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atrai
Ano de 2013, irei contar uma História
que vivenciei, esta história conta minhas
aventuras desde que encontrei um colar
com as iniciais ANE Então irei começar
em 1900 na guerra.
13/05/1900 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
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13/12/1913 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
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13/12/1997 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
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Nesse dia eu nasci, mas foi também
neste dia que Barbara achou o colar. Não
vou falar muito sobre esse dia porque os
únicos acontecimentos importantes
foram esses.
13/08/2013 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
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Pesadelos e Ilusões
- Corrida? – Mihalk perguntou antes de
partimos.
- Legal. – Aya disse.
- Pode ser. – Treze disse.
- Fecha os olhos. – Mihalk disse a mim.
- Não estou afim. – Eu fiz careta.
Mihalk começou a correr velozmente, da
paisagem nada mais eu via, apenas
vultos e borrões, fechei os olhos, pois
eles começaram a arder por culpa do
vento forte. Mihalk gritava como um
louco. Quando vamos diminuindo
velocidade e Mihalk grita bem alto:
- Chegamos! – Mihalk não parava de
gritar.
- Ai, meu olho! – Eu reclamava.
- Sua imbecil eu disse pra fechar o olho,
bem feito! – Mihalk riu enquanto falava.
Uma pedra acertou a cabeça de Mihalk.
- Ai, Suou seu imbecil. – Mihalk gritou.
- Você continua o mesmo mal-educado
de sempre não é Mihalk? – Uma voz
feminina disse.
- E você a mesma chata. – Mihalk estava
histérico enquanto segurava o lugar onde
a pedra o acertara.
- Olá Kisa, há quanto tempo. – Treze
disse com seu sorriso perfeito.
Da paisagem de repente sai uma menina
de aproximadamente 12 anos, seus
cabelos eram de um tom castanho-claro,
seus olhos eram quase amarelos, suas
vestes eram uma blusa que parecia a
pele de um tigre e uma saia branca.
- Oi pessoal, quem é a nova menina? –
Ela disse me olhando com seus olhos
gentis.
- É a namorada do Treze. – Mihalk disse
rindo.
- A escolhida para representar o bem. –
Treze disse seriamente.
- Não sei o porquê você fez esse jogo. –
Kisa disse incompreensiva.
- Kisa, deixa ele fazer o que ele quer,
você sabe a força dele. – O menino que
se denominava Suou disse, seus olhos
eram de um preto inigualável, seus
cabelos de um tom preto azulado, ele era
alto, tinha uns 12 anos, sua estrutura era
forte e diferente.
- Exclusão... – Eu murmurei.
- Cala a boca CANINNA! – Mihalk disse.
- Vem me fazer calar se é homem! – Eu
disse claramente.
- Ok. – Ele pegou sua “moeda”, e jogou
para cima novamente, fazendo com que
ela se transformasse na espada.
- Que peninha, precisa da espada pra me
vencer. – Eu irritei ele.
- Não preciso não. – Ele jogou a espada
no chão e vinha pra cima de mim.
- Parem com isso crianças. – Aya repetiu.
- Não sou criança! – Gritei ao mesmo
tempo que Mihalk.
- Para de me imitar! – Mihalk disse me
dando língua.
- Você que está me imitando. – Eu disse.
- Quando vocês irão parar de brigar e
começar a se dar bem? – Treze
perguntou com voz impaciente.
- Nunca! – De novo ao mesmo tempo
que Mihalk eu falei.
- Humph! – Eu disse me virando e indo
pra floresta adentro.
- Aonde você pensa que vai? – Treze
perguntou
- Em qualquer lugar que seja longe desse
idiota! – Disse com raiva.
- Não vai não. – Treze me contrariou.
- Porque não? – Perguntei furiosamente.
- Você é minha enquanto estiver aqui em
Yume No Sekai. – Treze disse com
certeza e tom de ordem.
- Haha vamos ver. – Eu disse enquanto
corria pra floresta.
Ninguém me seguia, quando me
distanciei o suficiente pra mim, parei de
correr.
- Comida! – Esta voz vinha de uma
árvore que se mexia!?
Então olhei atentamente para a árvore
que tomava uma forma quase humana, a
não ser pela sua “pele” de madeira e
cabelos de folhas.
- Comida! – A árvore repetia.
Eu me senti fraca neste momento e fui
perdendo a consciência quando vi Treze
e o pessoal chegando.
- Dame (Pare)! – Ouvi Kisa dizer e a
árvore congelar.
- Tire ela daqui. – Treze gritou.
- Eu tiro. – Aya gritou enquanto me
segurava e me levava pra longe.
- Boba, Porque fez isso? – Aya me
perguntou preocupada. – Você poderia
ter morrido se Treze não tivesse te
ajudado.
