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GESTÃO DE GESTÃO DA
MATERIAL E TECNOLOGIA
PATRIMÔNIO DA INFORMAÇÃO
GESTÃO DE
PESSOAS NA
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
GESTÃO DE
QUALIDADE EM SERVIÇOS
GESTÃO ORÇAMENTÁRIA
E FINANCEIRA
ADMINISTRAÇÃO
FUNDAMENTOS PÚBLICA BRASILEIRA
DO DIREITO
PÚBLICO E PRIVADO
Coordenação Didático-Pedagógica
Stella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa
Redação Pedagógica
Alessandra Muylaert Archer
Frieda Marti
Tito Ricardo de Almeida Tortori Gestão da tecnologia da informação / coordenação
didático-pedagógica: Stella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa ;
Revisão
redação pedagógica: Alessandra Muylaert Archer, Frieda Marti,
Alessandra Muylaert Archer
Tito Ricardo de Almeida Tortori – Rio de Janeiro : PUC-Rio,
Projeto Gráfico e Diagramação CCEAD, 2013.
Romulo Freitas
3 v. : il. (color.) ; 21 cm
Coordenação de Conteudistas
Roberto Blaschek Inclui bibliografia
Conteúdo: unidade 1. TI nas organizações – estratégia e
Conteudista
conceitos / conteudista: Tatiana Braga Filippone.
Tatiana Braga Filippone
Boa leitura!
conteudista
1. INTRODUÇÃO 09
4. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA DE TI 29
6. WEB 2.0 47
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 55
1 INTRODUÇÃO
Boa leitura!
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GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U1
2 Negócios na Economia Digital
Objetivos específicos
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GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U1
As empresas, então, perceberam que, ao utilizar a internet, poderiam ajustar
suas operações e oferecer novos e melhores serviços a seus clientes.
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Views
A Cauda Longa é viabilizada pela redução dos custos para alcançar nichos. Na
curva tradicional, a cauda não existe, pois não há a oferta de tanto conteúdo
quanto na era digital. Três forças possibilitam a redução dos custos:
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GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U1
2.1 Empresa digital
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Processo Empresa Digital
Para operacionalizar as [transações digitais] emergentes que fluem entre os Transações digitais:
transações realizadas digital-
diferentes setores da empresa – e entre ela, seus clientes e fornecedores – são
mente, cada vez mais através
necessários mais recursos de processamento e armazenamento. Assim, é preci- de dispositivos móveis.
so entender a importância dos novos requisitos tecnológicos para a economia
e para as empresas digitais.
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GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U1
sistema pode atender ao mesmo tempo, o impacto causado pelas aplicações
de software existentes e as futuras e, ainda, medições de desempenho. O pla-
nejamento de capacidade assegura que a empresa tenha recursos suficientes
para suas necessidades correntes e futuras.
Os desafios administrativos para habilitar uma empresa para a era digital en-
volvem (Laudon e Laudon, 2004):
Área Descrição
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Área Descrição
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GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U1
ambiente de certa euforia, em que muitos investidores estavam dispostos
a ignorar parâmetros econômicos tradicionais em favor da confiança pela
novidade tecnológica. A confiança era tão grande à época que, por exemplo,
algumas empresas tiveram os preços de suas ações disparados, simplesmente
adicionando ao seu nome o prefixo “e -” ou o sufixo “.com”.
2.4 A Geração V
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Há quatro níveis de envolvimento dentro da Geração V (Gartner, 2013), que
refletem a extensão na qual clientes irão interagir com outros clientes, bem
como o nível de interação necessária para os negócios tornarem essa comuni-
dade possível. Esses quatro níveis são:
Nesse contexto, acredita-se que deva se pensar, projetar e vender para per-
fis virtuais, não para pessoas. Os perfis representam a personalidade que o
indivíduo assume naquela interação virtual. A Geração V se comunica on-line
através de seus perfis, e não de si próprias. Sendo assim, descobrir a verdadei-
ra identidade do cliente se torna irrelevante. As empresas, portanto, criarão
ambientes virtuais múltiplos e interativos como uma forma de direcionar a
exploração do consumidor até o momento da compra.
