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Cabeço da Amoreira, Muge: resultados dos trabalhos de 2008 e 2009

Nuno Bicho
Telmo Pereira
João Cascalheira
João Marreiros
Vera Pereira

O concheiro mesolítico do Cabeço da Amoreira foi um dos primeiros a merecer a


atenção de investigadores, ainda no séc. XIX. Desde esse momento que sofreu um
conjunto alargado de intervenções, sendo a mais recente integrada num projecto
financiado pela FCT e que se encontra presentemente a decorrer.
Os actuais trabalhos, numa área de 124m2 do concheiro, desenvolvem-se com o
objectivo do estudo da estratigrafia detalhada do local, da organização espacial e da
cronologia, bem como de outros aspectos culturais, nomeadamente a tecnologia lítica
e a subsistência.
Paralelamente aos trabalhos na área do concheiro foram ainda localizados novos loci
em redor do concheiro já conhecido, com horizontes do Neolítico Antigo, Mesolítico e
Paleolítico Superior, que são também objecto de trabalhos arqueológicos.
A presente comunicação focará os resultados destes trabalhos que decorreram nos
verões de 2008 e 2009.
O Neolítico Antigo da Baixa Estremadura

João Luís Cardoso

Nesta comunicação serão abordados e desenvolvidos os seguintes tópicos: 1) definição


do espaço geográfico; 2) características geo-ambientais; 3) recursos naturais
potencialmente disponíveis; 4) estações de ar livre e grutas naturais, sua distribuição
geográfica, cronologia absoluta e cultura material; 5) estratégias de povoamento e de
exploração dos recursos; 6) a domesticação de animais e de plantas através do registo
arqueológico conhecido; 7) o Neolítico Antigo da Baixa Estremadura no contexto do
ocidente peninsular; 8) conclusões: perspectivas de desenvolvimento da investigação.
O concheiro mesolítico das Amoreiras (S. Romão do Sado, Alcácer do
Sal): o (outro?) paradigma perdido?

Mariana Diniz

No âmbito do projecto de investigação Los últimos cazadores-recolectores y las


primeras sociedades productoras del sur de la Península Ibérica y el Norte de África
(Marruecos, o estudo/revisão dos materiais e da informação já publicada para o
concheiro sadino das Amoreiras tem permitido colocar um conjunto novo de questões
acerca da diacronia e modalidades de utilização do sítio, que ultrapassa a historiografia
prévia produzida em torno das Amoreiras.
O concheiro das Amoreiras escavado em 1958, pela equipa de Manuel Heleno,
permaneceu inédito até á década de 80 quando José Arnaud, no quadro do seu
projecto transdisciplinar “O Mesolítico no Centro e Sul de Portugal” inicia o estudo do
material depositado no Museu Nacional de Arqueologia, ao mesmo tempo que realiza
novas escavações/sondagens em alguns concheiros do vale do Sado e o primeiro
programa de datações absolutas para estes contextos mesolíticos.
Os trabalhos de Arnaud fornecem um conjunto de informações decisivas para
caracterizar o sítio numa perspectiva crono-cultural, uma vez que:
- a existência de cerâmica cardial nos níveis de base do concheiro;
- a datação absoluta obtida sobre conchas que colocava a formação/utilização deste
concheiro no 1º quartel do 5º milénio cal AC;
- o domínio dos segmentos no quadro das armaduras microlíticas;
tornava as Amoreiras, o concheiro mais tardio na diacronia destes sítios estuarinos, e
um dos escassos contextos mesolíticos onde a presença de cerâmica não reflectia uma
intrusão numa estratigrafia pré-existente, mas resultava de contactos, ainda que
esporádicos, entre comunidades mesolíticas e grupos neolíticos.
Esta leitura que colocou o sítio mesolítico das Amoreiras no mapa da neolitização do
Sul de Portugal deve, hoje e em função dos novos dados, ser revista dado que:
- dos níveis de base do concheiro não provêem apenas cerâmicas cardiais, mas
fragmentos de recipientes de cronologias mais tardias, nomeadamente do Neolítico
final e do período tardo-romano;
- a datação obtida para o esqueleto 5, faz recuar a ocupação das Amoreiras aos finais
do 7º/inícios do 6º milénio cal AC, fazendo recuar a antiguidade deste concheiro em
cerca de um milénio, tornando-o portanto um dos mais antigos concheiros do Sado;
- apesar de ainda curso, o estudo da indústria lítica deve minorar o peso dos
segmentos na componente geométrica deste concheiro, uma vez que às fases mais
antigas de uso do concheiro devem corresponder outras tipologias de armaduras.
Identificado por José Arnaud, o processo de formação dos concheiros do Sado, por
justaposição de montículos ao invés da sobreposição de depósitos que caracteriza os
concheiros do Tejo terá dado origem a uma estratigrafia horizontal que as escavações
de Manuel Heleno não detectaram e as pequenas sondagens de Arnaud não puderam
recuperar. A este elemento – que torna a questão da cota de proveniência não
significativa – acrescenta-se a possibilidade da intrusão de cerâmicas em depósitos
prévios que deve ser ponderada, uma vez que o sítio foi frequentado em diferentes
momentos da diacronia neolítica, como é também visível ao nível da indústria lítica,
que integra lâminas com morfometrias próprias do Neolítico final/Calcolítico.
Neste momento, em que o grau de perturbação da sequência estratigráfica das
Amoreiras está em discussão não se exclui a possibilidade de este concheiro ter sido,
na transição do 6º para o 5º milénios cal AC, um lugar de integração de elementos
neolíticos numa matriz mesolítica, mas aguarda-se que a leitura combinada dos
diferentes componentes do registo permita excluir outras possibilidades
interpretativas, e neste sentido a análise tecno-tipológica da indústria de pedra lascada
constituirá um eixo de inquérito decisivo nesta questão e na avaliação da “integridade
mesolítica” destes depósitos.
Porque na transição do 6º para o 5º milénios cal AC, a utilização, ou re-utilização?, do
espaço das Amoreiras – confirmada por uma datação absoluta e pela tipologia de
algumas das cerâmicas decoradas - pode ter sido levada a cabo por um grupo tão
estranho aos contextos mesolíticos quanto serão, nos finais do 4º milénio, os
portadores de taças carenadas e bordos denteados.
À possibilidade do concheiro das Amoreiras ter sido um lugar de reuniões deve
acrescentar-se, por isso, a do sítio ser apenas mais um palimpsesto, e portanto apenas
um lugar de justaposições.
Castelo Belinho (Algarve): a ritualização funerária