- Afinal, o que está acontecendo? – Eu
perguntei com voz fraca.
- Aquilo era um Argual, ele estava
sugando sua energia vital, que bom que
agora está melhor, você nos deu um
baita de um susto. – Aya disse aliviada.
- Ah entendi! – Eu disse despreocupada.
- Não fale despreocupada desse jeito. –
Aya disse nervosa.
- Que legal, eu pensava que você não
falava mais de uma frase por hora. – Eu
disse sem pensar.
- E eu pensava que você era menos
idiota. – Ela disse amargamente. – Mais
pelo visto estava enganada.
- Entendi, desculpa! – Disse no mesmo
tom de voz amargo que ela.
- Então eu te desculpo, mas saiba que
fiquei preocupada. – Ela disse
envergonhada.
Ela me colocou em cima de uma árvore
e sentou do meu lado, a paisagem era
linda lá de cima, simplesmente a mais
bela que já vi em toda minha vida, mas
aquele verde estava me cansando, será
que Yume No Sekai era só planta e
verde? Eu queria conhecer mais sobre
aquele lugar incrível onde tudo era
possível.
- Aqui estão vocês! – Suou disse
enquanto se aproximava. – Ei menina da
próxima que for bancar a imbecil tente
ser menos idiota.
- Ai mais que droga, todo mundo vai ficar
me xingando agora, desculpa pronto! –
Eu disse nervosa e envergonhada por
minha burrice.
- Tudo bem, não se preocupe. – Kisa
estava do meu lado, e me olhava com
seus olhos gentis. Então sem me conter
dei um abraço forte nela.
- Ai você é tão fofa! – Eu disse enquanto
a abraçava.
- Claro que ela é fofa! – Suou disse com
certeza.
- Você também é muito fofo! – Kisa disse
pra Suou enquanto retribuía meu abraço
de urso.
- Eca, parem com essa nojeira. Que coisa
nojenta! Argh ficamos com o pior
trabalho lá atrás! Eu e o Treze tivemos
que agüentar o fedor daquele Argual
nojento enquanto vocês ficavam aqui de
nojeira. – Mihalk Reclamava, como se ele
reclamar fosse alguma novidade.
- Ei leite estragado você parece um
cachorro não é? Só se for pra conseguir
sentir o cheiro daquele Argual. Pra mim
ele não cheirava a nada. E para de
reclamar seu imbecil. – Eu disse
enquanto soltava Kisa do meu forte
abraço.
- Pelo menos cachorros prestam, não são
que nem você que não presta pra nada! –
Mihalk elogiava os cachorros.
- Então vou te chamar de Milkinu porque
Inu é japonês e em português significa
cachorro. – Eu disse pensando em como
seria uma boa maneira de irritá-lo mais
do que o normal.
- Não me chame de Leite de Cachorro. –
Ele reclamou
- Sinceramente vocês deviam parar com
isso, isso vai afetar muito o nosso grupo.
– Treze apareceu na outra árvore em pé e
disse nervoso.
- Bla e bla cala a boca Treze. – Mihalk
estava tão nervoso quanto Treze.
- Eu já estou nervoso o suficiente, tem
certeza que quer me deixar mais? – Treze
estava ameaçando Mihalk de forma
assustadora.
- Eita porque está tão nervoso assim? –
Aya perguntou
- Não é obvio? – Mihalk começou com
ironia e depois terminou com medo. – Por
causa da namorada dele – Ele olhava pra
mim como se sentisse ódio supremo
- Ei agora vão me culpar por tudo? –
Perguntei com raiva.
- O ato que você teve foi mais infantil
que os do Mihalk, espero que você reflita
sobre isto. – Treze continuava enfurecido,
todos olhavam atentamente para minha
reação e para a dele.
- Você se acha o tal... – Eu ia continuar a
falar, mas me senti extremamente fraca
e cai da árvore.
O vento assoprava em meu rosto
fortemente enquanto eu caia, era uma
sensação boa. Mais minha sensação
acaba quando alguém me pega antes
que eu me machucasse gravemente com
a queda.
Eu estava sozinha no colégio, um colégio
quieto e vazio, não havia ninguém lá,
gritos ecoavam da sala ao lado, os gritos
continham palavras que me assustavam:
Agora vai ser a vez da sua morte, se
prepare. Era assustador, por mais que eu
tentasse me mover do lugar, eu não me
movia, eu estava parada como uma
estatua. As paredes estavam aos poucos
se colorindo de um vermelho sangue
junto com minhas roupas e minha mão,
os gritos aumentavam à medida que o
sangue se espalhava.