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GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U1
Segundo a revista Forbes (2008), o crescimento da Geração V é uma conse-
Consumerização: fenô- quência direta da [consumerização] de Tecnologia da Informação. Essa gera-
meno no qual as tecnologias
ção pode ser caracterizada por três atributos chave de comportamento:
são originadas, selecionadas
e desenvolvidas no mundo
dos usuários ao invés de • Uso da tecnologia como uma ferramenta para facilitar a comunicação,
nos departamentos de TI das que não é limitada por barreiras geográficas.
organizações.
• Desejo de participar através do envolvimento em comunidades globais,
utilizando perfis.
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
3 Tendências em
Tecnologia da Informação
Objetivos específicos
Para lidar com esses desafios, os gestores precisam de ferramentas para geren-
ciamento dos dispositivos móveis, soluções conhecidas como Mobile Device
Management (MDM) e Enterprise Mobility Management (EMM).
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GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U1
A quantidade de dados capturados, produzidos e armazenados pelas empre-
sas cresce exponencialmente a cada dia. De fato, a cada segundo, milhões de
transações são armazenadas em computadores ao redor do mundo. Uma das
causas desse crescimento exponencial é o papel ativo dos consumidores na
Mídias sociais: instru- economia digital. As [mídias sociais] possibilitam uma produção, colaboração
mentos de comunicação
e troca muito maior de informações entre os atores virtuais.
social, nos quais as pessoas
interagem, criando, trocando
e consumindo conteúdo – in- Outra causa do crescimento atual de dados – tendência de TI para as próximas
formações, ideias, fotos, etc. décadas – é a “internet das coisas” ou, em inglês, “internet of things” (IoT).
Como o próprio nome sugere, é um conceito que se refere a um futuro em
que todos os objetos estarão conectados e se comunicando através da inter-
net. Na categoria de “coisa”, deve-se incluir os objetos em todos os sentidos,
ou seja, máquinas, prédios, carros, estradas, roupas, eletrodomésticos, ani-
mais, plantas e até mesmo seres humanos.
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
futuristas, que a geladeira, por exemplo, poderá indicar o que está faltando e
já fazer a solicitação no supermercado, se tornará realidade. Será uma forma
totalmente nova de se relacionar com o mundo.
A utilização desse tipo de solução tem um grande potencial para muitas indús-
trias. Os dispositivos para identificar um objeto automaticamente através de
sinais de rádio, recuperando e armazenando dados remotamente, os RFID, são
os primeiros exemplos dessa utilização. São etiquetas com chips ou transpon-
ders que transmitem a informação a partir da passagem por um campo de in-
dução. Os RFID já são usados há muito tempo em fábricas, por exemplo, para
registrar se um determinado funcionário realizou a manutenção programada
para um equipamento específico.
50B
10B
200M
• O crescimento da nuvem;
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GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U1
Segundo, porque as barreiras à conectividade continuam a cair. O IPv6, evo-
lução do IPv4, oferece endereçamento ilimitado para dispositivos, permitindo
O smart device é um dispo-
sitivo eletrônico sem fio, mó- que mais pessoas, processos, dados e coisas estejam conectados à internet. O
vel, conectado via wi-fi ou IPv6 cria capacidades infinitas de endereçamento, necessárias para a quantida-
3G/4G, com capacidade de
de prevista de dispositivos que irão precisar de um endereço IP – identificação
comunicação de voz e vídeos,
acesso a internet e e-mails e única de um dispositivo como, por exemplo, computador e impressora, em
geolocalização, como o iPho- uma rede local ou pública. Em outras palavras, as “coisas” terão que ter uma
ne e o iPad.
identidade, para se tornarem um smart device. Isto é, precisam ser identifica-
das unicamente, para que seja possível saber, por exemplo, se uma determi-
nada posição de trabalho em uma empresa está ou não ocupada e por quem.
Nesse caso, há duas “coisas”, a cadeira e a pessoa, e cada uma possui um
identificador único.
O termo “competências cen- Terceiro, a redução do tamanho dos aparelhos, que futuramente poderão
trais” foi cunhado por Praha-
permitir conexão à internet entre coisas que nem os olhos humanos podem
lad e Hamel em seu artigo
The Core Competence of the ver. Por fim, a criação de valor para os negócios se deslocou para o poder das
Corporation, publicado pela conexões e para a habilidade de criar inteligência a partir delas. As empresas
revista Harvard Business Re-
view, em 1990. Refere-se às não podem mais somente confiar em suas competências centrais e no conheci-
competências que uma orga- mento dos funcionários, mas sim capturar inteligência rapidamente de muitas
nização possui e que de fato
a diferenciam no mercado,
fontes externas.