Mário Varela Gomes

Tivemos oportunidade de escavar, em 2004 e 2005, estrato subjacente à ocupação


islâmica do denominado Castelo Belinho, que ofereceu numeroso conjunto de
estruturas negativas (buracos de poste, de casas rectangulares, silos, fossas rituais e
sepulturas), tal como empedrados e restos de muros, correspondendo a intensa
ocupação humana dos finais do Neolítico Antigo Evolucionado, que datações
radiocarbónicas situaram em meados do V milénio A.C.
O espólio ali recolhido é variado, integrando materiais líticos, lascados e
picotados/polidos, cerâmicas, objectos de adorno de concha, tal como fauna,
mamalógica e malacológica.
Entre as estruturas referidas detectaram-se catorze sepulturas, dado conterem claras
ritualizações funerárias, em fossas ou em silos, escavadas no substrato e, mais
raramente, nos sedimentos que cobriam aquele. Trata-se de inumações individuais,
com os corpos em conexão anatómica, constituindo excepções as estruturas 1, 2 e 54,
que continham alguns restos desconexos.
Os testemunhos antropológicos, pertencentes a pelo menos quinze indivíduos,
mostravam acentuado polimorfismo ritual, designadamente na localização, forma,
constituição e dimensões das sepulturas, no modo como foram depositados e
orientados os cadáveres, na quantidade e qualidade dos espólios funerários que os
acompanhavam e, ainda, no tipo de manipulações a que alguns conjuntos osteológicos
foram sujeitos.
Nove dos inumados eram adultos e três eram crianças, com idades compreendidas
entre os cinco e os oitos anos, não se podendo avaliar as idades dos restantes. Três dos
adultos eram do sexo masculino, não tendo sido possível determinar o género dos
outros.
O assentamento do Castelo Belinho corresponde à mais antiga aldeia por ora
encontrada no Extremo Sudoeste Peninsular, mostrando população com economia de
produção de alimentos, perfeitamente sedentarizada, possuindo hierarquização
significativa e onde os mortos eram integrados nos espaços quotidianos, talvez
comunitários, demonstrando forte solidariedade social.
La primera mitad del Holoceno en las cuencas extremeñas del Tajo y
Guadiana (10000-4000 cal BC): datos arqueológicos y paleoambientales.

Enrique Cerrillo Cuenca,


Antonio González Cordero
José Antonio López Sáez
Lourdes López Merino

Hasta la presente década el territorio que comprende la mayor parte de la actual


Extremadura carecía de datos sobre el proceso de neolitización. La presencia de
comunidades agro-ganaderas estaba reconocida por indicadores cerámicos,
frecuentemente se presentaban desprovistos de un contexto estratigráfico y
subsistencial. Ante estas limitaciones, las interpretaciones surgidas durante la década
de 1980 y 1990 consideraban que la neolitización se desarrolló tardíamente,
preferentemente sobre territorios con vocación agrícola, y en el escenario de un
proceso de colonización gradual.
Los proyectos de excavación y prospección desarrollados en diferentes áreas del
territorio, especialmente en la cuenca del Tajo, han tratado de superar estas
limitaciones, considerando el proceso de neolitización desde nuevos supuestos. Los
datos obtenidos han permitido revisar las cronologías y las bases subsistenciales,
dentro de un modelo de explicación crítico que se fija en la continuidad poblacional y
en la interacción como germen de los paisajes neolíticos. Los argumentos para
defender tal secuencia se basan en varios indicios que revelan la ocupación humana de
este espacio durante el post-glaciar: evidencias arqueológicas que ya cuentan con
dataciones absolutas, datos paleoambientales, y ahora también algunos marcadores
gráficos que son susceptibles de ser fechados en el mismo periodo.
Pese a estos avances, no podemos negar los sesgos que existen en el registro y que
impiden profundizar en la dinámica de la neolitización que, a tenor de las dataciones
que conocemos, se produjo antes de la mitad del VI milenio cal BC. La primera de estas
limitaciones es temporal, las ocupaciones de cazadores-recolectores datadas se
establecen hacia la mitad del VIII milenio cal BC, distanciadas más de un milenio de las
comunidades agrícolas. El segundo tiene que ver con la propia huella de las
comunidades neolíticas, que no se ha registrado aún de una forma uniforme en el
territorio, posiblemente como consecuencia de las diferentes estrategias con que se ha
abordado la investigación. En el presente trabajo discutiremos: 1) el papel que ha
jugado el proceso de investigación reciente en la definición del modelo de formación
de las comunidades productoras, 2) los argumentos para establecer un discurso de
continuidad en función de la estructura de los paisajes neolíticos y los datos
paleoambientales.
The late Upper Palaeolithic-Neolithic transition in Northern Morocco

Abdeljalil Bouzouggar (INSAP, Rabat)