Acordei de meu pesadelo, eu estava em
um quarto grande e confortável, eu
apenas observava o ambiente em volta
de mim, as paredes eram rosa- claro, a
cama tinha os lençóis rosa choque era
um quarto totalmente rosa o que me
enojava, eu não gostava daquela cor pra
tudo, o chão rosa, aquilo estava me
enjoando, me levantei devagar, havia um
espelho do lado da cama, fui me olhar
nele, não que eu gostasse de espelhos
como toda adolescente, eu apenas queria
ver como estava minha aparência, me
aproximei do espelho e me assustei, meu
cabelo havia adquirido um tom estranho,
na ponta dele predominava um azul
escuro, era realmente estranho, minha
pele tinha a mesma cor morena, eu
continuava a mesma pessoa alta e
magra, a não ser pelo meu cabelo.
Ouço a porta abrir e me viro, era Mihalk
e Kisa, Mihalk tinha agora seu cabelo
vermelho com mechas verdes, estava
parecendo um personagem estranho de
um filme exagerado. Kisa estava a
mesma.
- Ei porque meu cabelo ta assim? – Eu
perguntei despreocupada.
- Porque já se passaram 12 horas desde
que você chegou aqui. Aqui em Yume No
Sekai o nosso cabelo fica diferente da cor
que temos na terra. – Ele tentou me
explicar.
- Ah e quando eu for pra terra? – Eu
perguntei preocupada com a bronca que
levaria por “pintar” o cabelo
- Você vai voltar com a mesma
aparência de quando saiu de lá. – Kisa
explicou.
- Atá. – Eu disse com alivio. – E se eu
voltar? Minha mãe já deve ter chamado o
FBI! – Eu disse pensando na grande
preocupação exagerada da minha mãe.
- Quando algum ser vivo sai da Terra e
vem para o Yume No Sekai, o tempo na
Terra congela. – Kisa me explicou
rapidamente.
- De qualquer forma, tome um banho.
Argh você está fedendo a Argual. – Mihalk
reclamou. – Ali tem um banheiro. – Ele
disse apontando para uma porta branca
que ficava no quarto.
- Pode usar as roupas que tem no
guarda-roupa. – Kisa disse com um
sorriso.
- Ok e onde está o resto do pessoal. – Eu
perguntei curiosa.
- Aya foi fazer compras, Suou foi a
cidade fazer sei lá o que e nem me
interessa, Treze deve estar procurando o
livro de Magia para iniciantes. – Mihalk
disse com um grande entusiasmo.
- Vamos indo, estamos te esperando no
andar de baixo. – Kisa disse enquanto
puxava Mihalk para fora do quarto.
Direcionei-me ao banheiro, era um
banheiro enorme, com uma banheira
branca, espelhos por toda parte do teto e
das paredes, um lugar que lembrava um
filme de terror, o chão tinha a cor preta.
Tomei meu banho de forma lenta, pois
queria que o “fedor” de Argual que
Mihalk tanto reclamava saísse. Assim que
sai do banheiro coloquei a toalha em
volta de mim e me olhei no espelho, não
porque queria e sim porque era
inevitável. No espelho tinha uma pessoa
atrás de mim, uma menina de minha
idade, pele branca, muito branca, seus
olhos tinham uma cor verde que
ressaltava sua pele, sua roupa era um
vestido preto, a maquiagem que havia
nos olhos dela era algo que lembrava
muito os góticos. Ela era uma menina
bonita, mas ainda sim assustadora.
Contive meu grito e me virei lentamente
para trás, nada havia naquela sala além
de mim. Eu ignorei, estava se tornando
comum eu ver coisas daquele tipo.
Troquei rapidamente de roupa. Coloquei
um vestido azul claro. Desci velozmente
fazendo com que eu tropeçasse no
penúltimo degrau.
- Haha você vai me matar de rir Haha
essa foi boa demais! Que pessoa mais
desajeitada!Hahahahaha. – Mihalk ria
histericamente.
- Haha quer ajuda? – Kisa tentava conter
os risos.
- Não precisa. – Eu disse amargamente
enquanto me levantava para andar na
direção de Mihalk.
- AI! Quando você vai parar com isso?
Isso dói! – Ele reclamava de dor do chute
que eu havia dado nele.
- Hahahahaha agora é minha vez de rir!
– Eu disse enquanto fingia uma risada
histérica.
- Mais sua queda foi realmente
engraçada. – Treze estava sentado no
sofá rindo como um bobo.
- Haha quero ver quando você for o
próximo que eu vou chutar. – Eu disse
tentando rir.
- Você não conseguiria nem mesmo se
tentasse. – Ele disse ainda com seu
sorriso. O que se passava na cabeça
dele?
- Tem certeza? – Eu perguntei com
certeza de que ele nunca conseguiria se
desviar de meu chute.
