O documento discute o filme "Si puo fare!" e como ele retrata a saúde mental. O filme mostra como um sindicato começa uma cooperativa empregando portadores de sofrimento mental, tratando-os com dignidade ao invés de assistencialismo. Isso demonstra que é possível dar cidadania a esses indivíduos descentralizando a psiquiatria e focando na existência e sofrimento da pessoa, não na doença.
O documento discute o filme "Si puo fare!" e como ele retrata a saúde mental. O filme mostra como um sindicato começa uma cooperativa empregando portadores de sofrimento mental, tratando-os com dignidade ao invés de assistencialismo. Isso demonstra que é possível dar cidadania a esses indivíduos descentralizando a psiquiatria e focando na existência e sofrimento da pessoa, não na doença.
O documento discute o filme "Si puo fare!" e como ele retrata a saúde mental. O filme mostra como um sindicato começa uma cooperativa empregando portadores de sofrimento mental, tratando-os com dignidade ao invés de assistencialismo. Isso demonstra que é possível dar cidadania a esses indivíduos descentralizando a psiquiatria e focando na existência e sofrimento da pessoa, não na doença.
A INSTITUIAO INVENTADA FILME: D PARA FAZER E SADE MENTAL
Carlos os! L"#$a%o &' So"(a
Administrador (Faculdade Estcio de S Juiz de Fora) Ps-graduando em Sade Mental (Faculdade Estcio de S Juiz de Fora) RESUMO Este artigo articula o filme italiano Si puo fare! cu"o t#tulo em $ortugu%s & ' $ara fazer!( $roduzido em )**+ $elo diretor ,iulio Manfredonia( com di-ersos te.tos so/re Sade Mental0 1o filme( 1ello & um sindicalista 2ue $or suas ideias a-an3adas & afastado do sindicato 2ue $ertencia( e encamin4ado $ara dirigir uma coo$erati-a de $ortadores de sofrimento mental( rec&m-sa#dos dos manic5mios fec4ados $ela 6ei 7asaglia0 Sem nen4um con4ecimento acerca do 2ue seria Sade Mental( mas acreditando fielmente na dignidade do tra/al4o( con-ence os scios da coo$erati-a! a trocar as esmolas assistencialistas fornecidas $elos $oderes $/lico e $ri-ado( $or um tra/al4o de -erdade( digno( in-entando $ara cada um( uma ati-idade incri-elmente ada$tada 8s res$ecti-as a$tid9es( mas camin4ando tam/&m neste $ercurso ao encontro das ine-it-eis e 4umanas contradi39es0 1esta articula3:o fica claro 2ue & $oss#-el sim( dar dignidade e cidadania aos $ortadores de sofrimento mental( com uma lgica descentralizada da $si2uiatria( fortalecendo a institui3:o negada!( uma -ez 2ue o o/"eto da Psi2uiatria n:o $ode nem de-e ser a $ericulosidade ou a doen3a( mas sim a e.ist%ncia-sofrimento dos $ortadores de sofrimento mental e sua rela3:o com a sociedade( ou se"a( a 2uest:o tera$%utica! & $arte da 2uest:o social( assim como a distinta am/i-al%ncia do cor$o indi-idual & a a/ertura ao cor$o social0 Por fim( $ara realizar tais em$reendimentos & $reciso correr riscos( $ois 2uem n:o os faz( n:o c4ega a lugar algum0 INTRODUO Segundo ;otelli (<==*)( algo 2ue $ara ns & /-io ainda se faz necessrio reiterar( $or ser descon4ecido $ara muitos> a institui3:o 2ue colocamos em 2uest:o nos ltimos -inte anos n:o foi o manic5mio( mas a loucura!0 Para ele n:o di-is:o entre os dois $er#odos o $er#odo manicomial e o $er#odo atual( n:o s $or a2uilo 2ue o/-iamente & diferente( como o e.cesso de -iol%ncia( o $a$el da $ericulosidade social e a totaliza3:o das $essoas( mas igualmente $or a2uilo 2ue $ara ns n:o mudou> a ess%ncia da 2uest:o $si2uitrica0 Perce/e-se 2ue $assados