sendo difíceis de serem imita-
das e promovendo vantagem Tendo analisado a questão dos dados, é possível voltar a atenção ao Big Data.
competitiva. Como visto, os dados são oriundos de todo lugar:
• Fotos e vídeos;
• Registros de transações;
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Os grandes fornecedores, como IBM, Intel e Oracle, oferecem plataformas que Dados transacionais:
dados de transações relacio-
suportam a aquisição, armazenamento e análise das diversas fontes e tipos de
nadas a objetos de negócios,
dados. As decisões de negócios não serão mais baseadas somente em [dados por exemplo, dados de paga-
transacionais] armazenados em [bancos de dados relacionais]. mentos de funcionários.
• Eliminação da necessidade de ter grandes [data centers] gerenciados Data centers: centrais
onde ficam localizados os
internamente, reduzindo custos de manutenção e atualização do parque
servidores (de dados, de apli-
tecnológico; pessoal; licenças; energia; upgrades de softwares e pacotes. cações, de armazenamento,
entre outros), equipamentos
• Redução de custos quando se possui picos de utilização com outros de rede e telecomunicações
períodos de baixa ao longo do ano. Nos contratos de computação em de uma empresa.
nuvem ou simplesmente contratos de cloud, paga-se pelo que é utiliza-
do. Assim, uma empresa de vendas on-line, por exemplo, que tem picos
nas datas comemorativas, não precisa ter um data center preparado
para os picos e que passará o restante do tempo ocioso. Com a cloud,
utiliza o que precisa em cada mês e paga somente por isso.
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GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U1
• Facilidade de implantação: quando há um novo projeto, é muito mais
ágil e simples fazer um contrato de cloud do que aumentar a capacida-
de de um data center próprio.
Não se trata somente de hardware, pois hoje a maioria das empresas já ofe-
rece acesso remoto aos seus servidores, mas também de software. Assim, um
gerente de projetos não precisa ter o MsProject instalado em todos os compu-
tadores que usa para acessar seus arquivos de projeto da empresa.
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
O futuro parece apontar para que as empresas migrem para os serviços de Visite o site da Amazon Web
Services, disponível em
cloud – ou os usem parcialmente –, ou que montem a sua própria nuvem.
<http://aws.amazon.com/
pt/> para conhecer os servi-
Agora que já foi visto o que é o Big Data, a “internet das coisas” e a compu- ços oferecidos pela Amazon.
tação em nuvem (cloud computing), é simples pensar na integração de tudo. O link a seguir é de um moni-
tor do serviço de cloud ofere-
As empresas necessitarão de muito mais capacidade de armazenamento e
cido pelo Amazon: <http://
processamento para lidar com o volume grande de dados que irá povoar seus status.aws.amazon.com/>.
sistemas e bancos de dados. A computação em nuvem vem como uma das
opções para solucionar o problema que se vislumbra para os próximos anos.
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GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U1
4 Planejamento e estratégia de TI
Objetivos específicos
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GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U1
Especificam as orientações gerais em termos de
Planejamento de longo infraestrutura e dos requisitos dos recursos para
prazo atividades de TI em um intervalo de tempo de cinco a
dez anos no futuro.
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
de planejamento e/ou acompanham o andamento dos projetos. Nos comitês de CobiT é um framework e um
conjunto de ferramentas de
gestão acontecem reuniões periódicas e cada um fornece insumos para o outro.
governança de TI que permite
aos gerentes ligar os requisitos
A gestão do portfólio visa garantir que as prioridades de TI e do negócio es- de controle, as questões técni-
tejam alinhadas e que o portfólio de aplicações da empresa atenda o negócio cas e os riscos do negócio. O
CobiT habilita o claro desen-
a nível estratégico, tático e operacional. A gestão de demandas visa catalogar
volvimento de uma política e
as demandas de melhorias e novos desenvolvimentos, priorizando-os junto às boas práticas para controle de
áreas de negócio. A gestão de projetos, muitas vezes realizada ou alinhada por TI ao longo das organizações.
Enfatiza a observância regula-
um [escritório de projetos], tem o objetivo de gerenciar os projetos em suas tória, auxilia as empresas a au-
diferentes esferas: escopo, cronograma, custo, stakeholders, benefícios, riscos mentar o valor obtido através
da TI, habilita o alinhamento e
e problemas, promovendo sinergias entre os projetos.
simplifica a implementação do
framework.
