilidade, a associação de pacientes com diversas doenças com gravidades e
causas distintas, ou seja, a incidência de vários pacientes com diagnósticos diferencia-
dos potencializa a possibilidade de se disseminar a infecção hospitalar (PEREIRA et al.,
19

1996). A permanência dos pacientes em hospitais de ensino é também um fator agravan-


te, pois para fins didáticos o período de internação é maior (CHAVIGNY, 1985), o que
contraria as recomendações de diversos estudos que associam a permanência do pacien-
te à incidência de infecção hospitalar, principalmente de pacientes em tratamento cirúr-
gico, cujo tempo de permanência deve ser o mais diminuto possível evitando-se a colo-
nização da microflora hospitalar (HALEY et al., 1985).
Em 1962, Sir Macfarlane Burnet declarou que a batalha contra as doenças
infecciosas havia chegado ao fim, sua declaração foi inspirada pelos pensamentos de
diversos peritos em doenças infecciosas, que otimistas com o surgimento de vacinas,
antimicrobianos e inseticidas estavam convencidos que o homem havia descoberto uma
forma eficaz de controlar essas doenças (VALADAS, 2002). Desde então houve um
declínio no combate as doenças infecciosas, deterioração da infra-estrutura da saúde
pública, aumento na incidência de doenças infecciosas conhecidas e o surgimento de
doenças infecciosas emergentes (VALADAS, 2002). Um terço das mortes em 1997, a
nível mundial, esteve relacionado a doenças infecciosas (WORLD RESOURCES,
1996). As infecções hospitalares mais freqüentes são observadas em infecções do trato
urinário (ITU), pneumonia, infecção de sítio cirúrgico (ISC) e sepse, com o percentual
de ocorrência variando respectivamente de 40,8 a 42%, 11 a 32,9%, 8 a 24% e 5 a 9,2%
(MARTONE et al., 1998) (ZAMIR et al., 2003), o que faz com que a ITU seja mais
freqüente que as infecções respiratórias (MEDEIROS et al., 2003).
As infecções do trato urinário consistem na propagação do microorganismo
na urina, ou qualquer tecido ou estrutura do trato urinário (SOBEL & KAYE, 1990),
estas podem penetrar o trato urinário através de três vias, ascendente, hematogênica e
linfática (ORTIZ, 1999).
As infecções de trato urinário respondem por 80% das consultas clínicas rea-
lizadas no Brasil (MOREIRA et al., 2003). Palma & Dambros (2002) afirmam que 20%
a 30% das mulheres apresentam problemas relacionados a infecções urinárias, sendo
que 80% das mulheres infectadas apresentam infecções recorrentes, entretanto, Gupta et
al., (2001) afirmam que 50% a 70% das mulheres são acometidas de infecções urinárias,
sendo que 20% a 30% apresentam infecções recorrentes. Todavia a real situação da in-
fecção do trato urinário é provavelmente desconhecida, pois ao menos 50% dos casos
são tratados sem assistência médica (STAMM, 1996).
20

A supremacia das infecções do trato urinário é no ponto de vista clínico


comprovada por diversos estudos documentados na literatura (LAZZAROTTO, 2002;
MOORE, 2002).
Em 1989, Earp, afirmou que praticamente todos os casos de infecção do tra-
to urinário ocorrem pela penetração do agente na uretra, sendo rara a penetração do a-
gente através da corrente sangüínea. Fatores como tempo de internação prolongado,
técnica utilizada e tempo de uso do cateter, seqüência da troca do cateter vesical, cuida-
do do profissional da área de saúde com o sistema de drenagem, gravidez, alterações
hematogênicas, diabetes, obstrução urinária, deficiência de estrogênio, uso de diafrag-
mas e espermicidas são agravantes na ocorrência das ITU (STAPLETON, 2002; COL-
LADO, 2000). Nos EUA os gastos com infecção do trato urinário somam U$ 1,6 bilhão
por ano, e proporcionam gastos adicionais de U$ 600 por paciente, e acomete 900.000
pessoas por ano (FOXMAN, 2002).
Os agentes microbianos mais comuns em infecção do trato urinário são: Es-
cherichia coli, Klebisiella sp, Pseudomonas aeruginosa, Enterobacter sp, Enterococcus
sp, Estafilococos aureus, Acinetobacter sp, Streptococcus sp, Morganella sp, Proteus
sp, Providencia sp, Citrobacter sp, Serratia sp e Cândida - albicans, grabata e tropica-
lis (DIAS NETO, 2003; MENEZES, 2004).
A pneumonia associada à ventilação pulmonar (PAVM) é a infecção que
mais acomete os pacientes internados nas unidades de terapia intensiva (UTI) (RI-
CHARDS et al., 1999). A incidência da pneumonia associada à ventilação pulmonar é
alta, e apesar de ser uma infecção importante, é um dos mais difíceis diagnósticos a se-
rem diagnosticados em pacientes gravemente doentes (KOLLEF, 1993), quando compa-
rada a outras nosocomias, como as infecções do trato urinário e nosocomias epidérmi-
cas, cuja mortalidade atinge percentuais entre 1% e 4%, a pneumonia associada à venti-
lação pulmonar torna-se num importante prognóstico, atingindo percentuais entre 24% e
50%, podendo chegar a 70% quando o agente microbiano responsável pela infecção for
uma cepa multiresistente (CELIS et al., 1988; TORRES et al., 1990).
Os fatores de risco que atualmente se sobressaem quanto ao risco de infecção
por microorganismos multiresistentes estão relacionados à abusiva utilização de antimi-
crobianos. Este fator exerce pressão seletiva de microorganismos resistentes (TEIXEI-
RA et al., 2004), alta concentração de pacientes, utilização habitual de práticas invasi-
vas, susceptibilidade da clientela atendida, que geralmente são portadores de doenças
graves, ou contam com debilidades imunológicas (ALBRICH, 1999).
21

O C.D.C. recomenda que seja utilizado o termo infecção de sítio cirúrgico,


em substituição a infecção de ferida cirúrgica, visto que “nem toda infecção relacionada
à manipulação cirúrgica ocorre na ferida propriamente dita, mas também em órgãos ou
espaços abordados durante a operação”. A infecção de sítio cirúrgico pode apresentar
desenvolvimento com prazo de até 30 dias após o procedimento cirúrgico, e até um ano
quando há implante ou retirada de prótese (APECIH, 2001).
A infecção de sítio cirúrgico é considerada a maior causa de complicações
em pacientes operados (DELGADO et al., 2001). De acordo como C.D.C. esta infecção
é responsável por 16% dos casos decorrentes de infecção hospitalar (MANGRAM et
al., 1999) nos EUA. Correspondem a 4% dos procedimentos anuais, gerando aumento
de até 10 dias no período de internação e acumula gastos adicionais de U$ 7.500 por
paciente (RABHAE et al., 2000).
No Brasil, a infecção de sítio cirúrgico representa números que variam entre
2,8% a 20% dos casos, dependendo do tipo de vigilância adotada, o tipo de hospital,
condições do paciente e o procedimento cirúrgico a ser utilizado (FERRAZ et al.,
2001).
A ocorrência da infecção de sítio cirúrgico pode elevar o período de interna-
ção de 7,4 dias para 14,3 dias (GAYNES et al., 2001). Em 1970, nos EUA foi criado o
Sistema Nacional de Vigilância de Infecção Hospitalar (NNIS). No Brasil em 1993, um
trabalho traduziu e adaptou sua metodologia, que desde então vem sendo adaptada em
diversos centros médicos (STARLING et al., 1993).
São diversos os fatores associados à infecção de sítio cirúrgico, dentre eles
estão o tamanho do inóculo, pois é admitido que quanto maior o inóculo, maior será a
chance de se desenvolver uma infecção. Outros fatores são relacionados ao paciente,
como idade, doenças pré- existentes (diabete mellitus, obesidade); duração da interna-
ção pré- operatória, desnutrição, e há também fatores relacionados à cirurgia, como tri-
cotomia (raspagem de pêlos), presença de drenos e a técnica a ser utilizada (WENZEL,
1992).
O consumo de álcool é também um fator a ser considerado no levantamento
da susceptibilidade individual do paciente (RANTALA et al., 1997), sendo também o
tabagismo um fator importante neste levantamento, pois aumentam o risco em cirurgias
que envolvam o esterno, mediastino e a região buco- maxilar (JONES & TRIPLETT,
1992), embora a determinação em números absolutos da influência do tabaco ser inviá-
22

vel devido à classificação de ”fumante ativo e corrente” como unidade de medida


(MANGRAM et al., 1999).
A tricotomia é motivo de discussão há vários anos (POVEDA et al., 2003).
Estudos comprovam que a utilização de lâminas para retirada dos pêlos na região a ser
operada em um prazo superior a 24 horas eleva o risco de se desenvolver infecção de
sítio cirúrgico, enquanto que a utilização de agentes depilatórios ou lâminas para depila-
ção em curto espaço de tempo em relação à cirurgia ou mesmo a não retirada dos pêlos
da região a ser operada tende a diminuir o risco de infecção (MANGRAM et al., 1999).
Atualmente recomenda-se a tricotomia imediata da região a ser operada,
com a utilização preferencial de um tricotomizador elétrico (POVEDA et al., 2003).
O dreno representa uma porta de entrada de patógenos, e deve apenas ser uti-
lizada quando a análise do risco/benefício for mais vantajosa ao benefício do paciente
(POVEDA et al., 2003). Recomenda-se que sejam utilizados em sistema fechado de
drenagem, cuidados severos na manipulação e permanência do dreno a mais reduzida
possível (APECIH, 2001).
O termo sepse é utilizado desde a Grécia antiga para descrever casos associ-
ados à putrefação e casos de morte (MAJNO, 1991).
O significado de sepse consiste em putrefação ou decomposição de matéria
orgânica por um agente agressor, como bactérias, fungos, parasitas ou vírus. A sepse,
choque séptico e disfunção de diversos órgãos e tecidos estão entre as maiores causas de
morte em pacientes internados nas unidades de terapia intensiva (BALK, 2000).
Tilney et al., em 1973, foram os primeiros a utilizar o termo “falência sistê-
mica seqüencial”, ao estudar três pacientes que evoluíram ao óbito após rotura de aneu-
risma aórtico. Em 1970, Baue descreveu o termo “falência orgânica sistêmica progres-
siva, múltipla ou seqüencial”, sendo atualmente denominado como “falência múltipla de
órgãos e tecidos”.

1.5. A SIMBIOSE ENTRE INSETOS E BACTÉRIAS

Em 1879, Anton de Bary introduziu o termo simbiose (do grego simbios ou


vivendo juntos) e é descrito como “associação permanente entre dois ou mais organis-
mos distintos específicos, em pelo menos uma fase do ciclo da vida” (ROSARIO et al.,
2004).
23

As bactérias endosimbiontes mais comuns pertencem ao gênero Wolbachia,


e foram descobertas em 1924 no mosquito Culex pipiens, por HERTIG & WOLBACH.

De acordo com JEYAPRAKASH & HOY, (2000), entre 20% a 75% dos in-
setos de todas as espécies apresentam ocorrência de Wolbachia. Esta bactéria é descrita
como pequena (0,5 a 1,5 µm), pleomórfica e de forma redonda alongada (MORAN et
al., 1994). Sua transmissão é feita maternalmente, sendo transferidas aos ovos antes da
oviposiçao (TAYLOR et al.,1999). O fato de a transmissão ser materna tem provocado
pressão seletiva quanto ao sexo, e não há benefícios simbiontes aos machos infectados,
ao contrário, essa associação tem provocado malefícios aos machos infectados, que po-
dem apresentar baixo desempenho relacionado à: incompatibilidade citoplasmática
(HOFFMAN & TURELLI, 1997), morte de machos (HURST, 1991), partenogênese
(STOUTHAMER et al., 1993) e feminização (ROUSSET et al., 1992).

A incompatibilidade citoplasmática tem atraído a comunidade científica,


pois, através da manipulação reprodutiva de insetos haplodiplóides com partenogênese
arrenótoca, pode-se induzir a perda de cromossomos paternais, provocando o nascimen-
to exclusivo de machos (DOBSON & TANOUYE, 1998).