- Tenho mais do que certeza, afinal é
obvio. – Ele estava do meu lado.
- Se você acha que me assusta porque é
mais rápido que eu, está enganado. – Eu
estava sorrindo. Queria não mostrar
medo.
- Porque vocês não fazem uma aposta? –
Kisa disse, ela estava pensando em algo
de certa forma assustador.
- Pra mim sem problemas. – Eu respondi
antes dele, eu era competitiva, altamente
competitiva.
- NÃO, NINGUÉM VAI APOSTAR MERDA
ALGUMA! – Mihalk gritava, ele estava
furioso. – Kisa e Treze vocês poderiam
parar com a droga desses pensamentos
ridículos ou se esqueceram que quando
meu cabelo volta ao normal meus
poderes também voltam? Que merda!
Odeio ler mentes nesses momentos. – Ele
estava histérico.
- Eita calma, aqui em Yume No Sekai os
homens tem TPM? Ei espera aí. Você lê
minha mente? – Eu perguntei com raiva e
vergonha.
- Er... Não, O Treze bloqueou sua mente.
– Ele disse olhando atentamente para o
Treze.
- Que divertido! Agora tem umas mil
pessoas mexendo com meu psicológico,
ei Treze você poderia deixar minha
mente normal? – Eu perguntei sarcástica.
- Faça você. O livro de magias para
iniciantes está em cima da mesa. É só
ler. – Treze estava um pouco nervoso. – E
eu ainda não reclamei do que você fez na
floresta não é? Então vou começar agora.
– Ele estava totalmente furioso.
- Atá, beijos, vou ler e não estou nem aí
pra você. – Eu disse pegando o livro que
estava em cima da mesa e saindo pela
primeira porta que eu vi. – E Leite
estragado espero que sua TPM acabe
bem rápido.
Eu tinha acertado em cheio na porta, era
aquela que me levava a saída. O
ambiente não era mais um verde total, a
casa provavelmente de Kisa, era branca
por fora. A casa estava perto de uma
cidade, porque eu conseguia ver algumas
casas se eu forçasse minha vista.
Sentei-me em frente a casa de Kisa, e
olhei para o livro, um livro de capa
escura, nele estava escrito, Bruxaria para
crianças. O treze quer que eu aprenda
macumba para crianças pensei. Folheei o
livro e vi uma palavra que me chamou
atenção: Ilusão. Então comecei a ler o
tópico de maneira rápida e curiosa.
Um garoto ou uma
criança?
Era meio-dia, eu passei minha manhã
inteira lendo aquele livro complicado,
meu estômago estava doendo, eu estava
morrendo de fome, normalmente eu não
tomava café da manhã por pressa e por
isso sentia muita fome na hora do
almoço, este era um dos meus piores
hábitos, resolvi entrar na casa e procurar
comida, a casa era bonita, o chão de
madeira escura, inúmeras portas, no
corredor em que eu estava tinha a
escada para o segundo andar, a parede
de cor amarela clara mais uma cor que
não me agradava, fui andando em frente.
- Treze é verdade? – A voz de Aya estava
eufórica
- Sim, Aya, eu gosto de você. Sabe,
desde quando nos conhecemos eu sentia
algo por você. – Treze disse com uma voz
envergonhada.
Quando eles pronunciaram aquelas
palavras que vinham da porta a minha
esquerda eu parei automaticamente e
fiquei escutando.
- Mas, eu, nós todos, achávamos que
você gostava da Ninna. – Aya disse com a
voz apagada.
- O Mihalk que começou inventando essa
história. Apenas não acredite. – Treze
disse com uma voz incomodada.
Depois de ouvir aquilo, preferi não
continuar parada lá e me movi para
frente vendo Mihalk descer as escadas.
- Eu estou com fome e você? – Mihalk
com o cabelo chamativo molhado, talvez
tivesse saído do banho, ele estava com
uma calça um pouco larga de cor verde
escura.
- Tanto faz. – Eu estava incomodada com
a conversa de Treze e Aya para falar
sobre comida.
- Vou preparar algo. – Mihalk disse. – O
que foi? Sua voz está trêmula e você não
me xingou até agora. – Mihalk observou
- Nada demais. – Eu disse tentando
evitar explicações.
- Então ok. – Ele disse indo para a
segunda porta a esquerda. Eu apenas o
segui.
- Você realmente está estranha. – Mihalk
disse enquanto olhava pra mim.
- E você é um curioso. – Eu disse por fim.
A cozinha tinha a parede branca e era
cheia de moveis por todos os lados, a
mesa era preta com cadeiras brancas,
Mihalk pegava alimentos na geladeira e
fazia a comida enquanto eu apenas
observava quieta.