A premissa mais importante da governança de TI é o alinhamento entre as di-
Conheça um pouco mais so-
retrizes e objetivos estratégicos da organização com as ações de TI. Existe o ali- bre o CobiT visitando a pági-
nhamento da TI, entendida como um departamento da organização, em que na: <http://www.isaca.org/
cobit/pages/default.aspx>.
sua estratégia, estrutura, tecnologia e processos devem estar alinhados com os
objetivos das [unidades de negócio]. E há, também, o alinhamento estratégico
de SI (Sistemas de Informação) com a estratégia organizacional. Escritório de projetos:
um escritório de projetos
O objetivo do alinhamento estratégico dos sistemas de informação é assegu- ou PMO (do inglês, Project
Management Office) é uma
rar que prioridades, decisões e projetos de SI estejam em consonância com as
unidade organizacional
necessidades de toda a empresa. O não alinhamento correto do SI com a es- que centraliza e coordena o
tratégia organizacional pode resultar em altos investimentos em sistemas que gerenciamento de projetos
sobre seu domínio. Um PMO
fornecem poucos benefícios ou no não investimento em sistemas que pode- supervisiona o gerenciamen-
riam fornecer muitos benefícios (Turban, Leidner, McLean e Wetherbe, 2002). to de projetos, programas ou
uma combinação dos dois.
A importância do alinhamento estratégico entre a TI e o negócio é uma das
maiores questões enfrentadas pelos chefes de Tecnologia da Informação, os Unidade/linha de
[CIOs]. Atingir o alinhamento estratégico não é tarefa simples para os gestores negócio: uma unidade de
negócios é uma divisão, linha
de TI. É necessário utilizar diferentes abordagens para entender a utilização de produtos ou outro centro
de TI e dos sistemas na organização. A governança é uma das metodologias e de lucro de uma empresa.
ferramentas disponíveis que facilitam o planejamento de TI. Outros exemplos
serão apresentados abaixo.
CIOs (Chief Infor-
mation Officer): chefe de
a. Modelo do planejamento de sistemas de negócio (BSP) Tecnologia da Informação.
Dependendo do tamanho da
O modelo BSP, desenvolvido pela IBM, inicia-se com a análise das estratégias empresa, pode ser o diretor,
o gerente geral ou o geren-
de negócio. Levanta os processos de negócio e as classes de dados envolvidas te de TI. Essa posição está
nos processos, e estes se tornam a base de uma arquitetura de informação. A evoluindo para CKO (Chief
Knowledge Officer) que
partir dessa arquitetura são definidos os bancos de dados organizacionais e engloba conhecimento e não
identificadas as aplicações que darão suporte às estratégias de negócio. somente informação.
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GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U1
b. Planejamento de cenários
Com a mudança de orientação das empresas para uma orientação por ser-
viços, o alinhamento estratégico de TI com a estratégia do negócio pode ser
facilitado pelo estilo arquitetural SOA, possibilitando mais flexibilidade. Os
desenvolvimentos são pensados em termos de serviços, integrando a TI e as
linhas de negócio, promovendo assim um alinhamento maior entre eles, e
aumentando a velocidade de resposta às demandas em rápida e constante
mudança. O SOA também provê um modelo arquitetural para integrar os
serviços de parceiros de negócios, clientes e fornecedores em um processo de
negócio da empresa, o que reduz custos e aumenta a satisfação do cliente.
As arquiteturas orientadas a serviços possuem as características chave a seguir
(Javaworld, 2013):
Mensageria: termo utili- • Cada serviço SOA tem um nível de serviço associado (ANS, Acordo de
zado para designar a trans- Nível de Serviço; ou SLA, do inglês, Service Level Agreement). Alguns
missão de mensagens em
uma arquitetura orientada a
desses elementos são requisitos de segurança, [mensageria] confiável e
serviços. políticas sobre quem pode invocar os serviços.
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
d. Business Process Management (BPM)
e. Arquitetura empresarial
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GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U1
5 Modelo de forças
competitivas de Porter
Objetivos específicos
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GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U1
de Porter (Figura 3) identifica essas cinco forças no ambiente de uma organiza-
ção que influenciam a concorrência.
