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http://www.sc.df.gov.br/exibe_materia.php?

id=91

Cinema para Cegos

A Secretaria de Cultura promove nesta terça-feira (2), no Cine Brasília, mais um teste do
projeto Cinema para Cegos, da Diretoria de Cultura Inclusiva. O filme Araguaia - a Conspiração
do Silêncio, de Ronaldo Duque, será exibido para 50 deficientes visuais com a ultilização
áudio-fones - recurso que descrevem as cenas dos filmes para quem não pode ver.

Esta sessão é o quarto e último teste antes da estréia do projeto no 40º Festival de Brasília do
Cinema Brasileiro, a ser realizado entre os dias 20 e 27 de novembro. "A inclusão terá lugar
garantido nesta edição do festival, pois garantir a acessibilidade cultural é um compromisso
político que viabiliza o exercício da cidadania", enfatizou Dolores Tomé, coordenadora do
projeto.

Antes das sessões, o público cego e de baixa visão recebe um aparelho de tradução
simultânea para usar do lado de uma orelha. Desta forma, o espectador escuta a descrição das
cenas que não têm som no filme, a fim de possibilitar a compreensão do cenário, figurinos,
expressões, entre outros detalhes.

Todo o trabalho de gravação de áudio é realizado anteriormente com a elaboração de um


roteiro das cenas as serem descritas. A escolha do narrador é outro fator importante, pois para
que não ocorra confusão com a voz do personagem deve haver uma troca, ou seja, se o
personagem for uma mulher, a narração é feita por um homem e, se o personagem for homem,
a narração é realizada por uma mulher.

O recurso do áudio descrição traz autonomia para os deficientes visuais e por meio dele a
estética do filme pode ser percebida através da voz. Percepção bastante diferente, pois para
quem enxerga, a estética de um filme está na cor, no enquadramento, no movimento de
câmera.

http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/setembro2003/ju230pg12.html
Os cegos vão ao cinema
Psicóloga recorre a filmes para avaliar como uma pessoa que nunca enxergou
constitui seu conhecimento
LUIZ SUGIMOTO

Todos nós, que nos julgamos dotados da visão do mundo,


já especulamos sobre uma questão que fascina e intriga:
como um cego de nascença, que não guarda imagens
visuais, aprecia as belezas e se indigna com as feiúras ao
redor, constituindo o seu conhecimento?; como um cego
sonha, se o sonho é feito de imagens?. "O imaginário social
em relação ao cego afeta a todos, inclusive o pesquisador",
afirma Maria Eduarda Silva Leme, graduada em psicologia
pela USP. Quando passou a trabalhar com deficientes
visuais, a psicóloga decidiu retornar à academia e refletir
acerca daquele universo: A representação da realidade em
pessoas cegas desde o nascimento é o título da dissertação
de mestrado que ela apresentou em agosto na Faculdade de
Educação (FE) da Unicamp, orientada pelo professor Angel Pino Sirgado.

"Nos habituamos a pensar que não poder enxergar é terrível, que a vida do cego é
necessariamente muito limitada. Pelo nosso referencial, em que tudo é pautado pela
visão, esta privação sensorial é dramática. Daí, minha preocupação em trabalhar a partir
do referencial do cego de nascimento, que nunca teve acesso visual à realidade, e
mostrar que essa concepção é equivocada", afirma Eduarda Leme. Ao trabalhar com
indivíduos cegos ou de baixa visão, ela testemunhou problemas relacionados com
emoções, desenvolvimento, desempenho escolar, laços familiares, locomoção. "Mas
também fui descobrindo suas competências e me surpreendendo com os recursos que
eles usam para se adaptar ao mundo e apreender os acontecimentos, como o
estabelecimento de relações lógicas, a capacidade de suposição, dedução, entre outras
coisas", ressalva.

Segundo a pesquisadora, quando se assegura ao cego o convívio social, educação,


informação, entretenimento e outros bens sociais, a falta de visão torna-se um problema
secundário. "O homem é um ser cultural e constrói seu conhecimento por meio da
dimensão simbólica, da linguagem, dos significados. Esta peculiaridade derruba o senso
comum de que o cego está prejudicado na aquisição de conhecimento. O cego, como
todo homem, conhece o mundo por meio da interação com as outras pessoas, e traz em
si a marca da cultura em que está imerso", acrescenta.

Percebendo a carência de atividades culturais no dia-a-dia dos portadores da deficiência,


a pesquisadora organizou sessões semanais de filmes de cinema. Um narrador pontuava
os momentos estritamente visuais com breves informações, como por exemplo, algumas
mudanças de cena, o embarque do personagem num trem, um detalhe pitoresco na
paisagem. "Dizem que o cinema é a arte das imagens, mas os filmes também trazem a
linguagem, a música, os sons, a narrativa, e é a significação que costura as cenas umas
às outras e dá sentido à história. O fato é que os cegos passaram a se interessar mais por
filmes e inclusive a freqüentar cinemas, estreitando o vínculo com um veículo cultural
importante", atesta a pesquisadora.