This presentation concerns research into the Late Upper Palaeolithic-Neolithic


Transition in Northern Morocco. This period in Morocco and all North West Africa is
poorly understood and suffered from a paucity of the chronological, environnemental
and cultural data.
Various models have been proposed for the transition to the Neolithic in the broader
Atlantic and Mediterranean zones (Camps 1974; Zvelibil & Rowley Conwy 1986;
Arnaud 1990; Zilhão 1993; 1998; Jackes et al. 1997; Arias 1999) as well as outside these
areas (Ammerman & Cavalli-Sforza 1984; Thomas 1996; Whittle 1996).
Despite undeniable evidence for a break in continuity in material culture, it is
interesting that caves in the same region of northern Morocco were occupied both in
the Iberomaurusian and in the Neolithic. Equally, one aspect of social behaviour that
does appear to continue throughout is the practice of single inhumation (albeit rare in
the Iberomaurusian). This is illustrated particularly clearly at sites such as Rouazi-
Skhirat, El Kiffen and Harhoura II, in Atlantic Morocco, where single graves are
recorded, often accompanied by pottery vessels and small inventories of personal
items (Daugas et al. 1989; Daugas 2002; Bouzouggar 2006).
What kinds of technologies might be expected in the transition from the
Iberomaurusian to the early Neolithic? In order to gain some insights, we need to
consider the archaeological records of adjacent areas of the Maghreb where early
Holocene assemblages are well preserved. In Algeria and Tunisia, the Capsian industry
can be seen to follow the Iberomaurusian (Lubell 2001). The Capsian, like the
Iberomaurusian, comprises lithic assemblages based on the production of bladelets
and containing many backed tool forms. One of its distinguishing features, however, is
the inclusion of small geometric microliths. Two sub-divisions, the Typical Capsian and
the Upper Capsian, are known (Vaufrey (1936). For a long time it was uncertain
whether these were contemporary (Camps 1974) or chronologically successive
(Grébénart 1976).
The Epipalaeolithic-Neolithic transition in the Eastern Rif Mountains and
the Lower Moulouya Valley, Morocco

Jörg Linstädter

In the last years the Epipalaeolithic-Neolithic transition of Mediterranean Morocco


came again into the focus of West Mediterranean Neolithic research in general. The
main reasons are new ideas about an African influence of the Neolithisation process on
the Iberian Peninsula. Early Neolithic sites and inventories are comparatively easy to
detect because of the appearance of new elements like pottery and domesticated
species. By contrast Early Holocene hunter-gatherer societies of the north-western
Mediterranean Maghreb are poorly known. The reasons for this seem to be manifold.
While the huge and well preserved Late Pleistocene cave stratigraphies allow a
comprehensive description of the foregoing Iberomaurusien culture, such distinct
inventories are nearly absent for the Early Holocene. The uninterrupted lithic tradition
suggesting population continuity of Late Pleistocene to Early Holocene hunter-
gatherers makes it difficult to distinguish the artefact material from both cultures
without absolute dating. Additionally, the changing environment may have forced
people to a more mobile lifestyle. From the archaeological point of view all this factors
make the Epipalaeolithic hardly visible.
The paper summarizes all known Epipalaeolithic and Early Neolithic sites and
inventories of the Eastern Rif with particular focus on recent excavations of the
Moroccan-German cooperation working in the area since 1995. Finally these new data
will be integrated in a model of Epipalaeolithic-Neolithic Transition in Mediterranean
Morocco that could be the basis for further considerations about Africa-Europe
contacts in the Early Holocene.
El asentamiento neolítico costero de Zafrín (Islas Chafarinas): campañas
de excavación de 2004 y 2005

Manuel Rojo Guerra


Rafael Garrido

Se presentan los principales resultados de las dos campañas de excavación


desarrolladas en el asentamiento neolítico cardial al aire libre de Zafrín en la Isla del
Congreso (Islas Chafarinas, Norte de África), en el curso de las cuales se pudieron
detectar, gracias a su excavación en área, diversas estructuras de habitación (una
cabaña oval completa, varios hogares, un hoyo, restos de otra cabaña deteriorada por
la erosión, etc.). Además se recuperaron numerosos materiales arqueológicos, como
cerámicas cardiales, industria lítica tallada en sílex y radiolarita, pulimentada (molinos,
hachas pulimentadas), fragmentos de cáscara de huevo de avestruz, adornos en
concha, etc. Los análisis arqueozoológicos demuestran el desarrollo de la ganadería,
complementada con la caza y la recolección de moluscos; y los paleobotánicos
testimonian asimismo la presencia de agricultura de cereales en el lugar.
Etnoarqueología en la Jebala (Rif occidental, Marruecos)

Juan José Ibáñez Estévez


Jesús González Urquijo
Leonor Peña Chocarro
Lydia Zapata Peña
Juan F. Gibaja Bao

La Jebala es una región situada en las montañas del Rif occidental, a caballo entre las
cuencas mediterránea y atlántica del norte de Marruecos. La región está conociendo
un proceso de desarrollo económico en los últimos años pero aún se conserva muchos
rasgos propios de las sociedades campesinas tradicionales.
Entre 1998 y 2001 abordamos un trabajo de campo etnoarqueológico para analizar
algunos procesos técnicos que se desarrollan en el seno de estas sociedades. El
objetivo era captar la dinámica de estos procesos para crear referentes que podían
resultarnos útiles para comprender aspectos del funcionamiento de sociedades
campesinas prehistóricas.
En este periodo estudiamos el cultivo y procesado de cereales vestidos, la producción
de cerámica a mano, las técnicas de curtido, los trabajos de cestería en caña y esparto,
la gestión del ganado y su aprovechamiento o la construcción y el uso de los espacios
domésticos, entre otros aspectos.
La observación se centró no solo en los aspectos técnicos de los procesos estudiados
sino también en los contextos económicos y sociales en los que tenían lugar.
Las referencias y reflexiones generadas en el trabajo etnoarqueológicos han sido
aplicadas a la interpretación de procesos históricos en el neolítico de la región
cantábrica –las primeras técnicas agrícolas de la región- y de Próximo Oriente –la
gestión de la producción lítica a lo largo del neolítico.
El mesolítico-neolítico antiguo en la cuenca del Guadalete (Cádiz)

