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Ficha de avaliação/verificação de aprendizagem

Tema: Relações precoces


Responde, sinteticamente às questões que se seguem
1. Relaciona o inacabamento do bebé humano com a importância das relações precoces.
O inacabamento do bebé torna-o dependente dos cuidados dos pais ou de outros adultos,
desde o nascimento e durante mais tempo que os outros animais.
2. Enumera algumas competências básicas do bebé para comunicar.
O choro, o sorriso, as expressões faciais e as vocalizações são algumas das competências
básicas do bebé para comunicar.
3. “A capacidade de a mãe comunicar com o bebé e responder positivamente às suas
necessidades é uma competência básica”. Explica esta afirmação.
É uma competência básica porque é fundamental para o desenvolvimento de uma
interacção equilibrada entre a mãe e o bebé.
4. Explicita o conceito continente-conteúdo que contextualiza a relação mãe-bebé.
O conceito continente-conteúdo, desenvolvido por Alfred Bion, quer dizer “a mãe pensa
pelo bebé”. Os sinais emitidos pelo bebé (conteúdo) são vivenciados e interpretados pela
mãe (continente).
5. Mostra que a mãe-continente é aquela que comunica eficazmente com o seu bebé.
A mãe-continente comunica eficazmente com o seu bebé porque consegue interpretar os
sinais que ele emite e devolve-os de uma forma em que ele sente segurança e conforto. A
mãe-continente faz com que o bebé se sinta amado, compreendido, confiante e seguro.
6. A relação mãe-bebé inicia-se antes do nascimento. De que modo?
Durante a gravidez a mãe estabelece uma relação afectiva com o bebé centrando nele a sua
atenção e energias. Estabelece com ele uma relação que passa por imaginar como é que ele
será, conversa com ele, projecta-o no futuro. Na base desta relação, estão as fantasias da
mãe em relação ao seu bebé.
7. Define vinculação.
Vinculação é a necessidade de o bebé criar e manter relações de proximidade e afectividade
com os adultos que cuidam dele para garantir a satisfação das suas necessidades, protecção
e segurança.
8. Descreve sucintamente as investigações de Bowlby que levaram a elaborar a teoria da
vinculação.
Bowlby desenvolveu as suas investigações a partir dos anos 40 do século XX, estudando os
efeitos da separação dos pais em crianças londrinas durante a Segunda Guerra Mundial.
Aplicou entrevistas e testes a jovens e a famílias procurando conhecer o efeito da separação
no desenvolvimento físico e psicológico das crianças. Constatou que a separação tinha tido
consequências muito negativas. Os resultados da sua pesquisa vieram, então, confirmar a
sua hipótese: a proximidade física do bebé com o seu progenitor é uma necessidade básica,
inata, essencial para o desenvolvimento equilibrado do ser humano.
9. Descreve, em linhas gerais, a experiência Situação Estranha de Mary Ainsworth.
Esta experiência visou analisar os efeitos da separação e do reencontro de bebés com as
suas mães. Os bebés eram colocados com mãe numa sala, depois juntava-se a eles uma
pessoa estranha ao bebé. De seguida, a mãe saía da sala ficando o bebé apenas com a
pessoa estranha que, passado algum tempo, saía também deixando o bebé sozinho. Após
algum tempo, regressava em primeiro lugar a pessoa estranha e depois regressava a mãe.
Consoante o tipo de reacção do bebé à saída e ao regresso da mãe assim seria classificado o
tipo de vinculação.
10. Identifica três categorias de vinculação, segundo Mary Ainsworth.
