1) A Primavera Marcelista se refere ao período entre 1968-1972 sob a liderança de Marcelo Caetano como Presidente do Conselho de Ministros, após a saída de Salazar por motivos de saúde.
2) Marcelo Caetano introduziu algumas reformas liberais na economia e sociedade, porém manteve o controle total do regime através de eleições fraudulentas em 1969.
3) A oposição a Marcelo Caetano cresceu devido às suas promessas não cumpridas de democratização e às medidas
1) A Primavera Marcelista se refere ao período entre 1968-1972 sob a liderança de Marcelo Caetano como Presidente do Conselho de Ministros, após a saída de Salazar por motivos de saúde.
2) Marcelo Caetano introduziu algumas reformas liberais na economia e sociedade, porém manteve o controle total do regime através de eleições fraudulentas em 1969.
3) A oposição a Marcelo Caetano cresceu devido às suas promessas não cumpridas de democratização e às medidas
1) A Primavera Marcelista se refere ao período entre 1968-1972 sob a liderança de Marcelo Caetano como Presidente do Conselho de Ministros, após a saída de Salazar por motivos de saúde.
2) Marcelo Caetano introduziu algumas reformas liberais na economia e sociedade, porém manteve o controle total do regime através de eleições fraudulentas em 1969.
3) A oposição a Marcelo Caetano cresceu devido às suas promessas não cumpridas de democratização e às medidas
D-se a designao de Primavera Marcelista ao perodo que vai de Setembro de
1968, a 1972, no qual, Marcelo Caetano tomou o cargo de Presidente do Conselho de
Ministros, ocupado at ento por Antnio de Oliveira Salazar. Foi a 27 de Setembro de 1968 que Marcelo Caetano (um dos mais antigos polticos do regime) foi escolhido, pelo Presidente da Repblica (Amrico Toms), para suceder a Salazar, operado de urgncia devido a um acidente vascular cerebral, que o impossibilitou de continuar a exercer o seu cargo poltico (Presidente do Conselho de Ministros). Apesar de estar ligado ao Estado Novo, Marcelo Caetano no concordava com muitas das polticas salazaristas, apresentando-se como um poltico mais liberal, inserindo alteraes em diversos sectores. Economicamente, ps fim ao condicionalismo industrial, abrindo o pas a investimentos estrangeiros, realizou grandes obras pblicas (Porto de Sines e Barragem do Alqueva) e deu os primeiros passos para a entrada de Portugal na CEE (Comunidade Econmica Europeia). Em termos sociais melhorou a assistncia social, com medidas como: proteco aos pensionistas, desempregados e outros grupos sociais com maior dificuldade econmica. Na vida poltica interna, autorizou o regresso de alguns exilados, como Mrio Soares e o Bispo do Porto, autorizou o III Congresso Republicano, retirou algumas restries actividade sindical, os chamados servios de censura passaram a designar-se por Exames Prvios e a PIDE (Polcia Internacional e de Defesa do Estado) passou a nomear-se por DGS (Direco-Geral de Segurana). Esta nova designao dada a estas instituies estatais pretendiam dar a entender populao portuguesa que a mudana estava acontecer, no entanto estas instituies apenas mudaram de nome, pois continuaram com as mesmas funes. A tentativa de legitimao da viragem poltica do regime foi feita atravs das //eleies legislativas de 1969//, tendo o Governo demonstrado sensibilidade a algumas questes de //direitos humanos//: alargando o //direito de voto//; legalizando certos grupos oposicionistas (at a apenas tolerados), sendo-lhes permitida a fiscalizao de cadernos eleitorais e do prprio acto eleitoral; e abrandando a //censura// em poca de //campanha eleitoral//.(Primavera Marcelista)[[file:/C:/Users/Ricardo/Downloads/primavera marcelista (1).docx#_ftn1|[1]]] Apesar de poder ser considerado o poltico menos autoritrio e com ideias mais democrticas, durante o Estado Novo, o acto eleitoral saldou-se por uma srie de atropelos aos princpios democrticos. 100% dos lugares de deputados para a Unio Nacional e 0% para a oposio. Perante este facto, Marcelo Caetano viu-se sem o apoio dos liberais, que o criticavam, dizendo que, ele, no tinha fora para implementar as reformas necessrias. Tambm foi alvo da oposio dos ncleos mais conservadores, que acusavam a poltica liberalista como a responsvel pela instabilidade que se tinha gerado no pas. A agitao estudantil, as greves operrias e at as aces bombistas, levaram, Marcelo Caetano, a ligar-se aos partidos de direita desviando-se da sua poltica inicial. Tomou medidas mais repressivas como: o encerramento de associaes estudantis mais activas, apertou a legislao sindical e desencadeou uma nova vaga de prises, sendo que, alguns opositores, foram novamente presos, como o caso de Mrio Soares. Este perodo termina em 1972.