F. Giles Pacheco
J. Mª. Gutiérrez López
F. Giles Guzmán
A. Santiago Pérez

Se determina el estado de la cuestión respecto al conocimiento de las sociedades de


últimos cazadores-recolectores y primeros productores a lo largo del valle del río
Guadalete. Esta área del suroeste peninsular permite una aproximación general a los
procesos históricos, abarcando desde el actual litoral atlántico, pasando por las
grandes campiñas gaditanas al sur del Guadalquivir, y las sierras de Cádiz-Málaga.
Varias son las novedades que pueden aportarse. Los inicios de la investigación
documentaron asentamientos al aire libre fundamentalmente del Paleolítico Superior
y Mesolítico (Las Arenosas, La Escalera, El Jadramil, Barranco Blanco, y especialmente
Los Frailes) en el tramo medio de la cuenca del Guadalete, que venían a configurarse
como los precedentes, hasta entonces desconocidos, de la abundante ocupación
neolítica de las cuevas de Cádiz. En la actualidad, se han incorporado al registro las
secuencias estratigráficas de las cuevas de Higueral de Valleja en Arcos de la Frontera y
Cueva de Gorham en Gibraltar. Por otra parte, también se enriquece la discusión con el
conocimiento de amplias necrópolis megalíticas en el territorio de piedemonte de las
sierras calcáreas y de facies Aljibe (Alberite en Villamartín y El Juncal en Ubrique).
Expresiones del Megalitismo, en su versión funeraria pero también de menhires, con
una cronología absoluta antigua, que fueron erigidas por asentamientos al aire libre
que se definen ergológicamente por las clásicas cerámicas neolíticas a la almagra y la
presencia esporádica de lo cardial.
Sin embargo, la gran novedad ha sido determinar la probable continuidad entre las
fases recolectoras y las productoras, concretamente en el extremo occidental de área
de estudio, el litoral de la Bahía de Cádiz. En la localidad costera de Rota, los
yacimientos de Pozo Nuevo y Punta Candor, representan los modelos mesolítico y
neolítico antiguo disponibles, como antecedentes de los amplios asentamientos con
campos de silos de producción agropecuaria consolidada.
Para esta temática, se proponen dos líneas de discusión, partiendo aún de una
información insuficiente desde análisis de contenido paleo-económico.
Ninguna de las secuencias estratigráficas disponibles, tanto en Higueral de Valleja
como en Gorham, define una secuencia ininterrumpida Paleolítico Superior –
Mesolítico - Neolítico. Únicamente, en Gorham, se superpone al magdaleniense
superior un estrato cerámico neolítico, donde la subsistencia continúa anclada en la
explotación de los recursos silvestres y marinos. Idéntica base económica es patente
en ejemplos próximos al aire libre como el yacimiento de Borondo, también en el
tramo gaditano de la costa mediterránea.
Por otra parte, el rico foco neolítico de la Sierra de Cádiz, caracterizado por las
cerámicas decoradas a la almagra, parece constituirse como único protagonista del
inicio de la economía de producción en la comarca, pero no sólo por su ocupación de
las cuevas, sino también apropiándose del resto del territorio mediante sus
construcciones megalíticas.
Estado actual del conocimiento de las sociedades tribales neolíticas en el
ámbito de la región histórica del Estrecho de Gibraltar. Tecnología,
recursos y modos de vida.

José Ramos
Manuela Pérez
Salvador Domínguez-Bella
Eduardo Vijande
Juan Jesús Cantillo

Exponemos un estado actual del registro arqueológico de las sociedades tribales en la


región histórica del Estrecho de Gibraltar. Se valoran los sustratos previos y sus
componentes históricos. Se considera su enmarque en el estudio de categorías
económicas y sociales. Aportamos la variedad del registro arqueológico, los modelos y
patrones de asentamiento entre los milenios VI-IV a.n.e. Se valora la tecnología y la
explotación y consumo de materias primas de diversa naturaleza, considerando la
peculiaridad de los recursos marinos en la definición de los modos de vida de estas
sociedades.
Los estudios sobre el mesolítico y el neolítico antiguo en Huelva. Balance
y perspectivas

Juan Carlos Vera


José Antonio Linares
Mª. Dolores Camalich
Dimas Martín

El temprano descubrimiento y posterior divulgación de los hallazgos de la Cueva de La