Narrativas - Especificamente para sua pesquisa, Eduarda Leme reuniu quatro


voluntários com deficiência visual desde o início da vida, com idades entre 19 e 24
anos, sendo que o de menor escolaridade tinha concluído o ensino fundamental e o de
melhor formação cursa o segundo ano de jornalismo. Optou por exibir curta-metragens
para não tornar as reuniões cansativas, e produções brasileiras, evitando assim a
artificialidade das dublagens. Depois de sessões individuais e em grupo, a psicóloga
solicitou que os entrevistados narrassem as histórias conforme as imaginaram.

"O que norteou cada narrativa foi a reconstrução da história, a busca da compreensão,
da significação, sem que se ativessem em descrever as imagens. A preocupação era a de
interpretar indícios - falas, músicas, sons - e estabelecer relações entre eles para
reconstruir a narrativa. Acontece uma síntese de funções psíquicas como atenção,
memória, imaginação, permeada pela linguagem, pela interpretação de signos, tudo isso
fundido num amálgama. O ser humano, não só o cego, é movido pela busca da
compreensão; se vemos algo que não entendemos, a tendência é procurar alguma
relação entre os elementos que permita dar sentido às coisas", explica Eduarda Leme.

Linguagem - Em um dos filmes, o protagonista toma um táxi, cujo motorista mostra


linguajar grosseiro, recusa-se a diminuir o volume do rock pesado e dirige impropérios
contra uma pedestre. A descrição de um cego foi do taxista barbado, mal-encarado e
vestido com desleixo. "O deficiente visual compartilha da nossa cultura, sabe o que é
rock e recebeu informações, mesmo que caricatas, de como um roqueiro se comporta.
Certa vez, no local em que trabalhava com cegos, entrei na sala de salto alto, de saia e
perfumada, e um cego me disse que eu estava muito bonita naquele dia. "Bonita" por
causa do esmero, dos sinais percebidos por ele que indicavam que eu tinha me arrumado
de maneira especial. Uma menina me contou que adorava o rosa, sem nunca ter visto a
cor. Ela baseava essa preferência não na cor em si, obviamente, mas na significação que
a cultura atribui à cor rosa, associada à feminilidade", exemplifica a pesquisadora.

As sensações táteis e os odores são importantes para o deficiente visual, mas nem
sempre é possível ter esse tipo de acesso sensorial às coisas, como durante um filme, em
que os sinais acessíveis a ele são os auditivos. "A linguagem e outros sinais lhe dão
informações sobre a realidade. Ele vai recorrer a características da personalidade de um
personagem, se o tom de voz é calmo, triste, exasperado, educado. Não importa muito
se o protagonista é alto ou baixo, magro ou gordo. A descrição figurativa não é
importante para ele, não é imprescindível para que compreenda a história", insiste
Eduarda Leme.

Serviços - Portanto, ao contrário do que pareceria lógico, o cego pode perfeitamente ir


ao cinema, desde que o filme esteja dentro dos padrões normais, apresentando diálogos,
narrativas, músicas, sons identificáveis. "O fundamental é que o deficiente seja trazido
para o convívio social, eliminando o estigma de que ele não sabe, não consegue, não
pode ir ao cinema ou à escola. Conheci cegos que foram mantidos até os 20 anos de
idade praticamente só dentro de casa. O esclarecimento das famílias e as políticas
públicas evoluíram, mas muitos deficientes continuam segregados, impedidos de vir ao
mundo conhecer a realidade", critica a psicóloga.
No campo do entretenimento, Eduarda Leme informa que nos cinemas e teatros da
Europa e Estados Unidos já são comuns os serviços para cegos, que através de fones de
ouvido recorrem a um narrador que pontua o andamento de um filme ou espetáculo. "Há
aparelhos de televisão, inclusive, onde se encontra uma espécie de tecla 'sap', que aciona
uma alternativa para escuta de um filme de forma narrada", finaliza.

http://www.lerparaver.com/node/7443

Cinema do Rio lança sistema de


narração para cegos
Submetido em Terça, 04/09/2007 - 17:39 por Lerparaver
Com o tema:

• Acessibilidade

São Paulo - O Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro lança no sábado uma
programação especial de cinema para deficientes visuais, que ocorrerá uma vez por mês,
com o sistema audiodescrito. Assim, os deficientes visuais não apenas irão escutar,
como também entenderão o ambiente e a forma como o filme está decorrendo. O local
já tinha um programa de Cinema Nacional Legendado para deficientes auditivos e, com
essa ação, amplia o acesso aos cegos.