Em 1967, Laven em seu estudo soltou repetidamente mosquitos Culex quin-


quefasciatus machos, que são transmissores da filariose, infectados com bactérias in-
compatíveis em uma população relativamente isolada, na tentativa de diminuir a repro-
dução do vetor, interrompendo a transmissão da doença. A coleta dos ovos foi efetuada
em campo, e posteriormente estes foram monitorados para emergência. Durante o expe-
rimento a emergência caiu de 95,7% para 0%. O sucesso dessa estratégia nos leva à
determinação de adaptações metodológicas para alvos adicionais, incluindo espécies de
pragas economicamente importantes (BROWER, 1979).

Estima-se que 15% a 20% de todos os insetos vivam em simbiose com bac-
térias (WENSELLERS et al., 2002), sendo relatadas na literatura suas relações (COR-
SARO et al., 1999; DASH et al., 1984; DOUGLAS, 1989).

De acordo com Pereira & Stimac (1997), existem três classes distintas quan-
to à associação de bactérias e formigas: não patogênica com adaptações ecológicas, pa-
togênicas verdadeiras encontradas infectando formigas e patógenos de outros insetos
introduzidos em formigas.
24

No entanto a verdadeira interação entre bactéria e hospedeiro, assim como


causas e conseqüências da infecção, e forma de transmissão intraespecífica ou interes-
pecífica são desconhecidos (WENSELLERS et al., 2002).

1.6. O PAPEL DAS FORMIGAS COMO VETORES DE PATÓGENOS EM AM-


BIENTE HOSPITALAR

De acordo com Agosti & Johnson, (2005), existem 11.000 espécies de for-
miga descritas no mundo, sendo que 50 representam o papel de pragas urbanas (RO-
BINSON, 1996), o Brasil, alberga aproximadamente 2000 espécies, das quais apenas 30
são consideradas pragas urbanas (THYSSEN et al., 2004).
Em 1972, Beatson descreveu na Inglaterra o primeiro trabalho indicando que
as formigas podem atuar como vetores de patógenos em ambiente hospitalar. Em 1981,
Ipinza-Regla et al., (1981) relataram a ocorrência de formigas atuando como vetores
mecânicos na transmissão de patógenos no Chile, sendo seguidos por Chadee & Maitre
(1990) em Trinindad, Eicheler (1990) na Alemanha, Fowler et al., (1993) e Zarzuela et
al., (2005) no Brasil.
Sauer et al., (2000), alegaram que bactérias formam uma rica microflora no
aparelho digestório de formigas, e podem exercer papel simbionte. Em 2001, Jaffé et
al., sugeriram a hipótese de que as bactérias hospedadas no aparelho digestório de for-
migas fornecem energia a formiga através da síntese de aminoácidos. O processo de
aquisição das bactérias pelas formigas no meio ambiente é desconhecido, mas sabe-se
que estas são transmitidas as formas mais jovens. De acordo com Bueno & Fowler
(1994), as espécies dominantes encontradas em hospitais brasileiros são exóticas, apre-
sentam características unicoloniais e podem ser representadas em diversos pontos do
hospital.
As formigas descritas em ambiente urbano não demonstram comportamento
agressivo intra-específico, o que possibilita a formação de ninhos em estrutura unicolo-
nial, sem ocorrer agressão a rainhas e operárias que circulam entre os ninhos (CHEN &
NONACS, 2000). Este tipo de estrutura social é incomum em espécies de formigas na-
tivas, mas em espécie introduzidas como Anoplolepsis longipes, Cardiocondyla emeryi,
Monomorium pharaonis, Wasmannia auropunctata, Paratrechina longicornis, Pheidole
25

megacephala, Tapinoma melanocephalum e Linepithema humile, é comum, e fez destas


espécies, pragas urbanas (CHEN & NONACS, 2000).
Espécies de formigas exóticas e nativas se tornaram pragas ao se separar de
algum modo de seus predadores naturais (HUMAN & GORDON, 1996). Seu cresci-
mento é justificado pelo desequilíbrio ambiental provocado pelo homem, somado a fa-
tores colaterais de crescimento urbano, como acúmulo inadequado de alimentos, trata-
mento incorreto do lixo, eliminação de predadores naturais e baixo nível educacional de
boa parte da população, que por contarem com conhecimento limitado sobre os riscos
de grandes populações de insetos, apresentam má qualidade em seus hábitos higiênicos-
sanitários (LUZ, 1991).
A presença de formigas em ambientes hospitalares pode provocar a ocorrên-
cia de falsos resultados em exames, pois ao trafegar sobre as placas pode haver conta-
minação cruzada, além de causar irritações cutâneas, rejeição psicológica e lesões na
pele (EICHELER, 1990).
A mirmecofauna encontrada em ambientes hospitalares constitui risco po-
tencial de transmissão de patógenos, por atuar como vetor destes microorganismos
(BUENO & FOWLER, 1994). Mímica et al., (1984) analisaram 50 formigas encontra-
das no Hospital Central Santa Casa de São Paulo, e constataram que 90% destas apre-
sentavam bactérias causadoras de infecção hospitalar, tendo encontrado Bacillus subtilis
(33,4%), Citrobacter (26,6%), Enterobacter (11,1%), Proteus (4,5%) e Serratia (4,5%).

A formiga-do-faraó (M. pharaonis) estudada por (EICHELER, 1990) apre-


sentou em sua microbiota bactérias comuns em infecções hospitalares, tais como Strep-
tococci, Enterococci, Micrococcus pyogenes Var. aureus, Micrococcus Var. albus, Pro-
teus vulgaris, Escherichia coli e Alcaligenes faecalis, sendo que Hughes et al., (1989)
relataram a presença de Serratia marcescens, Citrobacter freundii, Klebisiella ozaenae,
Enterobacter aerogenes, Proteus mirabilis, Staphylococcus epidermidis e Yersinia pes-
tis. ALEKSEEV et al., em 1972 relataram a presença de Pasturella pestis em formigas
depois de se alimentarem de animais contaminados por peste bubônica.

BUENO & FOWLER, (1994), relataram que no Brasil as espécies dominan-


tes são exóticas, e no maior hospital estudado foi constatado que T. melanocephalum foi
à espécie predominante seguida por P. longicornis. Peçanha (2000) constatou a presen-
ça de T. melanocephalum, P. longicornis, M. pharaonis, Brachymyrmex sp, M. florico-
la, Camponotus sp, e Crematogaster sp, C.atriceps, nos hospitais estudados em Soroca-
26

ba – SP. As bactérias carreadas pelas formigas apresentaram maior resistência qualitati-


va e quantitativa às drogas que as cepas encontradas livres no ambiente, indicando que
as formigas são também importantes dispersores de microorganismos resistentes, tendo
evidenciado 66,7% das cepas isoladas eram Gram negativas.

A dispersão e o considerável aumento nas populações urbanas de formigas


são provenientes da soma de diversos fatores, dos quais se destacam: a poliginia, popu-
lações unicoloniais, migração das colônias, colônias polidômicas, reprodução por frag-
mentação, pouca estruturação dos ninhos, operárias com tamanho reduzido e acasala-
mento sem a ocorrência de vôo nupcial. (PASSERA, 1994; BUENO et al., 1999a).

O controle convencional através da utilização de pós e aerossóis não são re-


comendados, pois o ambiente utilizado pelas formigas como hábitat é de difícil acesso
ou mesmo inacessível, além disso, as colônias são facilmente estimuladas a migrar
quando as condições são desfavoráveis (GREEN, 1953), sendo importante ressaltar que
apenas 5% a 10% das operárias da colônia saem do ninho para forrageamento, impossi-
bilitando a erradicação da colônia (BUENO et al., 1999). Para que o efetivo controle
destas pragas seja eficaz é necessário que se realize o levantamento das espécies, o co-
nhecimento do nível de infestação e a localização da colônia, estes dados podem ser
obtidos através entrevistas, inspeção visual e utilização de iscas não tóxicas, após análi-
se criteriosa destes dados deve-se verificar a necessidade de se controlar ou não a popu-
lação de formigas (BUENO et al., 1999).

Para evitar o consumo excessivo e desnecessário de inseticidas deve-se co-


nhecer profundamente a biologia da espécie (BUENO et al., 1999). A maioria das for-
mas de eliminação de combate químico as formigas é de contato, o que não favorece a
eliminação total da colônia, as estratégias mais modernas consistem na utilização de
iscas tóxicas que são incorporadas a alimentação da colônia, o que proporciona a ação
do inseticida por ingestão (HUMAN & GORDON, 1996).

1.7. BACTÉRIAS PATOGÊNICAS

Os bacilos Gram negativos e os cocos Gram positivos representam as mais


freqüentes bactérias encontradas em infecções nosocomiais (SILVA, 1999). Entre as
bactérias Gram positivas o Staphylococcus aureus assume o papel de principal agente
27

etiológico e pode ser encontrada na mucosa nasal, região orofaríngea e nas mãos, a sep-
se proveniente da infecção por Staphylococcus aureus é responsável por elevado índice
de morbimortalidade (MYLOTTE et al., 1987).

São importantes agentes de infecção da corrente sangüínea (SALOMÃO et


al., 1993), sendo os extremos de idade mais freqüentemente afetados por essa infecção,
apresentando enorme dificuldade no tratamento de pessoas com idade superior a 50 a-
nos (WATANAKUNAKORN et al., 1987). Seus membros são catalase positivos, me-
dem aproximadamente 0,5 a 1,5 µm de diâmetro. Estão relacionadas a diversas infec-
ções, como bacteremias, pneumonia, osteomielite, endocardite aguda, pericardite e ab-
cessos nos músculos, trato urogenital, sistema nervoso central e vários órgãos intra-
abdominais (KLOTZ et al., 2000).

Martins em 1989 constatou que Staphylococcus coagulase- negativo (ECN),


é um importante patógeno associado à sepse do cateter vascular e na nutrição parenteral,
este patógeno era considerado apenas como um contaminante comum da pele. Outra
importante cepa de Staphylococcus aureus é a cepa resistente a Oxacilina (SARO), que
foi descrita pela primeira vez na década de 60 (JEVONS, 1961), entretanto sua impor-
tância como infecção hospitalar ocorreu apenas na década de 70, quando foram descri-
tos os primeiros surtos (O´TOOLE et al., 1970).

Em 1975 nos EUA o Staphylococcus aureus resistente a Oxacilina, tornou-se


num importante problema, apresentando surtos em vários hospitais e instituições (CA-
SEWELL, 1986), e apresenta- se atualmente endêmicos em alguns hospitais (BENNER
& KAYSER, 1968), influenciando maciçamente nas estatísticas relacionadas à IH
(STAMM & LONG, 1993).

No Brasil, a SARO responde por 26,6% a 71% das cepas isoladas em ambi-
entes hospitalares de diversas instituições do país (COSTA et al., 1994). Em 1994, Sa-
der et al., relataram a ocorrência de uma cepa comum de SARO em vários institutos
brasileiros, o que pressupõe a transmissão inter hospitalar deste agente. Atualmente a
incidência deste patógeno é elevada e apresenta letalidade maior que as infecções cau-
sadas por Staphylococcus aureus sensível a Oxacilina (OSSA) (ASENSIO et al., 1996).

Conterno em 1994 ao realizar sua pesquisa no Hospital São Paulo, Brasil,


demonstrou que o Staphylococcus aureus resistente a Oxacilina foi identificado como
28

fator de risco independente para a letalidade. O C.D.C. através de relatos em 1982 afir-
mou que as infecções por Staphylococcus aureus resistente a Oxacilina são mais fre-
qüentes em grandes centros terciários de referência e instituições universitárias (BOY-
CE, 1991), porém em dados mais recentes apresentam que 96% das instituições nos
EUA, que fazem vigilância epidemiológica tiveram pacientes com infecções causadas
por Staphylococcus aureus resistente a Oxacilina de 1987 a 1989 (HALLEY et al.,
1982).

Outro importante grupo de bactérias Gram positivas são os enterococus, que


são responsáveis por bacteremias, endocardites, infecções urinárias e meningite (HUNT,
1998). As infecções causadas pelos enterococos são em sua maioria (90%), provocadas
pelo Enterococcus faecalis (RUBIN et al., 1999), e podem ser encontradas em diversos
ambientes, como o solo, água, alimentos, animais, aves e no ser humano, habitando o
trato gastrointestinal e geniturinário (FACKLAM et al., 1995).