Depois de meia hora Mihalk terminou a
comida que mais parecia um troço
grudento não comestível. Ele pegou dois
pratos e alguns talheres e colocou na
mesa.
- Se sirva. – Ele disse enquanto pegava
seu prato e enchia daquela gororoba.
- Er... isso é comestível? – Eu perguntei
enquanto o observava se sentar na
cadeira.
- Se não fosse eu não estaria comendo. –
Ele finalizou dando sua primeira
colherada.
Peguei meu prato e direcionei-me a
panela, aquela comida me lembrava
vômito de tão nojenta e grudenta. Peguei
um pouco daquilo e me sentei em frente
ao Mihalk. Eu encarava aquela nojeira
pensando se ia me fazer mal mais tarde.
Então resolvi experimentar peguei menos
do que uma colher e coloquei na boca, o
gosto era diferente e realmente
saboroso.
- É bom. – Eu disse.
- Claro que é. Fui eu que fiz. – Mihalk
disse se exibindo.
- Cala a boca, não pode nem elogiar que
você começa não é Leite? – Eu disse
rindo cinicamente.
- Agora sim você voltou a ser a chata e
imbecil que era. – Mihalk disse com um
sorriso de satisfação.
Mihalk estava em seu terceiro prato
enquanto eu estava no meu segundo.
Riamos como bobos enquanto fazíamos
nossa refeição, era realmente uma cena
idiota.
- Tenho que ir. – Mihalk disse se
levantando.
- Aonde você vai? – Perguntei curiosa.
- Eu vou caminhar por aí, depois eu que
sou o curioso não é? – Ele disse.
- Ah então ok. Boa caminhada. – Eu disse
enquanto terminava de comer.
- Até mais. – Ele disse saindo pela porta
e a fechando.
Eu ainda terminava de comer quando
Treze entra na cozinha de mãos dadas
com Aya.
- Oi Ninna. – Aya disse gentilmente.
Levantei-me coloquei o prato em cima
da pia enquanto Aya esperava minha
resposta.
- Oi. – Treze disse feliz.
- Tchau Aya, Tchau Treze. Sejam felizes.
– Eu disse amargamente e com raiva
enquanto abria a porta.
- O que houve com você? – Treze
perguntou.
- É da sua conta? – Perguntei batendo a
porta fortemente o que fez um barulho
alto.
Sai daquela casa e comecei a caminhar,
estava andando em direção a cidade,
quando vi uma placa: Bem-Vindo a Ichi.
Continuei caminhando quando avistei
várias crianças brincando.
- Moça, você é nova por aqui? – Uma das
crianças me perguntava.
- Sim, estou aqui para conhecer um
pouquinho a cidade. – Eu disse dando um
sorriso.
- Ei, essa moça lembra aquele demônio
daquela história em quadrinhos não é? –
As crianças se aproximavam de mim.
- Cuidado com o que vocês dizem
pirralhos. – Eu disse com raiva.
- Me dá um autogafo monsto? – Uma
menininha de 5 anos me perguntou.
- Dou sim. – Eu disse forçando um sorriso
para aquela menininha.
- Ei demônio eu também quero! –
Crianças de 10 anos me pediram.
- Eu só vou dar um autografo pra essa
menininha e parem de me chamar de
demônio bando de pirralhos. – Eu disse
me contendo para não puxar a orelha
deles.
A menininha me deu um caderno verde
claro bem sujinho e uma caneta azul com
um ursinho na ponta.
- Qual o seu nome menininha? – Eu
perguntei.
- Kalol. – A menininha disse.
- Ok. – Eu disse escrevendo no caderno:
Do “demônio” para Karol, Beijos.
- Bigado monsto. – Ela disse correndo
para a cidade.
- Ei porque você não deu um autografo
pra gente? – Os meninos de 10 anos me
perguntaram.
- Porque eu não quero. – Eu disse me
virando e continuando a andar para a
cidade. Quando cheguei a cidade, várias
pessoas olhavam para mim e se
afastavam. Eu estava achando engraçada
a situação mais estava me sentindo
incomodada.
- Filha não se aproxime dessa garota. –
Várias mães diziam para suas filhas e
filhos.
- Ei menina. – Senti alguém cutucando
minhas costas e me virei.
Era um garoto de cabelo castanho-claro,
olhos azuis escuros, realmente escuros
diferente dos olhos de Treze, ele era
talvez 8 ou 9 cm maior que eu, ele era
muito mais bonito que Treze, tinha
feições sérias. Suas roupas eram uma
calça preta, uma blusa vermelha e um
casaco preto por cima da blusa.
- O que foi? – Eu perguntei.
- Me dá um autografo? – As feições dele
haviam mudado de sérias para infantis,
ele parecia um daqueles garotos de 10
anos só que lindo e alto.