mais uma d&cada do escrito de ;otelli( a$esar dos a-an3os( ainda & muito contundente seus a$ontamentos0 Por 2ue desinstitucionalizar? Por2ue o o/"eto da Psi2uiatria n:o de-e e nem $ode ser a $ericulosidade ou a doen3a( $erce/ida como alguma coisa inserida no cor$o ou no $si2uismo de um su"eito0 @ o/"eto sem$re foi a e.ist%ncia-sofrimento dos $acientes e sua rela3:o com o cor$o social!0 @ mal o/scuro da Psi2uiatria est em 4a-er constitu#do institui39es so/re a se$ara3:o de um o/"eto fict#cio - a doen3a - da e.ist%ncia glo/al( com$le.a e concreta do $aciente e do cor$o da sociedade (;@AE66B( <==*)0 Costa e Figueiredo ()**+ a$ud DA1@AAB et al0( )*<*) descre-em a tera$ia ocu$acional( utilizada nas institui39es $si2uitricas( como uma maneira de dei.ar os $acientes ocu$ados( sem le-antar 2ual2uer 4i$tese de e.$ress:o -alorizada como um instrumento tera$%utico( $ro$iciador de recursos na esta/iliza3:o da $sicose0 A admiss:o de ati-idades com des#gnios tera$%uticos em institui39es $si2uitricas ti-eram como o/"eti-o( inicialmente( o tra/al4o em col5nias agrrias( la/ortera$ia( ergotera$ia e outras( 2ue esta-am ao ser-i3o da disci$lina e ade2ua3:o do $ortador de sofrimento mental 8 resolu3:o -igorante dos manic5mios0 Somente a$s a BB guerra( iniciou-se o $rocesso de ascens:o dos direitos 4umanos( come3ou-se ent:o a $ensar no $ortador de sofrimento mental como um cidad:o( ou se"a( um su"eito $ortador tam/&m de direitos e de-eres( num $rocesso de reconstru3:o da coer%ncia assistencial e dos alicerces tericos a/ordados acerca da loucura (ME1'@1EA( )**F)0 @ in#cio da a$ro$ria3:o da loucura $ela Medicina foi a $artir do s&culo GBG( momento de cria3:o da Cl#nica Psi2uitrica( onde os loucos foram se$arados das outras categorias e.clu#das da sociedade como os marginais( $rostitutas( e todos 2ue de certa forma descum$riam o cdigo moral da &$oca0 Passaram a ser -istos como $acientes e su"eitoHo/"eto a serem estudados $ara 2ue $udessem ser tratados0 1esse sentido( a loucura en2uanto doen3a ou aliena3:o mental e seu res$ecti-o tratamento( te-e em P4illi$$e Pinel( m&dico franc%s( um dos $ioneiros na com$reens:o da loucura( o desen-ol-imento do Aratado M&dico-Filosfico so/re a Aliena3:o Mental 2ue influenciou a $rtica m&dica do s&culo GG( com a a$resenta3:o de um m&todo diagnstico 2ue se constitu#a de uma atitude cl#nica de o/ser-a3:o sistemtica e $rolongada do com$ortamento do alienado( $odendo com esse $rocesso distinguir os -rios modelos de les9es mentais (DA1E66@I F@1SECAI ;@ME;@( )*<<)0 @s $ortadores de sofrimento mental come3am a rece/er a $artir dos anos F* dosagens de anti$sicticos( o 2ue $ossi/ilitou o controle de sintomas de determinadas J$atologiasJ0 Em/ora 4a"a a $resen3a de efeitos colaterais( & um recurso necessrio nos diagnsticos de $sicose( $ois ini/e as sintomatologias0 Conse2uentemente cola/orou $ara a sa#da de muitos $acientes dos manic5mios0 Por outro lado( fortaleceu de forma $aulatina o discurso cient#fico da loucura e a cren3a numa JcuraJ medicamentosa( mas a a-alia3:o indi-idual se faz necessria( afinal( nem todos os $acientes res$ondem da mesma forma ao mesmo anti$sictico( $ois o su"eito & nico (MB1AS ,E;ABS( )**K)0 DESENVOLVIMENTO 1a Coo$erati-a <+*( o $si2uiatra res$ons-el $ela institui3:o onde a mesma funciona-a( era resistente a no-as formas de tratamento( /em como a redu3:o de medica39es( acreditando 2ue o tratamento ali ministrado era os $oss#-eis e ca/#-eis diante dos transtornos mentais e.istentes na2ueles $acientes( a/dicando de outros sa/eres e centralizando tudo no seu su$osto sa/er m&dico!