As categorias de vinculação são: vinculação segura, vinculação evitante e vinculação
ambivalente ou resistente.
11. Que tipo de vinculação proporciona um sentimento de confiança, uma base de
segurança à criança? Justifica a tua resposta.
É a vinculação segura. Este tipo de vinculação garante que o bebé sente segurança para
descobrir o mundo que o rodeia e que a relação com os seus progenitores se mantém
mesmo após a separação.
12. Mostra a importância da passagem da díade à relação triangular (mãe – bebé – pai) e
aos grupos sociais.
O bebé humano pela sua prematuridade necessita de cuidados prolongados no tempo. A
relação mãe-bebé, em virtude das alterações da estrutura familiar das sociedades ocidentais,
evoluiu para uma relação onde o papel do pai, embora diferente do da mãe, tem grande
importância no desenvolvimento da criança. A qualidade destas relações vai marcar as
relações sociais que irá estabelecer no futuro.
13. De que modo se pode estabelecer uma relação entre a vinculação e o equilíbrio
psicológico do ser humano?
Várias investigações têm confirmado que, quanto melhores forem as relações de vinculação
da criança melhor será o seu equilíbrio psicológico. Uma relação de vinculação que
proporcione um sentimento de confiança e segurança influenciará positivamente a sua
constituição psicológica.
14. Qual é a relação entre a vinculação e o processo de individuação?
Havendo vinculação a criança sente-se segura para explorar o mundo que a rodeia, pois
sabe que, que se se sentir insegura, pode regressar à sua base de segurança, quer sejam os
pais ou outros cuidadores. É neste processo de exploração activa confiante e segura que a
autonomia da criança se constrói
15. Descreve sucintamente as experiências de Harlow. Mostra de que modo contribuíram
para compreensão da importância das relações precoces.
Harlow estudou em macacos rhesus os efeitos da ausência da mãe. Os macacos-bebés
tinham acesso a duas mães artificiais, uma de arame e outra de peluche, em que ambas
forneciam alimento através de um biberão. Noutra situação experimental, apenas a “mãe”
de arame fornecia alimento. Verificou que em ambas as situações as crias procuravam mais
a mãe de peluche. Concluiu, assim, que a vinculação vai para além da satisfação da
necessidade de alimentação, implica também à satisfação da necessidade de contacto e
conforto.
16. As perturbações nas relações precoces de vinculação podem afectar o desenvolvimento
humano. Explica de que modo
A ausência ou a perturbação das relações precoces de vinculação pode conduzir
consequências graves no desenvolvimento psicológico e emocional das crianças. Nestes
casos, são afectadas a confiança nas próprias capacidades e os processos de interacção com
os outros. O processo de vinculação segura propicia equilíbrio emocional e uma melhor
interacção social.
17. Spitz levou a cabo um conjunto de investigações que o conduziram à definição de
hospitalismo. Faz uma breve descrição das suas pesquisas.
René Spitz estudou crianças institucionalizadas durante o primeiro ano de vida e as
consequências para o seu desenvolvimento da falta de laços afectivos. Essas crianças
apresentavam perturbações, muitas vezes irreversíveis, como atrasos de desenvolvimento
físico, menor resistência a doenças, apatia, dificuldades de adaptação, atraso na linguagem,
etc. Spitz usou o termo hospitalismo para designar este conjunto de perturbações decorrente
da ausência de cuidados maternos.