Mora en la sierra de Jabugo a principios del siglo XX, habrían hecho augurar que un
siglo más tarde el conocimiento de las primeras sociedades productoras en el suroeste
andaluz presentase un panorama al menos equiparable al de otras zonas de la zona
meridional de la Península Ibérica. Nada más lejos de la realidad. Si bien a finales de los
’60 Pellicer encuadró la provincia de Huelva en el “subcirculo andaluz occidental” de su
conocida síntesis territorial, no se produjeron nuevas aportaciones de indicios
materiales hasta las décadas de los años 70 y 80, procedentes ahora de la orla litoral,
como es el caso de las estaciones de la Dehesa (Lucena del Puerto) y El Judío
(Almonte). A partir de ese momento, y en paralelo con el devenir de la investigación
andaluza, se fue gestando la idea de la existencia en la provincia de dos patrones de
asentamiento neolítico, uno de tipo troglodítico al interior y otro al aire libre en la
costa.
A partir del traspaso de competencias en materia de cultura a la Junta de Andalucía, se
diseñaron sendos Proyectos de Investigación Sistemática con base territorial –“Tierra
Llana” y “Odiel”- cuyas actividades de prospección, si bien no dirigidas específicamente
al análisis de las ocupaciones meso-neolíticas, hicieron aumentar el número de
estaciones conocidas en la Costa y el Andévalo. Otras aportaciones vinieron de la mano
de intervenciones de urgencia y de prospecciones de ámbito municipal que
básicamente se redujeron a dar noticia de nuevos hallazgos de manera descriptiva. Por
lo tanto, hasta el reciente diseño del Proyecto de Investigación en el que se integra la
excavación del yacimiento de La Dehesa, como quedará reflejado en la comunicación
correspondiente, la provincia no ha contado con un programa diseñado
específicamente para la investigación del holoceno temprano, aunque sí se realizaron
determinados avances respecto a la evolución geomorfológica y ambiental del sector
litoral.
Actualmente se conocen estaciones que cuentan con un elevado potencial para la
investigación entre las que destacamos el conchero de Cañada Honda (Aljaraque), con
una posible fase transicional epipaleolítico-neolítico, el yacimiento de La Melera
(Valverde del Camino) –entre otros- para la fase inicial de la economía productora o el
relleno estratigráfico que aún se conserva en la propia Cueva de la Mora. El análisis
espacial de las diversas localizaciones, dadas a conocer de manera bibliográficamente
dispersa, permite avanzar una red de poblamiento ligado a las cuencas de los ríos Tinto
y Odiel y sus tributarios, a la orla litoral desde el Guadiana a Doñana, con novedosas
aportaciones en el Andévalo y la Sierra relacionadas con la detección de un
megalitismo prefunerario, claramente anterior a las evidencias tardoneolíticas y
calcolíticas.
Los inicios de la economía de producción de alimentos en Almería.
Estado de la cuestión.

Mª Dolores Camalich Massieu


Dimas Martín Socas
Pedro González Quintero
Amaya Goñi Quinteiro
Amelia del C. Rodríguez Rodríguez
Miriam Rodríguez Marrero

Los trabajos realizados en los últimos 20 años en la provincia de Almería,


especialmente en la zona oriental, permiten ofrecer un panorama bien diferente a la
visión que se tenía tradicionalmente sobre la dinámica del tránsito de las últimas
poblaciones de cazadores-recolectores a las productoras de alimentos. Igualmente,
del desarrollo de éstas hasta su consolidación y transformación en las formaciones
sociales características de lo que tradicionalmente se ha venido considerando bajo la
denominación de “Cultura de Almería”, tanto desde el punto de vista de su
organización socioeconómica y política como de la cronología en que esto tiene lugar.
El Neolítico Antiguo en el Bajo y Medio Guadalquivir

Beatriz Gavilán
José Luis Escacena

Partiendo de la Cueva de los Murciélagos de Zuheros, situada en la cuenca del


valle Medio del Guadalquivir y finalizando en Lebrija, en la antigua
desembocadura, ofrecemos una visión de conjunto de los asentamientos que han
proporcionado materiales correspondientes al Neolítico Antiguo. Planteamos, en
función de la ausencia y/o escasez de ciertas matrices decorativas y de la
presencia de cebada silvestre en el norte de África, una posible vía de
penetración a partir de dicho continente.
El neolítico en la costa de Málaga: viejos y nuevos datos para su
contextualización en el proceso de neolitización del sur de la península
Ibérica.

Miguel Cortés Sánchez


María D. Simón Vallejo
José A. Riquelme
Leonor Peña Chocarro
Juan F. Gibaja Bao
Mª Carmen Lozano Francisco,
J.L. Vera Peláez
Rafael Martínez Sánchez

La costa de Málaga dispone de alguno de los principales yacimientos arqueológicos del


sur de la penínusla Ibérica para el conocimiento del neolítico en este ámbito
geográfico (Cueva de Nerja). A partir de la revisión de los datos arqueológicos de las
antiguas excavaciones llevadas a cabo en este emplazamiento. Así mismo, en los
últimos años se han venido desarrollando trabajos arqueológicos en Málaga (Hoyo de
la Mina) y la revisión de diversos yacimientos de la Sierra de Mijas (Torremolinos y
Benalmádena) que han permitido conocer mejor la ocupación neolítica de la bahía de
Málaga y recuperar para la investigación importantes datos arqueológicos.
En la actualidad, los estudios interdisciplinares sobre los distintos registros están
arrojando información relevante sobre el Neolítico de esta región tanto desde el punto
de vista cronológico, tecno-cultural, económico o simbólico.
Contextualización cronológica y análisis tecnotipológico de los artefactos
tallados del neolítico antiguo de los Castillejos (Montefrío, Granada)

Gabriel Martínez Fernández


José Andrés Afonso Marrero
Juan Antonio Cámara Serrano
Fernando Molina González

Gracias a los resultados de la datación mediante C14 (AMS), realizada recientemente,


de una serie de muestras de vida corta, se ha podido asignar una cronología precisa al
tramo sedimentario atribuido al Neolítico Antiguo a partir de las últimas excavaciones
(1991-1994) desarrolladas en el yacimiento de Los Castillejos (Montefrío, Granada).
Este contexto cronológico hace especialmente significativos los resultados del análisis
técnico y tipológico de la industria tallada de las unidades sedimentarias que integran
dicho tramo, si consideramos la representatividad estadística de la muestra que hace
que pueda ser considerada como un referente para Andalucía Oriental.
Mésolithique final et Néolithique ancien autour du détroit :
une perspective septentrionale (Atlantique / Méditerranée)