( $osi3:o esta muito comum no mundo ocidental( 2uando se est em 2uest:o transtornos mentais0 Em fun3:o da sua condi3:o o $si2uiatra n:o admitiu uma forma reno-ada de tratamento do no-o c4efe da coo$erati-a e como rea3:o a/andona seus $acientes!( sua $osi3:o na2uilo 2ue ele entendia ser o tratamento ade2uado0 Entretanto( o no-o c4efe! se $osiciona de forma diferente( colocando-se em n#-el de igualdade com os $acientes se diferenciando a$enas $ela lideran3a0 A utiliza3:o de uma dinLmica de res$eito( acol4imento e aten3:o no $rimeiro contato( demonstrou a diferen3a no trato com o outro( & im$ortante salientar 2ue ele n:o era um $rofissional da Sade( se2uer da Sade Mental0 Ao sentar-se na sala com eles e dirigindo-se a cada um da2ueles su"eitos demonstrando interesse $elo nome( demonstrando 2ue recon4ecia a indi-idualidade dos mesmos e re$ortando a eles como sen4ores e sen4oras des$ertou nestes o dese"o de dizer 2uem eram( conseguindo com essa atitude transfer%ncia imediata com um grande nmero de scios!0 Ao o/ser-ar os tra/al4os assistencialistas destinados a eles eti2uetar azeitonas( semana com caro3o semana sem caro3o ($ara n:o se confundirem)( $ara um mercado e colar selos $ara $refeitura e( $erce/endo o $ouco interesse demonstrado $elos mesmos conseguiu( ao o/ser-ar a forma como os selos eram colados( a admiss:o $elos tra/al4adores! 2ue fica-am com a res$onsa/ilidade de col-los( 2ue estes os cola-am errados intencionalmente0 1esta no-a gest:o( a Coo$erati-a <+* ao considerar seus tra/al4adores! como scios( $ermite a todos manifestarem suas o$ini9es e darem contri/ui39es com suas ideias $ara a 2ualifica3:o do tra/al4o0 1esse sentido( tudo 2ue & falado $assa a ser -lido( mesmo a2uelas falas consideradas estran4as! e um tanto incomuns0 A $artir das assem/leias realizadas decide-se iniciar os tra/al4os0 @ nome Coo$erati-a <+* se deu em fun3:o da 6ei <+* de Franco 7asaglia 2ue diz dos Controles e Aratamentos Sanitrios Moluntrios e @/rigatrios0 Franco 7asaglia grande influenciador do MASM Mo-imento de Ara/al4adores em Sade Mental( gru$o $ioneiro /rasileiro 2ue /usca-a o com$romisso e com$rometimento da sociedade a fa-or desta causa( foi um $si2uiatra italiano de atua3:o marcante e influente na cam$an4a $ela ;eforma Psi2uitrica0 Ele influenciou tam/&m as associa39es 2ue se formaram em seguida( como o mo-imento da 6uta Antimanicomial0 1essa mesma &$oca " 4a-ia gru$os 2ue luta-am igualmente contra a industrializa3:o da loucura 2ue se fazia $resente no $a#s( N000O intensificando a medicaliza3:o( a 4os$italiza3:o e( conse2uentemente( a cronifica3:o dos 2uadros( -isando o crescimento dos lucros das institui39es $ri-adas con-eniadas e das indstrias farmac%uticas! (AMA;A1AE( <==F a$ud F@1AES( )**P( $0 Q+)0 @ diretor da coo$erati-a & ca$az de o/ser-ar e $erce/er as 4a/ilidades dos $acientes e direcionar tarefas 2ue se ad&2uam 8s suas ca$acidades( formando ent:o uma e2ui$e de tra/al4adoresH$acientes0 Ara/al4ando suas a$tid9es foi $oss#-el di-idir as tarefas( do $lane"amento do tra/al4o( negocia3:o( calculo dos gastos e o lucro( 2ue era di-idido igualmente $ara todos os scios0 A $artir desse momento( o $aciente Portador de Sofrimento Mental & destitu#do do seu lugar de doenteH$aciente $ara um lugar de su"eito com $otencialidades( direitos