A família Bacilaceae representa um importante grupo de bactérias formado-


ras de esporos, e seus principais gêneros são Bacilus e Clostridium, os bacilos raramente
são associados a infecções em humanos, as exceções especiais são B. anthracis, causa-
dor do antraz e o B. cereus, causador de intoxicações alimentares (TURNBULL &
KRAMER apud MURRAY et al., 1995).

As diferentes origens de estresse dos pacientes os tornam potencialmente


sensíveis a infecção por bacilos entéricos Gram negativos, sendo Citrobacter, Entero-
bacter, Klebsiella e Serratia os bacilos entéricos mais freqüentemente associados à in-
fecção hospitalar (GILLIGAN apud MURRAY et al., 1995).

Escherichia, Citrobacter, Enterobacter, Salmonella, Serratia, Klebsiella e


Proteus, são Gram negativos de importância clínica (BALK, 2000). São componentes
da microbiota humana, habitando seus intestinos, representando maior quantidade da
flora intestinal sendo incomum sua ocorrência em outras partes do corpo (BIANCA-
LANA & BORTOLETTO apud RODRIGUES et al., 1997). São comumente associadas
às infecções de sítio cirúrgico, pneumonias, meningite, infecções do trato urinário, in-
fecções do trato intestinal e sepse.
29

A espécie Serratia marcescens representa importância clínica como patóge-


no humano, e é comum em sítios cirúrgicos, pneumonias, bacteremias, meningite e in-
fecções do trato urinário (FARMER III apud MURRAY et al., 1995).

No gênero Citrobacter, a espécie mais comum é a C. freundii, responsável


por sepse e infecções de vários tecidos (BERTHELOT et al., 1999). O gênero Entero-
bacter possui duas espécies comuns de importância clínica a Enterobacter cloacae e
Enterobacter aerogenes, e são associadas a infecções nosocomiais (EWING & DAVIS,
1986).

A Pseudomonas aeruginosa é a não fermentadora mais comumente isolada


em ambientes hospitalares e a terceira maior causadora de infecções do trato urinário,
sendo superada pela Escherichia coli e enterococos, sua habilidade em sobreviver em
meios aquosos faz dela um patógeno particularmente problemático em ambientes hospi-
talares (GILLIGAN apud MURRAY et al., 1995). Este patógeno apresenta a capacidade
de provocar pneumonias severas, infecções de sítio cirúrgico e bacteremias (BERT et
al., 1998).

O gênero Acinetobacter é constituído por cocobacilos Gram negativos am-


plamente distribuídos em ambiente hospitalar, é a segunda não fermentadora mais fre-
qüentemente isolada em ambientes hospitalares. As espécies mais comumente isoladas
são A. baumanii, seguida por A. lwoffii e A. haemolyticus, são associadas a infecções do
trato respiratório, infecções do trato urinário, infecções de sítio cirúrgico, e podem evo-
luir para um quadro de sepse (GRAEVENITZ apud MURRAY et al., 1995).

1.8. A RESISTÊNCIA BACTERIANA

A capacidade bacteriana em desenvolver resistência a antimicrobianos é de-


finida pela sobrevivência desta em meio a Concentração Inibitória Mínima (CIM)
(AMSTERDAM, apud LORIAN, 1991), ou seja, a Concentração Bactericida Mínima
(CBM) é incapaz de eliminar as bactérias do meio (KONEMAN et al., 1997).
A era dos antimicrobianos iniciou-se na década de 30 através da descoberta
das Sulfonamidas por Domagk (LEONARDO et al., 2004). Em 1940 Ernest Chain e
Howard Florey demonstraram que a penicilina descoberta por Alexander Fleming em
1929 poderia se tornar num poderoso quimioterápico (JAWETZ et al., 1992) e em 1941
30

com a produção em larga escala da penicilina inicia-se a chamada “Época de Ouro” dos
antimicrobianos (CORDIÉS et al., 1998). Nos anos seguintes houve forte centralização
de estudos na elaboração destes medicamentos, sendo descoberto em 1942 o primeiro
macrólido, a Pricomicina, e até o início dos anos 50 foram descobertos novos grupos de
antimicrobianos, que são Estreptomicina, Tetraciclina, Cloranfenicol e Eritromicina
(LEONADRO et al., 2004).
A prescrição de antimicrobiano em ambiente hospitalar é realizada na inten-
ção de se prevenir ou combater uma infecção hospitalar, porém, a escolha do medica-
mento correto é de grande importância no sucesso do tratamento (FERRAZ & FER-
RAZ, 1997).
A seleção do medicamento deve ser baseada em cinco diferentes tópicos,
sendo: a) o agente infeccioso mais provável, b) a eficácia do medicamento, c) a segu-
rança (toxicidade e efeitos colaterais, indução de resistência), d) o custo e, e) a comodi-
dade posológica (COELHO et al., 2007). O sucesso do tratamento de infecções é me-
lhor observado quando é realizada uma cultura bacteriana e um antibiograma comple-
mentar (MARTINEZ et al., 1996).
Nos hospitais a aquisição dos patógenos resistentes se dá através de trans-
missão horizontal (LUCET et al., 1999), sendo possível evidenciar que alguns antibióti-
cos podem induzir a hipermutabilidade, fazendo do antimicrobiano não apenas um fator
de seleção de cepas resistentes, mas também um promotor destas, tornando perceptível
que a utilização inadequada de antibióticos é um facilitador potencial para o surgimento
de cepas resistentes (DAVIES, 2004).
O surgimento de bactérias Gram- negativas como Staphylococcus aureus
multi- resistente (SAMR) está associada à larga utilização de Cefalosporinas de terceira
geração, principalmente a Ceftazidima, podendo inferir-se que a diminuição e utilização
correta deste medicamento pode reduzir o desenvolvimento da resistência bacteriana a
nível global (BUSTO et al., 2001; FLAHERTY & WEINSTEIN, 2002), porém esta
atitude pode apresentar efeitos colaterais como o aumento significativo na incidência de
Acinetobacter baumannii resistente a β-lactâmicos (FLAHERTY & WEINSTEIN,
2002), ou o aparecimento de cepas resistentes ao medicamento substituto, o que reforça
a hipótese de que a utilização exclusiva e desregrada de uma única classe de antimicro-
biano pode ocasionar a resistência a ela (GOULD, 1999; LEVY, 1994). O Staphylococ-
cus aureus é o exemplo mais significativo desta afirmativa, pois na década de 40 a sen-
31

sibilidade a Benzil- Penicilina era invariável e nos dias atuais aproximadamente 90%
das cepas isoladas são resistentes a este medicamento (LIVERMORE, 1994).
A elevada variação nos tipos e na freqüência dos patógenos é fator preponde-
rante na necessidade de se correlacionar periodicamente dados clínicos e microbiológi-
cos na atualização e direcionamento da antibióticoterapia (MARTINEZ et al., 1996). A
seleção do antimicrobiano deve ser baseada na experiência prévia sobre os microorga-
nismos mais freqüentes na instituição e na sua susceptibilidade a determinada droga
(MARTINEZ et al., 1996), existem tabelas que orientam na escolha da droga, conforme
a bactéria envolvida na nosocomia (PRATT & FEKETY, 1986; SANFORD et al.,
1995). A localização geográfica, a resistência bacteriana e o tempo de utilização de cada
antibiótico são fatores que limitam a eficácia das indicações destas tabelas. (KUNIN,
1993)
A utilização de antimicrobianos em infecções de animais e humanos tem
proporcionado o surgimento de cepas resistentes a medicamentos que antes apresenta-
vam eficácia contra estes patógenos, promovendo uma concorrência entre bactérias e a
evolução tecnológica conquistada pelo homem (NATAL, 2002).
A utilização descontrolada de antimicrobianos por décadas possibilitou o
surgimento de bactérias, vírus, fungos e protozoários resistentes, ocasionando em novos
desafios quanto ao tratamento individual e métodos de controle (NEU, 1992). Por con-
seqüência, a resistência bacteriana proporciona a viabilidade da bactéria em presença da
droga in vivo, o que resulta em maior tempo hábil para que a bactéria desenvolva resis-
tência a valores cada vez maiores da concentração inibitória mínima (NOVAK et al.,
1999).
A descrição da resistência bacteriana foi descrita pela 1º vez em 1970 por
Tomas et al., e sua ocorrência é mais freqüente com medicamentos que possuem a pare-
de celular como alvo, dentre eles estão β-lactâmicos, Cefalosporinas e Glicopeptídeos e
bactérias Gram-positivas (TAVAREZ, 1996).
HOLMBERG et al., (1987) afirmaram em seus estudos que nas infecções
causadas por bactérias resistentes à ocorrência da morbimortalidade e o aumento no
custo do tratamento é mais freqüente que nas infecções provocadas por bactérias da
mesma espécie, mas sensíveis aos medicamentos. Chow et al., (1991) reforçaram essa
hipótese ao relatar em sua pesquisa a ocorrência de maior mortalidade nas infecções
provocadas por Enterobacter resistentes quando comparada as infecções provocadas
pela mesma bactéria não resistente.
32

A utilização de antimicrobianos por tempo prolongado é um dos principais


fatores na emergência de cepas resistentes (OLIVEIRA et al., 2000), outros fatores que
potencializam o surgimento de cepas resistentes são: o desenvolvimento de tolerância a
medicamentos, níveis séricos alcançados durante o tratamento, e a capacidade do orga-
nismo do paciente em produzir resposta imune (HIRAMATSY, 1998).
A resistência a antimicrobianos tem proporcionado diferenças na etiologia e
na manifestação de infecções clínicas, ou seja, alterações nos patógenos e no surgimento
de doenças infecciosas emergentes (KRAUSE, 1994). O Streptococcus pneumoniae era
sensível a penicilina, sendo que a maioria das cepas era inibida por concentrações mí-
nimas da droga, sendo que este apresentava eficácia em doses de até 0, 001 mg/ml
(BEREZIN et al., 2002).
A partir da década de 80 surgiram relatos sobre o aumento na incidência de
cepas resistentes a penicilina, sendo inicialmente relatada na Espanha e na África do
Sul, e em seqüência os relatos foram surgindo em todos os países (APPELBAUM,
1992) cepas isoladas que apresentavam resistência à penicilina (BRANDILEONE et al.,
1997). Dados do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo apontam
a meningite pneumocócica como um dos mais importantes agentes da meningite bacte-
riana, e que esta apresenta índice de letalidade superior a 30%, sendo que as maiorias
dos casos de óbito freqüentemente acometem infantes com idade inferior a um ano de
vida (VRANJAC, 1999).
Na década de 80 a introdução das Quinolonas foi um marco importante no
tratamento de infecções, especialmente em infecções do trato urinário (DAIKOS et al.,
1987) causada por microorganismo resistente a diversos medicamentos, mas que eram
sensíveis a Ciprofloxacina e Norfloxacino, que são antimicrobianos pertencentes ao
grupo das Quinolonas (NEU, 1988).
Entretanto os estudos mais recentes apresentam o surgimento de cepas resis-
tentes a Quinolonas (COMETTA et al., 1994). Os casos observados são relacionados a
septicemias graves decorrentes de infecções do trato urinário (CARRATALA et al.,
1995). Atualmente não são encontrados estudos clínicos avaliativos específicos da in-
fluência da resistência bacteriana na recuperação de doenças de caráter invasivo, especi-
almente nas doenças relacionadas a elevado grau de morbimortalidade (SESSEGOLO et
al., 1994).
A capacidade de se desenvolver resistência a antimicrobianos é obtida atra-
vés de um mecanismo complexo, codificado geneticamente. Estão inclusos a produção
33

de enzimas que destroem ou inativam o fármaco, alteração do sítio de ligação ou dimi-


nuição da acessibilidade deste sítio pelo antimicrobiano, efluxo (elevação da eliminação
do fármaco), ou a ativação de uma via metabólica alternativa a via bloqueada pelo mi-
crobicida (SMAC, 1998; TAVARES, 2001).
O Ácido desoxirribonucléico (DNA) e o plasmídeo podem apresentar códi-
gos de resistência, porém o plasmídeo é mais facilmente difundido entre as bactérias
através da conjugação bacteriana, tornando viável a transmissão de genes em conjunto e
elevando a quantidade de cepas resistentes (KONEMAN et al., 1997). Na década de 40
durante a “Época de Ouro” dos antimicrobianos a mutação cromossômica dos microor-
ganismos foi acolhida como explicação da resistência, sendo considerada como um fator
natural, raro e randômico, porém com a enunciação da importância do plasmídeo e a
posterior descoberta dos transposons e integrons, a mutação cromossômica microbiana
foi caracterizada com menor importância (TENOVER, 2001).
A transferência genética entre bactérias dispõem de variada gama de meca-
nismos, apresentando troca genética em bactérias de gêneros distintos e até mesmo entre
bactérias Gram- negativas e Gram- positivas (LIVERMORE, 2000).
Outros mecanismos descritos são mais raros e incluem transdução, que con-
siste na transmissão de genes pela ação de bacteriófagos e captação de material genético
livre no ambiente (transformação) (TAVARES, 2001). Recentemente foram descritos os
integrons que são uma classe de transposons que facilitam a captação e a expressão de
múltiplos genes de resistência (TAVARES, 2001). Outros mecanismos capazes de pro-
mover a multiresistência são alterações a nível estrutural das porinas na membrana ex-
terna de bactérias Gram- negativas e sistemas de efluxo, que envolvem diversos antimi-
crobianos (LIVEMORE, 2001)
34

