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O que esperar do e-Commerce em 2008?

Por Alessandro Gil*

Assim como nos últimos cinco anos, o comércio eletrônico em 2008 promete ter
excelente crescimento. Porém, neste ano, alguns fatores devem potencializar este
crescimento, muito mais que em anos anteriores. O cenário não poderia ser
melhor, a economia está estável e o comércio varejista apresentando ótimos
resultados, novos entrantes devem aquecer o mercado, o crédito está mais
disponível, o consumidor adota cada vez mais o comércio eletrônico e as
tecnologias estão mais acessíveis para consumidores e empresas.

Há alguns anos vivemos um cenário de crescimento em todos os setores. O Brasil


vem estabilizando sua economia, diminuindo as taxas de juros, e de alguma forma
distribuindo mais renda para a população. Com isto, 2007 foi um ano acima da
média, especialmente para o comércio varejista. O Natal, por exemplo, foi o melhor
da história, o que prenuncia excelentes perspectivas para 2008. Este aquecimento
permite que as empresas invistam em publicidade e novos canais de vendas.

Tais resultados devem ainda acelerar a entrada de diversas redes que há tempos
anunciam o início de suas atividades de e-Commerce. Os três gigantes Wal-Mart,
Carrefour e Casas Bahia certamente iniciarão suas operações ainda em 2008, o
que deve resultar na melhor distribuição do mercado de vendas online, hoje
praticamente dominado pelo grupo B2W (Submarino, Americanas.com e
Shoptime.com). E, talvez o mais importante, forçar redes regionais com mais de 20
lojas (que hoje são centenas no Brasil) a estruturarem seus comércios eletrônicos.
Consequentemente o consumidor ganhará mais opções, além de ter a
possibilidade de comprar pela Internet em lojas que já estão acostumados a visitar
fisicamente. A prova que isso dá certo é o excelente resultado que Magazine Luiza,
Ricardo Eletro e Lojas MM já têm em seus e-Commerce's.

A facilidade do consumidor em comprar pela Internet também está muito ligada ao


crédito. Muitas destas redes já possuem seus próprios cartões e/ou sistemas de
crédito baseados no histórico de relacionamento com o consumidor em suas lojas.
Este crédito pode e deve ser transferido para as compras online, principalmente
com a concretização da entrada destas redes no e-Commerce.

A questão da tecnologia também deve ter grande influência no bom resultado


esperado para 2008. A população brasileira aumentou o acesso a computadores e
Internet, e por outro lado os sistemas de comércio eletrônico hoje estão muito
maduros e permitem às empresas disponibilizarem seus mix's de produto, ao
mesmo tempo em que controlam suas ações de marketing e hábitos de consumo
de seus clientes. O governo também tem papel importante neste aspecto, pois,
além de lançar programas como "Inclusão digital" que oferecem oportunidades às
pessoas de terem maior contato com a tecnologia, também disponibilizam linhas de
crédito como o "Prosoft" que facilitam a aquisição de software às empresas através
de financiamento com taxas de juros muito abaixo das praticadas pelo mercado
financeiro.

A conclusão deste cenário não poderia ser mais otimista. O mercado aumentando
e a economia ajudando, o consumidor comprando, e fundamentalmente cada vez
mais pela internet, novos concorrentes iniciando suas operações na Web, além de
crédito e tecnologias disponíveis para as empresas e consumidores - 2008
certamente será um dos melhores anos para o comércio eletrônico brasileiro,
e quem ganha com isso é o consumidor.

*Alessandro Gil é gerente de marketing da Ikeda (www.ikeda.com.br), empresa de


tecnologia especializada em soluções de e-commerce.

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