- Sabe eu leio todo dia a sua história em
quadrinhos, tenho todos os capítulos até
os extras, inclusive aquele que não foi
lançado que você matou o Shotaro. O
meu favorito é o que você briga com a
Simone. – Ele disse com um brilho no
olhar.
- Eu não sou um demônio! – Eu disse pra
ele.
- Claro que não, no capitulo extra revela
que você é um dos anjos do planeta
Sourou. – Ele disse com um sorriso e
extremamente feliz.
- Eu não faço parte de nenhuma história
em quadrinhos. – Eu disse um pouco
nervosa.
- Vem cá. – Ele disse me puxando.
- Ei pra onde vamos? – Eu perguntei para
ele.
- Vou te mostrar a história. – Corremos
por 2 ou 3 minutos e então chegamos ao
que parecia uma banca.
- Oi Uichi, não chegou o capitulo novo. –
Uma voz vinda de trás de um balcão
disse.
- Sem problemas só quero mostrar a ela
a história em quadrinhos Shi no Sekai. –
O garoto disse com um sorriso enorme.
- Nossa! Ela se parece com o demônio. –
Um homem velho que me lembrava o
mordomo do batmam saiu de trás do
balcão segurando várias revistas.
- Não é! – O Garoto estava
entusiasmado.
- Aqui estão as últimas que saíram. – O
Velho as entregou na mão do Garoto.
- Olhe só. – O Garoto me entregou uma
das revistas na minha mão.
Folheei as paginas da tão famosa
revista, e então vi o que parecia ser eu
falando com uma cobra.
- Está vendo! – O Garoto disse pegando
um caderninho e uma caneta em seu
bolso. – Me dá um autografo? – O garoto
pediu novamente.
- Olha eu já disse que essa não sou eu,
talvez seja apenas uma coincidência. – Eu
disse ao garoto. – Qual é o seu nome?
- O meu é Ryuichi Asakura, já que você
não é a Yoni qual o seu nome? – Ele
perguntou ainda alegre.
- O meu é Ninna Wang. – Eu disse com
um sorriso, finalmente ele entendeu que
eu não era aquela personagem de
quadrinhos.
- Sabe você se parece muito com a Yoni
posso tirar uma foto sua? Me dá um
autografo também? – Ele disse
novamente empolgado.
- Ai meu Deus, isso já ta ficando chato.
Não e não. – Eu disse tentando ser
agradável.
- Então posso te abraçar? – Ryuichi me
perguntou.
- Ryuichi, eu te dou um autografo se
você parar com essa coisa de Yoni ok? –
Eu disse impaciente.
- Tudo bem! – Ele disse feliz como uma
criança boba.
Peguei o caderno da mão dele, o
caderno tinha uma cor preta com vários
enfeites de coelhinho, parecia o caderno
de uma criança do primário, Escrevi no
caderno: Beijos e abraços para Ryuichi de
NW, estava com preguiça de escrever
Ninna Wang.
- Que legal! Obrigado. – Ele estava muito
empolgado.
- Que horas são agora? – Eu perguntei a
ele.
Ele saiu da banca e eu o segui.
- São 2 horas da tarde. – Ele disse com
sua expressão séria novamente, aquela
expressão era encantadora, ele me
fascinava.
- Como você sabe? – Eu perguntei já que
ele não tinha nenhum relógio e não havia
nenhum por perto.
- Pela posição do sol. – Sua expressão
infantil voltou assim que ele terminou de
dizer essas palavras.
- Ah! Obrigado. – Eu agradeci com um
sorriso.
- De nada. Ni quer vir na fonte? – Ele
diminuiu meu nome para Ni enquanto
esperava pela minha resposta.
- Bom eu não tenho nada pra fazer,
então pode ser. – Eu disse rindo daquele
diminutivo para meu nome.
Ele pegou na minha mão, isso me
lembrou a cena de Treze e Aya entrando
na cozinha, então eu fiquei imóvel
apenas lembrando aquela cena.
- O que foi? – Ryuichi perguntou com
uma voz de quem se sentia culpado por
algo enquanto soltava minha mão. – Eu
fiz algo? Você me odeia? – Ele parecia
uma criança prestes a chorar.
- Não. – Eu apenas consegui dizer não.
Ele ficou me observando, talvez
esperando pelas minhas próximas
palavras. Seu rosto agora estava com
aquela expressão séria.
- Está se sentindo mal. – Sua voz estava
mais grossa, era uma voz bonita que me
arrepiava.
- Er... Não, foi só um momento de
pensamentos. – Eu disse forçando um
sorriso.
- Pensamentos tristes ou bons? – Ele
perguntou.
- Pensamentos inúteis seria mais exato. –
Eu respondi.