Claire Manen
Grégor Marchand

Lorsque dans la seconde moitié du 20ème siècle, les hypothèses d’influences africaines
dans la Préhistoire ibérique ont commencé à être négligées, les archéologues se sont
tout naturellement tournés vers les modèles établis en France et en Italie pour établir
les liens culturels et chronologiques. Mouvement souvent conçu comme
essentiellement migratoire - peuples ou techniques ? – la néolithisation a notamment
été très affectée par ce mouvement, avec l’hypothèse d’un courant cardial
particulièrement expansif des Pyrénées au fleuve Mondego. A la faveur de travaux
récents, il apparaît pourtant que de nombreuses innovations techniques du
Mésolithique final et du Néolithique ancien n’ont rien à voir avec les cultures
contemporaines ou antérieures établies en France. Nous tenterons de les lister
systématiquement, puis de chercher quels domaines des systèmes techniques ils
concernent, pour proposer plusieurs scénarios des changements techniques lors de la
néolithisation en Espagne et au Portugal, tant parmi les peuples de chasseurs-
cueilleurs que d’agriculteurs. Il serait caricatural de chercher une origine directe de ces
nouveautés techniques en Afrique du Nord, pour compenser les travaux récents par un
mouvement de balancier. Nous souhaitons plutôt poser quelques jalons dans cette
histoire des techniques, susceptibles d’éclairer les dynamiques culturelles alors à
l’œuvre. Le son de cette voix du nord n’a d’autres ambitions que de cerner au plus près
le débat de haut niveau actuellement en cours dans le sud de la péninsule ibérique.
Disponibilidad de materias primas para la producción lítica en la
Prehistoria antigua del Sudoeste de Portugal

Joana Boix
Xavier Terradas
Nuno F. Bicho

A lo largo de 2008 y 2009 se ha venido desarrollando el proyecto de investigación «La


explotación prehistórica de los recursos minerales en el Suroeste de la Península
ibérica: reflexiones metodológicas e interpretación histórica» en el marco de un
convenio bilateral CSIC – FCT. Este proyecto plantea la oportunidad de desarrollar una
investigación específica en torno a la disponibilidad de recursos silíceos y a la
explotación y circulación de sus materias primas durante la Prehistoria en el Suroeste
de Portugal. A partir de una serie de prospecciones preliminares desarrolladas por N.F.
Bicho, H. Veríssimo y E. Santos, hemos procedido a completar las mismas,
documentando un número importante de afloramientos de rocas silíceas. Todo ello
nos permite esbozar una primera aproximación a la disponibilidad de materias primas
líticas para la manufactura del instrumental lítico tallado en la Prehistoria antigua del
Algarve.
Estado de la cuestión sobre los estudios traceológicos realizados en
contextos mesolíticos y neolíticos del sur peninsular y noroeste de África

Juan F. Gibaja
Juan José Ibáñez
Amelia Rodríguez
Jesús Emilio González
Ignacio Clemente
Victoria García

Desde mediados de los años 90’ del s.XX hasta el presente se han venido realizando un
conjunto de estudios traceológicos en diversos yacimientos mesolíticos y neolíticos de
Andalucía, Extremadura española, Algarve, Alentejo, Estremadura portuguesa, Ceuta y
Melilla.
En este trabajo presentamos un estado de la cuestión de los estudios traceológicos
valorando no sólo las cuestiones relacionadas con el uso de los instrumentos y la
caracterización morfotécnica de los mismos, sino también la cronología de los
yacimientos, el marco geográfico en el que se encuentran y el contexto económico y
social representado por las comunidades humanas que los habitaron.
El proyecto en el que se enmarca este workshop, nos está permitiendo tener los
recursos necesarios para abordar el análisis traceológico de nuevos contextos
mesolíticos y neolíticos, así como ampliar la muestra de algunos de los yacimientos
sobre los que ya se habían estudiado algunos instrumentos.
Agricultura neolítica en el sur de la Península Ibérica: estado de la
cuestión y nuevas perspectivas.

Leonor Peña-Chocarro
Lydia. Zapata

A pesar de la importancia del estudio de la primera agricultura en la definición del


Neolítico, los estudios arqueobotánicos, especialmente de macrorrestos, en la P.
Ibérica son todavía escasos debido en parte a la falta de especialistas y al escaso
desarrollo que la disciplina ha tenido entre los investigadores peninsulares.
Utilizando los datos existentes, este trabajo pretende presentar un estado de la
cuestión sobre los inicios de las prácticas agrícolas en el sur peninsular, centrándonos
en aspectos como la diversidad de cultivos y su cronología así como en las prácticas
agrícolas detectadas, en el marco del proceso de implantación de la agricultura en el
oeste del Mediterráneo. Al mismo tiempo, la comunicación incluirá la discusión sobre
las nuevas perspectivas en el estudio de los orígenes de la agricultura a partir de los
nuevos proyectos en los que participan las autoras.
Estudio dental de las poblaciones humanas Mesolíticas-Neolíticas del
Sudoeste peninsular. Contribuciones desde el anàlisis métrico y de
morfometría geométrica.

Jordi Ruiz
M. Eulàlia Subirà

La morfometría geométrica (MG) es una familia de métodos relacionados con la


descripción y análisis de objetos geométricos que se basa en las relaciones angulares
entre estructuras homologas más que en las distancias lineales entre ellos. Esta
metodología es una herramienta robusta que permite cuantificar la forma pura de
cualquier objeto geométrico, descontando los efectos del tamaño, rotación y
traslación. Aplicado al estudio dental permite hacer relaciones entre diversas
poblaciones y la evolución de las mismas.
Los estudios dentales realizados en las poblaciones de los períodos Mesolítico y
Neolítico del Próximo Oriente han permitido evaluar cambios de tamaño como
consecuencia del cambio de alimentación. Este estudio pretende valorar las posibles
diferencias de tamaño entre las poblaciones de ambos períodos en la península a la
vez que analizar su morfología y por tanto el origen del sustrato de la población.
ADN antiguo de yacimientos Neolíticos de la Cuenca Mediterránea. La
transición al Neolítico desde una perspectiva genética.