A iniciativa é da Associação de Reabilitação e Pesquisa Fonoaudiológica (Arpef) e


contou com investimento de R$ 30 mil, advindo de recursos da lei de incentivo fiscal da
cultura, a Lei Rouanet. O sistema contempla um mecanismo onde um narrador descreve
o ambiente, mostrando a forma como os personagens dialogam, se movem e até como
estão vestidos. Sessões especiais já haviam sido exibidas antes, mas até então os
narradores faziam a descrição ao vivo. Agora, por meio de um software, foi
possibilitado que a narração seja gravada e utilizada quantas vezes for necessário.

Helena Dale, que trabalha na Arpef e é idealizadora da mostra de cinema para cegos e
surdos, aponta que este é um avanço e conta que ele foi projetado em cima de moldes
similares visto por ela nos Estados Unidos há cerca de dois anos. "Desenvolvemos um
software que permita a gente pré-produzir o filme. No momento que o filme é exibido a
narração já está pronta", diz. Segundo Dale, a sala do CCBB tem 120 lugares, sendo 40
deles com fones equipados para os deficientes visuais. Para a estréia foi selecionado o
filme do cineasta Beto Brant, "O Invasor". A sessão ocorrerá as 17 horas.

Narração
A narrativa não emprega emoção. Ela apenas descreve a situação. "O princípio da
audiodescrição, segundo estudos realizados em Barcelona (Espanha) e Bóston (EUA),
diz que a narração deve ser imparcial, se limita a descrever as cenas", enfatiza Dale. "O
sistema pega carona na fala original, ele aproveita os espaços onde não existe fala para
passar a informação", acrescenta.

O Cinema Nacional Legendado e Audiodescrito tem programação fechada até


dezembro. Após o final do ano, Dale não sabe precisar se o projeto continuará, mas
prevê que sim. "Nossa meta é dar continuidade, e a gente já teve sinalização do CCBB
que ele continuará em 2008", afirma.

Fonte: http://www.estadao.com.br/arteelazer/not_art43882,0.htm

http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=8056

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acessos

Técnica permite acesso de cegos ao cinema


Publicado em 09/12/2008

wiki repórter
Marcelo Igor
Goiania-GO

Cerca de 14,5% da população brasileira tem algum tipo de deficiência, segundo o censo
2000 do IBGE. A garantia de direitos a toda pessoa, o que inclui essa parcela da
população, é algo muito recente, iniciada de forma mais consistente apenas na segunda
metade do século 20. Os direitos primordiais foram temas das primeiras lutas, como
acesso aos prédios públicos e à educação.

As conquistas das pessoas com deficiência foram expandidas a mais direitos, como o
acesso à cultura, que é uma luta recente e que já tem suas vitórias. A luta por acesso aos
bens culturais levou cinemas a serem adaptados com rampa, para cadeirantes, e a
televisão com a legenda oculta ou tradução na linguagem brasileira de sinais, para
deficientes auditivos. Mas o acesso de pessoas cegas e com baixa visão às produções
culturais ainda não é satisfatório.

A audiodescrição é uma técnica que surgiu como serviço específico para a descrição das
cenas para as pessoas com deficiência visual. Um recurso que permite a inclusão dessas
pessoas no cinema, no teatro e em programas de televisão.
Pioneirismo - A atriz carioca Graciela Pozzobon é uma das grandes incentivadoras da
divulgação da técnica no Brasil. Ela atua principalmente na produção de roteiros
audiodescritos para o cinema. No momento em que o filme dá brechas é que o
audiodescritor age e, de forma resumida, relata o que de visual está na cena e que é
importante para a compreensão do filme.

O trabalho de Graciela como audiodescritora começou em 2003, quando se dispôs a


realizar, de forma pioneira, a técnica para o Assim Vivemos, Festival Internacional de
Filmes Sobre Deficiência. "Na época, tinha pouquíssimo material audiodescrito. No
Brasil, não tinha nada", ressalta.

Mas seu contato com o público cego começou em 1999, quando atuou como
personagem cega no curta Cão-Guia, filme muito premiado e para o qual ela precisou
ingressar no universo das pessoas cegas: "Ganhei uma bengala, uma faixa para os olhos
e participei das aulas de reabilitação, de como se orientar nas ruas". E complementa:
"Não basta fechar os olhos e achar que está como uma pessoa cega Ela adquire muitas
outras coisas quando não vê mais. É preciso um trabalho específico".

A produção de um roteiro para a audiodescrição é um trabalho cuidadoso. Para


Graciela, é a parte mais difícil no trabalho da audiodescrição. "É o mais detalhado, mais
demorado e mais complexo", afirma. O trabalho consiste em preencher apenas os
espaços sem diálogo ou sem ruído. "A audiodescrição precisa ter harmonia com o filme.
É preciso um grande poder de síntese e noção de como as informações podem ser dadas
de forma clara, percebendo o foco principal de cada cena", acrescenta.

