1. De acordo com o doc. A, fonte histórica é tudo aquilo de onde o historiador
possa retirar informação para construir o conhecimento histórico. O aluno pode referir exemplos (textos, monumentos, testemunhos orais e outros). 2. Fonte primária é um documento histórico, produzido numa dada época e com um determinado objectivo. A fonte secundária é aquela que resulta já do trabalho do historiador e da sua interpretação das fontes primárias. 3. Doc. A – documento de natureza historiográfica; Doc. B – documento de natureza política; Doc. C – documento iconográfico; Doc. D – documento de natureza política; Doc. E – fonte histórica material.
GRUPO II
1. O aluno deve focar os seguintes conteúdos científicos:
A polis (cidade-estado) como comunidade autónoma, auto-suficiente (ideal de autarcia), organizada de forma independente à volta de um núcleo urbano. O território, para além do centro urbano, incluía zonas agrícolas e de litoral, de fácil acesso ao mar e às actividades marítimas (comércio e pesca). De entre os habitantes da polis destacava-se o corpo cívico, o conjunto dos cidadãos, que apesar do seu número reduzido (quando comparado com o número total de habitantes) era fundamental para a sua existência, pois a ele competia a administração e governação da cidade-estado, a organização das cerimónias religiosas e a elaboração das leis. O espaço cívico organizava-se em redor de dois pólos: a acrópole, situada na parte alta da cidade, rodeada de muralhas, era um local de culto com funções cerimoniais; e a ágora ou praça pública onde se desenrola a vida quotidiana. Era o centro político, comercial e social da cidade, partilhando com a acrópole funções religiosas. 2. O aluno deve focar os seguintes conteúdos científicos: O regime político em vigor é a democracia que se caracteriza por ser uma democracia directa, em que todos os cidadãos participavam directamente na governação da cidade através de eleições ou sorteios, para o desempenho temporário de cargos políticos, ou através do voto na aprovação de leis e outras tomadas de decisão na assembleia (Eclésia), onde vigora o princípio da soberania popular (princípio da maioria na tomada de decisões). Todos os cidadãos, sem distinções de nascimento, profissão, riqueza ou grau de instrução exerciam o seu direito e dever de eleger ou exercer os cargos públicos. O aluno pode ainda focar o direito de isonomia (igualdade perante a lei) não havendo privilégios baseados na riqueza; o direito de isocracia (igualdade de acesso aos cargos políticos). 3. O aluno deve focar os seguintes conteúdos científicos: A democracia ateniense é uma democracia imperfeita pois a grande maioria da população da polis não tem direitos políticos. De facto, apenas os cidadãos (cerca de 10% da população) têm direitos políticos, podendo eleger e ser eleitos ou sorteados para o desempenho de cargos públicos e participar na tomada de decisões na Eclésia. O resto da população, constituída por metecos (considerados estrangeiros), escravos e mulheres não têm quaisquer direitos políticos. As mulheres são discriminadas, sendo consideradas inferiores e sem vontade própria, estando impedidas de herdar, de possuir bens imóveis e de participarem na vida pública. É uma democracia que admite a existência de escravos considerados uma raça à parte, constituída por seres inferiores, destinados a produzir riqueza para quem detém a autoridade sobre eles, sendo considerados coisas que se podem vender e comprar. 4. O aluno deve ressaltar a divisão de poderes pelas diferentes instituições da democracia ateniense, fazendo a comparação com o sistema democrático actual: tal como acontece na Assembleia da República, onde se fazem e aprovam leis, era na Eclésia que as leis elaboradas pela Bulé eram aprovadas, tendo assim o poder legislativo. O poder judicial, da responsabilidade dos tribunais, estava entregue aos tribunais do Helieu e do Areópago. Quanto ao poder executivo, era da responsabilidade de arcontes e estrategos que tinham a tarefa de governar, tal como acontece com os governos das democracias actuais. 5. O aluno deve focar os seguintes conteúdos científicos: A religião tinha um papel muito importante na vida de todos os Gregos, contribuindo para a sua identidade cultural, unindo o que a organização política dividia. Nas cidades ou nos santuários veneravam-se os deuses, participando toda a polis e Gregos vindos de outras cidades-estado, o que conferia a essas manifestações religiosas um carácter pan-helénico. É neste contexto que surge o teatro, como ritual integrante das festas dedicadas ao deus Dionísio e que tinham lugar um pouco por todo o espaço grego. Os cânticos e danças com que se homenageava o deus evoluíram para as representações dramáticas a que concorriam vários autores (tragédias e comédias) com mensagens moralizantes e de sujeição do Homem à vontade dos deuses. O aluno pode focar ainda as temáticas das tragédias e comédias distinguindo-as, evidenciando o seu fim religioso e moralizante e carácter competitivo, bem como realçar alguns dos autores que mais se destacaram na produção teatral da época.