e de-eres( $artici$ante de uma sociedade( $ortanto tendo controle de sua -ida( a$rendendo a manusear e em$regar o seu din4eiro0 1a realiza3:o do $rimeiro tra/al4o( o ser-i3o n:o deu certo( contudo o diretor $agou aos scios! com recursos $r$rios e( 2uestionado $or sua com$an4eira disse> Eles fizeram o tra/al4o!R @ e.erc#cio de mlti$las ati-idades ocu$acionais re-ela( $or inumer-eis ind#cios( 2ue o mundo interno do $sictico encerra insustent-eis ri2uezas e as conser-a mesmo de$ois de longos anos de doen3a( contrariando conceitos esta/elecidos (SB6MEB;A( <=+<( $0 <<)0 @s tra/al4os eram realizados em casas( lo"as e outros locais0 Sma das reformas foi feita na casa de uma "o-em muito /onita e um scio! se a$ai.onou $or ela c4egando a se declarar( com/inaram uma ida ao cinema e 2uando sa#ram de l se /ei"aram( foi dele o $rimeiro contato amoroso( e ao t&rmino do ser-i3o ela o con-idou "untamente com seu com$an4eiro de tra/al4o $ara ir a uma festa em sua casa( onde esta-am $resentes alguns amigos dela0 Contudo( no decorrer da festa os amigos dela o ridicularizam( de/oc4ando do seu "eito de ser0 Em determinado momento( um dos con-idados $ergunta 2uem fez a torta e a "o-em res$onde 2ue foi feita em casa( ele cos$e o $eda3o 2ue esta-a em sua /oca e diz 2ue comida feita em casa & en-enenada( cren3a 2ue carrega 4 muitos anos( fazendo $arte de seu 2uadro de $sicose0 A$s este fato( o con-idado 2ue " ca3oa-a do ra$az aumenta suas /rincadeiras irritando so/remaneira o amigo 2ue o acom$an4a-a( 2ue $erde o controle e agride o ra$az 2ue esta-a ridicularizando-o desde o in#cio da festa0 Com$ortamento $oss#-el de ser encontrado em 2ual2uer ser 4umano em uma situa3:o como essa( mas como se trata-a de $ortadores de sofrimento mental a situa3:o tomou uma dimens:o /em maior0 Eles s:o ent:o le-ados 8 delegacia( e l ele ou-e a amada! dizer 2ue foi cul$a dela o ocorrido( 2ue o 4a-ia /ei"ado( mas um /ei"o sem im$ortLncia( 2ue ele era um doente e infeliz0 Essas $ala-ras s:o ou-idas $or ele 2ue esta-a $r.imo( logo atrs da $orta( magoando-se intimamente e de estrutura fragilizada( n:o su$orta e suicida0 A$s a sua morte( alguns $acientes entram em crise e -oltam $ara o local da antiga Coo$erati-a <+*0 Aal-ez neste momento se d% o retorno 8 institui3:o a ser negada0 A institui3:o em 2uest:o era o con"unto de a$aratos cient#ficos( legislati-os( administrati-os( de cdigos de refer%ncia cultural e de rela39es de $oder estruturados em torno de um o/"eto /em $reciso> Ja doen3aJ( 8 2ual se so/re$9e no manic5mio o o/"eto J$ericulosidadeJ (;@AE66B( <==**)0 @ diretor 2ue tanto fez $or eles en2uanto su"eitos de direitos( criati-idade e tra/al4o( sente-se cul$ado $elo acontecido( tal-ez de fato ti-esse 2ue ter dado uma aten3:o maior a situa3:o( e -er como era e como se sentia o $aciente a$ai.onado( mas n:o & $oss#-el $re-er tudo e se cercar de todas as armas $ara todas as situa39es( ser res$ons-el nas inter-en39es e atendimentos & o mais im$ortante( o restante & a -i-%ncia do $aciente e 2ual leitura far dessas e.