Imagens em palavras - Algumas das regras principais da audiodescrição é não antecipar,


não julgar e nem tentar explicar o filme. O audiodescritor tem de ser fiel ao exposto na
tela. "Não posso dar minha opinião e nem informações subjetivas, como ‘o homem está
emocionado’, mas se ele está chorando, por exemplo", destaca. Ela conta que num
filme, certa vez, disse que o rapaz estava sentado ao lado da mãe, mas essa informação,
ela sabia por ter assistido o desenrolar das cenas. "Eles não querem ser tratados como se
não fossem capazes de entender. Que seja dada a informação na hora que o filme der",
ratifica.

O trabalho do audiodescritor deve ser dinâmico, com um aprendizado ligado à realidade


das pessoas com deficiência visual. "Vou sempre aos meus amigos cegos e converso
com eles. É muito rico esse diálogo", confessa Graciela. Aos que questionam sobre o
fato de a audiodescrição se parecer ao livro lido, ela explica que no filme há uma
combinação de sons e ruídos e também o fato de se estar no cinema, ouvindo com um
som alto. "São muitas informações e são dadas de diferentes formas".

No contato com as pessoas cegas, Graciela afirma que as percebe apaixonadas pelo
acesso às produções audiovisuais. "A audiodescrição é libertação. Eles passam a ter
independência, por ter um serviço específico para eles", comemora. Segundo ela, os
cegos querem a técnica em mais produções, como na novela, na minissérie e no DVD.
"É um movimento que não tem volta", profetiza.

Dia-a-dia - Maria Eunice Soares Barboza é coordenadora da Biblioteca Braile José


Álvares Azevedo, em Goiânia. Ela tem baixa visão e diz que a relação das pessoas com
deficiência visual como cinema em Goiás ainda é distante: "As pessoas, em geral, não
têm o costume, e mais ainda os cegos".

Ela ainda acrescenta o "risco" de também não entender nada no cinema. Sobre a
audiodescrição, ainda presente apenas de forma pontual em Goiás, ela vê como positiva:
"Quando eu assisto a um filme, ficam muitas partes que eu não entendo, no geral,
consigo entender, que é prejuízo. A audiodescrição ajuda bastante".

A gestora pública Mônica Leal é cega e explica seu contato com o cinema sem o recurso
da audiodescrição: Se for de muita ação é mais difícil acompanhar, porque tem muitas
cenas sem diálogo e as coisas acontecendo, aí não dá pra gente acompanhar. Se for um
filme mais tranqüilo, que tenha mais diálogo, é melhor para assistir". A partir de seu
contato com a técnica da audiodescrição, ela decreta: "A audiodescrição é o caminho,
porque dá para ir ao cinema. Alguém descrevendo ajuda muito".

Luta por acesso - Existe uma norma complementar (01/2006) que regulamenta a Lei da
Acessibilidade (10.098/00) e prevê a audiodescrição na TV Brasileira, mas ela não foi
implementada ainda. Ela obriga as televisões abertas nas cidades com mais de um
milhão de habitantes a colocar audiodescrição em pelo menos duas horas da
programação (uma hora de manhã e uma à noite).

A lei determinava que dois anos depois da criação deveria obrigatoriamente ser
cumprida. Isso teria ocorrido em julho deste ano. Antes disso, as empresas, por meio da
Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), entraram com pedido
de suspensão, alegando que não tiveram tempo para se adequar, que a tecnologia é cara
e que não havia profissionais audiodescritores suficientes.

Numa reunião, da qual participaram audiodescritores, pessoas cegas e representantes da


Abert ficou acordado o prazo de mais 90 dias. Houve capacitação de mais profissionais
para trabalhar com audiodescrição. No fim do mês de outubro, o ministro Hélio Costa
publicou uma suspensão, sem qualquer alegação, no dia 30 de outubro. Suspendeu por
tempo indeterminado e abriu uma consulta pública.

"Está nesse ponto agora. Todos estão se organizando com ações em várias instâncias
para tentar reverter isso", explica Graciela. Em alguns países, como Alemanha, Reino
Unido, Espanha e Estados Unidos, leis regulamentam a audiodescrição na televisão.
"Quase toda programação da BBC já tem acessibilidade", acrescenta Graciela. Nem
mesmo a TV Brasil, emissora pública, colocou o recurso ainda, lembra a
audiodescritora.

Pelo fato de o acesso às empresas de comunicação ser ainda complicado, foi criada uma
página na internet especializada em filmes com audiodescrição, o Blindtube, no qual
estão disponibilizados vários curtas-metragens. "A Internet é um lugar mais amplo, já
que ainda não se tem disponibilidade na TV ou no DVD", explica Graciela.

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