ENTRANTES
POTENCIAS
AMEAÇAS DE
NOVOS ENTRANTES
PODER DE
NEGOCIAÇÃO DOS
COMPRADORES
FORNECEDORES
CONCORRENTES
NA INDÚSTRIA
RIVALIDADE ENTRE AS
EMPRESAS EXISTENTES
COMPRADORES
PODER DE
NEGOCIAÇÃO DOS
FORNECEDORES
AMEAÇA DE PRODUTOS
OU SERVIÇOS SUBSTITUTOS
SUBSTITUTOS
O início das operações de uma nova empresa pode ser considerado uma nova
entrada ou a aquisição de uma empresa já existente na indústria para construir
uma posição no mercado. Em ambos os casos há uma ameaça, uma vez que
novos recursos são introduzidos na indústria, podendo causar uma queda nos
preços ou aumentos dos custos dos participantes.
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Segundo Porter, são seis as principais barreiras de entrada:
consideravelmente seus lucros. Essa barreira pode ser tão alta que o novo
entrante precise criar um canal de distribuição completamente novo.
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GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U1
b) Rivalidade entre as empresas existentes
• Concorrentes divergentes;
Quanto mais poder estiver nas mãos dos compradores, mais sujeita estará a
indústria a uma guerra de preços ou a uma constante necessidade de ofere-
cer mais qualidade ou mais serviços. A lucratividade fica comprometida. As
seguintes circunstâncias fazem um grupo ser poderoso:
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• Enfrenta poucos custos de mudança.
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GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U1
5.2 O modelo de cinco forças e a internet
Para ter essa resposta, deve se olhar também para a estrutura da indústria e para
a vantagem competitiva sustentável. Esses direcionadores de lucratividade são
universais e transcendem qualquer tecnologia ou tipo de negócios (Porter, 1999).
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Ameaça de produtos
ou serviços substitutos
• Ao tornar a indústria como um
todo mais eficiente, a internet
pode expandir o tamanho do
mercado
(+)
Poder de barganha • A proliferação das abordagens
dos fornecedores para internet criam novas
ameaças de substitutos
• A internet fornece um canal para (-)
fornecedores atingirem usuários
finais, reduzindo
a influência de empresas Clientes
intermediárias
Poder de Poder de
• A aquisição via internet e os barganha barganha dos
mercados digitais tendem a dar
a todas as empresas acesso igual dos canais usuários finais
aos fornecedores, levam à aquisi-
ção a produtos padronizados • Elimina canais poderosos ou
que reduzem a diferenciação. melhora o poder de barganha
• Reduz barreiras à entrada e a em canais tradicionais
proliferação de competidores
transferindo o poder para os
Rivalidade entre (+)
fornecedores competidores • Transfere o poder de barganha
para os usuários finais
(-)
existentes • Reduz custos de mudança
• A aquisição usando a internet (-)
tende a aumentar o poder de
barganha sobre fornecedores,
porém também pode dar aos
fornecedores mais acesso • A competição é
(-)
aos clientes migrada para preço
(+/-)
• Reduz os custos
variáreis sem relação
aos custos fixos,
aumentando a pressão
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GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U1
custos fixos, o que leva a desconto nos preços. Ambos os fatores enco-
rajam uma competição destrutiva de preços na indústria.
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
5.3 Modelo da cadeia de valor
INFRAESTRUTURA DA EMPRESA
ATIVIDADES PRIMÁRIAS
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GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U1
A infraestrutura da empresa necessariamente apoia a cadeia inteira. Em uma
empresa de engenharia, por exemplo, entre as atividades primárias é possível
citar o orçamento da obra, o projeto de arquitetura e a construção do edifício.
Entre as atividades de apoio, o recrutamento e seleção, o desenvolvimento e
aquisição de soluções tecnológicas podem ser citados. Em uma empresa de
recrutamento e seleção, tal atividade estaria nas atividades primárias.
ATIVIDADES DE APOIO
Infraestrutura
Modelos de planejamento
da empresa
Gestão de
Programação de pessoal automatizada
Recursos Humanos
Desenvolvimento
Projeto baseado em computador Pesquisa de mercado eletrônica
da tecnologia
MARGEM
Suprimentos Fornecimento on-line de peças
Manutenção remota de
Processamentos equipamentos
Depósitos Fabricação
de pedidos Telemarketing Programação e definição
automatizados flexível
automatizados de roteiros por computador
para caminhões de serviços
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
empresa de diferentes maneiras. Por exemplo, uma empresa já forte no mundo
real, ao oferecer um serviço de qualidade via website de informações de seus
produtos e pós-venda, pode conquistar a lealdade de seus clientes.