- Hmmm... Ainda quer ir para a fonte? –
Sua expressão infantil voltou assim como
sua voz.
- Sim. – Tentei parecer animada mas,
aquele pensamento de Aya e Treze ainda
me causava grande embrulho no
estômago. Ryuichi pegou minha mão
novamente. Enquanto andávamos as
pessoas continuavam com os olhares só
que agora nesse olhar estava a
curiosidade.
- Porque olham tanto? – Perguntei a
Ryuichi.
- Shi no Sekai é a história em quadrinhos
mais famosa daqui de Ichi, E como você
se parece com a Yoni todos estão
achando que você é ela. – Ele disse
sorrindo.
- A partir de hoje eu odeio história em
quadrinhos. – Eu disse.
Ryuichi me olhou como se fosse chorar
novamente.
- Que foi? – Eu perguntei
- Eu amo história em quadrinhos. –
Ryuichi disse.
- Eu só estava sendo sarcástica Ryu. – Eu
disse rindo
- Você me chamou de Ryu? – Ele
perguntou empolgado.
- Sim, tem algum problema? – Perguntei
- Não, ninguém nunca me chamou de
Ryu, normalmente me chamam de Uichi,
mais a Ni me chamou de Ryu. – Ele
estava rindo como uma criança que
ganhou um brinquedo novo.
- Chegamos! – Ryu disse alto. Estávamos
em frente a uma fonte, aquela fonte
parecia uma que vemos normalmente em
São Paulo, a não ser pela sua água
cristalina e pelo seu tamanho grande.
- Sabe dizem que quem entra nessa
fonte tem seus desejos realizados. – Ryu
disse sorrindo alegremente enquanto
entrava na Fonte. – Vem!
Eu entrei e Ryuichi começou a jogar
água em mim e logo eu também entrei
na brincadeira que parecia ser divertida.
- Que cheiro estranho tem essa água. –
Eu disse.
- Mãe, essa não é a fonte que eu acabei
de urinar? – Um menino sentado em um
banco com sua mãe disse.
- Sim filho, mais existe retardado pra
tudo. – Assim que ouvi aquele pequeno
dialogo puxei a orelha de Ryu e sai da
fonte com ele.
- Não acredito que você me trouxe pra
essa coisa. – Eu disse reclamando e com
raiva.
- Você me odeia? Desculpa, foi sem
querer, eu não sabia. – Ryu se desculpou.
- Você parece uma criança de 6 anos. –
Eu disse rindo das palavras que ele havia
dito. – Sem problemas. Já estou
acostumada a coisas nojentas mesmo,
tudo bem Ryu? – Eu disse tentando
parecer gentil.
- Você me desculpa mesmo? – Ryu
perguntou alegre e saltitante parecendo
um coelho.
- Sim. – Eu disse sorrindo.
- Então você estava aí não é?
Procuramos-te por toda parte. – Me virei
e vi Kisa e outra menina ao lado dela,
aquela menina tinha o cabelo liso escuro
como o de Treze e bem longo, seus olhos
eram amarelos ela lembrava aquelas
personagens frescas de filme, ela era um
pouco menor que eu, uns 3 cm menor,
ela era magra, só de olhar para ela algo
me incomodava.
- Quem é ela? – Eu disse olhando pra
menina fresca.
- Você as conhece? – Ryu perguntou com
sua expressão séria.
- Eu sou Akemi Parfait, prazer em
conhecê-la Ninna. – Ela disse com um
sorriso.
- Sim, agora conheço as duas. – Eu disse
olhando com um mal olhar para a Akemi.
- São amigas da Ni? – Ryu perguntou se
aproximando de Kisa e de Akemi.
- Não sei de mais nada. – Eu disse me
lembrando que amigas jamais te trairiam,
eu considerava Aya uma amiga mas,
depois daquela cena, ela pra mim era
apenas uma intrusa que me atrapalhava.
- O que foi? Está nervosa? – Kisa
perguntou a mim gentilmente.
- Não, nenhum um pouco. – Tentei fazer
com que minha ironia parecesse verdade
mas, era um pouco difícil.
- Quem é esse menino? – Kisa perguntou
olhando para Ryu.
- Esse é o Ryuichi Asakura. – Eu disse
sorrindo sem perceber.
- E essa Akemi aí? Porque ela está com
você? Sua amiguinha? – Eu perguntei
sem paciência e com desprezo.
- É sua parceira. – Kisa disse sorrindo, eu
não entendia porque ela continuava
sorrindo mesmo com eu a tratando tão
mal.
- Como assim parceira? – Perguntei
preocupada com o que aquilo significava.
- Cada um aqui tem um parceiro, como
por exemplo, o meu parceiro é o Suou, o
parceiro da Aya é o Treze, o Mihalk não
tem parceiro, você sabe como ele é não
é? – Kisa me explicou com um sorriso.