Tema: Relações interpessoais


Responde, sinteticamente às questões que se seguem
1. Enumera alguns processos de cognição social.
São processos de cognição social as impressões, as expectativas, as atitudes e as
representações sociais.
2. Define impressões.
As impressões são as imagens, noções, opiniões que criamos sobre alguém após um
primeiro contacto. As impressões formam-se a partir de aspectos particulares que
identificamos nas pessoas tais como: características físicas particulares, vestuário,
linguagem, etc. Os objectos também nos causam impressões quando contactamos pela
primeira vez com eles.
3. Qual é a relação entre impressão e categorização?
A relação verifica-se pelo facto de organizarmos a informação que temos acerca de alguém
de forma a integrá-la numa categoria significativa. Para a formação de uma impressão é
necessário que a enquadremos numa determinada categoria ou classe de pessoas, objectos e
situações. A categorização corresponde à simplificação da informação.
4. Explica como se formam as impressões.
As impressões formam-se a partir de indícios físicos, verbais, não-verbais e
comportamentais que enquadramos numa grelha pessoal de avaliação, construída em
função dos nossos conhecimentos prévios, dos nossos valores e experiências vividas.
5. Porque é que as primeiras impressões são tão importantes?
As primeiras impressões são importantes porque determinam a forma como decorrerá o
relacionamento futuro entre os indivíduos. Uma vez formada a primeira impressão, por
exemplo, sobre uma pessoa dificilmente mudamos a nossa opinião mesmo que tenhamos
informação relevante para a alterar. A persistência das primeiras impressões é uma das suas
principais características.
6. O que entendes por expectativas?
As expectativas correspondem ao processo de categorizar as pessoas o que conduz a prever
os seus comportamentos e atitudes. As expectativas são mútuas, quer dizer, que os outros
também têm expectativas relativamente a nós.
7. Na formação das expectativas estão envolvidas a indução e a dedução. Explica.
Através do método indutivo incluímos uma pessoa numa determinada categoria a partir, por
exemplo, de um indício: num hospital, se virmos alguém com um estetoscópio ao pescoço
incluímo-lo na categoria médico. Depois de classificada a pessoa numa determinada
categoria, deduzimos o tipo de comportamento e de atitudes que esperamos que ela tenha.
8. De que forma se relacionam as expectativas com o estatuto e o papel?
Estatuto e papel são dois conceitos complementares e dependentes das expectativas sociais
criadas para determinada categoria social ou profissional. Em função do estatuto de
determinada pessoa, habitualmente decorrente da sua profissão, esta espera que os outros
tenham determinados comportamentos e atitudes para consigo (os seus direitos). Da mesma
forma, os outros esperam que ela tenha determinados comportamentos e atitudes, isto é,
desempenhe um papel (os seus deveres).
9. Explica o processo da auto-realização das profecias.
Os comportamentos são resultantes das expectativas iniciais, isto é, expectativas positivas
acerca dos outros geram comportamentos positivos e expectativas negativas geram
comportamentos negativos. Ou seja, os resultados são afectados no mesmo sentido das
expectativas.
10. Define atitude.
Atitude é uma predisposição, mais ou menos estável, para que o indivíduo ou grupo se
comporte de determinada maneira face a um objecto social (acontecimento, situação,
pessoa, etc.).
11. Identifica as três componentes das atitudes.
As componentes das atitudes são: a componente cognitiva (relativa às informações), a
componente afectiva (relativa aos valores, sentimentos e emoções) e a componente
comportamental (relativa ás respostas e reacções).
12. De que forma as atitudes se relacionam com o comportamento?
As atitudes estão na base da maior parte dos nossos comportamentos, daí que possamos
inferir uma atitude a partir dos comportamentos observados e prever comportamentos a
partir do conhecimento que temos das atitudes de uma pessoa.
13. Explica como se formam e como mudam as atitudes.
As atitudes formam-se ao longo da vida no processo de socialização através da observação
e imitação dos modelos. As atitudes caracterizam-se pela estabilidade mas podem mudar. A
mudança de atitudes podem ocorrer devido a acontecimentos e experiências pessoais muito
marcantes bem como por efeito da influência dos meios de comunicação social, entre
outros.
14. Em que consiste a dissonância cognitiva?
A dissonância cognitiva corresponde a um estado de contradição entre duas atitudes ou
cognições opostas e que causam mal-estar no indivíduo que as experiencia.
15. Define representação social.
A representação social é o conjunto das crenças, das convicções resultantes da interacção
social e que são partilhadas pelos indivíduos de uma determinada sociedade. Corresponde,
no fundo, ao conhecimento do senso comum.
16. Descreve os processos que estão na base da formação das representações sociais.
Os dois processos são a objectivação e a ancoragem. A objectivação é um processo de
simplificação da realidade em que alguns aspectos são valorizados e outros rejeitados. A
ancoragem corresponde à assimilação das novas representações que são integradas nas que
o indivíduo já possui.
17. Quais são as principais funções das representações sociais?
As principais funções das representações sociais são a função de saber, a função de
orientação, a função identitária e a função de justificação.