Eva Fernández Domínguez


Cristina Gamba
Eduardo Arroyo-Pardo.

Desde un punto de vista genético, la transición Mesolítico-Neolítico en Europa ha sido


evaluada en términos de continuidad genética desde el Paleolítico o ruptura genética
como consecuencia de la migración masiva desde Próximo Oriente durante el
Neolítico.

La distribución y frecuencia de las diferentes variantes del ADN mitocondrial en


poblaciones Europeas actuales (haplogrupos) apunta principalmente a una continuidad
genética desde el Paleolítico, con una contribución minoritaria -del orden de 23%- de
las expansiones Neolíticas de Próximo Oriente. Sin embargo, esta hipótesis no ha sido
comprobada in situ sobre las poblaciones correspondientes a estos períodos.

En el marco de los proyectos de investigación PTDC/HAH/64548/2006 y CGL2006-


07828/BOS se analizaron un conjunto de huesos y dientes humanos de individuos
Neolíticos de yacimientos de Siria, Sur de Francia y la Península Ibérica. Los resultados
muestran un cambio en la composición genética de las poblaciones desde el Neolítico
hasta la actualidad, a la vez que sugieren un patrón de dispersión diferente al
planteado desde la genética de poblaciones actuales.
Paleopaisajes de Andalucía Oriental durante la transición Mesolítico-
Neolítico antiguo

J. A. López Sáez
L. López Merino
F. Alba Sánchez
S. Pérez Díaz

La región andaluza comprende una amalgama de paisajes y ecosistemas, de tan


variada génesis como manejo antrópico, cuya comprensión paleoambiental necesita
urgentemente tanto de una revisión pormenorizada de los datos existentes como una
nueva conceptualización de lo que esta región, al menos Andalucía Oriental (provincias
de Almería, Córdoba, Granada, Jaén y Málaga), puede suponer al entendimiento del
proceso de neolitización del sur de la Península Ibérica.
La mayor parte de los datos arqueobotánicos disponibles en el este de Andalucía
proceden de análisis carpológicos en cuevas. Aunque este tipo de información permite
reconocer las pautas y especies cultivadas en la Prehistoria, difícilmente puede ayudar
a comprender el paisaje cultural en que este tipo de actividades se desarrollaron y
cómo, indudablemente, se imbricaron en una relación causal ser humano-naturaleza,
de la cual es necesario conocer tanto su dinámica temporal como espacial.
La presente comunicación tiene por objeto la reconstrucción de los paisajes de
Andalucía Oriental en la transición Mesolítico-Neolítico antiguo, haciendo especial
hincapié en el inicio y ritmicidad del impacto antrópico, a partir de análisis polínicos
realizados tanto en depósitos arqueológicos como en contextos naturales.
El Neolítico de la Cueva de Nerja: Excavaciones F. Jordá Cerdá (1979-87)

J. E. Aura
J. F. Jordá Pardo
M. Pérez Ripio
O. García Puchol
P. García Borja
J. V. Morales
G. Adán
J. Ll. Pascual
B. Avezuela

a) Se analiza la presencia de niveles "con materiales mesolíticos" y del Neolítico


antiguo en la Cueva de Nerja. a partir de los datos estratigráficos, sedimentarios,
tafonómicos y radiométricos,
b) Se presenta una valoración conjunta de los materiales arqueológicos —industrias
líticas talladas, cerámica, industria ósea y adornos— y conjuntos de faunas de las salas
de la Mina y del Vestíbulo de la Cueva de Nerja.
Campos de silos y necrópolis en los entornos de la bahía de Cádiz.
Nuevos hallazgos referentes a las sociedades tribales.

Manuela Pérez Rodríguez

Eduardo Vijande Vila

Juan Jesús Cantillo Duarte

Presentamos en este trabajo una valoración general de dos yacimientos situados en los
entornos de la Bahía de Cádiz que aportan nuevos datos sobre el proceso de desarrollo
de las Sociedades Tribales en esta zona. Ambos fueron excavados durante varios
meses en 2007 y 2008, mediante Actuaciones Arqueológicas Preventivas. Son los
yacimientos de la C/Armas de Santiago (Jerez de la Frontera, Cádiz) y de Campo de
Hockey (San Fernando, Cádiz).

El primero de ellos es un campo de silos con presencia de cerámicas almagras, con


incisiones, cardiales y cuencos carenados. La tecnología lítica documentada consiste
básicamente en láminas retocadas, laminitas de dorso, algunos fragmentos de
pulimentados, etc. Asimismo, se han documentado en algunas de las estructuras
negativas, que hemos considerado como silos, sólo la presencia de semillas que se han
podido recuperar mediante la flotación de parte del sedimento.

Los trabajos de urgencia desarrollados en el año 2008 en el yacimiento de Campo de


Hockey (San Fernando, Cádiz), han permitido documentar una extensa necrópolis
perteneciente al IV milenio a.n.e. Se ha podido excavar una tercera parte del área de
enterramiento habiéndose localizado más de 80 individuos en estructuras funerarias
individuales (aunque también hemos documentado 4 enterramientos dobles) de
tipología diversa.

De ambos yacimientos se ha recuperado una interasante muestra malacológica de la


que presentamos un avance y que pone de manifiesto la importancia que para estas
sociedades tuvo también la explotación y gestión de los que serían ricos recursos
marinos de la zona.
Los dos pueden esbozar el proceso histórico que lleva al desarrollo social de las
primeras sociedades sedentarias en los entornos insulares y de la campiña litoral de la
Bahía de Cádiz.
El neolítico en la vega y tierras bajas del Guadalquivir Medio. Nuevos
retos ante un problema persistente.