2. OBJETIVOS

Os objetivos do presente trabalho consistem em realizar um levantamento das


condições de contaminação e possíveis fontes dessa contaminação, no Hospital Munici-
pal de Morrinhos- GO, fazendo o isolamento e identificação de bactérias por meio de
vetores como a formiga, classificada como Pheidole, analisar a resistência bacteriana a
fármacos de amplo espectro e levantamento dos cuidados com equipamentos de prote-
ção individual e coletiva por parte dos funcionários das diferentes áreas do hospital.
35

Manuscrito
36

AVALIAÇÃO DA MIRMECOFAUNA COMO TRANSMISSOR DE PATÓGE-


NOS EM AMBIENTE HOSPITALAR E ANÁLISE ANTIBIOGRAMA

MARCOS ANDRÉ COSTA OLIVEIRA1,3, LÍLIAN CARLA CARNEIRO2,3

1- Acadêmico do Curso de Ciências Biológicas

2- Professora orientadora

3- Universidade Estadual de Goiás – Unu Morrinhos. Rua 14, n° 625, CEP: 74625-910 Morri-
nhos – GO.

RESUMO

A presença de formigas em ambiente hospitalar representa um importante vetor de in-


fecções hospitalares. Este estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência de formigas
contaminadas em ambiente hospitalar e a resistência destes microorganismos a antimi-
crobianos. As coletas foram realizadas no Hospital Municipal de Morrinhos – GO, as
formigas encontradas foram identificadas como Pheidole sp. Estas formigas carreavam
Escherichia coli, Staphylococcus sp, Enterococcus, klebsiella, Salmonella e Aeromonas
sp. Foram realizados testes com os antimicrobianos ampicilina, penicilina, eritromicina,
ceftazidima e ceftriaxona, sendo que nenhum destes medicamentos apresentou eficácia
contra todos os microorganismos, especialmente contra Staphylococcus sp, o qual não
apresentou sensibilidade a nenhum medicamento.

Palavras – chave: Microorganismos, contaminação hospitalar, mirmecofauna.

ABSTRACT

The presence of ants in hospital environment represents an important vector of hospital


infections. This study aimed to evaluate the occurrence of ants contaminated by micro-
organisms in hospital environment and the resistance of these microorganisms to the
antimicrobials. The samples have been taken at the Municipal Hospital of Morrinhos–
GO. The ants founded have been identified as Pheidole sp. These ants carry Escherichia
coli, Staphylococcus sp, Enterococcus klebsiella, Salmonella sp and Aeromonas sp. We
done tests with the antimicrobials ampicillin, penicillin, erythromycin, ceftazidime and

1
Graduando em Ciências Biológicas – UEG – Unidade Universitária de Morrinhos
37

ceftriaxone, and none of these medicines showed effectiveness against any of the mi-
croorganisms, especially against Staphylococcus sp, which didn’t showed sensibility to
neither medicine.

Keywords: Microorganism, hospital contamination and mirmecofauna.

INTRODUÇÃO

O Ministério da Saúde define infecção hospitalar (IH) como aquela adquirida


após admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta, quan-
do puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares (BRASIL,
1998).
Nas últimas décadas a infecção hospitalar tem sido foco importante das autorida-
des sanitárias, embora existam relatos que datam desde a antiguidade que notificam a
disseminação de doenças endêmicas em pacientes dentro dos hospitais (TURRINI, 2000).
Atualmente um importante fator para determinação da infecção hospitalar é a evo-
lução tecnológica dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos invasivos, somando-se a
isso a larga utilização de imunossupressores, como os antibióticos, aumento da expectati-
va de vida da população, a considerável elevação assistencial a pacientes imunodeprimi-
dos e portadores de doenças crônicas- degenerativas, que elevam as possibilidades de se
disseminar infecções hospitalares resistentes (BENJAMIN et al., 2001).
Em 1879, Anton de Bary introduziu o termo simbiose (do grego simbios ou vi-
vendo juntos) e é descrito como “associação permanente entre dois ou mais organismos
distintos específicos, em pelo menos uma fase do ciclo da vida” (BOYCE & PITTET,
2002). As bactérias endosimbiontes mais comuns pertencem ao gênero Wolbachia, e
foram descobertas em 1924 no mosquito Culex pipiens, por HERTIG & WOLBACH.

De acordo com Agosti & Johnson (2005), existem 11.000 espécies de formiga
descritas no mundo, sendo que 50 representam o papel de pragas urbanas (ROBINSON,
1996). O Brasil alberga aproximadamente 2000 espécies, das quais apenas 30 são con-
sideradas pragas urbanas (THYSSEN et al., 2004). Em 1972, Beatson descreveu na In-
glaterra o primeiro trabalho indicando que as formigas podem atuar como vetores de
patógenos em ambiente hospitalar, em 1981, Ipinza-Regla et al., relataram a ocorrência
de formigas atuando como vetores mecânicos na transmissão de patógenos no Chile,
38

sendo seguidos por Chadee & Maitre (1990) em Trinindad, Eicheler (1990) na Alema-
nha, Fowler et al., (1993) e Zarzuela et al., (2005) no Brasil.
Sauer et al., (2000), alegaram que bactérias formam uma rica microflora no apa-
relho digestório de formigas, e podem exercer papel simbionte. Em 2001, Jaffé et al.,
sugeriram a hipótese de que as bactérias hospedadas no aparelho digestório de formigas
fornecem energia a formiga através da síntese de aminoácidos.
O processo de aquisição das bactérias pelas formigas no meio ambiente é desco-
nhecido, mas sabe-se que estas são transmitidas as formas mais jovens. De acordo com
Bueno e Fowler (1994), as espécies dominantes encontradas em hospitais brasileiros são
exóticas, apresentam características unicoloniais e podem ser representadas em diversos
pontos do hospital.
As formigas descritas em ambiente urbano não demonstram comportamento a-
gressivo intra-específico, o que possibilita a formação de ninhos em estrutura unicoloni-
al, sem ocorrer agressão a rainhas e operárias que circulam entre os ninhos (CHEN &
NONACS, 2000). Este tipo de estrutura social é incomum em espécies de formigas na-
tivas, mas em espécie introduzidas como Anoplolepsis longipes, Cardiocondyla emeryi,
Monomorium pharaonis, Wasmannia auropunctata, Paratrechina longicornis, Pheidole
megacephala, Tapinoma melanocephalum e Linepithema humile, é comum, e fez destas
espécies pragas urbanas (CHEN & NONACS, 2000).
Espécies de formigas exóticas e nativas se tornaram pragas ao se separar de al-
gum modo de seus predadores naturais (HUMAN & GORDON, 1996). Seu crescimento
é justificado pelo desequilíbrio ambiental provocado pelo homem, somado a fatores
colaterais de crescimento urbano, como acúmulo inadequado de alimentos, tratamento
incorreto do lixo, eliminação de predadores naturais e baixo nível educacional de boa
parte da população, que por contarem com conhecimento limitado sobre os riscos de
grandes populações de insetos, apresentam má qualidade em seus hábitos higiênicos-
sanitários (LUZ, 1991).
A presença de formigas em ambiente hospitalar pode provocar a ocorrência de
falsos resultados em exames, pois ao trafegar sobre as placas pode haver contaminação
cruzada, além de causar irritações cutâneas, rejeição psicológica e lesões na pele (EI-
CHELER, 1990).
A mirmecofauna encontrada em ambientes hospitalares constitui risco potencial
de transmissão de patógenos, por atuar como vetor destes microorganismos (BUENO &
FOWLER, 1994). Mímica et al., (1984) analisaram 50 formigas encontradas no Hospi-
39

tal Central Santa Casa de São Paulo, e constataram que 90% destas apresentavam bacté-
rias causadoras de infecção hospitalar, tendo encontrado Bacillus subtilis (33,4%), Ci-
trobacter (26,6%), Enterobacter (11,1%), Proteus (4,5%) e Serratia (4,5%).

A formiga-do-faraó (M. pharaonis) estudada por Eicheler, 1990 apresentou em


sua microbiota bactérias comuns em infecções hospitalares, tais como Streptococci,
Enterococci, Micrococcus pyogenes Var. aureus, Micrococcus Var. albus, Proteus vul-
garis, Escherichia coli e Alcaligenes faecali. Hughes et al., (1989) relataram a presença
de Serratia marcescens, Citrobacter freundii, Klebisiella ozaenae, Enterobacter aero-
genes, Proteus mirabilis, Staphylococcus epidermidis e Yersinia pestis. ALEKSEEV et
al., em 1972 relataram a presença de Pasturella pestis em formigas depois de se alimen-
tarem de animais contaminados por peste bubônica.

Bueno & Fowler (1994), relataram que no Brasil as espécies dominantes são e-
xóticas, e no maior hospital estudado foi constatado que T. melanocephalum foi à espé-
cie predominante seguida por P. longicornis. Peçanha (2000) constatou a presença de T.
melanocephalum, P. longicornis, M. pharaonis, Brachymyrmex sp, M. floricola, Cam-
ponotus sp, e Crematogaster sp, C.atriceps, nos hospitais estudados em Sorocaba – SP,
as bactérias carreadas pelas formigas apresentaram maior resistência qualitativa e quan-
titativa às drogas que as cepas encontradas livres no ambiente, indicando que as formi-
gas são também importantes dispersores de microorganismos resistentes, tendo eviden-
ciado 66,7% das cepas isoladas eram Gram negativas.

A dispersão e o considerável aumento nas populações urbanas de formigas são


provenientes da soma de diversos fatores, dos quais se destacam a poliginia, populações
unicoloniais, migração das colônias, colônias polidômicas, reprodução por fragmenta-
ção, pouca estruturação dos ninhos, operárias com tamanho reduzido e acasalamento
sem a ocorrência de vôo nupcial. (PASSERA, 1994; BUENO & CAMPOS, 1999a).

O controle convencional através da utilização de pós e aerossóis não são reco-


mendados, pois o ambiente utilizado pelas formigas como hábitat é de difícil acesso ou
mesmo inacessível, além disso, as colônias são facilmente estimuladas a migrar quando
as condições são desfavoráveis (GREEN, 1953). É importante ressaltar que apenas 5% a
10% das operárias da colônia saem do ninho para forrageamento, impossibilitando a
erradicação da colônia (BUENO & CAMPOS; 1999). Para que o efetivo controle destas
pragas seja eficaz, é necessário que se realize o levantamento das espécies, o conheci-
40

mento do nível de infestação e a localização da colônia. Estes dados podem ser obtidos
através entrevistas, inspeção visual e utilização de iscas não tóxicas, após análise crite-
riosa destes dados deve-se verificar a necessidade de se controlar ou não a população de
formigas (GREEN, 1953).

Para evitar o consumo excessivo e desnecessário de inseticidas deve-se conhecer


profundamente a biologia da espécie (GREEN, 1953). A maioria das formas de elimina-
ção de combate químico as formigas é de contato, o que não favorece a eliminação total
da colônia, as estratégias mais modernas consistem na utilização de iscas tóxicas que
são incorporadas a alimentação da colônia, o que proporciona a ação do inseticida por
ingestão (HUMAN & GORDON, 1996).