BANCOS
REFINO DE
PETRÓLEO
JORNAIS
EMPRESAS
DE AVIAÇÃO
CONTEÚDO
DE INFORMAÇÃO
DO PRODUTO
INTENSIDADE DE
CIMENTO INFORMAÇÕES DA
CADEIA DE VALOES
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GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U1
Quando a posição de uma indústria na matriz é “alto-alto”, como nos bancos,
a tecnologia desempenha uma função central na empresa. É necessário proces-
samento, armazenamento, inovação, criatividade. Se há uma posição “alto” em
intensidade de informação, porém “baixo” em conteúdo do produto, como no
refino do petróleo, o atual parque tecnológico deve ser suficiente para suprir as
necessidades da empresa, já que não há expectativa de um aumento exponen-
cial de informações vindas de produtos. Na posição ”baixo-baixo”, a tecnologia
desempenha funções secundárias, não tendo a atenção das áreas de negócio o
processamento físico continua dominante. Finalmente, se uma indústria possui
alto conteúdo de informação do produto, também tem uma alta intensidade na
cadeia de valores, uma coisa está relacionada a outra. Assim, não há exemplos
de indústrias na posição “baixa intensidade-alto conteúdo”.
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
6 Web 2.0
O termo foi utilizado pela primeira vez como título de uma série de conferên-
cias promovidas pela empresa O’Reilly Media, em 2004. Na época, Dale Dou-
gherty, pioneiro da web e vice-presidente da O’Reilly, apontou que, apesar de
ter “quebrado” após o estouro da bolha em 2001, a web estava mais impor-
tante do que nunca, com novas aplicações emocionantes e sites surgindo com
uma regularidade surpreendente. Além disso, as empresas que sobreviveram
ao colapso pareciam ter algo em comum. A conferência Web 2.0 nasceu da
convicção dos executivos da O’Reilly de que o colapso marcou algum tipo de
virada para a web. Tim O’Reilly, fundador da empresa, define:
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GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U1
As principais tecnologias que possibilitaram a Web 2.0 são:
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Para tornar ainda mais clara a compreensão, veja uma lista de características,
aplicações/tipos de aplicações possibilitadas pela Web 2.0:
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GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U1
Vale a pena assistir ao ví- • Social bookmarking: websites que permitem ao usuário colecionar o
deo Web 2.0: The Machine
que ele acha de melhor na internet e compartilhar com outros usuários
is Us/ing us, disponível em
<https://www.youtube.com/ suas opiniões e preferências. Funciona como a opção “Favoritos” da
watch?v=6gmP4nk0EOE>, barra do Internet Explorer, porém reunido em uma única interface, com
apesar de focar a mudança
para a Web 2.0 na questão do possibilidade de compartilhamento e colaboração. A Figura a seguir
XML, passa por vários pontos apresenta um primeiro acesso ao site Stumbleupon.com. O site informa
apresentados até o momento.
que quando o usuário não gostar de alguma coisa que ele tenha reco-
mendado, outra sugestão será dada, de modo que o site estará apren-
dendo a partir do que o usuário informar para eles.
Passando a análise para o ponto de vista sociológico, muitos afirmam que “nós
somos a web” e que a internet não é mais somente uma ferramenta, mas um
local mais social, colaborativo e interativo. A Web 2.0 é uma mudança na socie-
dade como um todo. As barreiras geográficas foram derrubadas, o conhecimen-
to é criado e compartilhado por todos. A Web 2.0 está criando uma web social.
A filosofia da Web 2.0 enfatiza a importância da interação entre as pessoas.
Todos podem contribuir, todos estão de olho no que os demais estão fazendo.
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
suas consequências para a vida das pessoas, dependendo de história, cultura
e instituições. Ainda segundo ele, as oportunidades dessa transformação são
tão numerosas quanto os desafios que emergem. A internet é uma tecnologia
da liberdade, mas também pode libertar os poderosos para oprimir os desin-
formados, levar à exclusão dos desvalorizados pelos conquistadores do valor.
Nesse sentido geral, a sociedade não teria mudado muito.
Tim Berners-Lee, o inventor da web, não concorda com a visão de que a Web
2.0 é revolucionária. Segundo ele, a web sempre foi um meio para as pessoas
se conectarem e também não haveria nada de novo ou revolucionário em sua
filosofia. Ele chamou a Web 2.0 de um “pedaço de jargão” e falou que nin-
guém sabe o que significa.