$eri%ncias0 Aer incenti-ado e dado li/erdade a eles foi o 2ue os tornou ca$azes de e.ercerem suas cidadanias e os $a$&is! 2ue cada um desem$en4ou( afinal ele nada mais usou do 2ue o 2ue cada um a$resentou como sintoma0 1:o se $ode fazer muito com a Jdoen3a! como 2ueria o Jmodelo cl#nicoJ( com o sintoma ou o conflito como 2ueria o modelo $sicolgicoJ( $or2ue mudaram o o/"eto( o $aradigma e com eles os sensatos $rogramas0 A doen3a (diagnostico( $rognstico e tera$ia)( 8s suas consu/stanciais rela39es de causa e efeito corres$ondiam institui39es coerentes0 T $ericulosidade era dado o manic5mioI 8 Jdoen3a como as outrasJ( o 4os$ital geralI ao tema do inconsciente e da consci%ncia( os di-:s $sicanal#ticos0 Mas 2uando se 2ue/rou o /rin2uedo( desmistificado o o/"eto( desco/erta a mis&ria( a desinstitucionalizac:o( a2uela -erdadeira( in-adiu e desordenou o cam$o com a for3a dos e-entos modernos (e com alguma consci%ncia chez-nous) (;@AE66B( <==*)0 @ $si2uiatra ao $erce/er as mel4oras significati-as 2ue "amais imaginou ser $oss#-el no 2uadro da2ueles $acientes entra em contato com o diretor e $ede $ara 2ue retorne ao tra/al4o em nome do $rocesso de mel4ora con2uistado( o 2ue a $rinc#$io nega0 Por&m um dos $acientes sai do seu estado de aliena3:o e toma a iniciati-a de se reunir com o gru$o em assem/leia e resol-em ir 8 $rocura do diretor $ara retornarem o tra/al4o( eles o encontram e iniciam uma no-a eta$a da Coo$erati-a <+*0 CONCLUSO Perce/e-se 2ue esse filme mostra as $ossi/ilidades do Portador de Sofrimento Mental ser inserido na sociedade( atra-&s do tra/al4o e do desen-ol-imento das ca$acidades " e.istentes( $or&m n:o estimuladas0 Uuando a -is:o m&dica n:o localiza o doente( mas a sua doen3a( e em seu cor$o n:o inter$reta uma -ida( mas uma $atologia na 2ual a su/"eti-idade do su"eito desa$arece atrs da o/"eti-idade dos sinais sintomticos 2ue n:o remetem a um lugar ou a um modus vivendi ou a uma s&rie de costumes ad2uiridos( mas remetem a um 2uadro cl#nico onde as di-ersifica39es singulares 2ue afetam o desen-ol-imento da doen3a es-anecem na2uela gramtica de sintomas( com a 2ual o m&dico rotula a entidade mr/ida como o /otLnico 2ualifica as $lantas0 Assim( tal -is:o se mo-imenta em um c#rculo onde s $ode ser controlada $elo $r$rio m&dico e onde so/eranamente dissemina so/re o cor$o do doente o sa/er ad2uirido0 (,A6BM7E;AB( <=+Q a$ud ;@AE66B( <==*)0 V $reciso ter ol4ar cl#nico( $ara 2ue se $ossa en.ergar e considerar a doen3a( n:o o doente( e $ara isso n:o se $ode restringir este ol4ar 8 $si2uiatria0 Com e2ui$es multi$rofissionais esta -is:o se am$lia( fazendo com 2ue cada su"eito na sua singularidade $ossa mostrar suas $otencialidades( fazendo com 2ue estes $rofissionais l4e ofertem um lugar de -alor e ten4am coragem de correr riscos( $ara isso n:o /asta ser $rofissional & $reciso -estir a camisa! da luta antimanicomial( $or2ue manic5mio nunca maisR REFERENCIAS F@1AES( Maria Paula Dam/rano0 I)a*'%s &a ar+"$,',"ra &a sa-&' )'%,al: um estudo so/re a re2ualifica3:o dos es$a3os da casa do sol( Bnstituto Munici$al de Assist%ncia 8 Sade 1ise da Sil-eira0 'isserta3:o (mestrado em ar2uitetura) SF;JHP;@A;UHPrograma de Ps-gradua3:o em Ar2uitetura0 ;io de Janeiro> SF;JHFASHP;@A;U( )**P0 'is$on#-el em> W4tt$>HH/-sms0saude0go-0/rH/-sH$u/licacoesHmonografiasHimagensXar2uiteturaXsaud eXmental0$dfY0 Acesso em> )Z mar0 )**<P0 ME1'@1EA( Aeresa Cristina Paulino de0 As oficinas na sade mental> relato de uma e.$eri%ncia na interna3:o0 Ps$#ol. #$'%#. /ro00 -ol0)F no0Q( 7ras#lia( )**F0 'is$on#-el em> W4tt$>HHd.0doi0orgH<*0<F=*HS<Q<Q-=+=P)**F***Q***<<Y0 Acesso em> )F set0 )*<)0 MB1AS ,E;ABS0 Secretaria de Estado da Sade0 A,'%12o ') Sa-&' M'%,al. 7elo [orizonte( <\0 ed0 Secretaria de Estado de Minas ,erais( )**K0 ROTELLI, Franco. 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