Os objetivos do presente trabalho consistem em realizar um levantamento das


condições de contaminação e possíveis fontes dessa contaminação, no Hospital Munici-
pal de Morrinhos- GO, fazendo o isolamento e identificação de bactérias por meio de
vetores como a formiga classificada como Pheidole, analisar a resistência bacteriana a
fármacos de amplo espectro e levantamento dos cuidados com equipamentos de prote-
ção individual e coletiva por parte dos funcionários das diferentes áreas do hospital.

METODOLOGIA

O trabalho foi desenvolvido inicialmente no Hospital Regional de Morri-


nhos – GO (HMM), a escolha do local se justifica pelo maior fluxo de pacientes na re-
gião. As pesquisas iniciaram em setembro / 2005 com a coleta de formigas realizadas a
cada dois meses durante um ano em 48 ambientes do hospital através de iscas com pre-
dominância de carboidrato (doce de goiaba) e proteína (salsicha) em período diurno.
As formigas foram coletadas com pinça de ponta fina esterilizada e acon-
dicionadas em sacos plásticos esterilizados e etiquetados segundo o ambiente hospitalar.
As coletas foram realizadas com luvas esterilizadas e manipuladas no laboratório de
biologia da Universidade Estadual de Goiás.
Previamente as formigas foram imersas em caldo Brain Heart Infusion
(BHI), permanecendo por 24 horas para análise inicial da presença de cultura positiva e
prosseguimento da identificação. Após a amostra de caldo BHI turvar, o semeio era
procedido: em Ágar MacConckey, onde cresceram colônias sugestivas para E. coli e
Klebsiella, Ágar Salmonella Shigella – SS que propiciaram resultados sugestivos para a
41

espécie Salmonella, Ágar Sangue onde constatamos colônias sugestivas para as espécies
Enterococcus, Aeromonas e Staphylococcus, Ágar PCA (ágar para contagem) foi utili-
zado como estimativa quantitativa do crescimento bacteriano, Ágar Cled foi usado para
selecionar fermentadores de lactose e coloração de gram para ajudar na identificação.
Provas bioquímicas foram realizadas para concluir diagnóstico: lactose, glicose,
H2S, uréase, L-TDª, motilidade indol, lisina, oxidase e citrato de Simmons, sensíveis
para identificação das bactérias (Mahamoud, 2007).
A determinação da resistência ou sensibilidade foi realizada utilizando-se discos
de antibióticos de concentrações estabelecidas, através da diluição da amostra nas con-
centrações de 101 a 107 e inoculação das amostras em ágar Mueller Hinton, recomenda-
do pelo National Comittee for Clinical Laboratory Standards. Os pontos de corte dos
halos de sensibilidade e resistência foram aqueles publicados pelo National Comittee for
Clinical Laboratory (Silverstein, 1994).

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Estes resultados determinam a ação da formiga Pheidole sp1 na transmissão de
patógenos no HOSPITAL MUNICIPAL DE MORRINHOS – GO (HMM), sendo avali-
ada a presença de Escherichia coli, Salmonella, Staphylococcus sp, Klebsiella sp, Ente-
rococcus sp e Aeromonas sp, e a tolerância destes microorganismos a medicamentos
bactericidas de amplo espectro.
Na figura 1 podemos acompanhar alguns passos da pesquisa, como inoculação
em Ágar Mueller Hinton, formação de colônias e medição dos halos.
42

Figura 1

Figura 1- Constatação do halo em análise bioquímica.

No gráfico 1 podemos observar a ocorrência de cepas identificadas e isoladas em


diferentes pontos do hospital, sugestivo de veiculação por formigas.
43

49

12
8
2
1

Gráfico 1 - Freqüência de áreas pesquisadas por número de bactérias isoladas

Podemos inferir que, das 217 amostras a bactéria Gram negativa Escherichia co-
li foi mais freqüentemente isolada, seguida por Staphylococcus sp, sendo esta a bactéria
Gram negativa mais comum neste estudo.
No gráfico 2 analisamos quais bactérias predominam nos diferentes pontos do
HMM.
44

5%
11%

Escherichia coli
42% Staphylococcus sp
16%
Enterococcus sp
Klebsiella sp
Aeromonas sp

26%

Gráfico 2 - Dominância bacteriana em pontos analisados

Avaliando os resultados expostos, notamos que nos banheiros o Staphylococcus


sp foi dominante, enquanto que nos demais pontos a Escherichia coli foi dominante.
No gráfico 3 podemos observar a freqüência de distribuição dos patógenos, hou-
veram situações em que foi possível isolar mais de um gênero microbiano no mesmo
setor do HMM.
45

Quatro Gêneros 3

Três Gêneros 5

Dois Gêneros 11

Um Gênero 29

Gráfico 3 - Freqüência de áreas pesquisadas por número de bactérias isoladas

Estes dados evidenciam que na maioria dos pontos estudados (60,4%) apenas
um gênero bacteriano pôde ser isolado, e em 6,25% dos pontos avaliados pudemos iso-
lar quatro patógenos distintos. Baseados na literatura podemos inferir que a má higieni-
zação dos ambientes aumenta a incidência da microbiota em determinados ambientes
(FERNANDES AT, 2000).
No gráfico 4, podemos observar a incidência de bactérias nos diferentes pontos
do hospital, com dados obtidos através da inoculação de formigas coletadas em pontos
específicos.
46

Banheiro
Reanimção Berçário

Sala de Sutura Clínica

Sala de gesso Consultórios

Sala de cirurgia Cozinha

Sala de aerosol Enfermaria

Posto de Enfermagem Esterilização

Pediatria Isolamento
Lactário Laboratório

Gráfico 4 - Ocorrência de bactérias encontradas por ambiente

Ao observarmos o gráfico 4 podemos inferir que o banheiro, laboratório, clínicas


e isolamento são os pontos mais acometidos do Hospital Municipal de Morrinhos, sendo
que a causa provável é a constante manipulação de material humano, como fezes, urina,
sangue e outros fluidos corporais, o que eleva a distribuição de patógenos nestes ambi-
entes, porém a falta de higiene pessoal torna-se fator preponderante, Harbarth et al.,
(2002), relataram a importância do uso do álcool gel e a higiene manual com água e
sabão, a sala de gesso é o ponto menos acometido da instituição.
A tabela 1 exibe os dados referentes à sensibilidade e resistência bacteriana aos
medicamentos selecionados para análise. Os medicamentos escolhidos foram seleciona-
dos através das indicações dos profissionais da área de saúde do Hospital Municipal de
Morrinhos que os citaram como os mais comumente receitados no cotidiano hospitalar
(GARNER, 1993).
47

Tabela 1- Perfil de resistência A antimicrobianos de bactérias isoladas no Hospital Regio-


nal de Morrinhos – GO.
Espécies/Antibióticos Ceftazidima Ampicilina Eritromicina Ceftriaxona Penicilina
Escherichia coli S R R S R
Salmonella R I R S S
Staphylococcus sp R R R I I
Klebsiella sp S R R S I
Enterococcus sp R S I R S
Aeromonas S R R S R
S – Sensível, R – Resistente, I – Resistência ou Sensibilidade Intermediária

Martinez et al., (1994) em seus estudos constataram a resistência bacteriana a


três dos medicamentos testados no presente estudo, sendo que Staphylococcus sp, Ente-
rococcus sp, também estudados por Martinez eram resistentes a Ceftazidima, Penicilina
e Ceftriaxona. A Escherichia coli testada por Depizzol et al., (2005) que apresentou
resistência total a Eritromicina e Penicilina, resistência intermediária a Ampicilina, e
sensibilidade a Ceftriaxona. Nojimoto (1995) ao estudar Aeromonas sp constatou a re-
sistência total deste microbiano a Eritromicina e Ampicilina.
Com base nos dados supracitados podemos inferir que a mirmecofauna em am-
biente hospitalar pode ser um importante veiculador de patógenos, especialmente quan-
do consideramos a relação dos Formicidae com o homem e com o ambiente.
Bactérias patogênicas são amplamente distribuídas no planeta, e diversos estu-
dos nos alertam sobre seu oportunismo patogênico ao homem (KLOOS & BANNER-
MAN, 1995). Os dados obtidos nesse estudo indicam à necessidade de se combater a
população de formicidae que habita o HMM, porém, para que o combate seja viável e
eficaz, faz-se necessário que os profissionais da área de saúde, administradores e inte-
grantes da Comissão Controle Infecção Hospitalar, se conscientizem, para que ambos
desenvolvam e implementem programas sistematizados de combate a formicidae a ser
adotado por todos (ZARZUELA et al., 2005).
48

Tabela 2 – Questionário sobre a utilização de Equipamento de Proteção Individual e


hábitos higiênicos dos profissionais da área de saúde
EPI’s SIM NÃO
Luvas 20
Jaleco Fechado 12 8
Máscara 20
Gorro 20
Troca de luvas no intervalo de atendimento 20
Você lava as mãos no intervalo de atendimento a 20
cada paciente
Você o guarda em sacos plásticos 6 14

Quanto aos itens analisados na tabela dois, podemos afirmar através da observação durante
as coletas, que a utilização de luvas e gorros e o hábito de lavar as mãos nos intervalos de
atendimento a cada paciente não corresponde às respostas obtidas no questionário. A não
realização destes procedimentos foram mais freqüentemente observadas nas enfermarias
masculinas e femininas.

Tabela 3 – Avaliação sobre a freqüência da limpeza do hospital e ações preventivas


Condições de limpeza SIM NÃO
Diariamente 20
O descarte de lixo é feito de acordo com ABNT 20 -
Banheiros utilizados pelo PAS são separados dos 16 4
comuns 20
Roupas de cama e de pacientes são esterilizadas 20

Os dados analisados na tabela 3 estão condizentes com o que observamos em nossas


coletas, porém, muitos dos profissionais não estavam cientes quanto às normas da
ABNT sobre o descarte do lixo. O que demonstra falta de conhecimento sobre nor-
mas técnicas relacionadas à prevenção de infecção hospitalar.
49

Tabela 4 – Avaliação das condições dos móveis e equipamentos do hospital e hábi-


tos coletivos.

Itens analisados SIM NÃO


Metálica 20
A equipe utiliza equipamentos de proteção
Coletiva 20
Funcionários manuseiam objetos de outra sessão 20
A alimentação dos funcionários é feita no hospital 20
As refeições são feitas no refeitório 20
Os materiais de proteção (jaleco) são retirados
antes de adentrar ao Refeitório 20
São utilizados esses materiais antes de usar o banheiro 20

As respostas obtidas para a tabela 4 condizem em sua maioria com o que observa-
mos em nossas coletas, contudo, em quatro coletas pudemos observar a presença de
enfermeiros utilizando o jaleco dentro do refeitório, mas isso somente foi observado
fora do horário de almoço dos funcionários.

Tabela 5 – Levantamento quanto ao uso de materiais de limpeza e proteção indivi-


dual
Itens analisados SIM NÃO
Funcionários da cozinha utilizam:
Avental 20
Gorro 20
Máscara 20
A qualidade da limpeza da cozinha é regular 20
A qualidade da limpeza do lactário é regular 20

Em algumas coletas pudemos evidenciar cozinheiras utilizando aven-


tal, porém, este hábito não era freqüente e também não era praticado por todas as
cozinheiras. O hábito de não utilizar materiais de proteção individual ou coletiva
entre os manipuladores de alimentos pode representar risco potencial de dissemina-
50

ção de microorganismos relacionados em IHs, sendo o Staphylococcus aureus o


mais comumente encontrado nas mãos de manipuladores de alimentos (CASTRO &
IARIA, 1984).