Há vários críticos da Web 2.0, entre eles, Andrew Keen, autor do livro O Culto
do Amador. Keen chama de narcisismo digital o fenômeno de autopublicações
e blogging. Critica também o tipo de informação que está sendo criada. O site
da enciclopédia britânica recebe menos visitas do que a Wikipedia, sendo que
nesta última as fontes de informação não são confiáveis. Assim, estaríamos
expostos ao conhecimento da massa, à cultura de massa que, segundo ele, já
provou em vários momentos da história não ser o melhor para que decisões
sejam tomadas. A popularidade é mais importante do que a experiência. Infor-
mações distorcidas ou erradas, ou mesmo rumores, podem se proliferar como
verdade. Nossa música virá de bandas de garagem; os filmes, de “YouTubes”
glorificados; nossas notícias, de fofocas. Isso acontece, segundo o autor, quan-
do a ignorância encontra o egoísmo, que encontra o mau gosto, que encontra
a regra do popular.
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GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U1
as possibilidades que a internet traria – entusiasmo esse baseado em pilares
Modelo de negócios: a não sustentáveis – surgiram [modelos de negócio] mais sólidos e que trazem
definição de como uma em-
presa irá gerar receitas e lucrar retorno para os investidores. O quadro a seguir apresenta alguns modelos de
através de suas operações. sucesso da Web 2.0.
Rendimento
com patrocínio/
comercialização Valores de patrocínios Sites patrocinados no Google.com.
conjunta ou
participação nos lucros
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Existem diferentes tipos de efeitos de rede:
Efeitos de rede cruzada ou Um aumento no uso por um grupo de usuários pode aumentar o valor de
efeitos de rede de dois lados um produto ou serviço complementar em outro grupo distinto de usuários.
Para que um negócio seja bem sucedido na web, é necessário que o modelo
de negócios esteja solidamente definido e que os efeitos de rede sejam adqui-
ridos. Para isso, os usuários devem contribuir para a criação do valor. Assim, a
empresa deve entender como fazer para que eles tenham disposição de cola-
borar e compartilhar informações. Tentar diferentes estratégias virtuais pode
ser um passo para o sucesso.
Algumas questões precisam ser avaliadas para cada tipo de negócio: quais faci-
lidades para o usuário o site pode incorporar? Como novos clientes podem ser
atraídos? Como criar uma comunidade virtual em torno de sua marca? Como
explorar as mídias sociais? Cada empresa e cada projeto trará seus próprios
questionamentos.
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GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U1
Este é um momento de grandes transformações, com muitos desafios e opor-
tunidades. A economia, as empresas e as pessoas não são mais as mesmas.
Basta observar a nossa volta como mudou o padrão de comportamento, de
comunicação, de consumo, entre tantas outras mudanças.
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
7 Bibliografia
Referências bibliográficas
SHUEN, Amy. Web 2.0: Guia Estratégico. Rio de Janeiro: Alta Books, 2009.
55
GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U1
TURBAN, Efraim; McLEAN, Ephraim; WETHERBE, James. Tecnologia da
Informação para Gestão. 3ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.
Bibliografia complementar
MITNICK, Kevin D.; SIMON, William L. A Arte de Enganar. São Paulo: Pearson,
2003.
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
CCEAD – Coordenação Central de Educação a Distância
Coordenação Geral
Gilda Helena Bernardino de Campos
Gerente de Projetos
José Ricardo Basílio
Equipe CCEAD
Alessandra Muylaert Archer
Alexander Arturo Mera
Ana Luiza Portes
Angela de Araújo Souza
Camila Welikson
Ciléia Fiorotti
Clara Ishikawa
Eduardo Felipe dos Santos Pereira
Eduardo Quental
Frieda Marti
Gabriel Bezerra Neves
Gleilcelene Neri de Brito
Igor de Oliveira Martins
Joel dos Santos Furtado
Lucas Feliciano
Luiza Serpa
Luiz Claudio Galvão de Andrade
Luiz Guilherme Roland
Maria Letícia Correia Meliga
Neide Gutman
Romulo Freitas
Ronnald Machado
Simone Bernardo de Castro
Tito Ricardo de Almeida Tortori
Vivianne Elguezabal
EXÉRCITO BRASILEIRO