Rafael María Martínez Sanchez

José Clemente Martín de la Cruz

María Dolores Bretones García

María Pilar Ruiz Borrega.

La banda territorial compuesta por la llanura aluvial del Guadalquivir Medio, el


piedemonte de Sierra Morena y las primeras estribaciones de la campiña, integra un
territorio geográficamente privilegiado sobre el cual podrían rastrearse datos relativos
a ocupación humana entre el Holoceno Inicial y el V Milenio ANE.

Deducimos que la pretendida insuficiencia de registros atribuibles a este período, ha


sido debida por un lado, a factores de índole postdeposicional ligados a la fuerte
acción antrópica sobre los campos cultivados de la vega y tierras bajas, a la falta de
una investigación sistemática en el escalón del piedemonte por otro, y en último
término, al muy diferente grado de conocimiento de ciertos territorios representados
a nivel administrativo por términos municipales. Sin embargo, pensamos que dicha
casuística no logra explicar todas las ausencias detectadas. La reciente excavación de
varios enclaves arqueológicos en esta banda geográfica, está arrojando luz sobre los
procesos asociados a la ocupación de la tierra entre el V y IV Milenios ANE.
El yacimiento neolítico del Arroyo de Santa María (Almonte, Huelva)

Juan Carlos Vera


Mª. José Martínez
Diego Gonnzález

El yacimiento neolítico del Arroyo de Santa María se localiza en la margen derecha del
curso fluvial epónimo, en las proximidades de la vereda que desde la localidad de
Almonte conduce a la aldea de El Rocío. Presentamos en esta comunicación los
resultados obtenidos durante el desarrollo de una Intervención Arqueológica de
Urgencia motivada por las obras de infraestructura realizadas para el desdoblamiento
del gasoducto Huelva-Sevilla.
Los trabajos consistieron en una prospección superficial, en el seguimiento del trazado
de una zanja realizada por medios mecánicos y la posterior excavación manual de un
total de 5 cortes estratigráficos que permitido delimitar un área de dispersión de
restos que supera la hectárea de extensión.
El material recuperado consiste en industria lítica tallada de pequeño formato en la
que predominan las microlaminillas y las microlascas que sirven de soporte a útiles
como elementos de hoz de inserción oblicua, láminas con pátina de siega, trapecios,
raederas, truncaduras y escotaduras, acompañados de algún perforador. La piedra
trabajada y pulimentada encuentra representada por hachas por regla general
fragmentadas y/o con señales de intensa utilización, alguna azuela, percutores y
fragmentos de muelas y machacadores. En lo que respecta a la cerámica decorada las
especies presentes son: Cerámica a la Almagra con o sin asociaciones decorativas,
Cerámica Incisa y Cerámica Impresa (en ocasiones en asociación), Decoraciones
Plásticas Aplicadas (D.P.A.) y, finalmente, Cerámica Cepillada.
Durante el proceso de excavación se detectaron indicios de termoestructuras
desmanteladas y concentraciones de adobes que parecen corresponder a la
delimitación de zonas de combustión.
La comparación de las características técnicas, tipológicas y decorativas de los
productos cerámicos y de las industrias líticas con otros conjuntos de la zona
meridional de la Península Ibérica, permite avanzar una propuesta cronológica
centrada en el Vº milenio cal. a.C.
Faunas de mamíferos mesolíticas y neolíticas andaluzas. Estado de la
cuestión

José Antonio Riquelme

En las líneas que siguen, se ofrece una panorámica comentada del estado de la cuestión
de las faunas de mamíferos recuperadas y analizadas en los yacimientos arqueológicos
adscritos a los periodos mesolítico y neolítico respectivamente en el ámbito geográfico
andaluz, en la confianza de poder cuando menos sentar las bases, tanto metodológicas
como empíricas, de lo que debería ser desde hace tiempo un sistemático programa de
investigación en el ámbito peninsular habida cuenta la relevancia histórica del territorio
andaluz en el desarrollo del proceso de neolitización del mediterráneo occidental. Tras
años de investigación, parece lógico pensar que nuestro conocimiento sobre los
mamíferos de ambos periodos en esta región sería más que aceptable. La realidad dista
mucho de tal pretensión. Problemas de todo tipo, incluyendo la recuperación parcial de
muestras y lo menguado, cuando no conflictivo, de algunas radiodataciones se unen para
configurar un cuadro a efectos de verificación de hipótesis que, por lo mismo, se presta a
todo tipo de especulaciones teóricas.
Sabores mesolíticos: a dieta das comunidades humanas dos concheiros
de Muge e do Sado através de análises químicas dos ossos

Cláudia Umbelino

As análises de oligoelementos e de isótopos estáveis de carbono e de azoto


constituem técnicas directas que nos permitem uma aproximação do regime alimentar
adoptado pelas comunidades humanas do passado. Na presente comunicação serão
abordados os principais resultados obtidos para o Mesolítico final, mais
concretamente, para os famosos concheiros de Muge e do Sado, cujas balizas
cronológicas se situam entre os 7500 to 5500 anos BP.

Estes dois núcleos de concheiros apresentam uma dieta diversificada, baseada na


exploração de um largo espectro de recursos alimentares que caracterizam os
estuários do Tejo e do Sado, designadamente de origem marinha e terrestre, animal e
vegetal. Contudo, é notória uma certa discrepância no que respeita à importância
relativa dos alimentos marinhos na dieta, sendo esta mais acentuada nos concheiros
de Muge, com uma proporção da ordem dos 50%, do que no seus congéneres do Sado,
onde, aparentemente, este tipo de recurso constitui aproximadamente 30% da dieta.

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