Tabela 6 – Análise sobre regulamentos referentes a visitas e organização das visitas


no hospital
Itens analisados SIM NÃO
Quantas pessoas são permitidas a visitar os enfermos?
3 ou 4 pessoas 20
Visitas de enfermos na UTI e no Isolamento são permi-
tidas? 20
Caso seja permitida, que tipo de proteção são utilizadas?
Jaleco 20
Luvas 20
Gorro 20
Máscara 20
Conservação dos móveis e leitos do hospital:
Boa 20

A tabela 6 demonstra certo despreparo dos profissionais da área de saúde da institui-


ção, no que diz respeito à quantidade de visitantes autorizados a entrar nos leitos ao
mesmo tempo. Em cada quarto da enfermaria quatro pacientes podem ser internados
e cada um deles pode receber quatro visitantes, o que resulta em vinte pessoas em
um ambiente hospitalar, que não estão munidos de equipamento de proteção indivi-
dual. Os visitantes também não são estimulados a lavar as mãos antes de adentrar as
enfermarias, o que os torna em indivíduos potencialmente capazes de disseminar
microorganismos aos pacientes. Os entrevistados também não demonstraram coesão
quanto às visitas a pacientes internados na UTI ou no Isolamento, pois todos alega-
ram não ser permitida a entrada de visitantes nestes ambientes e ao mesmo tempo
alegaram que a utilização de materiais de proteção individual são exigidos aos visi-
tantes. Em uma de nossas coletas presenciamos a presença de um acompanhante
sem que este utilizasse qualquer um dos equipamentos relacionados na tabela 6.
51

Tabela 7 – Questões referentes à limpeza e dedetizações no hospital


Itens analisados SIM NÃO
O hospital conta com algum combate a insetos e outros 20
artrópodes?
É feito por profissional qualificado? 20
Formigas são encontradas freqüentemente no hospital 20
O hospital possui Comissão de Controle de Infecção 20
Hospitalar
Comissão é composta por enfermeiros e outros profis- 20
sionais de saúde?
A instituição não conta com nenhum método de combate a insetos, e a observa-
ção de formigas e baratas nas dependências do hospital são freqüentes. Os entrevistados
mais uma vez se foram contraditórios em suas respostas. Todos eles alegaram não exis-
tir uma comissão de controle de infecção hospitalar na instituição e ao mesmo tempo
afirmaram que esta comissão possui enfermeiros entre seus componentes. A falta de um
CCIH na instituição justifica, em parte, o despreparo dos entrevistados em questões re-
levantes quanto à disseminação da infecção hospitalar, sendo este um fator que eleva
significativamente o risco aos pacientes e aos profissionais da área de saúde.
52

CONCLUSÕES

Formigas em ambiente hospitalar são veiculadoras de patógenos, e potencial-


mente responsáveis pela elevação da incidência de casos de infecção hospitalar e distri-
buição de patógenos que são parcialmente resistentes a alguns antimicrobianos de am-
plo espectro testados. Devido a essa capacidade de carrear microorganismos resistentes,
o combate a população de formigas no hospital assume papel importante no cotidiano
dos órgãos responsáveis pelo controle de infecção hospitalar, este combate pode apre-
sentar como resultado a diminuição da incidência de casos de infecção hospitalar na
instituição e a desaceleração da distribuição de patógenos resistentes.
Os antimicrobianos Ampicilina e Eritromicina testados apresentam-se ineficazes
contra a microbiota encontrada no tegumento das formigas. Os outros medicamentos
apresentaram eficácia moderada contra alguns patógenos, e partindo deste pressuposto
surge-se a necessidade de se alterar a medicação utilizada, sendo necessária a análise de
outros medicamentos que apresentem resultados mais satisfatórios.
Propomos também que a instituição estabeleça uma Comissão de Controle de In-
fecção Hospitalar (CCIH), e que esta comissão estabeleça parâmetros a serem adotados
pelos PAS e administradores da instituição, visando o melhor atendimento aos pacien-
tes, com conseqüente diminuição de riscos de infecção originada a partir da microflora
da instituição.
53

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74

ANEXO
75

Descrição dos Estilos MSWORD usados na Revista Matéria


Editoria da Revista Matéria
Laboratório de Hidrogênio - Labh2 – PEMM/COPPE/UFRJ
CP: 68505. Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, RJ. CEP: 21941-972
e-mail: materia@labh2.coppe.ufrj.br

RESUMO
Este texto descreve os estilos de formatação de texto presentes no arquivo modelo da Revista
Matéria (“Arquivo_Modelo.dot”) a ser utilizado com o MSWORD, em versões acima da 6.0. Este docu-
mento inicia-se com uma descrição geral da diagramação dos artigos e, depois, cada um dos estilos é
descrito separadamente. Esta versão apresenta na seção 4, titulada: “como usar este arquivo modelo”,
resultante do acúmulo de sugestões de usuários e pesquisa em formatos de diversas revistas que circulam
no meio científico. Sugere-se um número entre 200 e 300 palavras no total para o resumo do artigo, evi-
tando-se utilizar palavras repetitivas.
Palavras chaves: MSWORD, estilos de diagramação, revista Matéria.

Description of used Styles MSWORD in the Revista Matéria


ABSTRACT
This text describes all styles present in template “Arquivo_Modelo.dot”, to be used with
MSWord 6.0 or newer. This document begins with a general description of the format followed by a
description of each style. A number between 200 and 300 words in the total for the abstract is suggested,
preventing itself to use repetitive words.
Keywords: MSWORD, format styles, revista Matéria.

1 INTRODUÇÃO
Este arquivo modelo busca fornecer ao autor de artigos científicos um modelo completo de todos
os formatos e estilos utilizados na formatação padrão da revista Matéria, de maneira simples, clara e utili-
za a metodologia do modelo para exemplificar cada um dos estilos padrões. Para os autores que não pos-
suem conhecimento suficiente deste editor de texto, bastará seguir as instruções contidas neste arquivo
modelo. Os autores que já tenham conhecimento poderão dispensar tais comentários.

2 CARACTERÍSTICAS GERAIS

2.1 Dimensões
A diagramação da revista Matéria se baseia nas dimensões de papel A4, cujas medidas são: 210
mm de largura e 297 mm de altura. Na diagramação são definidos dois tipos de páginas, a saber:
· Página inicial;
· Páginas subseqüentes.
As principais diferenças entre estes dois tipos de páginas são:
· Na página inicial: no cabeçalho aparece o logotipo da revista com seu registro ISSN na
metade esquerda da caixa, e, na metade direita, com alinhamento centralizado, estão os
dados da edição do artigo e seu endereço eletrônico no site da revista; esta página pos-
sui três caixas separadas por linhas de espessura 1 1/2 pt, sendo a primeira destinada a
separar a caixa do título do artigo e dados dos autores da caixa do resumo; a segunda
para separar a caixa do resumo na língua natural dos autores e respectivas palavras cha-
ves da caixa do título em Inglês, abstract e respectivas keywords; a terceira para separar
a caixa do título em Inglês, abstract e respectivas keywords do corpo de texto do artigo.
Existe ainda nesta página uma nota de rodapé descrita no item 2.5.
· Nas páginas subseqüentes, aparecem apenas os nomes dos autores no formato adotado
pela revista, seguido novamente dos dados da edição do artigo, inseridas no cabeçalho.
Todo o artigo deverá ser escrito em uma única coluna e tamanho de letra 10, fontes principais
Times New Roman e Arial.
76

A Tabela 1 mostra um resumo das dimensões das páginas.

Tabela 1: Dimensões das páginas para todo o texto


Nome Dimensão

Papel A4 210 x 297 mm

Margem superior 2,5 cm

Margem inferior 2,5 cm

Margem esquer-
da 3,0 cm

Margem direita 2,5 cm

Cabeçalho 1,25 cm

Rodapé 1,25 cm

2.2 Quadro de Título


Na primeira página é colocado um quadro com o título do artigo, seguido por três ou mais linhas
com os nomes dos autores, endereço postal e eletrônico de todos, este último obrigatoriamente.
Este quadro não tem nenhuma delimitação de altura. Isto dependerá do tamanho do título, dos
nomes e número de autores bem como dos endereços dos mesmos. Autores com mesmo endereço postal
deverão receber um índice e cada índice recebe o respectivo endereço. Os endereços eletrônicos deverão
vir na próxima linha aos seus respectivos endereços postais, separados por vígula, e assim sucessivamen-
te.
Nenhuma linha em branco adicional deverá ser introduzida, pois os espaçamentos desejados em
cada parágrafo já são previstos nos estilos utilizados nesta parte do texto.
Possui delimitação ao final com uma linha horizontal, também de 1 ½ pt, que será definida na
caixa seguinte, a caixa do resumo.

2.3 Quadro de Resumo


Inicia-se com uma linha horizontal de espessura 1 ½ pt, já incluída no estilo “Resumo”, com es-
paçamentos incluídos.
Os parágrafos seguintes serão do estilo “Texto”, que é o estilo geral para todos os trechos de tex-
to corrido.
Encerra-se com um parágrafo para as “Palavras chaves”, cujo estilo é do tipo “Normal”, conten-
do duas posições de tabulação: uma para “Palavras chaves:”, em negrito, após o que deve-se utilizar a
tecla “Tab” para passar ao próximo conjunto de palavras, definidas pelos autores, separadas por vírgula.
Neste parágrafo aparecerão os marcadores de tabulação na régua superior: └.

2.4 Quadro de Título em Inglês e Abstract


Inicia-se com o título do artigo em Inglês com uma linha horizontal de espessura 1 ½ pt, já inclu-
ída no estilo “Titulo Ingles”, com espaçamentos e formatação incluídos.
O parágrafo seguinte é no estilo “Resumo_2” que conterá apenas a palavra “ABSTRACT”.
Os parágrafos seguintes serão do estilo “Texto”, que é o estilo geral para todos os trechos de tex-
to corrido.
Encerra-se com um parágrafo para as “Keywords”, cujo estilo é do tipo “Normal”, contendo du-
as posições de tabulação: uma para “Keywords:”, em negrito, após o que deve-se utilizar a tecla “Tab”
para passar ao próximo conjunto de palavras, definidas pelos autores, separadas por vírgula. Neste pará-
grafo aparecerão os marcadores de tabulação na régua superior: └.
77

2.5 Nota de Rodapé


Apenas na primeira página será incluída uma nota de rodapé com o nome do autor responsável,
que é a pessoa que se responsabilizará por quaisquer correspondências relativas ao artigo e também assi-
nará o documento de concessão de direitos autorais, documento este necessário e obrigatório para publi-
cação do artigo.

3 ESTILOS
Neste arquivo modelo serão utilizados os seguintes modelos:
· Autores;
· Bibliografia;
· Endereço;
· Equação;
· Figura e Figura + Bold;
· Título1 ou Heading 1;
· Título2 ou Heading 2;
· Título3 ou Heading 3;
· Key word;
· Linha;
· Normal;
· Palavra chave;
· Resumo;
· Resumo_2
· Tabela C;
· Texto, Texto + Bold, Texto + Itálico;
· Texto Tabela;
· Title;
· Titulo Ingles.
As subseções seguintes descrevem cada um dos estilos relacionados acima. Na Tabela 2 é feito
um resumo de todos os estilos utilizados neste arquivo modelo.

3.1 Autores
Este estilo é usado para indentificar os autores do artigo. Utiliza fonte “Times New Roman” 10
pt, parágrafos centrado na página, com espaçamento simples entre linhas e espaçamento anterior e poste-
rior de 6 pt. Após um final de parágrafo neste estilo o parágrafo seguinte continuará no mesmo estilo. Foi
baseado no estilo Normal.

3.2 Bibliografia
Este estilo é usado para formatar os parágrafos utilizados nas referências bibliográficas. Utiliza
fonte“Times New Roman” 10 pt, parágrafos justificados na página, com espaçamento simples entre linhas
e com espaçamento anterior de 12 pt, sem epaçamento posterior, permitindo espaço entre parágrafos de
mesmo estilo. Não possui identação na primeira linha do parágrafo e possui identação de 1,27 cm nas
linhas seguintes pertencentes ao mesmo parágrafo. Após um final de parágrafo neste estilo o parágrafo
seguinte continuará no mesmo estilo. Foi baseado no estilo Normal.

3.3 Endereço
Este estilo é usado para informar o endereço postal e eletrônico de todos os autores do artigo.
Utiliza fonte “Times New Roman” 10 pt, parágrafo centrado na página, com espaçamento simples entre
linhas e espaçamento anterior e posterior de 6 pt. Após um final de parágrafo neste estilo o parágrafo
seguinte continuará no mesmo estilo. Foi baseado no estilo Normal.