- Ei espera aí, porque precisamos de
parceiros? – Eu perguntei sem entender o
do porque de parceiros.
- Um protege ao outro. – Kisa resumiu
- Eu não preciso de proteção. – Eu disse
- Por isso que você quase morreu lá na
floresta... – Ela disse um pouco
incomodada com esse pensamento. –
Pela sua teimosia.
- Er... Não tem como eu ser parceira de
outra pessoa? Eu nem conheço essa
menina direito. – Eu disse olhando pra
Akemi.
- Tem, se você achar um parceiro até
amanhã. – Kisa me deu uma opção.
- Então como vai ser, Kisa? – Akemi
perguntou.
- Vamos resolver amanhã, até lá você
fica com a gente. – Kisa disse sorrindo. –
Ah, Ninna o Treze está com raiva de você
então cuidado com o que fala perto dele,
é verdade que você bateu a porta na cara
dele? – Kisa me perguntou um pouco
alegre, talvez ela tivesse algo contra o
Treze.
- Sim, e eu não estou nem aí pro Treze. –
Eu disse, “Se o Treze acha que só porque
está com raiva de mim vou parar de
tratá-lo da maneira que eu quero, ele
deve estar muito enganado” eu pensei.
- Que bom. – Kisa disse alegremente.
- Quantos anos vocês tem? Akemi? Kisa?
Ryu? – Eu perguntei a todos, se Mihalk
tinha 116, cada um deveria ter 100 ou
mais.
- Eu tenho 14. – Akemi respondeu com
seu sorriso, o sorriso de Akemi era
caloroso.
- Eu tenho 12. – Kisa respondeu.
- Eu tenho isso. – Ryuichi disse
mostrando primeiramente dez dedos e
depois sete.
- Você tem 17 anos? – Eu perguntei, pois
ele havia feito os movimentos muito
rápidos.
- Sim! E você Ni? – Ryu me perguntou.
- Eu tenho 16. – Eu disse sorrindo.
- É melhor irmos para casa, antes que o
Treze tenha um ataque. – Kisa finalizou
com um suspiro.
- Deixa ele ter um ataque, normalmente
quem tem ataque demais pode morrer
mais cedo. – Eu disse pensando em como
seria divertida a morte dele.
- Ni isso é maldade. – Ryu disse.
- Ai meu Deus, vamos logo então, Ryu
quer vir conosco? – Eu perguntei a Ryu.
- Antes tenho que pegar umas coisas em
casa. – Ryu disse contando algo nos
dedos.
- Meninas podem ir indo em frente,
digam ao Treze que eu vou daqui um
tempo. – Eu disse as meninas.
- Então vamos indo, foi um prazer lhe
conhecer. – Akemi disse olhando pra mim
novamente com seu sorriso caloroso.
- Vamos Ni! – Ryu disse pegando minha
mão novamente, eu estava me
acostumando aquilo.
Caminhamos por 15 minutos em silêncio,
algo preocupava Ryu, sua expressão
parecia de dor.
- Ryu o que foi? – Eu perguntei
preocupada.
- É só que eu estou preocupado com a
Ni, e se o Treze brigar com você? –
Ryuichi me perguntou esperando
ansiosamente pela minha resposta.
- Não se preocupe com isso, Afinal o
Treze não se preocupa com nada a não
ser a Aya e a guerrinha dele. – Eu disse
angustiada.
- Espere aqui. – Ryu disse mostrando um
banco para mim. – Eu já volto.
- Ok. – Enquanto Ryu caminhava para
algum lugar, eu observava a paisagem, o
verde que tanto me incomodava me fazia
um pouco de falta, pois agora eram
pedras que cobriam toda a paisagem,
inclusive algumas casas eram feitas de
pedra, a maioria das casas eram feitas de
madeira, mas ainda sim tinha as de
pedra, algumas casas me lembravam um
reino imaginário de bruxas.
Ryuichi se aproximava com uma mochila
nas costas e uma menina o perseguindo,
eles estavam falando sobre algo que
parecia ser triste, pois a menina chorava.
Quando eles se aproximaram o suficiente
para eu escutar eu me levantei.
- Uichi! Não! Por favor! Diga que é
mentira! – A Menina berrava chorando.
Ryu estava com sua expressão séria.
- Não é mentira. – Ryu disse com sua voz
séria.
- Apenas me diga o do por que! – Ela
disse com sua voz em um tom suave.
Quando a menina se aproximou perto o
suficiente eu resolvi me intrometer.
- Quem é você? – Eu perguntei a menina.
- A namorada do Uichi. – Ela disse com a
voz levemente trêmula.
Choque de Realidade