Tema: Influência social


Responde, sinteticamente às questões que se seguem
1. Define influência social.
A influência social decorre do processo de interacção social pelo qual as pessoas têm a
capacidade de alterar e condicionar os pensamentos, emoções e comportamentos de outras
pessoas.
2. Relaciona influência social com interacção grupal.
A influência social manifesta-se no seio dos grupos e decorre da interacção entre os
elementos que os constituem que se influenciam entre si. No interior dos grupos a
influência entre as pessoas é mútua.
3. Entre os processos de influência social podem-se destacar: a normalização, o
conformismo e a obediência. Caracteriza brevemente cada um desses processos.
A normalização é o processo de criação de normas por parte das pessoas que constituem
um grupo quando elas não estão explícitas. As normas visam dar estabilidade ao grupo.
O conformismo consiste na mudança de comportamento de uma pessoa em resultado da
pressão do grupo.
A obediência corresponde à desresponsabilização pelos actos pessoais praticados sob as
ordens de uma figura de autoridade.
4. Define norma social.
As normas sociais são regras que definem o que as pessoas podem ou não fazer. São
essenciais à vida em sociedade, reflectem os valores predominantes e são elementos de
coesão grupal.
5. Em que consiste a normalização?
A normalização consiste na criação das normas pelo grupo quando elas não existem
anteriormente.
6. A normalização e a coesão grupal estão relacionadas. De que modo?
A normalização e a coesão grupal estão relacionadas porque as normas regulam atitudes e
comportamentos que serão comuns a todos os elementos do grupo. As normas, quando
reconhecidas pelo grupo, funcionam como facilitadores de integração na sociedade.
7. Em que consiste o conformismo?
O conformismo consiste na alteração do comportamento do indivíduo em função da pressão
do comportamento dos elementos de um grupo.
8. Descreve sucintamente a experiência de Asch sofre o conformismo.
Asch colocou vários indivíduos numa sala a quem mostrava um cartão com um traço de um
determinado comprimento e um outro cartão com três traços, dos quais apenas um tinha o
mesmo comprimento do cartão inicial. Os indivíduos identificavam em voz alta o traço de
comprimento igual ao do primeiro cartão. Na experiência, apenas um dos indivíduos estava
ser testado e respondia depois dos outros, que eram “aliados” de Asch. Os indivíduos
“aliados” do investigador davam respostas erradas o que provocava, na maior parte dos
casos, que o indivíduo testado passasse a dar a mesma resposta. O indivíduo conformava-se
à opinião dos outros.
9. Quais são os factores que influenciam o conformismo?
Os factores que influenciam o conformismo são a unanimidade do grupo, a natureza da
resposta (se é ou não dada publicamente), a ambiguidade da situação, a importância do
grupo para o indivíduo e a auto-estima.
10. Define obediência.
A obediência é uma expressão da influência social que se manifesta quando as pessoas não
se responsabilizam pelas acções que cometem, executando-as por indicação de alguém a
quem reconhecem autoridade. Obediência pode traduzir-se na expressão “cumprimento de
ordens”.
11. Descreve sucintamente a experiência de Milgram sobre a obediência.
Milgram recrutou voluntários para participarem numa investigação científica, onde uns
desempenhavam o papel de “aluno” outros o de “professor”. Os “alunos” conheciam a
totalidade da experiência, os “professores” não conheciam a experiência e eram quem
estava a ser avaliado, aos pares eram colocados em salas separadas. O “aluno” ficava preso
e ligado a uma máquina que, aparentemente, lhe dava choques eléctricos, caso respondesse
erradamente à tarefa indicada pelo “professor”. Noutra sala o “professor” lia uma lista de
palavras que o “aluno” tinha de reproduzir; sempre que o “aluno” falhava o “professor”
deveria accionar a máquina de choques eléctricos, que aumentariam de intensidade à
medida que aumentassem as respostas erradas. Embora não houvesse de facto qualquer
choque eléctrico, os “alunos” gritavam simulando dor e pedindo para ser libertados à
medida iam recebendo mais choques. Verificou-se que mesmo pensando que estavam a
fazer os outros sofrer, a maior parte dos “professores” seguia a instruções do investigador e
levava a experiência até ao fim.
12. Quais são os principais factores que explicam a obediência?
Os principais factores que explicam a obediência são a proximidade com a figura de
autoridade, a legitimidade dessa figura de autoridade, a proximidade da vítima e a pressão
do grupo.
13. Apresenta alguns aspectos positivos do inconformismo.
O inconformismo é um factor de mudança, que pode levar a alterações na sociedade ao
nível dos comportamentos, da tecnologia, da economia, da política, etc. O inconformismo
está na base da inovação e da mudança social.
14. Mostra a importância do papel das minorias nos processos de inovação e de mudança
social.
As minorias têm um papel fundamental na inovação e mudança social, mas para isso têm de
apresentar comportamentos e posições claros, firmes e consistentes ao longo do tempo. Só
desta forma será possível ultrapassar as situações de conflito e fazer com que a maioria
passe a aceitar como norma a posição da minoria.

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