3.4 Equação
Este estilo é utilizado para alinhar o objeto MS Equation e a numeração de equação. Seu estilo é
baseado no estilo “Texto”, com a diferença que tem dois pontos de tabulação: o primeiro para o objeto
78

MS Equation, ajustado na margem esquerda, e o segundo para a numeração de equação, ajustado na mar-
gem direita. A tabulação é realizada por uma tabela sem bordas e sem preenchimento. Utiliza espaçamen-
to simples entre linhas, espaçamento anterior de 12 pt e espaçamento posterior de 12 pt. Permitirá adicio-
nar espaço entre parágrafos de mesmo estilo. Após um final de parágrafo neste estilo, o parágrafo seguin-
te continuará no mesmo estilo.
A seguir é fornecido um exemplo de utilização.

y = ax + b

Para inserir duas equações seguidas, pode-se copiar a tabela e colar na próxima linha ou posicio-
nar o cursor no final da tabela (do lado de fora do limite direito) e digitar enter (nova linha), e uma nova
linha da tabela será adicionada com o mesmo formato.
Todas as equações deverão ser numeradas seqüencialmente.

3.5 Figura e Figura + Bold


Este estilo é utilizado para alinhar os objetos tipo figuras, fotos ou diagramas e suas respectivas
legendas. Utiliza fonte “Times New Roman” 10 pt, parágrafo centrado na página, com espaçamento sim-
ples entre linhas, espaçamento anterior de 12 pt, espaçamento posterior de 24 pt. Após um final de pará-
grafo neste estilo o parágrafo seguinte continuará neste estilo. Foi baseado no estilo Normal.
O parágrafo de inserção do objeto figura também deverá estar neste estilo.
A seguir é fornecido um exemplo de utilização deste estilo. Como o estilo de legenda utilizado
na revista possui o título em negrito, tem-se um estilo adicional, que é o “Figura + Bold”. Observar que
quando o objeto figura não possuir uma borda suficiente para garantir um espaçamento entre a figura e a
legenda, inserir uma linha em branco, como mostra o exemplo da Figura 1.

Figura 1: Logomarca da Revista.

As legendas das figuras devem ser posicionadas após o objeto figura.

3.6 Título1 ou Heading 1


Este estilo é utilizado para encabeçar o início de uma nova seção. Utiliza fonte Arial 10 pt, em
negrito, com todos os caracteres em maiúsculo, parágrafo alinhado à esquerda, com uma identação de 0
cm, espaçamento simples entre linhas. O espaçamento anterior é de 18 pt e posterior de 6 pt.
Este estilo é padrão do MSWord, e seu nome pode variar em função da língua utilizada neste e-
ditor de texto. Ele utiliza autonumeração de primeiro nível. O estilo seguinte default após um final de
parágrafo é o “Texto”.

3.7 Título2 ou Heading 2


Este estilo é semelhante ao anterior e também é padrão do MSWord. Tem basicamente a mesma
formatação com a diferença que neste parágrafo os caracteres ficam no tipo título, ou seja, somente as
iniciais das palavras ficam em maiúscula, excetuando-se artigos, preposições, numerais, etc.
79

É utilizado para encabeçar o início de uma sub-seção. Ele utiliza autonumeração de segundo ní-
vel. O estilo seguinte default após um final de parágrafo é o “Texto”.

3.8 Título3 ou Heading 3


Este estilo é semelhante ao anterior e também é padrão do MSWord. Tem basicamente a mesma
formatação com a diferença que neste parágrafo os caracteres são tipo título mas não são em negrito.
É utilizado para encabeçar o início de uma sub-seção. Ele utiliza autonumeração de terceiro ní-
vel. O estilo seguinte default após um final de parágrafo é o “Texto”.

3.9 Key words


Este estilo é usado para inserir as palavras chaves em inglês do artigo, utilizadas nos sistemas de
busca. Utiliza fonte “Times New Roman” 10 pt, parágrafo alinhado à esquerda, com espaçamento simples
entre linhas e espaçamento anterior de 6 pt. Possui dois pontos de tabulação, vistos na régua superior.
Após um final de parágrafo neste estilo o parágrafo seguinte continuará no mesmo estilo. Foi baseado no
estilo Normal.

3.10 Linha
Este estilo é utilizado para separar os quadros de cabeçalhos do artigo do corpo. Possui como
fonte “Times New Roman” 2 pt, parágrafo justificado, com espaçamento simples entre linhas e espaça-
mento anterior de 6 pt. Possui uma linha de 11/2 pt como borda superior
Após um final de parágrafo neste estilo o parágrafo seguinte continuará no mesmo estilo.
Foi baseado no estilo “Line”.

3.11 Normal
Este estilo é utilizado nas tabelas (células) e nos parágrafos das palavras chaves. Utiliza fonte
“Times New Roman” 10 pt, parágrafo justificado, com espaçamento simples entre linhas e espaçamento
anterior de 6 pt.
Após um final de parágrafo neste estilo o parágrafo seguinte continuará no mesmo estilo.
É o estilo base para a maioria dos outros estilos.

3.12 Palavra Chave


Este estilo é usado para inserir as palavras chaves no idioma natural do autor do artigo, utilizadas
nos sistemas de busca. Utiliza fonte “Times New Roman” 10 pt, parágrafo alinhado à esquerda, com
espaçamento simples entre linhas e espaçamento anterior de 6 pt. Possui dois pontos de tabulação, vistos
na régua superior. Após um final de parágrafo neste estilo o parágrafo seguinte continuará no mesmo
estilo. Foi baseado no estilo Normal.

3.13 Resumo
É o estilo utilizado para encabeçar a seção do resumo. Utiliza fonte Arial 10 pt, em negrito, com
todos os caracteres em maiúsculo, parágrafo alinhado à esquerda, com uma identação de 0 cm, espaça-
mento simples entre linhas. O espaçamento anterior é de 18 pt e posterior de 6 pt. Possui borda superior
de espessura 11/2. O estilo seguinte default após um final de parágrafo é o “Texto”. Ele não utiliza auto-
numeração.

3.14 Resumo_2
É o estilo utilizado para encabeçar a seção do abstract. Utiliza fonte Arial 10 pt, em negrito, com
todos os caracteres em maiúsculo, parágrafo alinhado à esquerda, com uma identação de 0 cm, espaça-
mento simples entre linhas. O espaçamento anterior é de 18 pt e posterior de 6 pt. O estilo seguinte de-
fault após um final de parágrafo é o “Texto”. Ele não utiliza autonumeração.
80

3.15 Tabela C
É o estilo utilizado para apresentar tabelas. É baseado no estilo “Table Grid”, fonte “Times New
Roman” 10 pt, parágrafo centralizado, com espaçamento simples entre linhas e espaçamento anterior e
posterior de 0 pt. Possui como linhas visíveis da tabela apenas as linhas superior, inferior e linhas verti-
cais. É baseado no estilo “Normal”.
A tabela poderá ser apresentada opcionalmente com todas as linhas e com bordas. Poderá ser uti-
lizado a tabela do próprio MSWord ou inserir tabela do MSExcel (ver item 3.17).

3.16 Texto, Texto + Bold e Texto + Itálico


Este estilo é usado em todo texto corrido do artigo. Utiliza fonte “Times New Roman” 10 pt, pa-
rágrafos justificados na página, com espaçamento simples entre linhas e espaçamento anterior e posterior
de 0 pt, tabulação na primeira linha de 1,27 cm. Caso seja necessário grifar palavras do texto, aparecerão
os respectivos estilos adicionais – Texto + Bold ou Texto + Itálico. Após um final de parágrafo neste
estilo o parágrafo seguinte continuará no mesmo estilo. Foi baseado no estilo Normal.

3.17 Texto Tabela e Texto Tabela + Bold


Este estilo é utilizado para identificar a legenda das tabelas. Utiliza fonte “Times New Roman”
10 pt, parágrafos centralizado na página, com espaçamento simples entre linhas, espaçamento anterior de
18 pt e posterior de 6 pt. O nome “Figura” e respectivo número deverão estar em negrito, dando origem
ao estilo “Texto Tabela + Bold”. Após um final de parágrafo neste estilo o parágrafo seguinte continuará
no mesmo estilo. Foi baseado no estilo Normal.
As legendas das tabelas serão posicionadas antes do objeto tabela e deverá ser utilizada numera-
ção seqüenciada com algarismos arábicos.
Quando for inserida uma tabela do MSExcel, o parágrafo onde será inserida a tabela deverá estar
neste formato. O procedimento deverá ser o seguinte:
· Abrir a planilha do MSExcel, onde está a tabela a ser inserida;
· A formatação de tamanho de página no MSExcel deverá estar de acordo com a forma-
tação do MSWord;
· Selecione a planilha da seguinte forma: posicione o cursor na primeira célula superior à
esquerda da tabela, clique e arraste o cursor até a última célula inferior da direita. Após
este procedimento, as células estarão de outra cor;
· Copie a tabela selecionada para o “clipboard”, através do comando de teclado “control
c”;
· Posicione o cursor no parágrafo em que deverá ser inserida a tabela, clique no formato
“Texto Tabela”;
· Cole a tabela através do comando de teclado “control v”;
· Se for desejado que a tabela tenha linhas de bordas, isto deverá estar definido no
MSExcel.

3.18 Title
Este estilo é utilizado apenas no título do artigo. Utiliza fonte “Times New Roman” 14 pt, todos
os caracteres em negrito e no tipo título, ou seja, somente as iniciais das palavras ficam em maiúscula,
excetuando-se artigos, preposições, etc. Parágrafo centralizado na página, com espaçamento simples entre
linhas, espaçamento anterior e posterior de 6 pt. Os parágrafos seguintes a este estilo são igualmente do
mesmo estilo.

3.19 Titulo Ingles


Este estilo é utilizado apenas no título em Inglês do artigo. Utiliza fonte “Times New Roman” 14
pt, todos os caracteres em negrito e no tipo título, ou seja, somente as iniciais das palavras ficam em mai-
úscula, excetuando-se artigos, preposições, etc. Parágrafo centralizado na página, com espaçamento sim-
ples entre linhas, espaçamento anterior e posterior de 6 pt. Possui borda superior de espessura 11/2. Ele
não utiliza autonumeração. O estilo seguinte default após um final de parágrafo é o “Resumo_2”.
Tabela 2: Resumo dos Formatos dos Estilos
81

Maius / Espaço Espaço Próximo


Estilo Fonte Tam. Bold minus Anterior Posterior estilo Parágrafo
Times New
Autores Roman 10pt - - 6pt 6pt autores Centrado
Esquerda,
Times New identação de
Bibliografia Roman 10pt - - 12pt 0pt bibliografia 1,27cm
Times New
Endereço Roman 10pt - - 6pt 6pt endereço Centrado
Times New
Equação Roman 10pt - - 12pt 12pt equação Tabulado
Figura e Figura + Times New figura e
Bold Roman 10pt - - 12pt 24pt figura + bold Centrado
Esquerda,
Título 1 ou Times New identação de
Heading 1 Roman 10pt Sim Todos 18pt 6pt normal 0cm
Esquerda,
Título 2 ou Times New identação de
Heading 2 Roman 10pt Sim Capital 18pt 6pt normal 0cm
Esquerda,
Título 3 ou Times New identação de
Heading 3 Roman 10pt - Capital 18pt 6pt normal 0cm
Esquerda,
Times New identação de
Key word Roman 10pt Sim - 6pt 0 Key word 0cm, tab 0 e 2
Times New
Linha Roman 2pt - - 6pt 0 linha Justificado
Times New
Normal Roman 10pt - - 0pt 0 normal Justificado
Esquerda,
Times New identação de
Palavra chave Roman 10pt Sim - 6pt 0 Key word 0cm, tab 0 e 2
Esquerda,
identação de
Resumo Arial 10pt Sim Todos 18pt 6pt Texto 0cm
Esquerda,
identação de
Resumo_2 Arial 10pt Sim Todos 18pt 6pt Texto 0cm
Times New
Tabela C Roman 10pt - - 0pt 0pt normal Centrado
Texto, Texto + Texto, Texto
Bold, Texto + Times New + Bold,
Itálico Roman 10pt - - 0pt 0pt Texto + Justificado
Times New
Texto Tabela Roman 10pt - - 18pt 6pt texto tabela Centrado
Times New
Título Roman 14pt Sim Capital 6pt 6pt Titulo Centrado
Times New
Título Ingles Roman 14pt Sim Capital 6pt 6pt Resumo_2 Centrado

4 COMO UTILIZAR ESTE GABARITO


Os passos listados a seguir definem um exemplo de procedimento para diagramar o texto do seu
artigo.
82

Procuramos detalhar todos os passos necessários, mas usuários mais experientes podem simplifi-
car alguns deles.
1. Nesta listagem, consideramos o trabalho em Windows 95, 98 ou Windows NT 4.0. Os termos u-
tilizados são aqueles da versão em português do MSWord. A cada um dos termos, quando hou-
ver diferença, colocamos entre parênteses o correspondente termo na versão inglesa do MS-
Word;
2. Salve em seu computador o arquivo “Arquivo_Modelo.dot”, disponível na página da revista na
seção “Submissão de Artigos>Formatação do Artigo”;
3. Colocá-lo no diretório de modelos (template) do Microsoft Office do seu computador. Tipica-
mente
c:/arquivos de programas/Microsoft Office/modelos (c:/program files/Microsoft Office/templates);

4. Abrir o seu arquivo original no MS Word, caso já possua;


5. Se o seu arquivo estiver escrito em colunas, neste ponto você poderá retirar a definição de colu-
nas em todo seu arquivo. Isto pode ser feito através do comando de menu:
Formato>colunas (Format> columns);

6. Crie um novo arquivo, através do comando de menu:


arquivo>novo> (file>new>)

7. É aberta uma janela com os diversos modelos de texto, disponíveis em seu computador. Dentre
eles deverá estar o “Arquivo_Modelo.dot”. Neste passo, você deve selecioná-lo;
8. O novo documento terá todo este texto usado na diagramação dos artigos publicados na revista;
9. Faça a transferência de texto por partes, da seguinte forma:
10. Selecione no seu artigo original o título, copie para o “clipboard”, através do comando de teclado
control c, cole (paste) o texto copiado no mesmo parágrafo do título do arquivo modelo da revis-
ta, através do comando de teclado control v. Caso o word não assuma a formatação usada, utilize
a ferramenta “pincel” (format painter), é só clicar no parágrafo que se deseja copiar a formata-
ção, clicar no ícone do pincel e em seguida marcar o texto que se deseja colocar neste formato.
Após isto, selecione a parte do texto original do arquivo modelo da revista e delete-o.
11. Siga este procediemento para todo o seu texto, lembrando-se sempre de deletar o texto do arqui-
vo modelo apenas após checar se o parágrafo está no estilo correto. Analise seu artigo e defina
quais serão os itens e subitens que você de fato utilizará.
12. Isto é feito desta forma para que o word mantenha os estilos para o documento atual. Caso você
queira visualizar todos os estilos, o que é aconselhável, acesse no menú principal:
Exibir>painel de tarefas>( View>task pane)

13. Abrirá uma caixa vertical no lado direito da área de trabalho.


14. No topo deste menú vá em “novo documento” (new document), selecione “estilos e formatação”
(styles and formatting), e na parte inferior na caixa “mostre” selecione “formatos em uso” (for-
matting in use). Todos os estilos que aparecerão são os utilizados no modelo da Revista Matéria.
15. Neste ponto, é interessante salvar o arquivo com um novo nome, através do comando de menu:
arquivo>salvar como>novo nome escolhido (File>save as>novo nome escolhido);

5 BIBLIOGRAFIA
a) Referências numeradas: as citações dos trabalhos devem ser indicadas no texto pelo(s)
sobrenome(s) do(s) autor(es) seguido(s) pelo número da referência entre colchetes, quando o(s) sobreno-
me(s) fizer(em) parte da frase. Caso contrário, apenas pelo número entre colchetes. Exemplos:
“... IESAN [2] determinou que ...” ou “... foi determinado [2] que ...”
“... ABRAHAM et al., [1] calcularam ...” ou “... foi calculado [1] ...”
“... o problema de radiação térmica foi tratado [8, 9] de acordo com ...”
83

b) Referências em ordem alfabética: as citações são indicadas, quando o(s) sobrenome(s)


do(s) autor(s) fizer(em) parte da frase, pelo(s) sobrenome(s), não faz(em) parte da frase, deve(m) constar,
em letras maiúsculas, juntamente com o ano da publicação, entre parênteses, a separação sendo feita por
vírgulas. No caso de ser citada mais de uma referência com a mesma autoria e ano de publicação, a dis-
tinção será feita por letras minúsculas após o ano (1995a e 1995b). Exemplos:
“... IESAN (1996) determinou ...” ou “...foi determinado (IESAN, 1996) ...”
“... ABRAHAM et al.,) calcularam ...”ou
“... foi calculado (ABRAHAM et al., 1988) ...”
“... o problema de radiação térmica foi tratado (EDWARDS, 1976, TUNTOMO, 1990) de acor-
do com ...”
A lista de referêcias, ao final do artigo, deve fornecer ao leitor as informações precisas para faci-
litar qualquer consulta. Quando a referência tiver até três autores, mencionam-se todos, na ordem em que
aparecerem na publicação. Caso haja mais de três autores, mencionam-se até os três primeiros seguidos
da expressão “et al.,”. Nas citações no corpo do texto, a expressão “et al.,.” É utilizada para todos os
trabalhos com mais de dois autores.
Diversas informações devem ser dadas de acordo com o tipo de publicação, como veremos a se-
guir, sendo que algumas delas devem ser grifadas. No que se segue, entenda-se por grifado como sendo
em itálico, sublinhado ou em negrito, devendo uma única opção de grifo ser adotada para todas as refe-
rências. Além do(s) nome(s) do(s) autor(es), as informações que devem figurar são:

para livros
título (grifado)
edição (1ª, 2ª, ect. )
local
editora
ano da publicação

Exemplos:

ABRAHAM, R., MARSDEN, J.E., RATIU, T., 1988, Manifolds, Tensor Analysis, and Applications, 2
ed. New York, Springer-Verlag.

ou preferencialmente:

[1] ABRAHAM, R., MARSDEN, J.E., RATIU, T., Manifolds, Tensor Analysis and Applications, 2 ed.
New York, Springer-Verlag, 1988.

para artigos em periódicos

título do artigo, entre aspas


nome do periódico (grifado)
volume
número
páginas inicial e final do artigo, após a abreviatura pp.
mês e ano da publicação

Exemplos:

IESAN, D., "Existence Theorems in the Theory of Mixtures", Journal of Elasticitym, v. 42, n. 2, pp. 145-
163, Feb. 1996.

ou preferencialmente:

[2] IESAN, D., "Existence Theorems in the Theory of Mixtures", Journal of Elasticitym, v. 42, n. 2, pp.
145-163, Feb. 1996.

para relatórios de pesquisa.


84

título (grifado)
In: identificação da procedência do relatório (só use "In" quando o relatório tiver mais de um
trabalho)
ano da publicação

Exemplos:

GARRET, D.A., The Microscopic Detection of Corrosion in Aluminum Aircraft Structures with Thermal
Neutron Beams and Film Imaging Methods, In: Report NBSIR 79-1434, National Bureau of
Standards, Washington, D. C, 1977.

MAESTRELLO, L., Two-Point Correlations of Sound Pressure in the Far Field of a Jet: Experiment,
NASA TM X-72835, 1976.

ou preferencialmente:

[3] GARRET, D.A., The Microscopic Detection of Corrosion in Aluminum Aircraft Structures with
Thermal Neutron Beams and Film Imaging Methods, In: Report NBSIR 79-1434, National Bu-
reau of Standards, Washington, D.C., 1977.

[4] MAESTRELLO, L., Two-Point Correlations of Sound Pressure in the Far Field of a Jet: Experiment,
NASA TM X-72835, 1976.

para artigo em anais

título do artigo, entre aspas


In: anais do congresso ... (grifado)
volume
páginas inicial e final do artigo, após a abreviatura pp.
local
mês e ano da publicação

Exemplos:

GURTIN, M.E., "On the Nonlinear Theory of Elasticity", In: Proceedings of the International Symposium
on Continuum Mechanics and Partial Differential Equations: Contemporary Developments in
Continuum Mechanics and Partial Differential Equations, pp. 237-253, Rio de Janeiro, Aug.
1977.

ou preferencialmente:

[5] GURTIN, M.E., "On the Nonlinear Theory of Elasticity", In: Proceedings of the International Sympo-
sium on Continuum Mechanics and Partial Differential Equations: Contemporary Developments
in Continuum Mechanics and Partial Differential Equations, pp. 237-253, Rio de Janeiro, Aug.
1977.

para artigo em congresso sem publicação em anais

título do artigo, entre aspas


nome do congresso (grifado)
número do artigo
local
mês e ano da publicação

Exemplos:
85

BERNUSSI, A.A., IIKAWA, F., MOTISUKE, P., et al.,., "Photoreflectance Characterization of δ-doped
p-GaAs", In: International Conference on Modulation Spectroscopy, 1286-32, San Diego, Cali-
fornia, USA, 19-21 March 1990

ou preferencialmente:

[6] BERNUSSI, A.A., IIKAWA, F., MOTISUKE, P., et al.,., "Photoreflectance Characterization of δ-
doped p-GaAs", In: International Conference on Modulation Spectroscopy, 1286-32, San Diego,
California, USA, 19-21 March 1990.

para artigo em livro ( série )

título do artigo, entre aspas


In: título do livro (grifado)
volume
título da série (grifado)
editora
páginas inicial e final do artigo, após a abreviatura pp.
ano da publicação

Exemplos:

COWIN, S.C., , "Adaptive Anisotropy: An Example in Living Bone", In: Non- Classical Continuum
Mechanics, v. 122, London Mathematical Society Lecture Note Series, Cambridge University
Press, pp. 174-186, 1987.

ou preferencialmente:

[7] COWIN, S.C., "Adaptive Anisotropy: An Example in Living Bone", In: Non-Classical Continuum
Mechanics, v. 122, London Mathematical Society Lecture Note Series, Cambridge University
Press, pp. 174-186, 1987.

para capítulo em livro :

título do capítulo, entre aspas


In: editor do livro, editor ou editores
título do livro (grifado)
edição
capítulo
local
editora
ano da publicação

Exemplos:

EDWARDS, D.K., "Thermal Radiation Measurements", In: Eckert, E.R.G., Goldstein, R.J. (eds), Mea-
surements in Heat Transfer, 2 ed., chapter 10, New York, USA, Hemisphere Publishing Corpo-
ration, 1976.

ou preferencialmente:

[8] EDWARDS, D.K. "Thermal Radiation Measurements", In: Eckert, E.R.G., Goldstein, R.J. (eds),
Measurements in Heat Transfer, 2 ed., chapter 10, New York, USA, Hemisphere Publishing
Corporation, 1976.

para tese
86

título (grifado)
grau M.Sc./ D.Sc.
instituição
local
ano da defesa

Exemplos:

TUNTOMO, A., Transport Phenomena in a Small Particle with Internal Radiant Absorption, Ph.D. dis-
sertation, University of California at Berkeley, Berkeley, California, USA, 1990.

PAES JUNIOR, H.R., Influência da Espessura da Camada Intrínseca e Energia do Fóton na Degrada-
ção de Células Solares de Silício Amorfo Hidrogenado, Tese de D.Sc., COPPE/UFRJ, Rio de
Janeiro, RJ, Brasil, 1994.

ou preferencialmente:

[9] TUNTOMO, A., Transport Phenomena in a Small Particle with Internal Radiant Absorption, Ph.D.
dissertation, University of California at Berkeley, Berkeley, California, USA, 1990.

[10] PAES JUNIOR, H.R., Influência da Espessura da Camada Intrínseca e Energia do Fóton na De-
gradação de Células Solares de Silício Amorfo Hidrogenado, Tese de D.Sc., COPPE/UFRJ, Rio
de Janeiro, RJ, Brasil, 1994.

referências de páginas na internet:

nome do website
endereço eletrônico
data de consulta

Exemplo:

[11] Revista Matéria, http://www.materia.coppe.ufrj.br. Acessado em setembro de 2004.

c) Para informações adicionais, consultar as publicações citadas abaixo:

ANÔNIMO (1989), NB-66: Referências Bibliográficas. Rio de Janeiro, ABNT - Associação Brasileira de
Normas Técnicas.

CAMARINHA, M., BRAYNER, S. (1993), Manual de normas técnicas de editoração: teses, monografi-
as, artigos, papers. 2 ed., Rio de Janeiro, Editora UFRJ.
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